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  • Série Psicológica - Joanna de Ângelis

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Autor Tópico: Série Psicológica - Joanna de Ângelis  (Lida 18703 vezes)

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Offline Moises de Cerq. Pereira

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #45 em: 26 de Novembro de 2019, 11:33 »
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Série Psicológica Joanna de Ângelis
Livro: O Homem Integral
23 O problema do espaço

O espaço é de vital importância para a movimentação dos seres, especialmente do homem.
Experiências de laboratório demonstram que, em uma área circunscrita, na qual convivem bem alguns exemplares de ratos, à medida que aumenta o seu número, neles se manifesta a agressividade, até o momento em que, tornando¬-se mínimo o espaço para a movimentação, os roedores lutam, dominados por violenta ferocidade que os leva a dizimar¬-se.
Graças a isto, nas cidades e lugares outros super-populosos, o respeito pela criatura e à propriedade desaparece, aumentando, progressivamente, a violência e o crime, que se dão as mãos, em explosões de sandices inimagináveis.
A diminuição do espaço retira a liberdade, restringindo¬-a, na razão do volume daqueles que o ocupam, o que dá margem à promiscuidade no relacionamento das pessoas, com o conseqüente desrespeito entre elas mesmas.
Inconscientemente, a preservação do espaço se torna um direito de propriedade, que adquire valores crescentes em relação à sua escassez e localização.
O homem, como qualquer outro animal, luta com todas as forças e por todos os meios para a manutenção da sua posse, a dominação do espaço adquirido e, às vezes, pelo que gostaria de possuir, tombando nas ambições desmedidas, na ganância.
No relacionamento social, cada indivíduo é cioso dos seus direitos, do seu espaço físico e mental, da sua integridade, da sua intimidade, zelando pela independência de ação e conduta nestas áreas comportamentais.
Quando os sentimentos afetivos irrompem e ele deseja repartir a sua liberdade com a pessoa amada, naturalmente espera compartir dos valores que ela possui, numa substituição automática daquilo que irá ceder.
Trata¬-se de uma concessão¬-recepção, gerando uma ação cooperativista.
A princípio, o encantamento ou a paixão substitui a razão, quebrando um hábito arraigado, sem chance de preenchê-¬lo por um novo, que exige um período de consciente adaptação para uma convivência agradável, emocionalmente retributiva.
Apesar disso, ficam determinados bolsões que não podem ou não devem ser violados, constituindo os remanescentes da liberdade de cada um, o reino inconquistado pelo alienígena.
Nos relacionamentos das pessoas imaturas, os espaços são, de imediato, tomados e preenchidos, tornando a convivência asfixiante, insuportável, logo passam as explosões do desejo ou os artifícios da novidade.
Surgem, nesse período, as discussões por motivos fúteis, que escamoteiam as causas reais, nascendo as mágoas e rancores que separam os indivíduos e, às vezes, os arruínam.
Nas afeições das pessoas amadurecidas psicologicamente, não há predominância de uma vontade sobre a do outro, porém, um bom entrosamento que sugere a eleição da sugestão melhor, sem que ocorra a governança de uma por outra vida, que a submetendo aos seus caprichos comprime¬-a, estimulando as reações de malquerença silenciosa que explodirá, intempestivamente, em luta calamitosa.
Por isto mesmo, o afeto conquista sem se impor, deixando livres os espaços emocionais, que substituem os físicos cedidos, ampliando-¬se os limites da confiança, que permite o trânsito tranqüilo na sua e na área do ser amado, que lhe não obstaculiza o acesso, o que é, evidentemente, de natureza recíproca.
O homem ou a mulher de personalidade infantil deseja o espaço do outro, sem querer ceder aquele que acredita seu.
Quando consegue, limita a movimentação do afeto, a quem deseja subjugar por hábeis maneiras diversas, escondendo a insegurança que é responsável pela ambição atormentada.
Se não logra, parte para o jogo dos caprichos, que termina em incompatibilidade de temperamentos, disfarçando as suas reações neuróticas.
A vida feliz é um dar, um incessante receber.
Toda doação gratifica, e nela, embutida, está a satisfação da oferta, que é uma forma de gratulação.
Aquele que se recusa a distribuição padece a hipertrofia da emoção retribuída e experimenta carência, mesmo estando na posse do excesso.
Somente doa, cede, quem tem e é livre, interiormente amadurecido, realizado.
Assim, mesmo quando não recebe de volta e parece haver perdido o investimento, prossegue pleno, porquanto, somente se perde o que não se tem, que é a posse da usura e não o valor que pode ser multiplicado.
A pessoa se deve acostumar com o seu espaço, liberando-¬se da propriedade total sobre ele e adaptando-¬se, mentalmente, à idéia de reparti-¬lo com outrem, mantendo porém, integral, a sua liberdade íntima, cujos horizontes são ilimitados.
Ademais, deve considerar que os espaços físicos são transitórios, em razão da precariedade da própria vida material, que se interrompe com a morte, transferindo o ser para outra dimensão, na qual os limites tempo e espaço passam a ter outras significações

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #46 em: 26 de Novembro de 2019, 11:34 »
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Série Psicológica Joanna de Ângelis
Livro: O Homem Integral

24 A reconquista da identidade

A imaturidade psicológica do homem leva-¬o a anular a própria identidade, face aos receios em relação às lutas e ao mundo nas suas características agressivas.
A timidez confunde-¬o, fazendo que os complexos de inferioridade lhe aflorem, afastando¬-o do grupo social ou propelindo¬-o à tomada de posições que lhe permitam impor-¬se aos demais.
A violência latente se lhe desvela, disfarçando os medos que lhe são habituais.
Ocultando a identidade, mascara¬-se com personalidades temporárias que considera ideais — cada uma a seu turno — e que são copiadas dos comportamentos de pessoas que lhe parecem bem, que triunfaram, que são tidas como modelares, na ação positiva ou negativa, aquelas que quebraram a rotina e que, de alguma forma, fizeram-¬se amadas ou temidas.
Gestos e maneirismos, trajes e ideologias são copiados, assumindo-¬lhes o comportamento, no qual se exibe e consome, até passar a outros modelos em voga que lhe despertem o interesse.
Na superficialidade da encenação, asfixia¬-se, mais se conflitando em razão da postura insustentável que se vê obrigado a manter.
Como efeito do desequilíbrio, passa a fingir em outras áreas, evitando a atitude leal e aberta, mas, sempre sinuosa, que lhe constitui o artificialismo com que se reveste.
Vulnerável aos acontecimentos do cotidiano, sem identidade, é pessoa de difícil relacionamento, vez que tem a preocupação de agradar, não sendo coerente com a sua realidade interior e, mutilando¬-se psicologicamente, abandona, sem escrúpulos, os compromissos, as situações e as amizades que, de momento, lhe pareçam desinteressantes ou perturbadoras...
A falta de identidade cria o indivíduo sem face, dissimulador, com loquacidade que obscurece as suas reais impressões, sustentando condicionamentos cínicos para a sobrevivência da representação.
Cada criatura é a soma das próprias experiências culturais, sociais, intelectuais, morais e religiosas.
O seu arquétipo é caracterizado pelas suas vivências, não sendo igual ao de outrem.
A sua identidade é, portanto, a individualidade real, modeladora da sua vida, usufrutuária dos seus atos e realizações.
No variado caleidoscópio das individualidades, surge o grupo social das afinidades e interesses, das aspirações e trocas, da convivência compartilhada.
Os destaques são aquelas de temperamento mais vigoroso de que o grupo necessita, na condição de líderes naturais, de expressões mais elevadas, que servem de meta para os que se encontram na retaguarda.
Nenhum contrassenso ou prejuízo em tal exceção.
A generalidade é o resultado dos biótipos de nível equivalente, sem que sejam pessoas iguais, que não as existem, porém, com uma boa média de realizações semelhantes.
Em razão do processo reencarnatório, alguns indivíduos recomeçam a existência física sob injunções conflitantes, que devem enfrentar, sem fugir aos objetivos que a Vida a todos destina.
Como cada um é a sua realidade, ninguém melhor ou pior, face à sua tipologia.
Existem os mais e os menos dotados, com maior ou menor soma de títulos, de valores, porém, nenhum sem os equipamentos hábeis para o crescimento, para alcançar o ideal desafiador que luz à frente.
É um dever emocional assumir a sua identidade, conhecer¬-se e deixar¬-se conhecer.
Certamente, não nos referimos à necessidade de o indivíduo viver as suas deficiências, impondo-¬as ao grupo social no que se encontra...
Porém, não escamotear os próprios limites e anseios ainda não logrados, mantendo falsas posturas de sustentação impossível, é o compromisso existencial que leva a um equilibrado amadurecimento emocional.
Afinal, todos os indivíduos se encontram, na Terra, em processo de evolução.
Conseguida uma etapa, outra se lhe apresenta como o próximo passo.
A satisfação, na parada no patamar conquistado leva ao tédio, ao cansaço da vida.
Aventurar-¬se, no bom e profundo sentido da palavra, é a estimulação de valores, revelação dos conteúdos íntimos, proposta de experiência nova.
A ansiedade e a incerteza decorrentes do tentame fazem parte dos projetos da futura estabilidade psicológica, do armazenamento dos dados que cooperam para uma vida estável, realizadora e feliz.
Os insucessos e preocupações durante a empresa tornam-¬se inevitáveis e são eles que dão a verdadeira dimensão do que significa lutar, competir, estar vivo, ter uma identidade a sustentar.
Deste modo, o indivíduo tem o dever de enfrentar-¬se, de descobrir qual é a sua identidade e, acima de tudo, aceitar¬-se.
A aceitação faz parte do amadurecimento íntimo, no qual os inestimáveis bens da vida assomam à consciência, que passa a utilizá¬-los com sabedoria, engrandecendo¬-se na razão direta que os multiplica.
A sociedade é constituída por pessoas de gostos e ideais diferentes, de estruturas psicológicas diversas, que se harmonizam em favor do todo.
Das aparentes divergências surge o equilíbrio possível para uma vida saudável em grupo, no qual uns aos outros se ajudam, favorecendo o progresso comunitário.
O descobrir¬-se que a própria identidade é única, especial, em decorrência de muitos fatores, favorece a manutenção do bem-estar íntimo, impedindo fugas atormentantes e inúteis.
Quem foge da sua realidade, neurotiza-¬se, padecendo estados oníricos de pesadelos, que passam à área da consciência, em forma de ameaças de desditas por acontecer, com o mundo mental povoado de fantasmas que não consegue diluir.
Aceitando¬-se como se é, possui¬-se estímulos para auto aprimorar-se, superando os limites e desajustes por educação, disciplina e lutas empreendidas em favor de conquistas mais expressivas.
Somente através da aceitação da sua identidade, sem disfarces, o homem, por fim, adquire o amadurecimento psicológico que o capacita para uma existência ideal, libertadora.
A própria identidade é a vida manifestada em cada ser.

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #47 em: 12 de Dezembro de 2019, 12:00 »
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25 Ter e ser

A psicologia sociológica do passado recomendava a posse como forma de segurança.
A felicidade era medida em razão dos haveres acumulados, e a tranquilidade se apresentava como sendo a falta de preocupação em relação ao presente como ao futuro.
Aguardar uma velhice descansada, sem problemas financeiros, impunha¬-se como a grande meta a conquistar.
A escala de valores mantinha como patamar mais elevado a fortuna endinheirada, como se a vida se restringisse a negócios, à compra e venda de coisas, de favores, de posições.
Mesmo as religiões, preconizando a renúncia ao mundo e aos bens terrenos, reverenciavam os poderosos, os ricos, enquanto se adornavam de requintes, e seus templos se transformavam em verdadeiros bazares, palácios e museus frios, nos quais a solidariedade e o amor passavam desconhecidos.
A felicidade se apresentava possível, desde que se pudesse comprá¬-la.
Todos os programas traziam como impositivo prioritário o prestígio social decorrente da posse financeira ou do poder político.
Cunhou¬-se o conceito irônico de que o dinheiro não dá felicidade, porém ajuda a consegui¬-la.
Ninguém o contesta;
No entanto, ele não é tudo.
O imediatismo substituiu os valores legítimos da vida, e houve uma natural subestima pelos códigos éticos e morais, as conquistas intelectuais, as virtudes, por parecerem de somenos importância.
Não se excogitava, então, averiguar se as pessoas poderosas e possuidoras de coisas eram realmente felizes, ou se apenas fingiam sê-¬lo.
Não se indagava a respeito das reais ambições dos seres, e o quanto dariam para despojar-¬se de tudo, a fim de serem outrem ou fazerem o que lhes aprazia e não o que se lhes impunham.
Embora os avanços da Psicologia profunda, na atualidade, ainda permanecem alguns bolsões de imposição para que o homem tenha, sem a preocupação com o que ele seja.
O prolongamento da idade infantil, em mecanismos escapistas da personalidade, faz que a existência permaneça como um jogo, e os bens, como as pessoas, tornem¬-se brinquedos nas mãos dos seus possuidores.
Os homens, entretanto, não são marionetes de fácil manipulação.
Cada indivíduo tem as suas próprias aspirações e metas, não podendo ser movido, pelo prazer insano ou com bons propósitos que sejam, por outras pessoas.
Esses atavismos infantis não absorvidos pela idade adulta, impedindo o amadurecimento psicológico encarregado do discernimento, são igualmente responsáveis pela insegurança que leva o indivíduo a amontoar coisas e a cuidar do ego, em detrimento da sua identidade integral.
Sem que se dê conta, desumaniza¬-se e passa à categoria de semideus, desvelando os caprichos infantis, irresponsáveis, que se impõem, satisfazendo as frustrações.
O amadurecimento psicológico equipa o homem de resistências contra os fatores negativos da existência, as ciladas do relacionamento social, as dificuldades do cotidiano.
A vida são todas as ocorrências, agradáveis ou não, que trabalham pelo progresso, em cuja correnteza todos navegam na busca do porto da realização.
Importante, desse modo, é manter-¬se o equilíbrio entre ser e exteriorizar o que se é, sem conflito comportamental, eliminando os estados de tensão resultantes da insatisfação ou do comodismo, assim, realizando¬-se, interior e exteriormente.
Nesta luta entre o ego artificial, arquetípico, e o eu real, eterno e evolutivo, os conteúdos ético¬morais da vida têm prevalência, devendo ser incorporados à conduta que os automatiza, não mais gerando áreas psicológicas resistentes à auto¬ realização, e liberando-¬as para um estado de plenitude relativa, naturalmente, em razão da transitoriedade da existência física.
É óbvio que não fazemos a apologia da escassez ou da miséria, na busca da realização pessoal.
Tampouco, propomos o desdém à posse, levando a mente a ilhas onde se homiziam o despeito e a falsa auto¬suficiência.
A posse é uma necessidade para atender objetivos próprios, que não são únicos nem exclusivos.
Os recursos amoedados, o poder político ou social são mecanismos de progresso, de satisfação, enquanto conduzidos pelo homem, qual locomotiva a movimentar os canos que se lhe submetem.
Quando se inverte a situação, o iminente desastre está à vista.
Os recursos são para o homem utilizá¬-los, ao invés deste se lhes tornar servil, arrastado pelos famanazes dos interesses subalternos que, de auxiliares da pessoa de destaque, passam à condição de controladores das circunstâncias, aprisionando nas suas hábeis manobras aquele que parece conduzi-¬las...
Não é a posse que o envilece.
Ela faculta-¬lhe o desabrochar dos valores inatos à personalidade, e os recalques, os conflitos em predominância assomam, prevalecendo¬-lhe no comportamento.
Eis aí a importância do amadurecimento psicológico do indivíduo, que lhe proporciona os meios de gerir os recursos, sem se lhes submeter aos impositivos.
Quando se tem a sabedoria de administrar os valores de qualquer natureza, a benefício da vida e da coletividade, não apenas se possui, sobretudo se se é livre, nunca possuído pelas enganosas engrenagens dos metais preciosos, dos títulos de negociação, dos documentos de consagração e propriedade, todos, afinal, perecíveis, que mudam de mão, que são fáceis de perder¬-se, destruir-¬se, queimar-¬se...
A integridade e a segurança defluem do que se é, jamais do que se tem.

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« Responder #48 em: 12 de Dezembro de 2019, 12:01 »
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26 Observador, observação e observado

Anteriormente, pareciam existir três posturas na situação de um observador:
A pessoa, o objeto e o ato.
Separados, a pessoa se abstraía do todo para observar;
O objeto se apresentava a distância, sob observação;
A atitude afastava o observador.
Esses limites tornavam¬-se dificuldades para um comportamento unitário, concorde com as circunstâncias, afastando sempre o indivíduo dos acontecimentos e, de certo modo, isentando¬-o das responsabilidades.
As complexidades do destino, da sorte, do berço e outras preponderavam como mecanismos de justificação do êxito ou do fracasso de cada um.
O homem se apresentava, então, dissociado da vida, afastado do universo, fora das ocorrências, como um ser à parte dos fatos.
A pouco e pouco, ele se deu conta de que a unidade se encontra presente no conjunto, que por sua vez se faz unitário,
Assim como a onda é o mar, embora o mar não seja a onda.
Permanecem, em tal postura, os critérios da individualidade pessoal,
Não obstante a sua integração no todo.
O olho que observa é, ao mesmo tempo, o olho observado, responsável pela observação.
A criatura já não se isola da harmonia geral ou do coletivo, a fim de observar, sem que, por sua vez, não seja observada.
A observação faz parte da vida que, de igual modo, depende do indivíduo observador.
Na inteireza da unidade, todos os agentes que a constituem são portadores do mesmo grau de responsabilidade, a benefício do conjunto.
Não há como transferir¬-se para outrem a tarefa que lhe diz respeito.
O excesso de esforço em um, enfraquece-¬o, a favor, negativo, da ociosidade de outro, que se debilita por falta de movimentação.
Tal compreensão do mecanismo existencial deflui de uma capacidade maior de amadurecimento psicológico do homem,
Que já não se compadece da própria fraqueza, porém busca fortalecer¬-se;
Tampouco se considera inferior em relação aos demais, por saber-¬se detentor de energias equivalentes.
O seu é o mesmo campo de luta, no qual todos se encontram com idênticas responsabilidades, evitando marginalizar-¬se.
Se o faz, tem consciência que está conspirando contra o equilíbrio geral e que ficará a sós, desde que o todo se refará mesmo sem ele, criando e assumindo nova forma.
Mergulhado na harmonia geral, o homem deve contribuir conscientemente para mantê-la, observando-¬a e com ela se identificando, observado e em sintonia, diante do conjunto que também o envolve no ato de observar.

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #49 em: 12 de Dezembro de 2019, 12:02 »
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27 O devir psicológico

Por largo tempo houve uma preocupação, na área psicológica, para encontrar¬-se as raízes dos problemas do homem, o seu passado próximo
— Vida pré¬ natal, infância e juventude a fim de os equacionar.
A grande e contínua busca produzia, não raro, um desesperado anseio para a compreensão dos fenômenos castradores e restritivos da existência, no dealbar dela mesma.
Interpretações apressadas, comumente, tentavam liberar os pacientes dos seus conflitos, atirando as responsabilidades da sua gênese aos pais desequipados,
Uns superprotetores, outros agressivos,
Que,
Na sua ignorância afetiva, desencadeavam os complexos variados e tormentosos.
Tratava¬-se de uma forma simplista de desviar o problema de uma para outra área, sem a real superação ou equação do mesmo.
Os pacientes, esclarecidos indevidamente, adquiriam ressentimentos contra os responsáveis aparentes pelas suas aflições, transferindo¬-se de postura patológica.
Em reação, na busca do que passavam a considerar como liberdade, independência daqueles agentes castradores, inibidores, faziam-¬se bulhentos, assumindo atitudes desafiadoras, na suposição de que esta seria uma forma de afirmação da personalidade, de autorrealização.
E o ressentimento inicial contra os pais, os familiares e educadores crescia, transferindo-¬se, automaticamente, para a sociedade como um todo.
A conscientização dos fenômenos neuróticos não deve engendrar vítimas novas, contra as quais sejam atiradas todas as responsabilidades.
Isto impede o amadurecimento psicológico do paciente, que assume uma posição injusta de deserdado da sociedade, aí se refugiando para justificar todos os seus insucessos.
Sem dúvida, desde o momento da vida extra¬uterina, há um grande choque na formação psicológica do bebê,
Ao qual se adicionam outros inumeráveis, decorrentes da educação deficiente no lar e no grupamento social.
O mundo, com as suas complexidades estabelecidas e para ele impenetráveis, apresenta¬-se agressivo e odiento, exigindo¬-lhe alto suprimento de habilidades para escapar-¬lhe ao que considera suas ciladas.
Nessas circunstâncias adversas para a formação psicológica do homem, devemos convir que as suas causas precedem a existências anteriores,
Que formaram as estruturas da individualidade ora reencarnada,
Responsáveis pelas resistências ou fragilidades dos componentes emocionais.
No mesmo clã e sob as mesmas condições,
As pessoas as enfrentam de forma diversa, desvelando, nas suas reações, a constituição de cada uma, que antecede ao fenômeno da concepção fetal.
A moderna visão psicológica, embora respeitando as injunções do passado atual, busca desenvolver as possibilidades latentes do homem,
O seu vir¬ a¬ ser, centralizando a sua interpretação nos seus recursos inexplorados.
Há, nele, todo um universo a conquistar e ampliar, liberando as inibições e conflitos,
Diante dos novos desafios que acenam com a autorrealização e o amadurecimento íntimo.
De etapa a etapa, ele avança conquistando as terras novas da vida e da experiência, que se sobrepõem aos alicerces fragmentários da infância, substituindo¬ os vagarosamente.
O devir psicológico é mais importante do que o seu passado nebuloso, que o sol da razão consciente se encarregara de clarear, sem ilhas de sombra doentia na personalidade. Extraordinariamente, em alguns casos de psicoses e neuroses, de dificuldades no interrelacionamento pessoal, de inibições sexuais e frustrações,
Pode¬-se recorrer a uma viagem consciente ao passado, a fim de encontrar¬-se a matriz cármica e aplicar-¬lhe a terapia especializada, capaz de conscientizar o paciente e ajudá¬-lo na superação do fator perturbante.
Mesmo assim, a experiência terapêutica exige os recursos técnicos e as pessoas especializadas para o tentame,
Evitando-¬se apressadas conclusões falsas e o mergulho em climas obsessivos que impõem mais cuidadosa análise e tratamento adequado.
A questão, pela sua gravidade, exige siso e cuidados especiais.
A nova psicologia profunda pretende desvendar as incógnitas das várias patologias que afetam o comportamento psicológico do homem,
Utilizando-¬se de uma nova linguagem e desenvolvendo os recursos da sua evolução ainda não excogitados.
Por enquanto, o indivíduo não se conhece, apresentando-¬se como se fora uma máquina com as suas complicadas funções, que busca automatizar.
É indispensável, assim, que tome consciência de si o que lhe independe da inteligência, da atividade de natureza mental.
A consciência expressa-¬se em uma atitude perante a vida, um desvendar de si mesmo, de quem se é, de onde se encontra, analisando, depois, o que se sabe e quanto se ignora, equipando-¬se de lucidez que não permite mecanismos de evasão da realidade.
Não finge que sabe, quando ignora;
Tampouco aparenta desconhecer, se sabe.
Trata-¬se, portanto, de uma tomada de conhecimento lógico.
Esses momentos de consciência impõem exercício, até que sejam aceitos como natural manifestação de comportamento.
Para tanto, devem ser considerados os diversos critérios de duração, de frequência e de largueza, como de discernimento.
Por quanto tempo se permanece consciente, em estado de identificação?
Quantas vezes o fenômeno se repete e de que o indivíduo está consciente?
Factível estabelecer-¬se uma programação saudável.
No painel existencial, no qual nada é fixo e tudo muda, torna¬-se inadiável a busca da consciência atual sem as fixações do passado, de modo a multiplicar os estímulos para o futuro que chegará.
Destaca¬-se aí, a necessidade do equilíbrio, que segundo Pedro Ouspenski, é “como aprender a nadar”.
A dificuldade inicial cede então lugar à realização plena.
O homem amargurado, que se faz vítima dos conflitos, deve aprender a resolver os desafios do momento, despreocupando-¬se das ocorrências traumáticas e gerando novas oportunidades.
As suas propostas para amanhã começam agora, não aguardando que o tempo chegue,
Porque é ele quem passará pelas horas e chegará àquela dimensão a que denomina futuro.
A estrutura psicológica social — soma de todas as experiências culturais, históricas, políticas, religiosas —
Exerce uma função compressiva no comportamento do homem, que se deve libertar mediante o amadurecimento pessoal, que elimina o medo, a ira, a ambição, característicos das heranças atávicas,
E se programa dentro das próprias possibilidades inexploradas.
A consciência do vir ¬a¬ ser proporciona uma mente aberta, com capacidade para considerar com clareza e saúde todos os fatos da existência,
Comportando¬-se de maneira tranquila, com possibilidades de conquistar o infinito.

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Série Psicológica Joanna de Ângelis
O Homem Integral
SEXTA PARTE
MATURIDADE PSICOLÓGICA
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« Responder #50 em: 16 de Janeiro de 2020, 11:38 »
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28 Problemas sexuais

Herança animal predominante em a natureza humana, o instinto de reprodução da espécie exerce um papel de fundamental importância no comportamento dos seres.
Funcionando por impulsos orgânicos nos irracionais, expressa-¬se como manifestação propiciatória à fecundação nos ciclos orgânicos, periódicos, em ritmos equilibrados de vida.
No homem, face ao uso, que nem sempre obedece à finalidade precípua da perpetuação das formas, experimenta agressões e desvios que o desnaturam,
Tornando-¬se, o sexo, fator de desditas e problemas da mais variada expressão.
Face à sensação de prazer que lhe é inata, a fim de atrair os parceiros para a comunhão reprodutora,
Torna¬-se fonte de tormentos que delineiam o futuro da criatura.
Considerando¬-se a força do impulso sexual, no comportamento psicológico do homem, as disjunções orgânicas, a configuração anatômica e o temperamento emocional
Tornam¬-se de valor preponderante na vida, no interrelacionamento pessoal, na atitude existencial de cada qual.
A sua carga compressiva, no entanto, transfere¬-se de uma para outra existência corporal, facultando um uso disciplinado, corretor, em injunções específicas, que por falta de esclarecimento leva o indivíduo a uma ampla gama de psicopatologias destrutivas na área da personalidade.
Com muita razão, Alice Bailey afirmava, diante dos fenômenos de alienação mental, que eles podem ser
“...de natureza psicológica, hereditários por contatos coletivos e cármicos”.
Introduzia, então, o conceito cármico, na condição de fator desencadeante das enfermidades a expressar-¬se nas manifestações da libido, de relevante importância nos estudos freudianos.
O conceito, em torno do qual o homem é um animal sexual, peca, porém, pelo exagero.
Naturalmente, as heranças atávicas impõem-lhe a força do instinto sobre a razão, levando¬-o a estados ansiosos como depressivos.
Todavia, a necessidade do amor é¬-lhe superior.
Por falta de uma equilibrada compreensão da afetividade, deriva para as falazes sensações do desejo, em detrimento das compensações da emoção.
Mais difícil se apresenta um saudável relacionamento afetivo do que o intercurso apressado da explosão sexual, no qual o instinto se expressa, deixando, não poucas vezes, frustração emocional.
Passados os rápidos momentos da comunhão física, e já se manifestam a insatisfação, o arrependimento, os conflitos perturbadores...
A falta de esclarecimento, no passado, em torno das funções do sexo, os mistérios e a ignorância com que o vestiram, desnaturaram¬-no.
A denominada revolução sexual dos últimos tempos, igualmente, ao demitizá-¬lo,
Abriu espaços de promiscuidade para os excessivos mitos do prazer,
Com a consequente desvalorização da pessoa,
Que se tornou objeto, instrumento de troca, indivíduo descartável, fora de qualquer consideração, respeito ou dignidade.
A sociedade contemporânea sofre, agora os efeitos da liberação sem disciplina, através da qual a criatura vive a serviço do sexo, e não este para o ser inteligente,
Que o deve conduzir com finalidades definidas e tranquilizadoras.
As aberrações se apresentam, neste momento, com cidadania funcional, levando os seus pacientes a patologias graves que alucinam, matam e os levam a matar¬-se.
A consciência deve dirigir a conduta sexual de cada indivíduo, que lhe assumirá as consequências naturais.
Da mesma forma que uma educação castradora é responsável por inúmeros conflitos, a liberativa em excesso abre comportas para abusos injustificáveis e de lamentáveis efeitos no psiquismo profundo.
A vida se mantém sob padrões de ordem, onde quer que se manifeste.
Não há, aí, exceção para o comportamento do homem.
Por esta razão, o uso indevido de qualquer função produz distúrbios, desajustes, carências, que somente a educação do hábito consegue harmonizar.
Afinal, o homem não é apenas um feixe de sensações, mas, também, de emoções, que pode e deve canalizar para objetivos que o promovam,
Nos quais centralize os seus interesses, motivando¬-o a esforços que serão compensados pelos resultados benéficos.
Exclusão feita aos portadores de enfermidades mentais a se refletirem na conduta sexual,
O pensamento é portador de insuspeitável influência, no que tange a uma salutar ou desequilibrada ação genésica o mesmo fenômeno ocorre nas mais diferentes manifestações da vida humana.
Mediante o seu cultivo, eles se exteriorizam no comportamento de forma equivalente.
A vida, portanto, saudável, na área do sexo, decorre da educação mental,
Da canalização correta das energias,
Da ação física pelo trabalho,
Pelos desportos,
Pelas conversações edificantes que proporcionam resistência contra os derivativos,
Auxiliando o indivíduo na eleição de atitudes que proporcionam bem ¬estar onde quer que se encontre.
As ambições malconduzidas, toda frustração decorrente do querer e não poder realizar, dão nascimento ao conflito.
O conflito, por sua vez, quando não equacionado pela tranquila aceitação do fato,
Sobrepondo a identidade real ao ego dominador e insaciável, termina por gerar neuroses.
Estas, sustentadas pela insatisfação, transmudam¬-se em paranóia de catastróficos resultados na personalidade.
Considerado na sua função real e normal, o sexo é santuário da vida, e não paul de intoxicação e morte.
Estimulado pelo amor, que lhe tem ascendência emocional, propicia as mais altas expressões da beleza, da harmonia, da realização pessoal;
Acalma, encoraja para a vida, tornando-¬se um dínamo gerador de alegrias.
Os problemas sexuais se enraízam no espírito,
Que se aturde com o desregramento que impõe ao corpo, exaurindo as glândulas genésicas e exteriorizando¬-se em funções incorretas,
Que se fazem psicopatologias graves, a empurrar a sua vítima para os abismos da sombra, da perversidade e do crime.
A liberação das distonias sexuais, mais perturbam o ser, que se transfere de uma para outra sensação com sede crescente, mergulhando na promiscuidade, por desrespeito e desprezo a si mesmo e, por extensão, aos outros.
A sua é uma óptica desfocada, pela qual passa a ver o mundo e as demais pessoas na condição de portadoras dos seus mesmos problemas,
Só que mascaradas ou susceptíveis de viverem aquela conduta, quando não deseja impor a sua postura especial como regra geral para a sociedade.
Sob conflito psicológico, o portador de problema sexual, ou de outra natureza,
Não se aceita,
Fugindo para outros comportamentos dissimuladores;
Ou quando se conscientiza e resolve-¬se por vive-¬lo,
Assume feição chocante, agressiva, como uma forma de enfrentar os demais, de maneira antinatural, demonstrando que não o digeriu nem o assimilou.
Toda exibição oculta um conflito de timidez ou inconformação, de carência ou incapacidade.
Uma terapia psicológica bem cuidada atenua o problema sexual,
Cabendo ao paciente fazer uma tranquila auto¬análise, que lhe faculte viver em harmonia com a sua realidade interna,
Nem sempre compatível com a sua manifestação externa.
Não basta satisfazer o sexo — toda fome e sede, de momento, saciadas, retornam, em ocasião própria —
Mas, harmonizar-¬se, emocionalmente, vivendo em paz de consciência, embora com alguma fome perfeitamente suportável,
Ao invés do constante conflito da insatisfação decorrente da imaginação fértil,
Que programa prazeres contínuos e elege companhias impossíveis de conseguidas em qualquer faixa sexual que se estagie.
Ninguém se sente pleno, no mundo, acreditando¬-se haver logrado tudo quanto desejava.
A aspiração natural e calma para atingir um próximo patamar, faz¬-se estímulo para o progresso do indivíduo e da sociedade.
Os problemas sexuais, por isto mesmo, devem ser enfrentados sem hipocrisia, nem cinismo, Fora de padrões estereotipados por falsa moralidade,
Tampouco levados à conta de pequeno significado.
São dificuldades e, como tais, merecem consideração, tempo e ação especializada.

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« Responder #51 em: 16 de Janeiro de 2020, 11:39 »
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29 Relacionamentos perturbadores

Os indivíduos de temperamento neurótico, tornam¬-se incapazes de manter um relacionamento estável.
Pela própria constituição psicológica, são perturbadores de afetividade obsessiva e, porque inseguros, são desconfiados, ciumentos,
Por consequência depressivos ou capazes de inesperadas irrupções de agressividade.
Os conflitos de que são portadores os levam a uma atitude isolacionista, resultado da insatisfação e constante irritabilidade contra tudo e todos.
Creem não merecer o amor de outrem e, se tal acontece, assumem o estranho comportamento de acreditar que os outros não lhes merecem a afeição,
Podendo traí-los ou abandoná¬-los na primeira oportunidade.
Quando se vinculam, fazem¬-se absorventes, castradores, exigindo que os seus afetos vivam em caráter de exclusividade para eles.
São, desse modo, relacionamentos perturbadores, egocêntricos.
O amor é uma conquista do espírito maduro, psicologicamente equilibrado;
Usina de forças para manter os equipamentos emocionais em funcionamento harmônico.
E uma forma de negação de si mesmo em autodoação plenificadora.
Não se escora em suspeitas, nem exigências infantis;
Elimina o ciúme e a ambição de posse, proporcionando inefável bem¬ estar ao ser amado que, descomprometido com o dever de retribuição, também ama.
Quando, por acaso, não correspondido, não se magoa nem se irrita, compreendendo que o seu é o objetivo de doar¬-se, e não de exigir.
Permite a liberdade ao outro, que a si mesmo se faculta, sem carga de ansiedade ou de compulsão.
Quando estas características estão ausentes, o amor é uma palavra que veste a memória condicionada da sociedade, em torno dos desejos lúbricos, e não do real sentimento que ele representa.
Esse relacionamento perturbador faz da outra pessoa um objeto possuído, por sua vez, igualmente possuidor, gerando a desumanização de ambos.
Ao dizer¬-se meu amigo, minha esposa, meu filho, meu companheiro, meu dinheiro, a posse estão presente e a submissão do possuído é manifesta sem resistência,
Evitando conflitos no possuidor, não obstante, em conflito aquele que se deixa possuir, até o momento da indiferença, por saturação, desinteresse,
Ou da reação, do rompimento, transformando-¬se o afeto ¬posse em animosidade, em ódio.
Necessária uma nova conduta e para isto a psicologia profunda se torna o estudo de uma nova linguagem libertadora.
A palavra é um símbolo que veste a ideia;
Por sua vez, formulação de pensamento, que se torna uma memória acumulada e retorna quando se deseja vesti¬-lo.
A memória da sociedade adicionou conceitos sobre o amor e o relacionamento,
Estabelecendo sinais que os caracterizam, sem que auscultasse as suas estruturas psicológicas despidas de símbolos.
O homem deve comprometer¬-se ao autodescobrimento, para ser feliz, identificando seus defeitos e suas boas qualidades, sem autopunição, sem autojulgamento, sem autocondenação.
Pesca¬-los, no mundo íntimo, e eliminar aqueles que lhe constituem motivos de conflitos, deve ser-¬lhe a meta...
Não se sentir feliz ou desventurado, porém empenhar-¬se por atenuar as manifestações primitivas de agressividade e posse, desenvolvendo os valores que o equipem de harmonia, vivendo bem cada momento, sem projetos propiciadores de conflitos em relação ao futuro ou programas de reparação do passado.
Simplesmente deve renovar¬-se sempre para melhor, agindo com correção, sem consciência de culpa, sem autocompaixão, sem ansiedade.
Viver o tempo com dimensão atemporal, em entrega, em confiança, em paz.
Pode-¬se dizer que, no amor, quando alguém se identifica com a pessoa a quem supõe amar, esta apenas, realizando um ato de prolongamento de si mesmo,
Portanto, amando¬-se, e não à outra pessoa.
Esta identificação se baseia na memória do prazer e da dor, das alegrias e dos insucessos, portanto, amando o passado e as suas concessões, e não a pessoa em si, neste momento, como é.
É habitual dizer¬-se: “
— Amo, porque ela (ou ele) tem compartido da minha vida, das minhas lutas;
Ajudou¬-me, sofreu ao meu lado, etc.”
O sentimento que predomina aí é o de gratidão, e gratidão, infelizmente, não é amor, é reconhecimento que deve retribuir, compensar, quando em verdade, o amor é só doação. Imprescindível, assim, uma nova linguagem que rompa com o atavismo, com a memória da sociedade, acumulada de símbolos, falsos uns, e inadequados outros.
Os relacionamentos humanos tornam-¬se, portanto, perturbadores, desastrosos, por falta de maturidade psicológica do homem, em razão, também, dos seus conflitos, das suas obsessões e ansiedades.
Graças ao autoconhecimento ele adquire confiança, e os seus conflitos cedem lugar ao amor, que se transforma em núcleo gerador de alegria com alta carga de energia vitalizadora.
O amor, porém, entre duas ou mais pessoas somente será pleno, se elas estiverem no mesmo nível.
A solução, para os relacionamentos perturbadores, não é a separação, como supõem muitos.
Rompendo¬-se com alguém, não pode o indivíduo crer¬-se livre para um outro tentame, que lhe resultaria feliz,
Porquanto o problema não é a da relação em si, mas do seu estado íntimo, psicológico.
Para tanto, como forma de equacionamento, só a adoção do amor com toda a sua estrutura renovadora, saudável, de plenificação, consegue o êxito almejado,
Porquanto, para onde ou para quem o indivíduo se transfira, conduzirá toda a sua memória social, o seu comportamento e o que é.
Desse modo, transferir-¬se não resolve problemas.
Antes, deve solucionar-¬se para trasladar¬-se, se for o caso, depois.

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #52 em: 16 de Janeiro de 2020, 11:40 »
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30 Manutenção de propósitos

O homem é um ser muito complexo.
Somatório das suas experiências passadas tem, no inconsciente, um completo arquivo da raça, da cultura, das tradições que lhe influem no comportamento.
Por outro lado, a educação, os hábitos, os fenômenos psicológicos e fisiológicos estão a alterá-lo a cada momento.
Do acúmulo destes valores resultam-¬lhe as aspirações, as tendências e anseios, seus conflitos, ansiedades e realizações.
O inconsciente, como efeito, está sempre a ditar-¬lhe o que fazer e o que a realizar, inclinando-o numa ou noutra direção.
Todavia, o mecanismo essencial da Vida impulsiona¬-o para o progresso, para a evolução, mediante os programas de autoburilamento, de orientação, de trabalho...
O resultado natural deste processo é uma mente confusa, buscando claridade;
São problemas psicológicos, aguardando solução.
Torna¬se-¬lhe imperiosa a adoção de propósitos para saber o motivo da confusão mental e entender os problemas, antes que tentar solucioná-¬los superficialmente,
Deixando em aberto novas dificuldades deles decorrentes.
A solução de agora pode satisfazê¬-lo por momentos, porém se não são entendidos, eles retornam por outro processo, permanecendo na condição de conflitos a resolver.
Para que se mantenha o propósito de entendimento de si mesmo e da Vida, faz¬-se necessário um percebimento integral de cada fato, sem julgamento, sem compaixão, sem acusação.
Examiná-¬lo com imparcialidade, na sua condição de fato que é, com uma mente inocente, sem passado, sem futuro, apenas presente, mediante uma honesta compreensão, é a forma segura de o entender,
Portanto, de o perceber e digeri¬-lo convenientemente, sem dar margem a novos comprometimentos.
Sem tal experiência se está tentando burlar a mente, qual se deseje saber por palavras o que se passa em algum lugar, sem interesse de ir¬-se lá, de conhecer-¬se pessoalmente.
Esta é uma conduta de quem somente busca informação sem interesse pelo conhecimento real, desde que se nega ao esforço do deslocamento até o lugar em pauta.
O entendimento de si mesmo, a fim de encontrar as raízes dos problemas, para extirpá¬-los, exige uma energia permanente, um propósito perseverante, mantidos com inteireza moral e psicológica.
Em caso contrário, desejam-¬se apenas, informações verbais, sem mais profundas conseqüências.
Todos os problemas existentes no homem, dele mesmo procedem, das suas complexidades, da dominação do seu ego.
Normalmente, em razão do próprio passado, as tentativas de manter os propósitos de autoconhecimento,
Sem acumulação de dados especulativos,
Mas de real identificação de si mesmo,
Redundam em insucesso pela falta de perseverança,
Pelo desânimo diante das dificuldades do começo da empresa e pelo desinteresse de libertar-¬se dos conflitos.
O homem se queixa que o autoconhecimento exige despesa de energia face ao desgaste que o esforço provoca.
Talvez não seja necessária uma luta como a que se trava em outras atividades.
A manutenção dos conflitos produz muito mais consumpção de forças.
Basta uma atitude de desvalorização dos problemas, como quem deixa cair um fardo simplesmente,
Ao invés de empenhar¬-se por atirá-¬lo fora.
A manutenção dos propósitos de renovação e de auto ¬aprimoramento é resultado de uma aceitação normal e de todo momento, da necessidade de auto descobrir¬-se,
Morrendo para as constrições e ansiedades, os medos e rotinas do cotidiano.
Desta ação consciente, de que se impregna,
O homem se plenifica interiormente,
Sem neurose ou outros quaisquer fenômenos psicóticos, perturbadores da personalidade e da vida.

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #53 em: 07 de Fevereiro de 2020, 11:04 »
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31 Leis cármicas e felicidade

Nas experiências psicológicas de amadurecimento da personalidade, na busca da plenitude, a incerteza é indispensável, pois que ela fomenta o crescimento, o progresso, significando insatisfação pelo já conseguido.
A certeza significaria, neste sentido, a cessação de motivos e experiências, que são sempre renovadores, facultando a ampliação dos horizontes do ser e da vida.
Graças à incerteza, que não representa falta de fé, os erros são mais facilmente reparáveis e os êxitos mais significativos.
Ela ajuda na libertação, pois que a presença do apego, no sentimento, gera a dor, a angústia.
Este último, que funciona como posse algumas vezes, como sensação de segurança e proteção noutras ocasiões, desperta o medo da perda, da solidão, do abandono.
A verdadeira solidão — a mente estar livre, descomprometida, observando sem discutir, sem julgar — é um estado de virtude — nem memória conflitante do passado, nem desespero pelo futuro não delineado — geradora de energia, de coragem.
Normalmente, o medo da solidão é o fantasma do estar sozinho, sem ninguém a quem submeter ou a quem submeter¬-se.
A insegurança porque se está a sós assusta, como se a presença de outra pessoa pudesse evitar os fenômenos automáticos de transformação interna do ser — fisiológica e psicologicamente — impedindo os acontecimentos desagradáveis ou a morte.
É necessário que o homem aprenda a viver com a sua solidão — ele que é um cosmo miniaturizado, girando sob a influência de outros sistemas à sua volta — com o seu silêncio criativo, sem tagarelice, liberando¬-se da consciência de culpa, que lhe vem do passado.
Destinado à liberdade plena, encontra¬-se encurralado pelas lembranças arquivadas nos painéis do inconsciente — sua memória perispiritual — que lhe põem algemas em forma de ansiedade, de fobias, de conflitos.
Mesmo quando os fatores da vida se lhe apresentam tranquilizadores, evade¬-se do presente sob suspeitas injustificáveis de que não merece a felicidade, refugiando¬-se no possível surgimento de inesperados sofrimentos.
A felicidade relativa é possível e se encontra ao alcance de todos os indivíduos, desde que haja neles a aceitação dos acontecimentos conforme se apresentam.
Nem exigências de sonhos fantásticos, que não se corporificam em realidade, tampouco o hábito pessimista de mesclar a luz da alegria com as sombras densas dos desajustes emocionais.
As heranças do passado espiritual ressumam em manifestações cármicas, que devem ser enfrentadas naturalmente por fazerem parte da vida, elementos essenciais que são constitutivos da existência.
Como decorrência de uma vida anterior dissoluta, surgem os conflitos, as castrações, os tormentos atuais, da mesma forma, como efeito do uso adequado das funções se apresentam as bênçãos de plenificação.
As leis cármicas, que são o resultado das ações meritórias ou comprometedoras de cada indivíduo, geram, na economia evolutiva de cada um, efeitos correspondentes, estabelecendo a ponderabilidade da Divina Justiça, presente em todos os fenômenos da Natureza e da Criação.
O fatalismo cármico da evolução é a felicidade humana, quando o ser, depurado e livre, sentir¬se perfeitamente integrado na Consciência Cósmica.
A sua marcha, embora as aparências dissonantes de alegria e tristeza, de saúde e doença, está incursa no processo das conquistas que lhe cumpre realizar, passo a passo, com dignidade e com iguais condições delegadas aos seus semelhantes, sem protecionismos vis ou punições cerceadoras Indevidas, que formaram os arquétipos de privilégio e recusa latentes em muitos.
A resolução para ser feliz rompe as amarras de um carma negativo, face ao ensejo de conquistar mérito através das ações benéficas e construtivas, objetivando a si mesmo, o próximo e a sociedade.
Nenhum impedimento na vida à felicidade.
Uma resignação dinâmica ante o infortúnio — a naturalidade para enfrentar o insucesso negando-¬se a que interfiram no estado de bem ¬estar íntimo, que independe de fatores externos — realiza a primeira fase do estágio feliz.
O amadurecimento psicológico, a visão correta e otimista da existência são essenciais para adquirir¬-se a felicidade possível.
Na sofreguidão da posse, o homem supõe que o apego às coisas, a disponibilidade de recursos, a ausência de problemas são os fatores básicos da felicidade e, para tanto, se empenha com desespero.
Ao desfrutar deles, porém, dá¬-se conta que não se encontra ditoso, embora confortado, porque é no seu mundo íntimo, de satisfação e lucidez em torno das finalidades da vida, que estão os valores da plenitude.
As leis cármicas são a resposta para que alguns indivíduos fruam hoje o que a outros falta, ao mesmo tempo são a esperança para aqueles que lutam e anelam, acenando¬-lhes a possibilidade próxima de aquisição dos elementos que felicitam.
Idear a felicidade sem apego e insistir para consegui-¬la;
Trabalhar as aspirações íntimas, harmonizando¬-as com os limites do equilíbrio;
Digerir as ocorrências desagradáveis como parte do processo;
Manter-¬se vigilante, sem tensões nem receios e se dará o amadurecimento psicológico, liberativo dos carmas de insucesso, abrindo espaço para o auto¬ encontro, a paz plenificadora.

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« Responder #54 em: 07 de Fevereiro de 2020, 11:05 »
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32 Nascimento da consciência

Antropológica e historicamente, a sobrevivência equilibrada do homem e da sociedade tem estado sempre vinculada à ideia de um mito central,
No qual se haurem os valores éticos de sustentação das suas atividades e do seu equilíbrio.
Toda vez em que fatores adversos interferem nos mitos humanos, desacreditando aquele que sintetiza as suas aspirações,
os homens se encaminham para o caos e se agridem e se perturbam, parecendo haver perdido o rumo.
Passada a tempestade, os seus remanescentes, não destruídos in totum, emergem, dando surgimento a uma nova ideação,
e um mito criativo aparece preenchendo a lacuna deixada pelo anterior.
No estado atual da sociedade existe a carência de um mito predominante, que aglutine todas as mentes, sobre elas derramando as suas benesses e confortando¬-as.
A perda do mito expõe os conteúdos psíquicos, que alteram os objetivos das suas necessidades,
Fazendo¬-os mergulhar no vazio ou no desinteresse, no prazer ou na alucinação do poder.
Em se considerando que nenhum desses objetivos plenifica o indivíduo, ele passa a disputar a necessidade abrangente do despertar da consciência, interpretando os mitos menores nele jacentes.
Jung, em uma análise profunda, estabeleceu que:
“A existência só é real quando é consciente para alguém”,
Afirmando a necessidade que o Criador possui em relação ao homem consciente. Oportunamente, voltou a esclarecer que;
“A tarefa do homem é (...) conscientizar¬-se dos conteúdos que pressionam para cima, vindos do inconsciente”.
Esse despertar e crescimento da consciência, ainda segundo o eminente psicanalista, termina por afetar-¬lhe também o inconsciente.
É obvio que, se os conteúdos psíquicos emergentes formam a consciência, as contribuições atuais desta se irão incorporar ao inconsciente que surgirá mais tarde.
Deste modo, o nascimento da consciência se opera mediante a conjunção dos contrários, como decorrência de uma variada gama de conteúdos psíquicos,
Que formam as impressões arquetípicas ao fazerem contato com o ego, dando surgimento à sua substância psíquica e tornando todo esse trabalho um processo de individuação.
Daí surgem os discernimentos entre as coisas opostas,
O eu e o não¬ eu,
O ego e o inconsciente,
O sujeito e o objeto,
A própria pessoa e a outra.
Dando campo aos conflitos, este sentimento que enfrenta e contesta torna¬-se uma forma altamente criativa de luta, cuja vitória proporciona satisfação, ampliação e aprimoramento da vida.
Sem essa dualidade dos opostos, que leva à reflexão, no processo de individuação, não há aumento real de consciência,
Que somente se opera entrando em contato com os opostos e os absorvendo.
A consciência, do ponto de vista filosófico, é;
“Um atributo altamente desenvolvido na espécie humana e que se caracteriza por uma oposição básica, essencial.
E o atributo pelo qual o homem toma em relação ao mundo — bem como aos denominados estados interiores e subjetivos — a distância em que se cria a possibilidade de níveis mais altos de integração...
Por sua vez, declara, ainda, Jung. a consciência é;
“A relação dos conteúdos psíquicos com o ego, na medida em que essa relação é percebida como tal, pelo ego”.
E conclui que;
“As relações com o ego que não são percebidas como tal são inconscientes”.
Estabelece, ademais, a diferença entre consciência e psique, que esta última;
“Representa a totalidade dos conteúdos psíquicos”
E como esses conteúdos, na sua totalidade, não estão vinculados no ego, tais não são consciência.
Nos mitos centrais de todos os povos, os opostos formaram a essência das suas crenças, dos seus conteúdos psíquicos geradores da consciência.
Encontramo¬-los nas religiões da antiguidade oriental e, particularmente, no mito da Criação, no qual, os conflitos da treva e da luz, do bem e do mal são relevantes.
O Zoroastrismo também o ressuscitou e, mais tarde, a alquimia facultou o surgimento da Pedra Filosofal como mediadora dos opostos,
Do Santo Gral, como depósito que compõe as bases da consciência humana, a se avolumar através dos tempos, dando, desde o início, a ideia das suas várias expressões, tais: a consciência moral, a consciência de fé, a consciência do dever, de justiça, de paz, de amor...
Os equipamentos constitutivos da consciência sutilizam¬-se, e adquirem mais amplas percepções que facultam o desenvolvimento emocional e ético do homem,
Auxiliando¬-o na liberação de conflitos.
As heranças atávicas, que se convertem em arquétipos, no inconsciente individual e coletivo dizem respeito às realidades do Espírito, em si mesmo responsável pelos resíduos psíquicos, que se transformam nos conteúdos preponderantes para a formação da consciência.
O homem deve adquirir o conhecimento para elevar¬-se do ser bruto, tornando¬-se o sujeito detentor da consciência.
Não lhe bastará conhecer, mas também, viver a experiência de ser o objeto conhecido.
Não somente conhecer de fora para dentro, porém, vivenciar o que é conhecido, incorporando-¬o à sua realidade.
Enquanto o ego conhece, o outro passa a ser um objeto detido, conhecido, o que não plenifica.
Esta satisfação advém quando o ego, passando pela vivência do que conhece, torna¬-se, por sua vez, conhecido pelo outro, que também tem a função de sujeito conhecedor.
O ego adquire, desse modo, a consciência autêntica, no momento em que é sujeito que conhece o objeto conhecido.
Indispensável, nesse jogo do conhecer sendo conhecido, que se não crie uma dependência em relação à pessoa que conhece.
A vida saudável é a que decorre da liberdade consciente, capaz de enfrentar os obstáculos e dificuldades que se apresentam no relacionamento humano e na própria individualidade.
Esta é a meta que a consciência almeja.

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« Responder #55 em: 18 de Fevereiro de 2020, 10:49 »
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33 Os sofrimentos humanos


Buda considerou a vida como uma forma de sofrimento e que a sua finalidade era, exclusivamente, encontrar a maneira de libertar¬-se dele (do sofrimento).
Para o budismo, a vida é constituída de misérias que geram o sofrimento;
Por sua vez, o sofrimento é causado pelos desejos insatisfeitos ou pelas emoções perturbadoras e (o sofrimento) deixará de existir se forem eliminados os desejos,
Sendo necessário, para tanto, uma conduta moderada, e a entrega à meditação em torno das aspirações elevadas do ser.
A fim de transmitir adequadamente suas lições, o príncipe Gautama utilizou-¬se de parábolas, conforme fez Jesus mais tarde.
O fundamento essencial dos seus ensinos se encontra na Lei do carma, graças à qual o homem é o construtor de sua desdita ou felicidade, mediante o comportamento adotado no período da sua existência corporal.
Em uma etapa, a aprendizagem equipa-¬o para a próxima, sendo que a soma das experiências e ações positivas anula aquelas que lhe constituem débito propiciador de sofrimento.
O sofrimento se apresenta, na criatura humana, como uma enfermidade, que necessita de tratamento conveniente,
Em que se invistam todos os valores ao alcance, pela primazia de lograr¬-se o bem¬-estar e o equilíbrio fisiopsíquico.
Deste modo,
O sofrimento pode decorrer do desgosto orgânico ou mental que é um processo degenerativo do instrumento material do homem.
As doenças campeiam, e a receptividade daqueles que se encontram incursos nos códigos da Justiça Divina sofrem-¬nas,
Mediante as coarctações danosas dos mecanismos genéticos, ou por contaminação posterior, escassez alimentar, traumatismos físicos e psicológicos, num emaranhado de causas próximas, decorrentes dos compromissos negativos do passado mais remoto.
Noutro caso, o sofrimento resulta da transitoriedade da própria vida física e da fragilidade de todos os bens que proporcionam prazer por um momento,
Convertendo-¬se em razão de preocupação, de arrependimento, de amargura.
A busca do prazer é inata, instintiva, e o homem se lhe aferra na condição de meta prioritária.
Não raro, ao consegui¬-lo, frui da satisfação momentânea e, por insatisfação psicológica, propõe¬-se a prolonga-¬lo indefinidamente,
Sofrendo ante a impossibilidade de o manter, pelas alterações naturais que se derivam da impermanência de tudo,
Pela saturação e, finalmente, pela perda de objetivo após conseguido o anelo.
Por fim, surge o sofrimento dos condicionamentos de ordem física e mental.
Os hábitos arraigados constituem uma segunda natureza, com prevalência na conduta psicológica do homem.
As alterações e transformações produzem sofrimento, pela necessidade de ajustamento, pelo esforço da adaptação,
E os altibaixos da emoção que tende a reagir às mudanças que se devem operar na conduta.
Encontrado o sofrimento, o homem tem o dever de identificar as suas causas, que procedem dos atos degenerativos próximos ou remotos, referentes às suas reencarnações.
Ao lado daqueles que ressumam das dívidas cármicas, estão os decorrentes das suas emoções desequilibradas,
Que têm nascentes no egoísmo, no apego, na imaturidade psicológica.
Dentre outros, apresentam-¬se em plano de destaque, o medo, o ciúme, a ira, que explodem facilmente engendrando sofrimento.
Chega o momento de buscar-¬se a cessação deles, qual ocorre com as enfermidades que devem ser tratadas com carinho, porém com disciplina.
De um lado, é imprescindível ir-¬se às causas, a fim de fazê-¬las parar, ao mesmo tempo evitar novos fatores desencadeantes.
Conhecidas as origens, mais fáceis se tornam as terapias que, aplicadas convenientemente, resultam favoráveis ao clima de saúde e de bem-¬estar.
O esforço empreendido para o término do sofrimento, apresenta¬-se em etapas que se vão incorporando ao dia¬ a¬ dia do indivíduo cioso da sua necessidade de paz.
Impõe¬se-¬lhe o trabalho de condicionar a mente à necessidade da harmonia, recorrendo à meditação em torno das finalidades altruísticas da vida, disciplinando a vontade, exercitando a tranquilidade diante dos acontecimentos que não podem ser evitados, das ocorrências denominadas tragédias, das quais pode retirar excelentes resultados para o comportamento e a auto¬realização.
O processo da cessação do sofrimento dá¬-se, ainda, através do sofrimento que propicia satisfação pela certeza que advém de se estar liberando da sua áspera constrição.
Enfrentar, portanto, o sofrimento, sem válvulas psicológicas escapistas, é uma atitude saudável, muito distante da distonia masoquista habitual.
Também resulta de uma disposição consciente para o homem enfrentar-¬se desnudado, com uma visão otimista em torno do futuro por conquistar.
Realmente, o sofrimento faz parte do mecanismo da evolução na Terra.
Nos reinos vegetal e animal ele se encontra na embrionária percepção das plantas, que sofrem as agressões e hostilidades do meio, as contaminações e processos degenerativos.
Entre os animais, desde os menos expressivos até os mais avançados biologicamente, o sofrimento se manifesta na sensibilidade nervosa, como forma de produzir novos e mais perfeitos biótipos,
Em constante adaptação e harmonia das formas do psiquismo neles latente.
A superação do sofrimento é, sem dúvida, o grave desafio da existência humana, que a todos cumpre conseguir.

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« Responder #56 em: 18 de Fevereiro de 2020, 10:50 »
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34 Recursos para a liberação dos sofrimentos

A coragem é fator decisivo para o bem do indivíduo na sua historiografia psicológica.
Para hauri¬-la, basta o interesse consciente e duradouro em favor da aquisição da felicidade, que se deve tornar a meta essencial da sua existência.
Inexistente esta necessidade tampouco há sofrimento,
Porque, a ausência das aspirações nobres resulta da morte dos ideais, provocada pela indiferença da vida, em uma psicopatologia grave.
O sofrimento, em si mesmo, é fonte motivadora para as lutas de crescimento emocional e amadurecimento da personalidade,
Que passa a compreender a existência de maneira menos sonhadora e mais condizente com a sua realidade.
Os jogos e ilusões da idade infantil, superados, dão ensejo a uma integração consciente do indivíduo no grupo social no qual se encontra,
Fomentando o esforço pelo bem dos demais, por saber-¬se membro valioso e entender, por experiência pessoal, os gravames que a dor proporciona.
Inobstante esta experiência lúcida, sabe que o esforço a envidar para liberar-¬se dos sofrimentos é, por sua vez, conquista da inteligência e do sentimento postos a serviço da sua realização pessoal e comunitária.
Na maior parte dos métodos, a vontade do paciente prevalece como fator de alta importância.
Excetuando¬-se os referidos sofrimentos por sofrimentos, e mesmo em grande parte deles, a reflexão bem direcionada gera uma psicosfera de paz, renovadora, que o envolve e alimenta, levando à liberação deles.
Relacionemos algumas fases da terapia liberativa:

a) Considerar todos os indivíduos como dignos de ser amados e tomar por modelo alguém que o ama e se lhe dedica, por isto mesmo, credor de receber todo o afeto.
Este sentimento, sem apego nem interesse gerador de emoções perturbadoras, desarma o indivíduo de suspeitas, de ansiedades e medos, ao mesmo tempo dirimindo as incompreensões de outrem e desarticulando quaisquer planos infelizes.
Uma visão favorável sobre alguém dilui as nuvens densas que lhe obscurecem a personalidade, facultando um relacionamento positivo.
A não ¬reação à agressividade do outro desmantela-lhe a couraça de prepotência, na qual se oculta.
Se a resposta é otimista e sem azedume, conquista¬-o para um intercâmbio útil, ampliando--lhe o círculo de expressões afetivas.
Logo, este sentimento contribui para anular os efeitos do sofrimento moral e dissipar algumas, senão todas as suas causas perturbadoras.
O ato de ver bem as demais pessoas, torna¬-se um hábito terapêutico preventivo, em relação às agressões do meio ambiente, dos companheiros, constituindo um encorajamento para a luta libertadora.
O cultivo, a expansão de idéias e conceitos edificantes apagam o incêndio ateado pelo pessimismo da maledicência, da inveja, da calúnia, tornando respirável a atmosfera social do grupo onde o homem se localiza.

b) Identificar e estimular os traços de bondade do caráter alheio.
Não há solo, por mais sáfaro, que, tratado, não permita o vicejar de plantas.
Em todo sentimento existem terras férteis para a bondade, mesmo quando cobertas por caliça e pedregulhos.
Um trabalho, breve que seja, afastando o impedimento, e logo esplendem os recursos próprios para a sementeira da esperança.
Os indivíduos que se notabilizavam pela maldade na vida privada e no seu círculo social, revelavam-¬se bondosos e gentis tornando¬-se amados pela família e pelo grupo, mesmo conhecendo¬-lhes as atrocidades em que eram exímios.
A maldade sistemática, a impiedade, o temperamento hostil revelam as personalidades psicopatas que, antes, necessitam de ajuda, ao invés de reproche.
A bondade, neles latente, aguarda o momento de manifestar¬-se e predominar, mudando--lhes o comportamento.
Com tal atitude, a de identificar a bondade, torna¬-se possível a superação do sofrimento, como quer que se apresente, especialmente o que tem procedência moral.

c) Aplicar a compaixão quando agredido.
Uma reação de pesar, ante o ato infeliz, produz um efeito positivo no agressor.
Proporciona o equilíbrio à vítima, que não desce à faixa vibratória violenta em que o outro se demora.
Impede a sintonia com a cólera e seus famanazes, impossibilitando a instalação de enfermidades nervosas e distúrbios gastrointestinais e outros, face à não absorção de energias deletérias.
A compaixão dinâmica, aquela que vai além da piedade buscando ajudar o infrator, expressa bondade e se enriquece de paixão participativa, que levanta o caído, embora seja ele o perturbador.
Essa conduta impede que se instale o sofrimento na criatura.

d) O amor deve ser uma constante na existência do homem.
Há em tudo e em todos os seres a presença do Amor.
Em um lugar revela-¬se como ordem, noutro beleza e, sucessivamente, harmonia, renovação, progresso, vida, convocando à reflexão.
O amor é o antídoto mais eficaz contra quaisquer males.
Age nas causas e altera as manifestações, mudando a estrutura dos conteúdos negativos quando estes se exteriorizam.
Revela¬-se no instinto e predomina durante o período da razão, responsabilizando-¬se pela plenificação da criatura.
O amor instaura a paz e irradia a confiança, promove a não¬ violência e estabelece a fraternidade que une e solidariza os homens, uns com os outros, anulando as distância e as suspeitas.
É o mais poderoso vínculo com a causa geradora da vida.
É o motor que conduz à ação bondosa, desdobrando o sentimento de generosidade, ao mesmo tempo estimulando à paciência.
Graças à sua ação, a pessoa doa, realizando o gesto de generosa oferta de coisas, até o momento em que é levado à autodoação, ao sacrifício com naturalidade.
O amor é o rio onde se afogam os sofrimentos, pela impossibilidade de sobrenadarem nas fortes correntezas dos seus impulsos benéficos.
Sem ele a vida perderia o sentido, a significação.
Puro, expressa, ao lado da sabedoria, a mais relevante conquista humana.

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« Responder #57 em: 18 de Fevereiro de 2020, 10:51 »
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35 Meditação e ação

O autodescobrimento é o clímax de experiências do conhecimento e da emoção, através de uma equilibrada vivência.
Para consegui¬-lo, faz¬-se indispensável o empenho com que o homem se aplique na tarefa que o possibilita.
É certo que o tentame se reveste inicialmente de várias dificuldades aparentes, todas passíveis de superadas.
A realização de qualquer atividade nova se apresenta complexa pelo inusitado da sua própria constituição.
Não há, todavia, nada, com que o indivíduo não se acostume.
Demais, tudo aquilo que se torna habitual reveste-¬se de facilidade.
Assim, a busca de si mesmo, para a liberação de conflitos, amadurecimento psicológico, afirmação da personalidade, resulta de uma consciente disposição para meditar,
Evitando o emprego de largos períodos que se transformam em ato constrangedor e aborrecido.
A meditação deve ser, inicialmente, breve e gratificante, da qual se retorne com a agradável sensação de que o tempo foi insuficiente, o que predispõe o candidato a uma sua dilatação.
Através de uma concentração analítica, o neófito examina as suas carências e problemas, os seus defeitos e as soluções de que poderá dispor para aplicar¬-se.
Não se trata de uma gincana mental, mas de uma sincera observação de si mesmo, dos recursos ao alcance e dos temores, condicionamentos, emoções perturbadoras que lhe são habituais.
Estudando um problema de cada vez, surge a clara solução como proposta liberativa que deve ser aplicada sem pressa, com naturalidade.
A sua repetição sistemática, sem solução de continuidade, uma ou duas vezes ao dia, cria uma harmonia interior capaz de resistir às investidas externas sem perturbar-¬se, por mais fortes que se apresentem.
Após a meditação analítica, descobrindo as áreas frágeis da personalidade e os pontos nevrálgicos da conduta, o exercício de absorção de forças mentais e morais torna¬se-¬lhe o antídoto eficiente, que predispõe ao bem¬ estar, encorajando ante as inevitáveis lutas e vicissitudes do viver cotidiano.
As empresas do dia¬ a¬ dia fazem¬-se fenômenos existenciais que não assustam, porque o indivíduo conhece as suas possibilidades de enfrentamento e realização, aceitando umas, e de outras declinando, sem aturdimentos emocionais, nem apegos perturbadores.
Sucessivamente passa do estado de análise para o de tranquilidade, deixando a reflexão e experimentando a harmonia, sem discussão intelectiva,
Como quem se embriaga da beleza de uma paisagem, de uma agradável recordação, da audição de uma página musical, de um enlevo, nos quais apenas frui, sem questionamento, sem raciocinar.
Fruir é banhar¬-se por fora e penetrar-¬se por dentro, simplesmente, desfrutando.
Passado um regular período de alguns anos, por exemplo, a avaliação patenteará os resultados.
Quais as conquistas obtidas?
De que se libertou?
Quantas aquisições de instrumentação para o equilíbrio?
Estas questões se revestem de magna significação, por atestarem o progresso emocional logrado, dispondo a mais amplos experimentos.
A meditação, portanto, não deve ser um dever imposto, porém, um prazer conquistado.
Sem a claridade interior para enfrentar os desafios pessoais, o indivíduo transfere¬-os de uma para outra circunstância, somando frustrações que se convertem em traumas inconscientes a perturbarem a inteireza da personalidade.
A meditação, no caso em pauta, abre lugar à ação, sendo, ela mesma, uma ação da vontade, a caminho da movimentação de recursos úteis para quem a utiliza e, por extensão, para as demais pessoas.
O homem, que se autodescobre, faz¬-se indulgente e as suas se tornam ações de benevolência, beneficência, amor.
O seu espaço íntimo se expande e alcança o próximo, que alberga na área do seu interesse, modificando para melhor a convivência e a estrutura psicológica do seu grupo social.
A ação consolida as disposições comportamentais do indivíduo, ora impregnado pelo idealismo de crescimento emocional, sem perturbações, e social, sem conflitos de relacionamento.
Em razão da sua identidade transparente, passa a compreender os dilemas e dificuldades dos outros, cooperando a benefício geral e fazendo¬-se mola propulsionadora do progresso comum.
A ação é o coroamento das disposições íntimas, a materialização do pensamento nas expressões da forma.
Aquela que resulta da meditação é proba, e tem como objetivos imediatos a transformação do ambiente e do homem, ensejando¬-lhes recursos que facultam a evolução e a paz.
Assim, o ato de meditar deve ser sucedido pela experiência do viver¬-agir,
Porquanto será inútil a mais excelente terapia teórica ao paciente que se recusa, ou não se resolve aplica-la na sua enfermidade.
Tal procedimento, a ação bem vivenciada, faz que o homem se sinta satisfeito consigo mesmo, o que lhe faculta espontânea alegria de viver, conhecendo¬-se e amadurecendo psicologicamente para a existência.
Caracterizam a conduta de um homem que medita e age, uma mente bondosa e um coração afável.
Vencendo as suas más inclinações adquire sabedoria para a bondade, evitando as paixões consumidoras.
Assim, faz¬-se pacífico e produtivo, não se aborrecendo, nem brigando, antes harmonizando tudo e todos ao seu redor.
Essa transformação processa-¬se lentamente, e ele se dá conta só após vencidas as etapas da incerteza e do treinamento.
A ação gentil coroa-¬lhe o esforço, nunca lhe permitindo a presença da amargura, do ódio, do ressentimento e dos seus sequazes...
Uma das diferenças entre quem medita e aquele que o não faz, é a atitude mental mediante a qual cada um enfrenta os problemas.
O primeiro age com paciência ante a dificuldade e o segundo reage com desesperação.
Assim, o importante e essencial é dominar a mente, adquirindo o hábito de ser bom.

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« Responder #58 em: 24 de Fevereiro de 2020, 00:09 »
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36 A morte e seu problema

Fatalidade biológica, a morte é fenômeno habitual da vida.
Na engrenagem molecular, associam-¬se e desagregam-¬se partículas, transformando-¬se através do impositivo que as constitui, face à finalidade específica de cada uma.
Por efeito, o mesmo ocorre com o corpo, no que resulta o fenômeno conhecido como morte.
Desinformado quanto aos mecanismos da forma e da funcionalidade orgânica, desestruturado psicologicamente, o homem teme a morte, em razão do atavismo representativo do fim da vida, da consumpção do ser.
Em variadas culturas primitivas e contemporâneas, para fugir¬-se à realidade desta inevitável ocorrência, foram criados cerimoniais e cultos religiosos que pretendem diminuir o infausto acontecimento, escamoteando¬-o, ao tempo em que se adorna o morto de esperança quanto à sobrevivência.
Em muitas sociedades do passado, era comum colocar¬-se entre os dentes dos falecidos uma moeda de ouro, para recompensar o barqueiro encarregado de conduzi¬-lo à outra margem do rio da Vida.
Na Grécia, particularmente, este uso se tornou normal, objetivando compensar a avareza de Caronte, que ameaçava deixar vagando os não¬ pagantes, quando da travessia do rio Estige, segundo a sua Mitologia.
Modernamente, repetindo o embalsamamento em que se notabilizaram os egípcios, nas Casas dos Mortos, busca-¬se embelezar os defuntos para que deem a impressão de vida e bem¬-estar, assim liberando os vivos dos temores e das reminiscências amargas.
Todavia, por mais se mascare a verdade, chega o momento em que todos a enfrentam sem escapismo, convidados a vivenciá-¬la.
A morte é um fenômeno ínsito da vida, que não pode ser desconsiderado.
Neuroses e psicoses graves se estabelecem no indivíduo em razão do medo da morte, paradoxalmente, nas expressões maníaco¬ depressivas, levando o paciente a suicidar¬-se ante o temor de a aguardar.
Numa análise psicológica profunda, o homem teme a morte, porque receia a vida.
Transfere, inconscientemente, o pavor da existência física para o da destruição ou transformação dos implementos que a constituem.
Acostumado a evadir-¬se das responsabilidades, mediante os mecanismos desculpistas, o inexorável acontecimento da morte se lhe torna um desafio que gostaria de não defrontar, por consciência, quiçá, de culpa, passando a detestar esse enfrentamento.
Para fugir, mergulha na embriaguez dos sentidos consumidores e das emoções perturbadoras, abreviando o tempo pelo desgaste das energias mantenedoras do corpo físico.
O homem, acreditando-¬se previdente e ambicioso, aplica o tempo na preparação do futuro e na preservação do presente.
Entretanto, poderia e deveria investir parte dele na reflexão do fenômeno da morte, de modo a considera-¬lo natural e aguardá¬-lo com tranquila disposição emocional.
Nem o desejando ou, sequer, evitando driblá¬-lo.
A educação que se lhe ministra desde cedo, face ao mesmo atavismo apavorante da morte, é centrada no prazer nas delícias do ego, nas vantagens que pode retirar do corpo, sem a correspondente análise de temporalidade e fragilidade de que se revestem.
Graças a essa inadvertência espocam-¬lhe os conflitos, as fobias, a insegurança.
Um momento diário de análise, em torno da vida física, predispõe a criatura a projetar o pensamento para mais além do portal de cinza e de lama em que se deteriora a organização somática.
Tudo, no mundo físico, é impermanente, e tal impermanência pode ser vista sob duas formas:
A exterior ou grosseira, e a interior ou sutil.
Nada é sempre igual, embora a aparência que preserva nos períodos de tempo diferentes.
Por isto mesmo, tudo se encontra em incessante alteração no campo das micropartículas até o instante em que a forma se modifica — fase sutil de impermanência.
Um objeto que se arrebenta e um corpo, vegetal, animal e humano, que morre, passam pela fase da transição exterior grosseira para uma outra estrutura, experimentando a morte.
A morte, todavia, não elimina o continun da consciência, após a disjunção cadavérica.
Se, desde cedo, cria¬-se o hábito da meditação a respeito da consciência sobrevivente, independente do corpo, a morte perde o seu efeito tabu de aniquiladora, odienta destruidora do ideal, do ser, da vida.
O tradicional enigma do que acontece após a morte deve ser de interesse relevante para o homem que, meditando, encontra o caminho para decifrá¬-lo.
Deixar¬-se arrastar pelo pavor ou não lhe dar qualquer importância constituem comportamentos alienantes.
A curiosidade pelo desconhecido, a tendência de investigar os fenômenos novos são atrações para a mente perquiridora, que encontra recursos hábeis para os cometimentos.
A intuição da vida, o instinto de preservação da existência, as experiências psíquicas do passado e para¬psicológicas do presente atestam que a morte é um veículo de transferência do ser energético pensante, de uma fase ou estágio vibratório para outro, sem expressiva alteração estrutural da sua psicologia.
Assim, morre-¬se como se vive, com os mesmos conteúdos psicológicos que são os alicerces (inconsciência) do eu racional (consciência).
Nesta panorâmica da vida (no corpo) e da morte (do corpo) ressalta um fator decisivo no comportamento humano:
O apego à matéria, com as consequentes emoções perturbadoras e extratos do comportamento contaminados, jacentes na personalidade.
Sob um ponto de vista, a manifestação do instinto de conservação é valiosa, por limitar os tresvarios do homem que, diante de qualquer vicissitude, apelaria para o suicídio, qual acontece com certos psicopatas.
De certo modo, frenado, inconscientemente, enfrenta os problemas e supera¬-os com a ação eficiente do seu esforço dirigido corretamente.
Por outro lado, os esclarecimentos religiosos, embora a multiplicidade dos seus enfoques, demonstrando que a morte é período de transição entre duas fases da vida, contribuem para demitizar o pavor do aniquilamento.
Definitivamente, as experiências psíquicas, parapsicológicas e mediúnicas, provocadas ou naturais, têm trazido importante contribuição para equacionar o problema da morte, dando sentido à existência.
Conscientizando-¬se, o homem, da continuidade do ser pensante após as transformações do corpo através da morte da forma, alteram¬se¬-lhe, totalmente, os conceitos sobre a vida e a sua conduta no transcurso da experiência orgânica.
De qualquer forma, reservar espaços mentais para o desapego das coisas, das pessoas e das posições, analisando a inevitabilidade da morte, que obriga o indivíduo a tudo deixar, é uma terapia saudável e necessária para um trânsito feliz pelo mundo objetivo.

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Série Psicológica Joanna de Ângelis
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O Homem Integral
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O FUTURO DO HOMEM

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #59 em: 24 de Fevereiro de 2020, 00:10 »
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Série Psicológica Joanna de Ângelis
Livro: O Homem Integral

37 A controvertida comunicação dos Espíritos

O anseio inconsciente pela sobrevivência do ser consciente à morte física abre as portas da percepção psíquica,
Facultando o devassar das sombras do além.
Já não aspira o homem sorver a água do Letes para o esquecimento, porém sondar o que ocorre na sua outra margem.
E é de lá que têm vindo inesgotáveis informações, notícias, desafios novos, todos demonstrando a indestrutibilidade da vida, a sua causalidade e seu finalismo inevitável.
Das civilizações antigas às modernas,
Desde as culturas mais primitivas até as mais bem equipadas de conhecimento e tecnologia,
As tumbas descerram as suas lajes para, rompendo o enganoso silêncio e o falso repouso dos falecidos, apresentarem suas vozes e ações.
Por mais se dilatem os arquétipos junguianos até às suas nascentes, estratificadoras, a sobrevivência os precede,
Porque foram aqueles que atravessaram a fronteira, que vieram para elucidar a ocorrência mortuária,
Falando sobre a imortalidade a que retornaram.
As suas lições ensejaram o surgimento da fé religiosa, dos cultos —
Mesmo os mais extravagantes —
De algumas filosofias e se consubstanciaram nos desafios às modernas ciências parapsicológicas, psicobiofísicas, psicotrônicas.
Ainda não superando a Doutrina Espírita, apresentada por Allan Kardec,
Resultado de acuradas observações e experimentos de laboratório, provando a sobrevivência do ser à sua disjunção cadavérica.
É inerente à estrutura da vida a sua indestrutibilidade, graças à qual somente há transformações e nunca aniquilamento.
Partindo-¬se deste princípio de imanência, a consciência não se extingue por ocasião da desorganização cerebral.
Independente dela, torna-¬a instrumento pelo qual se expressa, mas, não indispensável à sua existência.
Os fenômenos de ectoplasmia, vidência, psicofonia, psicografia e os mais hodiernamente estudados pela Meta-ciência que se utiliza de complexos aparelhos — spiricon, vidicom — atestam a continuação e independência do Espírito à morte do corpo.
Examinadas com cuidado inúmeras hipóteses para explica-¬los, a única a resistir a todo cepticismo, pelos fatos que engloba, é a da imortalidade da alma com a sua consequente comunicabilidade.
Além dos produzidos pelo psiquismo humano, ressaltam aqueles que têm gênese nos seres de outras dimensões,
Que se fazem identificar de forma exaustiva e clara, não deixando outra alternativa exceto a sua realidade transcendental, de seres independentes e desencarnados.
Neste capítulo se enquadram diversas psicopatias, cujas gêneses resultam de influências espirituais mediante as quais se abre o campo das obsessões,
Igualmente conhecidas desde priscas eras com outras denominações.
Esta influência deletéria dos mortos sobre os vivos tem o seu reverso no que se opera graças à interferência dos anjos, dos serafins, dos santos, dos guias espirituais e familiares de inegáveis benefícios para a criatura humana,
Inclusive, na área da preservação e recuperação da saúde.
Cunhou¬-se, como efeito imediato, o brocardo que assevera que;
“Os mortos conduzem os vivos”,
Tal a ingerência que têm aqueles no comportamento destes.
Eliminando-¬se, porém, o exagero, o intercâmbio psíquico e físico se dá com mais frequência entre eles do que supõem os desinformados.
E isto constitui bela página do Livro da Vida, facultando ao ser pensante a compreensão e certeza da sua eternidade,
Bem como ensejando atender as excelentes possibilidades de crescimento desalienante e a perspectiva de plenitude,
Fora das conturbações e dos desajustes que ocorrem no processo de seu amadurecimento psicológico e de seu autodescobrimento.
A transitoriedade assume a sua preponderância apenas enquanto vige a existência corporal de grande significação para estruturar a sobrevivência feliz, delineando as atividades futuras a ressurgirem como culpa ¬castigo, tranquilidade¬ prêmio, que governam e estatuem os destinos humanos.
A consciência, não se aniquilando através da morte, aprimora¬-se mediante experiências extrafísicas, que lhe dilatam o campo de aquisição de recursos capazes de elucidar os enigmas da genialidade e da demência, da lucidez e da idiotia congênitos.
Este inter¬relacionamento entre o homem e os Espíritos desenvolve¬-lhe os sentidos extrafísicos, proporcionando-¬lhe um desdobramento paranormal,
No qual a mediunidade lhe propicia uma vivência real nas duas esferas vibratórias onde a vida se apresenta.
Portador dessa percepção, embora habitualmente embotada, agiganta¬-se¬-lhe a área de sensibilidade psíquica ao educa-¬la,
Como se lhe entorpece e turbam outros campos mentais, se a desconsidera ou se não dá conta da sua existência.
O complexo homem é de natureza transcendental, corporificando-¬se na forma física e dissociando¬-se através da morte,
Sem surgir de um para outro momento ao acaso ou desintegrar¬-se sob o capricho de uma fatalidade nefasta, destruidora.
A Psicologia profunda vai às raízes deste ser resgatando-¬o do lodo da terra e erguendo¬-o da lama do sepulcro, para conceder-¬lhe a dignidade que merece no concerto universal, como parte integrante do mesmo.
A única forma de demonstrar e confirmar a imortalidade da alma é mediante a sua comunicabilidade,
O que oferece consolações e esperanças inimagináveis,
Por outro lado facultando ao ser humano lutar com estoicismo graças à meta que o aguarda à frente, enquanto a consumpção, além de desnaturar a vida, retira¬-lhe todo o sentido, o significado, em razão da sua brevidade, isto sem nos referirmos aos desenlaces precoces, aos natimortos...
A vida vem aplicando milhões de anos no seu aperfeiçoamento e complexidades, não se podendo evolar ao capricho da desoxigenação cerebral.
Com esta certeza esmaece o pavor da morte, desarticula-¬se a neurose disto advinda, abrindo um leque de perspectivas positivas para o bemestar durante a existência física, prelúdio da espiritual para onde se ruma inexoravelmente.
Os planos agora já não se limitam nas balizas próximas impeditivas, antes se dilatam encorajadores, no prosseguimento da evolução.
Deste modo, as controvérsias sobre a sobrevivência vão cedendo lugar à afirmação da vida, especialmente agora,
Quando se desdobram as terapias alternativas na área da saúde, que recorrem às memórias do passado, aos substratos da mente precedente ao corpo,
Mediante as quais o continuum da consciência não sofre interrupção com a morte orgânica nem surge com o seu renascimento.
A vida predomina, prevalece em toda parte, sempre e vitoriosa.

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