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Autor Tópico: Revista Espírita  (Lida 19645 vezes)

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Offline Marianna

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Re: Revista Espírita
« Responder #45 em: 03 de Janeiro de 2017, 17:59 »
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Deus e o Universo

I – Há três unidades primitivas e, de cada uma delas, não poderia existir senão uma: um Deus, uma verdade e um ponto de liberdade, isto é, o ponto onde se encontra o equilíbrio de toda oposição.

II – Três coisas procedem das três unidades primitivas: toda vida, todo bem e todo poder.

III – Deus é necessariamente três coisas, a saber: a maior parte da vida, a maior parte da ciência e a maior parte do poder; e não poderia haver uma maior parte de cada coisa.

IV – Três coisas que Deus não pode deixar de ser: o que deve constituir o bem perfeito, o que deve querer o bem perfeito e o que deve realizar o bem perfeito;

V – Três garantias do que Deus faz e fará: seu poder infinito, sua sabedoria infinita, seu amor infinito; porquanto nada há que não possa ser efetuado, que não possa tornar-se verdadeiro e que não possa ser desejado por um atributo.

VI – Três fins principais da obra de Deus, como Criador de todas as coisas: diminuir o mal, reforçar o bem e pôr em evidência toda diferença; de modo que se possa saber o que deve ser ou, ao contrário, o que não deve ser.

VII – Três coisas que Deus não pode deixar de conceder: o que há de mais vantajoso, o que há de mais necessário e o que há de mais belo para cada coisa.

VIII – Três poderes da existência: não poder ser de outro modo, não ser necessariamente outro e não poder ser melhor pela concepção; e é nisso que está a perfeição de todas as coisas.

IX – Três coisas prevalecerão necessariamente: o supremo poder, a suprema inteligência e o supremo amor de Deus.

X – As três grandezas de Deus: vida perfeita, ciência perfeita, poder perfeito.

XI – Três causas originais dos seres vivos: o amor divino, de acordo com a suprema inteligência; a sabedoria suprema, pelo conhecimento perfeito de todos os meios; e o poder divino, de acordo com a vontade, o amor e a sabedoria de Deus.




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Re: Revista Espírita
« Responder #46 em: 03 de Janeiro de 2017, 18:09 »
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Os Três Círculos

XII – Há três círculos de existência: o círculo da região vazia (ceugant) onde, exceto Deus, não há nada vivo, nem morto e nenhum ser que Deus não possa atravessar; o círculo da migração (abred) onde todo ser animado procede da morte e o homem o atravessou; e o círculo da felicidade (gwynfyd) onde todo ser animado procede da vida e o homem o atravessará no céu.

XIII – Três estados sucessivos dos seres animados: o estado de descida no abismo (annoufn), o estado de liberdade na Humanidade e o estado de felicidade no céu.

XIV – Três fases necessárias de toda existência em relação à vida: o começo em annoufn, a transmigração em abred e a plenitude em gwinfyd ; e sem essas três coisas nada pode existir, exceto Deus.

“Em resumo, sobre esse ponto capital da teologia cristã, assim como Deus, em seu poder Criador, tira as almas do nada, as tríades não se pronunciam de maneira precisa.

Depois de terem revelado Deus em sua esfera eterna e inacessível, elas mostram simplesmente as almas originando-se nas camadas mais profundas do Universo, no abismo (annoufn).

Daí passam para o círculo das migrações (abred), onde seu destino é determinado através de uma série de existências, conforme o bom ou mau uso que hajam feito de sua liberdade.

E, por fim, elevam-se ao círculo supremo (gwynfyd), onde as migrações cessam, onde não mais se morre e onde a vida transcorre em completa felicidade, em tudo conservando sua atividade perpétua e a plena consciência de sua individualidade.

Seria preciso, com efeito, que o druidismo caísse no erro das teologias orientais, que levam o homem a ser finalmente absorvido no seio imutável da Divindade...

Porquanto, ao contrário, distingue um círculo especial, o círculo do vazio ou do infinito (ceugant), que forma o privilégio incomunicável do Ser supremo e no qual nenhum ser, seja qual for o seu grau de  santidade, jamais poderá penetrar. É o ponto mais elevado da religião, visto marcar o limite fixado ao progresso das criaturas.

“O traço mais característico dessa teologia, se bem seja um traço puramente negativo, consiste na ausência de um círculo particular, tal qual o Tártaro da Antigüidade pagã, destinado à punição sem fim das almas criminosas. Entre os druidas, o inferno propriamente dito não existe.

A seus olhos, a distribuição dos castigos efetua-se, no círculo das migrações, pelo comprometimento das almas em condições de existência mais ou menos infelizes, onde, sempre senhoras de sua liberdade, expiam suas faltas pelo sofrimento e se predispõem, pela reforma de seus vícios, a um futuro melhor.

Em certos casos pode mesmo acontecer que as almas retrogradem até aquela região do annoufn, onde se originam e à qual quase não se pode dar outro significado senão o da animalidade.

Por esse lado perigoso (a retrogradação), que nada justifica, visto que a diversidade das condições de existência no círculo da Humanidade é perfeitamente suficiente à penalidade de todos os graus, o druidismo teria, então, chegado a resvalar até a metempsicose.

Mas esse extremo deplorável, ao qual não conduz nenhuma necessidade da doutrina do desenvolvimento das almas pela vida das migrações, como se verá pela série de tríades relativas ao regime do círculo de abred, parece ter ocupado, no sistema da religião, apenas um lugar secundário.

“Salvo algumas obscuridades, que talvez resultem de uma língua cujas sutilezas metafísicas não nos são ainda bem conhecidas, as declarações das tríades relativas às condições inerentes ao círculo de abred espargem as mais vivas luzes sobre o conjunto da religião druídica.

Respira-se aí um sopro de superior originalidade.

O mistério que oferece à nossa inteligência o espetáculo de nossa existência atual adquire nela uma feição singular, que não se encontra em parte alguma; dir-se-ia que um grande véu, rompendo-se antes e depois da vida, permite à alma navegar, de repente, com uma força inesperada, através de uma extensão indefinida de que ela própria jamais suspeitou, em virtude de seu encarceramento entre as espessas portas do nascimento e da morte.

Seja qual for o julgamento a que cheguemos, quanto à verdade dessa doutrina, não podemos deixar de convir que é poderosa.

Refletindo sobre o efeito que esses princípios inevitavelmente deviam produzir sobre as almas ingênuas, sua origem e seu destino, é fácil dar-se conta da imensa influência que os druidas haviam naturalmente adquirido sobre o espírito de nossos antepassados.

Em meio às trevas da Antiguidade, esses ministros sagrados não podiam deixar de aparecer, aos olhos das populações, como os reveladores do Céu e da Terra.




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Re: Revista Espírita
« Responder #47 em: 04 de Janeiro de 2017, 20:02 »
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“Eis o texto notável de que se trata:

O CÍRCULO DE ABRED

XV – Três coisas necessárias no círculo de Abred: o menor grau possível de toda a vida e, daí, o seu começo; a matéria de todas as coisas e, daí, o crescimento progressivo, que só se realiza no estado de necessidade; e a formação de todas as coisas da morte e, daí, a debilidade das existências.

XVI – Três coisas das quais todo ser vivo participa necessariamente pela justiça de Deus: o socorro de Deus em abred, porque sem isso ninguém poderia conhecer coisa alguma; o privilégio de participar do amor de Deus; e o acordo com Deus quanto à realização pelo poder de Deus, enquanto for justo e misericordioso.

XVII – Três causas da necessidade do círculo de abred : o desenvolvimento da substância material de todo ser animado; o desenvolvimento do conhecimento de todas as coisas; e o desenvolvimento da força moral para superar todo contrário e Cythraul (o Espírito mau) e para libertar-se de Droug (o mal). Sem essa transição de cada estado de vida, não poderia haver nele a realização de nenhum ser.

XVIII – Três calamidades primitivas de abred: a necessidade, a ausência de memória e a morte.

XIX – Três condições necessárias para chegar-se à plenitude da ciência: transmigrar em abred, transmigrar em gwynfyd e recordar-se de todas as coisas passadas, até em annoufn.

XX – Três coisas indispensáveis no círculo de abred: a transgressão da lei, visto não poder ser de outro modo; a liberação pela morte ante Droug e Cythraul; o crescimento da vida e do bem pelo afastamento de Droug na liberação da morte; e isso pelo amor de Deus, que abrange todas as coisas.

XXI – Três meios eficazes de Deus em abred para dominar Droug e Cythraul e superar sua oposição em relação ao círculo de gwynfyd : a necessidade, a perda da memória e a morte.

XXII – Três coisas são primitivamente contemporâneas: o homem, a liberdade e a luz.

XXIII – Três coisas necessárias ao triunfo do homem sobre o mal: a firmeza contra a dor, a mudança, a liberdade de escolha; e com o poder que o homem tem de escolher, não se pode saber antecipadamente para onde irá.

XXIV – Três alternativas oferecidas ao homem: abred e gwynfyd, necessidade e liberdade, mal e bem, o todo em equilíbrio, e pode o homem à vontade ligar-se a um ou outro.

XXV – Por três coisas cai o homem sob a necessidade de abred: pela ausência de esforço para o conhecimento, pela não ligação ao bem e pela vinculação ao mal. Em consequência dessas coisas, desce em abred até o seu análogo e recomeça o curso de sua transmigração.

XXVI – Por três coisas retorna o homem necessariamente em abred, se bem que, em outros sentidos esteja ligado ao que é bom: pelo orgulho, cai até em annoufn pela falsidade, até o ponto do demérito equivalente; e pela crueldade, até o grau correspondente de animalidade. Daí transmigra novamente para a humanidade, como antes.

XXVII – As três coisas principais a obter no estado de humanidade: a ciência, o amor, a força moral, no mais alto grau possível de desenvolvimento, antes que sobrevenha a morte. Isso não pode ser obtido anteriormente ao estado de humanidade, e não o pode ser senão pelo privilégio da liberdade e da escolha. Essas três coisas são chamadas as três vitórias.

XXVIII – Há três vitórias sobre Croug e Cythraul: a ciência, o amor e a força moral; porque o saber, o querer e o poder realizam o que quer que seja em sua conexão com as coisas. Essas três vitórias começam na condição de humanidade e se demoram eternamente.

XXIX – Três privilégios da condição do homem: o equilíbrio do bem e do mal e, daí, a faculdade de comparar; a liberdade na escolha e, daí, o julgamento e a preferência; e o desenvolvimento da força moral em consequência do julgamento e, daí, a preferência.





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Re: Revista Espírita
« Responder #48 em: 04 de Janeiro de 2017, 20:15 »
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—  Essas três coisas são necessárias à realização do que quer que seja.

“Assim, em resumo, o princípio dos seres no seio do Universo dá-se no mais baixo ponto da escala da vida; e, se não é levar muito longe as consequências da declaração contida na vigésima sexta tríade, pode-se conjeturar que na doutrina druídica o ponto inicial estava supostamente no abismo confuso e misterioso da animalidade."

Daí, consequentemente, desde a própria origem da história da alma, a necessidade lógica do progresso, uma vez que os seres não são por Deus destinados a permanecer numa condição tão baixa e tão obscura.

Todavia, nos estágios inferiores do Universo, esse progresso não se desenvolve segundo uma linha contínua; essa longa vida, nascida tão baixo para elevar-se tanto, rompe-se em/ fragmentos solitários na base de sua sucessão, mas, graças à falta de memória, sua misteriosa solidariedade escapa, pelo menos por algum tempo, à consciência do indivíduo.

São essas interrupções periódicas no curso secular da vida que constituem o que chamamos morte; de sorte que a morte e o nascimento, em uma visão superficial, formam acontecimentos tão diversos que não são, na realidade, mais que duas faces do mesmo fenômeno, uma voltada para o período que se acaba, a outra para o que se inicia.

“Considerada em si mesma, a morte não é uma calamidade verdadeira, mas um benefício de Deus que, rompendo os hábitos estreitíssimos que havíamos contraído com nossa vida presente, transporta-nos a novas condições e dá lugar, desse modo, a que nos elevemos mais livremente a novos progressos."

“Assim como a morte, a perda de memória que a acompanha deve ser tomada também como um benefício. É uma consequência do primeiro ponto."

Porque se a alma, no curso dessa longa vida, conservasse claramente suas lembranças de um período a outro, a interrupção não seria mais que acidental e não haveria nem morte propriamente dita, nem nascimento, visto que esses dois acontecimentos perderiam, desde então, o caráter absoluto que os distingue e lhes dá força.

E, até mesmo do ponto de vista dessa teologia, não parece difícil perceber até que ponto a perda da memória pode ser considerada um benefício, no que concerne aos períodos passados, em relação ao homem em sua condição presente...

Porque se esses períodos passados constituem uma prova, como a posição atual do homem num mundo de sofrimentos o indica, foram infelizmente maculados de erros e de crimes, causa primeira das misérias e das expiações de hoje, representando para a alma evidente vantagem, por achar-se ela livre da visão de tão grande quantidade de faltas, bem como dos remorsos deveras acabrunhantes que daí se originarão.

Não a obrigando a um arrependimento formal senão em relação às culpas da vida atual, assim se compadecendo de sua fraqueza, Deus realmente lhe concede uma grande graça.

“Enfim, segundo essa mesma maneira de considerar o mistério da vida, as necessidades de toda natureza a que estamos submetidos neste mundo e que, desde o nosso nascimento determinam, por uma sentença por assim dizer fatal..."

A forma de nossa existência no presente período, constituem um último benefício, tão sensível  quanto os dois outros; porque, em definitivo, são essas necessidades que dão à nossa vida o caráter que melhor convém às nossas expiações e às nossas provas."

E, conseguintemente, ao nosso desenvolvimento moral e são ainda essas mesmas necessidades, seja de nossa organização física, seja das circunstâncias exteriores, em cujo meio somos colocados que, arrastando-nos forçosamente ao termo da morte, conduzem-nos por isso mesmo à nossa suprema libertação.

Em resumo, como dizem as tríades em sua enérgica concisão, aí está todo o conjunto e as três calamidades primitivas, bem como os três meios eficazes de Deus em abred.

—  Entretanto, mediante qual conduta a alma realmente se eleva nesta vida e merece alcançar, após a morte, um modo superior de existência?

A resposta que dá o Cristianismo a essa questão fundamental é de todos conhecida: é sob a condição de destruir em si o egoísmo e o orgulho, de desenvolver, na intimidade de sua substância, os valores da humildade e da caridade, únicos eficazes e meritórios perante Deus: Bem-aventurados os brandos, diz o Evangelho; bem-aventurados os humildes!

—  A resposta do druidismo é bem diversa e contrasta claramente com esta última.

Segundo suas lições, a alma se eleva na escala das existências com vistas a fortificar a sua personalidade, através do trabalho sobre si mesma, resultado que naturalmente obtém pelo desenvolvimento da força do caráter, aliada ao desenvolvimento do saber.

É o que exprime a vigésima quinta tríade, que declara que a alma recai na necessidade de transmigrações, isto é, nas vidas confusas e mortais, não só por alimentar as más paixões, como, também, pelo hábito da tibieza no cumprimento das ações justas e pela falta de firmeza no apego ao que prescreve a consciência; numa palavra, pela fraqueza de caráter.

E, além dessa falta de virtude moral, a alma é ainda retida em seu progresso em direção ao céu pela falta de aperfeiçoamento do Espírito.

A iluminação intelectual, necessária para a plenitude da felicidade, não se opera na alma bem-aventurada simplesmente por uma irradiação graciosa do Alto; e não se produz na vida celeste a não ser que a própria alma tenha se esforçado, desde esta vida, para adquiri-la.

A tríade também não fala apenas da falta de saber, mas da falta de esforços para saber, o que, no fundo, como para a virtude precedente, é um preceito de atividade e de movimento.

“Em verdade, nas tríades seguintes, a caridade é recomendada no mesmo título que a ciência e a força moral; mas, ainda aqui, como no que toca à natureza divina, a influência do Cristianismo é sensível."

É a ele, e não à forte, mas dura religião de nossos antepassados, que pertence a predicação e a entronização no mundo da lei da caridade em Deus e no homem; e se essa lei brilha nas tríades, é por efeito de uma aliança com o Evangelho ou, melhor dizendo, de um feliz aperfeiçoamento da teologia dos druidas pela ação da dos apóstolos, e não por uma tradição primitiva.

"Arrebatemos esse raio divino e teremos, em sua rude grandeza, a moral da Gália, moral que pôde produzir, na ordem do heroísmo e da ciência, poderosas  personalidades, mas que não as soube unir entre si nem à multidão dos humildes.”

A Doutrina Espírita não consiste apenas na crença na manifestação dos Espíritos, mas em tudo o que nos ensinam sobre a natureza e o destino da alma. Se, pois, nos reportarmos aos preceitos contidos em O Livro dos Espíritos...

... Onde se encontra formulado todo o seu ensinamento, seremos surpreendidos com a identidade de alguns princípios fundamentais com os da doutrina druídica, dos quais um dos mais notáveis é, sem sombra de dúvida, o da reencarnação.

Nos três círculos, nos três estados sucessivos dos seres animados, encontramos todas as fases apresentadas por nossa escala espírita.

—  Com efeito, o que é o círculo de abred ou o da migração, senão as duas ordens de Espíritos que se depuram através de suas existências sucessivas?

No círculo de Gwynfyd o homem não transmigra mais, desfrutando da suprema felicidade.

—  Não é a primeira ordem da escala, a dos Espíritos puros que, tendo realizado todas as provas, não mais necessitam de encarnação e gozam da vida eterna?

Notemos ainda que, conforme a doutrina druídica, o homem conserva o seu livre-arbítrio; eleva-se gradualmente por sua vontade, por sua perfeição progressiva e pelas provas que suportou, do annoufn ou abismo, até a perfeita felicidade em gwynfyd, com a diferença, todavia, de que o druidismo admite o possível retorno às camadas inferiores, enquanto o Espírito, conforme o Espiritismo, pode permanecer estacionário, mas não pode degenerar.

Para completar a analogia, não teríamos que acrescentar à nossa escala, abaixo da terceira ordem, senão o círculo de annoufn para caracterizar o abismo ou a origem desconhecida das almas e, acima da primeira ordem, o círculo de ceugant, morada de Deus, inacessível às criaturas.




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Re: Revista Espírita
« Responder #49 em: 05 de Janeiro de 2017, 14:28 »
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A Escala Espírita

Allan Kardec chamou de Escala Espírita a classificação dos Espíritos. Com ela podemos saber qual o nível dos Espíritos que entram em contato conosco, 'bem como saber onde nos encaixamos nela e quanto nos falta para atingir a perfeição.
 
—  A Escala Espírita seguiu esta ordem de publicação:

1º O Livro dos Espíritos, 1ª edição, 1857.
2º Revista Espírita, Fevereiro de 1858,
3º Instrução Prática das Manifestações Espíritas (1858),
4º O Livro dos Espíritos, 2ª edição (1860).

Os rudimentos desta classificação aparecem em 1857, na primeira edição de O Livro dos Espíritos.

—  Do item 55 ao 57, os Espíritos apresentam a Allan Kardec três ordens de Espíritos:

1ª Espíritos puros;
2ª Espíritos bons;
3ª Espíritos imperfeitos.

—  Comentando as respostas dos Espíritos, Allan Kardec inicia uma classificação da terceira ordem, apresentando-a assim:

1º Os Espíritos neutros: Os que não são bastante bons para fazer o bem nem bastante maus para fazer o mal.
2º Os Espíritos impuros: Os que são inclinados ao mal que é o objeto de suas preocupações.
3º Os esprits follets (1): “ São levianos, malignos, insensatos, mais turbulentos que maus; metem-se em tudo e se comprazem em causar pequenos desgostos e risotas, ou de induzir maliciosamente em erro para mistificações. Podem ser designados também pelos termos lunáticos, tentadores".

Em fevereiro de 1858 a Escala Espírita é publicada pela primeira vez com esse título.

—  Nessa oportunidade Allan Kardec deixa claro alguns pontos da elaboração da Escala (2):

1º - O que demarca as diferenças dos Espíritos: 
"Não pertencem eternamente à mesma ordem e que, em consequência, essas ordens não constituem espécies distintas: são graus do desenvolvimento";
"A classificação dos Espíritos é baseada em seu grau de progresso, nas qualidades adquiridas e nas imperfeições de que devem despojar-se". 

2º - Sobre as fronteiras entre uma classe e outra:
"Cada categoria só apresenta um caráter marcante no seu conjunto; mas de um a outro grau a transição é insensível e nos limites a nuança se apaga, como nos ramos da Natureza, nas cores do arco-íris ou nos vários períodos da vida humana. Pode-se pois formar um maior ou menor número de classes, conforme o ponto de vista sob o qual se considerar o assunto".

3º - Sobre a participação dos Espíritos e de Allan Kardec na confecção da Escala:
"Para eles o pensamento é tudo: deixam-nos a forma e a escolha das expressões, as classificações ― numa palavra, os sistemas";
"É que eles [os sábios botânicos] não inventaram as plantas nem seus caracteres; observaram as analogias e, segundo estas, formaram grupos ou classes. Assim também nós: nem inventamos os Espíritos nem seus caracteres; vimos e observamos. Julgamo-los por suas palavras e atos, depois os classificamos por suas similitudes. Eis o que qualquer um, em nosso caso, teria feito."

" (...) não podemos reivindicar a autoria de todo o trabalho. Se o quadro que damos a seguir não foi traçado textualmente pelos Espíritos e se é nossa a iniciativa, todos os elementos que o compõem foram hauridos em seus ensinamentos: o que nos restava era apenas formular uma disposição material".

—  Aqui, Allan Kardec retoma o que os Espíritos lhe apresentaram em 1857:

"Os Espíritos geralmente admitem três categorias principais ou grandes divisões. Na última, na base da escala, estão os Espíritos imperfeitos, que devem ainda percorrer todas ou quase todas as etapas; são caracterizados pela predominância da matéria sobre o Espírito e pela inclinação para o mal. Os da segunda são caracterizados pela predominância do Espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os bons Espíritos. A primeira, enfim, compreende os Espíritos puros, os que atingiram o grau supremo de perfeição".

—  E esclarece sobre sua participação:

"Esta divisão nos parece perfeitamente racional e apresenta caracteres bem definidos. Só nos restava destacar, em número suficiente de divisões, as nuanças principais do conjunto; foi o que fizemos com o concurso dos Espíritos, cujas benévolas instruções jamais nos faltaram".

Ainda em 1858, no primeiro semestre, é publicado o livro Instrução Prática das Manifestações Espíritas.
No primeiro capítulo do Instrução, Allan Kardec afirma que a diferenciação das ordens dos Espíritos é um dos mais importantes princípios da Doutrina Espírita.

Não houve mais alterações na Escala até 1860.
Com a publicação da segunda edição de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec traz uma nova classe de Espíritos à Escala. Se anteriormente ela continha 9 classes, agora são 10.

Na realidade, não surge uma classe do "nada". A classe dos "Espíritos batedores" já estava contida na oitava classe, a dos Espíritos Levianos. Para finalizar, eis um esquema apresentando as transformações da Escala:

—  1857:

1ª ordem:  Espíritos Puros
2ª ordem:  Espíritos Bons
3ª ordem:  Espíritos Imperfeitos: Espíritos Neutros
Espíritos Impuros
Esprits  Follets

—  1858:

1ª ordem Espíritos puros:
Classe única

2ª ordem
Espíritos bons

2ª classe:  Espíritos Superiores
3ª classe:  Espíritos Sábios
4ª classe:  Espíritos Cultos
5ª classe:  Espíritos Benevolentes

3ª ordem: Espíritos imperfeitos

6ª classe: Espíritos Neutros
7ª classe: Espíritos Pseudo-sábios
8ª classe: Espíritos Levianos
9ª classe: Espíritos Impuros

—  1860:

1ª ordem: Espíritos Puros
Classe única

2ª ordem: Espíritos Bons

2ª classe: Espíritos Superiores
3ª classe: Espíritos Sábios
4ª classe: Espíritos Cultos
5ª classe: Espíritos Benevolentes

3ª ordem: Espíritos imperfeitos

6ª classe: Espíritos Batedores
7ª classe: Espíritos Neutros
8ª classe: Espíritos Pseudo-sábios
9ª classe: Espíritos Levianos
10ª classe: Impuros

Depuram-se e se elevam pelas provas da reencarnação. Annoufn, abismo; ponto de partida das almas. 29 N. do T.: Vide Revista Espírita, mês de fevereiro.




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Re: Revista Espírita
« Responder #50 em: 09 de Janeiro de 2017, 04:43 »
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Evocação dos Espíritos na Abssínia

James Bruce, em sua Voyage aux sources du Nil, em 1768, narra o que se segue a respeito de Gingiro, pequeno reino situado na parte meridional da Abissínia, a leste do reino de Adel.

Trata-se de dois embaixadores que Socínios, rei da Abissínia, enviou ao papa, por volta de 1625, e que tiveram que atravessar o Gingiro.

●●●●   “Então, disse Bruce, foi necessário advertir o rei de Gingiro da chegada da caravana e pedir-lhe audiência; mas, naquele momento, achava-se ele ocupado com uma importante operação de magia, sem a qual esse soberano jamais ousaria empreender qualquer coisa.

●●●●   “O reino de Gingiro pode ser considerado como o primeiro desse lado da África em que se estabeleceu a estranha prática de predizer o futuro pela evocação dos Espíritos e por uma comunicação direta com o diabo.

●●●●   “O rei de Gingiro achou que devia deixar passar oito dias antes de receber, em audiência, o embaixador e seu companheiro, o jesuíta Fernandez. Em consequência, no nono dia eles obtiveram a permissão de se dirigirem à corte, onde chegaram na mesma tarde.

●●●●   “Nada se faz no país de Gingiro sem o concurso da magia. Por aí se vê o quanto a razão humana se acha degradada a algumas léguas de distância. Que não nos venham mais dizer que essa fraqueza deva ser atribuída à ignorância ou ao calor ali reinantes."

—  Por que um clima quente induziria os homens a se tornarem feiticeiros, de preferência a um clima frio?

—  Por que a ignorância estende o poder do homem, a ponto de fazê-lo transpor os limites da inteligência comum e dar-lhe a faculdade de corresponder-se com uma nova ordem de seres habitantes de um outro mundo?

Os etíopes, que cercam quase toda a Abissínia, são mais negros que os gingirianos; seu país é mais quente e, como estes, são indígenas nos lugares que habitam, desde o princípio dos séculos...

Entretanto, não adoram o diabo, nem com ele pretendem estabelecer qualquer comunicação; não sacrificam homens em seus altares; finalmente, entre eles não se encontra traço algum dessa revoltante atrocidade.

●●●●   “Nas regiões da África que se comunicam diretamente com o mar, o comércio de escravos é uma prática que ocorre desde os séculos mais recuados; mas o rei de Gingiro, cujos domínios se acham encerrados quase no centro do continente, sacrifica ao diabo os escravos que não pode vender ao homem."

●●●●   É ali que começa esse horrível costume de derramar o sangue humano em todas as solenidades.

●●●●   "Ignoro, diz o Sr. Bruce, até onde ele se estende ao sul da África, mas considero o Gingiro como o limite geográfico do reino do diabo, do lado setentrional da península.”

Tivesse visto o Sr. Bruce o que hoje testemunhamos e nada acharia de assombroso na prática das evocações usadas em Gingiro.

Nelas vê apenas uma crença supersticiosa, enquanto nós encontramos sua causa nos fatos de manifestações falsamente interpretadas que lá, como alhures, se produziram.

O papel que a credulidade faz o diabo representar nada tem de surpreendente. Primeiro há de notar-se que todos os povos bárbaros atribuem a um poder maléfico o que não podem explicar.

Em segundo lugar, um povo bastante atrasado para sacrificar seres humanos não pode atrair ao seu meio Espíritos superiores. A natureza dos que o visitam não pode, pois, senão confirmá-lo em sua crença.

Além disso, é preciso considerar que os povos dessa parte da África hão conservado um grande número de tradições judaicas, mescladas mais tarde a algumas ideias rudimentares do Cristianismo, fonte na qual, em consequência de sua ignorância, sorveram a doutrina do diabo e dos demônios.




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Re: Revista Espírita
« Responder #51 em: 12 de Janeiro de 2017, 18:33 »
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Descrição de Júpiter

Nota: Sabíamos, por evocações anteriores, que Bernard Palissy, o célebre oleiro do século XVI, habita Júpiter. As respostas seguintes confirmam, por todos os pontos, o que em diversas ocasiões nos foi dito sobre esse planeta, por outros Espíritos e através de diferentes médiuns.

Pensamos que serão lidas com interesse, a título de complemento do quadro que traçamos em nosso último número. Fato notável, a identidade que apresentam com as descrições anteriores é, no mínimo, uma presunção de exatidão.

1. Onde te encontraste ao deixares a Terra?
Resp. – Nela ainda me demorei.

2. Em que condições estavas aqui?
Resp. – Sob os traços de uma mulher amorosa e devotada; era apenas uma missão.

3. Essa missão durou muito?
Resp. – Trinta anos.

4. Lembra-te do nome dessa mulher?
Resp. – É obscuro.

5. A estima em que são tidas tuas obras te agrada? E isso te compensa dos sofrimentos que suportaste?
Resp. – Que me importam as obras materiais de minhas mãos? O que me importa é o sofrimento que me elevou.

6. Com que objetivo traçaste, pelas mãos do Sr. Victorien Sardou, os desenhos admiráveis que nos deste sobre o planeta Júpiter, onde habitas?
Resp. – Com o fim de inspirar o desejo de vos tornardes melhores.

7. Desde que vens com frequência a esta Terra que habitaste tantas vezes, deves conhecer bastante o seu estado físico e moral para que possas estabelecer uma comparação entre ela e Júpiter; rogamos-te, pois, nos esclareças sobre diversos pontos.
Resp. – Ao vosso globo venho apenas como Espírito; o Espírito não tem mais sensações materiais.

Estado Físico do Globo

8. Pode-se comparar a temperatura de Júpiter à de uma de nossas latitudes?
Resp. – Não; ela é suave e temperada; sempre igual, enquanto a vossa varia. Lembrai dos Campos Elísios que vos foram descritos.

9. O quadro que os Antigos nos deram dos Campos Elísios resultaria do conhecimento intuitivo que possuíam de um mundo superior, tal como Júpiter, por exemplo?
Resp. – Do conhecimento positivo; a evocação permanecia nas mãos dos sacerdotes.

10. A temperatura varia segundo as latitudes, como na Terra?
Resp. – Não.

11. Conforme nossos cálculos, o Sol deve aparecer aos habitantes de Júpiter sob um ângulo muito pequeno e, em consequência, dar-lhes pouca luz. Podes dizer-nos se a intensidade da luz é ali igual à da Terra ou se é menos forte?
Resp. – Júpiter é envolvido por uma espécie de luz espiritual que mantém relação com a essência de seus habitantes. A luz grosseira de vosso Sol não foi feita para eles.

12. Há uma atmosfera?
Resp. – Sim.

13. A atmosfera de Júpiter é formada dos mesmos elementos que a atmosfera terrestre?
Resp. – Não; os homens não são os mesmos; suas necessidades mudaram.

14. Existem água e mares?
Resp. – Sim.

15. A água é formada dos mesmos elementos que a nossa?
Resp. – Mais etérea.

16. Há vulcões?
Resp. – Não; nosso globo não é atormentado como o vosso; lá, a Natureza não teve suas grandes crises; é a morada dos bem-aventurados; nele, a matéria mal existe.

17. As plantas têm analogia com as nossas?
Resp. – Sim, mas são mais belas.





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Re: Revista Espírita
« Responder #52 em: 15 de Janeiro de 2017, 18:55 »
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Estado Físico dos Habitantes

18. A conformação do corpo dos habitantes guarda relação com o nosso?
Resp. – Sim, é a mesma.

19. Podes dar-nos uma ideia de sua estatura, comparada à dos habitantes da Terra?
Resp. – Grandes e bem proporcionados. Maiores que os vossos maiores homens. O corpo do homem é como o molde de seu Espírito; belo, onde ele é bom; o envoltório é digno dele: não é mais uma prisão.

20. Lá os corpos são opacos, diáfanos ou translúcidos?
Resp. – Há uns e outros. Uns têm tal propriedade; outros têm outra, conforme sua destinação.

21. Concebemos isso para os corpos inertes, mas nossa questão refere-se aos corpos humanos.
Resp. – O corpo envolve o Espírito sem o ocultar, como um tênue véu lançado sobre uma estátua. Nos mundos inferiores o invólucro grosseiro oculta o Espírito a seus semelhantes; mas os bons nada têm a esconder: podem ler no coração uns dos outros. Que aconteceria se assim fosse na Terra?

22. Há sexos diferentes?
Resp. – Sim; há sexo por toda parte onde existe a matéria; é uma lei da matéria.

23. Qual a base da alimentação dos habitantes? É animal e vegetal, como aqui?
Resp. – Puramente vegetal; o homem é o protetor dos animais.

24. Foi-nos dito que eles absorvem uma parte de sua alimentação do meio ambiente, do qual aspiram as emanações; isso é exato?
Resp. – Sim.

25. Comparada à nossa, a duração da vida é mais longa ou mais curta?
Resp. – Mais longa.

26. Qual é a duração média da vida?
Resp. – Como medir o tempo?

27. Não podes tomar um de nossos séculos por termo de comparação?
Resp. – Creio que mais ou menos cinco séculos.

28. O desenvolvimento da infância é proporcionalmente mais rápido que o nosso?
Resp. – O homem conserva a sua superioridade; a infância não comprime sua inteligência nem a velhice a extingue.

29. Estão os homens sujeitos a doenças?
Resp. – Não estão sujeitos aos vossos males.

30. A vida está dividida entre a vigília e o sono?
Resp. – Entre a ação e o repouso.

31. Poderias dar-nos uma idéia das diversas ocupações dos homens?
Resp. – Seria preciso dizer muito. Sua principal ocupação é encorajar os Espíritos que habitam os mundos inferiores a perseverarem no bom caminho. Não havendo entre eles infortúnio a aliviar, vão procurá-los onde existe sofrimento; são os Espíritos bons que vos sustentam e vos atraem ao bom caminho.

32. Ali se cultivam certas artes?
Resp. – Lá elas são inúteis. As vossas artes são brinquedos que distraem vossas dores.

33. A densidade específica do corpo humano permite-lhe transportar-se de um lugar a outro, sem ficar, como aqui, preso ao solo?
Resp. – Sim.

34. Experimenta-se ali o tédio e o desgosto da vida?
Resp. – Não; o desgosto da vida não provém senão do desprezo de si mesmo.

35. Sendo menos denso do que os nossos, o corpo dos habitantes de Júpiter é formado de matéria compacta e condensada, ou de matéria vaporosa?
Resp. – Compacta para nós; mas não o seria para vós: é menos condensada.

36. O corpo, considerado como feito de matéria, é impenetrável?
Resp. – Sim.

37. Seus habitantes têm uma linguagem articulada, como a nossa?
Resp. – Não; entre eles há comunicação de pensamentos.

38. A segunda vista é, como nos disseram, uma faculdade normal e permanente entre vós?
Resp. – Sim, o Espírito não tem entraves; nada se lhe oculta.

39. Se ao Espírito nada se oculta, conhece, pois, o futuro? Referimo-nos aos Espíritos encarnados em Júpiter.
Resp. – O conhecimento do futuro depende da perfeição do Espírito; tem menos inconvenientes para nós do que para vós; é-nos mesmo necessário, até certo ponto, para a realização das missões que devemos executar; mas, daí a dizer que conhecemos o futuro, sem restrição, seria colocar-nos na mesma posição que Deus.

40. Podeis revelar-nos tudo quanto sabeis sobre o futuro?
Resp. – Não; esperai até que tenhais merecido sabê-lo.

41. Comunicai-vos com os outros Espíritos mais facilmente do que o fazeis conosco?
Resp. – Sim! sempre: não existe mais a matéria entre eles e nós.

42. A morte inspira o horror e o pavor que provoca entre nós?
Resp. – Por que seria apavorante? O mal já não existe entre nós. Só o mau encara o seu último momento com pavor: ele teme o seu juiz.

43. Em que se transformam os habitantes de Júpiter após a morte?
Resp. – Crescem sempre em perfeição, sem mais terem que sofrer provas.

44. Não haverá, em Júpiter, Espíritos que se submetam a provas para cumprirem uma missão?
Resp. – Sim, mas não se trata mais de uma prova; só o amor do bem os leva a sofrer.

45. Podem falir em suas missões?
Resp. – Não, visto que são bons; não há fraqueza senão onde há defeito.

46. Poderias nomear alguns dos Espíritos habitantes de Júpiter que cumpriram uma grande missão na Terra?
Resp. – São Luís.

47. Poderias indicar outros?
Resp. – Que vos importa? Há missões desconhecidas que não têm por objetivo senão a felicidade de um só; são, por vezes, maiores: e são mais dolorosas.

Conversas Familiares de Além-Túmulo
Bernard Palissy (9 de março de 1858)




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Re: Revista Espírita
« Responder #53 em: 16 de Janeiro de 2017, 18:45 »
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Os Animais

48. O corpo dos animais é mais material que o dos homens?
Resp. – Sim; o homem é o rei, o Deus terrestre.

49. Entre os animais há os que são carnívoros?
Resp. – Os animais não se estraçalham entre si; vivem todos submetidos ao homem, amando-se mutuamente.

50. Mas não haverá animais que escapem à ação do homem, como os insetos, os peixes, os pássaros?
Resp. – Não; todos lhe são úteis.

51. Disseram-nos que os animais são os servidores e os operários que executam os trabalhos materiais, constroem as habitações, etc; isso é verdade?
Resp. – Sim; o homem não se rebaixa mais para servir ao seu semelhante.

52. Os animais servidores estão ligados a uma pessoa ou a uma família, ou são tomados e trocados à vontade, como aqui?
Resp. – Todos se ligam a uma família particular; mudais mais, para achar um melhor.

53. Vivem os animais servidores em estado de escravidão ou de liberdade? São uma propriedade ou podem mudar de dono à vontade?
Resp. – Eles lá se encontram em estado de submissão.

54. Os animais trabalhadores recebem uma remuneração qualquer por seus esforços?
Resp. – Não.

55. As faculdades dos animais desenvolvem-se por uma espécie de educação?
Resp. – Eles o fazem por si mesmos.

56. Os animais têm uma linguagem mais precisa e mais caracterizada que a dos animais terrestres?
Resp. – Certamente.




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Re: Revista Espírita
« Responder #54 em: 18 de Janeiro de 2017, 05:33 »
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Estado Moral dos Habitantes

57. As habitações de que nos deste uma amostra por teus desenhos estão reunidas em cidades, como aqui?
Resp. – Sim; os que se amam se reúnem; só as paixões estabelecem a solidão em torno do homem. Se, ainda mau, procura este seu semelhante, que para ele não é senão um instrumento de dor, por que o homem puro e virtuoso fugiria do seu irmão?

58. Os Espíritos são iguais ou de diferentes graduações?
Resp. – De diversos graus, mas da mesma ordem.

59. Rogamos que te reportes à escala espírita que demos no segundo número da Revista, e que nos digas a que ordem pertencem os Espíritos encarnados em Júpiter.
Resp. – Todos bons, todos superiores; por vezes o bem desce até o mal; mas o mal jamais se mistura ao bem.

60. Os habitantes formam diferentes povos, como na Terra?
Resp. – Sim; mas todos se unem entre si pelos laços do amor.

61. Sendo assim, as guerras são desconhecidas?
Resp. – Pergunta inútil.

62. Na Terra poderá o homem alcançar suficiente grau de perfeição que o isente das guerras?
Resp. – Seguramente alcançará; a guerra desaparecerá com o egoísmo dos povos e à medida que compreenderem melhor a fraternidade.

63. Os povos são governados por chefes?
Resp. – Sim.

64. Em que se baseia a autoridade dos chefes?
Resp. – No seu grau superior de perfeição.

65. Em que consiste a superioridade e a inferioridadedos Espíritos em Júpiter, considerando-se que todos são bons?
Resp. – Eles têm maior ou menor cabedal de conhecimentos e experiência; depuram-se, à medida que se esclarecem.

66. Como na Terra, há povos mais ou menos avançados do que outros?
Resp. – Não; mas os há em diversos graus.

67. Se o povo mais avançado da Terra se visse transportado para Júpiter, que posição ocuparia?
Resp. – A dos vossos macacos.

68. Lá os povos são governados por leis?
Resp. – Sim.

69. Há leis penais?
Resp. – Não há mais crimes.

70. Quem faz as leis?
Resp. – Deus as faz.

71. Há ricos e pobres, isto é, homens que vivem na abundância e no supérfluo, e outros a quem falta o necessário?
Resp. – Não; todos são irmãos; se um possuísse mais que o outro, com este dividiria; não seria feliz quando seu irmão se privasse do necessário.

72. De acordo com isso, as fortunas seriam iguais para todos?
Resp. – Eu não disse que todos sejam ricos no mesmo grau; perguntastes se haveria os que possuem o supérfluo e outros a quem faltasse o necessário.

73. Essas duas respostas nos parecem contraditórias; Pedimos que estabeleças a concordância entre elas.
Resp. – A ninguém falta o necessário; ninguém possui o supérfluo, ou seja, a fortuna de cada um está em relação com a sua condição. Estais satisfeitos?

74. Agora compreendemos; mas perguntamos, ainda, se aquele que tem menos não é infeliz, relativamente àquele que tem mais?
Resp. – Não pode ser infeliz, desde que não é invejoso nem ciumento. A inveja e o ciúme fazem mais infelizes que a miséria.

75. Em que consiste a riqueza em Júpiter?
Resp. – Que vos importa?

76. Há desigualdades sociais?
Resp. – Sim.

77. Sobre o que se fundam tais desigualdades?
Resp. – Sobre as leis da sociedade. Uns são mais ou menos avançados em perfeição. Os que são superiores exercem sobre os outros uma espécie de autoridade, como um pai sobre os filhos.

78. As faculdades do homem se desenvolvem pela educação?
Resp. – Sim.

79. Pode o homem adquirir bastante perfeição na Terra para merecer passar imediatamente a Júpiter?
Resp. – Sim, mas na Terra o homem é submetido a imperfeições, a fim de estar em relação com os seus semelhantes.

80. Quando um Espírito que deixa a Terra deve reencarnar-se em Júpiter, fica errante durante algum tempo até encontrar o corpo ao qual deverá se unir?
Resp. – Ele o é durante certo tempo, até que se tenha liberado das imperfeições terrestres.

81. Há várias religiões?
Resp. – Não; todos professam o bem e todos adoram um único Deus.

82. Há templos e um culto?
Resp. – Por templo há o coração do homem; por culto, o bem que ele faz.




« Última modificação: 18 de Janeiro de 2017, 05:35 by Marianna »
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Re: Revista Espírita
« Responder #55 em: 19 de Janeiro de 2017, 03:52 »
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Mehemet-ali, antigo paxá do Egito
(16 de março de 1858)

1. O que vos impeliu a atender ao nosso apelo?
Resp. – Para vos instruir.

2. Estais contrariado por vir até nós e responder às perguntas que vos desejamos fazer?
Resp. – Não; as que tiverem por fim vossa instrução, eu o consinto.

3. Que prova podemos ter de vossa identidade e como poderemos saber se não é um outro Espírito que toma vosso nome?
Resp. – Para que serviria isso?

4. Sabemos, por experiência, que os Espíritos inferiores muitas vezes se utilizam de nomes supostos; é por isso que vos fizemos essa pergunta.
Resp. – Eles utilizam também as provas; mas o Espírito que toma uma máscara também se revela por suas próprias palavras.

5. Sob que forma e em que lugar estais entre nós?
Resp. – Sob a que leva o nome de Mehemet-Ali; perto de Ermance.

6. Gostaríeis que vos déssemos um lugar especial?
Resp. – A cadeira vazia.

Observação – Perto dali havia uma cadeira vazia, à qual não se tinha prestado atenção.

7. Tendes uma lembrança precisa de vossa última existência corporal?
Resp. – Não a tenho ainda precisa; a morte me deixou sua perturbação.

8. Sois feliz?
Resp. – Não; infeliz.

9. Estais errante ou reencarnado?
Resp. – Errante.

10. Recordais o que fostes antes de vossa última existência?
Resp. – Eu era pobre na Terra; invejei as grandezas terrestres: subi para sofrer.

11. Se pudésseis renascer na Terra, que condição escolheríeis de preferência?
Resp. – Obscura; os deveres são muito grandes.

12. Que pensais agora da posição que ocupastes por último na Terra?
Resp. – Vaidade do nada! Quis conduzir os homens; sabia conduzir-me a mim mesmo?

13. Dizia-se que já há algum tempo a vossa razão estava alterada; isso é verdade?
Resp. – Não.

14. A opinião pública aprecia o que fizestes pela civilização egípcia, e vos coloca entre os maiores príncipes.
Experimentais satisfação com isso?
Resp. – Que me importa! A opinião dos homens é o vento do deserto que levanta a poeira.

15. Vedes com prazer vossos descendentes trilhando o mesmo caminho? Interessai-vos por seus esforços?
Resp. – Sim, já que têm por objetivo o bem comum.

16. Entretanto, sois acusado de atos de grande crueldade:
envergonhai-vos deles, agora?
Resp. – Eu os expio.

17. Vedes os que mandastes massacrar?
Resp. – Sim.

18. Que sentimento experimentam por vós?
Resp. – O do ódio e o da piedade.

19. Depois que deixastes esta vida revistes o sultão Mahamud?
Resp. – Sim: em vão fugimos um do outro.

20. Que sentimento experimentais agora um pelo outro?
Resp. – O da aversão.

21. Qual a vossa opinião atual sobre as penas e recompensas que nos esperam após a morte?
Resp. – A expiação é justa.

22. Qual o maior obstáculo que tivestes de vencer para a realização de vossos objetivos progressistas?
Resp. – Eu reinava sobre escravos.

23. Pensais que se o povo que governastes fosse cristão, teria sido menos rebelde à civilização?
Resp. – Sim; a religião cristã eleva a alma; a maometana não fala senão à matéria.

24. Quando vivo, vossa fé na religião muçulmana era absoluta?
Resp. – Não; eu acreditava num Deus maior.

25. Que pensais disso agora?
Resp. – Ela não faz homens.

26. Na vossa opinião, Maomé tinha uma missão divina?
Resp. – Sim, mas que ele corrompeu.





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Re: Revista Espírita
« Responder #56 em: 19 de Janeiro de 2017, 16:04 »
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27. Em que a corrompeu?
Resp. – Ele quis reinar.

28. O que pensais de Jesus?
Resp. – Esse vinha de Deus.

29. Na vossa opinião, qual dos dois, Jesus ou Maomé, fez mais pela felicidade da Humanidade?
Resp. – Por que o perguntais? Que povo Maomé regenerou? A religião cristã saiu pura da mão de Deus; a maometana é obra do homem.

30. Acreditais que uma dessas duas religiões esteja destinada a desaparecer da face da Terra?
Resp. – O homem progride sempre; a melhor permanecerá.

31. Que pensais da poligamia consagrada pela religião muçulmana?
Resp. – É um dos laços que retêm na barbárie os povos que a professam.

32. Acreditais que a submissão da mulher esteja conforme os desígnios de Deus?
Resp. – Não; a mulher é igual ao homem, pois que o Espírito não tem sexo.

33. Diz-se que o povo árabe não pode ser conduzido senão pelo rigor; não pensais que os maus-tratos, em vez de o submeterem, mais o embrutecem?
Resp. – Sim, é o destino do homem; ele se avilta quando é escravo.

34. Poderíeis reportar-vos aos tempos da Antiguidade, quando o Egito era florescente, e dizer-nos quais foram as causas de sua decadência moral?
Resp. – A corrupção dos costumes.

35. Parece que fazíeis pouco caso dos monumentos históricos que cobrem o solo do Egito. Não podemos compreender essa indiferença da parte de um príncipe amigo do progresso.
Resp. – Que importa o passado! O presente não o substituiria.

36. Poderíeis explicar-vos mais claramente?
Resp. – Sim. Não era necessário lembrar ao egípcio envilecido um passado muito brilhante: não o teria compreendido. Menosprezei aquilo que me pareceu inútil; não poderia ter-me enganado?

37. Os sacerdotes do antigo Egito tinham conhecimento da Doutrina Espírita?
Resp. – Era a deles.

38. Recebiam manifestações?
Resp. – Sim.

39. As manifestações obtidas pelos sacerdotes egípcios provinham da mesma fonte que as recebidas por Moisés?
Resp. – Sim, ele foi iniciado por elas.

40. Por que as manifestações de Moisés eram mais poderosas que as recebidas pelos sacerdotes egípcios?
Resp. – Moisés queria revelar; os sacerdotes egípcios, apenas ocultar.

41. Acreditais que a doutrina dos sacerdotes egípcios tivesse alguma relação com a dos indianos?
Resp. – Sim; todas as religiões primitivas estão ligadas entre si por laços quase imperceptíveis; procedem de uma mesma fonte.

42. Dentre essas duas religiões, a dos egípcios e a dos indianos, qual delas é a mãe da outra?
Resp. – São irmãs.

43. Como se explica que em vida éreis tão pouco esclarecido sobre essas questões, e agora podeis respondê-las com tanta profundidade?
Resp. – Outras existências mo ensinaram.

44. No estado errante em que estais agora, tendes, pois, pleno conhecimento de vossas existências anteriores?
Resp. – Sim, exceto da última.

45. Haveis, pois, vivido no tempo dos Faraós?
Resp. – Sim; três vezes vivi no solo egípcio: como sacerdote, como mendigo e como príncipe.

46. Sob que reinado fostes sacerdote?
Resp. – Já faz tanto tempo! O príncipe era vosso Sesóstris.

47. Conforme isso, parece que não progredistes, uma vez que expiais, agora, os erros da vossa última existência.
Resp. – Sim, progredi lentamente; acaso era eu perfeito por ter sido sacerdote?

48. Porque fostes sacerdote àquela época é que pudestes falar com conhecimento de causa da antiga religião dos egípcios?
Resp. – Sim; mas não sou bastante perfeito para tudo saber; outros lêem no passado como num livro aberto.

49. Poderíeis dar-nos uma explicação sobre o motivo da construção das pirâmides?
Resp. – É muito tarde.

(Nota: Eram quase onze horas da noite.)

50. Só vos faremos mais uma pergunta; dignai-vos ter a bondade de respondê-la;
Resp. – Não, é muito tarde; essa pergunta suscitaria outras.

51. Poderíeis respondê-la em outra ocasião?
Resp. – Não me comprometo com isso.

52. Mesmo assim, agradecemos a benevolência com que respondestes às nossas perguntas.
Resp. – Bem! Eu voltarei




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Re: Revista Espírita
« Responder #57 em: 21 de Janeiro de 2017, 01:51 »
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Sr. Home

Não é de nosso conhecimento que o Sr. Home tenha feito aparecer, pelo menos visivelmente a todos, outras partes do corpo além das mãos.

Cita-se, entretanto, um general, morto na Criméia, que teria aparecido à sua viúva e visível somente a ela; mas não pudemos constatar a realidade do fato, sobretudo no que diz respeito à intervenção do Sr. Home em tal circunstância. Limitar-nos-emos apenas àquilo que pudermos afirmar.

—   Por que mãos, de preferência a pés ou a uma cabeça?

É o que não sabemos e ele próprio ignora. Interrogados a respeito, os Espíritos responderam que outros médiuns poderiam fazer aparecer o corpo inteiro; aliás, não é isso o ponto mais importante; se só as mãos aparecem, as demais partes do corpo não são menos evidentes, como se verá dentro em pouco.

A aparição de uma mão geralmente se manifesta, em primeiro lugar, sob a toalha da mesa, através de ondulações produzidas ao percorrer toda a sua superfície; depois se mostra à borda da toalha, que ela levanta; algumas vezes vem postar-se sobre a toalha, bem no meio da mesa; freqüentemente, toma um objeto e o leva para baixo da toalha.

Essa mão, visível para todo o mundo, não é vaporosa, nem translúcida; tem a cor e a opacidade naturais; no punho, termina de maneira vaga, mal definida; se é tocada com precaução, confiança e sem segunda intenção hostil, oferece a resistência, a solidez e a impressão de uma mão viva; seu calor é suave, úmido e comparável ao de um pombo morto há cerca de meia hora.

Não é de forma alguma inerte, porquanto age, presta-se aos movimentos que se lhe imprime, ou resiste, acaricia-vos ou vos aperta. Se, ao contrário, quiserdes pegá-la bruscamente e de surpresa, somente encontrareis o vazio.

—   Uma testemunha ocular narrou-nos o seguinte fato que com ela se passou:

Tinha entre os dedos uma campainha de mesa; uma mão, a princípio invisível, pouco depois perfeitamente visível, veio pegá-la, fazendo esforços para arrancá-la; não o tendo conseguido, passou por cima para fazê-la escorregar; o esforço da tração era muito sensível, qual se fora mão humana.

Tendo querido segurar violentamente essa mão, a sua só encontrou no ar; havendo retirado os dedos, a campainha ficou suspensa no espaço e veio pousar lentamente no assoalho.

Algumas vezes há várias mãos. A mesma testemunha contou-nos o fato que se segue. Várias pessoas estavam reunidas em torno de uma dessas mesas de sala de jantar que se separam em duas.

Golpes são batidos; a mesa se agita, abre-se por si mesma e, através da fenda, aparecem três mãos, uma de tamanho natural, muito grande outra, e uma terceira completamente felpuda; tocasse nelas, apalpa-lhes, elas vos apertam a mão, depois se esvanecem.

Na casa de um de nossos amigos, que havia perdido um filho de tenra idade, é a mão de um recém-nascido que aparece; todos a podem ver e tocar; essa criança acomoda-se no colo da mãe, que sente distintamente a impressão de todo o seu corpo sobre os joelhos.

Frequentemente a mão vem pousar sobre vós. Então a vedes ou, se não o conseguis, percebeis a pressão de seus dedos; algumas vezes ela vos acaricia, em outras vos belisca até provocar dor.




« Última modificação: 24 de Janeiro de 2017, 19:17 by Marianna »
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Re: Revista Espírita
« Responder #58 em: 23 de Janeiro de 2017, 02:31 »
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Na presença de várias pessoas, o Sr. Home sentiu que lhe pegavam o pulso, e os assistentes puderam ver-lhe a pele puxada.

Um instante depois ele sentiu que o mordiam e a marca da impressão de dois dentes ficou visivelmente assinalada durante mais de uma hora. A mão que aparece também pode escrever. Algumas vezes ela se coloca no meio da mesa, pega o lápis e traça letras sobre um papel especialmente colocado para esse fim.

Na maioria das vezes leva o papel para debaixo da mesa e o traz de volta todo escrito. Se a mão permanece invisível, a escrita parece produzir-se por si mesma.

Obtêm-se, por esse meio, respostas às diversas perguntas que se quer fazer. Um outro gênero de manifestações não menos notável, mas que se explica pelo que acabamos de dizer, é o dos instrumentos de música que tocam sozinhos. Em geral são pianos ou acordeões.

Nessas circunstâncias, vê-se distintamente as teclas se agitarem e o fole mover-se. A mão que toca ora é visível, ora invisível; a ária que se ouve pode ser conhecida e executada a pedido de alguém. Se o artista invisível é deixado à vontade, produz acordes harmoniosos, cujo efeito lembra a vaga e suave melodia da harpa eólica.

Na residência de um de nossos assinantes, onde tais fenômenos se produziram muitas vezes, o Espírito que assim se manifestava era o de um rapaz, falecido há algum tempo, amigo da família e que, quando vivo, possuía notável talento como músico; a natureza das árias que preferia tocar não deixava nenhuma dúvida quanto à sua identidade às pessoas que o haviam conhecido.

O fato mais extraordinário desse gênero de manifestações não é, em nossa opinião, o da aparição. Se fosse sempre vaporosa, concordaria com a natureza etérea que atribuímos aos Espíritos; ora, nada se oporia a que essa matéria etérea se tornasse perceptível à vista por uma espécie de condensação, sem perder sua propriedade vaporosa.

O que há de mais estranho é a solidificação dessa mesma matéria, bastante resistente para deixar uma impressão visível em nossos órgãos.

Daremos, em nosso próximo número, a explicação desse singular fenômeno, conforme o ensinamento dos próprios Espíritos. Limitar-nos-emos, hoje, a deduzir-lhe uma consequência relativa ao toque espontâneo dos instrumentos de música.

Com efeito, desde que a tangibilidade temporária dessa matéria eterizada é um fato constatado; que, nesse estado, uma mão, aparente ou não, oferece bastante resistência para exercer pressão sobre os corpos sólidos, nada há de espantoso em que possa exercer pressão suficiente para mover as teclas de um instrumento.

Por outro lado, fatos não menos positivos atestam que essa mão pertence a uma inteligência; nada, pois, de admirar que tal inteligência se manifeste por sons musicais, como o pode fazer pela escrita ou pelo desenho.

Uma vez entrados nessa ordem de ideias, as pancadas, o movimento dos objetos e todos os fenômenos espíritas de ordem material se explicam naturalmente.

(Terceiro artigo – Vide os números de fevereiro e março de 1858)




« Última modificação: 24 de Janeiro de 2017, 19:19 by Marianna »
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Re: Revista Espírita
« Responder #59 em: 24 de Janeiro de 2017, 19:20 »
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Variedades

Em certos indivíduos a malevolência não conhece limites; a calúnia tem sempre veneno para quem quer que se eleve acima da multidão.

Os adversários do Sr. Home acharam a arma do ridículo demasiado fraca; com efeito, ela devia voltar-se contra os nomes respeitáveis que o cobrem com a sua proteção. Não podendo mais divertir-se à sua custa, quiseram denegri-lo.

Espalhou-se o boato, adivinhe-se com que objetivo, e as más línguas a repetir, de que o Sr. Home não havia partido para a Itália, como fora anunciado, mas que estava encarcerado na prisão de Mazas, sob o peso das mais graves acusações, narradas como anedotas, de que estão sempre ávidos os desocupados e os amantes de escândalo.

—   Podemos garantir que não há nada de verdadeiro em todas essas maquinações infernais.

Sob nossos olhos, temos várias cartas do Sr. Home, datadas de Pisa, Roma e Nápoles, onde se encontra neste momento, e estamos em condição de provar o que afirmamos.

Muita razão têm os Espíritos, quando dizem que os verdadeiros demônios estão entre os homens.

Lê-se num jornal: “Segundo a Gazette des Hôpitaux, o hospital dos alienados de Zurique conta neste momento 25 pacientes que perderam a razão graças às mesas falantes e aos Espíritos batedores”.

Em primeiro lugar, perguntamos se foi bem averiguado que esses 25 alienados devem, todos, a perda da razão aos Espíritos batedores, o que se pode contestar até prova em contrário.

Supondo que esses estranhos fenômenos tenham podido impressionar de maneira lamentável certos caracteres fracos, perguntaríamos, além disso, se o medo do diabo não fez mais loucos do que a crença nos Espíritos.

Ora, como não se impedirá os Espíritos de baterem, o perigo está em crer que são demônios todos aqueles que se manifestam.

Afastai essa ideia, dando a conhecer a verdade, e deles não se terá mais medo do que dos fogos-fátuos. A ideia de que se é assediado pelo demônio é feita sob medida para perturbar a razão.

Eis, de sobra, a contrapartida do artigo acima. Lemos num outro jornal:
—   “Existe um curioso documento estatístico, de funestas consequências, o de que o povo inglês é levado ao hábito da intemperança e dos licores fortes. De cada 100 indivíduos admitidos no hospício de loucos de Hamwel, há 72 cuja alienação deve ser atribuída à embriaguez.”

Recebemos de nossos assinantes numerosas relações de fatos muito interessantes, que nos apressaremos a publicar em nossas próximas edições; a falta de espaço, porém, nos impede de fazê-lo neste número.

Allan Kardec.




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