Todo livre arbítrio é na verdade relativo, pois é sempre uma resposta às nossas opiniões preconcebidas e julgamentos.
Estes sim, definem nossas ações, que são direcionadas a partir de fatores que jazem em níveis subconscientes.
Se as opiniões, conceitos, e preferências, são os valores que definem nosso modo de ser, ou seja, o conjunto dos comportamentos de uma pessoa perante seu grupo social, é fundamental que se compreenda o mecanismo de formação daqueles valores, particularmente, a opinião.. 
É interessante analisar como se chega a adotar um ponto de vista especifico sobre determinado assunto. - Como se forma uma opinião?
 
Segundo o acatado jurista patrício Darcy Azambuja,. “A imensa maioria das nossas idéias, atitudes, afirmações e negativas, quase todas elas, não são o resultado do raciocínio e sim do nosso temperamento, do nosso caráter, da nossa educação, das nossas crenças. Essas forças mais ou menos subconscientes modelam o que aprendemos, vemos e ouvimos, e quase sempre, o que consideramos resultado do nosso pensamento não passa de manifestações dos nossos sentimentos, tendências, desejos e aspirações. Além disso, recebemos e aceitamos opiniões prontas, quer nos venham do meio social, dos livros que lemos, das pessoas do círculo em que vivemos; e aderimos a essas idéias feitas como se as tivéssemos feito.”

Se queremos de fato compreender o motivo que leva determinadas pessoas a convicções que, num senso comum, chegam a ser excêntricas ou radicais, resta uma consideração que reputo de grande relevância.
Nossos medos e frustrações que jazem nos escaninhos profundos da mente e, muito mais que todos os valores antes considerados, são eles que realmente moldam nossa personalidade e nossas opiniões.
É por causa deles que somos como somos.