T�pico: EDMR - o que significa (Lida 2795 vezes)

HelenaBeatriz · « **em:** 06 de Novembro de 2012, 16:37 »

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EMDR, o que � e para quem se destina?

Silvia Malamud
� um m�todo de dessensibiliza��o e reprocessamento de experi�ncias emocionalmente traum�ticas por meio de estimula��o bilateral dos hemisf�rios cerebrais. Trata-se de uma nova abordagem para o tratamento de traumas emocionais desenvolvida pela doutora Francine Shapiro, no final dos anos 80, na Calif�rnia. Desde ent�o, o EMDR tem sido um dos m�todos psicoterap�uticos mais amplamente pesquisados nos EUA na atualidade, com recomenda��o especial da American Psychiatric Association

S�o alvos de escolha primordial do m�todo, pessoas portadores de transtornos ansiosos, em especial o estresse p�s-traum�tico (TEPT). Sendo, tamb�m, eficaz para abordagem de fobias, pensamentos recorrentes ou quaisquer situa��es de conflito emocional.

Denominado, de forma gen�rica, como psicoterapia de reprocessamento, o EMDR foi, de in�cio, idealizado como psicoterapia breve e focal.

O EMDR � a possibilidade de cura emocional para qualquer situa��o em que possamos estar envolvidos. Uma revolu��o palp�vel nos nossos aspectos de consci�ncia e nas reais possibilidades de existirmos no nosso melhor.

A metodologia mostra-se bastante eficaz em situa��es de:
Luto, Trauma e lembran�as dolorosas, Depress�o, Ansiedade e/ou Medos, Fobias, Ataques de p�nico, Pesadelos e/ou terror noturno,Temas familiares, Relacionamentos interpessoais, Div�rcio e separa��o, Temas de orienta��o sexual, Espiritualidade e quest�es religiosas, Transtornos do sono, Adi��es e depend�ncia (alcoolismo, drogadi��o, tabagismo, etc.), Enurese noturna, Dificuldades de aprendizagem e problemas escolares, Anorexia/Bulimia/Transtornos de Alimenta��o, Obesidade,
Adi��o sexual e/ou pornografia e Obessividade/compuls�o.

O EMDR al�m de ser uma metodologia extremamente eficiente para estresse p�s-traum�tico, � excelente para qualquer tipo de conflito.
Aplica��o do EMDR:
Existe um protocolo que deve ser rigorosamente seguido com a finalidade de que terapeuta e cliente tenham acesso a todos os detalhes que envolvem a situa��o referida a ser reprocessada. Nele observamos aspectos emocionais envolvidos, pensamentos/cren�as/mandatos, sensa��es corporais, grau de perturba��o e outros. A partir da�, por interm�dio de movimentos bilaterais que podem ser auditivos, visuais ou t�teis, come�a o reprocessamento em EMDR. Estes movimentos auxiliam os hemisf�rios cerebrais realizarem o processo de modo profundo. Durante o reprocessamento, ao mesmo tempo em que o paciente observa e controla o processo, ele est� atuante no mesmo.
O EMDR � um recurso/abordagem em si mesmo altamente potente e n�o h� absoluta necessidade do aux�lio de outras t�cnicas terap�uticas. Mas tem a vantagem de poder ser conjugado com in�meras outras abordagens.

Que tipo de pessoas pode fazer o EMDR. Crian�as podem?
Em geral a maioria das pessoas podem se beneficiar com o uso desta metodologia. Pessoas com risco de dissocia��o grave de personalidade e fragilidade eg�ica importante n�o em indica��o. Ou com algum tipo de transtorno psicol�gico ou neurol�gico grave, por exemplo, psic�ticos, esquizofr�nicos, transtornos de personalidade sem estabiliza��o (inclusive medicamentosa) apropriada do paciente. Pacientes card�acos e gestantes devem ter autoriza��o m�dica devido ao risco disparado por emo��es fortes e/ou intensas provenientes de hist�rias passadas.
O EMDR � super indicado para crian�as e mesmo para beb�s de colo, onde a m�e ou pai, ou pessoa que cuida passam simultaneamente pelo processo.

Mais informa��es:
O EMDR por ser um reprocessamento que envolve as conex�es neurol�gicas pode ser entendido como uma esp�cie de gin�stica mental onde uma rede neurol�gica viciada num tipo de conex�o passa a funcionar de modo diferente do usual.
Outros efeitos referem-se a sonhos diferentes, bem como sentimentos internos por sess�o diferentes do usual, bem como mudan�as em h�bitos, relacionamentos interpessoais e na forma de pensar.

Quanto ao n�mero de sess�es necess�rias para que o paciente vivencie alguma melhora em seu estado?
Depende de paciente para paciente, j� que cada pessoas tem sua forma de reagir e de enfrentar suas dificuldades. �s vezes s�o necess�rias poucas sess�es para resolver um tema e, outras vezes, necessitam-se de v�rias sess�es para cada queixa/tema apresentado.
O que pode acontecer tamb�m � que ap�s uma situa��o de EMDR solucionada, outras quest�es antes obscuras emergem para serem solucionadas. O que acarreta um tratamento mais abrangente.

Como o paciente pode contribuir positivamente para a aplica��o da t�cnica?
As principais contribui��es do paciente na aplica��o da t�cnica consistem em estar dispon�vel para o seu processo de cura emocional, confiar na metodologia, e permitir que o c�rebro fa�a seu trabalho, sem julgar se o que aparece est� certo ou errado.

Silvia Malamud � Psic�loga Cl�nica, Terapia Breve e de Casais (Sedes), Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand PhD/EUA. Psic�loga Assistente do Iasmpe Instituto de Assist�ncia M�dica ao Servidor Publico Estadual.

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