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Altair era a mais sábia das águias, dentre seus iguais ninguém era mais sábio,mais imponente,sua palavra animava as jovens águias a perseguir seu sucesso e a inscrever seu nome entre as águias do deserto.Ele sabia identificar um simples rato a distancia,podia carregar um pequeno cervo com sua força superior,orgulhoso ,desprezava as pequenas presas e caçava seu sustento entre as presas mais astutas.Do alto da montanha onde caçava podia vislumbrar o vasto oásis, tudo era seu território e as fêmeas ansiavam por seus favores.Um dia ,viu ao longe uma pequena poeira,que foi crescendo,crescendo.Ele como águia sábia que era,imaginou que se tratava de um siroco,mas não...A poeira foi se aproximando,trazendo um estranho animal,uma espécie de símio,mas diferente de todos que já vira no oásis.O símio estava coberto de uma pele estranha,que se movia ao vento, levava atrás de si uma estranha coisa,que era puxada por dois camelos,e tinha também um estranho animal,semelhante a um grande rato que fazia um barulho infernal.Mas o que chamou mesmo sua atenção era uma planta brilhante,redonda de onde ele pode ver uma linda águia,presa por um brilhante cipó,atado a uma de suas garras.Como sábio que era,ele não pode identificar o animal,não pode identificar a estranha pedra com os estranhos discos sobre a qual ela repousava e se movia,não eram patas ,eram circulares,não pode identificar o estranho rato gigante,com longos pelos e dentes afiados.Logo,as outras águias que revoavam por ali,vieram perguntar a ele o que era aquilo.Ele respondeu que já havia visto aquele estranho animal,que eles não deviam se preocupar,pois, todos sabiam, as águias eram os mais inteligentes animais que existiam,e obviamente o rei daqueles animais era a águia que estava no grande animal semelhante a uma pedra.Isto era óbvio, falava Altair,vejam como ela está no alto.Sim, disse uma jovem águia,vi quando a rainha deles caçou um pássaro para que eles se alimentassem,e o símio lhe passou a melhor parte, a cabeça, em agradecimento.Então estava tudo certo, pensou Altair.Amanhã ,bem cedo,vou me apresentar a rainha.No outro dia, Altair lavou-se no lago,ajeitou suas penas e voou destemidamente,pousando ao lado da rainha.Salve, rainha!Quem é você? perguntou a ave.Sou Altair, líder das aves daqui,o mais corajoso,o mais forte e o mais sábio.E porque me chama de rainha?Ora.. você está acima dos outros estranhos animais,caça por eles e recebeu a melhor parte da caça,está num trono brilhante,adornada por cipós brilhantes,usa este estranho capacete com belas plumas ,deveis ser rainha.A águia escutou e pensou:porque não deixar que ele pense assim, pela voz parece ser uma bela águia. Ela se sentia só e ansiava por companhia.Quereis partilhar de meu trono, nobre águia?Sim,falou Altair,que preciso fazer?Basta ficar ao meu lado por mais um tempo meu servo vai dar-lhe um amuleto que colocará em sua garra. Assim reinarás ,não somente sobre seus companheiros,mas também sobre os animais que eu comando.Altair, inebriado pelas palavras,esperou até que o símio se aproximasse,ele vinha quieto e em grande reverencia e com gestos suaves colocou em sua garra um gancho prateado com um cipó também prateado.Altair ficou lisonjeado pela reverencia do servo,e logo quis voar até seus companheiros para contar sua glória,mas não conseguiu,fez mais força e nada,tentou até que sua garra ficasse com sangue escorrendo e aí percebeu...ele que sempre fora esperto e sábio,que sempre havia feito armadilhas e emboscadas havia caído prisioneiro.E assim , Altair, o livre,havia virado Altair o escravo, e descoberto que ,mesmo sendo a maior das águias, havia neste mundo um animal mais esperto,que enxergava mais longe,que tinha mais recursos. Percebeu que havia ficado cego em buscar seu objetivo,que não viu a armadilha ao seu redor.Como fazia com as suas presas,quando deixava restos de animais para atraí-las e as tolas aves não se apercebiam senão quando era tarde, assim o maldito Homem havia feito com ele.Cego aquele que não sabe que sempre haverá um mais esperto e sempre as suas necessidades tolherão sua razão.
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