T�pico: A Pascoa e a vis�o espirita (Lida 13982 vezes)

SB · « **em:** 13 de Mar�o de 2008, 23:19 »

"Na doutrina esp�rita, n�o h� comemora��o da P�scoa, pois para os esp�ritas, n�o existiu ressurrei��o f�sica, por ser "Cientificamente imposs�vel�. O que houve foi uma apari��o do corpo espiritual que � algo natural. A vida de Jesus � cheia de exemplos.

A origem da palavra P�scoa � judaica e significa, �Pessach�, passagem em hebraico, dia em que se comemora a liberta��o do povo hebreu do cativeiro.

Est� evidente, a�, a refer�ncia de que a P�scoa j� era uma �comemora��o�, na �poca de Jesus, uma festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi �aproveitar-se� do sentido da festa, para adapt�-la, dando-lhe um novo significado, associando-o � �imola��o� de Jesus, no p�s-julgamento, na execu��o da senten�a de Pilatos.

No que concerne � ressurrei��o, podemos dizer que a interpreta��o tradicional aponta para a possibilidade do reagrupamento da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situa��o totalmente recha�ada pela ci�ncia, em virtude da deteriora��o do envolt�rio f�sico. Por outro lado, at� hoje n�o sabemos de nenhuma m�mia que tivesse ressuscitado, j� que esta cren�a veio dos Eg�pcios. As Igrejas crist�s insistem na hip�tese do Cristo ter �subido aos C�us� em corpo e alma, e acontecer� o mesmo em rela��o a todos os �eleitos� no chamado �ju�zo final�. Isto �, pessoas que morreram, pelos s�culos afora, cujos corpos j� foram decompostos e reaproveitados pela terra, ressurgir�o, perfeitos, reconstituindo as estruturas org�nicas, do dia do julgamento, onde o Cristo separar� justos e �mpios.

A l�gica e o bom-senso, base do pensamento esp�rita, abominam tal teoria, pela impossibilidade f�sica e pela injusti�a moral. Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um crit�rio mais justo para aferir a �compet�ncia� ou a �qualifica��o� de todos os Esp�ritos. Com �tantas oportunidades quanto sejam necess�rias�, no �nascer de novo�, � poss�vel a todos progredirem.

Mas, como explicar, ent�o as �apari��es� de Jesus, nos quarenta dias p�stumos, mencionadas pelos religiosos na alus�o � P�scoa? A fenomenologia esp�rita (medi�nica) aponta para as manifesta��es ps�quicas descritas como mediunidades. Em algumas ocasi�es, como a conversa com Maria de Magdala, que havia ido at� o sepulcro para depositar algumas flores e orar, perguntando a Jesus � como se fosse o jardineiro � ap�s ver a l�pide removida, �para onde levaram o corpo do Raboni�, podemos estar diante da �materializa��o�, isto �, a utiliza��o de fluido ectopl�smico � de seres encarnados ou de elementos da natureza � para possibilitar que o Esp�rito seja visto (por todos). Noutras situa��es, estamos diante de uma outra manifesta��o ps�quica conhecida, a mediunidade de vid�ncia, quando, pelo uso de faculdades medi�nicas, algu�m pode ver os Esp�ritos.

Curioso � que at� hoje n�o perceberam o erro na hora de fazer as contas, segundo o credo crist�o, Jesus morreu e ressuscitou no terceiro dia, mas como se de sexta at� domingo s� se passaram dois?"

Luciano Ribeiro

A Pascoa e a vis�o espirita

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