Creio que a questão trabalhar para melhorar ficaria melhor se fosse invertida: Melhorar para trabalhar.

Um abraço

Diaz

Querido irmão:
Todavia há quem creia:
"Deus não escolhe os preparados, prepara os escolhidos"
Ex.:- O cata-cata, que o Mestre realizou para compor seu grupo.
Cuja única capacitância seria a boa-vontade.
Saúde e Paz!

          Kazaoca   (ref #810)
          Cito o jovem amigo:
          “Como poderemos usar nossas virtudes latentes se não tivermos um referencial de onde e como aplicá-las. Como poderei ser tolerante sem ser exigido, como poderei ser humilde se não for molestado moralmente, como poderei ser dócil se não for acuado? Portanto, como poderei ser eu mesmo sem fazer parte de um contexto, que me mostra como estou e onde posso chegar?”
          Cel: aí há um equivoco; se somos tolerantes, humildes... não temos de provar a ninguém, nem a nós mesmos; simplesmente somos; e a virtude pode ser, internamente total e externamente zero, se não houver oportunidade de praticá-la. O amor não precisa ser exercitado para ser avaliado; o amor simplesmente é amor...
          Kazaoca:
          “... precisamos de campo para trabalhar. E o campo que Deus nos disponibilizou é o mundo de necessidades que habitamos. Não vamos chegar bem ao plano superior em função do que "lemos" ou "discutimos" mas, da aplicação que fizemos do aprendizado e do que passamos do nosso próprio aprendizado aos outros.
          Cel: meu amigo, não precisamos de campo algum... não temos de treinar ou exercitar nossas virtudes... quando as temos, as temos e só... O treinar, como o exercícitar-se nelas, implica esforço; logo, virtude não genuína, mas forçada, feita por imitação ou obediência aos conselhos dos mestres ou da ética religiosa e, até mesmo, encenação, falsidade. A virtude está no coração, não nos procedimentos; e quando está no coração, ela extravasa espontaneamente, sem necessidade de referenciais, campos onde seja aplicada, sem necessidade de avaliação ou comparação com a virtude de ontem, para saber se a virtude melhorou hoje. O amor simplesmente é. O homem virtuoso, nem sabe que o é.
          Um abraço.

Caro Cel

Cel: meu amigo Diaz, há um equívoco aí; o resultado da meditação leva, sim, ao auto-conhecimento, a uma visão real do mundo, das pessoas e de Deus, e a nada mais, pois não há nada mais. Depois da meditação não há mais reforma íntima a ser realizada, nem procura de despir-se do ego; tudo isso já aconteceu.

É tão magico assim? Meditar é a solução de todos os nossos problemas? Meditar nos dá o conhecimento necessario para uma evolução espiritual?
Não me parece ser tão facil. Diga uma coisas, todos que meditam chegam a mesma conclusão? Todos tem a mesma visão? Os protestantes, os catolicos, os budista, os esíritas, etc..., todos acabam chegando a mesma conclusão, ou cada um encontra a verdade em que ele prórpio acredita?

Anraços

          Amigo Diaz   (ref #812)

          Suas palavras:
          “A proposta da meditação, pelo que entendi, leva ao auto-conhecimento e a uma visão real do mundo, das pessoas e de Deus. Seria uma forma de realizar a reforma íntima descrita na DE ao mesmo tempo em que procura despir-se do véu do ego e de suas ilusões".
          Cel: meu amigo Diaz, há um equívoco aí; o resultado da meditação leva, sim, ao auto-conhecimento, a uma visão real do mundo, das pessoas e de Deus, e a nada mais, pois não há nada mais. Depois da meditação não há mais reforma íntima a ser realizada, nem procura de despir-se do ego; tudo isso já aconteceu.
          Um abraço.

Olá Coronel, bom dia!
O comentário do amigo parece ser uma alusão as palavras do Mestre Jesus, "Conhecerei a verdade e a verdade vos libertará".
Apesar de incontestável, devemos considerar o processo que conduz a esse conhecimento e a disposição individual em desapegar-se das ilusões e libertar-se.
Refiro-me aos diferentes estágios de meditação por que passa o principiante, até que atinja o estágio de meditação plena, profunda. Nestes estágios podemos de acordo com a força de vontade individual iniciar a reforma íntima pelo exercício do desapego, do amor e do perdão.


Um abraço

Diaz

Sobre a meditação...

Falando por mim mesmo. O meu momento de meditação começa quando percebo que minhas ações não surtem os efeitos esperados. Nesse momento percebo que é hora de "parar" e analisar sobre o que está acontecendo. E costuma dar certo.

Na maioria das vezes a meditação não é providência que nos livra do erro. Mas, é ferramenta importante que nos orienta como corrigí-los.

                                                              kazaoka

          Amigos Diaz, Kazaoca, Lucazan...   (ref #817)

          Cel (msg anterior): ... Depois da meditação não há mais reforma íntima a ser realizada, nem procura de despir-se do ego; tudo isso já aconteceu.
          Cito o amigo Lucazan:
          “É tão mágico assim? Meditar é a solução de todos os nossos problemas? Meditar nos dá o conhecimento necessário para uma evolução espiritual?”
          Cel: nada de mágico aí; é tudo resultado “natural” da eliminação do ego, responsável pela percepção incorreta do mundo, dos demais e de Deus. Lembre-se do profeta do Antigo Testamento: “Aquieta-te e sabe: eu sou Deus”, e dos sábios: “Ou o ego, ou Deus”. A meditação proveitosa resulta na percepção de que não há mais reforma a realizar, nem processo de evolução a seguir. Destruído o véu que nos oculta o Real, conhecemos a verdade que liberta.
          Lucazan:
          “Não me parece ser tão fácil”.
          Cel: não é fácil, sobretudo para nós ocidentais; estamos acostumados, viciados, condicionados a tagarelar o tempo todo. Não somos capazes de aquietar o cérebro/mente/ego; estamos sempre falando, ouvindo, raciocinando; ficamos imaginando o amanhã, lembrando o ontem (nunca estamos no presente, no aqui-agora); julgamos, avaliamos, classificamos, comparamos, dando nomes a tudo que vemos, tudo isso sem cessar nem quando estamos dormindo.
          Não gostamos do silêncio. Experimente assistir, na TV, a um filme com legenda e tire o som; veja como os outros vão reclamar, mesmo que não precisem do som! E os aparelhos de som, ouvidos em todos os lugares e que muitos sempre levam consigo enquanto caminham!
          A única saída da escuridão de ignorância e conseqüentes sofrimentos em que estamos é “aquietar” o eu, esquecer o eu”, penetrar numa condição além do eu. E é isso o que a meditação pode fazer. A meditação nos leva para além de nosso nível comum de consciência, além das limitações de nossa mente, e faz com que penetremos em níveis mais elevados de compreensão. A mente/eu/ego é finita e limitada e temos de aquietá-la para chegarmos ao que é infinito e ilimitado.
          E, quando falamos de meditação não estamos falando de refletir/meditar sobre nossos problemas ou do mundo. Meditar não é pensar ou refletir sobre um tema elevado, no amor ao próximo, refletir nos exemplos que Jesus deixou, na paz mundial, imaginar ou visualizar isto ou aquilo; nada disso. Como dissemos acima, estamos falando de aquietar o eu, de silenciar o eu. Isso é trabalhoso e leva tempo, sobretudo para nós, ocidentais. A dificuldade será enorme. Mas, para a percepção do sagrado é necessário esse silêncio: Aquieta-te... ’
          Foi isso que Krishnamurti disse ao físico Capra: ‘temos de fazer cessar o pensamento e o raciocínio’. Isso é aquietar-se.
          Lucazan:
          “... todos que meditam chegam à mesma conclusão? Todo tem a mesma visão? Os protestantes, os católicos, os budistas, os espíritas, etc..., ou cada um encontra a verdade em que ele próprio acredita?”
          Cel: a verdade é uma só; tudo aquilo que pensamos ser verdade, como a de cada um, pode ser, quando muito, meias-verdades, pseudo-verdades, ilusões e esperanças. Como disse Jesus: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”; a Verdade, obtida pela experiência de eliminar o ego, é uma só; por isso Einstein chamou essa experiência de “experiência de concordância universal”. As diferenças que podem haver estão apenas nas palavras daqueles que tentam nos comunicá-la; daí, também, a diversidade das religiões é resultante da diversidade das ideologias e culturas. Dessa forma, Jesus, Schroedinger e Shankara, que experienciaram a Mente/Deus, falaram dela em termos diferentes, que não refletiam diferenças na experiência, mas diferenças nas interpretações simbólicas da experiência. Schroedinger usou termos da ciência física, Jesus, da teologia hebraica e Shankara, da ciência hindu do Eu; mas a percepção da Realidade é sempre a mesma. No nível do homem comum, as religiões divergem, são diferentes; mas, no nível daquele que foi além das religiões, pois se desencantou delas por não lhe oferecem as respostas da busca de Deus, elas convergem e são, como a Verdade, uma só. 
          Abraços.

Equilíbrio exige treino, treino exige tempo e a eternidade pode ser uma adversária da urgência em evoluirmos e cumprirmos os desígnios Divinos atribuidos a cada um de nós. Cuidemos para não confundirmos meditação com abstração.

                                                                    kazaoka