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  • Pérolas e Porcos - Evangelho

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Autor Tópico: Pérolas e Porcos - Evangelho  (Lida 28447 vezes)

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Offline carlosmluz

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Re: Pérolas e Porcos - Evangelho
« Responder #30 em: 30 de Julho de 2008, 13:03 »
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Túlio,

Não comparei porcos com doentes, a minha colocação foi clara quando disse:
Citar
o termo “Racca”, que se adequa perfeitamente ao sentido da palavra “porco” colocada em questão neste tópico.
ou seja, como a palavra esta sendo usada aqui nesse tópico. Perdoem-me os companheiros a que me refiro, mas é que quando se fala em Jesus e seus ensinamentos é necessário atentar ao que está sendo colocado, pois vejo em algumas palavras sentimentos que não são e nem foram concebidos pelo nosso grande Mestre.

Abraços a todos.
Carlos Pereira


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Offline Isis Maria

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Re: Pérolas e Porcos - Evangelho
« Responder #31 em: 30 de Julho de 2008, 15:03 »
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Desejo um dia de Paz, Luz e AMOR a TODOS!


Concordo com a colocação de nosso amigo Carlos Pereira.

Jesus não tinha espírito de exclusivismo, possuía sim dignidade e individualidade inteiramente isentas de orgulho terreno ou presunção; não lutava por grandeza mundana e achava-se contente até na mais humilde posição. Por amor a nós, se tornara pobre, para que "pela sua pobreza enriquecêssemos".

Jesus era o médico do corpo, da mesma maneira que o era da alma. Interessava-se em todos os aspectos de sofrimento que se lhe apresentavam, e proporcionava alívio a todos, havendo em suas palavras o efeito de um bálsamo suavizador.

Ensinava COMPARTILHAVA seus conhecimentos de forma que todos pudessem compreender, fez uso de Parábolas extraídas de fatos ou coisas simples, tiradas do quotidiano de todo povo, para assim, poderem entender os mistérios do Reino de Deus. A intenção de Jesus era atrair os verdadeiros interessados pela mensagem do evangelho, já que nem todos os que o seguiam estavam preocupado com o Reino de Deus “Por isso, lhes falo por parábolas, porque eles, vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem, nem compreendem”, Mt 13.13. Por intermédio de parábolas, as pessoas simples e humildes podiam entender os mistérios do Reino de Deus. “Naquela mesma hora alegrou-se Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelastes às criancinhas. Assim é, ó Pai, porque assim me aprouve”, Lc 10.21

Jesus trabalhava fervorosamente pela humanidade, em todos os lugares demonstrava amor e interesse pelos homens, irradiando em torno a luz de uma animosa piedade, trabalhava para aliviar o sofrimentos que via, quando falava aos pobres e degradados, dirigia a eles palavras de animação, palavras da mais terna compaixão, palavras cuja necessidade era sentida, e que podiam ser apreciadas.

Então se Jesus foi a manifestação do amor de Deus, logo ele jamais consideraria homens menos evoluídos como "porcos", logo não os considerava inferiores a sua sabedoria, faltavam aos homens SIM a compreensão, mas a qual  eles poderiam adquirir com o tempo.

abraços

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Todo aquele que permanece no amor, permanece em Deus, e Deus nele

Offline Leone

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Re: Pérolas e Porcos - Evangelho
« Responder #32 em: 30 de Julho de 2008, 17:29 »
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Como não entendo agradeço expliquem:

De que Bíblia estão falando nos textos postados atrás?

É que até parece que se está falando de um jesus e não de JESUS.

Onde estão os escritos pelo punho de JESUS?
Quem fez as traduções que deram origem aos primeiros livros que vieram a dar a obra que hoje conhecemos como Bíblia.

Porquê tantas diferenças nas várias edições dependentes das várias Igrejas?

Será possível obter respostas lógicas e racioanais?

Saudações para todos 

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Offline carlosmluz

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Re: Pérolas e Porcos - Evangelho
« Responder #33 em: 30 de Julho de 2008, 21:53 »
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Amigo Leone,

O Jesus que vos falo é o Jesus humildade, que nos momentos mais tenebrosos de sua vida foi capaz de abaixar-se para lavar e beijar os pés de seus apóstolos, o homem que ferido em seu corpo físico e em sua moral, foi incapaz de sequer defender-se, pois sabia ele ter vencido o mundo e que em breve estaria na glória do seu pai.

Perdoou a seus verdugos, e com todo seu poder poderia ter derrotado a todos eles, bastava uma só palavra, mas ele preferiu o silêncio.

Falo do Jesus amor, que nos ensinou e nos pediu a todo tempo que amassemos uns aos outros e ainda mais, amassemos aos nossos inimigos.

Falo do Jesus àqueles que têm verdadeiramente fé no testemunho dos seus apóstolos nos Evangelhos, como também no testemunho da espiritualidade maior, no Evangelho Segundo o Espiritismo, codificado por Alan Kardeck.

Eu poderia falar mais e mais do Jesus que devoto a minha fé, mas, não pretendo me estender; o nosso Mestre precisa ser mais sentido, ser mais amado, já que não podemos pedir respeito por ele, apenas peço mais um pouco de compreensão.
 
E quem sou eu para isso, se em muitas vezes eu mesmo não o compreendo, por não ter ainda a sua perfeição?

Se existiu um outro JESUS caro amigo Leone, não sei, até então tudo o que aprendi e vivenciei perderá o sentido, pois para mim a sua grandeza está justamente nos seus exemplos de amor e humildade. Procurarei recomeçar os meus estudos e reavaliarei todos os meus conceitos a seu respeito.
.
Não pretendo mais me alongar falando nesse tópico, na verdade fiquei preocupado em ver determinadas colocações a respeito do Mestre que para mim é o grande pilar da doutrina e dei a minha pequena contribuição.
 
Estou aqui também aprendendo com todos vocês, e espero que ninguém fique magoado com as minhas palavras, pois não é, nem nunca será a minha intenção e nem mesmo sou detentor de nenhuma verdade.

Recentemente abrir um tópico no fórum, na sessão “Artigos Espíritas” intitulado “Legítima Visão Espírita de Jesus de Nazaré”, um texto que achei muito interessante de autoria de Jorge Luiz Hessen e vale a pena ser revisado.


Abraços fraternos a todos,
Carlos Pereira


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Re: Pérolas e Porcos - Evangelho
« Responder #34 em: 31 de Julho de 2008, 03:10 »
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Olá, gente.Toda vez que discuto este tema dos porcos, como também freqüentemente o da expulsão dos vendilhões do templo, percebo um perigo muito grande: o de querermos moldar Jesus à nossa compreensão, em vez de tentar estender a compreensão até Ele. Não é raro ouvir o argumento de que estas passagens só podem estar erradas ou modificadas, já que nos parecem tão contrárias ao que Jesus habitualmente pregava. Mas será que é isto, ou elas são realmente contrárias ao que nós compreendemos da pregação de Jesus? Será que já somos capazes de distinguir o certo e o errado com tal clareza a ponto de determinar o que o professor deveria ter dito? nde está o Jesus que veio trazer não a paz, mas a espada? Do que ele falava? Certamente não da violência física, mas quem sabe da atitude firme contra o mal, impedindo decididamente o mal-intencionado de atuar? Jesus estava fazendo uma cura, e nos perguntamos sobre o prejuíso de um porqueiro. Quem sabe de onde vieram aqueles porcos? Será que não temos como tirar o significado simbólico desta história? Se ela fosse uma parábola, será que entenderíamos? Seguindo este caminho perigoso, logo descobriremos que Jesus não secou a figueira, era vegetariano - o primeiro do mundo - não pescou os peixes na pesca milagrosa, não chegou a Jerusalém montado num burrico. Acho que devemos ter a humildade de, antes de tentar reescrever o Evangelho, repetindo um erro que talvés nós mesmos já tenhamos cometido há séculos, possamos confessar: não entendi. Ainda. E continuar o estudo iniciado dois milênios atrás. Sem pressa. Abraços.

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Re: Pérolas e Porcos - Evangelho
« Responder #35 em: 31 de Julho de 2008, 08:07 »
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Túlio Vilaça

Por isso eu disse não entender e pedi que esclarecessem para ver se consigo entender.

Carlos Pereira

O que refere é para mim JESUS.

Abraços

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Re: Pérolas e Porcos - Evangelho
« Responder #36 em: 31 de Julho de 2008, 14:07 »
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Túlio,

Eu tento entender um pouco lendo o Evangelho Segundo O Espiritismo, aqui vai o tema citado na sua dúvida:


Não Vim Trazer A Paz, Mas A Espada


            9 – Não julgueis que vim trazer paz a Terra; não vim trazer-lhe paz, mas espada; porque vim separar o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e os inimigos do homem  serão os seus mesmos domésticos. (Mateus, X: 34-36).

            10 – Eu vim trazer fogo à Terra, e que quero eu, senão que ele se acenda? Eu, pois, tenho de ser batizado num batismo, e quão grande não é a minha angústia, até que ele se cumpra? Vós cuidais  que eu vim trazer paz à Terra? Não, vos digo eu, mas separação; porque de hoje em diante haverá, numa mesma casa, cinco pessoas divididas, três contra duas e duas contra três. Estarão divididas: o pai contra o filho, e o filho contra seu pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua sogra. (Lucas, XII: 49-53)

            11 – Foi mesmo Jesus, a personificação da doçura e da bondade, ele que não cessava de pregar o amor do próximo, quem disse estas palavras: Eu não vim trazer a paz, mas a espada; vim separar o filho do pai, o marido da mulher, vim lançar fogo na Terra e tenho pressa que ele se acenda? Essas palavras não estão em flagrante contradição com o seu ensino? Não é uma blasfêmia atribuir-se a linguagem de um conquistador sanguinário e devastador? Não, não há blasfêmia nem contradição nessas palavras, porque foi ele mesmo quem as pronunciou, e elas atestam a sua elevada sabedoria. Somente a forma, um tanto equívoca, não exprime exatamente o seu pensamento, o que provocou alguns enganos quanto ao seu verdadeiro sentido. Tomadas ao pé da letra, elas tenderiam a transformar a sua missão, inteiramente pacífica, numa missão de turbulências e discórdias, conseqüência absurda, que o bom senso rejeita, pois Jesus não podia contradizer-se. (Ver cap. XIV, nº 6).

            12 – Toda idéia nova encontra forçosamente oposição, e não houve uma única que se implantasse sem lutas. A resistência, nesses casos, está sempre na razão da importância dos resultados previstos, pois quanto maior ela for, maior será o número de interesses ameaçados. Se for uma idéia notoriamente falsa, considerada sem conseqüências, ninguém se perturba com ela, e a deixam passar, confiantes na sua falta de vitalidade. Mas se é verdadeira, se está assentada em bases sólidas, se é possível entrever-lhe o futuro, um secreto pressentimento adverte os seus antagonistas de que se trata de um perigo para eles, para a ordem de coisas por cuja manutenção se interessam. E é por isso que se lançam contra ela e os seus adeptos. A medida da importância e das conseqüências de uma idéia nova nos é dada, portanto, pela emoção que o seu aparecimento provoca, pela violência da oposição que desperta, e pela intensidade e a persistência da cólera dos seus adversários.

            13 – Jesus vinha proclamar uma doutrina que minava pelas bases a situação de abusos em que viviam os fariseus, os escribas e os sacerdotes do seu tempo. Por isso o fizeram morrer, julgando matar a idéia com a morte do homem. Mas a idéia sobreviveu, porque era verdadeira; desenvolveu-se, porque estava nos desígnios de Deus; e nascida numa pequena vila da Judéia, foi plantar a sua bandeira na própria capital do mundo pagão, em face dos seus inimigos mais encarniçados, daqueles que tinham o maior interesse em combatê-la, porque ela subvertia as crenças seculares, a que muitos se apegavam, mais por interesse do que por convicção. Era lá que as lutas mais terríveis esperavam os seus apóstolos; as vítimas foram inumeráveis; mas a idéia cresceu e saiu triunfante, porque superava, como verdade, as suas antecessoras.

            14 – Observe-se que o Cristianismo apareceu quando Paganismo declinava, debatendo-se contra as luzes da razão. Convencionalmente ainda o praticavam, mas a crença já havia desaparecido, de maneira que apenas o interesse pessoal o sustinha. Ora, o interesse é tenaz, não cede nunca à evidência, e irrita-se tanto mais, quanto mais peremptórios são os raciocínios que se lhe opõem e que melhor demonstram o seu erro. Bem sabe que está errado, mas isso pouco lhe importa, pois a verdadeira fé não lhe interessa; pelo contrário, o que mais o amedronta é a luz que esclarece os cegos. O erro lhe é proveitoso, e por isso a ele se aferra, e o defende.

            Sócrates não formulara também uma doutrina, até certo ponto, semelhante à do Cristo? Por que, então, não prevaleceu naquela época, no seio de um dos povos mais inteligentes da Terra? Porque os tempos ainda não haviam chegado. Ele semeou em terreno não preparado: o paganismo não estava suficientemente gasto. Cristo recebeu a sua missão providencial no tempo devido. Nem todos o homens do seu tempo estavam à altura das idéias cristãs, mas havia um clima geral de aptidão para assimilá-las, porque já se fazia sentir o vazio que as crenças vulgares deixavam na alma. Sócrates e Platão abriram o caminho e prepararam os Espíritos. (Ver na Introdução, parágrafo IV: Sócrates e Platão, precursores da idéia cristã e do Espiritismo).

            15 – Os adeptos da nova doutrina, infelizmente, não se entenderam sobre a interpretação das palavras do Mestre, na maioria veladas por alegorias e expressões figuradas. Daí surgirem, desde o princípio, as numerosas seitas que pretendiam, todas elas, a posse exclusiva da verdade, e que dezoito séculos não conseguiram pôr de acordo. Esquecendo o mais importante dos preceitos divinos, aquele de que Jesus havia feito a pedra angular do seu edifício e a condição expressa da salvação: a caridade, a fraternidade e o amor do próximo, essas seitas se anatematizaram reciprocamente, arremeteram-se umas contra as outras, as mais fortes esmagando as mais fracas, afogando-as em sangue, ou nas torturas e nas chamas das fogueiras. Os cristãos vencedores do paganismo,  passaram de perseguidos a perseguidores. Foi a ferro e fogo que plantaram a cruz do cordeiro sem mácula nos dois mundos. É um fato comprovado que as guerras de religião foram mais cruéis e fizeram maior número de vítimas que as guerras políticas, e que em nenhuma outra se cometeram tantos atos de atrocidade e de barbárie.

            Seria a culpa da doutrina do Cristo? Não, por certo, pois ela condena formalmente toda violência. Disse ele em algum momento aos seus discípulos: Ide matar, queimar, massacrar os que não acreditarem como vós? Não, pois que lhes disse o contrário: Todos os homens são irmãos, e Deus é soberanamente misericordioso; amai o vosso próximo; amai os vossos inimigos; fazei bem aos que vos perseguem. E lhes disse ainda: Quem matar com a espada perecerá pela espada. A responsabilidade, portanto, não é da doutrina de Jesus, mas daqueles que a interpretaram falsamente, transformando-a num instrumento a serviço das suas paixões, daqueles que ignoram estas palavras: O meu Reino não é deste mundo.

            Jesus, na sua profunda sabedoria, previu o que devia acontecer. Mas essas coisas eram inevitáveis, porque decorriam da própria inferioridade da natureza humana, que não podia ser transformada subitamente. Era necessário que o Cristianismo passasse por essa prova demorada e cruel, de dezoito séculos, para demonstrar toda a sua pujança: porque, apesar de todo o mal cometido em seu nome, ele saiu dela puro, e jamais esteve em causa. A censura sempre caiu sobre os que dele abusaram, pois a cada ato de intolerância sempre se disse: Se o Cristianismo fosse melhor compreendido e melhor praticado, isso não teria acontecido.

Continua...






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Re: Pérolas e Porcos - Evangelho (2º Parte do Cap. 23)
« Responder #37 em: 31 de Julho de 2008, 14:09 »
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            16 Quando Jesus disse: Não penseis que vim trazer a paz, mas a divisão – seu pensamento era o seguinte:

            “Não penseis que a minha doutrina se estabeleça pacificamente. Ela trará lutas sangrentas, para as quais o meu nome servirá de pretexto. Porque os homens não me haverão compreendido, ou não terão querido compreender-me. Os irmãos, separados pelas suas crenças, lançarão a espada um contra o outro, e a divisão se fará entre os membros de uma mesma família, que não terão a mesma fé. Vim lançar o fogo na Terra, para consumir os erros e os preconceitos, como se põe fogo num campo para destruir as ervas daninhas, e anseio porque se acenda, para que a depuração se faça mais rapidamente, pois dela sairá triunfante a verdade. A guerra sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade universal; às trevas do fanatismo, a luz da fé esclarecida” .

            “Então, quando o campo estiver preparado, eu vos enviarei o Consolador, o Espírito da Verdade, que virá restabelecer todas as coisas, ou seja, que dando a conhecer o verdadeiro sentido das minhas palavras, que os homens mais esclarecidos poderão enfim compreender, porá termo à luta fratricida que divide os filhos de um mesmo Deus. Cansados, afinal, de um combate sem solução, que só acarreta desolação e leva o distúrbio até mesmo ao seio das famílias, os homens reconhecerão onde se encontram os seus verdadeiros interesses, no tocante a este e ao outro mundo, e verão de que lado se acham os amigos e os inimigos da sua tranqüilidade. Nesse momento, todos virão abrigar-se sob a mesma bandeira: a da caridade, e as coisas serão restabelecidas na Terra, segundo a verdade e os princípios que vos ensinei”.

            17 – O Espiritismo vem realizar, no tempo determinado, as promessas do Cristo. Não o pode fazer, entretanto, sem destruir os erros. Como Jesus, ele se defronta com o orgulho, o egoísmo, a ambição, a cupidez, o fanatismo cego, que, cercados nos seus últimos redutos, tenta ainda barrar-lhe o caminho, e levantam contra ele entraves e perseguições. Eis por que ele também é forçado a combater. Mas a época das lutas e perseguições sangrentas já passou, e as que ele tem de suportar são todas de ordem moral, sendo que o fim de todas elas se aproxima. As primeiras duraram séculos; as de agora durarão apenas alguns anos, porque a luz não parte de um só foco, mas irrompe de todos o ponto do globo, e abrirá mais depressa os olhos aos cegos.

            18 – Aquelas palavras de Jesus devem ser entendidas, portanto, como referentes à cólera que, segundo previa, a sua doutrina iria suscitar; aos conflitos momentâneos, que surgiram como conseqüência; às lutas que teria de sustentar, antes de se firmar, como aconteceu com os hebreus antes de sua entrada na Terra Prometida; e não como um desígnio premeditado, de sua parte, de semear a desordem e a confusão. O mal devia provir dos homens, e não dele. A sua posição era a do médico que veio curar, mas cujos remédios provocam uma crise salutar, revolvendo os humores malignos do enfermo.


Evangelho Segundo o Espiritismo, por ALLAN KARDEC - tradução de José Herculano Pires

Espero que tenha ajudado,
Abraço,
Carlos Pereira :)

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Re: Pérolas e Porcos - Evangelho
« Responder #38 em: 01 de Agosto de 2008, 03:45 »
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Obrigado, Carlos, pela colocação do ESE. Já conhecia, mas foi bom reler, e considerar que ela corrobora com minha colocação, no sentido de que foi e é necessária muita firmeza naquele que pretende seguir Jesus, para em hipótese nenhuma compactuar com o mal, e para aceitar inclusive ser sacrificado em sua resistência. E isto sem que sua atitude seja passiva, embora pacífica, mas tomando a iniciativa de desmascarar a intenção perniciosa quando considerar necessário. Em Kardec se fala de situações de conflito de maneira genérica, mas tornando implícito que o cristão, e o espírita por extensão, nunca deverão ser os algozes, mas também não deverão ficar apenas como vítimas.

Porém, este ponto, que citei apenas de passagem, não tem a ver diretamente com o assunto em pauta. Não conheço na Codificação uma passagem sequer que invalide algum texto do Evangelho, com o argumento de ser interpolação ou ser interpretativo por parte do apóstolo que o registrou, por exemplo. o contrário, Kardec não foge de muitas passagens dúbias (caso de todo o capítulo Estranha Moral, que adoro). Considero que este deve ser o melhor exemplo para nós.

Já dei minha opinião pessoal de interpretação da passagem em pauta. Voltarei ao tópico apenas no caso de ter algo a acrescentar sobre ela, deixando agora este tema específico de lado, para evitar digressões e polêmicas inúteis. Abraços.

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Offline Ana Terra

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Re: Pérolas e Porcos - Evangelho
« Responder #39 em: 09 de Setembro de 2008, 04:41 »
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Oi, pessoal! Sou novata no fórum, estou muito feliz de estar aqui.
Pois bem, eu quero observar que quando a ostra é machucada por um grão de areia (pelo sofrimento) ela forma uma pérola em volta do grão para proteger a tenra carne.
Ou seja através do sofrimento o espírito se eleva. Ele sobrevive criando um pérola (o aprendizado), que é o ensinamento que o sofrimento lhe deixou.
Acho que não devemos desprezar uma história triste pela qual passamos. Pois nos sobrou uma bela pérola, não desperdiçe essa pérola maldizendo o passado, maldizendo quem nos magoou, não a atire aos espíritos maus que estão sempre a espreita. Se Deus me deu a benção de sobreviver ao grão de areia devo agradecer fazendo o bem.

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