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Autor Tópico: Abrindo as Portas do Infinito  (Lida 39517 vezes)

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Offline Marianna

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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #165 em: 18 de Setembro de 2015, 22:16 »
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* 2920-1920x1080.jpg (22.46 Kb - transferido 368 vezes.)
   

  O Mistério da Morte

  A morte é o grande mistério que tem ensombrado as gerações, a esfinge devoradora das almas, o titã invencível, o hiante absorvedor de todas as luzes, o obscurecedor das inteligências, o indecifrável enigma das religiões.

Não foi sem razão que o Apóstolo Paulo, o doutor dos gentios, disse:
▬  "Que o maior e o mais terrível inimigo que teríamos de vencer, era a morte".

Quando a pusermos sob o tacão das nossas botas, poderemos, então, entoar o grande hino da vitória:

  Ó morte! onde está teu aguilhão?
  Ó morte! onde está tua vitória?

  Pois bem, esse mistério, indecifrável para as religiões; esse inimigo que os sacerdotes não ousaram enfrentar; essa esfinge que causa pavor aos crentes de todas as Igrejas, que se limitam a cantar para as suas vítimas o De profundis, é que o Espiritismo veio enfrentar e desvendar, mostrando-se já vitorioso na grande luta.

  O que é a morte? 
  Como se produz ela?
  Quem poderá responder a estas terríveis interrogações?
  Qual nos dá, positivamente, a solução para este mistério?
  Qual a ciência, a filosofia, a religião capaz de enfrentar essa questão?
  No que consiste esse fenômeno, que muitos julgam ser o aniquilamento da vida?

O Espiritismo, mas tão somente o Espiritismo, exclusivamente o Espiritismo! Para saber o que se passa no momento da morte, como se desenrola esse fenômeno, podemos recorrer à descrição de muitos clarividentes, que observaram a crise da morte, assistindo a moribundos.

  Vamos reproduzir os testemunhos de alguns deles. O mais notável de todos foi um grande cultor do Espiritismo em seus primórdios, e que nos legou obras de inestimável valor:
▬  Andrew Jackson Davis. Essas obras, publicadas em inglês, constam de cinco volumes, que se vendem separadamente e encerram cada um, uma especialidade:

  O Médico,
  O Vidente,
  O Pensador,
  O Professor,
  E O Reformador.

Nesta última é que se encontram as pesquisas de Jackson Davis, "no leito da morte". Davis era dotado de poderosos dons psíquicos e duma espécie de segunda-vista, que se denomina clarividência; além de tudo possuía grandes conhecimentos médicos.

▬  Eis alguns trechos do seu livro O Vidente:

  A morte é uma modificação - não da personalidade, mas da constituição dos princípios superiores do ser humano.

Tudo quanto vive se transforma, e cada transformação é acompanhada de uma morte aparente; nunca, porém, há extinção de vida ou destruição de um princípio material ou espiritual no Universo.

  Assim, se modifica ou se desenvolve um germe qualquer, oculto na Terra; morreu sua forma primitiva e seu modo de existência aparente; porém, depois dessa morte aparente, brota do germe uma nova organização ou um novo corpo.

As minhas faculdades de vidente permitiram-me estudar o fenômeno psíquico e fisiológico da morte à cabeça ira duma agonizante. Era uma senhora de cerca de sessenta anos, a quem frequentemente eu prestara cuidados médicos.

▬  "Quando soou a hora da morte, achava-me eu, felizmente, em perfeito estado de saúde, o que permitia o pleno exercício de minhas faculdades de vidente".

Coloquei-me de modo a não ser visto ou interrompido nas minhas observações psíquicas, e pus-me a estudar os misteriosos processos da morte.

  Vi que a organização física não podia mais bastar às necessidades do princípio intelectual; diversos órgãos internos pareciam, porém, resistir à partida da alma. O sistema muscular procurava reter as forças motrizes.

O sistema vascular debatia-se para reter o princípio vital; o sistema nervoso lutava quanto podia para impedir o aniquilamento dos sentidos físicos; e o sistema cerebral procurava reter o princípio intelectual.

  O corpo e a alma, como dois esposos, resistiam à separação absoluta.
▬  Estes conflitos internos pareciam, a princípio, produzir sensações penosas e perturbadoras.

Foi com satisfação que percebi que tais manifestações físicas indicavam - não a dor ou o sofrimento, mas apenas a separação da alma do organismo.

  Pouco depois, a cabeça ficou cercada duma atmosfera brilhante; em seguida, de repente, vi o cérebro e o cerebelo estenderem suas partes interiores e suspenderem o exercício de suas funções galvânicas, tornando-se saturados de princípios vitais de eletricidade e magnetismo, que penetravam nas partes secundárias do corpo.

Por outras palavras:
▬  "O cérebro e o cerebelo estenderam suas partes interiores para além do estado normal".

Esse fenômeno precede invariavelmente à dissolução física:
▬  "Constatei, depois, o processo por meio do qual o Espírito se destaca do corpo.

  O cérebro atraiu os elementos de eletricidade e de magnetismo, movimento, vida e sensibilidade espalhados em todo o organismo.

A cabeça como que se iluminou, e, ao tempo que as extremidades do corpo se tornavam frias e obscuras, o cérebro tomava um brilho particular.

  Em torno dessa atmosfera fluídica, que cercava a cabeça, vi formar-se outra cabeça, que se desenhou cada vez mais nitidamente. Tão brilhante era, que eu mal podia fitá-la, à medida, porém, que ela se condensava, desaparecia a atmosfera brilhante.

Deduzi daí que esses princípios fluídicos que tinham sido atraídos pelo cérebro, de todas as partes do corpo, e eram, então, eliminados sob a forma de atmosfera particular, antes se achavam somente unidos, segundo o princípio superior de afinidade do Universo, que se faz sempre sentir em cada parcela da matéria.

Com surpresa e admiração, segui as fases do fenômeno:
▬  "Do mesmo modo porque a cabeça fluídica se desprendera do cérebro, vi formarem-se, sucessivamente, o pescoço, os ombros, o tronco, enfim, o conjunto do corpo fluídico".

  Tornou-se evidente, para mim, que as partes intelectuais do ser humano são dotadas duma afinidade eletiva que lhes permite reuniram-se no momento da morte. As deformidades e os defeitos do corpo físico tinham, quase inteiramente, desaparecido do corpo fluídico.

Enquanto esse fenômeno espiritualista se desenvolvia diante das minhas faculdades particulares, aos olhos materiais das pessoas presentes no quarto, o corpo da moribunda parecia experimentar sintomas de sofrimento.

  Os quais eram fictícios, pois, apenas provinham da partida das forças vitais e intelectuais, que se retiravam de todo o corpo para se concentrarem no cérebro e, depois, no organismo novo.

O Espírito (ou inteligência desencarnada) elevou-se verticalmente acima da cabeça do corpo abandonado; porém, antes da separação final do laço, que por tanto tempo reuniu as partes intelectuais e materiais, vi uma corrente de eletricidade vital formar-se sobre a cabeça da moribunda e sob o novo corpo fluídico.

  Deu-me isto a convicção de que a morte é apenas um renascimento do Espírito, que se eleva dum grau inferior a um estado superior, e que o nascimento duma criança neste mundo e a formação dum Espírito no outro, são fatos idênticos.

Nada realmente faltava no fato que eu observava para que o símile fosse completo, nem mesmo o cordão o umbilical, que era figurado por um laço de eletricidade vital.

Por algum tempo subsistiu esse laço entre os dois organismos:
▬  "Descobri então (o que não notara ainda nas minhas investigações psíquicas) que uma pequena parte do fluido vital voltava ao corpo material, logo que o cordão ou liame elétrico se quebrava".

  Este elemento fluídico, ou elétrico, espalhando-se por todo o organismo, impedia a dissolução imediata do corpo.

Não é prudente enterrar o corpo antes de começar a decomposição. Muitas vezes, antes da inumação, o cordão umbilical fluídico, de que falei, ainda não está quebrado.


   



« Última modificação: 05 de Março de 2016, 00:06 by Marianna »
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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #166 em: 18 de Setembro de 2015, 22:18 »
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  E por isso que pessoas que parecem mortas voltam à vida no fim de um ou dois dias e narram as sensações que experimentaram. Esse estado foi denominado letargia, catalepsia, etc.

Quando, porém, o Espírito é detido no momento em que deixa o corpo, raramente se recorda que se passou.

  Este estado de inconsciência pode parecer semelhante ao aniquilamento, quando observado superficialmente, e , muitas vezes, se recorre ao argumento que resulta dessa como que obliteração momentânea da memória, para negar a imortalidade da alma.

Logo que se desprendeu dos laços tenazes do corpo, o Espírito da pessoa que eu observava, constatei que o seu novo organismo, fluídico, era apropriado ao seu novo estado, mas que o conjunto se assemelhava à sua aparência terrestre.

  Não pude saber o que se passava na inteligência que revivia; observei, porém, a sua calma e a profunda admiração que lhe causava a dor daqueles que choravam em volta do seu corpo.

Pareceu-me que compreendeu, por fim, que essas pessoas ignoravam o que realmente se passara:
▬  "As lágrimas e as lamentações excessivas dos parentes e amigos, só provêm do ponto de vista falso em que se coloca a maioria dos homens, isto é, da crença materialista de que tudo finaliza com a morte do corpo".

  Pelas minhas experiências, posso afirmar que, quando a pessoa morre naturalmente, nenhuma sensação penosa experimenta o Espírito.

O período de transformação, que acabo de transcrever, dura cerca de duas horas, tempo que não é o mesmo para todos os entes humanos.

  Se pudésseis ver com os olhos psíquicos, perceberíeis, perto do corpo rijo, uma forma fluídica tendo a mesma aparência que o ente humano que acaba de morrer; porém, essa forma é mais bela e está como que animada de uma nova vida mais elevada.

Este testemunho seria suficiente para fazer desaparecer nossas apreensões e nos revelar, com clareza singular, o mistério da morte.

  Mas vamos aproveitar a oportunidade para apresentar aos leitores mais dois testemunhos admiráveis de pessoas honradas e dotadas das mesmas faculdades mediúnicas.

▬  A primeira é o de Mrs. Florence Marryat, que escreve o que segue no seu livro The Spirit World (O Mundo dos Espíritos)

  Conto, entre os meus caros amigos, uma jovem, pertencente à alta classe da aristocracia, dotada de maravilhosas faculdades mediúnicas. Teve ela, há alguns anos, a infelicidade de perder sua irmã mais velha, então com vinte anos, em conseqüência de uma forte pleurisia.

Edith (designarei por este nome a jovem médium), não quis afastar-se um só instante da cabeceira de sua irmã, e, aí, em estado de clarividência, pôde assistir ao processo de separação do Espírito, da parte material.

  Contavam e ela que a pobre doente, em seus últimos dias de vida terrestre, tinha-se tornado inquieta, sobre-excitada, delirante, voltando-se, incessantemente, no leito, e pronunciando palavras sem sentido.

Foi então que Edith começou a perceber uma espécie de ligeira nebulosidade, semelhante à fumaça que, condensando-se gradualmente acima da cabeça, acabou por assumir as proporções, as formas e os traços da irmã. moribunda, de modo a se lhe assemelhar por completo

  Essa forma flutuava no ar, a pouca distância da doente. "A medida que o dia declinava, a agitação da enferma minorava, sendo substituída, à tarde, por prostração profunda, precursora da agonia.

Edith contemplava, avidamente a irmã:
▬  O rosto tornara-se lívido; o olhar se lhe obscurecera, mas, ao alto, a forma fluídica purpureava-se e parecia animar-se gradualmente com a vida que abandonava o corpo.

  Um momento depois, a moça jazia inerte e sem conhecimento sobre os travesseiros, mas a forma transformara-se em Espírito Vivo. Cordões de luz, no entanto, semelhantes a florescências elétricas, ligaram-se ainda ao coração, ao cérebro e aos outros órgãos vitais.

Chegando o momento supremo, o Espírito oscilou algum tempo de um lado para outro, para vir, em seguida, colocar-se ao lado do corpo inanimado: ele era, em aparência, muito fraco e mal podia suster-se.

  E enquanto Edith contemplava esta cena, eis que se apresentaram duas formas luminosas, nas quais reconheceu seu pai e sua avó, mortos ambos nessa mesma casa.

Aproximaram-se do Espírito recém liberto, romperam os cordões de luz que o ligavam ainda ao corpo e, apertando-o nos braços, dirigiram-se à janela e desapareceram.

  O outro testemunho é a de William Stainton Moses, pastor da Igreja Anglicana e um dos mais célebres médiuns.

Eis o que ele publicou na Revista Inglesa Light:
▬  Tive, recentemente, e pela primeira vez na vida, ocasião de estudar os processos de transição do Espírito. A prendi tantas coisas dessa experiência, que me louvo por ser útil a outros, contando o que vi... Tratava de um próximo parente meu de quase 80 anos...

  Eu tinha percebido, por certos sintomas, que o seu fim estava próximo, e corri para preencher meu triste e último dever. Graças aos meus sentidos espirituais, podia verificar que, em torno e acima de seu corpo, se formava a aura nebulosa com a qual o Espírito devia preparar o seu corpo espiritual.

E percebia que ela ia aumentando de volume e densidade, posto que submetida a maiores ou menores variações, segundo as oscilações experimentadas na vitalidade do moribundo.

  Pude, assim, notar que, por vezes, um ligeiro alimento tomado pelo doente, ou uma influência magnética desprendida por pessoa que dele se aproximava, tinha como resultado avivar momentaneamente o corpo.

A aura parecia, pois, continuamente em fluxo e refluxo. Assisti a esse espetáculo durante doze dias e doze noites e, se bem que ao sétimo dia já o corpo tivesse dado sinais da sua iminente dissolução, a flutuação da vitalidade espiritual, em via de exteriorização, persistia.

  Pelo contrário, a cor da aura tinha mudado, essa última tomava, além disso, formas cada vez mais definidas, à medida que a hora da libertação se aproximava para o Espírito.

Vinte e quatro horas, somente, antes da morte, quando o corpo jazia inerte, foi que o processo da libertação progrediu. No momento supremo vi aparecer em formas de "anjos de guarda", que se chegaram ao moribundo, e, sem nenhum esforço, separaram o Espírito do corpo consumido.

  Quando, enfim, se quebraram os cordões magnéticos, os traços do defunto, nos quais se liam os sofrimentos experimentados, serenaram completamente e se impregnaram de inefável expressão de paz e de repouso.

A morte, como se vê, nada mais é que uma crise, mudança para um outro estado, uma passagem da vida matéria para a vida do Espírito, das trevas para a luz, da aparência para a realidade.




« Última modificação: 05 de Março de 2016, 00:12 by Marianna »
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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #167 em: 18 de Setembro de 2015, 22:46 »
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* ghost.jpg (274.88 Kb - transferido 403 vezes.)
   

   No Outro Lado da Morte
  Da importante Revista Inglesa Beyond colhemos a seguinte mensagem espírita, que é do nosso dever adicionar a esta obra, pois, se acha de plena conformidade com o que sabemos sobre a vida no outro mundo.

Apreciem-na os leitores: Naturalmente, devido à nossa saúde perfeita, tudo nos parece favorável. Fazer tanto quanto se queira, sem sentir fadiga, é um grande prazer, e, também, temos tempo para tudo, em abundância, para todas as coisas.

  Não há precipitação ou pressa; sempre uma perfeita sensação de segurança relativamente ao tempo, bem como a respeito de qualquer coisa.
 
Naturalmente desejamos assistir a reuniões importantes ou conferências, quando elas se realizam, mas se não for possível estar presente em certo dia, podemos, facilmente, satisfazer nossos desejos depois, e se não for possível hoje.

  Então, selo-a amanhã. Aquela radiante sensação de dias intermináveis para coisas intermináveis, unida à sensação de eterna juventude, saúde perfeita e entusiasmo torna a vida realmente digna de ser vivida.
 
Certamente há aqui pessoas que não tiveram um temperamento desejoso por natureza, ou não o desenvolveram quando na Terra; porém, são um tanto parecidas aos frívolos, aos quais nada oferece verdadeiro prazer.

  Essa sorte de natureza acha difícil a adaptação, e penso que se torna necessária outra vida terrestre para alterar semelhante temperamento.

Característico Inesperados:

  Quando aqui chegamos, sentimos que temos toda a sorte de característicos inesperados e dons que só sentíamos obscuramente quando na Terra e, daí, vemos que podemos escolher qualquer carreira interessante de trabalho.
 
Impelindo-nos para frente ao longo daquela linha particular, ou, se assim o desejardes, desenvolvendo, em completa perfeição, o florescimento daquele pequenino botão que rebentou no passado e que está dentro do caráter de cada um.

  Isto nos dá o mais formoso sentimento de grandes responsabilidades, independência e poder para empreender qualquer espécie de trabalho ou divertimento a que nos sentimos inclinados.

Sabes quantas vezes, na Terra, desejei dedicar-me à pintura; mas, faltava-me o dom; vejo agora que o possuía, adquirido no passado, de modo que, agora, se o desejasse, eu poderia tornar-me um célebre artista numa outra vida terrestre.

  A mim tudo isso desperta um desejo maior do que a meu pai, que não tem o mesmo pendor, e que antes está mais ligado à Ciência, conquanto, na vida física, passada, não tivesse oportunidade de desenvolvê-la.
 
Agora ele está grandemente interessado, em companhia de grandes cientistas, e, devido ao seu entusiasmo nessa direção, absorveu rapidamente grande quantidade de conhecimentos, e, agora, em nova existência terrestre, poderia ser um sábio de primeira ordem e fazer conferências primorosas a auditórios terrestres.

  Ele tem vastos conhecimentos dos reinos animal, vegetal e mineral, porque também aqui a alma de qualquer ser está vivamente representada.

Há maravilhosas rochas, cristais de rocha, jóias, ouro e prata, somente usados pela sua beleza e não desmoralizados, como meio de corrupção, como acontece na Terra.

Construções Celestes:

  Algumas pessoas se comprazem em fazer casas dessas coisas encantadoras. Temos maravilhosos edifícios, salas para conferências e assim por diante, que são admiráveis de serem vistos, como essas visões que o Evangelista João descreve nas Revelações, com paredes de pedras preciosas, portões de perolas e ruas de ouro.

Esses lugares maravilhosos são muito interessantes para serem visitados, como, na Terra, se vai ver belos e notáveis palácios; naturalmente os daqui são muito mais belos para conferências, reuniões e música do que qualquer edifício por mim visto na Terra.

  Para mim, porém, as belezas naturais das árvores, montanhas, flores e rios, que são todos tão perfeitos, dão mesmo mais encanto e eu sempre gosto de procurar esses lugares gloriosos da Natureza, quando me sinto inclinado a ficar pesaroso, como algumas vezes me acontece.

O admirável e agradável efeito da luz através das árvores, ou brilhando sobre as ondas prateadas de gloriosos mares, ou brincando nos rios, como nunca tive a dita de ver na Terra, é tudo tão maravilhoso!

  Os rios são gloriosos, tão perfeitamente puros e incorruptos, que dentro deles, podemos andar, sentar na água e senti-la cobrir-nos e dela sairmos refrescados e revigorados, e, ainda mais, a  água, evaporando-se em contato com o brilho solar, não deixa sensação nenhuma desagradável.

Tudo isto é tão delicioso que só afago um desejo:
▬  "A vossa participação em tudo que desperta o prazer de viver intensamente a vida celeste."





« Última modificação: 05 de Março de 2016, 00:53 by Marianna »
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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #168 em: 05 de Março de 2016, 04:48 »
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* entre_espiritos.jpg (337.76 Kb - transferido 315 vezes.)
   

Perturbação da Morte
  Toda transformação ocasiona uma perturbação; uma simples mudança, seja de uma cidade para outra, seja unicamente de residência, não deixa de causar uma desorganização psíquica que só cessa com a adaptação ao novo meio.
 
A personalidade não mudou, nada perdeu, continua a ser a mesma, mas sofreu a sua desagregação do meio em que se achava e lutou para se acostumar e poder agir no meio para onde se transferiu.
 
  Naturalmente, nesses trâmites por que passou, a pessoa teve contrariedades e sofreu. Pensemos agora na transição provocada pela morte e façamos uma idéia em relação incomparavelmente superior às insignificantes mudanças - seja de residência, seja de cidade ou de país.
 
Acrescente-se ainda a desagregação do corpo físico e poder-se-á ter uma idéia do que seja a perturbação da morte:
 
1.° - Mudança de meio;
2.° - Mudança de meio de ação.
3.° - Mudança de condições de vida.

  Entretanto, apesar de todas essas mudanças, a individualidade permanece, como permaneceu a mesma individualidade durante todas as mudanças que fez - de casa em casa; de cidade em cidade; de um para outro país.
 
O homem é imperecível nas trocas que faz de residência, nas suas transferências de um país para outro; o Espírito, que é a individualidade permanente, é imortal na sua transformação e passamento para o Outro Mundo, tendo unicamente o trabalho de se adaptar a uma vida nova.

  Muito diferente daquela vivida na Terra e ainda com o acréscimo de não mais possuir um corpo denso, material, que "não podia" dispensar para agir neste mundo, e lhe servia de instrumento para desempenhar a tarefa que veio realizar, ou exercício do cargo que veio desempenhar.
 
Ora, todos sabem, perfeitamente, como é difícil abandonar hábitos enraizados, e a morte vem suprimir, de uma hora para outra, os hábitos costumeiros, dando lugar à aquisição de outros costumes, visto serem diferentes as condições do meio para o qual somos trasladados.
 
  Está claro que tudo é relativo, e o progresso, em todas as coisas, age gradativamente, sem saltos bruscos, de modo que, na outra esfera da vida, teremos um complemento de vida.

Como meio de transição para um estado melhor, assim como certamente haverá uma esfera de seguimento à fase física do indivíduo, para que ele se adapte à Vida Superior sem uma transição brusca.
 
  E isto que nos dizem os Espíritos, cônscios do seu estado, e que já passaram pelos trâmites que se seguem à morte e chegaram à Imortalidade.
 
Por isso, o Mundo Espiritual é provido de meios que fornecem à vida de além-túmulo as condições indispensáveis para a transição.

  Por exemplo, dizem as entidades do Espaço que lá existem hospitais onde são tratados aqueles que passam por longa enfermidade, e os quais, por suas condições de atraso, não percebem o Mundo dos Espíritos em sua realidade.
 
Aí são curados, e, depois, instruídos sobre a nova situação até que se adaptem ao meio em que se acham.
 
  Os Espíritos dos que morrem quando crianças, são acolhidos carinhosamente por missionários, que se dedicam a essa tarefa, e são igualmente instruídos até que se lhes desponte a consciência integral?
 
Desaparece deles o traço infantil gravado na "consciência pessoal". Assim também sucede com a alimentação. Aos entes muito materializados, que chegam ao Mundo Espiritual sem compreenderem a transformação porque passaram, e têm ainda sensação de fome e sede, lhes são ministrados alimentos em instalações especiais...

  Até que, adaptados ao meio em que iniciaram a nova vida, compreendam que não têm mais necessidades desses alimentos, que julgavam precisos para sua manutenção.
 
Naturalmente, os alimentos assemelham-se muito aos que lhes eram usuais na Terra, mas são feitos de matéria peculiar ao Mundo dos Espíritos e de acordo com o corpo fluídico, ou seja, o organismo perispiritual de cada um.
 
  Não podíamos deixar de narrar todas essas particularidades do Mundo Espiritual, que não deixam de ser lógica.

De acordo com a lei da evolução, que não admite bruscas transições e que proporciona, sempre, períodos intermediários para suavizar as mudanças que ocasionam grande abalo, e maior perturbação ainda ocasionariam, se fossem excluídos os meios precisos para essas transições.
 
  Isto tudo demonstra que o Mundo Espiritual não é uma concepção abstrata, uma miragem, um vácuo inconcebível, sem sanção da inteligência, mas, sim, um meio concreto, onde se encontram as condições indispensáveis para as adaptações e o progresso do Espírito.
 
Já havíamos recebido essas revelações há muitos anos; contudo, tínhamo-las conservado como lição de caráter puramente familiar, e sujeita, portanto, à observação: é sabido que as revelações da Verdade têm caráter coletivo; se, de fato, a nossa procedesse dessa fonte, outros tam bém recebê-la-iam em todo o mundo.
 
  Se isso acontecesse, julgaríamos essas revelações transcendentais realmente dignas de atenção e até de experimentações novas, com outros médiuns, para sua melhor confirmação.

Com efeito, em diversas obras inglesas, norte-americanas e francesas, vemos, hoje, a reprodução detalhada dessas mensagens!
 
  O Plano Espiritual desenterra o oculto e concorre para que conheçamos o futuro que nos espera, assim como nos dá a conhecer, desde já, em que consiste a outra vida e quais os meios facultados, nessas regiões, aos entes que nos são caros, para a aquisição de uma felicidade duradoura e de um progresso crescente para a Luz e a Verdade.
 
E, com estes dados, mal apanhados pela imperfeição dos nossos sentidos, dados fornecidos pelos Espíritos que habitam o Além e passaram, mais ou menos, por essas peripécias, podemos, hoje, fazer uma idéia mais aproximada das condições desse Outro Mundo e em que consiste a perturbação da morte e os meios aplicados para suavizá-la.
 
  Com a leitura das obras espíritas, especialmente O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, e A Crise da Morte, de Ernesto Bozzano, muito se aprende sobre a perturbação que ocasiona a passagem de uma a outra vida.

 



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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #169 em: 05 de Março de 2016, 22:22 »
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* crbst_fantasy (1).jpg (489.4 Kb - transferido 349 vezes.)
   

  O Passamento, ou o desprendimento do Espírito, do Corpo


Esta obra ressentir-se-ia de uma grande lição se, por ignorância, ou por zelo extremo em pretendermos enunciar ideias novas, incluímos, a 2.ª parte de "O Céu e o Inferno," de Allan Kardec, no qual o Mestre, com Lógica admirável e singular concisão, esclarece o processo que denominamos "morte" e que o Espiritismo, com justa razão chamou "desencarnação".

  Esta parte, que deliberamos incluir como parte integrante deste livro, constituem um dos grandes capítulos do Espiritismo.

▬   Ciência nova, que aborda, com admirável proficiência, a Vida:

  Quer na sua forma externa, visível, que afeta os sentidos humanos,
  Quer em sua modelação, para nós subjetiva, interna.

  Em seu emocionantes relato, que exaltam, não a fé que vê, mas a mais aperfeiçoada, a mais emotiva - a fé que sente.



Sem outras considerações, que só poderiam empanar a luz que ressalta dos ensinamentos convincentes de um dos maiores representantes do Paracleto, prometido por Jesus para nos ensinar todas as coisas (João, XIV, 26), damos a palavra ao ínclito Codificador da Doutrina dos Espíritos, o grande missionário lionês, perfeita personificação da Ressurreição e da Vida:
▬   "A certeza da vida futura não exclui as apreensões quanto à passagem desta para a outra vida. Há muita gente que teme, não a morte em si; mas o momento da transição.


▬   Sofremos ou não nessa passagem?

  Por isso se inquietam, e, com razão, visto que ninguém foge à lei fatal dessa transição. Podemos dispensar-nos de uma viagem neste mundo, menos essa. Ricos e pobres, devem todos fazê-la, e por dolorosa que seja a franquia, nem posição, nem fortuna poderiam suavizá-la.

Vendo-se a calma de alguns moribundos e as convulsões terríveis de outros, pode-se previamente julgar que as sensações experimentadas nem sempre são as mesmas.

  Quem poderá, no entanto, esclarecer-nos a tal respeito?
  Quem nos descreverá o fenômeno fisiológico da separação entre o Espírito e o corpo?
  Quem nos contará as impressões desse instante supremo, quando a Ciência e a Religião se calam?

E calam-se porque lhes falta o conhecimento das leis que regem as relações entre o Espírito e a matéria, parando, uma, nos umbrais da vida espiritual, e, a outra, nos da vida material.

  O Espiritismo é o traço de união entre ambas, e só ele pode dizer-nos como se opera a transição, quer pelas noções mais positivas da natureza da alma, quer pela descrição dos que deixaram este mundo.

O conhecimento do laço fluídico que une o Espírito ao corpo é a chave desse e de muitos outros fenômenos.
▬   "A insensibilidade da matéria inerte é um fato, e só a alma (*) experimenta sensações de dor e de prazer. A desagregação repercute na alma que, por tal motivo, recebe uma "impressão" mais ou menos dolorosa.”

  É a alma e não o corpo quem sofre, pois este não é mais que o instrumento da dor: aquela é o paciente. Após a morte, separado o Espírito, o corpo pode ser impunemente mutilado que nada sentirá, enquanto que, aquela, por isolada, nada experimenta da
destruição orgânica.

O Espírito tem sensações próprias cuja fonte não reside na matéria tangível. O perispírito é o envoltório do Espírito, e não se separa dele nem antes nem depois da morte: forma, com ele, uma só entidade, e nem mesmo se pode conceber um sem o outro.

  Durante a vida o fluido perispiritual penetra o corpo em todas as suas partes e serve de veículo ás sensações físicas da alma, do mesmo modo como esta, por seu intermédio, atua sobre o corpo e dirige-lhe os movimentos.

(*) Segundo se lê em O Livro dos Espíritos (Parte 2 .8, Capítulo II), a alma é o Espírito encarnado. Por isso dizemos; "tal pais tem tantos milhões de almas". Livre da matéria, não se designa por alma, mas, sim, por Espírito.

  A extinção da vida orgânica acarreta a separação do Espírito, em consequência do rompimento do laço fluídico que o une ao corpo, mas essa separação não é brusca.

"O fluido perispiritual, só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo de perispírito ligado às moléculas do corpo.

  A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma de pontos de contato existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior à menor dificuldade que apresenta o rompimento".

Portanto, não é preciso dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. Estas circunstâncias é que nas cabem examinar.

  Estabeleçamos, em primeiro lugar, e como princípio, os quatro seguintes casos, que podemos reputar situações extremas, dentro de cujos limites há uma infinidade de variantes:

1.°- Se, no momento em que se extinguisse a vida orgânica, o desprendimento do perispírito fosse completo, a alma nada sentiria, absolutamente.
2.°- Se, nesse momento, a coesão de ambos elementos estiver no auge de sua força, produzir-se-á uma espécie de ruptura, que reagirá dolorosamente sobre a alma.
3.° - Se a coesão for fraca, a separação tornar-se- á fácil, operando-se sem abalo.
4.°- Se, após a cessação completa da vida orgânica, existirem ainda numerosos pontos de contato entre o corpo e o perispírito, o Espírito poderá ressentir-se dos efeitos da decomposição do corpo até que o laço inteiramente se desfaça.

  Daí resulta que o sofrimento, que acompanha a morte, está subordinado à força adesiva que une o corpo ao perispírito; que tudo quanto puder atenuar essa força e a rapidez do desprendimento, tornará a passagem menos penosa.

E, finalmente, que, se o desprendimento operar-se sem dificuldade, a alma deixará de experimentar qualquer sentimento desagradável.

Na transição da vida corporal para a espiritual, produz-se ainda um outro fenômeno de importância capital:
▬   “A perturbação.”

  Nesse instante, a alma experimenta um torpor que paralisa momentaneamente as suas faculdades, neutralizando, ao menos em parte, as sensações. E um estado semelhante ao da catalepsia, de modo que a alma quase nunca testemunha conscientemente o derradeiro suspiro.

Dizemos quase nunca porque há casos em que a alma pode completar conscientemente o desprendimento, como em breve veremos. A perturbação deve, pois, ser considerada o estado normal no instante da morte, e perdurar por tempo indeterminado, variando de algumas horas a alguns anos.


   




« Última modificação: 05 de Março de 2016, 22:29 by Marianna »
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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #170 em: 05 de Março de 2016, 22:25 »
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  A proporção que se liberta, o Espírito encontra-se em situação comparável a de um homem que desperta de profundo sono:

  As ideias são confusas,
  Incertas,
  Vagas...

A vista apenas distingue como que através de um nevoeiro, mas pouco a pouco se aclara, desperta-se a memória e o conhecimento de si mesma.

▬   Bem diverso é, contudo, esse despertar:

  Calmo, para uns, acorda-lhes sensações deliciosas; 
  Tétrico, aterrador e ansioso, para outros,
  É qual horrendo pesadelo.

  O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que, ordinariamente, ocorre em momento de inconsciência; mas o Espírito sofre, antes dele, a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação.

Demo-nos pressa em afirmar que esse estado não é geral, porquanto a intensidade e duração do sofrimento estão na razão direta da afinidade existente entre corpo e perispírito. Assim, quanto maior for essa afinidade, tanto mais penosos e prolongados serão os esforços do Espírito para desprender-se.

  Há pessoas nas quais a coesão é tão fraca, que o desprendimento se opera por si mesmo, como que naturalmente; é como se um fruto maduro se desprendesse do seu caule: é o caso das mortes calmas e do pacífico despertar no Mundo Espiritual.

A causa principal da maior ou menor facilidade de desprendimento, é o estado moral da alma. A afinidade entre o corpo e o perispírito, é proporcional ao apego à matéria, que atinge o seu máximo no homem, cujas preocupações dizem respeito unicamente à vida e gozos materiais.

  Ao contrário, nas almas puras que, antecipadamente, se identificam com a vida espiritual, o apego é quase nulo. E, desde que a lentidão e dificuldade do desprendimento se filia ao grau de pureza e desmaterialização da alma, de nós somente depende o tornar fácil ou penoso, agradável ou doloroso esse desprendimento.

▬   Posto isto:

  Quer como teoria,
  Quer como resultado de observações...

  Resta-nos examinar a influência do gênero de morte sobre as sensações da alma, nos últimos transes.

Em se tratando de morte natural, resultante da extinção das forças vitais por velhice ou doença, o desprendimento opera-se gradualmente; para o homem cuja alma se desmaterializou, e cujos pensamentos se destacam das coisas terrenas.

  O desprendimento quase se completa antes da morte real, isto é, ao passo que o corpo ainda tem vida orgânica, o Espírito já penetra a vida espiritual, apenas ligado por elo tão frágil, que se rompe com a última pancada do coração.

Nesta contingência o Espírito pode já ter recuperado a sua lucidez, de molde a tornar-se testemunha consciente da extinção do corpo, considerando-se feliz por tê-lo deixado. Para esse, a perturbação é quase nula, ou antes, não passa de ligeiro sono calmo, do qual desperta com indizível impressão de esperança e ventura.

  No homem materializado e sensual, que mais viveu do corpo que do espírito, para o qual a vida espiritual nada significa, nem sequer lhe toca o pensamento, tudo contribui para estreitar os laços materiais; e quando a morte se aproxima, o desprendimento, conquanto se opere gradualmente também, demanda contínuos esforços.

As convulsões da agonia são indícios da luta do Espírito, que, às vezes, procura romper os elos resistentes, e, outras, se agarra ao corpo do qual uma força irresistível o arrebata com violência, molécula por molécula.


   




« Última modificação: 05 de Março de 2016, 22:29 by Marianna »
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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #171 em: 05 de Março de 2016, 22:27 »
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  Quanto menos vê o Espírito além da vida corporal, tanto mais se lhe apega, e, assim, sente que ela lhe foge e quer retê-la; em vez de se abandonar ao movimento que o empolga, resiste com todas as forças e pode mesmo prolongar a luta por dias, semanas e meses inteiros.

Certo, nesse momento o Espírito não possui toda a lucidez, visto como a perturbação de muito se antecipou à morte; mas nem por isso, sofre menos, e o vácuo em que se acha, e a incerteza do que lhe sucederá, agravam-lhe as angústias.

  Dá-se, por fim, a morte, e nem por isso está tudo terminado; a perturbação continua, ele sente que vive, mas não define se material ou espiritualmente, e luta ainda, até que as últimas ligações do perispírito se tenham de todo rompido.

A morte pós termo à moléstia efetiva, porém, não lhe sustou as consequências, e, enquanto existirem pontos de contato do perispírito com o corpo, o Espírito se ressentirá e sofrerá com as suas impressões.

  Quão diversa é a situação do Espírito desmaterializado, mesmo nas enfermidades mais cruéis! Sendo frágeis os laços fluídicos que o prendem ao corpo, desfazem-se suavemente; depois, a confiança do futuro entrevisto em pensamento ou na realidade...

Como sucede algumas vezes, fá-lo encarar a morte qual redenção, e, as suas consequências, como prova, advindo-lhe daí uma calma resignada, que lhe ameniza o sofrimento.

▬   Após a morte, rotos os laços, nem uma só reação dolorosa existe que o afete; o despertar é lépido:

  Com sensações únicas,
  Desembaraçado,
  Muito aliviado,
  E feliz.

  Na morte violenta, as sensações não são precisamente as mesmas. Nenhuma desagregação inicial pode iniciar previamente a separação do perispírito, ao passo que a vida orgânica em plena exuberância de força é, subitamente, aniquilada.

Nestas condições, o desprendimento só começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente.

▬   O Espírito, colhido de improviso, fica como que aturdido:

  E sente,
  E pensa,
  E acredita-se vivo...

Prolongando-se esta ilusão até que compreenda o seu estado.

  Este estado intermediário entre a vida corporal e a espiritual é dos mais interessantes, porque apresenta o espetáculo singular de um Espírito que julga material o seu corpo fluídico, experimentando, ao mesmo tempo, todas as sensações da vida orgânica!

Além disso, dentro desse caso, há uma série infinita de modalidades, que variam segundo os conhecimentos e progressos morais do Espírito.

  Para aqueles que se purificam em alto grau, a situação pouco dura, porque já possuem, em si, como que um desprendimento antecipado, cujo termo a morte mais súbita não faz senão apressar.

Outros há, para os quais a situação se prolonga por anos inteiros. É situação, aliás, muito frequente, até nos casos de morte comum, que, nada tendo de penosa para Espíritos adiantados, torna-se horrível para os atrasados.

  No suicida, principalmente, excede toda a expectativa. Preso ao corpo por todas as suas fibras, o perispírito faz repercutir, no Espírito, todas as sensações daquele, com sofrimentos cruciantes.

O estado de Espírito, por ocasião da morte, pode ser assim resumido:
▬   "Tanto maior é o sofrimento, quanto mais lento for o desprendimento do perispírito."

  A presteza deste desprendimento está na razão direta do adiantamento moral do Espírito.

▬   Para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual:

  Um sono breve,
  Isento de agonia,
  E cujo despertar é suavíssimo.

Para que cada qual trabalhe na sua purificação, reprima as más tendências e domine as paixões, abdicando das vantagens imediatas em prol do futuro.

  Visto como, para identificar-se com a vida espiritual, encaminhando para ela todas as aspirações e preferindo-a à vida terrena, não basta crer, mas compreender.

▬   Devemos considerar essa vida sob um ponto de vista que satisfaça, ao mesmo tempo:

  A razão,
  A lógica,
  O bom senso...

▬   E o conceito em que temos:

  A bondade,
  A grandeza,
  E a justiça de Deus.

  Considerado deste ponto de vista, o Espiritismo, pela fé inabalável que insinua, é, de quantas doutrinas filosóficas conhecemos, a que exerce mais poderosa influência.

▬   “O Espírita sério não se limita a crer, porque compreende, e compreende porque raciocina.” a vida futura é uma realidade que se desenrola incessantemente a seus olhos.

  Uma realidade que ele toca e vê, por assim dizer, a cada passo, de modo que a dúvida não pode empolgá-lo, ou ter guarida em sua alma. A vida corporal, tão limitada, amesquinha-se diante da vida espiritual, da verdade ira vida.

▬   Que lhe importam os incidentes da jornada se ele compreende a causa e utilidade das vicissitudes humanas, quando suportadas com resignação?

  A alma eleva-se- nas relações com o mundo invisível; os laços fluídicos, que o ligam à matéria, enfraquecem-se, operando-se, por antecipação, um desprendimento parcial que facilita a passagem outra vida.

A perturbação consequente à transição pouco perdura, porque, uma vez franqueada o passado, logo se reconhece no seu novo estado, nada estranhando, antes compreendendo a situação em que se encontra.

  Com certeza, não é só o Espiritismo que nos assegura tão auspicioso resultado, nem ele tem a pretensão de ser o meio exclusivo, a garantia única de salvação para as almas.

Força é confessar, porém, que, pelos conhecimentos que fornece, pelos sentimentos que inspira, como pelas disposições em que coloca o Espírito, fazendo-lhe compreender a necessidade de melhorar-se, facilita enormemente a salvação.

  Ele dá algo mais, e a cada um: os meios de facilitar o desprendimento de outros Espíritos ao deixarem o invólucro material, abreviando-lhes a perturbação pela evocação e pela prece.

Pela prece sincera, que é magnetização espiritual, provoca-se a desagregação mais rápida do fluido perispiritual.

  Pela evocação criteriosa, sábia, com palavras de benevolência e conforto, combate-se o entorpecimento do Espírito, ajudando-o a reconhecer-se mais cedo, e, se é sofredor, insinua-se o arrependimento, único meio de abreviar os seus sofrimentos.




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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #172 em: 08 de Março de 2016, 19:54 »
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  A Sobrevivência Individual
  A Terra é mundo de expiações e provas; é uma escola onde o Espírito se interna, com um corpo de carne, para estudar e progredir, para adquirir Ciência e virtude, asas fortes que o conduzem à Espiritualidade, à verdadeira Felicidade.

A morte não é, portanto, o aniquilamento, a extinção da vida, mas a desagregação do corpo carnal, para que o Espírito volte ao Outro Mundo, donde veio ao se encarnar. Não há morte, no sentido que deram a esta palavra.

  A Vida, que se manifesta em todos os seres, em todas as coisas, não poderia ser, como de fato não é, sobrepujada pela morte. Mesmo nessa eterna sucessão de destruição orgânica e criação orgânica, a que Claude Bernard denominou conflito vital.

A Vida não se deixa vencer, e, até os remanescentes da luta, que parecem destroços vencidos pela morte, apresentam todos os caracteres da vida em sua transformação evolutiva.

  Não há morte para a matéria: há transformação;
  Não há morte para o Espírito: há também transformação.

  Mas, este guarda a sua prerrogativa unitária, mantém a unidade da vida, transfigurando-se e despojando-se dos elementos de que não mais necessita no novo estado de vida ao qual passou.

O Espiritismo, magnificamente codificado por Allan Kardec, nos veio abrir os vastos horizontes da Vida, demonstrando-nos, com verdadeira precisão, a Imortalidade.

  Os fatos verificados em todos os países, e observados por homens de todas as classes sociais, comparados com os fenômenos ocorridos em tempos idos e relatados na história de todos os povos, provam, perfeitamente, que o homem não termina no túmulo e que, se este, como disse Victor Hugo, é o crepúsculo de uma vida, é também a aurora de outra.

As demonstrações psicofísicas da sobrevivência, como se tem observado, aparecem, hoje, sob todos as aspectos, para que fique claramente elucidado não ser a alma uma coisa vaga, abstrata, mas sim um ser concreto, que possui um organismo físico perfeitamente delimitado.

  Portador de todas as aquisições intelectuais e morais, e dotado dos a tributos necessários às demonstrações da Ciência e da Moral, principais insígnias da civilização e do progresso.

De fato, se tudo tem uma causa a produzir um efeito, qual será a causa produtora desses fenômenos supranormais, cuja força indomável chegou a criar uma ciência, a Metapsíquica, alargando o campo da Biologia, da Física, da História Natural e até da Patologia?

  Podem, porventura, as forças cegas da Natureza produzir fenômenos inteligentes a ponto de criarem Ciências e Artes, e fazerem, como está acontecendo, verdadeira revolução na Religião e na Moral?

Pode simplesmente a matéria engendrar a inteligência? A ignorância e o caos podem criar a sabedoria e a harmonia a qual sucedeu a Parapsicologia.

▬  Nota da Redação:

  Os aspectos múltiplos das manifestações espíritas, estendendo cada vez mais a variedade dessas provas e multiplicando-as todos os dias, não podem deixar de obedecer a um plano inteligente, que dirige essas manifestações, a seu turno produzidas por Espíritos, que demonstram sua identidade e dizem agir de acordo com ordens superiores que lhes são ministradas.

▬  Nem se pode conceber por outra forma os fenômenos de:

  Levitação,
  Voz direta,
  Fotografia,
  Transporte,
  Materialização,
  Demonstrações físicas objetivas...

... Oriundas de entidades psíquicas que dizem ter vivido na Terra com um corpo carnal, revelando-se como parentes, amigos, conhecidos dos assistentes e apresentando-lhes a sua ficha de identidade.

  Que outras provas poderemos exigir da sobrevivência, da continuação da vida dos seres que nos são caros, se não essas que eles mesmos, à nossa revelia, se lembraram de nos oferecer?

Que outros testemunhos lhes podemos pedir senão que falem, cantem, sorriam, como faziam quando estavam conosco, que usem o mesmo estilo, a mesma voz, o mesmo modo de agir.

  Que, finalmente, se deem a conhecer, reproduzindo suas feições, que nos apareçam mostrando-se vivos como eram, como todos os contornos e delineamentos que nos eram familiares?

As manifestações espíritas, transviadas do seu fim providencial, desnaturadas pelo espírito da fraude e do interesse, guerreadas pelo conservantismo sectário e retrógrado, não têm outro fim senão trazer-nos demonstrações psicofísicas da sobrevivência.

  Todos os fenômenos supranormais do psiquismo, os de natureza anímica e os de natureza espírita, propriamente ditos, têm um único escopo: a demonstração da existência da alma e da sua sobrevivência à morte do corpo.

▬  Essas demonstrações psicofísicas ou psico-intelectuais, como, por exemplo, a manifestação:

  Mediúnica,
  Estranhas ao médium,
  A confecção de desenhos e pinturas...

  ... Cuja arte está muito acima da capacidade do executor, de mensagens e até de livros, cujo conteúdo é muito superior ao que poderia produzir o intelecto do escritor, todas essas manifestações, em seu conjunto harmonioso, constituem um hino de glória ao Espiritismo, demonstrações patentes, positivas, da imortalidade da alma!






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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #173 em: 08 de Março de 2016, 21:25 »
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A Inconsciência da Vida no Além
  Morto o corpo, a individualidade sobrevivente é tomada de um estado psíquico original, dependendo muito, esse estado, das crenças do indivíduo, seu modo de agir quando vivia na Terra, sua moralidade, finalmente, seu grau de evolução Espiritual.

No capítulo passado fizemos referências ao estado do espírito após à morte:
▬   Faz-se mister, entretanto, que acrescentemos outras considerações, pois é infinita a variedade de sofrimentos produzidos pela inconsciência da vida Além.

▬   Como dissemos:

  Uns custam muito a compreender o seu estado, a sua situação,
  Muitos querem crer que não morreram, pois encararam a morte como o fim da existência.
  Mas, sentindo que continuam a existir, percebem que algo ocorreu e sentem-se em grande confusão.

  Muitos, sentindo-se culpados e convencidos de já haverem deixado a vida terrena, julgam-se no Purgatório,
  Outros consomem largo tempo em busca de um céu imaginário, com que foram acalentados na Terra;
  E outros, ainda, fustigados pelo remorso de suas más obras, sentem-se abrasados por um fogo terrível, que as dores morais ocasionam...

▬   Julgando-se num inferno candente:

  Sem luz,
  Sem paz no coração,
  Blasfemando contra a própria existência.

▬   A passagem do mundo terreno para o Mundo Espiritual ocasiona tantas dúvidas:

  Tantas agonias,
  Tão terríveis perturbações aos espíritos não preparados para essas mudanças fatais.
  Irremediáveis, que a maior parte raramente consegue adaptar-se logo à nova fase de vida.

Quantos se acham noutro mundo, uns como que adormecidos, outros delirando, outros continuando em seu viver material, sem compreenderem, o meio em que vivem e a sua situação!

  É lógico que aqueles que não se prepararam para essa mudança, nem tiveram quem lhes preparasse um lugar para, ao chegarem a esse mundo de luzes, serem recebidos e logo iniciados.

Já aqueles que não quiseram dar ouvidos às vozes espirituais, à Lei de Deus, que a todos mostra a trilha que devemos palmilhar para um bom empreendimento futura, devem passar por acérrimos sofrimentos morais.

  Os viciosos,
  Os contumazes,
  Os que venderam sua alma,
  Os que venderam seu coração,
  Os que venderam sua inteligência,
  Os que excluíram Deus da consciência,
  Os que traficaram com as coisas divinas,
  Os que enxovalharam e lesaram o próximo.

Sofrem terríveis reprimendas, de acordo sempre com as faltas cometidas; porque a penalidade, não só na Terra, como na Outra Vida, está em proporção às infrações da Lei.

  Não há uma só falta que não exija imediata corrigenda, e essa correção começa sempre pelo sofrimento.

Enfim, a perturbação ou o estado de inconsciência dos Espíritos é muito variável; cada um sofre-as de acordo com a sua evolução, a sua constituição psíquica, o papel de responsabilidade social que assumiu na existência terrestre, a sua instrução intelectual, etc.

  Entre dois indivíduos, um ignorante e outro letrado, que tenham incorrido na infração da mesma lei, a pena do letrado se agrava, ao passo que a do ignorante, será atenuada. Tudo está em relação com o indivíduo e o crime cometido.

▬   Assim também é a natureza da perturbação, peculiar a cada indivíduo.

Um fato notável tem sido verificado com muitos Espíritos:
▬   O não saberem eles que "morreram" segundo a expressão usual.

  Esse fato se verifica com os Espíritos muito materializados e muito materialistas, especialmente com os suicidas.

É uma espécie de condenação a que ficam sujeitos, em virtude da sua teimosia na negação. Enfim, todos esses Espíritos atrasados ficam presos à Terra; caminham aqui e ali; mas as suas vistas abrangem mais a Terra que o mundo Espiritual.

  Eles se apinham em torno do globo, presos sempre à pátria e à família, acompanhando todos os movimentos do planeta, como se estivessem encarnados e, muitos deles, sofrem as variações atmosféricas e outras sensações peculiares aos que ainda estão incorporados na matéria.

▬   Quando veem o Mundo Espírita não o compreendem:

  Pasmam ao observarem a Vida Espírita,
  O modo porque agem os Espíritos adiantados.

▬   Admiram-se ao atravessarem grandes cidades:

  Metrópoles flutuantes,
  Casarios transparentes e multicolores,
  Majestosos edifícios, cuja luz os ofusca,
  Veículos céleres a deslizarem de um a outro ponto,
  Jardins aprimorados com flores belas e aromáticas como nunca viram na Terra.

Tudo isso lhes causa estranheza tal e ocasiona-lhes perturbação tão profunda, que preferem, muitas vezes, não prestar atenção senão ao mundo onde deixaram seus corpos e ao qual se acham ligados por afinidades antigas.

  São esses Espíritos que vivem numa ânsia contínua de se comunicar com os homens, não tanto para demonstrarem sua sobrevivência, mas para, se possível, prosseguirem no seu antigo modo de viver.

▬   Eles desenvolveram ao extremo os seus sentidos físicos, e, havendo aniquilado o sentido espiritual, ficam, por isso:

  Entre as trevas e a luz,
  Entre o mundo da carne e o mundo do espírito...

  Sem poderem prosseguir na sua vida material
  E sem poderem viver na vida espiritual.

  Até que as preces, as instruções, os bons conselhos os encaminhem à realidade e sejam então iniciados na vida nova, na qual sentirão grande gozo, gozo esse que se tornará, para eles, um incentivo para trabalharem em prol de seu progresso e bem-estar espiritual.







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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #174 em: 09 de Março de 2016, 15:44 »
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* paisagem782836 (1).jpg (46.25 Kb - transferido 229 vezes.)
   

  Sala de Reuniões e casas no mundo dos espíritos
  Já lembramos aos nossos leitores que o Outro Mundo deve ser algo de real, de positivo, pois, não se poderia compreender a Vida sem os acessórios necessários para a sua manifestação.

E também não poderíamos admitir que houvesse um hiato na transição desta para a outra vida, uma transição tão grande que o homem chegasse a perder a noção de si mesmo, ou enlouquecesse com a mudança de estado absolutamente incompatível com a sua evolução, com o seu grau de progresso moral e científico.

  Sobre isso e com o intuito de corroborar as nossas asserções a respeito, julgamos de utilidade transcrever um escrito de Miss Winifred Moyes, inserto num dos números de The Greater World, revista inglesa de grande circulação e ótima orientação.

O artigo traz o título acima e assim explica certos afazeres na outra vida:
▬   "A ideia de salas de reuniões e templos de instrução na vida futura, é muito atrativa a certas pessoas, e, durante o tempo em que esses lugares são necessários aos que aspiram o saber, são encontrados à sua disposição."

  Entretanto, devemos lembrar que o desejo de "casas" e "salas" de reuniões provém do fato de, durante a vida terrena, termos necessidade de abrigos contra a inclemência do tempo. O nosso clima é responsável por muitos dos nossos costumes e desejos arraigados.

Sabemos que para estudar "aqui" devemos estar salvaguardados de barulho e interrupção. Visualizando a vida futura devemos lembrar que, quando passarmos á condição de Espírito, não teremos as desvantagens que são boa parte das experiências na Terra.



  "A alocução de Zodíaco (*) sobre o "Futuro Estado do Ser" atraiu grande interesse, porém alguns leitores, em correspondência, mostram estranhar a ausência de referência a "casas" e "salas de reuniões" para instrução. (*) Nome do Espírito comunicante, que se serviu da Srta W. Moyes, médium de grande força espiritual.

"O simples fato de sentirem eles a sua felicidade aumentada com exposições, discursos e réplicas de coisas terrestres, significa que essas estarão ao seu dispor enquanto tenham utilidade.
 
▬   Casas de convalescentes:
 
  Muitos Espíritos que voltaram, descreveram suas casas e também outros edifícios vistos.

As casas para convalescentes tornam-se uma necessidade real, como lugares de repouso para os que passaram pela morte e necessitam de "tratamento", pois, frequentemente, as tristezas e provações da vida física deixam a sua impressão no perispírito. Há um outro ponto a considerar.

  Zodíaco explicou muito bem que as coisas almejadas, mas nunca alcançadas na vida terrestre, estarão, na outra vida, ao alcance dos filhos de Deus.

Muitos homens e mulheres desejam um lar todo seu onde possam viver sem interferência de estranhos. Quando ingressarem no Além terão a morada dos seus sonhos.

"Mas, surge a seguinte pergunta:
▬  Quando a mente da Terra for substituída pela mais elevada, a do corpo espiritual, quando a vista limitada da Terra estiver esquecida na alegria da clara visão que então possuírem, serão os seus desejos os mesmos de outrora?
 
Como as coisas terrestres perdem sua atração:
▬   "Vários espíritos, relatando as suas experiências, logo após a morte, descrevem suas condições como sendo as mais altas concepções da beleza e da felicidade."

Entretanto, passado algum tempo, dizem:
▬   "As minhas ideias sobre a beleza e a felicidade, são diferentes agora".

  Por isso Zodíaco nos previne a respeito da ideia de desejarmos isto ou aquilo na próxima vida, porque a evolução do espírito acarreta a perda do amor das representações glorificadas e das coisas que nos deleitavam nesta vida.



Todos os médiuns que viajaram "através das esferas" falam das maravilhas que viram (*).  Os oceanos, montanhas e florestas excedem a todas as descrições, porque não existem paralelos na Terra. (*) Viagens realizadas em estado de desdobramento.

▬   Ruas de ouro brilhante:
 
  "A referência que faz o Evangelista João (Apocalipse, 21) às ruas de ouro puro, tem feito pessoas imaginativas pensar se será mais agradável andar em semelhantes ruas do que sobre a grama macia. Certa vez mostraram-me esse "fenômeno" e então concluí que o efeito era proveniente da "atmosfera".

Tudo estava banhado por um brilho de ouro róseo, que eu atribui ao "poder psíquico". Parecia-me estar sob um poderoso sol, mas o mesmo não queimava minha pele nem ofuscava meus olhos. A temperatura era perfeitamente uniforme e eu estava consciente de uma vitalidade nunca antes experimentada.

  Então houve uma admirável exuberância de flores! Todas as cores pareciam misturadas em "glória" e nunca esquecerei o delicado verde das árvores e campos. Comparativamente, as cores que a Natureza Terrestre nos apresenta pareciam desbotadas e manchadas.

Vi que podia andar sobre prados alcatifados de flores, que variavam de uma polegada a seis pés de altura, sem magoar qualquer delas.

▬   "Olhei para uma floresta e fiquei admirada da capacidade que me fora dada, de ver o cimo da mais alta árvore, como até abaixo da Terra, as suas raízes; também parecia-me tão fácil ver através de uma árvore, como o lado, que estava voltado para mim! Este milagre de "visão" calou fundo em minha mente."

▬   O mar de cor opalina
 
  O mar no mundo do Além tinha uma beleza impossível de ser descrita. Eu sabia que me viria o desejo de descrevê-lo, quando da minha volta ao corpo físico, e perguntei a meu Espírito-Guia se eu deveria tentar achar uma analogia para comparação.

Na palma de minha mão vi uma enorme opala, a qual, sob a luz, esplendia numa variedade de gloriosos raios multicores; mas, quando olhei para a mesma, concluí que era só uma pálida representação das cores daquele inolvidável mar!

  Em cada segundo eu aprendia, porém, pela "visão". Aquelas doces palavras do Apóstolo Paulo, que nos são familiares, voltaram á minha mente:
▬   "Os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem penetrou no coração dos homens o que Deus preparou para aqueles que o amam".





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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #175 em: 22 de Março de 2016, 00:39 »
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  Os Planos do Mundo Espiritual
  No Outro Mundo, como neste, existem planos de existência, mundos superpostos, uns acima dos outros, constituindo uma espécie de escada de perfeição.

Na Terra, é, também, assim: existe o lugar para o camponês iletrado e para o homem de Ciência. Os índios e selvícolas não poderiam viver em São Paulo ou no Rio de Janeiro.

  Tudo no Outro Mundo obedece a uma ordem espiritual bem determinada, sem privilégios, nem exclusões. Desde o primeiro passo, logo a começar da superfície da Terra, até o último, conta-se grande variedade de planos de Vida, ou sejam,

Mundos Espirituais, para usar de uma linguagem mais aproximada à compreensão, porque não existe expressão nos vocabulários comuns para caracterizar a natureza desses mundos, que chamaremos semi materiais ou fluídicos.

  Provavelmente, esses planos é que foram simbolizados, na visão de Jacó, por uma escada com inumeráveis degraus que, apoiados na Terra, chegavam ao Céu.

Não pode ser de outro modo. A lei do progresso rege de modo perfeito a evolução anímica. Os Espíritos, revestidos de seu corpo perispiritual, não podem viver num meio que não esteja de acordo com sua vestimenta espiritual, e esta vibra sempre ao ritmo da elevação de cada um, em sabedoria e moralidade.

  Uma região isenta, por exemplo, de oxigênio, seria hostil a Espíritos que ainda precisam de oxigênio para viver. Uma região em que não predomina o carbono não poderio ser habitada por Espíritos que necessitam, pela sua condição ainda de inferioridade, de carbono para a manutenção do seu corpo perispiritual.

O indivíduo sentir-se-ia desequilibrado, e a sua condição média tornar-se-ia infeliz, sofredora, insuportável se assim não fosse. Tudo obedece a uma ordem e harmonia admiráveis na criação. Daí a necessidade desses diversos planos, como garantia de vida aos que fazem a sua evolução para um estado melhor.

  Os antigos tinham noções destes princípios e acreditavam na existência de muitos céus superpostos, que se compunham de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro.

Esta teogonia fez, dessa escala de céus diversos graus de bem-aventurança: o último deles era o abrigo da suprema felicidade. A opinião comum era a de que havia sete céus; em cada um deles, em sentido ascendente; aumentava a felicidade dos crentes.

  Os muçulmanos admitem nove céus. O astrônomo Ptolomeu contava onze, e denominava o último Empíreo, por causa da luz brilhante que ali reinava.

▬  A teologia católica admite três céus:

   O primeiro da região do ar e das nuvens;
   O segundo, o espaço em que giramos astros;
   E o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habitação dos que O contemplam face a face.

É conforme esta crença que o Apóstolo Paulo diz que foi arrebatado até o "terceiro céu". Enfim, é crença unânime que, sob uma ou outra denominação, essas esferas superpostas constituem a habitação das almas, o Mundo Espiritual.

  Na verdade, seria ilógico e verdadeiro contrassenso julgarmos um vácuo a atmosfera que nos rodeia, o nada dos ignorantes de então. A constituição física e química da atmosfera era ignorada dos povos passados.

Ainda na Idade Média não se tinha do estado gasoso da matéria senão noções rudimentares. Sobre a vida, mesmo, só se sabia que ela se extinguia por falta de ar; mas não se conhecia o mecanismo da combustão e da respiração.

  Foi o gênio ilustre de Lavoisier que deu os primeiros passos para a descoberta dos elementos contidos no ar que respiramos.

Foi tão grande a descoberta desse insigne francês, e tão iluminado era o famoso químico, que, em 8 de março de 1794, quando sua cabeça rolou sobre o patíbulo, o ilustre matemático Lagrange, disse:
▬  "Cem anos não serão bastantes para produzir outra cabeça semelhante".

Hoje podemos afirmar muito mais que Lavoisier; sabemos que tudo o que existe no nosso corpo, existe na atmosfera:

   No azoto,
   No oxigênio,
   No hidrogênio,
   No ar que respiramos.

▬  Carbono, cujas combinações formam:

   A cal,
   O lítio,
   A soda,
   O flúor,
   O ferro,
   O silício,
   O cobre,
   Os ácidos,
   O fósforo,
   O chumbo,
   O enxofre,
   O manganês,
   E o magnésio...

▬  Sabemos mais, que em nossa atmosfera vivem:

   Partículas de penas,
   Partículas de penas,
   Inúmeros micróbios
   Partículas de farinha,
   Flutuam ovos de infusórios,
   Matérias do enxofre e outros sais,
   Matérias que saem da combustão,
   Matérias que se evolam das fábricas...

Só nas costa da Bretanha e da Normandia calcula-se que um hectare de terreno não recebe menos, anualmente, de 14790 quilogramas de matérias sólidas; das quais 37 quilo gramas são de sal marinho.

  Não é preciso estendermo-nos em considerações para provar que o ar é alguma coisa, contém muita coisa; não é o vazio que se apresenta aos nossos olhares acanhados.

O Espiritismo, penetrando fundamente na Ciência, abre brechas ao pensamento, e dá, ao mesmo tempo, razão à crença cega dos povos antigos.

  E que, em sua concepção infantil, proclamavam os céus sobrepostos, cada qual mais adiantado, crença essa que se confirma agora com da dos científicos e as revelações de caráter coletivo que estão sendo feitos e verificados em todos os pontos do globo.

Não há dúvida; existem planos de existência, de vida em mundos superpostos, uns acima dos outros, constituindo, no seu conjunto, uma espécie de escada de perfeição.





« Última modificação: 19 de Agosto de 2016, 21:44 by Marianna »
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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #176 em: 20 de Agosto de 2016, 04:15 »
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    O plano da vida após a morte


  O primeiro plano do Mundo Espiritual é bem parecido com o plano em que vivemos, o plano terrestre. Pode-se dizer que o nosso plano de vida aqui, na Terra, é uma cópia materializada do primeiro plano da Vida Espírita.

O que existe na Terra, existe nesse plano do mundo espírita, sendo que ele contém ainda mais alguma coisa do que existe no nosso mundo. Mas é muito mais aperfeiçoado, mais belo, sem comparação; e tudo o que existe, está claro, é formado de matéria contida nesse plano de vida, ou mundo.

  O termo "mundo", na linguagem Espírita, não exprime somente os planetas, os globos, mas também as camadas que chamamos atmosféricas e que envolvem os planetas, os cometas, as estrelas ou sóis, e outros mundos imperceptíveis mesmo aos astrônomos e aos que se dedicam às coisas espirituais.

Poderíamos chamar esses mundos de mundos aéreos, entretanto reais, pois é neles que vivemos a nossa vida verdadeira.

  Nos mundos materiais a nossa vida é ligeira, aparente, transitória, sujeita aos cinco sentidos e limitada à personalidade, ao passo que, no Mundo Espírita, não é a personalidade que vive, mas sim a individualidade, com o sentido amplo que abrange o seu passado.

De modo que, como foi dito pelos Espíritos que ditaram ensinos a Allan Kardec, o Mundo Espiritual é um reflexo aperfeiçoado do mundo material. Com efeito, os videntes vêem esse reflexo assim como os poetas e pensadores, debruçados à beira-mar veem em suas águas retratados os astros e as estrelas dos céus.

  Para os homens na Terra, essa visão não passa de miragem, de reflexo, mas para os habitantes do Mundo Espírita, esse reflexo é tão real, como é real, na Terra, o que o homem vê, observa e executa: as cidades, casas, veículos, etc.. 

Nossas citações são comparativas; fazemos-las assim como um índio que tivesse ido a uma cidade ou a uma metrópole e, de volta, a descrevesse à sua tribo.

  Acresce, porém, que o Mundo Espírita não limita a sua evolução somente ao reflexo, isto é, não contém só o que contém a Terra, porém muito mais, pois é claro que, sendo ele o "Mundo Normal Primitivo", o que existe na Terra é originário desse mundo.

Todas as novidades, todas as novas descobertas, os melhoramentos que o mundo terreno vai tendo, vêm do Mundo Espiritual e são uma cópia grosseira, materializada, do que existe no Mundo Espiritual.

  Esse Mundo Espiritual é muito maior do que o mundo material; nem pode haver comparação, senão muito relativa, seja em estrutura, nas belezas da Arte, nas maravilhas da Ciência, na altura da concepção dos seres intelectuais e das coisas, na harmonia, etc.; em tudo ele excede, mas excede muito ao mundo material.

—  Basta dizer que a vida, ali, é isenta:

  Do"ganha pão",
  Do "ganha roupa"
  E do "ganha cobertura".

—  O trabalho é muito mais:

  Suave,
  Fadigas,
  Canseiras,
  Independente de suores.

E ainda mesmo esse trabalho, conquanto seja obrigatório, como o é o trabalho na Terra, tem o seu limite para permitir as distrações, o estudo, a formação do intelecto, o progresso do Espírito.

  Os que se amam constituem-se em famílias, obedecem às leis sociais de respeito mútuo, muito mais ainda do que na Terra.

Entretanto, nesse plano de existência, mormente no momento atual, o bem-estar tem sido terrivelmente perturbado pela ação nefasta de Espíritos maléficos,

—  Que vão deixando a Terra atormentados pelas:

  Drogas,
  Guerras,
  Suicídios,
  Epidemias,
  Todo tipo de vícios,
  E catástrofes de várias espécies.

No estado ordinário, sem contar as vitimas de guerras e de cataclismos, morrem diariamente, no mundo, cerca de 100 mil pessoas. Devemos acrescentar que esse plano de vida está ainda muito distante da felicidade.

  E quando dizemos que ele é belo e admirável, fazemos-lo sempre em relação ao mundo material, onde predominam paixões de todos os gêneros e o vil interesse dos bens materiais.

Propositalmente com o intuito de trazer revelação sobre a Vida Espiritual, e para que não a julguem milagrosa, abstrata, é que deliberamos publicar este livro.

—  A vida Além do Túmulo não se cifra:

  Num mistério,
  Numa abstração,
  Num Inferno candente,
  Num Purgatório de labaredas,
  Num Céu de beatífica e nula contemplação...

—  Lá existem:

  Museus,
  Largas praças,
  Ruas belíssimas,
  Grandes avenidas,   
  Cidades flutuantes,
  Jardins esplêndidos,
  Sonhos de Júlio Verne...

Onde se destacam magníficos edifícios, construções que maravilhariam os maiores arquitetos da Terra, onde cruzam e se multiplicam veículos de que o homem ainda não pode fazer ideia...

  Ascensores que conduzem aos planos superiores, e, para determinados fins, os Espíritos inferiores, que, pela sua materialidade, não se podem elevar ao azul do firmamento.

Enfim, lá a vida é tão intensa, o movimento tão acentuado, que confunde os Espíritos menos avisados, como confuso e boquiaberto ficaria o sertanejo que do mundo nada conhecesse a não ser o recanto em que nasceu e fosse transportado para um dos centros principais do mundo terrestre, por exemplo, Londres ou Paris.







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Re: Abrindo as Portas do Infinito
« Responder #177 em: 20 de Agosto de 2016, 04:18 »
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  Esse ar que nos envolve e parece ser o vácuo, o nada, é um mundo de seres e de coisas, que não podem ser percebidos por nós, devido à deficiência da nossa retina, que só percebe a matéria densa, conglomerada.

Os Espíritos, logo que partem da Terra, pela transformação da morte, acostumados às sensações grosseiras e às percepções que lhe são dadas exclusivamente pelos cinco sentidos...

  ... Não veem logo as coisas espirituais, não as percebem, e então continuam a utilizar-se desses mesmos sentidos; mas, não tendo mais o corpo carnal que lhes servia de "periscópio", encostam-se às pessoas da Terra que lhes são similares, para, com o auxílio destes intermediários, satisfazerem seus desejos materiais, pelos sentidos psíquicos.

—  Com razão, pois, se diz, que ao lado:

  De cada pessoa,
  De cada homem, 
  Existem muitos Espíritos.

—  E esse fato tem sido verificado pelos médiuns videntes, que os enxergam até mesmo, tomando parte nos nossos negócios, viagens, diversões.
 
  Carros,
  Carroças,
  Pelas ruas,
  Pelas casas,
  Pelas praças,
  Nos automóveis,
  Estradas de ferro,
  Andam milhares de Espíritos.

—  Em toda parte eles são encontrados:

  Nos jantares, 
  Nos teatros,
  Nas igrejas,
  Nos bailes.

Esses Espíritos, de condição inferior, são os designados com o nome de familiares, na Doutrina Espírita. Não queremos dizer, com isto, que todos os familiares sejam ruins, atrasados e sofredores; há os em diversas escalas de bondade e de sabedoria, como existem na Terra pessoas de todas as categorias.

  Alguns são missionários, que poderiam estar num plano superior, mas preferem auxiliar parentes e amigos que aqui deixaram.

—  Outra multidão de missionários vive em nossa atmosfera, guiando os Espíritos atrasados, protegendo e auxiliando os homens de boa vontade:

  Iniciam na vida espiritual os que para lá se passam;
  Preparam para uns para novas encarnações;
  Exilam outros para mundos inferiores;
  Ou para outros planetas.

Esses casos são muito comuns no Mundo Espírita; é o que aqui na Terra chamamos "lei da deportação". Quando o indivíduo é perigoso, obstinado criminoso contumaz, irredutível, os governos da Terra, encerram-no num presídio.

  Ou deportam-no para outra nação; no Mundo Espírita, em semelhantes condições, enviam o Espírito, ou para um presídio, onde receba instrução e fique preso,

Ou para outro Planeta mais atrasado, com a dupla vantagem de que, ele levará aos habitantes dessas outras Terras alguma novidade que aprendeu, ao mesmo tempo que, aguilhoado pelo sofrimento, regenera-se e efetua o seu progresso.

—  No Mundo Espiritual há o princípio de autoridade, e disso temos muitas provas, seja pela cura de obsessões, seja na cura de moléstias, dadas pela Ciência como incuráveis e que não são mais que a ação de:

  Odientos,
  Invejosos,
  Ciumentos,
  Rancorosos,
  Espíritos maléficos...

...Cuja ação cessa quando eles são chamados à ordem e cedem ao principio de autoridade.

Contudo, não é demais repetir que, no momento atual, também o Mundo Espírita passa por grande crise, cujo reflexo se vê na Terra.

  Mas a crise não é definitiva: é sempre um tempo curto de revoluções, que tem um fim; esperamos que muito breve a crise do mundo material seja superada, para que mais depressa seja abafada a crise no Mundo Espírita, pois recíproca é a ação de um mundo sobre o outro.

A deportação, para outros planetas, de um verdadeiro Império de Perturbadores, que há séculos vem aniquilando e avassalando tanto o mundo Terra quanto o Mundo Espírita, dará fim a essa crise.

  E é por esse motivo que vós, espíritas, não podeis ainda consolidar as vossas mais altas aspirações, cumprindo com alegria as provas que, por Deus, vos foram impostas; e ao mesmo tempo vos é difícil manter íntima relação com os Espíritos que vos auxiliam.

Os efeitos dessa crise também concorrem para os insucessos de muitas curas e a ineficácia das preces que fazeis, bem como prejudicam experiências probativas da Imortalidade.

  Mas tudo passará breve e as duas Humanidades, ligadas por um mesmo Ideal, marcharão apressadamente para tornarem o Mundo Terreno uma habitação superior.

Ao menos bem confortável, e o Mundo Espírita, um Paraíso para o descanso e úteis diversões, ao mesmo tempo, uma Escola de Progresso, a oferecer aos que deixarem a Terra novas oportunidades.

  Tudo vai ser reformado, tudo vai ser remodelado para o Império do Bem e do Belo, porque o Reinado do Cristo Jesus se avizinha e se proclama em todo o mundo e no Espaço.





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