T�pico: A problem�tica sexual radica-se no Esp�rito, n�o no corpo (Lida 4912 vezes)

Hamilton · « **em:** 02 de Fevereiro de 2017, 00:20 »

Para melhor compreens�o do assunto, vejamos de forma sint�tica o que Emmanuel afirma em seu livro Vida e Sexo, psicografado pelo m�dium Francisco C�ndido Xavier:
1. Quando errante, pouco importa ao Esp�rito encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher. �O que o guia na escolha s�o as provas por que haja de passar�, afirmam os imortais em �O Livro dos Esp�ritos�, quest�o no 202. (P�g. 89.)

O Esp�rito passa por fieira imensa de reencarna��es

2. A homossexualidade, hoje chamada tamb�m transexualidade, definindo-se, no conjunto de suas caracter�sticas, por tend�ncia da criatura para a comunh�o afetiva com outra criatura do mesmo sexo, n�o encontra explica��o fundamental nos estudos psicol�gicos de base materialista, mas � perfeitamente compreens�vel � luz da reencarna��o. (P�g. 89.)
3. Embora a sociedade terrena seja constitu�da, em sua maioria, por criaturas heterossexuais, o mundo v�, na atualidade, em todos os pa�ses, extensas comunidades de irm�os em experi�ncias dessa esp�cie, somando milh�es de homens e mulheres solicitando aten��o e respeito, em p� de igualdade ao respeito e � aten��o devidos aos heterossexuais. (P�gs. 89 e 90.)
4. A vida espiritual pura e simples rege-se por afinidades eletivas essenciais; contudo, atrav�s de mil�nios e mil�nios, o Esp�rito passa por fieira imensa de reencarna��es, ora em posi��o de feminilidade, ora em condi��es de masculinidade, o que sedimenta o fen�meno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas. (P�g. 90.)
5. O homem e a mulher ser�o, assim, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especifica��o psicol�gica absoluta. Em face disso, a individualidade em tr�nsito da experi�ncia feminina para a masculina, ao envergar o corpo f�sico, demonstrar� fatalmente os tra�os da feminilidade em que ter� estagiado por muitos s�culos, em que pese o corpo de forma��o masculina que a segregue, verificando-se o mesmo com refer�ncia � mulher em igual situa��o. (P�g. 91.)

O Esp�rito pode reencarnar em corpo masculino ou feminino

6. O Esp�rito, ao renascer entre os homens, pode, obviamente, tomar um corpo feminino ou masculino, atendendo-se ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de a��o, ou ao cumprimento de obriga��es regenerativas. (P�g. 91.)
7. O homem que abusou das faculdades gen�sicas, arruinando a exist�ncia de outras pessoas com a destrui��o de uni�es construtivas e lares diversos, � em muitos casos induzido a buscar nova posi��o, no renascimento f�sico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de pris�o, a reajustar os pr�prios sentimentos, ocorrendo o mesmo com a mulher que tenha agido de igual modo. (P�g. 91.)
8. Em muitos casos, Esp�ritos cultos e sens�veis, aspirando a realizar tarefas espec�ficas na eleva��o de agrupamentos humanos e na eleva��o de si pr�prios, rogam dos Instrutores espirituais que os assistem a pr�pria interna��o no campo f�sico, em vestimenta carnal oposta � estrutura psicol�gica pela qual transitoriamente se definem. (P�gs. 91 e 92.)
9. Observadas as tend�ncias homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experi�ncia, � for�oso se lhes d� o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instru��o � maioria heterossexual, sabendo-se que todos os assuntos nessa �rea da evolu��o e da vida se especificam na intimidade da consci�ncia de cada um. (P�g. 92.)
Apesar de minucioso e adaptado �s necessidades correntes, o texto acima transcrito � um desenvolvimento dos ensinamentos que Allan Kardec apresenta na Revista Esp�rita de 1866, que o leitor poder� conferir no texto abaixo.

A quest�o sexual segundo o Codificador
do Espiritismo

Na Revista Esp�rita de 1866, Allan Kardec escreveu:
1. O Espiritismo ensina que as almas podem animar corpos de homens e mulheres. As almas ou Esp�ritos n�o t�m sexo; as afei��es que os unem nada t�m de carnal; fundam-se numa simpatia real e, por isso, s�o mais dur�veis. (P�gs. 2 e 3.)
2. Os sexos s� existem no organismo; s�o necess�rios � reprodu��o dos seres materiais; mas os Esp�ritos n�o se reproduzem uns pelos outros, raz�o por que os sexos seriam in�teis no mundo espiritual. (P�gs. 2 e 3.)
3. A natureza fez o indiv�duo do sexo feminino mais fraco que o outro, porque os deveres que lhe incumbem n�o exigem uma igual for�a muscular e seriam at� incompat�veis com a rudeza masculina. Aos homens e �s mulheres s�o, assim, assinados pela Provid�ncia deveres especiais, igualmente importantes na ordem das coisas, pois eles se completam um pelo outro. (P�gs. 3 e 4.)

Mudando de sexo, o Esp�rito poder� conservar as
inclina��es anteriormente cultivadas

4. A influ�ncia que o Esp�rito encarnado sofre do organismo n�o se apaga imediatamente ap�s a destrui��o do inv�lucro material, assim como n�o perdemos instantaneamente os gostos e h�bitos terrenos. Pode acontecer ainda que o Esp�rito percorra uma s�rie de exist�ncias no mesmo sexo, o que faz que durante muito tempo possa conservar, na erraticidade, o car�ter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa. (P�g. 4.)
5. Se essa influ�ncia se repercute da vida corporal � vida espiritual, o fato se d� tamb�m quando o Esp�rito passa da vida espiritual para a corporal. Numa nova encarna��o trar� o car�ter e as inclina��es que tinha como Esp�rito. Mudando de sexo, poder� ent�o conservar os gostos, as inclina��es e o car�ter inerente ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no car�ter de certos homens e de certas mulheres. (P�g. 4.)
Por anomalias aparentes, podemos entender o fato de existirem mulheres m�sculas que se comportam como verdadeiros homens, e vice-versa, independentemente de manterem ou n�o rela��es sexuais.
Tamb�m no livro "No mundo Maior" psicografado pelo m�dium Francisco C�ndido Xavier, ditado pelo Esp�rito Andr� Luiz, editado pela Federa��o Esp�rita Brasileira, no Cap 11,encontramos: " A sede do sexo n�o se acha no corpo grosseiro, mas na alma, em sua sublime organiza��o. Lembremos aos cora��es desalentados que tal � o sexo em face do amor, quais s�o os olhos para a vis�o, e o c�rebro para o pensamento: n�o mais do que aparelhamento de exterioriza��o. Erro lament�vel � supor que s� a perfeita normalidade sexual, consoante as respeit�veis conven��es humanas, possa servir de templo �s manifesta��es afetivas. O campo do amor � infinito em sua aus�ncia e manifesta��o. Insta fugir �s aberra��es e aos excessos; contudo, � imperioso reconhecer que todos os seres nasceram no Universo para amar e serem amados. Por vezes, vigoram para muitos deles, temporariamente, os imperativos da prova ben�fica, os deveres do estatuto expiat�rio, as exig�ncias do servi�o especializado, em que estudantes, devedores e mission�rios se obrigam a longas fases de fome e sede do cora��o. Isso, por�m, n�o representa obst�culo ao amor. "

A problem�tica sexual radica-se no Esp�rito, n�o no corpo

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Hamilton

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