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  • Cap. 08 - BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO

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Autor Tópico: Cap. 08 - BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO  (Lida 29479 vezes)

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Offline Almeida

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Cap. 08 - BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO
« em: 11 de Março de 2006, 19:23 »
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. VIII – Bem-Aventurados os Puros de Coração


DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS


“Bem aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus”.(1)

Esse ensinamento do Mestre Jesus está diretamente relacionado à capacidade homem em perceber o mundo de ondas e raios em que vive; em sintonizar-se com a realidade que o circunda.
Essa sensibilidade sempre crescente, oriunda do aprimoramento intelectual e moral, como um radar, conecta o homem à natureza física e espiritual.

Os espíritos advertem que eles influem grandemente no pensamento humano que “de ordinário, são eles que vos dirigem”.(2)

Observando o processo de evolução do homem verifica-se que ela se dá pela revelação, ou seja, o plano maior, através do nível de receptividade do aprendiz oferece diretrizes que se assimiladas se constituirão em fatores de crescimento.

Essa assimilação, entretanto, depende do nível intuitivo alcançado, ou seja, depende da soma das aquisições feitas durante o transcorrer das vidas, no tempo; do empenho de cada um no sentido de se capacitar a tomar iniciativas, a se conscientizar da sua essência espiritual, de obter o autoconhecimento enfim.

Assimilado o novo patamar pela intuição a razão analisa e pela vontade determina-lhe a ação sob sua responsabilidade. Pelo processo de tentativa e erro, ao atingir a produção do bem geral, o amor, o conhecimento automatiza-se, constituindo assim em nova aquisição, em enriquecimento da intuição.
Uma nova etapa se inicia para o homem.
É a Lei do Aprendizado.

O crescimento do homem se dá pela seqüência: Revelação, Intuição, Razão e Ação.

“Espíritas: amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”(3) reza o Espiritismo.

Instruir-se sem idéias pré-concebidas, sem a prepotência e a desconfiança que limitam a investigação. Abrir-se para o novo como uma criança. Com a pureza de coração de quem quer realmente adquirir qualidades e virtudes. Com a verdadeira fé, aquela que remove as montanhas do egoísmo, do orgulho, da vaidade; impurezas morais que causam as sintonias antagônicas ao objetivo de elevação.

Para alcançar a verdade é imprescindível sintonizar-se com ela. Para tanto é necessária a pureza de coração; a singeleza da criança cujo brilho nos olhos revelam a confiança com que se entrega no cometimento.

A verdade é sempre pura, sublime. As impurezas do homem é que a macula assim como os recipientes impuros deterioram os alimentos nelas depositados.

“Bem aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus” ensinou o Mestre Jesus. Bem aventurados os que pelo esforço que fazem para conservar a própria pureza dos sentimentos desenvolvem cada vez mais a sensibilidade de sintonia com o bom, o belo, a verdade, a paz.


(1) O Evangelho Segundo Mateus, cap. 5 vers. 8
(2) O Livro dos Espíritos, perg. 459
(3) O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 6 item 5


São Paulo/Brasil, 11/03/06



« Última modificação: 16 de Abril de 2006, 11:57 by Almeida »
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Re: Cap. 08 - BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO
« Responder #1 em: 14 de Março de 2006, 23:57 »
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. VIII – Bem-Aventurados os Puros de Coração

DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS


“Então lhe apresentaram uns meninos para que ele os tocasse; mas os discípulos ameaçavam os que lhos apresentavam. O que, vendo Jesus, levou-o muito a mal, e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o Reino de Deus é para aqueles que se lhes assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele. E abraçando-os, e pondo as mãos sobre eles, os abençoava”. (1)

O Espiritismo ensina que o homem é um ser eterno encarnado. Desse modo Jesus parece desconsiderar essa assertiva ao apresentar uma criança como símbolo de pureza, pois que, sendo ela um espírito eterno certamente traria as imperfeições inerentes ao estágio evolutivo dos homens da Terra.

O aprimoramento do conhecimento antropológico, no entanto, evidencia a Sabedoria do Mestre Jesus e a Bondade do Pai Criador.

A criança, de acordo com o desenvolvimento do seu corpo físico passa por faixas etárias características.

Segundo a Epistemologia Genética Piagetiana do zero aos dois anos ela apresenta a fase da inteligência sensório-motora;
dos dois aos sete, a pré-operatória, subdividida entre simbólica dos dois aos quatro e intuitiva dos quatro aos sete anos;
dos sete aos onze, a inteligência das operações concretas e
dos onze aos quinze anos a inteligência intelectual formal.

Assim, pela Lei de Recapitulação, de acordo com o desenvolvimento dos órgãos do novo corpo físico, o espírito manifesta gradativamente suas tendências, revelando sua real personalidade a cada fase nas quais adentra.

O Mestre Jesus não se equivocara, logicamente...

Pelo contrário evidenciava a Bondade do Pai que dá sempre oportunidade a todos os espíritos de retomar a senda evolutiva num corpo cujo mecanismo cerceia-lhe as manifestações morais carentes de reparos.
O Espírito, nas primeiras infâncias, não podendo manifestar ainda a sua índole coloca-se realmente em estado de receptividade, de pureza.
Nesta fase os exemplos e ensinamentos dos seus educadores acrescentarão recursos novos para a sua adaptação e crescimento.

Este potencial de receptividade da criança, essa pureza natural dos que vislumbram um futuro melhor, é o modelo psicológico que o Mestre apresenta como propiciador da sintonia com o bom e o belo.

“O livre exercício das faculdades da alma está subordinado ao desenvolvimento dos órgãos?”
“Os órgãos são os instrumentos da manifestação das faculdades da alma, manifestação que se acha subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos órgãos, como a excelência de um trabalho o está à da ferramenta própria à sua execução”
. (2)


(1) O Evangelho Segundo Marcos, cap. 10 verss. 13 a 16
(2) O Livro dos Espíritos, perg. 369

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Re: Cap. 08 - BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO
« Responder #2 em: 21 de Março de 2006, 19:44 »
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. VIII – Bem-Aventurados os Puros de Coração


PECADO POR PENSAMENTO E ADULTÉRIO

Itens 5 e 6
[/b]

“Ouviste que foi dito aos antigos: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo o que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já no seu coração adulterou com ela”. (1)

O preceito do Mestre Jesus acima é modelo perfeito para o estudo das tendências impuras inerentes ao atual estágio evolutivo do ser humano. O condicionamento mental e os atavismos seculares arraigados nele os levam a destacar, neste contexto, o adultério como sendo o mote principal do enunciado. Considera ainda essa palavra na sua acepção mais comum, ou seja, como o ato de traição da confiança afetiva entre o homem e a mulher ou vice-versa, a infidelidade conjugal.

Entretanto o tema principal não é o adultério, mas o teor do pensamento.

Sempre que há ligação entre as pessoas há troca de energias mentais. Essa permuta de energias é sexo pois são forças criativas que estimulam e influem diretamente o comportamento mútuo.

Os indivíduos cuja emotividade está eivada de malícias, malquerenças, inveja, ciúmes, ressentimentos; rancores produzem ondas mentais com freqüências características, impregnadas desses sentimentos.
Essas impurezas geram necessidades que para se satisfazerem criam imaginações, fantasias.
A invigilância dos próprios pensamentos faz com que eles se fortaleçam e, não raro, as fantasias passam a serem consideradas como necessidades reais.
Os clichês mentais formados atraem os pensamentos semelhantes e pela sintonia constante a permuta de energias deletérias se intensifica e se fortalece.

Nesse padrão mental a infração à Lei é notória e “já no seu coração adulterou com ela”, ou seja, há a produção e emissão de forças em desacordo com a Lei de Amor.

Desse modo o significado do verbo adulterar se amplia para designar todo e qualquer comportamento que provoque alteração nas Leis Divinas. A atitude sempre é antecedida pela mentalização que libera a vontade.

Sempre que a Lei de Justiça, Amor e Caridade for desrespeitada pela impureza humana ela será adulterada, causando sensações desequilibrantes.

Pela Lei de Ação e Reação o retorno das sensações causadas é inevitável e se constitui em convite perene para a análise honesta e criteriosa para que sejam tomadas as devidas providências de adequação às Leis Divinas.


(1) O Evangelho Segundo Mateus, capítulo 5 versículos 27 e 28.





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Re: Cap. 08 - BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO
« Responder #3 em: 23 de Março de 2006, 17:35 »
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. VIII – Bem-Aventurados os Puros de Coração


PECADO POR PENSAMENTO E ADULTÉRIO

Item 7

Dissemos que a atitude sempre é antecedida pela mentalização que libera a vontade. Assim há pensamentos que se efetivam e outros que não uma vez que a vontade é o dispositivo mental que libera ou não a ação mentalizada. Essa ação gera a responsabilidade edificante ou deprimente.

Ao pensar o espírito produz três efeitos principais:
1-vitaliza o seu próprio corpo fisiopsicossomático;
2-irradia suas características, com poder indutivo;
3-dá origem a formas que no plano espiritual compõem as paisagens nas quais se situará, o seu “habitat” futuro.

De acordo com suas conquistas intelectuais e morais, a essência do pensamento pode conter purezas ou impurezas correspondentes. Assim, pelo segundo efeito, o espírito se liga aos seus afins, e recebe deles o fortalecimento ou retificações de suas convicções, induzidas pela manutenção da ligação mentoeletromagnética.

As intuições ou inspirações recebidas estão diretamente relacionadas com o grau moral do emissor. Se se concretizarem revelarão sua identidade evolutiva. Portanto as influências recebidas devem soar para o espírito como sinais de alerta ou de estímulos renovadores pois para ele significa o padrão mental em que se encontra.

Se essas influências forem positivas, de crescimento, de paz, de harmonização pode-se dizer que essas qualidades já fazem parte de suas conquistas. O contrário também identifica suas necessidades evolutivas.

Desse modo fica claro o provérbio de que o homem não faz mal a outrem, mas a si mesmo.

Assim, o mau pensamento não concretizado significa que a freqüência do pensamento emitida está propiciando sintonias impuras não deixando de ser, portanto, uma necessidade de aprimoramento moral, uma infração à Lei, ou seja, um “pecado por pensamento”.


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Re: Cap. 08 - BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO
« Responder #4 em: 27 de Março de 2006, 23:18 »
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. VIII – Bem-Aventurados os Puros de Coração


VERDADEIRA PUREZA E MÃOS NÃOS LAVADAS


Na primitividade o homem se relacionava com a espiritualidade naturalmente durante a emancipação da alma pelo sono natural. Não compreendia a esfera espiritual em que adentrava e concebia que as entidades com as quais mantinha contato eram deuses, seres com poderes sobrenaturais que governavam o mundo de acordo com sua vontade.
Visando louvá-los foram criados diversos rituais como técnica para terem privilégios nas suas necessidades de sobrevivência.

Esse contato gerou novos comportamentos entre os primitivos. Os que se destacavam na aplicação das técnicas eram tidos como portadores de dons especiais, adquiriam autoridade na sua comunidade.

A essa crença no sobrenatural, carregada de fé, de misticismo deu-se o nome de Religião, ou seja, um corpo doutrinário apto a religar a criatura ao criador. A religião se confunde com os rituais a ponto que de que o ritual é inseparável da religião.

A evolução humana é lenta e gradativa, “a natureza não dá saltos”. Milênios se escovam e o desenvolvimento do intelecto e quase imperceptível.
No tempo do Cristo os rituais ainda eram ardentemente defendidos pelas Seitas existentes, principalmente entre os Fariseus e os Escribas.

Jesus, no entanto, estava acima das convenções humanas. Viera trazer um novo paradigma para a Fé. Viera tirá-la dos condicionamentos humanos e inseri-la nas Leis Naturais.

A justiça do “olho por olho” (1) estava sendo substituída pela Lei do Amor.
Com toda a Sua Autoridade o Mestre ensinava: “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros”. (2)
“Ouviste que foi dito aos antigos:.. ( ) Eu, porém, vos digo...” (3) .

O lavar as mãos para se alimentarem havia se transformado num ritual sagrado; simbolizava pureza, elevação de sentimentos, respeito aos dogmas estabelecidos.

Aqueles homens estavam mentalmente condicionados às aparências exteriores. Não entendiam a Jesus. Consideravam que o Mestre estaria infringindo leis Divinas por não cumprir o ritual consagrado por eles.
Era uma blasfêmia.

Jesus, porém, ensinava que a religiosidade não depende de atos exteriores, mas do sentimento moralizado. Dizia que “não é o que entra pela boca o que faz imundo o homem, mas o que sai da boca, isso é o que faz imundo o homem” ( ) que “ as coisas que saem da boca vem do coração, e estas são as que fazem o homem imundo, porque do coração é que saem os maus pensamentos ( )"(4).

(1) Levítico, capítulo 24 versículo 20
(2) O Evangelho Segundo João, capítulo 13 versículo 34.
(3) O Evangelho Segundo Mateus, capítulo 5 versículos 27 e 28.
(4) O Evangelho Segundo Mateus, capítulo 15 versículos 1 a 20.

São Paulo/Brasil, 27/03/2006

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Re: Cap. 08 - BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO
« Responder #5 em: 06 de Abril de 2006, 18:36 »
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. VIII – Bem-Aventurados os Puros de Coração

ESCÂNDALOS: CORTAR A MÃO

Itens 11 e 12


“Homem nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas umas as outras se completam, para lhe assegurarem o bem-estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não insulados”. (1)

O homem é um ser gregário e vivem, portanto, pela sua natureza, interligados uns aos outros, são interdependentes.
Pela Lei de Hereditariedade nasce entre os semelhantes, entre os da mesma espécie.
Pela Lei de Afinidade convive com os que comungam os mesmos pendores e tendências. Permutam energias que os influenciam e sustentam pelo equilíbrio psíquico e emocional resultante desse intercâmbio natural e incessante.

Desse modo as atitudes individuais repercutem favorável ou contrárias ao meio em que foi colocado.
As atitudes mais intensas que provocam grandes agitações, grandes abalos, quiçá alterando o rumo de muitas vidas são classificadas por escândalos.

Antes de retomar o corpo físico numa nova encarnação muitos planos são engendrados. As famílias, os amigos, as profissões, o meio social, tudo é planejado para que o estágio na vida material seja o mais proveitoso possível no sentido de eliminar tendências e arrastamentos que mantém o espírito tolhido em seu desenvolvimento.
Há, portanto, dependência mútua e individual no grupo onde o espírito se localiza.

Para que as metas programadas sejam atingidas, não raro, é imprescindível o apoio dos companheiros envolvidos. Os pais, os irmãos, mesmo os amigos exercem influências decisiva no rumo que a vida toma.

Os que por negligência, por irresponsabilidade ou por se deixarem levar por interesses imediatistas, deixam de fazer a sua parte no conjunto, assumem responsabilidades pelo fracasso daqueles com os quais se comprometeram.

Não raro, homens valorosos assumem sozinhos as empreitadas para as quais estava programada a participação de amigos que ficaram pelo caminho envolvidos pelas suas fraquezas e despreparo.
Outros, mais dependentes do apoio adrede estipulado, por não recebê-lo se deixam cair nos despenhadeiros da vida e perdem a oportunidade tão ansiosamente aguardada. Envolvem assim o companheiro invigilante em resgates futuros onde recapitularão juntos os mesmos caminhos que deveriam ser trilhados no presente.

“Escândalo não é somente o que choca a consciência alheia, mas tudo o que resulta dos vícios e das imperfeições humanas, todas as más ações de indivíduo para indivíduo, com ou sem repercussões. O escândalo, nesse caso, é o resultado efetivo do mal moral”.



(1) Comentários do Sr. Allan Kardec à pergunta 768 do Livro dos Espíritos.



São Paulo/Brasil, 06/04/06






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Re: Cap. 08 - BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO
« Responder #6 em: 06 de Abril de 2006, 19:35 »
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Olá, Almeida  :)

Quando Jesus aconselhou a que valia melhor cortar a própria mão ou arrancar o próprio olho do que causar escândalo com esses instrumentos carnais, obviamente que não nos incitava a seguir a letra o conselho.

Mais uma vez, Jesus, para despertar o homem para a realidade maior, do mundo espiritual, empregava estas comparações que impressionava e levavam à reflexão e meditação os que ouviam o mestre nazareno.

Como ele não podia revelar verdades que na época chocariam mentes ainda não preparadas para ouvi-las, servia-se de parábolas como estas, em que se escondiam a essência do que nos é agora reveldo com maior clareza, mas cuja progressiva preparação dessa moderna revelação foi semeada então no evangelho de Jesus, há dois mil anos.

Nós reencarnamos na terra, porque é na posse do instrumento fisico que somos postos à prova, ou expiamos nossos erros passados, tal como a boa aproveitação pelo aluno das aulas é testado no exame, ou como deve repetir a aula, e multiplicar esforços com maior quantidade de trabalhos de casa e lições para repetir e passar nova prova.

A prova é fazermos bom uso do instrumento fisico, usá-lo para progredirmos espiritual e moralmente e não para nos deixarmos escravizar a ele, revelando egoismo e crueldade para com o próximo. A mão serve para auxiliar, para amparar, para proteger, para produzir para o bem comum e colaborar nos planos divinos. Se a usamos para ferir, o que acontece? Não lhje prendemos ainda o valor. De forma igual, a visão, a audição, a palavra, devem ser por nós usadas para o bem. Caso contrario, não lhe aprendemos ainda o valor. Eé então que, para se lhe dar valor, reencarnamos privados desse ou de outro instrumento carnal, porque com a sua falta é que entendemos sua utilidade e o dever de lhe dignificar o uso.

Não se arranca o olho, nem se corta a mão, porque até ao fim de cada encarnação, podemos modificarnos, sempre é tempo de termos êxito na PROVA. Caso contrário, o Espirito entende que lhe é necessária a privação em nova encarnação e ele próprio aceita e escolhe tal EXPIAÇÃO, e reencarna com esta ou aquela outra deficiência (repare-se que nem sempre é para expiação, mas aqui no exempo o é).

Jesus não ensinou a desrespeitar o instrumento carnal, pois tal seria absurdo (e condenável tal qual o é o suicidio), mas sim a seu bom uso, enquanto também, mas através da parábola, transmitia embora velado para a mente fisica, mas clara mensagem com ressonância no subconsciente (que é o acrescimo de consciência mais ampla do Espirito reencarnado), esta verdade: não há injustiças na reencarnação, e se nascemos com esta ou outra deficiência fisica, ou se voltamos com certas dificulades sociais, economicas, profissionais, afectivas, é sempre com uma única finalidade: para nosso próprio bem, para aprendermos e progredirmos enquanto Espiritos eternos e destinados por Deus à felicidade dos ESPIRITOS PUROS.

Mas não era a mensagem entendida erradamente pelos monges e frades que se mortificaram na idade média, inutilmente fechados em conventos ou abadias, ou eram jogados à fogueiras da inquisição.

Abraços.

Pg.


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Re: Cap. 08 - BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO
« Responder #7 em: 09 de Abril de 2006, 15:39 »
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. VIII – Bem-Aventurados os Puros de Coração

ESCÂNDALOS: CORTAR A MÃO

Itens 13 e 14

A Lei de causa e efeito junge aqueles que falharam em seus compromissos seja por indolência, por irresponsabilidade. De qualquer forma descumpriram os planos traçados e a Lei da Reencarnação oferecerá nova oportunidade de refazimento. Pela Lei de Afinidade trilharão os mesmos caminhos em companhia uns dos outros.

A nova empreitada será forçosamente mais áspera pois trará agregada o componente do fracasso ocorrido na oportunidade perdida. As dificuldades assomarão aumentadas redundando num relacionamento conflituoso; carregado de sofrimentos, acusações aparentemente infundadas, frustrações inexplicáveis, etc.

O convívio exigirá sacrifício e renúncia, trabalho e suor acentuados para que se obtenha sucesso.
A repercussão, os atritos, o escândalo enfim, será evidente mas a perseverança no bem significará a quitação do débito contraído anteriormente, será a libertação das algemas que impediam a ascensão, o progresso, o crescimento.

O Mestre Jesus ensinara que “é necessário que haja escândalo” ou seja, as Leis Divinas nunca desamparam a sua criatura, porém, uma vez que a própria criatura é a fautora do seu processo de crescimento, os afins que negligenciaram oportunidades comprometem-se em dolorosos processos de reajuste. O faltoso corrige o faltoso ou o mau corrige o mau. Assim, a Sabedoria das Leis Divinas transforma o erro em causa de progresso de quem os comete.



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« Última modificação: 16 de Abril de 2006, 12:00 by Almeida »
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Re: Cap. 08 - BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO
« Responder #8 em: 12 de Abril de 2006, 12:35 »
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. VIII – Bem-Aventurados os Puros de Coração

ESCÂNDALOS: CORTAR A MÃO

Itens 15 a 17

No gregarismo humano a Lei de Causa e Efeito faz com que os afins permaneçam imantados pelo magnetismo mental. O mau corrige o mau. O atrito das encarnações de expiação ou de provas lapida o espírito.

Restrito às Leis do Planeta Terra o homem considera como maldosos, maus, os causadores dos cerceamentos, das dores, dos sofrimentos.
Ampliando o entendimento e considerando a existência de mundos inferiores ao estágio evolutivo da Terra, nesses mundos, os comportamentos adotados são bárbaros em relação aos do orbe terreno. Lá a brutalidade vige com naturalidade e promove o adestramento daqueles irmãos para habitarem mundos mais adiantados, como a Terra, aliás.

Assim a vida carregada de dificuldades é conseqüência da ignorância das Leis Divinas. O descumprimento das Leis é natural e provoca a reação correspondente causando as dores e expiações, os escândalos.

Jesus, conhecedor de todas as Leis adverte: “ai daqueles por quem vem o escândalo”, ou seja, ai dos que infringem as Leis naturais, mesmo por desconhecê-las pois se submetem aos seus efeitos.
Não por castigo mas por necessidade da adaptação metamorfoseante, pela dor-expiação.

Tais fenômenos só encontram explicação no Espiritismo que associa a Lei da Reencarnação à Lei da Evolução.

Adverte simbolicamente o Divino Amigo: “se a tua mão te serve de escândalo, corta-a”, ou seja, elimina as causas dos enganos perante a Lei, sai do estado de inércia e “entra na vida” pelo conhecimento, pelo esclarecimento, pelo desenvolvimento intelectual que faculta o comportamento compatível com a Lei de Amor.

Sabedoria e amor; as duas asas com as quais o ser alça o vôo rumo ao aperfeiçoamento relativo que o imuniza do erro, da causa dos escândalos.

São Paulo/Brasil, 12/04/06




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