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  • A magia do conto infantil

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Autor Tópico: A magia do conto infantil  (Lida 511146 vezes)

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Offline dOM JORGE

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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2100 em: 31 de Outubro de 2016, 12:38 »
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                                                                  VIVA JESUS!




              Bom-dia! queridos irmãos.





                       Viva a vida!

 

Olá, amiguinho!

Você sabe que no mês de novembro comemora-se o “Dia dos Mortos”, também chamado de “Finados”?

A Doutrina Espírita, porém, nos ensina que não existe a morte. Ninguém morre! Assim, aqueles que já deixaram a Terra e que são considerados “mortos” estão vivos!

Chega um momento em que o corpo físico não tem mais condições de continuar vivendo, seja por uma enfermidade, um acidente ou pelo desgaste natural da idade, então o corpo morre, pois é matéria e sujeito à sua transformação natural.

Porém, a alma ou Espírito é imortal e não morre nunca. Com a morte do corpo, volta para a verdadeira vida, que é a espiritual. Como um pássaro que estava prisioneiro numa gaiola, ganha a liberdade e voa pelo espaço.

E por que as pessoas choram quando alguém morre?

Por falta de conhecimento sobre o assunto e por egoísmo da nossa parte, que desejamos aquele que amamos aqui, ao nosso lado, mesmo sofrendo!

Como um prisioneiro que ganha a liberdade depois de cumprida a pena, um dia também seremos restituídos à liberdade.

Esse é um dia feliz para ele, uma ocasião especial que merece ser comemorada, não é?



O que você pensaria se visse a família, os amigos do preso e os outros prisioneiros, pedindo a ele que fique?

Diria que eles estão sendo egoístas, não é verdade?

No entanto, quando o Espírito ganha a liberdade depois de cumprida sua tarefa aqui na Terra, ficamos chorando e pedindo a ele que não vá, que fique conosco, nós que ainda somos prisioneiros do corpo.

Então, quando alguém desencarnar, não vamos nos desesperar. Pensemos que é alguém que continua vivo numa outra dimensão.

Jesus disse que a casa do Pai tem muitas moradas. Essas moradas são representadas por todo o universo, pelos infinitos planetas que vemos no espaço, mas também representam o mundo espiritual, que é local onde os Espíritos habitam depois de deixarem a Terra.

O Espírito apenas mudou de vida, fez uma viagem, para um lugar onde se sentirá mais feliz e onde terá condições de aprender mais e progredir.

Não devemos ficar chorando e lamentando a morte daquele que partiu, o que poderá prejudicá-lo, mas lembrar que as nossas preces poderão ajudá-lo e envolvê-lo em paz e bem-estar, onde estiver.

Temos que aprender a valorizar a vida, em todos os momentos.

Viva a vida!         

Tia Célia








                                                                                                           PAZ, MUITA PAZ!


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Offline dOM JORGE

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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2101 em: 08 de Novembro de 2016, 06:48 »
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                                                                   VIVA JESUS!




              Bom-dia! queridos irmãos.





                      Os latidos da Fifi
 

O lar de Manoel e Rita estava muito triste.
Clara, a filha de apenas seis anos e que era a luz de seus olhos, havia retornado ao Mundo Espiritual em virtude de uma grave enfermidade, deixando a família em grande sofrimento.
Em virtude da dor dos pais que estavam inconformados pela partida da pequena Clara, os Amigos Espirituais do casal pensavam em como diminuir o sofrimento de Manoel e Rita, que não estavam suportando a existência sem a filha querida. A pequena sofria recebendo os pensamentos do papai e da mamãe que lhe rogavam a presença. Dizia o pai em suas orações:
 
   
— Volta, filhinha! Não estamos conseguindo viver sem sua presença. Sentimos muito sua falta e o sofrimento é tanto que desejamos também partir ao seu encontro!
E a mãe, em lágrimas, afirmava:
— Clara, minha filhinha, não vamos suportar a vida sem você! Só consigo pensar em você, querida! Volte para nós! Só fazemos chorar lembrando-nos do seu rostinho lindo, das conversas que tínhamos e até sua cachorrinha Fifi está desanimada, não late nem se alimenta mais!
... Que Jesus possa mandá-la de volta para nós, seus pais, que tanto a ama-mos, é só o que queremos.

Os Amigos Espirituais ouvindo essas palavras se preocupavam com o bem-estar da pequena Clara, ainda fraca em virtude da enfermidade que a levara de volta ao Mundo Espiritual, e estudavam o problema, buscando uma solução que acalmasse os pais tão sofredores.
Até que um deles resolveu, após muito pensar:
— O melhor será levar a pequena Clara para uma visita aos pais que, ao sentirem que ela está bem, acalmarão seus corações e se desligarão um pouco da pequena.
Os amigos que faziam parte do grupo concordaram, achando que era a única maneira de acalmar os pais tão sofridos.
Assim, num dia em que Manoel e Rita fariam o Evangelho no Lar, com muita delicadeza os Amigos Espirituais trouxeram a pequena Carla em visita ao seu lar.
Após lerem um trecho do Evangelho, os pais começaram a conversar sobre o assunto que fora enfocado através do livro, que era “Motivos de Resignação”, do capítulo V, Bem-aventurados os aflitos.
De repente, ao se lembrarem da pequena Clara desencarnada, os pais começaram a sentir as lágrimas brotarem de seus olhos incapazes de evitar a dor.
Eles não tinham notado que a cachorrinha de Clara havia entrado na sala ao ver a porta aberta e ficara quietinha, acomodada junto deles.
 
De repente, enquanto eles comentavam o texto, a cachorrinha Fifi ergueu-se e começou a latir, olhando para o alto. Os pais trocaram um olhar, depois a fitaram, estranhando o seu comportamento, ao que Rita comentou:
— Veja, Manoel! A Fifi não late desde que nossa pequena Clara se foi para o Mundo Espiritual!...
A mãe arregalou os olhos fitando a cachorrinha e lágrimas brotaram de seus olhos, agora sorridentes e animados:
 


— Manoel! Fifi só latia assim para nossa filha Clara! É sinal de que ela está aqui conosco!
O pai, não desejando que a esposa ficasse muito esperançosa, retrucou:
— Não, querida. Certamente Fifi está latindo porque viu algum inseto voando pela sala!
Ao que a esposa, balançando a cabeça e com grande sorriso no rosto, discordou:
— Não, Manoel. A Fifi só latia assim ao ver chegar nossa Clara. Veja como ela olha para o alto e late feliz!
O pai, ao ver a mãe tão contente, acabou por concordar com ela, também tendo os olhos nublados de lágrimas.
Eles se abraçaram e fizeram a prece final com grande alegria em seus corações, comentando o texto evangélico e, mais do que isso, falando sobre a imortalidade da alma e a alegria de se reencontrarem com a filhinha querida.
E Rita disse ao seu esposo:
— Tenho certeza, Manoel, que quando dormirmos iremos nos encontrar com nossa querida filha Clara! Ah, que o Senhor a abençoe!...
Assim, animados e esperançosos, eles terminaram o Evangelho no Lar e, após leve refeição, se prepararam para dormir, satisfeitos e agradecidos.
E os Amigos Espirituais que ali estavam trocaram um sorriso, também contentes por poderem ajudar o casal de amigos, pais da pequena Clara.
Pouco tempo depois, após caírem no sono, Rita e Manoel se desprenderam e foram para o Mundo Espiritual, e a primeira coisa que viram foi Clara, a filha querida que acabara de despertar.
Os pais deram um abraço na pequena, conversaram um pouco com ela e depois voltaram ao corpo, felizes e agradecidos por terem visto e abraçado a filhinha que agora estava no Mundo Espiritual.
E a pequena lembrou, contente, que logo seria o aniversário do Pai, e abraçou e beijou-o, dizendo:
— Feliz aniversário, Papai!... 
MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia, 08/08/2016.)









                                                                                                             PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2102 em: 11 de Novembro de 2016, 23:55 »
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                                                                   VIVA JESUS!




              Boa-noite! queridos irmãos.




                     A patinha e o gafanhoto
 

Certa ocasião, uma patinha estava nadando à beira de um lago azul, contente pelo dia de sol e pela brisa que soprava trazendo o perfume das flores que estavam à margem.

Satisfeita, ela brincava com seus irmãos na água quando, ao afastar-se um pouco, escutou alguém que chorava sentidamente. Curiosa, a patinha pôs-se a procurar quem chorava tanto.
Então, ela nadou lentamente à margem, examinando o capim que crescia a ver se encontrava a criaturinha que parecia sofrer muito.


De repente, ficou atenta. O choro se fizera mais alto, mostrando que quem chorava estava bem próximo. Procurando com mais cuidado, logo o viu: era um pequeno gafanhoto! Então, chegando mais perto dele, disse:
— Olá! Por que você está tão triste?
O filhote de gafanhoto, esfregando os olhos e balançando as asas, respondeu:
 
   
— É que eu me perdi da minha mãe! Estávamos juntos, porém vi uma linda flor e fui até ela, esperando sentir seu perfume. Ah, eu adoro o perfume das flores!...
A patinha bateu suas asinhas, contente:
— Eu também adoro perfume de flores! Mas não nos apresentamos. Como você se chama?
— Eu sou Gafinho. E você?
— Meu nome é Petucha. Prazer em conhecê-lo, Gafinho. Vou ajudá-lo a procurar sua mãe, não se preocupe. Suba aqui nas minhas costas e vamos percorrer a margem do lago. Certamente ela não estará longe.
O filhote de gafanhoto pulou nas costas de Petucha e puseram-se a examinar as margens do lago. De repente, Gafinho gritou:
— Estou vendo minha mãe! Ela está voando aqui perto! Mamãe! Mamãe!... ele se pôs a gritar, contente, até que sua mãe o viu:
— Meu filho, por onde você andou? Eu o procurava por todo lado! — indagou, abraçando-o satisfeita por tê-lo encontrado.
Gafinho sorriu e contou:
— Eu estava com muito medo de tê-la perdido, mamãe, quando Petucha, uma amiga, resolveu me ajudar. Deixou que eu ficasse em suas costas e levou-me pelo lago até que a encontramos!
A mamãe gafanhoto agradeceu muito à linda patinha que ajudara seu filhote e, com lágrimas nos olhos, considerou:
— Se algum dia você estiver precisando de alguma ajuda, pode contar comigo. Sou sua amiga para toda a vida! Obrigada, Petucha.
Abraçaram-se e cada um foi para seu lado muito contente.
Algum tempo depois, Petucha estava nadando no lago, quando ouviu um barulho de asas acompanhado do ruído de insetos. Curiosa, ela levantou a cabecinha da água e viu que uma nuvem escura vinha em sua direção. Assustada, afundou um pouco, mas não adiantou. “O que esses insetos querem comigo?” — ela pensou.
Então se lembrou de que, pouco antes, nadara por um lugar cheio de restos de comida deixados por um grupo de garotos que fizera um piquenique. Petucha achou que o melhor seria mergulhar para afastar os insetos. Todavia, eles estavam querendo se alimentar dos restos que ficaram nas suas costas. Então, ela começou a grasnar alto, tentando chamar a atenção de alguém que pudesse salvá-la.
Nesse momento, Gafinho reconheceu a voz de sua amiga e foi em seu socorro, avisando aos demais gafanhotos:
— Essa patinha é minha amiga, entenderam? Vão procurar outra fonte de comida. Petucha me ajudou e não permito que a incomodem!
Os gafanhotos, embora não tivessem gostado muito, obedeceram ao pedido de Gafinho, que desejava proteger sua amiga Petucha. Até um sapo ficou de boca aberta! Vendo que os gafanhotos foram embora, Petucha agradeceu com um sorriso a Gafinho que a defendera dos seus amigos:
— Obrigada, Gafinho. Você mostrou que é realmente um grande amigo!
Ele pousou num galho à margem do lago e respondeu:
— Eu devo muito a você, Petucha. Quando eu precisei de ajuda, você me socorreu, e vou lhe ser sempre grato. Pode contar comigo!
Gafinho se ergueu no espaço e, abanando as asas, despediu-se de sua amiga patinha.
E Petucha entendeu o quanto era importante fazer amigos. Nadando para perto de sua mãe, ela contou o que tinha acontecido:
— Mamãe, jamais esperei que Gafinho me socorresse pela ajuda que lhe dei, porém ele reconheceu meu gesto e devolveu-me a ajuda.
Então a mãe de Petucha abraçou a filha e concordou:
— Na vida, minha filha, tudo o que fizermos ao nosso próximo, nos será devolvido através do amor. Você agiu muito bem ao proteger seu amigo Gafinho, e ele devolveu a gentileza com outra gentileza. Porque amor atrai amor, como o ódio atrai o ódio.
A patinha pensou um pouco e respondeu:
— Ainda bem que escolhi o amor, não é mamãe? Jamais esquecerei esta lição. Prometo ser boa sempre, pois desejo que os outros sejam bons comigo também!     
MEIMEI
(Recebida por Célia Xavier de Camargo em Rolândia-PR, no dia 14/3/2016.)








                                                                                                                PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2103 em: 20 de Novembro de 2016, 07:34 »
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              Bom-dia! queridos irmãos.





                       O brinquedo quebrado

 

Certo dia, brincando com um amigo, sem querer Caio estragou o carrinho novo de seu companheiro, que ficou muito bravo com ele. Mas Caio, chateado por ter quebrado o carrinho novo de Olavo, quase em lágrimas, explicou:
— Não tive culpa, Olavo! Eu peguei nele e a peça saiu! Peço-lhe desculpas, porém não tive intenção de quebrar seu brinquedo novo. Não sei o que aconteceu!...
 
   
Mas Olavo estava tão nervoso com Caio, que gritou a chorar:
— Vá embora! Não quero mais ver você aqui em casa. Nunca mais!... E terá que me pagar pelo brinquedo quebrado, ouviu? Vou falar com seu pai e contar a ele que você quebrou por querer meu carrinho novo.

Caio ainda tentou desculpar-se, mas o outro não quis ouvir.
Abriu a porta da rua e Caio foi embora muito triste. Ao chegar a casa, a mãe viu o filho passar por ela chorando e ir para o quarto, onde se jogou na cama, desesperado.

Vendo-o daquele jeito, ela indagou:
— O que aconteceu, meu filho?!... Você caiu? Está machucado? Onde está doendo?
Caio balançou a cabeça mostrando-lhe que não era nada daquilo, e explicou:
— É Olavo, mamãe! Eu estava brincando com um carrinho novo dele e soltou uma peça. Agora ele está achando que eu quebrei seu carrinho por querer e mandou-me embora dizendo que terei que lhe dar outro brinquedo igual!...
Triste, a mãe abraçou o filho ao ver quanto ele estava sofrendo, e disse:
— Não se preocupe, Caio. Falarei com seu pai e ele comprará outro carrinho igual para Olavo.
— Mas papai vive apertado, mãe, nunca tem dinheiro! — disse Caio, voltando a chorar.
A mãe acalmou-o com um abraço carinhoso e explicou que o pai realmente não tinha nada, mas que poderia pegar algum dinheiro na fábrica, como parte do salário que iria receber no final do mês.
— Mas esse dinheiro vai fazer falta para nossas despesas de casa, mamãe.
— Fique tranquilo, Caio, seu pai sabe o que faz. Agora, levante-se, que o almoço está pronto e seu pai deve estar chegando.
Mãe e filho foram para a cozinha. A mãe conversou com o pai e explicou-lhe o que tinha acontecido, pedindo que comprasse outro carrinho igual para Olavo. O pai respirou fundo, pensando nas contas que precisaria pagar, mas concordou:
— Está bem, Caio. Papai vai comprar outro carrinho para Olavo. Preciso que você me explique como é o brinquedo, as cores e o modelo.
Caio explicou ao pai que era o modelo mais novo que chegara às lojas, e o pai, após o almoço, voltou para a fábrica e solicitou adiantamento do seu salário, em vista de importante despesa que teria de fazer. Depois, com o dinheiro nas mãos, foi à loja.
Um vendedor veio recebê-lo na porta e o pai explicou o que desejava.
— Por gentileza, senhor, chegue até o balcão, que irei pegar o brinquedo que pediu.
 
O vendedor voltou com a caixa do brinquedo, abriu-a e o pai viu um carrinho lindo, que era só friccionar as rodas e ele saía em velocidade.
— Que beleza! — murmurou o pai, que respirou fundo, perguntando o preço.
 


O vendedor disse o valor, e o pai arregalou os olhos, preocupado. Baixou a cabeça quase a chorar. O rapaz notou a preocupação dele e sugeriu:

— Senhor, se for muito caro, temos outros brinquedos mais baratos. Vou pegá-los.
— Não! Tem que ser este mesmo. Meu filho espera que eu leve este modelo último tipo.
E, diante da expressão do vendedor, o pai contou-lhe o que acontecera, que o filho quebrara o carrinho de um amigo e que o outro exigia que ele lhe comprasse um novo.
Então o vendedor respirou fundo e sorriu, acalmando o pai de Caio:
— Senhor! Este modelo veio com defeito de fábrica. Assim, em caso de algum problema, a loja deverá entregar um novo brinquedo!
— Você tem certeza?!...
— Claro, Senhor! Vou explicar para o dono da loja o que aconteceu e verá que não tem problema algum.
Logo, aproximou-se o dono da loja e, sabendo o problema que havia acontecido, e o nome do comprador, mandou que o vendedor embrulhasse para presente um brinquedo novo, com as desculpas do fabricante.
O pai de Caio retornou para casa com o pacote, todo sorridente. Ao chegar, entregou o embrulho para o filho, que sorria e chorava, ao mesmo tempo, de alívio.
Depois, foram levar o pacote ao vizinho. O pai de Olavo, que os recebeu com alegria, fez com que entrassem e se sentassem na sala. Chamou o filho, e Olavo entrou na sala. Ao ver Caio com o pai, e um lindo pacote de presente nas mãos, sorriu todo feliz.
— Mas a que devo a honra da visita de vocês? — indagou o pai de Olavo.
— Viemos devolver o brinquedo de Olavo, que acusou meu filho de tê-lo quebrado. No entanto, quando fui comprar outro, o vendedor afirmou que este modelo veio com defeito de fábrica. Então, não foi meu filho Caio que o quebrou, mas fizemos questão de comprar-lhe outro brinquedo.
O pai de Olavo olhou para o filho, envergonhado, pelo fato de ter exigido que Caio lhe comprasse outro brinquedo igual. De cabeça baixa, Olavo ficou vermelho de vergonha. Mas Caio, vendo a expressão do outro, afirmou:
— Nós quisemos apenas que você ficasse com um brinquedo novo, Olavo. Agradeço-lhe por ter deixado que eu brincasse com ele!
Ambos se abraçaram e Olavo, corado de vergonha, disse:
— Desculpe-me, Caio! Pensei que você tivesse estragado meu brinquedo novo. Perdoe-me!
Caio desculpou Olavo e tudo acabou bem. Nunca mais Olavo tratou Caio, ou qualquer outro amigo, daquela maneira, compreendendo que ele agira realmente mal com seu amigo. E prometeu a si mesmo que nunca mais agiria assim com ninguém. 
MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, no dia 4/7/2016.)








                                                                                                            PAZ, MUITA PAZ!





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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2104 em: 27 de Novembro de 2016, 23:51 »
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               Boa-noite! queridos irmãos.





                       O freio e a espora

 

Samuel era um menino inteligente, que estava sempre desejando fazer o melhor, mas por querer se adiantar, não raro errava, enfiando os pés pelas mãos e perdendo a oportunidade de realizar algo de bom e de útil para o próximo.
Ele aprendera nas aulas de Evangelização que precisava fazer o bem e tinha muito desejo de ajudar seus amigos nas tarefas escolares ou naquilo que eles precisassem, porém não conseguia porque queria que seus colegas fizessem as lições a seu modo.
Certo dia ele estava muito chateado, sentado na varanda de sua casa, e observava o movimento da rua, os carros que passavam e as pessoas que transitavam na calçada.
Nesse exato momento, Marta, sua professora de Evangelização, passou e vendo-o sentado, pensativo, parou e abriu o portão, dizendo:
— Olá, Samuel! No que está pensando? Parece distante!...
O garoto sorriu para ela, contente:
— Olá, Tia Marta! Estou pensando na vida!
 
   
Surpresa, a professora acomodou-se perto dele e sorriu, achando graça nas suas palavras:
— Nossa! Ainda é muito jovem, Samuel, para pensar na vida! Aconteceu alguma coisa?
— Não, Tia Marta. Apenas quero ajudar as pessoas e acho difícil!...
Marta fitou-o, tentando entender qual a dificuldade que Samuel via em ajudar alguém e sorriu, afirmando:
— Temos que ajudar as pessoas naquilo que elas estejam precisando.
Samuel, que prestava atenção nas palavras dela, retrucou:
— Mas é exatamente isso que não consigo saber: o que elas estão querendo!
— Ah!... Entendi, Samuel. Você quer ajudá-las, mas não sabe o que elas querem. Por exemplo: se você deseja ajudar-me agora, precisa saber o que eu desejo ou preciso realmente! No momento, quero saber quem pode colar meu tênis que descolou! Caso contrário, poderá cansar-se e não resolver a “minha” situação. Entendeu?
— Pois é exatamente essa a minha dúvida, Tia Marta. Às vezes a pessoa está correndo para realizar uma tarefa, mas não sabe como fazê-la! De outras vezes, sabe como fazê-la, porém não tem como realizá-la.
— Entendi, Samuel. No Evangelho há uma página que fala exatamente sobre isso! Então, em nossa vida, os Amigos Espirituais usam de duas medidas, isto é, do freio e da espora.
— Como assim, Tia Marta?
 
— Você já viu como o cavaleiro trata o cavalo? Se o cavalo está muito apressado, o que faz o cavaleiro?
— Ele puxa o freio, para o cavalo ir mais devagar.
— Isso mesmo, Samuel. E quando o cavalo está muito devagar...
 


— O cavaleiro usa a espora, para que ele corra mais!
— Entendeu?
O garoto sorriu, afirmando satisfeito:
— Entendi, Tia Marta! Quando alguém sai desembestado, como o cavalo, os Amigos Espirituais usam o freio, isto é, impedem que a pessoa saia correndo e perca a oportunidade de serviço. 
— Isso mesmo, Samuel! E quando a pessoa sai devagar, sem preocupar-se com o que precisa fazer?
— Nesse caso, os Amigos Espirituais usam da espora, obrigando a pessoa a sair mais rapidamente, de acordo com a necessidade, não é?
— Exatamente, Samuel! — respondeu sorrindo a professora, abrindo as mãos. Tudo depende da nossa decisão, não é?
— Interessante! Agora, vejo que nossos Amigos do Além fazem por nós exatamente o que precisamos!
— Tem razão, Samuel. Para cada temperamento, eles usam uma técnica diferente, fazendo com que o candidato à evolução aprenda como ajudar a si mesmo.
O garoto sorriu satisfeito e, pulando nos braços da professora, deu-lhe um grande abraço concordando:
— Interessante, Tia Marta! Deus, Nosso Pai, sabe exatamente como somos e nos dá a melhor maneira de resolver nossos problemas!
— Certo, Samuel. Nosso Pai nunca erra em suas ações! Dá a cada um exatamente o que precisamos para executar nossas tarefas.
Samuel ficou calado, pensativo, depois voltou a falar:
— Nosso Pai nos conhece muito bem, não é? Ele sabe exatamente o que nos dar para fazer. Tia Marta, eu gostei muito do que aprendi hoje! Obrigado!
A professora abraçou-o e ambos seguiram pela rua, desejosos de saberem a cola necessária para colar o “seu” tênis. Em seguida, Samuel sorriu:
— Que maravilha! Estou satisfeito com a oportunidade de fazer o melhor!... Vou procurar um amigo meu para falar-lhe sobre as condições que temos de ajudar o próximo.
MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, aos 11/07/2016.)









                                                                                                             PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2105 em: 11 de Dezembro de 2016, 07:51 »
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                                                                   VIVA JESUS!




               Bom-dia! queridos irmãos.





                        Ajudar faz bem

 

Tadeu, de sete anos, saiu de casa para ir à escola e, como levantara mais cedo, tinha bastante tempo e resolveu fazer um caminho diferente, mais longo.

Foi andando e entrou em quarteirões que ele não conhecia. Ficou até um pouco assustado porque, de repente, notou que não sabia como chegar até à escola. Estava numa região feia, de casas muito pobres e viu crianças brincando na rua, quando então perguntou:
 
   
— Eu me perdi. Vocês sabem como faço para chegar à escola?
Uma menina, que deveria ter mais ou menos a sua idade, disse:
— Você sobe na primeira rua, depois vira à esquerda, e já estará perto da escola.

Tadeu agradeceu e tomou o rumo que a menina lhe dera e logo
chegou à escola. No entanto, ele ficou pensando naquela menina. Ela não lhe saía da cabeça o dia todo. Assim, no dia seguinte, ele foi pelo mesmo caminho. As crianças continuavam na rua brincando. A menina fazia parte do grupo e, como era maior que as demais, comandava a brincadeira. Tadeu parou e cumprimentou-a:

— Olá! Foi fácil chegar à escola ontem. Eu havia errado o caminho e me perdi. Novamente lhe agradeço. Eu sou Tadeu. E você?
— Virgínia.
— Ah! Virgínia, eu nunca a vi na escola. Onde você estuda?
A garota disse que não estudava; seus pais não tinham dinheiro para gastar em escola.
— Mas na escola onde eu estudo não preciso pagar nada! — respondeu Tadeu.
— Porém é preciso ter roupas boas, cadernos, livros e tudo o mais. E não tenho — completou a menina, triste.
Como Tadeu ainda tivesse tempo continuou conversando. Ficou sabendo que os pais dela trabalhavam o dia todo, ganhavam pouco e ela cuidava dos irmãos menores.
— Mas você é tão pequena ainda! Quantos anos tem, Virgínia?
— Sete anos.
Tadeu olhou a menina, admirado. Ela tinha sua idade, mas já cuidava dos irmãos, por isso não podia estudar. Tadeu despediu-se dela triste; comparava sua vida com a da menina da sua idade, tão responsável.
Naquele dia quase não prestou atenção na aula. Ao retornar para casa, Tadeu procurou sua mãe na cozinha, onde ela estava terminando o almoço, e disse:
— Mamãe, sabe que existem crianças que não vão à escola porque não podem?
— Por que essa pergunta, Tadeu? — indagou a mãe espantada.
Ele contou à mãe o que tinha acontecido e que conversara com a garota.
— Mamãe, você precisa conhecê-la. Ela tem minha idade e notei nela tristeza por não poder ir à escola! Fiquei triste também. Ela mora perto e quero que a conheça.
— Meu filho, entendo sua preocupação, mas há famílias que são realmente muito pobres, sem a mínima condição de vida. Após o almoço nós iremos lá. Nunca soube desse bairro tão pobre aqui perto. Veremos o que é possível fazer, está bem? — disse a mãe, abraçando o filho com carinho.
O pai havia chegado e, mais animado, o menino sentou-se para almoçar com a família. Logo depois eles foram até o bairro a que Tadeu se referira. A mãe dele também ficou penalizada ao ver a condição em que as famílias moravam. Ele mostrou a casa de Virgínia para a mãe, e foram até lá. Tadeu chamou a menina, que veio atender um pouco assustada. O que desejariam com ela?
Ele apresentou a menina a sua mãe e ambas começaram a conversar. Laura disse:
— Virgínia, Tadeu disse que você não estuda e que precisa cuidar de seus irmãos. É verdade?
— Sim, senhora. Meus pais trabalham em uma empresa de reciclagem e ganham pouco. E eu cuido de dois irmãos menores.
Sabendo que os pais dela chegariam do trabalho ao anoitecer, ela prometeu voltar para conversar com eles, deixando alguns gêneros alimentícios que trouxera. Os olhos da menina brilharam, dizendo que tinham chegado em boa hora, pois ela não tinha nada para dar de comer aos irmãos.
Assim despediram-se, deixando um pouco de alegria naquele lar. No final da tarde, eles voltaram. Os pais de Virgínia os receberam com prazer. Laura explicou-lhes a razão de sua visita, e perguntou:
— Vocês sabem que há uma creche aqui perto, onde as crianças podem ficar bem cuidadas, durante todo o dia? Não? Pois é verdade!
— Dona Laura, chegamos há pouco tempo e nada conhecemos desta cidade. Se as crianças tiverem onde ficar, é uma bênção! Pois Virgínia pode ir à escola, como tanto deseja – disse o pai.
— Isso mesmo, Antônio. Quanto ao material escolar e livros, são fornecidos na própria escola. O que faltar, eu darei a sua filha. Além disso, meu marido tem relacionamentos e poderá arranjar-lhes outros empregos. Podem contar conosco para o que precisarem!
 
Alguns dias depois, Virgínia já estava matriculada na escola e feliz da vida. Tadeu deu-lhe uma mochila que ganhara e não iria precisar, pois já tinha outra, além de roupas e calçados, que não serviam mais para sua irmã, um ano maior que ele.

Assim, a alegria voltou àquela família, onde tudo faltava e onde agora a vida



ficaria mais fácil. E na casa de Tadeu, também a alegria aumentou, por estarem ajudando outras pessoas tão necessitadas. Eles descobriram que naquele bairro todos eram pobres e viviam com dificuldades. Assim, Laura e sua família, passaram a socorrer outros lares, o que lhes proporcionou grande dose de satisfação e paz interior.

Agora, suas orações em família se revestiam de significado especial, pois sentiam que Jesus estava contente com todos eles.         
MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em 22/7/2013.)









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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2106 em: 13 de Janeiro de 2017, 06:53 »
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               Bom-dia! queridos irmãos.





                       O pedaço de mármore

 

Certa vez, um artesão mergulhou numa lagoa e no fundo descobriu que as paredes eram formadas por lindo mármore colorido. Retornou para cima e, tomando de uma ferramenta, retirou um pedaço do lindo mármore.

Depois, encantado com seu pedaço de mármore, resolveu fazer uma peça bem bonita. Porém o mármore sofria ao ver que o buril, instrumento com ponta de aço para cortar a pedra, o feria arrancando-lhe os pedaços, enquanto ele gritava de medo e dor.
O homem que o fazia sofrer, ante as mudanças que fazia no mármore, não se dava conta da dor que a pedra sentia; e o pedaço de mármore, em desespero, clamava contra o próprio destino, falando com Deus, Pai de todas as criaturas:
— Oh, como pode permitir, Senhor, que este homem me arrebente as carnes para usar-me como peça artística, para expor-me diante de todos, como se eu não fosse nada?...
E o Senhor lhe respondeu:
 
   
— Meu caro pedaço de mármore, você é muito belo para ficar esquecido em algum lugar fechado, onde suas qualidades fiquem desconhecidas para o mundo.
— Mas, Senhor, eu sofro horrivelmente! Este homem não tem piedade de mim!... Arrebenta minhas carnes como se eu fosse uma pedra comum! Sinto-me sofredor. Ninguém vai me defender, ajudando-me a livrar-me deste malva-
do que não pensa no meu sofrimento?
O Pai acariciou as longas barbas brancas, pensativo, depois sorriu:
— Filho amado! A dor é sempre uma bênção que nos leva a compreender a necessidade de burilamento que todos temos. Através do sofrimento é que meus filhos aprendem a valorizar melhor a vida.
— Ah!... Mas o que é burilamento, Pai Amado?
O Pai sorriu ante a pergunta do filho e explicou:
— Meu querido filho, o artista usa o buril para deixar a pedra ainda mais bela através do sofrimento e da dor. Assim, quando o artista terminar seu trabalho, a pedra estará bem diferente do que era antes e será admirada por todos!...
— Quer dizer que o sofrimento me fará melhor, Senhor?
— Sem dúvida, filho meu. O sofrimento e a dor são nossos amigos, tornando-nos melhores e mais belos após a experiência a que o artista nos convida.
O pequeno bloco de mármore, diante dessas palavras, suspirou fundo, conformando-se ante o sofrimento.
— Se é assim, obrigado, meu Pai. Não irei reclamar mais ante o buril.
Desse modo, o pedaço de mármore, que era áspero e rude, apesar da beleza, aceitou as determinações de Deus e, baixando a cabeça, permaneceu calado, ante as lágrimas que a dor deixava cair, sem mais reclamar.
O Pai foi embora, e o pequeno pedaço de mármore aceitou seu destino sem reclamar.
Diante do sofrimento, ele apenas deixava que as lágrimas lhe corressem pelo corpo, limpando-o, agora certo de que merecia a dor para tornar-se melhor.
Por muitos dias, o artista o cortou, tirando-lhe pequenos pedaços que o enfeavam, para dar-lhe formas mais belas; depois lapidou, tirando-lhe as arestas. Em seguida, usando uma lixa de metal, alisou toda a peça.
Após encerrar seu trabalho, o artista lavou a peça, deixando-a limpa e brilhante.
Quem passasse por ali, não poderia deixar de admirar a bela peça em que se tornara aquele pedaço de mármore. Ao ver a admiração que causava em todos que passavam pela oficina do artista, o mármore sentia-se feliz, mas curioso!
— Como estaria ele? — pensava o pedaço de mármore.
Até que, sendo levado para uma sala maior e mais bela, onde ficavam as outras peças que o artista criara, ele desejou ver como tinha ficado após tanto trabalho e sofrimento.
O artista olhou em torno, procurando o melhor lugar para colocar sua obra-prima e, ao encontrar um lugar que julgou perfeito para expô-lo, levou sua nova peça de arte para lá.
Em um local, bem visível a quem entrasse na loja, o artista colocou sua mais nova criação. Depois, afastou-se e ficou olhando de longe, vendo como estava bela e bem colocada na sala para que todos ao entrar pudessem vê-la.
Mas a nova peça, curiosa, não sabia como tinha ficado depois de pronta.
De repente, olhou para um lado e ficou encantado com o que viu:
 
— Que maravilha! — exclamou.
O artista, que estava ali perto e o examinava, sorriu e disse:
— Gostou do que viu, meu pequeno pedaço de mármore?
— Sim, é maravilhoso, meu senhor! Mas quem é esse que está aí diante de mim?
O artista sorriu e explicou:
— Pois não se reconhece nesse lindo trabalho?

— Eu?... — Tem certeza, senhor?
— Sem dúvida, meu pequeno mármore. Você é a mais bela peça que já pude criar.
Então, o belo trabalho sorriu e, encantado pela própria imagem, considerou:
— Graças a Deus! Sinto-me muito feliz por todo o sofrimento que passei durante este tempo. Minhas lágrimas foram bem aproveitadas, dando-me uma aparência bela e elegante. Muito obrigado, meu artista. Serei sempre grato por ter-me feito tão belo! Jamais irei reclamar das dores e sofrimentos pelos quais passei.
MEIMEI
(Mensagem psicografada em Rolândia-PR no dia 29/8/2016.)







                                                                                                              PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2107 em: 24 de Janeiro de 2017, 00:52 »
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              Boa-noite! queridos irmãos.

 

Um almoço fraterno
e diferente


Nino, de oito anos, era um bom menino, que se preocupava quando via pessoas estendendo a mão nas ruas para suplicar uma moeda, um pão ou um prato de comida. Certo dia, a família conversava após o jantar, quando o pai de Nino lembrou:

— O Evangelho de Jesus nos convida a ajudarmos aos necessitados. E que, ao darmos uma festa, devemos convidar para ela não os que possam nos retribuir mais tarde, mas aqueles que nada têm.

O garoto ficou pensativo e, após um lanche breve, beijou os pais e foi deitar-se. Naquela noite, Nino não pensou em outra coisa.

No dia seguinte, um lindo sábado, ele já não teria aula. Estava de férias! Então, ele saiu para a rua, com a bola debaixo do braço, procurando seus amigos. Encontrou uma família que estava pedindo na rua. Lembrou-se da lição de Jesus, que tinham lido na véspera.

Logo depois, Nino esqueceu-se do assunto ao ver alguns amigos que chegavam à praça. Correu ao encontro deles e começaram a jogar futebol. Ao terminar o jogo, Nino convidou:

— Joel, vamos para minha casa brincar?

— Gostaria muito, Nino, mas tenho que ajudar minha mãe. Nada temos em casa e ela saiu pelas ruas para pedir esmolas — disse Joel, tristonho.

Nino ficou sem fala, e Joel, com um aceno de   


mão, despediu-se dele. Voltando para casa, Nino que já estava com fome, pois era quase hora do almoço, seguia pensativo:
“Em nossa casa sobra tanta comida! Nunca passamos fome e a geladeira está recheada de coisas boas. Como deve ser difícil não ter nada para se comer!”

Então, Nino teve uma ideia e seu rosto se iluminou de alegria. Correu atrás de Joel, que não morava longe, e convidou:

— Joel, venha com sua família para almoçarem em minha casa.

— Sua mãe sabe disso? — indagou o garoto.

— Não sabe, mas não tem importância. Sempre sobra muita comida em nossa casa, pode acreditar.

— Se é assim, eu lhe agradeço, Nino, porque em nossa casa nunca temos nada para comer, só quando ganhamos. Vou avisar meus pais!

Nino sorriu e balançou a mão, despedindo-se. Correu por aquela praça e encontrou velhinhos, mulheres e crianças, sentados na calçada, de mãos estendidas, esperando ganhar uma moeda, ou um pedaço de sanduiche, ou uma fruta. Nino convidou todos eles para irem à sua casa, explicando o local.

Logo, na frente da casa de Nino estava cheia de gente, que esperava alguma coisa. Nino chegou, sorriu feliz ao ver o povo, e entrou para avisar sua mãe:

— Mamãe! Convidei algumas pessoas para almoçarem aqui em casa hoje!

— Como assim? — a mãe indagou.

— É que eles nada têm para comer, mãe, e fiquei com pena!

A mãe foi até a varanda e levou um susto ao ver tanta gente. Depois, diante da esperança e do sorriso em seus rostos, encheu-se de coragem para enfrentar a situação. Tinha bastante feijão cozido no congelador, e arroz era fácil de fazer, além de carne pronta, também congelada. Assim, teria apenas de descongelar. E ainda não faltaria uma saladinha de alface com tomates.

   
Logo, todos foram convidados a entrar, sendo levados para uma grande varanda que tinha no fundo. Acomodados da melhor maneira possível, após lavarem as mãos numa pia, sentaram-se, cheios de animação!

Era a primeira vez que recebiam o

convite para um almoço! Nino estava muito feliz ao olhar todos sentados, com os pratos que a mãe vinha trazendo e colocando à frente de cada um deles. A alegria do povo era contagiante! A mãe, ao ver todos servidos, disse:

— Podem comer! Bom apetite!

— Mamãe! Acho que deveríamos fazer uma prece, como sempre fazemos antes de comer, não é? — Nino lembrou.

— Tem razão Nino! Faça a prece você, meu filho, a quem devemos a alegria de receber todos os nossos amigos aqui em nossa casa!

E Nino, fechando os olhos, orou:

— Jesus querido! Neste dia tão abençoado que nos deste, que o teu amor se estenda por todos nós que aqui estamos. Que nada nos falte e que nossos amigos possam também sentir tua presença e teu amor! Obrigado, Senhor, pela comida que agora vamos comer!... 

MEIMEI

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 28/11/2016.)








                                                                                                           PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2108 em: 10 de Março de 2017, 19:03 »
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             Boa-tarde! queridos irmãos.




                         O menino de rua

     

Cansado de ficar dentro de casa, Celso saiu para o jardim. Gostava de ficar no portão vendo a rua, o movimento dos carros e as pessoas que passavam.

Nisso, Celso viu, do outro lado da rua, um garoto de expressão tristonha, sentado no meio-fio. Ele estava sujo, malvestido e descalço. Celso sentiu pena do menino, que teria mais ou menos a sua idade: oito anos.

Abriu o portão, atravessou a rua e foi até onde ele estava. Aproximando-se, perguntou:

— Olá! Posso sentar-me aqui com você?

O garoto levantou a cabeça para ver quem estava falando e estranhou ver um menino do seu tamanho. Ergueu os ombros, como se dissesse: Sente-se. A rua é pública!

Celso sentou-se e começou a conversar:
 
   

— Por que está tão triste?    

— Por que quer saber? — respondeu o desconhecido com outra pergunta.

E Celso estendeu o braço e apontou com o dedo:

— Está vendo aquela casa ali? É onde moro. Estava olhando a rua e vi você tão triste que não pude deixar de vir aqui. O que aconteceu?

O garoto respirou fundo e contou:

— É uma longa história. Minha mãe morreu e meu pai me abandonou. Desesperado, ele saiu pelo mundo e não sei onde está. Fui mandado para a casa de uma tia, mas passei tanta fome, sofri tantos maus-tratos, que não aguentei mais e fugi. Agora, não tenho para onde ir e fico na rua. Quando tenho fome, peço em alguma casa. Para dormir, escondo-me em algum canto, embaixo de alguma ponte ou alguma casa abandonada.

Celso estava penalizado. Nunca pensou que existissem crianças como ele sofrendo tanto!

— Não saia daí. Vou até minha casa e volto já! — disse ao garoto.

Ele fez um sanduíche, pegou um copo de leite com café e retornou para junto do menino, entregando-lhe.

Os olhos do garoto brilharam ao ver o lanche. Devorou tudo e depois agradeceu:

— Obrigado. Estava mesmo com fome! Mas, nem sei como se chama!

— Celso. E você? — e estendeu a mão ao outro, que a apertou.

— Meu nome é Luisinho! Você é legal, Celso!

Os dois puseram-se a conversar. Após algum tempo, estavam tão amigos que Celso desejava poder ajudar Luisinho. Então, pediu que ele esperasse e retornou para sua casa.

Celso tinha visto seu pai entrar em casa, após o trabalho. Então, chegando-se a ele, pediu:

— Papai, gostaria que conhecesse um amigo meu. Venha comigo!
   

O pai, mesmo cansado, concordou e acompanhou o filho. Então, Celso mostrou-lhe:

— Veja, papai! Aquele garoto ali, do outro lado da rua, precisa de ajuda!

O pai olhou o garoto sentado no meio-fio e reagiu, surpreendido:

— Mas, meu filho! Ele é um menino de rua!...

Celso, com os olhos úmidos, virou-se para o pai, considerando:

— Papai, outro dia mesmo o senhor falava de Jesus, e disse que devemos amar a todas as pessoas, porque são nossas irmãs, lembra-se?

— Você tem razão, filho. Porém, não sabemos quem é esse menino! Ele pode ter maus hábitos, pode até estar acostumado a roubar!... Como confiar em alguém que não se conhece? — respondeu o pai, abalado pelo argumento do filho.

O garoto pensou um pouco, depois voltou a ponderar:

— Papai, mas se os bons não amparam os maus, como podemos exercitar a fraternidade?

O pai, vencido pelo novo argumento do filho, emocionado pela sua grandeza de alma, abraçou-o e concordou:

— Tem razão, meu filho. Se nos consideramos cristãos, temos que agir como Jesus nos ensinou.

Atravessaram a rua e o pai de Celso conversou um pouco com Luisinho, depois o convidou:

— Luís, queremos que venha para nossa casa.

— Senhor, eu agradeço sua bondade. Mas não me conhece, nem sabe quem eu sou! — respondeu o menino, sem poder acreditar no que estava ouvindo.

Diante daquelas palavras, o pai de Celso respondeu comovido:

— Não preciso conhecê-lo para saber que é um bom menino. Ficará conosco pelo tempo que quiser. Irá à escola com Celso e terá a vida de todo garoto da sua idade. Se algum dia, você tiver notícias de seu pai e quiser ficar com ele, terá toda liberdade. Farei o que puder para ajudá-los.

Atravessaram a rua e, antes de entrar pelo portão, feliz, mas ainda indeciso, Luisinho quis saber:

— Senhor, e a mãe de Celso? Ela vai concordar?

— Tenho certeza que sim. Não se preocupe.

Entraram em casa e o pai explicou a situação à sua esposa. Ao ver o novo hóspede, ela sorriu, abraçando-o. Depois, pediu que Celso pegasse algumas roupas para Luís poder tomar banho, enquanto ela terminava de preparar o jantar.

Limpo, bem vestido e calçando tênis novos, meia-hora depois Luisinho apareceu com Celso na sala, onde a refeição seria servida. Todos estavam contentes. O pai disse ao novo morador:

— Em nome de Jesus, seja bem-vindo à nossa casa!

MEIMEI

(Recebida por Célia Xavier de Camargo, Rolândia-PR, em 19/03/2012.)








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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2109 em: 19 de Março de 2017, 07:02 »
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                         Uma verdadeira família

     

Era uma família muito especial e todos se amavam. Os pais tinham três filhos: Paulo, Rubens e Leila, e a vida corria serena. Em tudo havia união, paz e amor.

Certo dia a mãe sentiu-se diferente e, emocionada, contou aos filhos que seria mãe de novo. Eles a abraçaram com carinho, satisfeitos, porque iam ter mais um irmãozinho. Alguns meses depois nascia um lindo garoto, que recebeu o nome de Sereno. Os filhos estranharam o nome e quiseram saber a razão da escolha que o pai fizera, e pensativo ele disse:

— Não sei!... De repente senti que deveria dar esse nome ao bebê!...

Os irmãos trocaram um olhar, aceitando. Leila, mais nova, sorriu para o pai e considerou:

— Quem sabe, papai, o bebê precisa de um nome que lhe dê serenidade?

— Quem sabe, filha? — o pai sorriu, concordando.
 

Aos poucos o bebê crescia risonho e cheio de vontades. Como era o menor, davam-lhe tudo que queria, e ele se tornava cada vez mais exigente. Com o passar dos anos, tornou-se bravo e mais exigente ainda, especialmente quando não faziam sua vontade. Se desejasse um brinquedo, tinham que correr e comprá-lo, caso contrário ele jogava-se sobre os pais e irmãos, aos gritos, e batendo com os pés e as mãos:

— Eu quero! Eu quero! Eu quero!...

Nesse dia, cheia de boa vontade, Leila saiu para comprar o que ele queria. Sereno gritava tanto que ela saiu correndo para buscar o que ele pedira. Voltou e entregou-lhe o brinquedo, mas ele se jogou no chão
   

aos gritos:    

— Não era esse que eu queria! Não era esse!...

— Sereno, mas foi esse que você pediu, meu irmão!...

— Não era esse! Era de outra cor!...

— Ah!... Mas tinha acabado. Só restou este na loja, Sereno!... Está bem. Está bem... Pare de gritar. Vou procurar em outra loja. Espere!

Sereno parou de chorar e ficou esperando que a irmã lhe trouxesse o brinquedo. Mas para o pai e a mãe, aquilo foi a gota d´água. Reunida a família após Sereno adormecer, cansado de chorar e de espernear, ele lhes disse muito sério:

— Meus filhos, alguma coisa está errada na educação que estamos dando ao Sereno. Suas atitudes não são normais e não posso aceitar os gritos, socos e pontapés, com que agride vocês, meus filhos. Não podem se submeter aos ataques do Sereno. Vocês têm alguma sugestão do que podemos fazer?

— Bem. Acho que devemos orar bastante por ele, papai – sugeriu Rubens.

— E eu julgo que ele também precisa de limites! — considerou Paulo, com o que Leila concordou, completando:

— Papai! Tenho medo do que ele possa fazer! Tem horas que está irreconhecível. Só se acalma quando consegue o que quer!

Os irmãos concordaram com ela, e o pai, olhando para a mãe, que tinha os olhos cheios de lágrimas, disse:

— Entendo o medo de vocês, meus filhos. Porém, se ele renasceu em nossa família, é sinal  de que precisa ser controlado, educado. Então, resolvi que vamos tomar medidas enérgicas contra Sereno. Ele não conseguirá mais nada com choros e gritos. Se continuar a agir assim, será trancado no quarto até que se acalme. E ninguém vai interferir, entenderam?

Todos concordaram. E o pai continuou:

— Como espíritas, sabemos como agir. Assim, todas as noites, vamos orar por ele, e aplicar-lhe passes e fluidificar água para ele beber.

Naquele mesmo dia, o pai avisou Sereno de que ele não conseguiria mais nada aos berros e pontapés. Se insistisse, ficaria de castigo até se acalmar.

Assim decidido, à noite fizeram uma oração pedindo as bênçãos de Jesus para Sereno e, ao terminar, levaram o copo de água para o quarto do pequeno Sereno.

Os dias foram se passando e, ao término de quinze dias, tudo estava bem melhor. Sereno não gritava mais, não batia nos irmãos e respeitava as ordens.

Certo dia, Sereno acordou muito triste. À mesa do café, o pai perguntou-lhe o que tinha acontecido, e ele explicou em lágrimas:

— Papai, eu tive um sonho estranho! Sonhei que eu era um guerreiro muito forte e que vocês estavam contra mim. Então, ataquei vocês e os matei! Fiquei apavorado ao reconhecê-los. Sim, vocês todos estavam ali, lutando contra mim!... Mas eu era seu irmão, papai, e queria tomar “seu” castelo, papai!...

Sereno abaixou a cabeça chorando muito. Depois, enxugou os olhos e disse:

— Vocês estão com raiva de mim?
 
   

— Claro que não, meu filho! Nós o amamos muito! — disse o pai abraçando-o com amor.         

Os demais também o abraçaram, aliviados por verem a mudança em Sereno. Depois, ele enxugou os olhos e murmurou:

— Agora eu sou realmente Sereno, não é, papai? Vocês não têm raiva de mim?

— Não, meu filho querido! Nós o amamos muito. O que
aconteceu no passado não importa. Agora nós o amamos. Você é parte da nossa família!...

— Vocês me perdoam? Acho que era eu que tinha raiva de vocês. Mas agora tudo passou!...

Todos se aproximaram para abraçar Sereno, e ele correspondeu com um sorriso, sentindo-se em paz!...   

MEIMEI

(Mensagem psicografada pela médium Célia Xavier de Camargo em Rolândia, PR.)








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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2110 em: 02 de Abril de 2017, 09:17 »
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                                                                   VIVA JESUS!




             Bom-dia! queridos irmãos.





                     Mentiras, nunca mais!

 

Ricardo chegou da escola, jogou a mochila sobre uma cadeira e foi direto para a cozinha, onde sua mãe estava preparando o almoço.

— Oi, mãe!

— Olá, Ricardo! O que houve meu filho? — perguntou ao vê-lo, notando que algo não ia bem.

Com ar descontente, o garoto falou:

— Nada. Está tudo bem.

— Então por que essa carinha?

— É o Jorge, mamãe. Não aguento mais as mentiras dele!

— Tenha paciência, meu filho. Deixe que a própria vida ensine o Jorge que não deve mentir. A verdade sempre aparece.

— Eu sei, mamãe, mas não suporto mais ouvir tantas mentiras. Sabe o que ele disse hoje? A professora perguntou sobre as famílias dos alunos e ele contou que seu pai é um homem muito rico, que eles moram numa bela casa e que têm um carro último tipo! Mas sei que tudo isso é mentira! Tenho vontade de desmascará-lo perante a classe.

Dona Flora fitou o filho na sua indignação dos oito anos e afirmou:

— Mentir é muito feio, mas certamente o Jorge não faz por mal, meu filho. Além disso, ele não tem só defeitos. Todos nós temos qualidades e defeitos. Ele também deve ter qualidades, como todo mundo. Vamos ver: O que você acha que ele tem de bom?

Ricardo pensou... pensou... e respondeu, surpreso:

— Não sei. Nunca reparei!

— Aí está, meu filho. Você só viu o lado negativo do Jorge. Comece a observá-lo e descobrirá qualidades nele. Depois



voltaremos a conversar, está bem?   
O menino concordou.

No dia seguinte, lembrou-se do que conversara com a mãe e começou a prestar atenção no colega. Logo, na entrada, viu um garotinho que, apressado, derrubou todo o material no chão. Jorge correu e, abaixando-se, recolheu os objetos do menino.

“Ponto para o Jorge” — pensou Ricardo. Na hora do recreio, uma menina caiu e começou a chorar. Os colegas acharam graça e caíram na risada. Jorge, porém, aproximou-se e ajudou-a a se levantar, perguntando com delicadeza:

— Machucou? Venha. Vou levá-la para fazer um curativo.

— Não foi nada. Obrigada, Jorge.

Bateu o sinal e voltaram para a sala. Quando terminou a aula, Ricardo continuava observando o colega. Viu quando um garoto disse não ter entendido nada da aula de matemática. Jorge, prontamente, ofereceu-se para ajudá-lo.

   
— Mais tarde passo na sua casa e lhe explico a matéria. Verá como é fácil. Logo você estará entendendo tudo.

Ricardo estava cada vez mais surpreso. Chegou em casa e sua mãe perguntou:

— E então? Fez o que combinamos?

— Mamãe, você tinha razão! Ele é delicado, generoso, gentil, prestativo...
 

— Nossa! Tudo isso você percebeu num único dia?
— É. Como o julguei mal! Reconheço que estava errado.

E contou para a mãezinha tudo o que tinha visto durante aquele período na escola, e terminou dizendo:

— Sabe que até as mentiras dele nem me incomodam mais?

— Acredito, meu filho. É que o defeito da mentira tornou-se algo pequeno diante das qualidades dele. Só lamento porque, algum dia, ele vai sofrer por isso.

Uma semana depois, estavam na aula quando alguém bateu à porta. Era um homem simples, aparência de operário, com um embrulho pequeno nas mãos. Timidamente, pediu licença e entrou.

— Bom dia, professora. Sou o pai do Jorge. Estava atrasado para o serviço, mas percebi que ele tinha esquecido o lanche e vim trazê-lo. Aqui está.

Jorge, vermelho de vergonha, se encolhia na carteira tentando passar despercebido. Mas não teve jeito. Foi obrigado a levantar-se e ir buscar o lanche que o pai trouxera.

O homem agradeceu e despediu-se. Jorge não tinha nem coragem de olhar para os lados, humilhado, percebendo risadinhas abafadas.

Ricardo, condoído da situação do colega, virou-se para ele e disse, em voz alta:

— Gostei muito do seu pai, Jorge. Ele é muito simpático e demonstrou que se preocupa com você. Embora atrasado para o serviço, lembrou-se do filho. Parabéns!

Os demais, vendo a atitude de Ricardo, começaram a mudar de conduta, concordando com ele. Alguém perguntou:

— O que seu pai faz?

— Ele é pedreiro. Trabalha para uma grande construtora — respondeu Jorge, ainda envergonhado, porém agora mais à vontade.

— Pedreiro?!... É ele que ajuda a construir casas e aqueles prédios enormes? — indagou uma menina.

— É, sim. Meu pai muitas vezes trabalha lá no alto dos prédios. E não tem medo!

— Puxa! Mas então ele deve ser muito corajoso!

— Como ele é importante! — exclamou outro garoto, prosseguindo: — Sabe, professora, vi outro dia no jornal da televisão que caiu um prédio e muitas pessoas morreram e outras perderam tudo o que tinham. É preciso poder confiar nas pessoas que constroem os prédios!

— Isso mesmo. Todos têm que ter responsabilidade diante do que estão fazendo. Tanto os engenheiros que fazem as plantas, quanto os que trabalham na construção.

A conversa generalizou-se de forma amiga e agradável. Enquanto os outros conversavam, Jorge trocou com Ricardo um olhar agradecido.

Na saída, Jorge aproximou-se de Ricardo.

— Obrigado, amigo. Tirou-me de uma situação difícil. Porém hoje aprendi uma lição. Mentiras, nunca mais. Não vale a pena. Além disso, você me fez entender uma coisa importante.

— O quê?

— Que devo ter orgulho do meu pai.

— É isso aí! Amigos?

— Amigos!

— Aceita almoçar em casa hoje? Quero apresentá-lo à minha mãe. Ela tem muita vontade de conhecer você.

— Verdade? Por quê?

— Porque agora eu o admiro muito.

Emocionados, ambos se abraçaram como verdadeiros amigos.

                                                        TIA CÉLIA







                                                                                                              PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2111 em: 10 de Abril de 2017, 09:18 »
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             Bom-dia! queridos irmãos.





                     Tucumim, o indiozinho


Tucumim era um pequeno índio muito estimado em toda a floresta. Gostava de correr, brincar com os animais, pescar. Caçar só quando estava com muita fome, pois evitava provocar sofrimento em outros seres da Criação. Alimentava-se geralmente de raízes, ervas ou frutos silvestres que colhia no meio do mato.

Amava o sol, a lua, o vento, a chuva e, princi-palmente, as outras criaturas. Quando encontrava um animalzinho ferido, não descansava enquanto não visse o bichinho curado.

Certa vez, voltando de um passeio pela floresta, Tucumim viu um passarinho preso numa arapuca, com a asinha quebrada. Retirou a ave da arapuca e colocou uma pequena tala, que amarrou com fibra



vegetal, para imobilizar a asa. Em poucos dias a avezinha, já curada, partiu, agradecendo ao amigo com lindos trinados pela alegria de poder voar novamente.

Nesse mesmo dia, andando à procura de raízes comestíveis, Tucumim topou com um coelhinho, seu amigo, que estava numa armadilha com a pata machucada. O indiozinho colocou sobre o ferimento uma pasta feita com ervas, conforme lhe ensinara seu avô, e, em pouco tempo, o coelhinho saiu pulando. Antes de internar-se na floresta, ele se virou como a dizer:

— Obrigado, Tucumim. Você é um amigão!

Na manhã seguinte, quando foi pescar, Tucumim ouviu gemidos de dor. Era uma oncinha caída num buraco preparado como armadilha e que, na queda, se tinha machucado. Incansável, Tucumim fez um curativo na ferida e logo a oncinha corria feliz pela floresta, muito agradecida pela ajuda.

Tucumim, porém, estava preocupado. Quem estaria colocando aquelas armadilhas na floresta e tirando a paz de seus habitantes? Sentiu medo. Seu avô lhe dissera sempre que deveria ter muito cuidado com o homem branco, que era mau e matava sem piedade, pelo prazer de matar.

Por isso, Tucumim tinha muito medo dos homens brancos. Na verdade, nunca tinha visto um homem branco. Imaginava-os gigantescos e de fisionomia terrível e assustadora. Assim, ao encontrar pegadas diferentes no chão, concluiu que só poderiam ser de homem branco e ficou apavorado.

Contou na aldeia o que estava acontecendo e todos os índios ficaram assustados também. Resolveram sair e procurar essa criatura malvada que estava colocando em pânico os moradores da mata.

Procuraram... procuraram...

Estavam cansados de andar quando ouviram uma voz que gritava:

— Socorro! Socorro! Tirem-me daqui!...

Seguindo o som da voz, chegaram até a beira de um grande buraco, no fundo do qual um homem gemia de dor.

Apesar de assustados, os índios, de arco e flecha em punho, gritavam satisfeitos:

— Nós o apanhamos! Nós o apanhamos! Vamos acabar com ele!

Porém, Tucumim, que possuía um coração bondoso e sensível, ao ver aquela criatura gemendo de dor, condoído pensou: “Mas ele não tem a aparência terrível e assustadora que eu imaginava. É igualzinho a nós. Só a roupa é diferente.”

Virando-se para seus irmãos da tribo, falou:

— Não podemos matá-lo. Não percebem que é uma criatura como nós, que sofre e chora? Vamos, ajudem-me a tirá-lo do buraco. Está ferido e precisando de ajuda.

Com o auxílio de um cipó, os índios retiraram o caçador com todo o cuidado, colocando-o sobre a relva, à sombra de uma árvore.   

Emocionado, o caçador não parava de agradecer:

   
— Se não fossem vocês, provavelmente eu morreria dentro daquele buraco. Não sei como lhes agradecer. Percebo agora o mal que fiz colocando todas aquelas armadilhas na floresta. Acabei caindo numa delas e agradeço a Deus por vocês terem-me salvado. Como posso retribuir o bem que me fizeram?

Tucumim, porta-voz de toda a tribo, respondeu:

— É fácil. Não coloque mais armadilhas na floresta. Deixe os animais em paz.

O caçador, envergonhado, concordou:

— Nunca mais farei isso, prometo. Agora sei que tive o que merecia. Cada um é responsável por tudo o que faz, e eu mereci essa lição. Perdoem-me. Quero que sejamos amigos.

Percebendo a sinceridade do homem, os índios estenderam-lhe as mãos em sinal de amizade e depois o levaram para a taba.

Nesse dia prepararam uma grande festa para comemorar o acontecimento.

Afinal, todos somos irmãos!

TIA CÉLIA







                                                                                                              PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2112 em: 21 de Abril de 2017, 05:30 »
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              Bom-dia! queridos irmãos.





                       Lindo exemplo de um cavalinho fiel

 

Em um sítio muito agradável vivia um potrinho. Ali ele tinha tudo o de que precisava: corria pelos campos, onde tinha comida à vontade e, quando estava com sede, bebia água num regato cristalino. À noite, recolhia-se à cocheira e dormia tranquilo. 

Certo dia, porém, morreu o velho cavalo que puxava a carroça, ao levar o dono à vila, quando ele precisava transportar produtos que colhia na



horta, e o patrão resolveu colocá-lo nesse serviço. 
Mandou o empregado buscá-lo no campo, e atrelá-lo à carroça, depois disse: 

— Meu cavalinho, você já está bem crescido e vai começar a trabalhar.

Embora fosse animal de raça, como era dócil, ele aceitou sem reclamar. Afinal, nunca tinha saído do sítio, e agora ia conhecer outras pessoas, outros lugares, talvez mais bonitos!

Mas logo percebeu que não era bem assim. 

Sua vida mudou bastante. Agora ele não podia mais correr pelos campos, livre, sob o sol que brilhava lá em cima no céu. Acordava de madrugada, comia no cocho e bebida água numa vasilha suja. O empregado colocava-lhe os arreios, prendendo-o aos varões da carroça. Depois de tudo pronto, o dono subia e, com modos rudes, gritava ordens, estalando o chicote em seu lombo, para que começasse a andar.

— Eia!... Vamos lá, seu preguiçoso! A caminho!...

Quando ele puxava as rédeas, os arreios lhe feriam a boca, e as correias machucavam seu corpo. No entanto, o cavalinho não reagia, pondo-se a caminhar mais depressa.   

Agora sentia o peso da carroça carregada. Depois, ao voltar, ficava sob o peso de carga ainda pesada, transportando as compras feitas pelo dono.

Com o passar do tempo, começou a ficar triste. Sentia muita dor, pois seu corpo agora estava sempre cheio de feridas. Mas, apesar de tudo, do tratamento que recebia, ele gostava do seu dono.

Certo dia, eles foram à vila e o senhor demorou muito a voltar. Pacientemente, o cavalinho aguardava seu amo em uma rua, sem comida e sem água.

Já era muito tarde e o homem não chegava. De repente, o cavalinho viu seu dono que se arrastava pela rua parecendo estar muito mal. Depois, ele caiu e não se levantou mais. 

O cavalinho começou a lutar para soltar os arreios que estavam presos num pequeno poste de madeira. Até que, depois de muito esforço, acabou conseguindo. 

Correu para perto do amo, mas, por mais que lambesse seu rosto, que o empurrasse com o focinho, ele não se mexia.

O cavalinho resolveu levá-lo para casa. O sítio não ficava longe e, com boa vontade, conseguiria. Então, agarrou-o com os dentes fortes, puxando-o pela roupa. O esforço era grande, mas o valente cavalinho não desistiu. Quando estava muito cansado, ele parava; depois, prosseguia; parava de novo e prosseguia...

Vencendo pouco a pouco a distância, após horas eles chegaram ao sítio. Assustada, a mulher do dono veio correndo saber o que tinha acontecido.

Ao ver o marido desacordado e o cavalinho preso à carroça, com as pernas trêmulas de cansaço, entendeu tudo.

— Você andou bebendo de novo, não é? Quando é que vai aprender que bebida só faz mal? Veja seu estado!...

Aproximando-se do valente animal, fez-lhe um afago e disse:

— Obrigada, cavalinho! Você mostrou que é muito inteligente, corajoso e fiel.

Depois, ela tirou-lhe os arreios, deixando-o livre.

Chamou o empregado e juntos levaram o homem para casa. Ao chegar à cocheira, o cavalinho caiu de tanto cansaço. O empregado trouxe-lhe comida e água à vontade.

   
Quando o amo recuperou-se da bebedeira, foi até a cocheira e, ao ver seu cavalinho, que já fora um belo animal e agora estava todo ferido, com o pelo sujo e sem brilho, encheu-se de piedade. 

— Meu cavalinho, fui muito injusto com você, colocando-o para puxar carroça. E você ajudou-me, preocupando-se comigo e trazendo-me com muita dificuldade para casa. Perdoe-me!

Apesar dos meus maus-tratos, provou que gosta de mim, e lhe serei eternamente grato por isso.
O amo abraçou o cavalo, que o ouvia de cabeça baixa, e concluiu:

— A partir de hoje você está livre. E prometo-lhe que não colocarei mais nenhum animal para puxar a carroça. Vou comprar uma caminhoneta para fazer esse serviço.

O cavalinho, de olhos úmidos, aproximou-se do amo e lambeu suas mãos, mostrando seu agradecimento. 

                                                         MEIMEI
 

(Recebida por Célia X. de Camargo, Rolândia-PR, em 8/7/2011.)








                                                                                                               PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2113 em: 03 de Maio de 2017, 08:59 »
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             Bom-dia! queridos irmãos.





                    Era uma vez uma
baleia azul...

 

Ela nasceu grande e forte. Desde recém-nascida era muito maior do que os outros habitantes das profundezas do oceano. Afinal, era um baleia. Uma linda baleia azul!

Mas Balofa, como seus amigos peixes a chamavam, não conseguia brincar e se divertir como todos os outros seres do mar, por causa do seu tamanho.

Com o passar do tempo, como só conseguisse brincar com as outras baleias iguais a ela, começou a desenvolver dentro de si um enorme desprezo pelas outras criaturas, fossem peixes, moluscos ou crustáceos.



Considerava-os pequenos e insignificantes, e o orgulho pelo seu tamanho e beleza tomou conta do seu coração.

Quando eles se aproximavam querendo brincar, ou apenas conversar, ela respondia altaneira:

— Não se enxergam? Vejam o meu tamanho e vejam o de vocês! Vão procurar sua turma que eu tenho mais o que fazer.

E como muitos seres do mar se afastassem à sua aproximação temendo ser esmagados por ela, Balofa acreditou-se verdadeiramente invencível e autossuficiente, afirmando convicta e cheia de orgulho:

— Eu sou forte e poderosa. Não preciso de ninguém!

Certo dia, contudo, passeando com sua mãe, afastou-se do cardume encantada com a beleza de alguns corais que vira ao longe.

Aquela região era absolutamente desconhecida para ela.

Não se preocupou, porém. Era grande e sabia defender-se. Não havia morador das profundezas do mar que pudesse vencê-la. Quanto ao caminho de casa, logo o encontraria. Era só questão de tempo. Com sua inteligência e sua força não tinha medo de nada.

Assim pensando, Balofa percorreu enormes distâncias sem saber para que lado estava indo. Já estava cansada quando, sem perceber, aproximou-se muito de uma praia e ficou presa num banco de areia. Lutou bastante, debateu-se, suplicando ajuda:

— Socorro! Socorro! Estou presa e não posso sair! Socorro! Acudam!

Mas, qual! Aquela era uma praia quase deserta e dificilmente passava alguém.

   
Havia horas que estava fora da água, sob um sol muito forte. Exausta de lutar, sentia-se cada vez mais fraca. Ninguém atendia às suas súplicas e a pobre baleia azul pensou que era o fim. Morreria ali, sem socorro e longe da família.

Chorou, chorou muito. Desesperou-se e compreendeu, finalmente, que não era tão autossuficiente como sempre acreditara e que o seu tamanho, aquele enorme corpo do qual sempre se orgulhara, era justamente a razão de estar presa no banco de areia.

Com lágrimas nos olhos, lamentava-se:
 

— Ah! Se eu fosse pequenina como os outros peixes, não estaria agora nesta situação.

Meditou bastante e decidiu que, se conseguisse salvar-se, seria diferente e não desprezaria mais ninguém. Deixaria de ser tão orgulhosa e faria amizade com todo mundo.

Algumas horas depois passou um garoto pela praia. Vendo-a, gritou encantado:

— Uma baleia azul! E parece que está encalhada, pobrezinha. Vou buscar ajuda.

Se fosse em outra época, Balofa reviraria os olhos com desprezo, não acreditando que uma criatura tão insignificante pudesse ser de alguma utilidade. Agora, porém, era diferente. Agradeceu a Deus pelo auxílio que lhe mandava na pessoa de uma criança tão pequena.

Logo depois o menino voltou com o pai e algumas pessoas das redondezas. Com grande



esforço, aproveitando a subida da maré, conseguiram finalmente soltar Balofa, que sumiu nas águas, toda feliz.

Um pouco adiante, encontrou sua mãe, muito preocupada, que a procurava sem descanso. Ufa! Que alívio!

Naquele dia, no fundo do mar houve grande festa, e os peixes ficaram admirados de serem convidados por Balofa. E, mais ainda, de serem recebidos com muito carinho e atenção pela linda baleia azul, toda sorridente e gentil.

TIA CÉLIA







                                                                                                              PAZ, MUITA PAZ!


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Re: A magia do conto infantil
« Responder #2114 em: 13 de Junho de 2017, 09:28 »
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              Bom-dia! queridos irmãos.





                      Ajuda espiritual


 
Beto chegou cansado à sua casa após as aulas. Sentou-se na sala, jogou a mochila no chão e espalhou-se sobre uma poltrona, exausto. Fechou os olhos e relaxou o corpo.



De repente, ouviu um barulho na sala. Era sua mãe procurando alguma coisa. Vendo o filho que chegara, ela indagou:
— Oi, filho! Chegou agora?
— Cheguei, mamãe. E estou muito, mas muito cansado mesmo! Hoje o dia foi de acabar com a gente! O que está procurando, Dona Judite? — indagou ele, brincando com ela, como ela sempre fazia quando estava brava ou preocupada.
— Um documento de que preciso muito e que não acho de jeito nenhum! Se não achá-lo, não sei o que vou fazer!...
Vendo a mãe tão preocupada, Beto respirou fundo, enchendo-se de coragem e levantou-se da poltrona, pondo-se a procurar também o tal papel. Da sala foram para os quartos, depois para a sala de jantar e, em seguida, para um lugar que tinham como “o lugar da bagunça”.
Nada feito. Não acharam. Olhando o relógio, a mãe achou melhor parar de procurar e ir fazer o jantar. Beto respirou fundo, agradecido. Não aguentava mais de tanto procurar, além do cansaço das aulas! Ufa! Ainda bem que a mãe desistiu de procurar.
Exausto, contra seus hábitos, Beto jantou e foi dormir. Gostava de ver televisão ou ler um livro antes de dormir. Mas, naquela noite, caiu na cama, fechou os olhos e adormeceu logo.
Mais tarde, ele acordou, deixou o leito e foi até a cozinha buscar um copo de água, pois estava com muita sede. Naquele momento, viu seu avô Felício, já desencarnado, que entrou na cozinha sorridente:
— Oi, meu neto querido! Tudo bem?
— Tudo bem, vovô Felício! Que bom o senhor estar aqui! Minha mãe está procurando um documento de que precisa muito e não achamos! Fiquei com pena dela, vovô! Ela está muito preocupada!
 
    
O avô Felício, que estava ali perto, disse:
— Beto, diga a sua mãe que o documento está guardado no armário do quarto que eu usava. Entendeu? Vou-lhe mostrar. Venha comigo!
E levou o neto até o quarto que ele ocupava enquanto estava encarnado. Abriu um armário e, num canto, junto com outras coisas, estava o documento tão importante, numa pasta verde.
— Então, avise sua mãe onde está o documento. Não esqueça, Beto!
— Não vou esquecer, vovô.
Eles se abraçaram e o avô foi embora satisfeito.
Na manhã seguinte, Beto acordou e levantou-se para ir à escola. Teve a sensação de ter tido um sonho com o avô Felício, mas achou que era bobagem. Ao entrar na copa para tomar café da manhã, viu a mãe e se lembrou:
— Mamãe! Esta noite eu tive um sonho com o vovô Felício!
— É mesmo? Como ele está?
— Muito bem. Parece até mais novo!
— E o que ele lhe disse?
— Nada. Conversamos alguma coisa, mas nada de importante!
De repente, ao pensar no que dissera, Beto levou a mão à testa, lembrando:
— Mamãe, era importante sim! O vovô veio me mostrar onde está o documento de que a senhora precisa!
— Você está brincando, Betinho?!...             
— Não, mamãe! É verdade! E eu sei onde está guardado o documento! Está numa pasta verde?
— Está sim! Onde? — indagou a mãe, mais animada.
— Venha comigo que eu lhe mostro, mamãe.
A mãe o acompanhou até o quarto que o avô ocupava enquanto encarnado. Beto abriu um armário e pegou a pasta verde, mostrando à mãe onde estava o documento.
— Graças a Deus! Bem que eu pedi ao meu pai que me ajudasse a encontrar o tal documento. Ele ouviu minhas preces! Obrigada, papai! — disse beijando o papel já amarelo.
— Você viu, mamãe?!... O vovô Felício estava preocupado em ajudá-la. E nós conversamos bastante. Ele disse-me que está muito bem e, sempre que pode, vem-nos visitar.
Naquela manhã quando todos acordaram, a mãe contou ao marido o que tinha acontecido, e no café da manhã fizeram uma prece de agradecimento ao vovô que tanto os ajudara através do sonho de Beto.
Nunca mais eles duvidaram da Vida Espiritual e de que nossos entes queridos, quando estão em condições de ajudar, estão sempre por perto, amparando-nos com muito amor.
 
MEIMEI
 
(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em 3/4/2017.)









                                                                                                              PAZ, MUITA PAZ!


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