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  • Mito da Queda - Migração de Espíritos

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Autor Tópico: Mito da Queda - Migração de Espíritos  (Lida 16681 vezes)

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MarcoALSilva

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Mito da Queda - Migração de Espíritos
« em: 23 de Fevereiro de 2011, 00:19 »
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O Mito da Queda está presente em toda a tradição antiga, com roupagens diferentes por certo. Com o advento do Espiritismo, máxime nas pesquisas e estudos catalogados na Revista Espírita, vemos manifestações que corroboram esse mito como símbolo de algo muito relevante nas bases filosóficas da Doutrina.

Eis o trecho:

MORTE DE CINCO CRIANÇAS POR UM MENINO DE DOZE ANOS.
PROBLEMA MORAL.

Leu-se na Gaze fie de Si lese:

"Escreveu-se de Bolkenham, em 20 de outubro de 1857, que um crime apavorante foi cometido por jovem menino de doze anos. Domingo último, 25 do mês, três filhos do senhor Hubner, fabricante de pregos, e dois filhos do senhor Fritche, sapateiro, jogavam juntos no jardim do senhor Fritche. O jovem H..., conhecido por seu mau caráter, se asso-ciou aos seus jogos e convenceu-os a entrarem em um baú depositado em uma casinha do jardim e que servia ao sapateiro para transportar suas mercadorias para a feira. As cinco crianças puderam nele entrar com dificuldade, mas se comprimiram e se colocaram umas sobre as outras, rindo. Logo que nele entraram, o monstro fechou o baú, sentou-se em cima, e ficou três quartos de hora escutando primeiro seus gritos, depois seus gemi-dos.
"Quando, enfim, seus estertores cessaram, que os acreditou mortos, abriu o baú; as crianças ainda respiravam. Ele fechou o baú, aferrolhou-o e se foi brincar com papagaio de papel. Mas foi visto, saindo do jardim, por uma jovem. Concebe-se a ansiedade dos pais, quando perceberam o desaparecimento de seus filhos, e seu desespero quando, depois de longa procura, encontram-nos no baú. Uma das crianças vivia ainda, mas não tardou em entregar sua alma. Denunciado pela jovem que o havia visto sair do jardim, o jovem H... confessou seu crime com o maior sangue-frio e sem manifestar nenhum arre-pendimento. As cinco vítimas, um menino e quatro meninas de quatro a nove anos, foram enterrados juntos, hoje.
Nota. - O Espírito interrogado foi o da irmã do médium, morto há doze anos; mas que sempre mostrou superioridade como Espírito.
1. Ouvistes o relato que acabamos de ler da morte cometida na Silésia, por um me-nino de doze anos sobre cinco outras crianças? - R. Sim; minha pena exige que eu escute ainda as abominações da Terra.
2. Qual motivo pôde levar uma criança dessa idade a cometer uma ação tão atroz e com tanto sangue-frio? - R. A maldade não tem idade; ela é ingênua numa criança; é ra-ciocinada no homem feito.
3. Quando ela existe numa criança, sem raciocínio, isso não denota a encarnação de um Espírito muito inferior? - R. Ela vem, então, diretamente da perversidade do cora-ção; é o seu Espírito que o domina e o leva à perversidade.
4. Qual poderia ter sido a existência anterior de um Espírito semelhante? - R. Horrí-vel.
5. Em sua existência anterior, ele pertencia à Terra ou a um mundo ainda mais infe-ria? - R. Não o vejo bem; mas devia pertencer a um mundo bem mais inferior que a Terra: ele ousou vir à Terra; por isso será duplamente punido.
6. Nessa idade a criança tinha bem consciência do crime que cometia, e dele tem a responsabilidade como Espírito? - R. Ele tinha a idade da consciência, é bastante.
7. Uma vez que esse Espírito havia ousado vir à Terra, que é muito elevada para ele, pode ser constrangido a retornar para o mundo em relação com a sua natureza? - R. A punição é justamente de retroceder; ele mesmo é o inferno. É a punição de Lúcifer, do homem espiritual rebaixado até a matéria; quer dizer, o véu que lhe esconde, de hoje em diante, os dons de Deus e sua divina proteção. Esforçai-vos, pois, para reconquistar es-ses bens perdidos; tereis ganho o paraíso que o Cristo veio vos abrir. É a presunção, o orgulho do homem que gostaria de conquistar o que só Deus pode ter.

Nota. - Uma observação é feita a propósito da palavra ousou, da qual se serviu o Espírito, e dos exemplos que foram citados concernentes à situação de Espíritos que se encontraram em mundos muito elevados para eles, e que foram obrigados a retornar para um mundo mais em harmonia com a sua natureza. Uma pessoa fez notar, a esse respei-to, que foi dito que os Espíritos não podem retrogradar. A isso respondeu que, com efeito, foi dito que os Espíritos não podem retrogradar no sentido de que não podem perder o que adquiriram em ciência e em moralidade; mas eles podem decair como posição. Um homem que usurpe uma posição superior àquela que lhe conferem suas capacidades ou sua fortuna pode ser constrangido a abandoná-la e retornar ao seu lugar natural; ora, não está aí o que se pode chamar decair, uma vez que não fez senão reentrar em sua esfera, de onde saiu por ambição ou por orgulho. Ocorre o mesmo com respeito aos Espíritos que querem se elevar muito depressa nos mundos onde se encontram deslocados.
Espíritos superiores podem igualmente se encarnar em mundos inferiores, para irem cumprir uma missão de progresso; isso não pode chamar-se de retrogradar, porque é de-votamento.
8. Em que a Terra é superior ao mundo ao qual pertence o Espírito do qual acaba-mos de falar? - R. Nele há uma fraca idéia da justiça; é um começo de progresso.
9. Disso resulta que, em mundos inferiores à Terra, não há nenhuma idéia de justi-ça? - R. Não; os homens aí não vivem senão para eles, e não têm por motivação senão a satisfação de suas paixões e de seus instintos.
10. Qual será a posição desse Espírito em uma nova existência?
- R. Se o arrependimento vier apagar, senão inteiramente pelo menos em parte, a enormidade de suas faltas, então ele permanecerá na Terra; se, ao contrário, ele persistir nisso que chamais a impenitência final, ele irá para uma morada onde o homem está no nível do animal.
11. Assim, pode ele encontrar, sobre essa Terra, os meios de expiar suas faltas sem ser obrigado a retornar para um mundo inferior? - R, O arrependimento é sagrado aos olhos de Deus; porque é o homem que julga a si mesmo, o que é raro em vosso planeta.



Acho importante buscar integrar informações colhidas, de fontes confiáveis, com a tradição antiga, como forma de estabelecer bases mais amplas e sólidas acerca dos estudos.

As migrações de Espíritos, sendo o fenômeno que alicerça o mito da Queda, podem nos levar a cogitações sobre a natureza e condição humana atuais.

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Offline Mirina

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #1 em: 26 de Fevereiro de 2011, 01:59 »
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Marco,


lendo o texto chamame mais atenção o adentrar do espirito em condição inferior em um mundo mais adiantado, e, neste plano poder ele exercitar livremente sua maldade sem que a isso se de impecilho, ou que aos outros se permita qualquer tipo de proteção por meio da intuição ou bom senso que todos nós carregamos.

Certo que, ao desencarnar e não antes disto, o espirito deste individuo será reencaminhado para um plano mais conveniente ao seu estagio evolutivo, mas, se durante sua própria encarnação for capaz de arrepender-se sinceramente e alcançar progresso moral, será então redimido e , respondendo por seus atos, a ele será permitido nova encarnação para que perdoe e seja perdoado pelos erros cometidos, quiça ainda no proprio plano que adentrou indevidamente.

E, por ultimo, a considerar as barbaridades que nos tempos atuais temos presenciado, podemos cogitar que esta invasão indevida a planos superiores a sua natureza, continua sendo realizada com sucesso por espiritos advindos de planos inferiores e, que uma vez aqui, encontram certa facilidade para realizarem as mais diversas atrocidades, sem que a isso se considere nenhum obstaculo, deduzo então que tal movimento faz parte de um plano maior, que tem por objetivo moralizar através do choque e do conflito, elevando moralmente o homem deste plano e o distanciando da matéria animalizada e instintiva.

Então, pelo meu entendimento, a ascensão e não a queda é que merece uma analise detalhada.

Abs,
Mirina


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MarcoALSilva

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #2 em: 26 de Fevereiro de 2011, 20:34 »
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Cara Mirina,

Quando abordo a Queda como interessante ao estudo da condição humana, aponto para a natureza rebelde (o Anjo Rebelde - a Rebelião de Lúcifer) de quem, tendo atingido a noção de si mesmo enquanto individualidade, experimenta o ímpeto de vivenciar a consciência e as escolhas que dela advêm...

O Mito do anjo decaído, segundo muitos, representa a descida do Espírito à carne. Ocorre que é a Codificação que nos ensina que o Espírito necessita da matéria para desenvolver a inteligência.

71. A inteligência é atributo do princípio vital?

“Não, pois que as plantas vivem e não pensam: só têm vida orgânica. A inteligência e a matéria são independentes, porquanto um corpo pode viver sem a inteligência. Mas, a inteligência só por meio dos órgãos materiais pode manifestar-se. Necessário é que o Espírito se una à matéria animalizada para intelectualizá-la.”

É por demais relevante à compreensão de nosso estágio enquanto humanidade essa "descida" à matéria para manifestar a inteligência.

Por que somente através de órgãos materiais pode a inteligência se manifestar?

Talvez porque essa manifestação de inteligência, referida na própria Doutrina, seja concernente à inteligência de um ser plenamente individualizado, portanto distinto da Inteligência que compõe o princípio inteligente.

Sendo assim, a Queda é o caminho natural do progresso do ser que se inicia na fase de humanização (pergunta 607-A do LE).

Vê como tudo parece entrelaçar-se?

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Offline Mirina

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #3 em: 28 de Fevereiro de 2011, 23:38 »
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Marco,

voce se refere a queda como reencarnação?
Vejamos como se conduz um cientista:
descobre um teorema revolucionario, que explica uma determinada situação.
Faz inumeros calculos, inumeras equações e prova matematicamente que esta situação se dá por determinada causa, e que, se modificadas determinadas variantes poderemos alterar o resultado final.
Para ser digno de crédito nosso cientista terá que provar sua teoria na prática, reproduzindo materialmente o que havia provado teoricamente.

Bom, voltando ao mito da queda.  Morremos e na erraticidade revisamos todos os fatos concernentes a nossa ultima encarnação.  Dentro do plano proposto obtivemos sucesso em determinados parametros e sucumbimos em outros.   Nos debruçamos sobre a questão e recebemos novas orientações, novas lições que nos iluminam sobre a falha ocorrida.
Estamos convencidos de que, agindo novamente dentro dos mesmos parametros atingiremos resultados diferentes pois alteramos alguns dados dentro de nossa natureza.
Pronto, estamos novamente prontos a nos testar, da teoria a pratica e para tanto necessitamos da matéria para reproduzirmos o mesmo cenário em que falhamos anteriormente, e agora, novamente realizado, temos as chaves da modificação.

Me parece semelhante uma e outra situação, será esta sua questão?
Volto a minha pergunta, no texto que lançou, se refere a ascensão do espirito a um plano onde não tinha permissão de adentrar.  Neste caso esta testando sua inteligencia?

Abs,
Mirina

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MarcoALSilva

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #4 em: 01 de Março de 2011, 00:20 »
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Olá! Obrigado por me ajudar a meditar!

Quando abordo o mito da Queda, refiro-me à noção que existe em todos os povos, desde a mais remota antiguidade, do simbolismo da descida da essência espiritual ao plano denso da matéria física.

Não apenas reencarnações.

A Humanidade deste planeta desceu à matéria porque necessitava de órgãos materiais para manifestar a inteligência.

Independentemente de serem necessárias várias encarnações, o que me fascina é essa informação passada pelos Espíritos Superiores no âmbito da Doutrina Espírita --- o Espírito necessita de órgãos materiais para manifestar a inteligência.

Por que?

O que isso tem a ver com a Queda?

Tudo...

Imagine o princípio inteligente em fase de humanização. Só vai atingir a plena individualidade e, assim, destacar-se do todo e tornar-se único, quando estiver na matéria sob a restrição máxima que permite essa individualização.

Ora, o princípio inteligente é o "anjo" que desejou ser Deus... Desejou ser... Simplesmente desejou ter sua própria identidade, delimitando-se do todo --- ser único, como único é somente Deus...

A idéia de que Lúcifer é o príncipe das trevas, o autêntico "senhor malzão", é apenas fruto do terrorismo religioso imposto pela doutrina católica em séculos de dominação das massas.



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Offline Anton Kiudero

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #5 em: 01 de Março de 2011, 08:32 »
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Citação de: MarcoALSilva em 01 de Março de 2011, 00:20
A Humanidade deste planeta desceu à matéria porque necessitava de órgãos materiais para manifestar a inteligência.

Independentemente de serem necessárias várias encarnações, o que me fascina é essa informação passada pelos Espíritos Superiores no âmbito da Doutrina Espírita --- o Espírito necessita de órgãos materiais para manifestar a inteligência.

Ola Marco,

No preambulo do LE tambem diz que (de memoria, desculpe as falhas) o universo material poderia desaparecer ou nunca ter existido...  Como voce conjuga estes dois pensamentos em um só?

o Espírito necessita de órgãos materiais para manifestar a inteligência e o universo material poderia desaparecer ou nunca ter existido

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Quem ama a Deus conversa incessantemente com ele, como com um Pai, despojando-se de todo pensamento.

MarcoALSilva

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #6 em: 01 de Março de 2011, 17:32 »
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Citação de: Anton Kiudero em 01 de Março de 2011, 08:32
Citação de: MarcoALSilva em 01 de Março de 2011, 00:20
A Humanidade deste planeta desceu à matéria porque necessitava de órgãos materiais para manifestar a inteligência.

Independentemente de serem necessárias várias encarnações, o que me fascina é essa informação passada pelos Espíritos Superiores no âmbito da Doutrina Espírita --- o Espírito necessita de órgãos materiais para manifestar a inteligência.

Ola Marco,

No preambulo do LE tambem diz que (de memoria, desculpe as falhas) o universo material poderia desaparecer ou nunca ter existido...  Como voce conjuga estes dois pensamentos em um só?

o Espírito necessita de órgãos materiais para manifestar a inteligência e o universo material poderia desaparecer ou nunca ter existido

(Estou agora no trabalho, mas não resisti... rsrsrs)

Então, caro Anton... Aí entramos em cogitações filosóficas das mais interessantes, não é?

O Universo material foi criado apenas e tão-somente por força da Queda...  Será?

O plano físico na Terra estaria num patamar ainda mais denso do que as ondas de vida que não experimentaram a Queda (não se "rebelaram"). Por isso parece que "estamos sós"... Temos um Universo material inteirinho decorrente de nossa situação "caída". Será mesmo?

Já vi referências a ideias como essas. Com certeza você também as conhece.

Uma coisa eu sei: a condição humana parece mesmo um tanto quanto "excepcional" no concerto da Harmonia que advém do Pensamento do Criador.

Em todos os povos a tradição sempre e sempre aponta para um "alguém" muito elevado que nos tomou em sua consideração para a recondução à "normalidade"...

Nada disso viria à tona nos estudos espíritas não fosse pela informação: o Espírito necessita de órgãos materiais para manifestar a inteligência...

Então, para a sua pergunta:

Acho que o Universo material não precisaria existir se o Espírito (do homem) não tivesse (de alguma forma) se "rebelado" pela busca da individualidade plena.




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Offline Mourarego

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #7 em: 01 de Março de 2011, 18:01 »
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Mas Marcão,
o PI não é em si esmo o animal ou o Homem, só esta averiguação já os separa integralmente.
O PI é a fonte de tudo, ora, então vamos estar, a partir daqui, falando em transformações deste PI, ou seja das sua Individualizações.
Perguntam-me alguns, "Mas Moura, como pode se individualizar um PI em algo que não tem razão, pensamento ou possibilidade de avaliações intelecto-morais como os animais?"
Eu sempre respondo, Há uma resposta, em OLE que de maneira simples explica bem; Diz ela:
"Deus o supre".
É tão simples que tive de ler uma tres vezes até aceitar. Todos, ou a imensa maioria de nós temos por característica de humanidade, de ao conhecermos um cadinho alguma coisa, pensarmos que em alguns pontos, já sabemos do tudo sobre este ponto. Eu mesmo tenho esta dificuldade que tento aplainar. É que estamos todos na classe dos Espíritos Imperfeitos e estes, num sentido amplo, vêem sempre os problemas em sua maior feiura, exemplo:
Meu computador apresenta um erro. Ora logo me municio de chaves de fenda, multímetro e outras ferramentas e abro o "bicho'.
Acabo por fechá-lo sem dar cobro de onde vem o problema.  Acabando de fechar o computador é que vou notar que nada havia de errado, apenas não havia chamado  um tal arquivo necessário para a execução daquele programa, ou ainda se o problema ocorre no áudio, na maioria das vezes não tinha ligado a caixa de sim hehehe.
Com a doutrina é a mesma coisa, cofiamos nossas barbas (porque cabelos na cabeça eu já não os tenho né?), e só aludimos às maiores elocubrações, quando a resposta está na simplicidade do "Deus proverá".
É assim que homens são homens desde o início como diz a resposta á questão 127 da primeira edição de OLE.
Por que? Simples; Porque antes não éramos homens, nem projetos de. O que existia era o PI, e de suas múltiplas transformações evidenciadas por todo o processo de progresso obtido pelo PI em todos os reinos, culminou este PI por se transformar, individualizadamente, em um ser e este o quiseram chamar Homens.
Decerto estamos incluídos num mesmo reino geral, ou seja o Reino animal, mas nota, somos uma Espécie  cuja a essência é única, também por isso "homem o somos desde o
início." como diz a citada primeira edição de OLE.
mas que nos lembremos do final da explicação desta mesma questão onde os Espíritos Superiores nos ensinam, "Cada ser vivo, só evolui dentro de sua Espécie e de sua Essência".
Mas como nunca nos lembramos de abrir a primeira edição, por ouvir de alguns poucos a afirmação de que ela está defasada, ou que não esteja mais em vigência por motivo de ter saído a segunda edição, continuamos na imprecisão de muitas teorias que no mais das vezes somos nós mesmos quem as formulamos, tal como eu no meu computador.
abraços,
Moura


« Última modificação: 01 de Março de 2011, 18:12 by Mourarego »
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Offline Mirina

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #8 em: 01 de Março de 2011, 20:20 »
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Então Moura, lá no OLE os Espritios definem o homem como o ser capaz de pensar Deus, pensar o Divino.
Logo, o homem é o principio inteligente que adquire o atributo da inteligencia, isto é, já não mais é guiado pelo instinto e sim pelos próprios pensamentos e vontades.
A matéria é intelectualizada pelo espirito, ela decorre da capacidade e inteligencia deste e não ao inverso.
Toda a movimentação da matéria é regida pelo grau de adiantamento do espirito que a intelectualiza, portanto mais densa quanto menor o grau de progresso, como mais quintessenciada segundo seu grau maior de pureza.
Logo a matéria não é a causa do desenvolvimento da inteligencia no homem, e sim sua consequencia, instrumento desta. 

Testemunhamos o grau de pureza (inteligencia e elevação moral) do espirito de acordo com a matéria que o envolve, porém nossos sentidos só são capazes de perceber o ser que se reveste da mesma matéria com a qual somos constituidos neste plano.  Daí a "queda" para que possamos interagir e sermos percebidos no plano no qual habitamos.

Ainda em tempo, o PI do animal se individualiza, torna-se inteligente, homem, e permanece homem porque somos a espécie que Deus escolheu para conhecê-lo.  Isto não nos torna especiais, e sim com condições mais puras e evoluidas para ve-lo face a face.  Vale lembrar que a distancia que nos separa de Deus é a mesma que nos separa dos animais.

Mirina


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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #9 em: 01 de Março de 2011, 21:09 »
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Seu pensamento está correto maninha Mirina, há porém apenas um ponto que me cabe acertar:
Você diz: "Logo, o homem é o principio inteligente que adquire o atributo da inteligencia, isto é, já não mais é guiado pelo instinto e sim pelos próprios pensamentos e vontades."
OLE não explica assim, ao contrário ele nos diz que "O instinto existe sempre(...)"
transporto de lá as questões referentes:
"
75. É acertado dizer que as faculdades instintivas diminuem, à medida que crescem as intelectuais?
– Não. O instinto existe sempre, mas o homem o negligencia. O instinto pode também conduzir ao bem; ele nos guia quase sempre, e às vezes mais seguramente que a razão; ele nunca se engana.
75-a. Por que a razão não é sempre um guia infalível?
– Ela seria infalível se não estivesse falseada pela má educação, pelo orgulho e o egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite ao homem escolher, dando-lhe o livre-arbítrio."
Abraços,
Moura


Ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/outros-estudos/mito-da-queda-migracao-de-espiritos/?action=post;num_replies=10#ixzz1FNsr8Sp8

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MarcoALSilva

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #10 em: 02 de Março de 2011, 00:31 »
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Caros Amigos,

Não vou levantar argumentos sobre o pretérito animal ou não do homem... Não é esse o ponto.

Vejam o que eu disse acima:

[...] Curiosamente, eu (que tanto defendo que o Espírito do homem advém do mesmo princípio inteligente dos animais, tendo sido já animal no pretérito) acho que a tese de que homens sempre foram homens mais e mais corrobora o simbolismo do Mito da Queda...


O ponto que traz consequências filosóficas (no contexto da Filosofia Espírita) interessantes é o mito da Queda, quando meditamos a partir do ensinamento o Espírito precisa de órgãos materiais para manifestar a inteligência.

Tenho que reconhecer: é uma mera convicção pessoal adotar a visão evolucionista. Assim o dizendo não desminto o que dissera antes --- continuo achando que há provas científicas da evolução; no entanto, essas provas são discutíveis sob vários aspectos.

Um dos aspectos que mais me "incomodam" advém exatamente do estudo das tradições antigas.

O mito da Queda muito mais se coaduna com "homens sempre homens" do que com "homens que foram animais um dia".

Acho mesmo que é incompatível com essa segunda visão.

Mas a Queda é constante na tradição antiga.

Aí vem o Espírito Superior e diz: os órgãos materiais são necessários à manifestação da inteligência.

O Anton não se lembrou exatamente onde, mas referiu-se  a um trecho do LE. Eu o identifiquei (suponho):

86. O mundo corporal poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem que isso alterasse a essência do mundo espírita?
“Decerto. Eles são independentes; contudo, é incessante a correlação entre ambos,
porquanto um sobre o outro incessantemente reagem.”


Não tem exatamente o sentido que o amigo Anton mencionou, eu acho. Ademais, a seguir há outra referência que merece menção:

196. Não podendo os Espíritos aperfeiçoar-se, a não ser por meio das tribulações
da existência corpórea, segue-se que a vida material seja uma espécie de crisol ou de
depurador, por onde têm que passar todos os seres do mundo espírita para alcançarem a
perfeição?
“Sim, é exatamente isso. Eles se melhoram nessa provas, evitando o mal e
praticando o bem; porém, somente ao cabo de mais ou menos longo tempo, conforme os
esforços que empreguem; somente após muitas encarnações ou depurações sucessivas,
atingem a finalidade para que tendem.”


Parece haver dissonância com o mito? Na verdade não.

O mito fala exatamente disso --- o ser individualizado na matéria.



« Última modificação: 02 de Março de 2011, 01:09 by MarcoALSilva »
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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #11 em: 02 de Março de 2011, 02:03 »
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Corretissimo Moura,

o instinto esta sempre presente, porém o homem o negligencia priorizando sua vontade.
E aí Marco é que eu acredito estar o ponto chave, para que o homem cumpra seu destino no universo é mister se individualizar e desenvolver sua vontade.
A partir do direcionamento desta vontade o individuo torna-se senhor de sua força criadora e passa a estabelecer uma relação de causa e efeito com o universo que é determinante no seu próprio progresso e na transformação de cada um dos mundos em que interage.

Agora, para desenvolver esta vontade é preciso que a ela seja dado um norte, por meio do atributo da inteligencia e do uso da razão, esta sim, necessitando de varias encarnações ou quedas para então seguir na direção da iluminação que potencializa a energia do universo.

A necessidade da matéria é transitoria e de acordo com os mundos em que o espirito se relaciona, sendo cada um dos mundos dispostos de maneira diferenciada e sutilizada de acordo com o grau de pureza em que se encontram os espiritos que la habitam.

Amigo Marco, é possivel traçar uma linha historica sobre o mito da queda e suas coincidencias, talvez eu consiga entender melhor a condução de seu raciocinio.

Abs,
Mirina

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MarcoALSilva

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #12 em: 02 de Março de 2011, 14:24 »
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Só para ter uma ideia (não tenho os dados aqui comigo, mas vou procurar), na antiguidade chinesa se conta que uma estrela do céu caiu e trouxe consigo 1/3 de todas as estrelas...

Na China...

Quando vemos alguns estudiosos dizendo que a cristandade é composta de mitos antigos agregados e deturpados, tendemos a não dar muita atenção; mas, ao que tudo indica, é mesmo assim.

Não tenho nada contra católicos ou evangélicos, mas a doutrina que se formou em torno do credo niceno deturpou --- e muito --- o conhecimento que se tentava conservar desde a antiguidade.

O Espiritismo veio em um momento muito importante da evolução do ser humano. Creio que não abordou profundamente senão o que efetivamente é importante para o seu progresso, afinal não se prestaria a saciar meras curiosidades.

Mesmo assim, seria impossível não tangenciar assuntos que tais.

Necessitar de órgãos materiais para manifestar a inteligência, parece-me, é um desses pontos de tangência nos ensinos antigos.

Vale como ilustração: Max Heindel afirma que os "anjos" caídos se aproximam dos homens porque esses (homens) têm um cérebro físico.

Lembremo-nos: estamos meditando sobre uma informação doutrinária.

A importância (ao menos para quem pensa como eu) reside na busca de uma compreensão maior da efetiva condição humana no Cosmos.

Para mim é difícil aceitar que homens sempre foram homens. Imagine pensar que pode ser verdadeira a tese de que estamos, sim, numa situação de exceção, não como criminosos, mas como vórtices de extrema individualidade de um todo que, em outras circunstâncias, seguiria seu progresso sem adentrar nesses níveis tão profundos de segregação (individualização).

É difícil alinhavar os pontos de contato, mas é sedutor tentar.

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #13 em: 02 de Março de 2011, 14:37 »
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Marco,
Achei este blog com algumas considerações interessantes sobre a codificação da DE.

"domingo, 11 de janeiro de 2009
Queda dos anjos

Fonte: http://decodificando-livro-espiritos.blogspot.com/2009/01/queda-dos-anjos.html

O mito da queda dos anjos, ou o pecado original, tem suas raízes em todas as culturas e mais especificamente nos dogmas católicos. Kardec não se furtou em discuti-lo assim como fez sobre todas as outras coisas. E esta discussão veio desde o início pela publicação da primeira edição do Livro dos Espíritos até a publicação de sua derradeira obra, A Gênese, quando expõe a sua já sancionada doutrina dos anjos decaídos.

Esta doutrina ou teoria difere bastante da idéia tradicional do mito da queda. Basicamente, ela pressupõe a possibilidade de que espíritos que perseveram no mal e que se tornam um embaraço para o progresso de um mundo são excluídos deste e vão para um mundo menos adiantado. E o objetivo desta "queda" do espírito seria tanto a sua ajuda no progresso deste mundo inferior quanto a expiação de suas faltas e o seu consequente amadurecimento.

Entretanto, esta teoria não veio totalmente pronta e foi se estabelecendo com o desenvolvimento do trabalho de Kardec. Vamos, então, a um mapeamento entre as duas primeiras edições no qual se observa uma sutil diferença em relação aos objetivos da encarnação em um mundo inferior.

    Primeira edição
    133. Os espíritos podem se encarnar em um mundo menos perfeito do que àquele ao qual pertençam?
    "Sim."
    __ Mas então, uma vez que já ficaram apurados, por que suportam as tribulações de uma existência inferior?
    "Ê uma missão de contribuir para o progresso."
    Os espíritos que habitam em um mundo superior podem encarnar-se em um mundo menos perfeito; mas então isso não é uma expiação, é uma missão que eles cumprem assistindo os homens nas sendas do progresso, e que aceitam satisfeitos pelo ensejo que têm de praticar o bem.

    Segunda edição
    178. Os Espíritos podem reviver corporalmente num mundo relativamente inferior àquele em que já viveram?
    "Sim, quando devem cumprir uma missão para ajudar o progresso, e, nesse caso, aceitam com alegria as tribulações dessa existência, visto que lhes fornecem um meio de progredir."
    __ Isso não pode ocorrer por expiação e Deus não pode enviar os Espíritos rebeldes para mundos inferiores?
    "Os Espíritos podem permanecer estacionários, mas não retrogradam; a sua punição, pois, é a de não avançar e de recomeçar as existências mal empregadas num meio conveniente à sua natureza."
    __ Quais são aqueles que devem recomeçar a mesma existência?
    "Os que faliram em suas missões ou em suas provas."


Isto é, na nova edição Kardec já admite a possibilidade de que o espírito volte a encarnar em um mundo inferior para expiação. Por sua vez, na primeira edição só se admitia esta volta para uma missão. É interessante que nesta edição encontramos um diálogo mais direto sobre a queda dos espíritos e que não foi aproveitado na nova edição. Vejam:

    Primeira edição
    61. Que pensar da crença nos espíritos decaídos?
    "Já dissemos que todos os espíritos foram criados ignorantes e sem experiência; aprendem a verdade pelos testes a que todos são submetidos e nas missões que lhes são outorgadas. Aqueles que dão desempenho à missão sem nenhuma queixa avançam, os outros ficam para trás. Não são portanto decaídos; são, se quiser, rebelados; tal como a criança indócil para com o pai. Mas Deus não é impiedoso; fornece-lhes, incessantemente, os meios de se melhorarem; e cumpre-lhes aproveitá-los mais ou menos depressa, segundo a sua vontade, eis aí o livre arbítrio."
    A idéia da queda dos espíritos implica uma degradação; ora os espíritos, tendo todos igual ponto de partida que é o estado de ignorância e de inexperiência, não podem senão elevar-se ou ficar estacionários; não pode portanto haver queda no sentido vulgar ligado a esta palavra. E como a elevação depende da vontade pessoal, e da sua submissão à vontade de Deus, e que alguns espíritos não têm aceitado sua missão sem queixa, há no caso simples rebelião da parte deles, e eles ficam punidos por si mesmos, permanecendo maior temporada sob as penas inerentes à sua inferioridade, não porém eternamente, pois cedo ou tarde compreendem sua falta e avançam pouco a pouco. Não são porém anjos rebelados, visto como os anjos são espíritos já chegados à perfeição e que não podem degenerar.


Neste diálogo observamos uma ênfase maior em não associar tal queda dos espíritos a doutrina espírita. Na segunda edição já há uma maior aceitação da idéia por encontrar espaço em uma nova interpretação de que estes espíritos poderiam expiar as suas faltas em um mundo inferior.

Provavelmente, esta teoria foi se consolidando na medida em que os relatos de espíritos chegavam até Kardec demonstrando a possibilidade desta forma de expiação. Por exemplo, veja as respostas de um espírito familiar sobre a questão:

    Revista Espírita, outubro de 1858
    Morte de cinco crianças por um menino de 12 anos
    10. Qual será a posição desse Espírito em uma nova existência?
    "Se o arrependimento vier apagar, senão inteiramente pelo menos em parte, a enormidade de suas faltas, então ele permanecerá na Terra; se, ao contrário, ele persistir nisso que chamais a impenitência final, ele irá para uma morada onde o homem está no nível do animal."
    11. Assim, pode ele encontrar, sobre essa Terra, os meios de expiar suas faltas sem ser obrigado a retornar para um mundo inferior?
    "O arrependimento é sagrado aos olhos de Deus; porque é o homem que julga a si mesmo, o que é raro em vosso planeta."

Aparentemente, Kardec busca uma conciliação com as idéias universalmente aceitas sem, contudo, deixar de interpretá-las sob uma visão menos mística e conforme os princípios espíritas. Especialmente, no caso do mito da queda que faz parte da cultura cristã, Kardec procura aproximar o Cristianismo do Espíritismo sobretudo porque ambos compartilham da mesma mensagem de amor de Jesus. "

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Re: Mito da Queda - Migração de Espíritos
« Responder #14 em: 02 de Março de 2011, 16:45 »
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Só queria fazer entender que a teoria (posto que é apenas uma teoria), sobre os Anjos Decaídos, precede a humanidade terrestre.
Afinal, quem seriam os anjos segundo a doutrina?
Ora, os anjos seriam os que chamamos comumente de Espíritos puros...
Bem já se vê que a teoria não se coaduna com o que a doutrina ensina,. já que para ela os Puros Espíritos seriam aqueles que já não guardassem mais qualquer vínculo coma matéria.
Ora mas a teoria provem de ensino católico, não da doutrina daí tantas interpolações que nos levam a incidir em erros de convicção.
O mano Marcão dá a entender quando fala nos homens, que foge da premissa que a teoria católica nos mostra, pois ela fala em anjos decaídos, e não em homens.
abraços,
Moura

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