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  • Roustanguismo: Aplicação equivocada dos princípios espíritas

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Autor Tópico: Roustanguismo: Aplicação equivocada dos princípios espíritas  (Lida 5862 vezes)

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Offline Livia1967

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Roustanguismo: Aplicação equivocada dos princípios espíritas
« em: 30 de Abril de 2006, 17:14 »
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Queridos amigos!

Perdoem-me se eu estiver trazendo à tona um assunto já discutido nesse Fórum. Caso tenha sido, favor notificar-me e enviar-me o link pois é um tema que muito me chama a atenção pelo perigo de secção na doutrina espírita.


Segue, abaixo, texto de Jorge Campos, retirado do Grupo de Estudos Avançados Espíritas - GEAE (para quem quiser ter acesso aos links que são direcionados durante o texto, o site é http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/roustanguismo-aplicacao-equivocada.html):

"Em relação ao artigo Roustaing do boletim 320, estou emitindo outros esclarecimentos aos prezados leitores e participantes, desse órgão de imprensa eletrônica a serviço do Espiritismo.

Resumidamente, a obra Os Quatro Evangelhos é uma reunião de notas, psicografadas por uma única médium, de Espíritos assumidos como "os evangelistas assistidos pelos apóstolos e Moisés", que foi organizada por J. B. Roustaing, o qual teve a soberba de lhe dar o subtítulo "Revelação da Revelação". Mas como pode ser, racionalmente, visto, afora os ensinos morais do Cristo, que se distorcidos a anularia, apresenta interpretações esdrúxulas dos milagres e outras passagens do Novo e Velho Testamento e graves contradições doutrinárias, algumas forçadas para validar a hipótese do corpo fluídico de Jesus. Assim, além de não ter a autoridade da universalidade dos ensinos dos Espíritos, evidencia-se como apócrifa, fruto de uma mistificação, e tendenciosa no sentido de valorizar, reafirmo, os dogmas da igreja católica (ver explicações no Boletim nº 317).

Nesse cisma de marca teológica (nem toda obra mediúnica é espírita), com compilações e plágios de O Livro dos Espíritos e de O Livro dos Médiuns, a concepção mística de Jesus pela virgindade de Maria, foi apanhada do Docetismo, uma doutrina gnóstica do início da era Cristã. Foi uma forma burlesca de contornar a não derrogação de uma lei natural, mas que não surtiu efeito, pelo menos nos esclarecidos, pois manteve a figura da divindade do Cristo; do semi-Deus (da mitologia grego-romana); da segunda pessoa da santíssima trindade; do filho único de Deus (do extinto dogma geocentrista), etc.

Mais que isso, no volume 3 de Os Quatro Evangelhos, 7ª ed. FEB, pag.65, a máscara cai definitivamente com a seguinte profetização: " O Chefe da Igreja católica (leia-se o Papa), nessa época em que esse qualificativo terá sua verdadeira significação, pois que ela estará em via de tornar-se universal, como sendo a Igreja do Cristo, o Chefe da Igreja católica dizemos será um dos pilares do edifício " e completa, sem disfarce, na pag. 66: " caminhará o Chefe da Igreja, a qual, repetimos, será então católica na legítima acepção desse termo". Será que não fui claro? Para quem genuflexamente é afeito ao religiosismo, às graças eucarísticas, à fé cega, essa doutrina está de bom tamanho. Aí temos uma das raízes dos problemas que grassam no atual movimento espírita brasileiro.

As peças do "rosário" de supostos adeptos do roustanguismo, citados no Boletim nº 320, foram tecidas, como citado, de um livro de Luciano dos Anjos, um roustanguista calejado e também tendencioso como seu ídolo, o advogado bordelense. Porque, segundo consta, para conseguir essa lista não livrou ninguém, buscando qualquer sentido "fluídico" e outras artimanhas para enquadrar tanto os culpados e desavisados quanto os inocentes, muitos nem sabem porque estão lá. Mas, na ânsia, cometeu o desplante, também, de incluir o grande escritor e combatente espírita Carlos Imbassahy nesse rol, o que é um desrespeito à sua memória, uma leviandade! Isso é sério, e já foi devidamente refutado por seu filho, o escritor espírita Carlos de Brito Imbassahy.

(continua...)

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Roustanguismo: Aplicação equivocada dos princípios espíritas
« Responder #1 em: 30 de Abril de 2006, 17:15 »
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Sobre essa questão, devo dizer que ví na casa do meu particular amigo, o escritor Nazareno Tourinho, parceiro de Carlos Imbassahy no livro O poder fantástico da mente,ed. Eco, uma carta manuscrita a lápis, onde ele rejeita essas tolices roustanguistas, com a frase: "Jesus, como era fluídico, fingia que comia; levava a comida à boca e ela se evaporava; e ele continuava nessa palhaçada até o prato esvaziar. Jesus fingindo!" e adiante se diz perplexo: "Neste Universo imenso, com mundos infinitamente superiores ao nosso, o Cristo, governador deste ínfimo planeta, era, no Universo, a 2ª pessoa depois de Deus". Para confrontar ver xerox no livro "Carlos Imbassahy - o homem e a obra" ed. FEESP, pag.30, do citado escritor. Nem mesmo em seu livro Religião, ed. FEB, Imbassahy cita a dita obra, tal a importância que lhe dava.

As citações que fiz Boletim nº 317 foram apenas referências de alguns autores cujas obras conheço bem e posso avalizar com seriedade. Como pretender listar contra-adeptos de uma obra reconhecidamente inútil e ruinosa para a comunidade espírita do Brasil e do mundo? Seria o mesmo que passar um atestado de ingenuidade. Para os que ainda tem dúvidas, basta navegar pelos sites, jornais, revistas, catálogos de editoras, colher informações verbais, etc, e tirar suas próprias conclusões. Interessante é que na seção Breve Introdução ao Espiritismo do site do GEAE, que edita esse boletim, há uma orientação bibliográfica para todos que quiserem estudar e conhecer criteriosamente a doutrina,...mas por que será que esqueceram de incluir Roustaing e sua obra?

Quanto ao encalhe da edição francesa da obra de Roustaing, o qual me referi, foi também confirmado pelo próprio roustanguista Luciano dos Anjos, que inicialmente contestou esse fato, mas depois voltou atrás sobre isso e sobre a versão de uma 2ª edição em 1882, na série A Posição Zero (jornal Obreiros do Bem, Rj), quando disse: " Posso, porém, provar que não houve nova impressão, mas apenas novo alceamento de exemplares remanescentes da 1ª edição guardados em cadernos ou, até mesmo descosturados e desencapados, para receber novo encarte". Parece que enquanto os livros de Kardec se espalhavam pelo mundo, os de Roustaing mofavam na estante, pois a primeira edição foi a única, não se esgotou, e as sobras foram distribuídas gratuitamente. Essa ocorrência está documentada em O Corpo Fluídico, ed. Eldorado/Opinião E., do caro escritor Wilson Garcia, o qual me informou, há algum tempo, por telefone, desse "lamentável desastre editorial". Esse fato e mais a opinião de Kardec sobre a obra na Revista Espírita de junho de 1866, pags. 200 e 202(tradução magistral deJúlio Abreu Filho, ed. Edicel ) suscitaram um desagravo ao célebre mestre, por Roustaing e seus amigos. Essa afronta, um prefácio de 34 páginas, justamente o encarte de 1882 (acima referido), os roustanguistas da FEB fizeram desaparecer por "milagre", para que o livro fosse pelo menos lido no Brasil. Eles sabiam que com esse encarte, repetir-se-ia o fenômeno do encalhe (ver cópia completa no site do Grupo Espírita Bezerra de Menezes- www.novavoz.org.br). É bom que se diga que Roustaing deferiu-se a Kardec como " muito honrado chefe espírita" em correspondência à Revista Espírita de junho de 1861, págs.179 a 182, mas depois tornou-se seu inimigo, porque suas teorias não passaram no crivo da razão e do bom senso do mestre de Lyon.

(continua...)


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Roustanguismo: Aplicação equivocada dos princípios espíritas
« Responder #2 em: 30 de Abril de 2006, 17:16 »
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Em relação à migração do Espiritismo da França para o Brasil, o país mais espírita do mundo, são estimados 10 milhões de adeptos, deveu-se à divulgação e aceitação das obras de Kardec e subsidiárias e não por livros ditados por Espíritos mistificadores pertencentes à falange de Loyolistas e inquisidores à Roustaing e sua médium, iludidos pela fascinação (O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 246).

Quanto às várias mensagens da espiritualidade avalizando a obra em tela, expostas no Boletim 320, diria, concisamente, que já são por demais conhecidas as seguintes comunicações de Emmanuel e Bezerra de Menezes, pela mediunidade gloriosa de Chico Xavier: "Se algum dia, eu disser algo diferente do que disse Jesus e Kardec, fique com Eles e abandone-me" - Emmanuel e; "Estudar Kardec, conhecer Kardec, para viver Jesus" - Bezerra.

A primeira, um alerta ao próprio médium quanto à possibilidade das mistificações e a segunda, um guia doutrinário prevenindo os espíritas sobre as falsas profecias e revelações. Assim, mensagens assinadas por essas entidades que fujam dessas máximas, seja qual for a fonte, são suspeitas e deve-se ter o bom senso e a prudência de desconfiar da sua autenticidade. O uso de ditados apócrifos para servirem de argumentação é no mínimo acusar esses benfeitores de contraditórios. Até porque, Espíritos que advoguem as idéias de Roustaing e recomendem Os Quatro Evangelhos, estão precisando mais é de prece e doutrinação num bom Centro Espírita!

Como último recado, invoco Jesus, o nosso excelso e revolucionário mestre, que há quase 2000 anos já alertava com sua habitual firmeza; "Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com vestidos de ovelhas, e por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis", e dava seu diagnóstico figurativo: "cegos são, e condutores de cegos. E se um cego guia outro cego, ambos vêm a cair no barranco". No século passado, seu discípulo Allan Kardec repisou esses avisos dizendo que "não faltariam intrigantes, supostamente espíritas, que quereriam se elevar pelo orgulho, ambição, cupidez; outros teriam pretensas revelações com a ajuda das quais procurarão se pôr em relevo e fascinar as imaginações mais crédulas" (Obras póstumas. ed. IDE, pág 335).

Repito que minha intenção é esclarecer e alertar, mas se for caso estou pronto para a polêmica útil, como recomenda Kardec na Revista Espírita de novembro de 1858, sendo o mais veemente possível na defesa de minhas idéias, sem manchar minha caneta na ofensa e intolerância, como diriam os saudosos polemistas Carlos Imbassahy e José Herculano Pires." 

(Publicado no Boletim GEAE Número 330 de 2 de fevereiro de 1999)


Muita Paz!
Livia.

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Re: Roustanguismo: Aplicação equivocada dos princípios espíritas
« Responder #3 em: 01 de Maio de 2006, 10:20 »
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Obrigado Lívia por nos trazer este esclarecimento.
No fim dasua comunicação faz a afirmação de que o Barasil é o país com mais adeptos do espiritismo a nível mundial( cerca de 10 milhões) mas se anasisarmos esses 10 milhões em termos matemáticos concluímos que os muitos são mais ou menos 8%. E, como diz, muito de não verdaeramente espírita nos chega vindo do Brasil. Importante é no entanto que haja verdaeiros Espíritas e que que estes, pelo seu comportamento,pela sua obra na sociedade, sem a preocupação de fazer com que outros se tornem adeptos do Espiritismo pela palavra e convite, o consigam pelo fruto da sua conduta e obra como nos disse muito sàbiamente Kardec.
Quando estudamos as varias correntes doutrinárias e religiosas desde os mais remotos tempos sempre chegamos à conclusão de que em todos os movimentos há o nascer,cfrescer e passado algum tempo a divisão pelaluta do primeiro posto nesse movimento.
No pós Cristo os Apóstolos iniciaram a divulgação da menssagem do mestre como Ele próprio disse, e essa divulgação acabou por dar origem ao Cristianismo e mais tarde às várias religiões(Cristãs), que se cindiram em outras e se multiplicaram. Veja-se o que aconteceu a Ário e mais tarde ao Bispo de Alexandria por querem manter o Cristianismo na sua pureza original. Veja-se o que aconteceu aos Cristãos Cátaros e aos Coptas.
Pelos exemplos é perfeitamente normal que também a obra do nosso grande mestre Kardec tenha sido objeto de tentativas de descrédito e me parece que o execesso de publicação literárias sobre o assunto,com temas dos mais variados matizes, possa ser um meio de levar a pessoas a poder considerar que seestá perante um negócio de edição do que de verdadeira divulgação doutrinária.
No entanto como acredito que nada do acontece é por acaso estou certo que no meios dos escolhos virá a verdade tal como Buda nos mostro a realidade fantástica de que do meio do lodo, por vezes putrefacto, nos é exibida a beleza da flôr de Lótus com a sua imaculada barncura.
Lhe apresento os meus cumprimentos e desejos de que fique com muita paz e muita luz Espiritual para continuar a sua jornada nesta sua passagem pela vida temporal e que possa regressar aà vida em plena paz.
Leão


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Re: Roustanguismo: Aplicação equivocada dos princípios espíritas
« Responder #4 em: 01 de Maio de 2006, 15:54 »
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Agradecida, Leão, pela sua resposta.

Quanto à quantidade de adeptos do espiritismo, não fui eu que o afirmei e sim o autor deste texto, Jorge Campos, e esses dados são de 1999. Além do mais, este é um ponto que realmente não faz a menor diferença. Jamais entraria num campo de concorrência (quantitativa ou qualitativa) com quem quer que fosse, muito menos com meus irmãos portugueses. É bem provável que, percentualmente, vocês possuam mais espíritas que o Brasil e com uma noção bem melhor do este termo realmente significa. Condições melhores para isso vocês têm no que diz respeito ao desenvolvimento econômico, cultural e social por se tratar de um país de "primeiro mundo". Que maravilha se assim o for! Sinal de que o Espiritismo está se estabelecendo mais e melhor para muito além do Coração do Mundo, da Pátria do Evangelho. Isto será um ganho para o mundo inteiro, principalmente para o Brasil.

Quanto ao assunto principal levantado aqui, apreciei muito a sua colocação e concordo plenamente com você. Acredito que só o puro e verdadeiro permanece, mas as discussões dentro da própria doutrina fazem-na cair no descrédito para alguns e servem como arma para os adversários (tanto encarnados quanto desencarnados).

Perdoe-me a falta de conhecimento no que diz respeito aos personagens citados por você. Não sei o que aconteceu a Ário e ao Bispo de Alexandria, nem tampouco aos cristãos Cátaros e aos Coptas. Ficaria muito agradecida se você pudesse indicar-me links ou literatura concernente aos episódios citados, para que eu possa compreender melhor a sua explicação que, tenho certeza, é muito interessante e possui uma lógica própria do autor.  :)

Grata pelos cumprimentos e pelo desejo de Paz. Muito agradecida pela inteligente resposta - que farei o possível para compreender no seu todo - estudando os temas que ainda desconheço. Gosto muito de conversar com pessoas cultas pois me levam a pesquisar, estudar e crescer intelectualmente. Confesso que esse foi um dos pontos que me atraiu para este Fórum. Todos aqui possuem uma cultura invulgar e um raciocínio digno dos grandes pensadores incluíndo aí, até mesmo, as divergências e as discussões mais "acaloradas" que já presenciei - próprias de quem usa a razão e possui personalidade.

Um abraço fraterno e muita Luz!
Livia

« Última modificação: 01 de Maio de 2006, 15:57 by Livia1967 »
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Re: Roustanguismo: Aplicação equivocada ...Verbo e Carne.....livro eletronico
« Responder #5 em: 01 de Maio de 2006, 16:34 »
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Muita Paz!

Exrtremamente interessante o texto aqui colocado, e que traduz a "luta" com Roustaing, desde Kardec até aos nossos tempos.

No fim destte texto incluo algo sobre o mesmo.

Mas a situação relativamente ao nº de espiritas no Brasil aqui introduzida neste tópico, merece-me os seguintes comentários tb:

Os dados do Censo 2000 no Brasil, vem contrariar os 10.000 milhoes de espiritas,,,,, são 2,3 milhões.

http://www2.ceris.org.br/estatistica/religiaoibge/_rqdreligiao2000.asp


No entanto o mesmo estudo revela o seguinte e a ter muito em atenção:

Cerca de 50% dos católicos.... acreditam na vida para além da morte e cerca de 45% na reencarnação.... mas daí a induzir-se que são espiritas, vai um passo muito grande.



Pode ser que eventualmente tal número reduzido de espiritas tenha a ver com o que Carlos Brito Imbassahy traduz no texto abaixo:

Censo 2000
Carlos de Brito Imbassahy

Surgiu, no meio dos espíritas, uma sugestão inimiga da doutrina, endossada por alguns que se têm como líderes desse nosso movimento, a idéia de que deveríamos deixar em branco a lacuna correspondente à religião no recenseamento em curso.

Que objetivo envolve tal idéia?

Muito simples: diminuir estatisticamente o número de participantes espíritas em nosso país.

Não há dúvida de que os maiores inimigos da nossa doutrina estão disseminados em nosso meio, tentando, de todas as formas, desarticular, desarmonizar e desestruturar o trabalho dos verdadeiros espíritas.

É claro que o censo tem como principal objetivo definir estatisticamente a situação do país no que concerne a sua população, seus costumes e suas atitudes sociais.

Cada espírita que omitir sua condição doutrinária, não preenchendo o item "religião", evidentemente, irá ser um a menos no cômputo final do número de adeptos da doutrina codificada por Kardec em nosso país.

Qual, portanto, o intuito desses falsos correligionários que tentam influir os demais, sob os mais absurdos argumentos, a se absterem de declarar sua posição religiosa? Evidentemente, não é o de conceituar o Espiritismo como uma doutrina universalista que, em vez de ser uma religião, engloba conceitos profundamente filosóficos de vida ao lado de um estudo científico profundo a respeito da existência da vida espiritual. Pelo contrário: isto pouco importa. Como inimigos infiltrados em nosso meio, o único intuito desses audazes baluartes do espiritismo não religioso é o de diminuir estatisticamente o número de participantes do movimento espírita em nosso país com o fito de minorizá-lo perante a opinião geral.

Não caiam nessas, caro amigos e leitores: precisamos, mais do que nunca, unirmos nossas forças para mostrar ao mundo que, em nosso país, os seguidores de Kardec, em números efetivos, têm evidentemente, uma representatividade digna de constar nos anais do país.

Não tenham escrúpulos de se declararem no item "religião" porque, se não somos uma religião, como as demais, com cultos, ritos, dogmas e adorações. Temos nossa parte religiosa incompatível com qualquer outra religião, até mesmo as reencarnacionistas, porque não adoramos, não cultuamos, não dogmatizamos, mas estudamos profundamente a obra da Criação, preocupamo-nos com Deus (cap. I do LE), erguemos nosso pensamento em preces, pedindo ao Alto proteção e amparo, enfim, praticamos o que Cícero, no velo Lácio definiu como sendo a "religio, onis" daquela época, ou seja, o estudo e a preocupação com os deuses, suas vidas e suas obras, conceito esse que, do politeísmo, latino para o monoteísmo atual, transformou o conceito de deuses para o do nosso Deus, Criador Único do Universo.

De qualquer forma, omitindo-nos do censo, apenas, estaremos corroborando para diminuir estatisticamente o número de adeptos da doutrina, que é o desejo nefasto desses inimigos nossos que se cobrem na pele de cordeiro para criarem e disseminarem, no meio espírita, a discórdia e a desintegração dos seus princípios.

(Publicado no Correio Fraterno do ABC Nº 358 de Novembro de 2000)


Agora o tema ROUSTAING

Existe uma obra que eu gosto muito da autoria de J. Herculano Pires, relativamente ao tema em questão.

A mesma foi foi editada e revisada, com o intuito de não deixar morrer o assunto, uma vez que as teses de Roustaing estavam a ter proliferação cada vez mais crescente, sem se atender^quer às condições em que a obra OS 4 EVANGELHOS, foi levada a cabo, e consequentes desvios da base Espirita.

Em anexo, deixo pois, a obra "O VERBO E A CARNE", zipada e em formato PDf, da qual poderão fazer o download ou ler online.

Elucidativa por demais do que realmente é o Roustanguismo.

Abraceijos :-*

Luís

* J. Herculano Pires - O Verbo e a Carne .pdf.zip (786.02 Kb - transferido 227 vezes.)
« Última modificação: 01 de Maio de 2006, 17:08 by luis costa »
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Re: Roustanguismo: Aplicação equivocada dos princípios espíritas
« Responder #6 em: 01 de Maio de 2006, 18:27 »
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Caro amigo Luís,

Insisto em confirmar o que disse anteriormente: não é relevante o número de espíritas aqui ou acolá... 10 milhões, 2 milhões ou apenas 1 como o Chico Xavier já faz a diferença no mundo.

Fico muito agradecida quanto à obra disponibilizada sobre Roustang. Muito me preocupou saber que um grupo dentro da própria FEB era (ou é, não sei!) roustanguista e sempre tive a curiosidade de saber a origem de tal fato.

Quanto ao censo, os brasileiros espiritualistas têm por força do hábito dizerem-se espíritas, primeiro por que não sabem a origem nem o conceito da palavra espírita; segundo porque não é comum o termo espiritualista e terceiro porque, com a discriminação das religiões espiritualistas como o candomblé e a umbanda, passou-se a adotar o termo espírita para fugir do preconceito proveniente da época dos escravos. O espírita é tido como uma pessoa que, no mínimo, gosta de ler (gostar de ler no Brasil é sinômimo de cultura) posto que todos têm consciência de que os espíritas lêem muito e não é uma religião combatida com tanta veemência como as de origem africana.

Isso sem falar nos católicos não-praticantes que acreditam em reencarnação e vida após a "vida". Concordo com você que daí a serem classificados como espíritas vai um longo caminho, mas vejo isso como um ponto positivo. O espiritualismo é quase que uma ponte para as verdades do Cristo, que são expostas claramente no espiritismo. Tente conversar sobre espiritismo com um umbandista pouco informado e com um ateu intelectualizado e me diga qual conferência foi a mais difícil. rsrs

Outro ponto que muito me chama a atenção é a preocupação de vários centros espiritualistas em incentivarem a leitura espírita aos seus adeptos. Temos no nosso Centro um irmão umbandista que trabalha na distribuição de quentinhas do meu grupo, participa dos cursos e das palestras e está organizando a biblioteca do centro espiritualista que freqüenta. Tive a curiosidade de perguntar o que ele estava fazendo lá e ele me respondeu que estava aprendendo para poder ensinar aos seus irmãos e que nunca passou pela cabeça dele mudar de religião.

Alguns centros espiritualistas já estão começando a modificar os seus rituais. É comum ouvirmos termos como "centro de mesa" ou "umbanda branca" o que, no "senso comum", significa uma evolução dentro da própria religião.

Existe "no ar" uma tendência muito grande para que os milhares de centros espiritualistas existentes se transformarem, pouco a pouco, em centros espíritas, graças aos estudos e mudança de atitudes que vêm tomando há algum tempo.

Sabemos da misericórdia divina e da grande influência que a espiritualidade deve estar exercendo sobre esses irmãos que acreditam nos espíritos e na influência do mundo espiritual sobre nós (o que já é um grande começo). Afinal de contas, a evolução se faz em todas as partes e eles não teriam porque ficar de fora disso. Acredito que a crença nos espíritos facilite aos mesmos o trabalho de evangelização e conscientização dos que freqüentam aqueles centros.

Já tivemos algumas conversas sobre esse tema na Casa Espírita e concluímos que nossos irmãos umbandistas e candomblecistas não mudarão de lugar nem de religião, a evolução se dará de dentro para fora (como o é em todo processo evolutivo). Ampará-los, ajudá-los e orientá-los intelectualmente nessa mudança (mal comparando, como um dia fizeram os exilados de Capela com os povos primitivos) é uma obrigação moral que temos perante os 400 anos de escravidão, subjugação e humilhação por que passaram os nossos irmãos afro-descendentes (onde me incluo de corpo e alma). Apesar de estar negra nesta existência, sei também que a alma "passeia" nas raças e prefiro enquadrar-me na condição de verdugo no passado do que de vítima.

(continua...)

« Última modificação: 01 de Maio de 2006, 18:36 by Livia1967 »
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Re: Roustanguismo: Aplicação equivocada dos princípios espíritas
« Responder #7 em: 01 de Maio de 2006, 18:28 »
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Como já disse em outro post, fui criada num ambiente umbandista e educada no catolicismo, mas os exemplos de trabalho no bem e de caridade me foram dados pela minha avó: uma umbandista legítima.

Para ilustrar o que digo, transcrevo uma passagem do programa Pinga-Fogo da extinta TV Tupi que teve a participação de Chico Xavier em 1971:

"Reale Jr. —  O senhor acha que os espíritos que se manifestam nos terreiros de umbanda, dizendo-se guias de cura, pretos velhos, índios, caboclos, são espíritos evoluídos? Como explica as curas conseguidas por muita gente conhecida, em terreiros? Será que o mal pode apresentar-se através do bem, ou então tomando a sua forma?

Chico Xavier — Nós respeitamos a religião de Umbanda como devemos respeitar todas as religiões. Vamos recorrer aos casos das leis cármicas. Nos séculos passados, nos três, quatro séculos passados, nós — vamos dizer coletivamente — não estamos falando do ponto de vista individual, mas na condição de brasileiros, buscamos no berço onde nasceram milhões de irmãos nossos reencarnados nas plagas africanas, para que eles servissem nas nossas casas, nas nossas famílias, instituições e organizações, na condição de alimárias. Eles se incorporam, depois de desencarnados, às nossas famílias. Eles renasceram do nosso próprio sangue, nas condições de nossos irmãos, para receberem, de nossa parte, uma compensação que é a compensação chamada de amor, para que eles sejam devidamente educados, encaminhados, tanto quanto nós pretendemos educar-nos e encaminhar-nos para o progresso. Então temos a religião de Umbanda que vem como uma organização dos espíritos, recentemente, porque quatro séculos significam um tempo curto nos caminhos da eternidade. Recentemente trazidos  para o Brasil eles se organizaram agora, seja numa condição ou noutra. Nós no Brasil, não conseguimos pensar em termos de cor. Nós todos somos irmãos. De modo que eles organizaram uma religião sumamente respeitada também. Eles também veneram a Deus,  com outros nomes. Veneram os emissários de Deus,  com outros nomes. Respeitamos todos e acreditamos que em toda parte onde o nome de Deus é pronunciado, o bem pode se fazer. Agora encontramos na Doutrina Espírita, individualmente e coletivamente, a faixa que nos compete no campo de nossa evolução, para estudos do nosso destino, para estudos da imortalidade. Quanto a problemas de cura, permitimonos lembrar uma coisa: às vezes nós pedimos socorro a determinadas organizações para a cura imediata de determinados impedimentos físicos. Essa cura, parece, talvez, forçada por nossas exigências, porque muitas vezes os nossos irmãos, trazidos das plagas africanas, se habituaram, de certo modo, a obedecer-nos quase que cegamente. Eles se afeiçoam a nós com uma afeição terrível, do ponto de vista do egoísmo de que nós todos, por enquanto, principalmente se referindo a mim, somos portadores. Então exigimos uma cura que se faz de imediato no campo físico, mas nos esquecemos de que, às vezes, a cura física é um caminho para encontrarmos, mais adiante, desastres morais de conseqüências imprevisíveis. Então se as curas demoram no ambiente kardequiano, ou se demoram no campo da medicina, vamos respeitar o problema dessa demora, porque aquilo se verifica em nosso próprio benefício. Porque muitas vezes uma doença física, ou determinada provação em nossa vida doméstica, nos poupa de acidentes afetivos ou acidentes materiais, ou de fenômenos extremamente desagradáveis em nossa vida."

Perdoem-me pelo fato do exposto fugir totalmente à proposta do tópico, mas o mesmo foi sendo direcionado para tal sem nenhuma outra intenção que não a de informar!

Muita Paz!
Livia.
 

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