T�pico: O dinheiro diante das pesquisas cient�ficas (Lida 857 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 18 de Outubro de 2018, 07:25 »

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

O dinheiro diante das pesquisas cient�ficas

O Esp�rito Bezerra de Menezes afirma que o dinheiro na sociedade, apesar de n�o ser luz, sustenta a l�mpada, que apesar de n�o ser a paz, � um instrumento que facilita a sua obten��o, que apesar de n�o ser calor, viabiliza o agasalho; que apesar de n�o ser o poder da f�, alimenta a esperan�a; que apesar de n�o ser amor, � capaz de erguer-se por valioso ingrediente na prote��o afetiva; que apesar de n�o ser o tijolo de constru��o, assegura as atividades que garantem o progresso; que apesar de n�o ser cultura, ap�ia o livro; que apesar de n�o ser vis�o, ampara o encontro de instrumentos que ampliam capacidade dos olhos; que apesar de n�o ser base da cura, favorece a aquisi��o do rem�dio [1] e, obviamente, incentiva as pesquisas para a formula��o dos medicamentos. Pensando sobre essas reflex�es, veio-nos � mente o caso de Henrietta Lacks, uma mulher que desencarnou com c�ncer h� 60 anos, por�m cujas c�lulas (�imortais�) retiradas do seu corpo t�m salvado vidas humanas at� hoje.
Vejamos como se deu o fato. Tudo come�ou no ano de 1951, com a chegada de Henrietta a um hospital nos Estados Unidos. Tal fato marcou o in�cio de um grande avan�o para a biotecnologia. As c�lulas de seu corpo revolucionariam a ci�ncia m�dica. Lacks teve c�ncer no colo do �tero pouco antes de desencarnar, e um m�dico retirou um peda�o de tecido para uma bi�psia e percebeu que eram c�lulas distintas das demais j� analisadas por ele. Desde ent�o, as c�lulas removidas do corpo de Henrietta v�m crescendo e se multiplicando.
Investindo-se vultosa soma de dinheiro produziu-se bilh�es dessas c�lulas em laborat�rios de pesquisa, sendo aproveitadas por cientistas, que as batizaram de linha celular HeLa, uma refer�ncia ao nome de Henrietta. H� muitas situa��es em que o cientista precisa estudar tecidos ou pat�genos no laborat�rio. O exemplo cl�ssico � a vacina contra a poliomielite. Para desenvolv�-la era necess�rio que o v�rus crescesse em c�lulas de laborat�rio, e para isso eram necess�rias c�lulas humanas e evidentemente muito investimento financeiro. As c�lulas HeLa acabaram sendo perfeitas para esse experimento, e as vacinas salvaram milh�es de pessoas, fazendo com que essa linha celular ficasse mundialmente conhecida.
Essas c�lulas n�o somente permitiram o desenvolvimento de uma vacina contra a poliomielite e in�meros tratamentos m�dicos, mas foram levadas nas primeiras miss�es espaciais e ajudaram cientistas a prever o que aconteceria com o tecido humano em situa��es de gravidade zero. Al�m disso, os militares dos EUA colocavam grandes garrafas com c�lulas HeLa em lugares que em que eram realizados experimentos at�micos.
N�o entraremos no m�rito do abuso mercantilista, compreensivelmente resultante das car�ssimas pesquisas com as c�lulas em ep�grafe que, diga-se de passagem, foram as primeiras a serem compradas, vendidas, embaladas e enviadas para milh�es de laborat�rios em todo o mundo � alguns deles dedicados a experi�ncias com cosm�ticos, para avaliar os eventuais efeitos colaterais indesejados dos produtos. Nas din�micas dos paradoxos humanos reconhecemos que al�m da contribui��o cient�fica, gerou-se bilh�es de d�lares em produtos testados com as c�lulas HeLa.
No in�cio deste texto discorremos com Bezerra sobre a import�ncia do dinheiro, por�m reconhecemos que a gan�ncia ainda reina entre n�s, mormente no universo cient�fico. Por�m o que importa no tema � que as c�lulas (�imortais�) retiradas do corpo de Henrietta Lacks t�m sido a base de dezenas de milhares de estudos m�dicos em todo o mundo e em diversos ramos da ci�ncia biol�gica para a melhoria de vida do homem. Portanto, tem sido um elemento crucial para o desenvolvimento cient�fico na busca da sa�de humana.
Trocando em mi�dos, o dinheiro associado a consci�ncia tranquila � alavanca do trabalho, fonte da benefic�ncia, apoio da educa��o e alicerce da alegria. � uma ben��o do C�u que, de modo imediato, nem sempre faz felicidade, mas sempre faz falta. [2] Principalmente nas pesquisas cient�ficas que agenciam terap�uticas e at� a cura de diferentes doen�as, a exemplo do c�ncer, que h� poucas d�cadas era devastador para a nossa sobrevida.

Jorge Hessen

Refer�ncia bibliogr�fica:

[1] XAVIER, Francisco C�ndido. �Caridade�, Cap. 36 �Dinheiro�, SP: Ed. IDE, 1997
[2] idem

PAZ, MUITA PAZ!

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