Recebi por e-mail do próprio autor e achei importante para os que gostam de História e Espiritismo.
Ramon
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Espiritismo e História

Luiz Carlos Formiga

A Faculdade União das Américas, Jardim Universitário, Foz do Iguaçu – PR trouxe matéria importante (1). Espíritas conscientes se preocupam com memórias e podem dar muitos exemplos.

Com tristeza informo que a antiga página do NEU-RJ desapareceu no seu antigo endereço na web. Por outro lado com alegria observamos que os que não se aposentaram já providenciaram uma nova página (*). A análise do seu conteúdo nos permite perceber dois momentos diferentes nas mesmas universidades, no entanto ambos fizeram seus registros “que ficam para a história”.

Lembramos das palavras do Senador: “O importante é que fica para a história. Daqui a 50 anos, quando alguém fizer uma pesquisa vai ver que o Lula chamou os senadores de pizzaiolos” (3). Esta reação veio porque hoje (julho de 2009) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista, concedida após a posse do novo presidente da Embrapa, que não se preocupava com a CPI da Petrobras, pois ela "é interessante apenas para quem gosta de fazer carnaval". Questionado se ela poderia dar em nada como tantas outras investigações anteriores - "acabar em pizza" - Lula foi irônico sobre a disposição dos senadores para investigações. "Eles são ótimos pizzaiolos". Sabendo que a maioria apoiava o governo, o pesquisador do futuro pensará: “Os senadores, da bancada de apoio do presidente, eram pizzaiolos?” Como isso será visto daqui a 50 anos?

Um outro exemplo espírita é o do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo Eduardo Carvalho Monteiro (CCDPE-ECM). De alguma forma aquele pesquisador no futuro (2059) poderá encontrar na lista de itens comercializados pelo CCDPE-ECM, o Anuário Histórico – 2006. Nele encontrará um artigo que foi escrito por dois antigos coordenadores do NEU-RJ. Um deles (André Luiz) era o webmaster da antiga página do NEU-RJ. Antiga, como meu Opala 75, mas não velha. Onde estaciono há sempre um comprador interessado. Embora tenha um carro mais novo não estou aceitando ofertas. André Luiz, com experiência na UERJ e na USP, escreveu comigo o “Universidade da Alma. Cidade Universitária do Espírito”. Está disponível no Jornal dos Espíritos (4).

Lembrei-me de um outro texto que ainda não se perdeu graças ao Panorama Espírita que o publicou - “Espiritismo na Universidade (Memória). Núcleos Espíritas Universitários na Oficina da CEERJ” (5).

Voltemos a União das Américas, onde pioneiros contam a história do Espiritismo. O Curso de História da Faculdade - UNIAMÉRICA – realizou o primeiro encontro História na Fronteira. Com a temática “Espiritismo em Foz do Iguaçu”, o encontro contou com a presença de Nehilda Mota Martins e Francisco Ferreira Mota, sobrinhos do pioneiro da temática no município, José Vicente Ferreira.

O objetivo da série de encontros, que terá uma reunião a cada mês, é trazer temas de interesse da comunidade para um bate papo entre acadêmicos, professores, interessados e os convidados que vivenciaram a história de Foz do Iguaçu. O evento, realizado na praça das águas do Cataratas JL Shopping, terá sua segunda edição, com o tema “Período Militar em Foz do Iguaçu”. A atividade é realizada em parceria com os restaurantes Bistrô da Praça e Soft Tacos Mexican Food.

A temática do primeiro encontro surgiu do interesse de um acadêmico em conhecer os detalhes da época da implantação do movimento espírita na cidade: “já tenho interesse neste tema há muito tempo e sempre quis aprofundar o entendimento sobre o início e a consolidação do espiritismo na cidade desde os primeiros momentos”.

“O Espiritismo teve início em Foz do Iguaçu quando o alagoano José Ferreira iniciou as atividades em 1918, mesmo ano em que a cidade ganha o nome de Foz do Iguaçu. Na época ele, que era policial, chegou a ser perseguido inclusive por seus colegas de profissão”.

O leitor interessado encontrará detalhes interessantes (1, 5) e aquele pesquisador do futuro certamente ficara feliz ao encontrar os outros que o acompanham (2,3,4,6), por não ficar com aquela estranha sensação do “elo perdido”. No final, acadêmicos e professores que participaram do primeiro encontro fizeram avaliação: “O nível de aprofundamento foi fantástico. Pudemos questionar diretamente quem viveu a história e não através de terceiros ou mesmo de livros. Muitos aproveitaram inclusive para questionar sobre outros temas de pesquisa da época”.

Uma “pesquisa da nossa época” merece ser examinada pelos membros dos NEUs. A que vai explicar o “efeito inteligente” que se observa através do depoimento do psicólogo Júlio César Roriz (  http://aeradoespirito2.sites.uol.com.br/Artigos/EFEITO_INTELIGENTE_LCF.html  ). O que vai atrapalhar é o medo da contaminação (6), como no tema “índigos” (7) ou  vírus H1N1.

Através da Faculdade União das Américas ouvimos outro depoimento: “Os pioneiros guardam essa memória das primeiras experiências e tivemos a oportunidade de ouvir sobre elas em primeira mão. Foi um encontro muito rico para se perceber como foi construída a visão atual do Espiritismo, desde a necessidade do pioneiro se esconder para realizar suas atividades até o ponto em que estamos hoje, no qual os participantes são vistos como pessoas ligadas à caridade e à intelectualidade, por lerem muito”.

Será que estamos lendo mesmo?

Referências

(1) http://www.uniamerica.br/noticia/pioneiros_contam_historia_do_espiritismo_na_cidade/

(2)  http://ccdpe.org.br/ ; http://ccdpe.org.br/Comunicacao/not2008060708.html

(3) http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=93521&codAplicativo=2

(4) http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.40.htm

(5) http://www.panoramaespirita.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=5207

(6) http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/ultimahora1.htm

(7) http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.htm

(*) Nova pagina do NEU-RJ -  http://neu-rj.org/index.php