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  • Allan Kardec - O Libertador de Consciências....................

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Autor Tópico: Allan Kardec - O Libertador de Consciências....................  (Lida 3764 vezes)

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Offline Sonia

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Allan Kardec - O Libertador de Consciências....................
« em: 20 de Novembro de 2005, 07:14 »
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                                          A Razão de Ser do Espiritismo


Quando o obscurantismo da fé dominava as mentes, levando-as ao fanatismo desestruturador da dignidade e do comportamento; quando a cultura, enlouquecida pelas suas conquistas no campo da ciência de laboratório, proclamava a desnecessidade de qualquer preocupação com Deus e com a alma, face à fragilidade com que se apresentavam no proscênio do mundo; quando a filosofia divagava pelas múltiplas escolas do pensamento, cada qual mais arrebatadora e irresponsável, inculcando-se como portadora da verdade que liberta o ser humano de todos os atavismos e limitações; quando a arte rompia as ligações com o clássico, o romântico e a beleza convencional, para expressar-se em formulações modernistas, impressionistas, abstracionistas, traduzindo, ora a angústia da sua geração remanescente dos atavismos e limitações do passado, ora a ansiedade por diferentes paradigmas de afirmação da realidade; quando se tornavam necessários diversos comportamentos sociais e políticos para amenizar a desgraça moral e econômica que avassalava a Humanidade; quando a religião perdia o controle sobre as consciências e tentava rearticular-se para prosseguir com os métodos medievais ultramontanos e insuportáveis; quando as luzes e as sombras se alternavam na civilização, surgiu o Espiritismo com a sua razão de ser para promover o homem e a mulher, a vida e a imortalidade, o amor e o bem a níveis dantes jamais alcançados.

Realizando uma revolução silenciosa como poucas jamais ocorridas na História, tornou-se poderosa alavanca para o soerguimento do ser humano, retirando-o do caos do materialismo a que se arrojara ou fora atirado sem a menor consideração, para que adquirisse a dignidade ética e cultural, fundamentada na identificação dos valores morais, indispensável para a identificação dos objetivos essenciais e insuperáveis da paz interna e da consciência de si mesmo durante o trânsito corporal.

Logo depois, no Collège de France, proclamando ser Jesus um homem incomparável, no seu memorável discurso, o acadêmico e imortal Ernesto Renan confirmava, a seu turno, embora sem qualquer contato com a Doutrina nascente, a humanidade do Rabi galileu, rompendo a tradição dogmática do Homem Deus ou do ancestral Deus feito homem.

Sob a ação do escopro inexorável das informações de além-túmulo, o decantado repouso ou punição eterna, o arbitrário julgamento mais punitivo que justiceiro, cediam lugar à consciência da vida exuberante que prossegue morte afora impondo a cada qual a responsabilidade pela conduta mantida durante a trajetória encerrada.

As narrações da sobrevivência tocadas pela legitimidade dos fatos fundamentadas na lógica da indestrutibilidade do ser espiritual, davam colorido diferente às paisagens da Eternidade, diluindo as fantasias e mitos que as adornaram por diversos milênios.

Permitiu que o ser humano se redescobrisse como Espírito imortal que é, preexistente ao berço e sobrevivente ao túmulo, facultando-lhe compreender a finalidade existencial, que é imergir no oceano do inconsciente, onde dormem os atos pretéritos e as construções que projetam diretrizes para o momento e o futuro, a fim de diluir as volumosas barreiras de sombra e de crueldade a que se entregou e que lhe obnubila a compreensão da sua realidade, emergindo em triunfo, para que lobrigue a imarcescível luz da verdade que o há de conduzir pelos infinitos roteiros do porvir.

Intoxicado pelos vapores da organização fisiológica, mergulhado em sombras que lhe impedem o discernimento, vagando pelos dédalos intérminos da busca da realidade, somente ao preço da fé raciocinada e lógica, portadora dos instrumentos que se derivam dos fatos constatados, o homem e a mulher podem avançar com destemor pelas trilhas dos sofrimentos inevitáveis, que são inerentes à sua condição de humanidade, vislumbrando níveis mais nobres que devem ser conquistados.

O Espiritismo traçou novos programas para a compreensão da vida e a mais eficaz
maneira de enfrentá-la, desafiando o materialismo no seu reduto e os materialistas no seu cepticismo, oferecendo-lhes mais seguras propostas de comportamento para a felicidade ante as vicissitudes do processo existencial.

Não se compadecendo da presunção dos vazios de sentimento e soberbos de conhecimentos em ebulição de idéias, demonstrou a sua força arrastando desesperados que foram confortados, violentos que se acalmaram, alucinados que recuperaram a razão, delinqüentes que volveram ao culto do dever, perversos que se transformaram, ateus que fizeram as pazes com Deus, ingratos que se reabilitaram perante os seus benfeitores, miseráveis morais que se enriqueceram de esperança e de alegria de viver, construindo juntos o mundo de bem-estar por todos anelado.

O Espiritismo trouxe a perfeita mensagem da justiça divina, por enquanto mal traduzida pela consciência humana, contribuindo para a transformação da sociedade, mas sem a revolução sangrenta das paixões em predomínio, que sempre impõe uma classe poderosa sobre as outras que são debilitadas à medida que vão sendo extorquidos os seus parcos recursos até a exaustão das suas forças, quando novas revoluções do mesmo gênero explodem, produzindo desgraça e ódios que nunca terminam . . .

Trabalhando a transformação moral do indivíduo, propõe-lhe o comportamento solidário e fraternal, a aplicação da justiça corretiva e reeducativa quando delinqüi, conscientizando-o de que as suas ações serão também os seus juízes e que não fugirá de si mesmo onde quer que vá.

Todo esse contributo moral foi retirado do Evangelho de Jesus, especialmente do Seu Sermão da montanha, no qual reformulou os valores humanos até então aceitos, demonstrando que forte não é o vencedor de fora, mas aquele que se vence a si mesmo, e poderoso, no seu sentido profundo, não é aquele que mata corpos, mas não é capaz de evitar a própria morte.

Revolucionando o pensamento ético e abrindo espaço para novo comportamento filosófico, a Sua palavra vibrante e a Sua vivência inigualável, colocaram as pedras básicas para o Espiritismo no futuro alicerçar, conforme ocorreu, os seus postulados morais através da ética do amor sob qualquer ponto de vista considerado.

Nos acampamentos de lutas que se estabeleciam no Século XIX, quando a ciência e a razão enfrentavam a fé cega e a prepotência das Academias e dos seus membros fascinados como Narciso por si mesmo, o Espiritismo surgiu como débil claridade na noite das ambições perturbadoras e lentamente se afirmou como amanhecer de um novo dia para a Humanidade já cansada de aberrações de conduta como fugas da realidade e sonhos de poder transitório, transformados em pesadelos de guerras infames, cujas seqüelas ainda se demoram trucidando vidas e dilacerando sentimentos.

A razão de ser do Espiritismo encontra-se na sua estrutura doutrinária, diversificada nos seus aspectos de investigação científica ao lado das demais correntes da ciência, do comportamento filosófico com a sua escola otimista e realista para o enfrentamento do ser consigo mesmo e da vivência ético-moral-religiosa que se estrutura em Deus, na imortalidade, na justiça divina, na oração, na ação do bem e sobretudo do amor, única psicoterapia preventiva-curativa à disposição da Humanidade atual e do futuro.

Victor Hugo


(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 7 de junho de 2001, em Paris, França)

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Re: Allan Kardec - O Libertador de Consciências....................
« Responder #1 em: 20 de Novembro de 2005, 17:02 »
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A Ciência e a Religião, irmãs desavindas, continuam a evitar-se mutuamente.

A Religião mantém uma distância prudente em relação à Ciência, receando que esta continue a fazer cair os seus dogmas. Não vê que assim só apressa o próprio colapso. Hoje, o Vaticano ainda não aceita o Evolucionismo de Darwin. Essa posição só traz descrédito para quem a defende.

Mas o dogmatismo científico não é menor. Os cientistas que investigam temas relativos à imortalidade da alma são ignorados pela esmagadora maioria dos seus colegas. É que admitir-se a imortalidade da alma é meio caminho andado para se admitir que há, afinal, algo maior que o Homem.
E a Ciência continua apegada aos postulados materialistas, não admitindo nada acima do Homem.

Opta-se por ignorar o que não convém à nossa confraria. O orgulho sobrepõem-se à busca da verdade.

Tantas dúvidas que o Espiritismo podería esclarecer. Mas é Espiritismo, logo, não merece ser ouvido. Nem conhecido.

M.

« Última modificação: 20 de Novembro de 2005, 17:24 by Mário »
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Re: Allan Kardec - O Libertador de Consciências....................
« Responder #2 em: 10 de Dezembro de 2005, 14:46 »
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Muita Paz!



Allan Kardec - O Libertador de Consciências

A. Merci Spada Borges

 
"Se me amardes, guardareis os meus mandamentos e eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre, o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber porque não o vê e nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos! Voltarei para vós! Mas aquele Consolador, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito". (João, 14:15-18 e 26)
A marcha evolutiva da Humanidade prosseguiu lenta, ininterrupta... Séculos dobraram sobre séculos; lutas intermináveis, perseguições constantes contra os seguidores do Cristo; testemunhos e mortes dolorosas, guerras, violências marcaram o carreiro evolutivo do homem sobre a Terra. Todavia, dos Planos Maiores o Divino Nazareno permanece velando pelas ovelhas que o Pai lhe destinara.

Finalmente soam os clarins, desponta a alvorada do século XIX. Século em que a Filosofia, após atingir, no século anterior, o apogeu do Iluminismo, expande-se em todas as direções. A Ciência, rompidos os grilhões que a atavam ao Clero, desprende-se da Filosofia e parte para a comprovação dos fatos através das múltiplas experimentações. Prenuncia-se a liberdade de pensamento em prol da evolução intelectual.

Campo preparado! Semeadores a postos! Em pontos estratégicos, renascem os cultivadores. A sementeira do bem, fecundada lentamente durante a noite prolongada dos tempos, eclode no silêncio dos corações.

Nenhum outro país, senão a França apresenta condições tão favoráveis para a implantação do Consolador que Jesus prenunciara. E, Paris, a capital francesa, mais do que nunca, se encontra em condições de oferecer campo fértil para as conquistas culturais e expandir o desenvolvimento intelectual, não somente para a Europa, como também para uma grande parte do Planeta. Preparado o local, a Terra se engalana para acolher o Mensageiro de Jesus. É o momento de apresentar ao mundo o Consolador, descortinando a Era do Espírito Imortal.

A escolha recaíra sobre um Espírito que, em remota encarnação, fora um sacerdote druida, com o nome de Allan Kardec, ali mesmo nas Gálias de outros tempos. Por amor ao Cristo tornou-se mártir por mais de uma encarnação; cresceu em experiências relevantes e em sabedoria.

Espírito de escol, sabia que a missão exigia enfrentar os mais árduos obstáculos, as mais dolorosas vicissitudes, mas também sabia que Jesus velaria incansável: "Não vos deixarei órfãos! Eu estarei convosco!".

Assim, reencarna um plêiade de Espíritos que deveria colaborar com o Mensageiro do Cristo na divulgação dos conhecimentos não só morais e doutrinários, mas também científicos, filosóficos e artísticos em diferentes países, a fim de preparar o alicerce para a grande edificação moral que haveria de alcançar a Humanidade cansada e aflita: O Consolador.

Completa-se nos Planos Luminares a estrutura de toda a programação e, no dia 3 de outubro de 1804, na cidade francesa de Lyon, Jeanne Louise Duhamel e o esposo, Jean Baptiste Antoine Rivail, acolhem nos braços o filhinho que recebe o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail, aquele que seria o Codificador do Espiritismo: a "Religião do Amor que viria empreender a batalha da transformação moral (...) religando em perfeita união o Criador e a criatura".

Desde a primeira infância Rivail já revela desenvoltura e inteligência ímpares.

Aos dez anos inicia os seus estudos no instituto de Yverdon, na Suíça, dirigido pelo famoso pedagogo Johann Heinrich Pestalozzi, que fora influenciado pelas idéias de Jean-Jacques Rousseau. O objetivo do grande educador suíço é assimilado desde cedo pelo pequeno Rivail: "Melhorar a educação e a instrução das crianças pobres".

Esse Instituto abrigou e preparou uma grande parte dos maiores vultos da intelectualidade européia.

Após os longos estudos, instala-se, o jovem Rivail, em Paris, "a capital cultural do mundo", iniciando suas atividades de professor.

Sua primeira grande preocupação é pôr em prática os ideais sedimentados na moderna educação que recebera: "(...) auxiliar os pequeninos nas difíceis (...) e aborrecidas questões de cálculos aritméticos (...)". Entregou-se ao estudo e à pesquisa dos melhores e mais avançados métodos para solucionar o problema.

De sua dedicação surge seu primeiro livro: Cours d’Arithmétique. Apenas 20 anos tem o jovem escritor!

Esse livro é o marco inicial de uma série de obras educacionais e pedagógicas que vão surgindo ao longo de sua brilhante e árdua carreira de educador. Aos 28 anos casa-se com a jovem Amélie Boudet, que haveria de tornar os seus dias mais suaves.

Pesquisador por excelência, o jovem Rivail entra em contato com a nova ciência do Magnetismo que se introduz na França pelas mãos do médico e cientista alemão, formado por Viena, Franz Anton Mesmer.

Descobrira Mesmer, através de múltiplas experimentações, que o magnetismo é uma energia produzida pelo próprio homem e que se exterioriza pelo poder da vontade. E que, direcionada para o bem, produz efeitos curativos.

Constataram os adeptos da nova ciência que extraordinárias curas se efetuam através da imposição das mãos dos magnetizadores.

Essa ciência nada mais faz do que revelar a lei, embora desconhecida dos homens, utilizada por Jesus na cura de doentes e obsidiados, durante sua peregrinação terrena. Rivail, com grande interesse, acompanha o desenvolvimento desse fenômeno ao lado de inúmeros magnetizadores que compõem o rol de seus amigos.

Mais tarde, Allan Kardec associa o fluido magnético à Doutrina Espírita, como elemento indispensável ao tratamento do corpo e da alma, bem como dos processos obsessivos, destacando sua importância na comunicabilidade dos Espíritos. Hoje, popularizado com o nome de Passe ou Bioenergia.

Atinge, o emérito professor, a madureza dos 50 anos, forjados no trabalho digno. Ouve falar, pela primeira vez, sobre um estranho fenômeno que começa a intensificar-se nos salões elegantes da época: o fenômeno das mesas girantes. No início, o experiente educador não demonstra interesse; acredita tratar-se de frivolidades passageiras, quando então, seu amigo, o Senhor Fortier, antigo magnetizador, o informa:

- "Já sabe da singular propriedade que se acaba de descobrir no magnetismo? Parece que já não são somente as pessoas que se podem magnetizar, mas também as mesas, conseguindo-se que elas girem e caminhem à vontade".

Para o grande pensador aquilo não parecia tão estranho, pois, pela lógica, o magnetismo é energia e como tal pode ser capaz de movimentar objetos. Algum tempo depois o mesmo amigo retorna:

- "Temos uma coisa muito mais extraordinária; não só se consegue que uma mesa se mova, magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde".

"Isto agora - replica o Prof. Rivail - é outra questão. Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula. Até lá, permita que eu não veja no caso mais do que um conto para fazer-nos dormir em pé".

Os fenômenos se multiplicavam por toda parte, os amigos não se cansavam de falar-lhe sobre o fato; finalmente Rivail aceita o convite de um outro amigo, o Sr. Pâtier, para assistir às experiências que se realizavam em casa da Sra. de Plainemaison. "Foi aí - diz o Prof. Rivail - que, pela primeira vez, presenciei o fenômeno das mesas que giravam, saltavam e corriam, em condições tais que não deixavam lugar para qualquer dúvida."

Em todas as épocas, em todos os lugares sempre ocorreram os mais diferentes gêneros de comunicações dos Espíritos; contudo, o fenômeno das mesas girantes é considerado o ponto de partida do Espiritismo, termo, esse, criado por Allan Kardec.

Assim, o ilustre educador passou a observar atentamente os fatos, chegando à conclusão de que os movimentos e as comunicações eram provocados por seres inteligentes. Percebeu que a inteligência que atuava sobre a mesa era obediente às ordens dadas. Todavia, para que o fenômeno se realizasse era necessária a presença de pessoas portadoras de mediunidade. Notou-se também que o material ou o tipo de mesa não influenciava a comunicação.

A partir de então, através dos movimentos da mesa o Espírito passa a responder por um sim ou um não, segundo o número de pancadas convencionadas.

"Aperfeiçoou-se essa arte de comunicação pelo sistema alfabético de pancadas." Todavia, a lentidão levou a outros métodos. Após vários estudos concluiu-se que os diferentes meios adotados (cestas, pranchetas, mesas, etc.) poderiam ser substituídos pelas mãos dos médiuns. A esse novo método o eminente Codificador denominou psicografia direta ou manual.

Em casa da família Baudin, através da mediunidade das duas senhoritas Baudin, Hippolyte Léon Denizard Rivail entra em contato com o Espírito Zéfiro que se tornou grande auxiliar de seus trabalhos.

Diria então:

"(...) percebi, naqueles fenômenos, a chave do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da Humanidade, a solução que eu procurara em toda a minha vida. Era, em suma, toda uma revolução nas idéias e nas crenças (...)".

A partir de então Rivail passou a levar "para cada sessão uma série de questões preparadas e metodicamente dispostas. Eram sempre respondidas com precisão, profundeza e lógica (...) Eu, a princípio, cuidara apenas de instruir-me; mais tarde, quando vi que aquilo constituía um todo e ganhava as proporções de uma doutrina, tive a idéia de publicar os ensinos recebidos, para instrução de toda a gente. Foram aquelas mesmas questões que, sucessivamente desenvolvidas e completadas, constituíram a base de O Livro dos Espíritos".

Estava pronto o alicerce da Doutrina que Rivail denominou Espiritismo, a Doutrina revelada pelos Espíritos. O Codificador era educador emérito, com vários livros publicados, e a doutrina dos Espíritos não poderia permanecer sob a sua sombra, haveria de crescer por si só e transformar-se numa árvore frondosa. Em sua humildade de Embaixador do Cristo apagou-se o grande professor Rivail e surgiu o desconhecido Allan Kardec, nome que tivera, havia muitos séculos, como sacerdote druida.

Assim "O Livro dos Espíritos", compêndio de Filosofia Espiritualista, foi publicado em 18 de abril de 1857. A obra alcançou êxito extraordinário, despertou a atenção de muitos. Os pedidos se sucediam e a primeira edição esgotou-se rapidamente. Em 18 de março de 1869 vem a lume a 2ª edição, inteiramente refundida e consideravelmente ampliada, com 1.019 questões elaboradas por Allan Kardec e respondidas pelos Espíritos. O alicerce da grande construção está concluído.

Logo após a publicação da primeira edição de "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec se entrega à elaboração da Revista Espírita.

As dificuldades foram enormes, o trabalho incansável, mas o grande batalhador não se deixa esmorecer e a 1º de janeiro de 1858 vem a público o primeiro número da Revista Espírita. A partir de então "(...) os números se sucediam mensalmente, sem interrupção". A Revista foi o porta-voz, o grande auxiliar na divulgação e expansão da Doutrina Espírita. Tornou-se a mensageira, o elo de ligação entre Paris e as diversas partes do Mundo. No mesmo ano, 1858, em 1º de abril, Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, Instituição que, sob a sua presidência, passa a abrigar todas as reuniões do grupo espírita.

Muitas vezes, tentou afastar-se da direção, não o conseguindo por insistência dos seus colaboradores e dos Espíritos Reveladores. Consultas e orientações são solicitadas de todos os continentes para a instalação de novos núcleos. O trabalho é árduo. Entre os colaboradores fiéis se infiltram os detratores, mas o Mensageiro do Cristo não desanima, luta e prossegue na sua tarefa de reerguimento moral. Ele sabe que o tempo urge, não se detém, a obra não pode ser prejudicada.

A 15 de janeiro de 1861 publica mais uma obra da Codificação - "O Livro dos Médiuns" - que contém as bases científicas e experimentais da Doutrina.

As paredes do grande edifício educacional da Humanidade começam a erguer-se. O combate dos inimigos recrudesce. Em setembro desse mesmo ano o Sr. Lachâtre, amigo de Allan Kardec, residente, então, em Barcelona, na Espanha, encomenda-lhe 300 volumes, entre os quais "O Livros dos Espíritos", "O Livros dos Médiuns", coleções da Revista Espírita, obras e brochuras diversas sobre o assunto. Aportando no seu destina, as obras são apreendidas sob as ordens do Bispo, que ordena a queima delas em praça pública pelas mãos do carrasco, através do Auto-de-Fé.

Um abuso de poder, a mercadoria tinha dono e entrara legalmente no país. "A execução da sentença foi marcada para 9 de outubro de 1861. (...) no local onde são executados os criminosos condenados ao derradeiro suplício (...)".

Resquícios de Inquisição! Os jornais de maior circulação da Espanha noticiam o fato. Um pintor, ali mesmo no local da execução, desenhou uma aquarela representando o ato abominável e apressa-se em enviá-la ao Codificador. Outros lhe enviam porções das cinzas com fragmentos legíveis das folhas queimadas, que o Codificador teve o cuidado de conservar em uma urna de cristal.

Este foi um fato histórico de grande relevância para os anais do Espiritismo, conforme previra o Espírito de Verdade, em comunicação de 21 de setembro de 1861, quando Kardec lhe indaga se conviria prosseguir na reclamação para restituição das obras apreendidas:

"Mas, ao meu parecer, desse auto-de-fé resultará maior bem do que o que adviria da leitura de alguns volumes. A perda material nada é, a par da repercussão que semelhante fato produzirá em favor da Doutrina (...) A queima dos livros determinará uma grande expansão das idéias espíritas e uma procura febricitante das obras dessa doutrina".

Uma nova obra está em vias de se completar. Silenciosamente ele vai estruturando-a. Ele sabe que sua publicação provocará a reação do clero, pois seu conteúdo ataca "as penas eternas e outros pontos nos quais ele baseia sua influência e seu crédito".

Recorre aos Espíritos; o reconforto vem do mais Alto: "Aproxima-se a hora em que te será necessário apresentar o Espiritismo qual ele é, mostrando a todos onde se encontra a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. (...) Ao te escolherem, os Espíritos conheciam a solidez das tuas convicções e sabiam que a tua fé, qual muro de aço, resistiria a todos os ataques".

"Com esta obra, o edifício começa a libertar-se dos andaimes e já se lhe pode ver a cúpula a desenhar-se no horizonte. Continua, pois, sem impaciência e sem fadiga; o monumento estará pronto na hora determinada".

O mês de abril é pródigo em realizações. Assim, mais uma vez, em abril de 1864 surge a primeira edição da obra monumental: "Imitação de O Evangelho segundo o Espiritismo". Nas edições subseqüentes o seu título é substituído por "O Evangelho segundo o Espiritismo", atendendo à insistência de seus amigos e em especial de seu editor, o Sr. Didier.

A ira do Clero explode violenta e, a 1º de maio do mesmo ano, Roma inclui as obras espíritas no Index (Catálogo de obras perigosas, portanto, proibidas pela Igreja).

Mais uma vez a atitude do Clero favoreceu a expansão da Doutrina Espírita.

A partir de então "a maioria das livrarias apressaram-se a pôr essas obras em evidência". E como normalmente acontece com as coisas proibidas, a curiosidade humana facilitou a sua divulgação. As emoções se sucedem, o trabalho é árduo, o discípulo do Cristo prossegue sem descanso, chega a pôr-lhe em risco a própria saúde.

O Espírito amigo Dr. Demeure alerta-o: "Precisas de repouso; as forcas humanas têm limites que o desejo de que o ensino progrida te leva muitas vezes a ultrapassar. Estás errado, porquanto, procedendo assim não apressarás a marcha da Doutrina, mas arruinarás a tua saúde e te colocarás na impossibilidade material de acabar a tarefa que vieste desempenhar neste mundo (...)".

Mais ponderado, o Codificador prossegue. Não importam as injustiças, a ingratidão, os ataques constantes, ele não pode parar: palestras, viagens de orientações, auxílio aos necessitados. Por toda parte florescem os seus princípios de Amor e Caridade para com os desvalidos da sorte.

Ressalta como máxima da Doutrina nascente: "Fora da Caridade não há salvação".

No ano seguinte, em 1º de agosto de 1865, segundo Henri Sausse, vem a público "O Céu e o Inferno". Em 6 de janeiro de 1868 era editado o quinto livro da Codificação: "A Gênese".

A Doutrina Espírita está Codificada: Ciência, Filosofia e Religião, os três pilares da monumental edificação - produto da aliança estabelecida entre os dois planos da vida.

O Espiritismo se expande por toda parte, levando a todos os corações O Consolador prometido por Jesus. O Mensageiro do Cristo já não tem a saúde dos primeiros tempos; o coração cansado, pelo excesso de trabalho e por fortes emoções, resolve retirar-se para local onde já tinha casa de sua propriedade. Os colaboradores estão em condições de prosseguir na tarefa de divulgação.

Último dia de março, 1869, nos escritórios da Revista Espírita Allan Kardec ultima os preparativos, ordenando tudo a fim de poder transferir-se para a Avenida e Vila Ségur, 39.

Não há tempo, "o bom-senso encarnado" ali mesmo tomba em conseqüência da ruptura de um aneurisma. E o Codificador, aos 65 anos, retorna à Pátria Espiritual com a consciência tranqüila pelo dever bem cumprido.

"Todos os jornais consagram um artigo especial à memória daquele homem" que, com saber, dignidade e renúncia erigiu, com as revelações dos Espíritos, um monumental corpo de doutrina.

Assim, o Espiritismo, nos seus aspectos filosófico, científico e religioso, vem demonstrar ao homem, de forma lógica e racional, que a dor é produto de seus próprios erros e o progresso depende do esforço encetado nas diferentes reencarnações, instrumento da justiça suprema do Eterno Pai.
 
 
Referências Bibliográficas:
Novo Testamento, João, 14:15-18 e 26.
WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco. Allan Kardec, vol. I, 4ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1990, 210p.
Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse. Ed. Larousse do Brasil.
KARDEC, Allan. Obras Póstumas, 28ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998, 398p.
KARDEC, Allan. O Livros dos Médiuns, 63ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998, 488p.
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, 114ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997, 437p.
KARDEC, Allan. Revista Espírita, Anos 1860 e 1869. Ed. Edicel, São Paulo.
 
 
Fonte: Reformador (Edição Internet)


Fiquem bem

Abracejos :-*

Luís

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Offline Peregrino

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Re: Allan Kardec - O Libertador de Consciências....................
« Responder #3 em: 10 de Dezembro de 2005, 18:36 »
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Muito bem colocado este, Luis.  :)

Abraço.

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Offline aruanda

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Re: Allan Kardec - O Libertador de Consciências....................
« Responder #4 em: 05 de Março de 2006, 21:04 »
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"Nascer, morrer, renascer de novo e progredir sempre. É esta a lei."
Allan Kardec (vidé biografia)

O vocábulo espiritismo costuma ser associado a casas assombradas, superstições, rituais africanos, fantasias e, até, a terapias alternativas.....

O Espiritismo (com e maiúsculo) ainda é pouco e muito mal conhecido. Na realidade, é uma Doutrina que trata da origem e natureza dos Espíritos e das suas relações com o mundo material, através de um conjunto de princípios e de leis, revelados por diversos Espíritos Superiores, que estão contidos nas obras que Allan Kardec recebeu e coordenou e que constituem a chamada Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, o Céu e o Inferno e A Génese.

O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de Abril de 1857, em Paris, é a obra básica do Espiritismo (já que todas as outras partem dela) e contém os princípios de uma filosofia espiritualista sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e as suas relações com os homens, as leis morais, a presente vida, a vida futura e o futuro da Humanidade,
segundo os ensinamentos transmitidos por Espíritos Superiores através de vários médiuns e que, como acima se diz, foram recebidos e coordenados por Kardec. Não se trata, portanto, da obra de um homem mas sim da de vários espíritos desencarnados que inauguraram uma nova era na humanidade: a Era do Espírito. E, neste sentido, é errado dizer-se que Kardec fundou o Espiritismo. Antes dele, já este existia; mesmo na Bíblia, no Antigo Testamento, deparamo-nos muitas vezes com casos mediúnicos relatados nos seus diversos livros. Mas foi ele que adoptou os termos “Espírita” e “Espiritismo” e, através da Doutrina Espírita, explicou os factos que os espíritos apresentavam ao mundo.

Embora tenha publicado outras obras (O que é o Espiritismo, Revista Espírita, A Prece, etc.) as cinco que acima se mencionam são as principais e as que constituem o ABC da doutrina. Mas o Espiritismo é, também, o Consolador prometido por Jesus (cf. Evangelho segundo S. João, cap. XIV, vv. 15 a 17 e 26) que veio, na altura devida, relembrar e completar o que Jesus nos ensinou, trazendo assim à Humanidade as bases reais para a sua espiritualização. Tendo como fundamento a moral Cristã, a Doutrina Espírita é a revivência do Evangelho de Jesus e revela conceitos novos e mais profundos sobre Deus, o Universo, os homens, os espíritos, e as leis que regem a vida. Explica ainda o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual é o objectivo da nossa existência e, também, qual é a razão da dor e do sofrimento.

Jesus é o guia e modelo de toda a Humanidade. A moral que Ele nos ensinou e exemplificou é a expressão mais pura das Leis de Deus e o roteiro seguro para a evolução de todos os homens. Assim, a sua aplicação é a solução para todos os problemas e também o objectivo a ser atingido por toda a Humanidade. E a oração, a prece, é uma grande ajuda, porque se for feita com sinceridade, fervor e fé, Deus envia ao homem Espíritos para o auxiliar e tornar mais forte na sua luta contra o mal.

Os princípios básicos do Espiritismo são:

    *
      A existência de Deus como Primeira Causa de todas as coisas, único, imaterial, eterno, imutável, omnipotente e soberanamente justo e bom.
    *
      A existência dos espíritos como seres imateriais e imortais, que conservam a sua individualidade após a morte do corpo físico.
    *
      A evolução incessante dos espíritos, em direcção à perfeição divina, que é o único determinismo da vida.
    *
      A reencarnação, como mecanismo fundamental para a evolução dos espíritos, através da qual se manifesta a Justiça Divina que os educa, a fim de compreenderem as Leis de Deus.
    *
      A mediunidade, como um meio natural de comunicação com os espíritos desencarnados e, também, como uma faculdade igualmente natural que é inerente a todos os seres humanos. O Espiritismo difere das doutrinas mediúnicas porque se utiliza desta faculdade como um meio de aprendizagem e de evolução e apenas com base nos princípios da doutrina e dentro da moral cristã. A prática da mediunidade não é a espinha dorsal do Espiritismo, mas uma via por onde ele procura ajudar o próximo e conhecer a verdade.
      Praticar a mediunidade não torna ninguém espírita.
    *
      A moral cristã, sobre a qual se apoia a conduta do verdadeira espírita. Kardec diz a este respeito: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar as suas más tendências.”
    *
      A pluralidade dos mundos habitados e não apenas a Terra; além do mundo material, moradia dos espíritos encarnados, existe também o mundo espiritual, moradia dos espíritos desencarnados. O Universo está plenamente ocupado com diversos tipos de mundos em que habitam seres que se encontram em diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos, e menos evoluídos do que o homem.

O Espiritismo penetra em pontos fundamentais do conhecimento humano. Aborda questões morais, filosóficas, científicas e religiosas; daí o dizer-se que é Ciência, Filosofia e Religião. É Ciência porque, tendo método e objecto próprios, usa a observação e a experimentação para procurar o seu próprio desenvolvimento; é Filosofia porque responde às questões básicas do conhecimento humano: estuda as origens do homem, de onde veio, para onde vai e quem é; e é Religião (embora não tenha cultos ou rituais externos nem sacerdotes) porque procura a integração do homem com Deus.

O homem é um espírito encarnado num corpo material e perecedouro. Os espíritos (que são seres inteligentes e imortais) são criados por Deus simples e ignorantes e irão reencarnar tantas vezes como se demonstre serem necessárias para a sua evolução moral e intelectual. Eles evoluem sempre. Nas suas múltiplas existências podem parar na sua evolução, mas nunca retrocedem. E a rapidez da sua evolução é directamente proporcional ao esforço que para tal empreguem.

Os espíritos existem em diferentes ordens de perfeição moral, segundo o progresso que já atingiram: Espíritos Puros, Espíritos Bons e Espíritos Imperfeitos. As suas relações com os homens são constantes: os Espíritos Bons atraem-nos para o bem; os Espíritos Imperfeitos instigam-nos ao mal, ao erro. Mas o homem é criado por Deus com o livre arbítrio, ou seja, com a liberdade de decisão para agir. E assim, a sua vida futura será a consequência das suas acções de hoje ou de ontem, proporcionando-lhe dores e alegrias, segundo o comportamento que tenha tido de respeitar, ou não, as Leis de Deus.

O Espiritismo tem ainda como regra outro ensinamento de Jesus: “Dá de graça o que de graça recebeste” (cf. Evangelho segundo S. Mateus, cap. X, v: 8). Por isso, todos os actos praticados na Casa Espírita são grátis. Além disso, nas suas reuniões não utiliza altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões ou indulgências, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinogénias, incensos, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios ou quaisquer outros objectos ou rituais.

O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, dando valor a todos os esforços que se fazem para a prática do bem, e trabalha para que haja paz e convivência fraternal entre todos os homens, seja qual for a sua raça, cor, nacionalidade, crença religiosa e nível cultural ou social.

A Doutrina Espírita veio ainda mostrar que o egoísmo e o orgulho (também chamado às vezes “amor-próprio”) são as verdadeiras chagas da Humanidade, porque são eles que a prendem ao materialismo, tirando-lhe a alegria de viver e a esperança no futuro...

O Espiritismo diz-nos que o verdadeiro homem de bem é aquele que “cumpre a Lei de Justiça, Amor e Caridade, na sua maior pureza” e ensina-nos ainda que

“Fora da Caridade não há Salvação”
(Allan Kardec)


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Re: Allan Kardec - O Libertador de Consciências....................
« Responder #5 em: 09 de Março de 2006, 14:42 »
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Muita Paz!



KARDEC E LEON DENIS

OBSERVAÇÃO DO COMPILADOR: Esta é uma mensagem do Espírito de Allan Kardec, colhida em reunião mediúnica na qual participava Léon Denis.

Fui sacerdote, diretor das sacerdotisas da ilha de Sein e vivi nas costas do mar furioso, na ponta extrema do que chamais a Bretanha.

Não esqueçais o grande Espírito de vida, aquele que faz crescer o visco nos ramos do carvalho e que as pedras antigas de vossos avós consagram. Sinto-me feliz, por vos assegurar que vossos pais tiveram a fé. Guardai-a como eles, pois que o espírito céltico não está extinto na França; tem sobrevivido e restituirá aos filhos a vontade de crer e de se aproximar de Deus.

Não esqueçais aqueles a quem amastes, os quais todos vos cercam, como as estrelas do céu que não vedes em pleno dia, ainda que brilhem constantemente.

O poder divino é infinito; irradiado por sobre vós, através das brumas da Terra, seus raios vos chegam disseminados e enfraquecidos.

Escutai a voz do coração quando, enfrentando o Oceano cujas encapeladas vagas se perseguem, vos sentis tomados de medo e de esperanças. Ela fala alto aos que o querem ouvir. Deveis compreendê-la, porquanto para isso tendes tido, reunidos, todos os ensinamentos da Terra.

Amai-nos, a nós os homens antigos desse mundo. Temos precisão de que vos lembreis de nós, meus bem-amados! Que vossas almas venham visitar-nos durante o sono que Deus vos concede!

Quereis saber quem sou: dir-vos-ei meu nome; porém, que importam nomes!

Deixamos na Terra, com o nosso corpo, a recordação dos nomes e das coisas, para não mais nos lembrarmos senão das vontades de Deus e dos sentimentos que a Ele nos levam, para não mais conhecermos senão seu amor e sua glória, pois que, na luminosidade infinita, todas as chamas como que se apagam: o sol de Deus as torna menos visíveis e as funde numa eterna irradiação.

A Terra não é mais do que um lugar de passagem, uma floresta profunda e escura, onde só muito surdamente ressoam os ecos da vida nos mundos.

Aí estaremos sempre, os grandes guias que encaminham a Humanidade sofredora para o fim desconhecido dos homens, mas que Deus fixou e que brilha para nós na noite dos tempos como um facho luminoso.

Esperemos o momento em que, finalmente libertos, possais voltar para junto de nós, a cantar eternamente o hino que glorifica a Deus.

Almas da França, sois filhas da Gália. Lembrai-vos das crenças de vossos antepassados, que também foram as vossas. Remontai algumas vezes pelo pensamento, às fontes saudáveis de nossas origens, às tradições fortes e às alturas de nossa história, para recobrardes a energia e a fé, para reavivardes o espírito e reconfortardes o coração, na pureza do ar, na beleza dos cumes, na luz divina.

(Espírito Allan Kardec - 1909 - Obra: Joana d’Arc, Médium - Léon Denis).


Fiquem bem

Luís

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