Paulo_sp   (ref #60)

      Paulo, nosso novo companheiro, colocou: A história contada pelo PSI é de um espirito viciado em sexo, ou seja, um exagero que prejudica  todo sua evolução.

      Cel: meu jovem, se todo efeito tem sua causa, qual é a causa q tem como efeito esse "exagero", que pode prejudicar até mesmo a evolução do espirito? Qual é a causa q tem como efeito procedimentos tão desiguais entre os homens? Somos todos perfeitamente iguais no ato da criação; porq nos tornamos tão gigantescamente desiguais?
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A energia dos centros genésicos, se não utilizada, será eliminada de uma forma ou de outra, por meio da agressividade, da violência, etc...

A energia pode ser direcionada para atividades construtivas, não necessariamente na forma de agressividade e violência.

Um impulso reprimido gera reações no organismo que achará um jeito de se livrar de tudo aquilo.

Sim, por isso que o objetivo não é a repressão ou sublimação mas a transmutação.


" Quando a porta ao divino se abre, todas as energias que estão em você começam a fluir em direção a essa porta. O sexo é absorvido. Sempre que um deleite mais alto torna-se possível, as formas mais baixas de prazer tornam-se irrelevantes. Você não deve reprimi-los ou lutar contra elas. Elas apenas murcham. O sexo não é sublimado; é transcendido."
Osho


"A energia da vida é uma, mas ela pode manifestar-se em muitas direções. O sexo é uma delas. Quando a energia da vida torna-se biológica, torna-se energia sexual.
 
O sexo é apenas uma aplicação da energia da vida. Assim, não há a questão da sublimação.
 
Sexo é o fluxo natural, biológico, da energia da vida e a aplicação mais baixa dela. É natural porque a vida (orgânica) não pode existir sem ela, e a mais baixa porque é a fundação, a base, não o cume.
 
Não há necessidade de sublimação, porque a energia como tal, não é nem sexual, nem espiritual. A energia é sempre neutra. Em si mesma, ela é inominada. O nome não é o nome da energia em si; é o nome da forma que a energia toma. Quando você diz que a energia é sexual, significa que a energia flui através de uma saída sexual, através de uma saída biológica.
 
A energia em si é neutra. Quando é expressa biologicamente é sexo; expressa emocionalmente pode tornar-se amor, pode tornar-se ódio, pode tornar-se raiva; quando se expressa intelectualmente, pode tornar-se científica, pode tornar-se literária; quando se move pelo corpo, pode tornar-se física; quando se move pela mente, se transforma em mental. As diferenças não são diferenças da energia como tal, mas das manifestações aplicadas dela.
 

Assim, não é correto dizer: sublimação da energia sexual. Se a saída sexual, a saída do sexo não é usada, ela torna-se energia pura de novo. A energia é sempre pura. Quando se manifesta através da porta divina, torna-se espiritual, mas a forma é apenas uma manifestação da energia.
 
A palavra sublimação tem associações muito ruins. Todas as teorias de sublimação são teorias de repressão. Sempre que você diz sublimação do sexo, você se torna antagônico a ele. Sua condenação está lá, na própria palavra.
 
Você pergunta o que o indivíduo pode fazer com relação ao sexo. Qualquer coisa feita diretamente ao sexo é uma repressão. Há somente métodos indiretos com os quais você não se relaciona de forma alguma com a energia sexual, ao invés disto, você busca abrir a porta ao divino. Quando a porta ao divino se abre, todas as energias que estão em você começam a fluir em direção a essa porta. O sexo é absorvido. Sempre que um deleite mais alto torna-se possível, as formas mais baixas de prazer tornam-se irrelevantes. Você não deve reprimi-los ou lutar contra elas. Elas apenas murcham. O sexo não é sublimado; é transcendido.

Qualquer coisa feita negativamente com o sexo, não transformará a energia. Ao contrário, criará um conflito dentro de você que será destrutivo. Quando você luta contra uma energia, você luta contra você mesmo. Ninguém pode ganhar a luta. Num momento você sentirá que venceu. Isso acontecerá continuamente. Às vezes não haverá sexo e você sentirá que o controlou e no momento seguinte sentira o impulso do sexo de novo e tudo que você parecia ter ganhado será perdido. Ninguém pode vencer uma luta contra a sua própria energia.
 
Se as suas energias são necessárias em algum outro lugar, em algum lugar mais deleitoso, o sexo desaparecerá. Não que a energia esteja sublimada. Não que você tenha feito algo. Ao contrário, um novo caminho em direção a deleite maior abriu-se para você e automaticamente, espontaneamente, a energia começa a fluir em direção à nova porta.
 
Se você estiver segurando pedras e subitamente diamantes aparecerem no seu caminho, você nem sequer perceberá que jogou as pedras no chão. Elas cairão por elas mesmas, como se você nunca as houvesse possuído. Você nem mesmo se lembrará de haver renunciado a elas e de havê-las jogado fora. Você nem mesmo perceberá isso. Não que algo tenha sido sublimado. Uma fonte maior de felicidade abriu-se e as fontes inferiores caíram por si mesmas.
 
Isto é tão automático, tão espontâneo, que nenhuma ação positiva contra o sexo é necessária. Sempre que você faz algo contra qualquer energia, é negativo. A ação real e positiva não está nem mesmo conectada com o sexo, concerne à meditação. Você nem mesmo saberá que o sexo se foi. Ele foi simplesmente absorvido pelo novo.
 
Continua...

Só quero deixar bem claro que não acho o sexo sujo. Não me acho superior a nningem por não pratica-lo. Mas dizer que não fazer sxso nem se masturbar causa angustia eu acho estranho.. comigo isso não acontece.. srsrs..

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      Amigos,

      A própria doutrina, como todos os que são sensatos, nos aconselham a raciocinar para melhor entender o que quer que seja. Precisamos raciocinar, refletir. E o raciocínio, sem dúvida, é provocado por perguntas e questões.

      Assim, lhes pergunto: onde estão os hormônios sexuais, onde está o desejo, onde está o prazer, a necessidade de exerce-lo, os sofrimentos por tê-lo pervertido ou diferente dos demais, da normalidade? Sem dúvida, em nossa própria natureza de organismo animal! Não somos nós que nos fazemos assim, mas a vida, a natureza que a vida nos deu!

     Mas, o que ou quem nos fez assim? Temos mais ou menos desejos sexuais, os controlamos mais ou menos do que outros, por nossa vontade? Ou tudo isso é intrínseco à natureza que Deus nos deu?

      Qual é a causa de uns serem mais inclinados a essa prática do que outros?  Cabe-nos a responsabilidade por sermos mais inclinados do que outros? Nós mesmos nos fazemos como somos em relação ao sexo? Ou são as circunstancias, experiencias e lições desta escola de espíritos que é a vida, que nos fazem ser o que somos?

      Ampliando a questão: que nos faz ser o que somos, não só em relação ao sexo, mas a tudo o mais, sejam coisas boas, agradáveis, que trazem felicidade, ou más, desagradáveis e que trazem infelicidade?

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