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Olá amigosEssa ideia de que a doença pode ser uma pena de outras encarnações não me entra na cabeça.
E pode ser uma fonte de descriminação em relação às pessoas doentes pelos fanáticos, o que é perigoso.
Não explica a razão pela qual os animais também têm doenças semelhantes aos seres humanos, e até podem nascer também fisicamente defeituosos.
A ciência encontra relações causa-efeito entre as doenças e a genética, entre as doenças e os comportamentos que vão contra a saúde, entre as doenças e o ambiente físico em que vivemos.Não se pode estabelecer uma relação causa-efeito entre uma doença e a uma pena de encarnações anteriores, em cada caso concreto. Essa relação causa-efeito, em regra, é determinada por suposição, e suposições não são factos. E muito menos são certezas.
Passar uma vida inteira a cumprir uma pena de encarnações anteriores sem conhecer essa pena não me parece lógico. É como estar preso a cumprir uma pena que não conhecemos. Se isso é reprovável na Terra, se é considerado uma injustiça, porque havemos de considerar que é correcto estar previsto nas leis naturais que Deus concebeu?
Depois do desencarne poderíamos entender, mas, até lá, parece-me uma injustiça, e nada contribui para a nossa melhoria, pois não sabemos, ao certo, porque porque estamos assim, do ponto de vista espiritual, apenas podemos jogar palpites para o ar.
A ideia de que estamos aqui submetidos a um destino determinado anteriormente e que não conhecemos, se acreditamos que a nossa doença tem origem em penas ou comportamentos errados de encarnações anteriores, é desanimadora. Efectivamente não podemos ir ao passado alterar nada. Se a encarnação não é uma renovação, uma nova oportunidade, independente do passado, mas uma forma de cumprir a pena de Talião, então vivemos para suportar uma vingança em nome daqueles a quem prejudicámos, de alguma forma, em encarnações anteriores. E uma vingança é um crime, como ensina Jesus de Nazaré, não é imposição da justiça, que é reparar o prejuizo causado, positivamente, da forma possível.
Jesus até vai mais longe e diz para fazer o bem aqueles que nos fazem o mal. Ou seja, para não retaliar, respondendo a violência com violência. Para não nos vingarmos, em suma. Ele ensinou a amar até os inimigos.
Uma pena não é justiça, quanto muito pode ser uma forma de dissuadir a pessoa de comportamentos errados. Mas esse efeito de dissuadir de comportamentos errados, aqui na Terra, encarnados, não funciona nesta encarnação, pois nela não conhecemos as razões dessa pena. A não ser que aceitemos o principio que a doença que não tem origem em comportamentos desta vida é um sinal de criminoso da encarnação anterior. Ou seja, os mais saudáveis não têm penas a cumprir que impliquem a saúde, apenas os doentes. Não aceitando esse principio, quanto a mim discriminatório e nocivo, sobretudo porque é virado para os que estão doentes, para os mais frágeis. E a DE ensina a apoiar mais os mais frágeis, não a considerá-los criminosos a cumprir pena desconhecida. Se aqui não conhecemos a pena, só depois do desencarne a podemos conhecer.
A explicação da vida como resultado de um código penal divino é redutora. A vida é bem mais complexa do que isso. As influências a ter em conta são muitas. A compreensão das razões do que nos acontece reduzidas ao ponto de vista espiritual é extremamente redutora. E não há evidências confiáveis de que tudo na vida são efeitos que têm apenas causas espirituais. Seja o que nos acontece positivo ou negativo.
Iniciado por Victor Passos Toxicodependência
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Iniciado por sandramarabsj « 1 2 » Toxicodependência
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