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  • A magia do conto infantil

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Autor Tópico: A magia do conto infantil  (Lida 511246 vezes)

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Online dOM JORGE

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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2115 em: 18 de Junho de 2017, 07:09 »
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                                                                   VIVA JESUS!




               Bom-dia! queridos irmãos.





                       A ave e o hipopótamo



 
Uma avezinha que estava sempre a se beneficiar de um grande hipopótamo, alimentando-se dos insetos que pousavam sobre sua grossa pele, certo dia estranhou vê-lo deitado no meio do mato, sem se mover. Aproximou-se mais, batendo as asinhas no ar e pensando:
   — O que terá acontecido com esse hipopótamo? Ele deve estar muito mal, pois nem os insetos estão pousando em sua pele!...
 
Preocupada, a avezinha ali permaneceu, cuidando do enorme animal que não se mexia e nem abria os olhos, mantendo-os fechados.
Então, a avezinha ficou por perto, observando o hipopótamo. Nem uma vez ele se mexeu! Cheia de piedade daquele que por tanto tempo lhe servira de meio de alimentação, e que agora parecia morto, a avezinha, vendo-lhe a boca aberta, teve uma ideia: resolveu alimentá-lo.
Como sempre se beneficiara dele, agora queria ajudá-lo. Assim, ela procurou no meio do mato resto de alimentos que pudessem lhe servir e começou a trazer com grande dificuldade pelo peso que tinham, mas que ela sabia seria bom para o grande animal, seu amigo.
Assim, ela trazia o que achava, colocava na boca do animal que, ao sentir a comida, punha-se a mastigá-la e, desse modo, ia-se fortalecendo aos poucos.
Satisfeita, a avezinha voltava para a floresta em busca de mais alimentos para seu amigo hipopótamo.   


No final do dia ela estava exausta, mas contente por ter conseguido ajudar aquele que sempre fora sua maior fonte de insetos e, também, sabendo que ele precisava de água, mergulhava num riacho e depois, chegando perto dele, ela batia as asinhas e jogava-lhe as gotas de água na boca, que se refrescava com a água, fortalecendo-se.
Desse modo, logo o hipopótamo estava se recuperando. Abrindo os olhos, pôde ver quem o auxiliava. Então, ele perguntou:
— Avezinha, por que está me ajudando? Agradeço-lhe, mas sou grande e pesado. Todos fogem de mim, mas não você!... Não tem medo?
Então, batendo as asinhas, ela disse:
— É que eu preciso de você, pois me alimento dos insetos que ficam em sua pele. Sem eles, eu morreria!...
E o hipopótamo, olhando a bela avezinha, murmurou:
— Pois você salvou minha vida, avezinha! Sou muito grato a você que tanto me ajudou. Obrigado! Desse modo, nos ajudamos mutuamente! Quero ser seu amigo para sempre.
E a avezinha piou dizendo:
— Eu também, meu amigo hipopótamo. Amigos então?
— Sim! E nos ajudaremos mutuamente, não é?
— Sim, meu grande amigo. Gosto muito de você e nos fortaleceremos.
Assim, a avezinha pousou na grossa pele do hipopótamo, fazendo-lhe um agrado nas costas, e ele, chegando o imenso nariz no bico da avezinha, disse:
— Então, vamos ser amigos para sempre?
— Sim! Ambos nos ajudaremos e nossa amizade só crescerá!
A avezinha deu um beijo no hipopótamo que respondeu encostando a imensa boca nas penas dela.
A partir desse dia, todos os animais que passavam por eles estranhavam ver uma linda ave passeando no lombo do enorme hipopótamo, enquanto conversava com ele.

MEIMEI

(Página psicografada por Célia Xavier de Camargo, em 22/05/2017.)








                                                                                                             PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2116 em: 26 de Junho de 2017, 01:58 »
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                                                                   VIVA JESUS!




               Boa-noite! queridos irmãos.





                      As bagagens


 
 
Um casal de velhinhos caminhava por uma estrada. Ambos estavam muito trôpegos e cansados. Andavam um pouco e já se sentiam cansados, desejando descansar. Depois, eles voltavam a caminhar, mas o peso das mochilas que levavam era muito grande e eles se cansavam bastante. Então, Pedro disse para a esposa:
— Joana, o que acha de nos livrarmos da nossa carga? Está muito pesada e não estou aguentando mais!...

Joana pensou um pouco e considerou:
— Pedro, mas o que faremos sem a nossa bagagem? São roupas, calçados e coisas de que precisamos! Não podemos deixá-las pelo caminho!...
Então Pedro, que falara primeiro, deu uma sugestão:
— Joana, quem sabe podemos deixar nossas bagagens num tronco de árvore? Já observei que, nessa região, existem muitas árvores com buracos no tronco! O que acha?
— É uma boa ideia, Pedro! Vamos procurar uma árvore com buraco. Assim, poderemos guardar nossas coisas até voltarmos.
Assim combinado, eles prosseguiram e, ao encontrar uma árvore com um oco grande, colocaram seus pertences e, mais aliviados, caminharam sem problemas.
Sem o peso, prosseguiram no caminho e logo chegaram à cidade de destino. Tinham ido visitar um irmão que não viam há muito tempo. Após vê-lo e saber que estava bem, eles se despediram e voltaram pelo mesmo caminho.
Ao chegarem à região onde tinham deixado suas bagagens, eles puseram-se a examinar cada árvore com cuidado. Até que acharam a árvore onde tinham colocado seus pertences. Enfiaram a mão no buraco, mas não encontraram nada!
— Tenho certeza que deixamos nossas coisas aqui dentro, Pedro!
— Sim! Eu também tenho certeza de que a árvore é esta, Joana! Que faremos?
Sem saber o que fazer, eles sentaram-se à beira da estrada e puseram-se a pensar. Precisavam daquelas roupas! Não tinham dinheiro para comprar outras! Que fazer?
Nesse momento, viram chegar um homem que parou para saber o que estava acontecendo com eles para estarem tão tristes, ao que eles responderam:
— É que, ao passarmos por aqui, estávamos muito cansados e resolvemos deixar nossos pertences no oco de uma árvore. Mas agora não tem mais nada! Alguém nos roubou?!...
Então, o recém-chegado sentou-se perto deles e explicou:
— Eu moro aqui perto. Acontece que aqui passam muitos ladrões e eu vi vocês guardarem pacotes dentro da árvore. Mas como sei que os ladrões estão sempre atentos, corri e peguei seus pertences, levando-os para minha casa. Assim, ao vê-los retornar, vim avisá-los de que está tudo bem guardado comigo.
   
Vamos até minha casa e entrego-lhes as bagagens.
O casal acompanhou o senhor até a casa dele e logo estavam com as roupas em suas mãos. O novo amigo perguntou se queriam jantar e eles, como estavam com fome, aceitaram.
Após jantarem, pegaram suas coisas e, agradecendo ao amigo que salvara suas roupas, eles abraçaram-no e despediram-se dele, satisfeitos e agradecidos.
Ao vê-los afastar-se, o homem disse:
— Não esqueçam! Não se pode confiar em locais abertos! Sempre existem os que desejam beneficiar-se da nossa falta de cuidado e, talvez não encontrem alguém que possa guardá-las até a volta dos donos.
— Você tem toda razão, meu amigo! Somos muito gratos pela sua bondade, cuidando das nossas bagagens para nós.       

MEIMEI

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 22/5/2017.)









                                                                                                              PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2117 em: 23 de Julho de 2017, 08:11 »
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              Bom-dia! queridos irmãos.





                      Respeito mútuo


 
O senhor Manoel era um homem muito bom e compassivo. Vivia do amanho da terra e suas tarefas eram executadas sempre com amor e devotamento. Ele tinha um filho que, não obstante a educação que lhe dava, era indisciplinado e agia sempre sem se preocupar com os outros, jamais cogitando se prejudicava alguém ou não.
O pai carinhoso tentava orientá-lo para o bem, afirmando-lhe que sempre   devemos  amar  o próximo e respeitá-lo, como Jesus nos ensinou.
– E os animais? - perguntava Toninho, impaciente.
– Os animais também, meu filho. São nossos irmãos menores, credores de toda a nossa consideração e respeito, necessitando da nossa ajuda, tanto quanto nós não prescindimos do concurso deles para nossas tarefas do dia a dia.
Como estavam no campo, o pai fez uma pausa e exemplificou, apontando um animal atrelado ao arado.

– Veja o Gentil, por exemplo. É dócil e manso, nunca desdenhando o trabalho árduo do campo, e nestes anos todos em que trabalhamos juntos nunca o vi rebelde e indisciplinado. Jamais agrediu alguém!
– O Gentil ainda concordo, pois ele o ajuda, papai. Mas os outros!... – retrucou Toninho com desprezo.
– Os outros animais também ajudam, meu filho. Cada qual tem uma tarefa diferente, mas não menos importante. A Mimosa, nossa vaquinha, fornece o leite tão gostoso que bebemos toda manhã; as galinhas fornecem os ovos para a nossa alimentação e o nosso cão trabalha sem descanso, cuidando da defesa da nossa casa. Portanto, todos merecem nosso carinho e gratidão.
Mas Toninho ainda não estava convencido.
No dia seguinte, o senhor Manoel convidou Toninho para ir à cidade fazer umas compras. Toninho, eufórico com o passeio, aboletou-se na pequena carroça, feliz da vida.
Ao chegarem à cidade, enquanto seu pai entrou no armazém para fazer compras, Toninho ficou vendo o movimento da rua.
O tempo foi passando e seu pai não voltava. O menino foi ficando impaciente.
Olhou para Gentil, que permanecia parado, de olhos baixos, humilde, sem dar demonstrações de impaciência. Teve vontade de agredir o animal para ver sua reação.

– Vou dar uma volta. Veremos se ele é realmente obediente.
Toninho olhou ao redor e viu um pedaço de tábua, longo e fino, numa construção ali perto.
Pegou a ripa e, sem titubear, subiu na carroça e ordenou a Gentil que andasse. O animal, não reconhecendo a voz do dono a que estava habituado, não saiu do lugar.
Toninho, tomando da ripa, desceu com ela sobre o lombo do cavalo. Este relinchou de dor e, levantando as patas dianteiras, empinou perigosamente a frágil carroça, jogando Toninho ao chão.
Ao ouvir os gritos na rua, o Sr. Manoel acudiu bem rápido, encontrando o filho no solo, aos berros.
Ao saber do que acontecera, através de pessoas que assistiram ao fato, Manoel ficou indignado.
– Mas, papai, o senhor disse que o Gentil era manso e ele me derrubou! – gritava o garoto, surpreso.
E o pai, pegando o filho e levando-o até junto do animal, disse-lhe:
– E acha que ele poderia agir diferente? Veja o que você fez com o pobre animal!
Do lombo do cavalo escorria um filete de sangue. Toninho não percebera que na ponta da ripa existia um prego e tinha sido a dor do ferimento que fizera Gentil reagir.
Aproveitando a oportunidade que se lhe oferecia, Manoel completou:
– Gentil é manso como um cordeiro. Apenas se defendeu de uma agressão, instintivamente. Todos nós, meu filho, recebemos de acordo com o que tivermos feito. Se você lhe tivesse dado carinho e amor, teria recebido a retribuição correspondente. Como você agrediu, foi agredido. Entendeu?
Muito envergonhado, Toninho balançou a cabeça em sinal de assentimento e prometeu a si mesmo que nunca mais cometeria o mesmo erro.
             
 TIA CÉLIA








                                                                                                   PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2118 em: 10 de Agosto de 2017, 21:48 »
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                                                              VIVA JESUS!



            Boa-tarde! queridos irmãos.




                  A caixa de lápis de cor



Naquela classe havia uma garota chamada Rose que, embora com sete anos, vivia sorridente e era amiga de todos. Sempre que alguém precisasse de alguma coisa, ela tinha para emprestar. Assim, seus colegas sempre recorriam a ela ao sentir falta de algo.
 

 
— Rose! Esqueci minha caixa de lápis de cor! Você me empresta? — dizia Celso.
— Sim, Celso. Aqui está! — respondia ela entregando-lhe seu estojo de lápis.
Daí a pouco era a Jane, que lhe pedia a régua; depois era Mara, que não trouxera sua borracha. E assim Rose, sempre com um sorriso, dava ao colega o que ele necessitasse.
A professora, vendo que os colegas abusavam da boa vontade dela, a alertava para que não emprestasse nada a ninguém, pois os alunos deveriam ter seu próprio material. Porém Rose sorria candidamente e respondia:
— Professora, não tem problema. Se eu não estou usando todo o material que trouxe, posso emprestar ao meu colega!
— Rose, esta classe tem muitos alunos! Se cada um agir assim, você não conseguirá fazer sua parte na tarefa! — disse a professora, incomodada com a boa vontade dela.
No final daquele dia, a professora avisou seus alunos que, a partir do dia seguinte, queria ver todos com seus materiais na bolsa. Nada de ficar emprestando de colegas. Cada um que trouxesse o seu próprio material.
Na manhã seguinte, no final da aula a professora pediu que cada um fizesse um desenho e o pintasse, descrevendo o que ela ensinara naquele dia. Todos estavam entregues ao trabalho de desenho, quando um dos alunos, após fazer o desenho, lembrou que não tinha lápis de cor. A atividade teria nota e ficou preocupado. Se não pintasse, a nota seria baixa.
Estava triste, quando Rose olhou para ele e viu-lhe os olhos vermelhos, quase chorando, e perguntou: — Que está acontecendo Jaime?!...
— Não tenho lápis de cor! Sem poder pintar, a mestra me dará uma nota bem baixa!...
Rose não teve dúvidas. Pegou sua caixa de lápis e entregou-a ao garoto. Depois, prosseguiu fazendo o seu desenho. Logo a professora avisou que estava terminando o tempo de entrega do desenho. Os alunos ficaram inquietos, pois muitos não tinham concluído o trabalho.
E como Rose não tinha pintado ainda o seu desenho, ficou quieta esperando o colega terminar o dele. Ao notar isso, a professora perguntou a Rose se ela já terminara, ao que a menina respondeu:
— Não, professora. Mas vou terminar!
A mestra percebeu que Rose não acabara por ter emprestado seus lápis ao colega do lado. Então esperou para ver o que iria acontecer. O tempo terminou e ela pediu que os alunos entregassem seus desenhos, o que eles fizeram levando até à mesa da professora.
Só Rose não levou. A mestra viu que ela estava preocupada, mas nada disse. No final, perguntou a sua aluna:
— Rose, entregue seu trabalho. Só falta você!
A garota foi até a mesa da professora, deixou a folha e voltou para sua carteira. A mestra examinou cada um dos desenhos e notou que só Rose não tinha pintado o desenho:
— Rose, por que você não terminou o seu desenho?
— Não tive tempo, professora.
— Mas todos os alunos fizeram no tempo previsto!
Rose baixou a cabeça e continuou calada. Um garoto resolveu falar, contando à professora que ela emprestara sua caixa de lápis ao colega do lado. Então, a mestra fez a classe fazer silêncio, e indagou:
— Rose, já lhe disse que não quero que empreste seus lápis ou qualquer outro material para seus colegas. Cada um deve ter seu próprio material! Por que você age assim?
— Professora, é que aprendi que devemos ajudar a quem precisa! Então, quando um colega não traz seu material, eu empresto o meu! Foi o que aprendi com Jesus!... E Zezé não tem todo o material!
Ao ouvir aquilo, a mestra ficou triste, porque sabia que o garoto era muito pobre e seus pais não puderam comprar tudo que fora pedido.
Então Rose sugeriu:
— Professora, o que a senhora acha de reunirmos todos os lápis-de-cor da classe, colocando numa caixa? Assim, todos nós teremos lápis-de-cor à vontade, não é?
 

 
Todos bateram palmas, satisfeitos, porque gostavam de Zezé, enquanto a professora sorria satisfeita, vendo o bom coração dos seus alunos.
                                             
MEIMEI

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 10/07/2017.)








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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2119 em: 14 de Agosto de 2017, 23:11 »
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              Boa-noite! queridos irmãos.





                     A força do exemplo



Dora, ou Dorinha, como era chamada, era uma menina viva e inteligente, porém tinha um problema: a preguiça.
Detestava qualquer tipo de tarefa, por mais simples que fosse.
Para levantar cedo e ir à escola era aquela dificuldade! Afirmava-se sempre cansada. Nunca fazia os deveres de casa que a professora passava e não estudava para as provas. Por isso, suas notas eram péssimas.
Em casa não gostava de ajudar em nada. Se sua mãe, com carinho, lhe pedisse para arrumar a mesa para a refeição, ela alegava dor de cabeça, e não arrumava. Se a mãe lhe pedisse para varrer a casa, ela respondia que tinha de estudar e ia para o quarto. Quando a mãe precisava que ela olhasse o nenê, Dorinha reclamava, irritada:
— Tudo eu? Tudo eu?
Enfim, Dorinha não sentia prazer em fazer coisa alguma. Na verdade, só estava contente brincando, passeando, vendo televisão ou dormindo.

A mãe preocupava-se com ela, tentava aconselhar, mas sem resultado. Em suas preces, sempre pedia a Deus que a ajudasse, pois temia pelo futuro da filha.
Certo dia, Dorinha notou que uma casa vizinha da sua, e que tinha estado fechada por muitos meses, estava aberta. Uma família mudara-se durante a noite e a menina ficou curiosa para conhecer os novos vizinhos.
Quando voltou da escola, quase à hora do almoço, Dorinha viu um garoto sentado num banco, no pequeno jardim defronte à casa. Toda sorridente, aproximou-se para conversar com o menino, contente por ter mais alguém para brincar.
— Olá! Como se chama? — disse, cumprimentando-o.
— Olavo. E você?
— Dora. Mas todos me chamam de Dorinha.
O menino era muito simpático e atencioso, e Dorinha gostou logo dele. Num instante estavam conversando como velhos amigos.
Dorinha logo começou a se queixar da vida. Reclamou da escola, da mãe, dos afazeres domésticos, enfim, de tudo. E, fazendo-se de vítima, dizia:
— Já pensou, Otávio? Não basta ser obrigada a levantar cedo para ir  a uma escola chata, com aulas mais chatas ainda, e quando chego em casa exausta, ainda sou obrigada a ajudar minha mãe nas tarefas caseiras! Quem é que aguenta? Estou cansada dessa vida!
Olavo, com olhos arregalados e brilhantes, suspirou profundamente, exclamando:
— Como invejo você, Dorinha!
— Por quê? Minha vida é horrível e monótona. Eu odeio esta vida! — disse a menina, revoltada.
E Olavo falou-lhe com doçura, afirmando:
— Pois acho a sua vida MA-RA-VI-LHO-SA!
— É mesmo? — indagou a menina.
— É verdade, amiga. Eu nunca saio de casa, nem para ir à escola...
— Você não estuda?
— Não posso, Dorinha. Sou doente e muito fraco. Não posso andar como você. Antes, eu tinha um amigo grande e forte que me levava à escola nos braços; depois, ele se mudou e não tive mais ninguém para me ajudar. Minha mãe não consegue me carregar. Seria bom se eu tivesse uma cadeira de rodas, mas somos pobres e ainda não pudemos comprar.
Dorinha, que estava de boca aberta, gaguejou:
— Então, quer dizer que você também não pode brincar na rua? Pular corda, brincar de esconde-esconde, correr e saltar?
— Não. Mas não me queixo.
— O que você faz o dia inteiro? Deve ser bem triste sua vida.
— Até que não. Ajudo mamãe naquilo que posso: escolho o arroz e o feijão, limpo verduras, descasco batatas, enxugo a louça. Amigos me trazem revistas e livros, e passo horas entretido na leitura. Além disso, minha mãe faz artesanato para vender e eu a ajudo nessa tarefa. Enfim, acho que minha vida é até muito boa. Conheço pessoas que possuem menos do que eu e cuja vida é bem mais difícil.
Dorinha o olhava com admiração, sentindo-se envergonhada das suas reclamações. Olavo sorriu e completou:
— A única coisa que me faz falta é frequentar a escola. Gostaria de continuar estudando. Algum dia tenho certeza que conseguirei. Por isso, Dorinha, agradeça a Deus tudo o que você tem: um corpo perfeito para poder andar e brincar, inteligência para aprender e uma família amorosa.
Dorinha despediu-se do amigo com o pensamento renovado. Ao chegar em casa foi direto para a cozinha e falou, atenciosa:
— Mamãe, deixe que eu arrumo a mesa. Depois, vou lavar a louça e varrer o chão. E tomo conta do bebê também...
A mãe, desacostumada daquela boa vontade, perguntou:
— O que aconteceu, minha filha? Você está doente? Com febre?
Dorinha riu e explicou direitinho:
— Estou bem, mamãe, não se preocupe. Apenas tive um encontro muito interessante.
E, depois de contar à mãe a conversa que teve com o novo amigo Olavo, concluiu:
— A partir de hoje, mamãe, vou procurar realizar minhas tarefas com otimismo e alegria!

Quanto a Olavo, os pais de Dorinha fizeram uma campanha e conseguiram comprar a cadeira de rodas que ele tanto desejava. Além disso, sabendo das dificuldades da família, levaram o garoto a um médico para tentar descobrir, dentro da medicina atualizada, recursos para sua cura.
E logo era Dorinha, satisfeita e tranquila, que passava todas as manhãs acompanhando Olavo a caminho da escola, aonde juntos iam para estudar.     

TIA CÉLIA








                                                                                                      PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2120 em: 21 de Agosto de 2017, 09:36 »
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              Bom-dia! queridos irmãos.





                      Um Dia dos Pais diferente



Ao terminar a aula naquela sexta-feira, a professora lembrou a seus alunos:
— Desejo um bom final de semana para vocês, e não se esqueçam do “Dia dos Pais”, que será no próximo domingo!
Os pequenos alunos arregalaram os olhos lembrando-se do “Dia dos Pais” e o que poderiam dar a seus pais. Cada um pensava em uma coisa diferente: uma camisa, um par de sapatos, uma caixa de bombons, caneta e muito mais. Carlinhos foi para casa a imaginar o que daria a seu pai de acordo com seus próprios desejos.
De repente, ele decidiu: - Já sei! Vou fazer um passeio com meu pai! Assim como ele faz comigo no Dia das Crianças! Papai me dá um dia diferente que eu gosto muito. Vou fazer o mesmo com ele!
Assim, todo animado, chegou à sua casa sorridente. Nada disse a ninguém. Os pais notaram que Carlinhos estava todo misterioso, porém, ao perguntarem o que estava acontecendo, ele respondia:
— Nada, mamãe! Nada, papai! Estou pensando em algo que a professora disse.
No domingo, Carlinhos acordou bem cedo, preparou um copo de leite, fez um sanduíche, colocou em uma bandeja e foi acordar o pai, que ainda dormia. Entrou no quarto todo feliz, abraçou o pai e deu-lhe um beijo no rosto dizendo:
 


— Feliz Dia dos Pais! Papai, tome seu café e levante-se da cama! Coloque shorts e camiseta e venha comigo! Estou acordado faz tempo! Quero passear!
— Mas é muito cedo, meu filho! — disse-lhe o pai, esfregando os olhos.
— Não é não. Quero passear com você, papai!
Não vendo outro jeito, o pai levantou-se da cama, fez a higiene e foi para a cozinha tomar outro café. A mesa, para surpresa dele, estava arrumada. Carlinhos colocou café na xícara do pai, adicionou o açúcar e pediu que ele mexesse para ver se estava a gosto. O pai achou muito doce, mas disse que estava ótimo!
Quando o pai terminou de tomar café, Carlinhos pegou a bolsa de piquenique e disse:
— Agora nós vamos passear, papai. Venha! Você terá um dia diferente!
O pai sorriu para ele, depois olhou para a esposa, e balançou a cabeça como se dissesse: “Tudo bem. Vamos ver o que mais vai acontecer!”
— Mamãe, quer vir passear conosco? — indagou o garoto.
— Não, querido. Tenho muitas coisas para fazer hoje. Vão vocês!
Pai e filho saíram de casa e caminharam até um bosque onde Carlinhos gostava de brincar e ao qual o pai o levava sempre. Sentaram-se, colocaram os pés na água do lago, correram entre as árvores até cansar. Depois, já com fome, o pequeno abriu a bolsa e disse:
 


— Papai, aqui está nosso lanche! Vamos comer?
Comeram tudo, tomaram o suco que Carlinhos fizera com tanta boa vontade, depois descansaram. Lá pelas três horas da tarde, estavam tão cansados que resolveram voltar para casa, felizes e satisfeitos. A mãe, ao vê-los chegar, colocou as mãos na cintura e disse:
— Nossa! Vocês demoraram bastante! Devem estar cansados, imagino! Querem comer alguma coisa?
— Nem pensar! — disse o pai. — Estamos satisfeitos! Comemos demais hoje.
Então, a mãe perguntou a Carlinhos:
— Que ideia foi essa, Carlinhos, de levar seu pai para passear?
— Mamãe, é que gosto tanto quando fazem isso comigo, que resolvi dar um dia igual ao meu pai!
A mãe sorriu e o pai abraçou o filho dizendo:
— Meu filho, foi o melhor dia que eu já tive! Nunca tive um Dia dos Pais como este! Obrigado!
Carlinhos, com lágrimas nos olhos, respondeu:
— Pois fiz isso ao lembrar-me das vezes em que você me levou para passear no Dia das Crianças! Feliz Dia dos Pais, papai!
Os três se abraçaram sentindo muita satisfação e alegria. Afinal, tiveram um dia diferente!...
 
MEIMEI

 
(Recebida por Célia X. de Camargo, em 24/07/2017.)









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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2121 em: 01 de Outubro de 2017, 22:47 »
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             Boa-noite! queridos irmãos.





                   O esforço da semente



A sementinha soltou-se da árvore e caiu no solo, e lá permaneceu. Certo dia, um vento passou soprando forte, e a arrastou para longe.
Nesse lugar estranho, longe do local onde sempre vivera, longe da árvore-mãe que a tinha agasalhado, a sementinha sentia-se solitária, mas confiante de que sua vida ia mudar. Uma manhã, olhando para o alto, viu pesadas nuvens que se acumulavam no céu e percebeu que ia chover.

Logo, o vento começou a soprar, e a chuva forte caiu, molhando a terra,  acumulando-se em poças e depois formando um pequeno regato.
A sementinha, apavorada, viu-se arrastada pela enxurrada por um longo trecho... até que notou que havia parado. A lama acabou por envolvê-la, e ali ela ficou, escondida no escuro, coberta pela terra.
Sem nada ver, a sementinha sentia-se muito triste. Estava sozinha e sem poder sair daquele lugar onde não entrava luz. Não gostava da escuridão, nem da umidade, nem da terra que a mantinha presa, impedindo-a de ver o sol.
Todavia, ela não perdia as esperanças de ter um futuro melhor. Confiava que o Criador não a fizera nascer em vão.
E a sementinha sentia a vida pulsar dentro de si: Toc...toc...toc... Eram as batidas do seu coração. Mas o que adiantava ter um coração, sentir-se viva, se nada podia fazer, entregue à inutilidade embaixo da terra?
Então, a sementinha, em lágrimas, orou com muita fé:
— Ajude-me, Senhor. Quero ter uma vida diferente, realizar alguma coisa de útil e de bom! Não me deixe aqui sem poder fazer nada.
Depois, cansada de chorar, a sementinha acabou por se acomodar, adormecendo aconchegada à terra.
Certo dia, algum tempo depois, ela acordou. Dormira bastante. Sentia-se descansada. Teve vontade de espreguiçar-se.
Encheu o peito de ar e abriu os braços com força. Então, viu que dois delicados brotinhos surgiam do seu corpo. Mais animada, começou a fazer força. Esticou... esticou... esticou bem os braços... e, cheia de alegria, conseguiu romper o solo!
E um espetáculo lindo surgiu diante de seus olhos maravilhados: o céu azul, as árvores verdes e floridas que existiam ali perto, os pássaros, e especialmente o sol, cujos raios mornos aqueciam seu corpo, fortalecendo sua seiva.
Poucos dias depois, já era uma linda plantinha, forte e decidida, cheia de pequenos galhos e de folhas verdinhas.
Em breve, tinha crescido e havia-se transformado num belo arbusto. Não demorou muito, e era uma árvore, de tronco robusto e cujos galhos avançavam para todos os lados formando uma grande copa.

Surpresa e feliz, descobriu que era uma Macieira!
Agora, olhando tudo do alto, a Macieira pensava em como se modificara sua vida. Os pássaros vinham fazer ninhos em seus ramos; os pequenos animais se abrigavam sob sua copa; as pessoas protegiam-se sob sua sombra, as crianças subiam em seus galhos, e, no tempo certo, colhiam seus frutos, alimentando-se com suas doces e saborosas maçãs. E até os vermes existentes no solo se beneficiavam, aproveitando os frutos estragados que caíam no chão.
E a Macieira acolhia a todos, satisfeita por poder ser útil. Sentia-se agora feliz e realizada.
Seu coração grande e generoso, repleto de gratidão, reconhecia quanto devia à terra que a agasalhara em seu seio por tanto tempo, à água que mantivera sua vida latente e ao calor do sol que lhe dera condições de crescer e se desenvolver.
Compreendia agora que sem as dificuldades que tinha atravessado não poderia ter chegado a ser a bela árvore em que se transformara.
E certamente, agradecia a Deus, que a criara, consciente de que precisava passar por aquele processo de aprendizado para crescer e realizar a tarefa que lhe fora destinada. Sentia-se importante; deixara de considerar-se inútil. Sua tarefa poderia ser pequena, mas só ela a poderia realizar, por isso agora se considerava muito feliz.   
 
TIA CÉLIA









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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2122 em: 10 de Outubro de 2017, 09:00 »
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            Bom-dia! queridos irmãos.





                    O Esquilo fujão




Numa clareira da floresta, habitava uma família de esquilos que vivia em paz e harmonia. A pequena família era constituída do papai Esquilão, da mamãe Esquila e de um casal de filhos muito obedientes.

Todos se estimavam sinceramente, pois entre eles havia compreensão e amizade.
Enquanto papai Esquilão saía em busca do sustento da família, mamãe Esquila permanecia em casa cuidando dos filhos e dos afazeres domésticos.
Certo dia, Esquila descobriu que ia ser mãe novamente. Todos ficaram muito felizes. Afinal, as crianças estavam crescidinhas e um bebê fazia falta em casa.
Dentro de pouco tempo, a família aumentou. Era um lindo filhotinho!
O filhote crescia rápido e se tornava cada vez mais exigente. A pequena família vivia em função dele, fazendo-lhe todas as vontades.
Mas nem tudo podia ser permitido! E cada vez que sua mãe o repreendia, ele ficava revoltado e infeliz.
Com o passar do tempo, começou a achar que ninguém o amava. Sempre viviam ralhando com ele: “Não faça isso, Esquilino! Não faça aquilo! Arrume suas coisas!”
Um dia, cansado de tudo e sentindo-se muito triste, foi embora, resolvido a viver livre na floresta. Sua mãe sempre o alertara para os perigos que encontraria, mas ele nunca se importou. O pai também jamais permitira que ele se internasse na mata sozinho, preocupado com sua segurança. Agora, no entanto, ele estava livre e não precisava obedecer a ordens de ninguém.
— Ufa! Afinal vou levar a vida que sempre desejei. Já sou bastante crescido para cuidar de mim mesmo — pensou.
Andou bastante pela floresta, satisfeito da vida.
Aos poucos foi escurecendo e o pequeno esquilo não tinha encontrado ainda onde se abrigar. Os ruídos da mata o assustavam e ele desejou estar ao lado de sua mamãe, sempre tão amorosa. Mas agora estava perdido. Não sabia mais voltar. E, além de tudo, estava com uma fome terrível!
A escuridão foi ficando cada vez maior e mais apavorante.
Cansado de tanto andar, Esquilino aninhou-se no tronco de uma grande árvore e adormeceu depois de muito chorar.
De manhãzinha, acordou ouvindo o ruído de folhas secas. Alguém se aproximava. Levantou-se rápido. Quem sabe era alguém que poderia ajudá-lo?
Era um lobo enorme e ameaçador!

Quando o lobo uivou, arregaçando os dentes perigosamente, o esquilinho saiu em grande disparada.
Ao perceber que não estava mais ao alcance do lobo, parou para descansar.
— Ufa! Que sufoco! — disse, mais aliviado.
Nisso, ouviu um ruído estranho, como se fossem guizos. Olhou para o chão e se deparou com uma enorme cobra pronta para dar o bote. Apavorado, fugiu novamente tão rápido quanto lhe permitiam as pernas.
Com o coração aos saltos e a respiração ofegante, parou junto a uma árvore. Suas pernas estavam bambas! Encostou-se nela para recuperar o fôlego, quando escutou um zumbido diferente.
Que seria? Olhou para o lado e percebeu que quase tocara num grande cacho de abelhas. E elas pareciam realmente enfezadas!
Reunindo as forças, fugiu de novo procurando escapar do enxame que vinha em sua direção.
Olhando para trás, não viu um riacho logo à sua frente. Caiu dentro dele, ficando todo molhado.
Felizmente, as abelhas o perderam de vista e Esquilino pôde sair da água tranquilamente. Olhando em volta, reconheceu o lugar. Sim! Estava próximo de casa! Mais confiante, tomou uma pequena trilha e em poucos minutos chegou à clareira onde residia.
Todos ficaram felizes e aliviados com sua volta e o abraçaram e beijaram repetidas vezes.
Mais refeito, após se alimentar convenientemente, Esquilino disse à sua mãe:
— Sabe, mamãe, descobri que nada é melhor do que o lar da gente! Pensei que não me amassem, porque me viviam repreendendo. Agora, sei que é justamente por me amarem muito que agiam assim. Passei por muitos perigos, sentindo-me só e desamparado. Apenas aqui, junto de vocês, estou seguro e tranquilo.
E a mãe, com lágrimas nos olhos, afirmou risonha:
— É verdade, meu filho. Nada como o amor da família. Porém, jamais esteve desamparado. Deus velava por você e o trouxe são e salvo para o nosso convívio.
E Esquilino, baixando a cabeça, disse comovido:
— Obrigado, meu Deus, pela família maravilhosa que o Senhor me concedeu!
 
TIA CÉLIA








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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2123 em: 31 de Outubro de 2017, 06:54 »
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             Bom-dia! queridos irmãos.





                     Uma pesca inesperada




Antônio morava com a família numa pequena aldeia à beira-mar e seu pai, Pedro, era pescador.

Eram dias difíceis aqueles. Viviam da pesca e os peixes haviam desaparecido do mar.
A mãe de Antônio trabalhava muito, fazendo todo o serviço doméstico e ainda auxiliando na limpeza dos peixes que seriam colocados à venda.
Nunca lhes faltara o necessário, embora eles fossem pobres. Agora, porém, a fome rondava a casa.
Durante muitos dias, seu pai saíra para o mar, jogara as redes, mas o barco voltava vazio.
Um grande desânimo tomou conta do coração do pescador que já nem tinha vontade de sair para pescar.
A comida rareava em seu lar, pois não tinha dinheiro, e Pedro via com preocupação o dia em que sua família passaria fome.
Um dia, bateu à porta da casa do pescador uma velhinha suplicando um prato de comida.
— Estou faminta — disse ela com voz fraca. — Pelo amor de Deus, ajudem-me!

Pedro, irritado e nervoso com a situação difícil que atravessava no momento, respondeu com grosseria:
— Ajudá-la como? Mal temos o suficiente para nossa alimentação! Não posso.
O pequeno Antônio, cheio de compaixão pela pobre velhinha, retrucou:
— Mas, papai, ela está pedindo em nome de Deus! Mamãe me ensinou que Jesus disse que deveríamos fazer aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem. Se estivéssemos na situação dessa senhora, não apreciaria o senhor também ser tratado com bondade?
A mãe de Antônio, de coração generoso e também desejando ajudar a anciã, concordou:
— Nosso filho tem razão, Pedro. Além disso, um prato de comida é tão pouco! Não nos fará falta e Jesus ficará contente conosco.
Vencido pelos familiares, Pedro concordou, afinal.
Era hora do jantar e, carinhosamente, a mãe de Antônio fez com que a mendiga entrasse.
Sentaram-se à mesa e repartiram o pouco que tinham, fraternalmente.
Na manhã seguinte o menino acordou e viu seu pai dentro de casa.       
— O senhor não vai sair para pescar hoje? — perguntou, curioso.
— Não adianta. Os peixes desapareceram do mar — respondeu o pescador, cheio de desânimo.
Antônio, com os olhos brilhantes, disse:
— Tenha confiança em Jesus, meu pai. Ele não nos desampara nunca. Vamos para o mar e eu o ajudarei a pescar. Tenho fé em Deus que conseguiremos.
Mais animado pelas palavras do garoto, Pedro arrumou suas coisas rapidamente e saíram com o barco.
Pedro jogou a rede e, para sua surpresa, recolheu-a cheia de peixes. E assim, na segunda e na terceira vez. Retornaram para casa felizes.
Pedro não continha sua alegria:
— Graças a você, meu filho, fizemos uma grande pesca e a tranquilidade voltará a reinar em nossa casa.
Fez uma pausa, abraçou o menino e completou, comovido:
— Não fosse sua fé em Deus, nada teríamos conseguido. Bem que Jesus nos ensinou que quem tivesse fé do tamanho de um grão de mostarda conseguiria qualquer coisa. Mas por que você tinha tanta certeza de que nós não voltaríamos de mãos vazias?
— Porque eu aprendi, com Jesus, que quando ajudamos alguém também somos ajudados! — respondeu Antônio com muita lógica.
Pedro fitou o filho longamente, com os olhos rasos de lágrimas, agradecendo a Deus as lições que tivera nesse dia inesquecível pela boca de uma criança.
A partir dessa data, Pedro passou a confiar mais em Deus e, informado de que aquela velhinha não possuía um lar nem parentes, convidou-a para, daquele dia em diante, morar em sua casa e fazer parte da sua família.     
TIA CÉLIA








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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2124 em: 06 de Novembro de 2017, 07:20 »
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             Bom-dia! queridos irmãos.





                   
Na estrada de Emaús




Cleofas e um companheiro caminhavam por uma estrada que conduzia a uma aldeia chamada Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Faziam o trajeto a pé, como era costume naquela época entre as pessoas sem recursos.
Enquanto caminhavam, eles iam conversando. Sentiam-se amargurados. Jesus tinha sido crucificado e eles comentavam sobre os trágicos acontecimentos que tinham ocorrido e lamentavam a morte do Mestre que nunca mais poderia estar com eles.
Assim falavam, quando se aproximou um homem e começou a caminhar ao lado deles, mas eles estavam tão angustiados que não se preocuparam em olhar direito para ele e por isso não perceberam que era Jesus.

Então, o homem lhes disse:
— Sobre o que vocês estão conversando? E por que estão tristes?
Cleofas, tomando a palavra e até um pouco irritado pela intromissão do desconhecido, disse-lhe, surpreso:
— Pois quê! O senhor é tão estrangeiro em Jerusalém que não sabe o que se tem passado ali nestes últimos dias?
— O quê? — indaga o estranho.
E os dois seguidores do Mestre responderam:
— Sobre Jesus Nazareno, que foi profeta poderoso diante de Deus e de todo o povo, e de que modo os sacerdotes e nossos senadores o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Ora, esperávamos que fosse ele o Messias e que resgatasse Israel. Entretanto, depois de tudo isto, este é o terceiro dia que estas coisas sucederam. Por outro lado, algumas mulheres, seguidoras do Mestre, foram até seu túmulo e não o encontraram, declarando que tinham visto anjos que afirmaram estar ele vivo.
Então, o homem lhes disse:
— Ó insensatos e lentos de coração, para crer em tudo o que os profetas disseram! Não era preciso que o Cristo sofresse todas as coisas e que entrasse assim na sua glória?
E, começando por Moisés e depois por todos os profetas, ele lhes explicava o que tinham dito dele as Escrituras.
Quando estavam perto da aldeia para onde iam, ele deu mostras de que ia mais longe.
Os dois amigos, porém, o convenceram a parar, dizendo:
— Fique conosco. Já é tarde e o dia está terminando. É perigoso andar por estas estradas à noite.
O desconhecido, achando que tinham razão, decidiu-se a ficar com eles.
Sentaram-se para cear. Estando com Cleofas e seu companheiro à mesa, ele tomou o pão, abençoou e, tendo-o partido, lhes deu.
Nesse momento, sentados diante dele, à luz de uma tocha, puderam vê-lo melhor. Seus olhos se abriram e eles o reconheceram.
— É Jesus! — disseram a um só tempo.

Seus corações batiam descompassados, e uma grande alegria inundava-lhes o íntimo. Mal podiam acreditar em tamanha felicidade!
Todavia, foi um momento só. Logo em seguida, o Mestre desapareceu diante deles.
— Como não o reconhecemos? — disse um ao outro.
— Contudo, a verdade é que sentimos o coração se nos aquecer enquanto ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras.
Estavam eufóricos. Levantaram-se no mesmo instante e voltaram para Jerusalém.
Precisavam contar a todos o que lhes tinha acontecido em caminho e como eles reconheceram Jesus no partir do pão.
Um grande bem-estar os dominava. Sentiam-se agora confiantes e seguros como jamais estiveram. O Mestre estava vivo! Ele não morrera na cruz. Retornara para lhes dar a derradeira lição da imortalidade da alma, confirmar tudo o que lhes tinha ensinado, mostrando aos seus discípulos que a morte não existe.

(Adaptação do cap. 24:13 a 35 do Evangelho de Lucas.)

TIA CÉLIA







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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2125 em: 27 de Novembro de 2017, 17:01 »
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             Boa-tarde! queridos irmãos.





                   Encontro com a realidade



Marcos era um menino que, não obstante ter tudo, não dava o menor valor às coisas que possuía.
Nunca estava contente com os brinquedos que ganhava e reclamava sempre das roupas que sua mãe comprava com tanto carinho.  Mas o pior mesmo é quando chegava a hora das refeições. Marcos nunca estava satisfeito, a comida sempre ruim e sem gosto.
Sua mãezinha aconselhava-o, preocupada com seu bem-estar:

— Coma um pouco, meu filho. Você precisa se alimentar!
— Não quero! Não gosto de nada! Esta comida está uma droga. Quero chocolate e biscoitos.
— Mas, meu filho — insistia a mãe com carinho e tolerância — você nem experimentou! A carne assada está uma delícia. Além do mais, os alimentos são necessários para nosso organismo. Você acabará ficando fraco...
O garoto fazia uma careta de desagrado e respondia mal-educado:
— Não. Não quero. Não gosto de carne assada. Ainda se fosse uma torta de frango...
A mãe suspirava, desanimada. No dia seguinte, porém, à hora do almoço, a mãezinha afirmava contente:
— Hoje fiz o que você queria, meu filho. Veja o que temos para o almoço. Uma linda e apetitosa torta de frango!
O menino fazia uma careta e reclamava, mal-humorado:
— Torta de frango?!... Logo hoje que estou com vontade de comer uma macarronada?         
E assim acontecia sempre: no café da manhã, no almoço, no jantar. Nada estava bom.
Ele não se alimentava a não ser de bobagens, e a cada dia se enfraquecia mais, embora sua mãe o aconselhasse, preocupada:
— Marcos, meu filho, temos que saber agradecer a Deus o que nos concede. Existem muitas crianças que dariam tudo para ter o que você tem e não dá valor.
Marcos tinha um colega na escola que vivia sempre muito calado. Era um menino humilde, bom e delicado, e Marcos gostava dele.
Certo dia, Marcos reclamou da insistência de sua mãe para que ele se alimentasse e perguntou se a dele, João, também era assim.
— Não — respondeu João, com simplicidade.
— Como? Sua mãe não insiste para que você coma?
— Não. Minha mãe me deixa à vontade.
Marcos ficou todo entusiasmado:
— Ah! Como gostaria de morar na sua casa! Estou cansado da vida que levo. Eu não poderia passar uns dois dias com vocês? Olhe, este final de semana estarei livre; meus pais vão viajar e ficarei com os empregados. Não será difícil convencer mamãe a deixar-me ficar em sua casa. Por favor, eu gostaria muito!
Com a insistência de Marcos, Joãozinho concordou, relutante.
Não tinham muito tempo, pois já era sexta-feira. Concedida a permissão para passar o final de semana com o amigo, Marcos arrumou algumas coisas numa pequena mochila e foram para a casa de Joãozinho.
Andaram... andaram... andaram muito. Essa foi a primeira decepção de Marcos, pois a casa ficava muito longe, num bairro distante do centro da cidade.
Ao chegarem, o menino estranhou a simplicidade da moradia. Era uma pequena construção de madeira, pintada de creme e cercada por um jardinzinho.
João apresentou o amigo à sua mãe, explicando que Marcos iria ser hóspede da casa por dois dias. Amável, a senhora falou-lhe com um sorriso amigo:

— Seja bem-vindo, meu filho!
Alegando que estava cansado, Marcos pediu para repousar um pouco, indagando onde era o quarto que iria ocupar.
— Aqui mesmo! — apontou Joãozinho — Dormiremos meu irmão, você e eu no mesmo quarto. Você e meu irmão ocuparão as camas, eu durmo no chão.
Marcos nada disse, mas não gostou de repartir o quarto com outras pessoas. Sempre tivera o seu próprio quarto.
A refeição foi frugal, consistindo em chá com pão. Estranhando, Marcos perguntou:
— Só isso?
— Só. Essa é a nossa janta — respondeu a dona da casa com delicadeza — Desde que meu marido morreu, nossa situação ficou muito difícil e luto para sustentar a casa. Aceita um pouco de chá?
— Não gosto de chá, obrigado.
— Sinto muito. Não temos outra coisa para lhe oferecer. Quando tenho dinheiro compro leite, mas hoje não deu.
Marcos foi dormir com o estômago vazio. Na manhã seguinte, o café foi mais magro ainda. Não havia pão, só chá.
Era sábado e não teriam aula. A mãe de Joãozinho acordou-os cedo. Precisavam ajudá-la nos cuidados com a horta.
A contragosto, Marcos trabalhou a manhã inteira. Na hora do almoço estava esfomeado. Para comer, havia alguns ovos, cenouras e couves, colhidos na horta, e arroz.
Com a fome que estava, Marcos até aceitou a comida simples com prazer. Após o almoço ajudaram nas tarefas domésticas, depois foram brincar.
Àquela altura, Marcos já estava com fome novamente. Lembrava-se da comidinha gostosa e farta de sua mãe, dos doces saborosos, dos biscoitos... e sentiu uma profunda saudade. Agora tudo aquilo lhe parecia tão importante!
A mãe de Joãozinho tinha feito pão e o cheiro de pão assado era muito convidativo. Comeu pão e tomou chá, como se fosse a melhor refeição do mundo.
Após o final de semana, quando voltou para casa, estava bem diferente. Ao encontrar sua mãe, Marcos falou-lhe comovido:
— Estava com muita saudade, mamãe.
— Como foi o passeio? — perguntou ela, sentindo que algo acontecera.
— Sabe, mamãe, aprendi muita coisa. Aprendi até a gostar de chá, cenouras e couves! Joãozinho é um menino muito pobre e eles quase não têm o que comer. Ele não tem roupas, nem brinquedos, e seus sapatos estão furados. Agora entendo por que a senhora disse que temos que agradecer a Deus tudo o que temos.
A mãe abraçou o filho, emocionada.
— Que bom, meu filho, que você agora pensa assim.
— Compreendo agora que a vida pode ser muito difícil e acho que tive um encontro com a realidade. Quero pedir que a senhora vá comigo até a casa do Joãozinho. Tem tanta coisa que não preciso e que faz falta a eles!
A mãe fitou com os olhos rasos de lágrimas aquele garoto de oito anos e que agora lhe parecia um homenzinho, falando tão sério e compenetrado.
Abraçou-o com imenso carinho, agradecendo a Deus a proveitosa lição que seu filho tivera. 
 
TIA CÉLIA





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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2126 em: 04 de Dezembro de 2017, 07:33 »
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             Bom-dia! queridos irmãos.





                     
O intruso



Alberto era uma criança muito feliz. Tinha apenas quatro anos e sentia-se o centro do Universo. Rodeado pelo amor de quantos conviviam com ele, bastava que manifestasse um desejo e logo os pais se apressavam em satisfazê-lo.
O quarto de Alberto, decorado especialmente para ele, era cheio de brinquedos.

Certo dia a mamãe informou, com lindo e doce sorriso:
— Alberto, você vai ganhar um irmãozinho!
O menino sentiu que o mundo desabava sobre sua cabecinha. Não sabia bem o que era isso, mas percebeu que sua vida ia ser invadida por um estranho. Ouvindo a mãe referir-se ao intruso com amor, dentro dele acendeu-se uma luz de alerta que parecia dizer:
— Perigo! Perigo! Perigo!...
Com o passar dos dias, suas suspeitas se confirmaram. Um dia a mamãe convidou:
— Vamos sair e comprar roupinhas para o bebê?
E lá foram eles percorrer as lojas e escolher roupinhas e presentes para o intruso.
E dali por diante era sempre assim:
— Temos que comprar móveis para o quarto do bebê!
— O bebê vai precisar de uma banheira!
— Que tal comprar ursinhos de pelúcia para enfeitar o quarto do bebê?
Que tal comprar isso, que tal comprar aquilo... Era sempre assim.
E não parou por aí. Um dia a mamãe chamou Alberto e perguntou com delicadeza:
— Filhinho, quer trocar de quarto?
— Por quê?
— Porque eu e seu pai achamos que será melhor montar o quarto do bebê ali.
— Por quê?
— Você ficará com um quarto maior e mais bonito. Você se incomoda?
Alberto não se incomodou e mudou de quarto. Mas só por fora. Por dentro, a cada dia gostava menos desse “irmãozinho” que nem chegara e já fazia tanta confusão em sua vida.
A barriga da mamãe começou a aumentar, e ela falava com carinho:
— Veja, Alberto, o nenê está se mexendo. Coloque a mão na minha barriga e sinta.
— Não. Não quero.
— Então venha almoçar, meu filho.
— Não.
— Por que não quer comer?
— Porque não gosto dessa comida.
E Alberto, num repente, empurrou o prato que caiu ao chão em mil pedaços, espalhando comida para todo lado.
Ele mostrava-se irritado, nervoso, e a mãe perguntou:
— Por que fez isso? De uns tempos para cá, você está ficando insuportável, meu filho. Está manhoso e chorão, coisa que nunca foi. Se continuar assim, vai levar umas boas palmadas no bumbum.
Alguns meses depois, a mãe foi para a maternidade, e Alberto ficou a sentir-se sozinho e abandonado, em casa. Na verdade, ficou com a vovó, enquanto o pai acompanhava a mamãe até o hospital.
Quando sua mãe voltou, trazia um embrulho nos braços. Alberto, saudoso, correu para abraçá-la, gritando de alegria:
— Mamãe! Senti muito a sua falta! Que bom que você voltou!
Em vez de abraçá-lo com carinho, ela disse:
— Cuidado, meu filho! Não faça barulho. Vai acordar o bebê. Veja, Alberto, é seu irmãozinho! Não é lindo?
O garoto contemplou o pequeno rosto vermelho que saía do meio das roupas e deu sua opinião:
— Não. Ele é feio. Muito feio.
Se Alberto achava que antes o bebê ocupava muito o tempo e as atenções da mãe, agora então nem se fala! Ele desejava ficar junto da mãe, mas o colo dela estava sempre ocupado. Lidava o dia inteiro com o bebê. Dava de mamar, trocava as fraldas, dava banho, fazia dormir.
Nem durante a noite “aquela coisinha” dava sossego. Ninguém mais dormia naquela casa. O intruso chorava o tempo todo.
E as visitas? Gente que nunca tinha aparecido na sua casa, agora vinha visitar e trazer presentes. Sabem para quem? Para o bebê, é claro!
Cada vez mais Alberto sentia-se infeliz e descontente. E cheio de raiva, também.
Enquanto a mãe conversava com as amigas, ele aproximava-se do bebê fingindo abraçá-lo. Apertava suas bochechas. No fundo, gostaria mesmo é de machucar aquele intruso.
— Veja como ele gosta do irmãozinho! Não sai de cima dele! —       dizia a mãe, convicta.         
— Alberto está com ciúmes porque perdeu o colo!
O menino olhou para a mulher que tinha dito aquelas palavras, fez uma careta e saiu da sala, emburrado.
Ele não sabia o que fazer. A cada dia o “inimigo” ganhava mais espaço e ele era deixado de lado.
A mamãe, percebendo o que estava acontecendo com Alberto, tomou-o no colo com muito carinho e disse:
— Meu filho, nós o amamos muito. Não é porque ganhamos um outro bebê que deixamos de amar você. Os pais amam os filhos da mesma maneira e com o mesmo amor. Deus, que é Pai de todas as criaturas, nos deu a vida e nos colocou em famílias para que pudéssemos viver juntos ajudando-nos mutuamente e aprendendo uns com os outros. Seu irmãozinho é um espírito que o Papai do Céu mandou para que nós cuidássemos dele, protegendo-o e educando-o de forma a se conduzir bem na vida. Entendeu? Você não precisa ficar com ciúmes dele. O que acontece é que, no momento, ele precisa mais de mim. Como você, quando era bebê!
Alberto ficou mais tranquilo depois dessa conversa e, com o passar do tempo, foi prestando mais atenção no bebê, até que, um dia, ele sorriu! Aquela coisinha feia e desengonçada abriu um lindo sorriso.

Foi tão inesperado que deixou Alberto surpreso e encantado.
— Mamãe! Veja, ele sorriu para mim. O bebê é meu amigo!
— Viu? Ele gosta de você, meu filho. O primeiro sorriso dele foi para você!
A partir desse dia, Alberto passou a ver o irmão com outros olhos. Já não o achava tão feio. Até que era engraçadinho!
A mãe agora tinha mais tempo para Alberto e, sempre que necessário, pedia sua ajuda para cuidar do bebê, enquanto fazia os serviços domésticos.
Sentindo-se mais seguro e feliz, Alberto esperava ansiosamente que o irmãozinho crescesse para poderem brincar juntos. Afinal, o bebê não era mais um intruso. Era seu amigo!

TIA CÉLIA







                                                                                                   PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2127 em: 18 de Dezembro de 2017, 13:16 »
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              Bom-dia! queridos irmãos.




                      Todos somos iguais perante Deus



Beatriz estava caminhando pela rua quando viu um palhacinho muito triste a chorar. Aproximou-se e, sentando-se na calçada ao lado dele perguntou:
- Oi! O que aconteceu com você para estar tão triste, palhacinho?
O garoto enxugou os olhos, depois explicou:
- É que não sei o que fazer! Minha mãe está doente, meu pai faleceu e eu quero ajudá-la, mas não consigo. Ela está de cama e só chora o tempo todo. Não consigo ajudá-la!...
- Ah! Onde você mora, palhacinho?
- Eu moro aqui por perto e, para ajudar minha mãe, vendo algumas coisas que retirei lá de nossa casa, pois somos muito pobres. Quer ver o que tenho para vender?
- Quero sim! Você trabalha no circo como palhaço?
- Trabalho, só que o circo vai embora, está desmontando, e eu ficarei sem ter onde me apresentar!
- Não se preocupe. Vou falar com meu pai e ele sempre ajuda as pessoas quando eu peço. Venha comigo! Minha casa é logo ali!
Beatriz levou o palhacinho até a casa dela e eles entraram. A mãe da menina estava acabando de preparar o almoço que estava com cheiro ótimo.
Ao ver a filha junto com um menino vestido de palhaço, a mãe sorriu e cumprimentou o garoto:
- Bom dia, menino! Como se chama? Estou acabando de terminar o almoço! Está com fome?
O palhacinho inclinou-se, cumprimentando-a, como aprendera a fazer no circo, e respondeu:
- Sim, senhora, meu nome é Bento! Estou com muita fome! Eu trabalhava no circo, mas agora ele vai embora e ficarei sem serviço de novo. Só me deixaram ficar com a roupa de palhaço porque não vai servir para ninguém mesmo!
- Entendi, Bento. Eu me chamo Ana. Mas logo você arrumará outro serviço, pode acreditar. Venha, vamos nos sentar à mesa. Acomode-se ali, ao lado de Beatriz, e vou servi-los!
Animado, Bento sentou-se e pegou a colher todo satisfeito, enquanto a mãe servia a ambos. Entregando os pratos feitos, a mãe sorriu e disse:

- Agora nós vamos fazer uma oração a Jesus, agradecendo pelo alimento que vamos comer. O papai não virá hoje, pois está muito ocupado.
Eles fecharam os olhos, e a dona da casa fez uma oração suplicando ajuda para a casa deles e para a casa de Bento e seus familiares, deixando o garoto muito emocionado. Ele nunca tinha orado antes da refeição e ficou feliz.
Após o almoço, a dona da casa serviu um doce que ela fizera e que estava uma delícia! Ao terminar, Bento ergueu os olhos e sorriu:
- Muito obrigado, Dona Ana! A senhora sabe que é a melhor refeição que já comi na vida? E a sobremesa estava muito boa também! Obrigado por ter-me deixado almoçar aqui em sua casa. Depois, vou mostrar o que eu fazia no circo! Aprendi com o pessoal de lá.
Saindo da mesa, Bento pediu que elas se acomodassem no sofá da sala e saiu. Mãe e filha ficaram aguardando o que ele iria fazer. Logo, Bento surgiu na sala fazendo uma apresentação muito engraçada, criada por ele mesmo, fazendo com que mãe e filha dessem muitas risadas!

Ao terminar, elas bateram palmas contentes pela apresentação dele.
Então, Bento inclinou-se, cumprimentando as damas, e beijou suas mãos. Ao terminar, Bento estava contente por ver que elas haviam gostado da apresentação, e informou:
- Bem. Esse era o espetáculo que eu apresentava no circo! Pena que ele foi embora e não terei mais aonde mostra-lo.
- Não se preocupe, Bento. Nós mesmos poderemos pensar em arrumar apresentações para você! Até na empresa de meu marido!...
- É verdade, Dona Ana?       
- Sim! É só falar com ele! Muitas vezes meu marido promove festa na empresa e fazem apresentações!... Mas, temos coisa mais importante para fazer; vamos até sua casa ver como está sua mãe, Bento.
Com lágrimas nos olhos, ele agradeceu a gentileza de Dona Ana e foram até lá. A mãe de Bento continuava com muita febre e não tinha se alimentado ainda. Ana havia trazido uma vasilha com o que restara do almoço e ofereceu à doente, que aceitou agradecida. Depois, conversaram bastante, e a dona da casa agradeceu pelo almoço que deram a Bento e a ela mesma.
- Não se preocupe. Também já fui muito pobre e sei como é difícil não ter recursos para comprar alimentos. Sempre que precisar, poderá recorrer a nós, que somos seus amigos! De hoje em diante, nada faltará em sua casa, está ouvindo?
- Nem sei como lhe agradecer, Dona Ana! Só Jesus para poder abençoá-la!...
- Não. Você merece tudo de bom. Todos nós somos pessoas e temos direitos como seres humanos. Assim, não precisa me agradecer. Se eu tenho  mais do que você, tenho obrigação de ajudá-la, entendeu? Então, não se sinta menor do que ninguém. Perante Deus todos somos iguais!
 
MEIMEI
 
(Recebida por Célia X. de Camargo, em 30/10/2017.)








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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2128 em: 06 de Janeiro de 2018, 07:05 »
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            Bom-dia! queridos irmãos.





                   Salvando uma vida


Era um lindo sábado de sol. Henrique passeava com seu pai caminhando sob a sombra das árvores no parque municipal.



Calado, o pequeno Henrique pensava. Ficara impressionado com algumas cenas que tinha visto no dia anterior durante a transmissão do jornal de uma emissora de televisão.

— Papai, como pode existir gente que mata outras pessoas? — perguntou.

Apertando mais a sua mãozinha, o pai respondeu:

— É mesmo muito triste, não é, meu filho? Isso acontece porque os homens ainda trazem o mal no coração. Se todos se amassem como irmãos, isso não aconteceria. Seríamos todos como uma grande família!

O garoto, de apenas seis anos, mas muito observador, pensou um pouco e retrucou:

— Mas ontem mesmo eu vi na televisão uma notícia que um pai foi preso porque machucou seu filho! Eu pensei que todos os pais amassem seus filhos!

Naquele momento estavam passando por um banco e o pai convidou:

— Vamo-nos sentar e descansar um pouco.

Acomodados no banco, o pai fitou o menino, que aguardava uma resposta, e prosseguiu:

— Todas as pessoas, Henrique, são espíritos em evolução. Deus, que é o Supremo Criador, criou os seres para a evolução. Através de muitas vidas, todos progridem e se aperfeiçoam, tornando-se melhores. Desde os micróbios, que nós não vemos porque são muito pequenos, até os astros celestes que contemplamos à distância, tudo progride.

O menino estava surpreso e pôs-se a perguntar:

— Ah! E o meu gatinho? E as flores desse jardim? E os peixes que vimos no lago? E...

O pai sorriu amorosamente, completando:

— Tudo, meu filho. Os minerais, os vegetais, os animais e os seres humanos. Tudo evolui. Assim, quando a criatura humana comete maldades, significa que ainda tem muito o que aprender. Até mesmo os pais, que os filhos julgam serem as melhores pessoas do mundo, embora amem seus filhos, são imperfeitos e trazem agressividade dentro de si. Com o tempo, todas as pessoas se tornarão boas e só praticarão o bem: a si mesmas, aos seus semelhantes e ao mundo em que vivem.

— Ah!...

— Por isso, devemos respeitar a natureza, respeitando a vida.

Henrique, que ouvia com muita atenção, lembrou:

— Mas os homens matam os animais para comer. Coitadinhos!

— Sim, meu filho, mas isso faz parte da nossa cultura e tende a desaparecer. O pior é que há homens que matam e destroem por prazer. Os animais, que são inferiores a nós, só matam para se defender ou para saciar a fome. Mas o homem mata por maldade os próprios irmãos de raça, e os animais, por esporte; destrói a natureza por ambição, queimando as matas, sujando os rios e poluindo as cidades.

O garoto, com carinha preocupada, exclamou:

— Puxa, papai! Eu quero fazer alguma coisa para ajudar!

— Muito bem, meu filho. Todos nós podemos ajudar a preservar o nosso planeta para que ele seja melhor, mais limpo e mais agradável. Sabe como? Dando o exemplo de amor e respeito pela vida e mostrando às outras pessoas como devem agir.

Henrique sentiu-se naquele instante como um homenzinho a quem fosse conferida grande tarefa.

Era tarde. Hora de voltar para casa.

Recomeçaram a caminhar, quando viram, vindo em sentido contrário, uma garotinha e sua mãe.

A menina, que tinha acabado de comprar um sorvete, desembrulhou o picolé, jogando o papel no chão.

Quando mãe e filha se aproximaram de Henrique e seu pai, um pequeno grilo surgiu do meio dos arbustos, saltando entre eles.



As reações foram diferentes. A garota tirou o sorvete da boca e correu até onde estava o inseto, levantando ameaçadoramente o pé para esmagá-lo.

Henrique também correu, e, mais rápido, jogou-se no chão e conseguiu pegar o grilo, antes que ela o atingisse com o pé.

Depois se levantou, ainda ofegante, acariciou o assustado grilo que repousava na palma de sua mão, sorriu satisfeito e disse:

— Por que queria matá-lo? Deixe-o viver! Ele não lhe fez mal algum!

E, ante o assombro de mãe e filha, coradas de vergonha, Henrique fitou o pai com orgulho, afirmando:

— Temos que preservar a vida, não é, papai?

Em seguida, sem esperar resposta, reiniciou sua caminhada.

Deu alguns passos, mas sentiu que ainda faltava alguma coisa. Parou, virou-se para a menina e completou:

— E saiba que lugar de papel é no lixo!

 

Tia Célia









                                                                                                      PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2129 em: 07 de Janeiro de 2018, 14:39 »
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             Boa-tarde! queridos irmãos.





                  Certas razões para oferecer mais natureza à criança


É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre. Cecília Meireles


Nos últimos anos uma diversidade de estudos demonstrou os inúmeros benefícios que o contato com a natureza proporciona às crianças.

Se a falta de natureza torna árido o cenário infantil, prejudicando a capacidade de aprendizagem e a autorregulação do indivíduo, o contato regular com a natureza, por exemplo, promove resiliência, aquisição de equilíbrio e destreza corporal à criança.

Para os pequenos, atividades baseadas na natureza não são apenas motivo de alegria, mas também se estabelecem como fonte segura de ganhos cognitivos, emocionais, sociais, de felicidade e de saúde.

Mais do que embelezar as áreas urbanas, as paisagens verdes geram efeitos benéficos nas pessoas. O contato frequente com a natureza pode prevenir a ansiedade, reduzir a agitação, favorecer a contemplação, estimulando, no caso das crianças, um melhor desempenho escolar e um comportamento mais empático e tranquilo.

Na praça do bairro, no jardim, no parque, na floresta, quanto mais frequente uma criança desfrutar das áreas verdes, maior disposição ela terá, na vida adulta, para amar e defender a natureza.

Conscientizar, já na infância, o ser humano para a necessidade de preservação da natureza é, sem dúvida, a melhor maneira de assegurar o futuro da Terra.

Notinha

Há muitas razões para incentivar o vínculo entre criança e natureza: a) o contato com as áreas verdes – parques, jardins, praças, florestas etc. – previne a miopia e a deficiência de vitamina D; b) brincar livre na natureza estimula empatia e gerenciamento de riscos (subir em árvores, explorar/fazer trilhas, visitar parques/jardins botânicos etc.). Estudos também sugerem que crianças que não têm contato com a natureza são mais suscetíveis a desenvolver alergias, e isso porque o contato regular com a natureza fortalece o sistema imunológico das pessoas de um modo geral.


            Eugênia Pickina









                                                                                                      PAZ, MUITA PAZ!


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