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  • Série Psicológica - Joanna de Ângelis

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Autor Tópico: Série Psicológica - Joanna de Ângelis  (Lida 18692 vezes)

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Offline Moises de Cerq. Pereira

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #30 em: 28 de Agosto de 2019, 15:40 »
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Série Psicológica Joanna de Ângelis
Livro: O Homem Integral

Segunda parte
ESTRANHOS RUMOS, SEGUROS ROTEIROS

Mitos


A história do homem é a consequência dos mitos e crendices que ele elaborou para a sobrevivência, para o seu pensamento ético.
Medos e ansiedades, aspirações e sofrimentos estereotipam¬-se em fórmulas e formas mitológicas que lhe refletem o estágio evolutivo, em alguns deles perfeitamente consentâneos com as suas conquistas contemporâneas.
As concepções indianas lendárias, as tradições templárias dos povos orientais, recuperam as suas formulações nas tragédias gregas, excelentes repositórios dos conflitos humanos, que a mitologia expõe, ora com poesia, em momentos outros com formas grotescas de dramas cruéis.
A vingança de Zeus contra Prometeu, condenado à punição eterna, atado a um rochedo, no qual, um abutre lhe devorava o fígado durante o dia e este se refazia à noite para que o suplício jamais cessasse, humaniza o deus vingador e despeitado, porque o ser, que ele criara, ao descobrir o fogo, adquirira o poder de iluminar a Terra, tornando¬-se uma quase divindade.
O ciúme e a paixão humana cegaram o deus, que se enfureceu.
O criador desejava que o seu gerado fosse sempre um inocente, ignorante, dependente, sem consciência ética, sem discernimento, a fim de que pudesse, o todo¬ poderoso, nele comprazer-se.
A desobediência, ingênua e curiosa do ser criado, trouxe-¬lhe o ignóbil, inconcebível e imerecido castigo, caracterizando a falência do seu gerador.
Com pequenas variações vemos a mesma representação em outros povos e doutrinas de conteúdo infantil, que se não dão conta ou não querem encontrar o significado real da vida, a sua representação profunda, castigando aqueles que lhe desobedecem e preferem a idade adulta da razão, abandonando a infância.
O pensamento cartesiano, com o seu “senso prático”, deu-¬lhes o primeiro golpe e lentamente decretou a morte dos mitos e das crenças.
Se, de um lado, favoreceu ao homem que abandonasse a tradição dos feiticeiros, dos bichos-papões, das cegonhas trazendo bebês, eliminou também as fadas madrinhas, os gênios bons, os anjos¬ da ¬guarda.
E quando já se acreditava na morte dos mitos, considerando-¬se as mentes adultas liberadas deles, eis que a tecnologia e a mídia criaram outros hodiernos:
Os super¬ homens, os He¬man, os invasores marcianos, os homens invisíveis, gerando personagens consideradas extraordinárias para o combate contra o mal sem trégua em nome do bem incessante.
Concomitantemente, a robótica abriu espaços para que a imaginação ampliasse o campo mitológico e as máquinas eletrônicas, na condição de simuladores, produzissem novos heróis e ases vencedores no contínuo campeonato das competições humanas.
O exacerbar do entusiasmo tornou a ficção uma realidade próxima, permitindo que os jovens modernos confundam as suas possibilidades limitadas com as remotas conquistas da fantasia.
Imitam os heróis das histórias em quadrinhos, tomam posturas semelhantes aos líderes de bilheteria, no teatro, no rádio, no cinema, na televisão e chegam a crer¬-se imortais físicos, corpos indestrutíveis ou recuperáveis pelos engenhos da biônica, igualmente fabricantes de seres imbatíveis.
Retorna-¬se, de certo modo, ao período em que os deuses desciam à Terra, humanizando¬-se, e os magos com habilidades místicas resolviam quaisquer dificuldades, dando margem a uma cultura superficial e vandálica de funestos resultados éticos.
A violência, que irrompe, desastrosa, arma os novos Rambos com equipamentos de vingança em nome da justiça, enfrentando as forças do mal que se apresentam numa sociedade injusta, promovendo lutas lamentáveis, sem controle.
As experiências pessoais, resultado das conquistas éticas, cedem lugar aos modelos fabricados pela imaginação fértil, que descamba para o grotesco, fomentado o pavor, ironizando os valores dignos e desprezando as Instituições.
A falência do individualismo industrial, a decadência do coletivismo socialista deram lugar a novas formas de afirmação, nas quais o inconsciente projeta os seus mitos e assenhoreia¬-se da realidade, confundindo-¬a com a ilusão.
As virtudes apresentam-¬se fora de moda e a felicidade surge na condição de desprezo pelo aceito e considerado, instituindo a extravagância — novo mito — como modelo de auto-realização, desde que choque e agrida o convívio social.
O perdido “jardim do Éden” da mitologia bíblica reaparece na grande satisfação do “fruto do pecado”, transformando a punição em prazer e desafiando, mediante a contínua desobediência, o Implacável que lhe castigou o despertar da consciência.
Na sucessão de desmandos propiciados pelos mitos contemporâneos, toma corpo a saudade da paz — inocência representativa do bem — e a experiência, demonstrando a inevitabilidade dos fenômenos biológicos do desgaste do cansaço, do envelhecimento e da morte, propicia uma revisão cultural com amadurecimento das vivências, induzindo o ser a uma nova busca da escala de valores realmente representativos das aspirações nobres da vida.
A solidão e a ansiedade que os mitos mascaram, mas não equacionam, rompem a couraça de indiferença do homem pela sua profunda identidade, levando¬-o a um amadurecimento em que o grupo social dele necessita para sobreviver, tanto quanto lhe é importante, favorecendo¬-o com um intercâmbio de emoções e ações plenificadoras.
Os mitos, logo mais, cederão lugar a realidades que já se apresentam, no início, como símbolos de uma nova conquista desafiadora e que se incorporarão, a pouco e pouco, ao cotidiano, ensinando disciplina, controle, respeito por si mesmo, aos outros, às autoridades, que no homem se fazem indispensáveis para a feliz coexistência pacífica.

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Série Psicológica Joanna de Ângelis
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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #31 em: 28 de Agosto de 2019, 15:42 »
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Série Psicológica Joanna de Ângelis
Livro: O Homem Integral

Autodescobrimento

O esforço para a aquisição da experiência da própria identidade humanizada leva o indivíduo ao processo valioso do autodescobrimento.
Enquanto empreende a tarefa do trabalho para a aquisição dos valores de consumo isola¬-se, sem contribuir eficazmente para o bem ¬estar do grupo social, no qual se movimenta.
Os seus empreendimentos levam¬-no a uma negação da comunidade a benefício pessoal, esperando recuperar esta dívida, quando os favores da fortuna e da projeção lhe facultarem o desfrutar do prazer, da aposentadoria regalada.
As suas preocupações giram em torno do imediatismo, da ambição do triunfo sem resposta de paz interior.
A sociedade, por sua vez, ignora-¬o, pressentindo nele um usurpador.
De alguma forma é levado ao competitivismo individualista, criando um clima desagradável.
A sua ascensão será possível mediante a queda de outrem, mesmo que o não deseje.
Torna-¬se, assim, um adversário natural.
O seu produto vende na razão direta em que aumentam as necessidades dos outros e a sua prosperidade se erige como consequência da contribuição dos demais.
Não cessam as suas atividades na luta pelo ganha ¬pão.
Naturalmente, esse comportamento passa a exigir, depois de algum tempo, que o indivíduo se associe a outro, formando uma empresa maior ou um clube de recreação, ignorando-¬se interiormente e buscando, sem cessar, as aquisições de fora.
A ansiedade, o medo, a solidão íntima tornam-se lhe habituais, uma de cada vez, ou simultaneamente, desgastando-o, amargurando¬-o.
O homem, pela necessidade de afirmar-¬se no empreendimento a que se vincula, busca atingir o máximo, aspira por ser o número um e logra-¬o, às vezes.
A marcha inexorável do tempo, porém, diminui-¬lhe as resistências, solapando-lhe a competitividade, sendo substituído pelos novos competidores que o deixam à margem.
Mesmo que ele haja alcançado o máximo, os sócios atuais consideram¬-no ultrapassado, prejudicial à Organização por falta de atualidade e os filhos concedem-¬lhe postos honrosos, recreações douradas, lucros, desde que não interfira nos negócios...
Ocorre-¬lhe a inevitável descoberta sobre a sua inutilidade, isto produzindo-¬lhe choque emocional, angústia ou agressividade sistemática, em mecanismo de defesa do que supõe pertencer-¬lhe.
O homem, realmente não se conhece.
Identifica e persegue metas exteriores.
Camufla os sentimentos enquanto se esfalfa na realização pessoal, sem uma correspondente identificação íntima.
A experiência, em qualquer caso, é um meio propiciador para o autoconhecimento, em razão das descobertas que enseja àquele que tem a mente aberta aos valores morais, internos.
Ela demonstra a pouca significação de muitas conquistas materiais, econômicas e sociais diante da inexorabilidade da morte, da injunção das enfermidades, especialmente as de natureza irreversível, dos golpes afetivos, por defrontar-¬se desestruturado, sem as resistências necessárias para suportar as vicissitudes que a todos surpreendem.
O homem possui admiráveis recursos interiores não explorados, que lhe dormem em potencial, aguardando o desenvolvimento.
A sua conquista faculta¬-lhe o autodescobrimento, o encontro com a sua realidade legítima e, por efeito, com as suas aspirações reais, aquelas que se convertem em suporte de resistência para a vida, equipando¬-o com os bens inesgotáveis do espírito.
Necessário recorrer a alguns valores éticos morais, a coragem para decifrar¬-se, a confiança no êxito, o amor como manifestação elevada, a verdade que está acima dos caprichos seitistas e grupais, que o pode acalmar sem o acomodar, tranquiliza-¬lo sem o desmotivar para a continuação das buscas.
Conseguida a primeira meta, uma nova se lhe apresenta, e continuamente, por considerar¬-se o infinito da sabedoria e da Vida.
É do agrado de algumas personalidades neuróticas, fugirem de si mesmas, ignorarem-¬se ou não saberem dos acontecimentos, a fim de não sofrerem.
Ledo engano!
A fuga aturde, a ignorância amedronta, o desconhecido produz ansiedade, sendo, todos estes, estados de sofrimento.
O parto produz dor, e recompensa com bem ¬estar, ensejando vida.
O autodescobrimento é também um processo de parto, impondo a coragem para o acontecimento que libera.
Examinar as possibilidades com decisão e enfrentá¬-las sem mecanismos desculpistas ou de escape, constitui o passo inicial.
Édipo, na tragédia de Sófocles, deseja conhecer a própria origem.
Levado mais pela curiosidade do que pela coragem, ao ser informado que era filho do rei Laio, a quem matara, casando¬-se com Jocasta, sua mãe, desequilibra¬-se e arranca os olhos.
Cegando-¬se, foge à sua realidade, ao autodescobrimento e perde-¬se, incapaz de superar a dura verdade.
A verdade é o encontro com o fato que deve ser digerido, de modo a retificar o processo, quando danoso, ou prosseguir vitalizando-¬o, para que se o amplie a benefício geral.
Ignorando¬-se, o homem se mantém inseguro.
Evitando aceitar a sua origem tomba no fracasso, na desdita.
Ademais, a origem do homem é de procedência divina.
Remontar aos pródromos da sua razão com serena decisão de descobrir¬-se, deve ser-¬lhe um fator de estímulo ao tentame.
O reforço de coragem para levantar¬-se, quando caía, o ânimo de prosseguir, se surgem conspirações emocionais que o intimidam, fazem parte de seu programa de enriquecimento interior.
O auto¬ encontro enseja satisfações estimuladoras, saudáveis.
Esse esforço deve ser acompanhado pela inevitável confiança no êxito, porquanto é ambição natural do ser pensante investir para ganhar, esforçar¬-se para colher resultados bons.
Certamente, não vem prematuramente o triunfo, nem se torna necessário.
Há ocasião para semear, empreender, e momento outro para colher, ter resposta.
O que se não deve temer é o atraso dos resultados, perder o estímulo porque os frutos não se apresentam ou ainda não trazem o agradável sabor esperado.
Repetir o tentame com a lógica dos bons efeitos, conservar o entusiasmo, são meios eficazes para identificar as próprias possibilidades, sempre maiores quanto mais aplicadas.
Ao lado do recurso da confiança no êxito, aprofunda-¬se o sentimento de amor, de interesse humano, de participação no grupo social, com resultado em forma de respeito por si mesmo, de afeição à própria pessoa como ser importante que é no conjunto geral.
Discute¬-se muito, na atualidade, a questão das conquistas éticas e morais, intentando¬-se explicar que a falta de sentimento e de amor responde pelos desatinos que aturdem a sociedade.
Têm razão, aqueles que pensam desta forma.
Todavia, parece¬-nos que a causa mais profunda do problema se encontra na dificuldade do discernimento em torno dos valores humanos,
O questionamento a respeito do que é essencial e do que é secundário inverteu a ordem das aspirações, confundindo os sentimentos e transformando a busca das sensações em realização fundamental, relegando-¬se a plano inferior as expressões da emoção elevada, na qual, o belo, o ético, o nobre se expressam em forma de amor, que não embrutece nem violenta.
A experiência do amor é essencial ao autodescobrimento, pois que, somente através dele se rompem as couraças do ego, do primitivismo, predominante ainda em a natureza humana.
O amor se expande como força co¬criadora, estimulando todas as expressões e formas de vida.
Possuidor de vitalidade, multiplica¬-a naquele que o desenvolve quanto na pessoa a quem se dirige.
Energia viva, pulsante, é o próprio hálito da Vida a sustenta-¬la.
A sua aquisição exige um bem direcionado esforço que deflui de uma ação mental equilibrada.


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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #32 em: 28 de Agosto de 2019, 15:42 »
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Na incessante busca da unidade, ora pela ciência que tenta chegar à Causalidade Universal, ou através do mergulho no insondável do ser, podemos afirmar que os equipamentos que proporcionaram a desintegração do átomo, complexos e sofisticados, foram conseguidos com menor esforço, em nosso ponto de vista, do que a força interior necessária para a implosão do ego, em que busque a plenitude.
A formidanda energia detectada no átomo, propiciadora do progresso, serviu, no começo, para a guerra, e ainda constitui ameaça destruidora, porque aqueles que a penetraram, não realizaram uma equivalente aquisição no sentimento, no amor, que os levaria a pensar mais na humanidade do que em si e nos seus.
Amar torna¬-se um hábito edificante, que leva à renúncia sem frustração, ao respeito sem submissão humilhante, à compreensão dinâmica, por revelar-¬se uma experiência de alta magnitude, sempre melhor para quem o exterioriza e dele se nutre.
Na realização do cometimento afetivo surge o desafio da verdade, que é a meta seguinte.
Ninguém deterá a verdade, nem a terá absoluta.
Não nos referimos somente à verdade dos fatos que a ciência comprova, mas àquela que os torne verazes:
Verdade como veracidade, que depende do grau de amadurecimento da pessoa e da sua coragem para assumi-¬la.
Quando se trata de uma verdade científica, ela depende, para ser aceita, da honestidade de quem a apresenta, dos seus valores morais. Indispensável, para tanto, a probidade de quem a revela, não sendo apenas fruto da cultura ou do intelecto, porém, de uma alta sensibilidade para percebê¬-la.
Defrontamo-¬la em pessoas humildes culturalmente, mas probas, escasseando em indivíduos letrados, porém hábeis na arte de sofismar.
A verdade faculta ao homem o valor de recomeçar inúmeras vezes a experiência equivocada até acertá¬-la.
Erra¬-se tanto por ignorância como pela rebeldia.
Na ignorância, mesmo assim, há sempre uma intuição do que é verdadeiro, face à presença íntima de Deus no homem.
A rebeldia gera a má fé, o que levou Nietzsche a afirmar com certo azedume:
“Errar é covardia!”,
Face à opção cômoda de quem elege o agradável do momento, sem o esforço da coragem para lutar pelo que é certo e verdadeiro.
A aquisição da verdade amadurece o homem, que a elege e habitua¬-se à sua força libertadora, pois que, somente há liberdade real, se esta decorre daquela que o torna humilde e forte, aberto a novas conquistas e a níveis superiores de entendimento.

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #33 em: 28 de Agosto de 2019, 15:43 »
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Livro: O Homem Integral

12 Consciência ética

O homem é o único “animal ético” que existe.
Não obstante, um exame da sociedade, nas suas variadas épocas, devido à agressividade bélica, à indiferença pela vida, à barbárie de que dá mostras em inúmeras ocasiões, nos demonstre o contrário.
Somente ele pode apresentar uma “consciência criativa”, pensar em termos de abstrações como a beleza, a bondade, a esperança, e cultivar ideais de enobrecimento.
Essa consciência ética nele existe em potencial, aguardando que seja desenvolvida mediante e após o autodescobrimento, a aquisição de valores que lhe proporcionem o senso de liberdade para eleger as experiências que lhe cabem vivenciar.
Atavicamente receoso, experimenta conflitos que o atormentam, dificultando-¬lhe discernir entre o certo e o errado, o bem e o mal, o bom e o pernicioso.
Ainda dominado pelo egocentrismo da infância, de que não se libertou, pensa que o mundo existe para que ele o desfrute, e as pessoas a fim de que o sirvam, disputando e tomando, à força, o que supõe pertencer¬-lhe por direito ancestral.
Diversos caminhos, porém, deverá ele percorrer para que a autoconsciência lhe descortine as aquisições ética indispensáveis:
A afirmação de si mesmo, a introspecção, o amadurecimento psicológico e a autovalorização entre outros...
O “negar-¬se a si mesmo” do Evangelho, que faculta a personalidades patológicas o mergulho no abandono do corpo e da vida, em reação cruel, destituído de objetivo libertador, aqui aparece como mecanismo de fuga da realidade, medo de enfrentar a sociedade e de lutar para conseguir o seu “lugar ao Sol”, como membro atuante e útil da humanidade, que necessita crescer graças à sua ajuda.
Este conceito cristão mantém as suas raízes na necessidade de “negar¬-se” ao ego prepotente e dominador, a vassalagem do próximo, em favor das suas paixões, a fim de seguir o Cristo, aqui significando a verdade que liberta.
O desprezo a si mesmo, literalmente considerado, constitui reação de ódio e ressentimento pela vida e pela humanidade, mortificando o corpo ante a impossibilidade de flagiciar a sociedade.
O homem que se afirma pela ação bem direcionada, conquista resistência para perseverar na busca das metas que estabelece, amadurecendo a consciência ética de responsabilidade e dever, o que o credencia a logros mais audaciosos.
Ele rompe as algemas da timidez, saindo do calabouço da preocupação, às vezes, patológica, de parecer bem, de ser tido como pessoa realizada ou de viver fugindo do contato social.
Ou, pelo contrário, canaliza a agressividade, a impetuosidade de que se vê possuído para superar os impulsos ansiosos, aprendendo a conviver com o equilíbrio e em grupo, no qual há respeito entre os seus membros, sem dominadores nem dominados.
Consegue o senso de planejamento das suas ações, criando um ritmo de trabalho que o não exaure no excesso, nem o amolenta na ociosidade, participando do esforço geral para o seu e o progresso da comunidade.
Adquire um conceito lógico de tempo e oportunidade para a realização dos seus empreendimentos, confiando com tranquilidade no resultado dos esforços dispendidos. Mediante a autoconsciência, aplica de maneira salutar as experiências passadas, sem saudosismo, sem ressentimentos, planejando as novas com um bem delineado programa que resulta do processamento dos dados já vividos e adicionados às expectativas em pauta a viver. Por sua vez, o fenômeno da autoconsciência consiste no conhecimento lógico do que fazer e como executá-¬lo, sem conceder¬-lhe demasiada importância, que se transforme numa obsessão, pela minudência de detalhes e face ao excesso de cuidados, correndo o risco do lamentável perfeccionismo.
Ele resulta de uma forma de dilatação do que se sabe, de uma consciência vigilante e lúcida do que se realiza, expandindo a vida e, como efeito, graças ao dinamismo adquirido, sentir-¬se liberado de tensões, fora de conflitos.
Esta conquista de si mesmo enseja maior soma de realizações, mais amplo campo de criatividade, mais espontaneidade.
A introspecção ajuda-¬o, por ser o processo de conduzir a atenção para dentro, para a análise das possibilidades íntimas, para a reflexão do conteúdo emocional e a meditação que lhe desenvolva as forças latentes.
Desse modo, não pode afastar o homem para lugares especiais, ou favorecer comportamentos exóticos, desligando-¬se do mundo objetivo e caindo em alienação.
Vivendo¬-se no mundo, torna-¬se inevitável vencer-¬lhe os impositivos negativos, tempestuosos das pressões esmagadoras.
Diante dos seus desafios, enfrenta-¬los com natural disposição de luta, não alterando o comportamento, nem o deixando estiolar0¬se.
E muito comum a atitude apressada de viver¬-se emocionalmente acontecimentos futuros que certamente não se darão, ou que ocorrerão de forma diversa da que a ansiedade estabelece.
As impressões do futuro, como consequência de tal conduta, antecipam-¬se, afligindo, sem que o indivíduo viva as realidades do presente, confortadoras.
Para esta conduta ansiosa Jesus recomendava que “a cada dia baste a sua aflição”, favorecendo o ser com o equilíbrio para manter-¬se diante de cada hora e fruí-¬la conforme se apresente.
A introspecção cria o clima de segurança emocional para a realização de cada ação de uma vez e a vivência de cada minuto no seu tempo próprio.
Ajuda a manter a calma e a valorizar a sucessão das horas.
O homem introspectivo, todavia, não se identifica pela carranca, pela severidade do olhar, pela distância da realidade, tampouco pela falsa superioridade em relação às outras pessoas.
Tais posturas são formalistas, que denunciam preocupação com o exterior sem contribuição íntimo ¬transformadora.
Antes, surge com peculiar luminosidade na face e no olhar, comedido ou atuando conforme o momento, porém sem perturbar-¬se ou perturbar, transmitindo serenidade, confiança e vigor.
A introspecção torna-¬se um ato saudável, não um vício ou evasão da realidade.
À medida que o homem se penetra, mais amadurece psicologicamente, saindo da proteção fictícia em que se esconde — dependência da mãe, da infância, do medo, da ansiedade, do ódio e do ressentimento, da solidão — para assumir a sua identidade, a sua humanidade.
As ações humanistas são o passo que desvela a consciência ética no indivíduo que já não se contenta com a experiência do prazer pessoal, egoísta, dando-¬se conta das necessidades que lhe vigem em volta, aguardando a sua contribuição.
Nesse sentido, a sua humanidade se dilata, por perceber que a felicidade é um estado de bem¬estar que se irradia, alcançando outros indivíduos ao invés de recolher-¬se em detrimento do próximo.
Qual uma luz, expande¬-se em todas as direções, sem perder a plenitude do centro de onde se agiganta.
Amplia-¬se¬-lhe, desta forma, o senso da responsabilidade pela vida em todas as suas expressões, tornando¬ o um ser humano ético, que é agente do progresso, das edificações beneficentes e culturais.
A perseguição da inveja não o perturba, tampouco a bajulação da indignidade o sensibiliza.
Paira nele uma compreensão dos reais valores, que o propele a avançar sem timidez, sem pressa, sem temor.
A sua se transforma em uma existência útil para o meio social, tornando-¬se parte ativa da comunidade que passa a servir, sem autoritarismo nem prejuízo emocional para si mesmo ou para o grupo.
A consciência ética é a conquista da iluminação, da lucidez intelecto ¬moral, do dever solidário e humano.
Ela proporciona uma criatividade construtiva ilimitada, que conduz à santificação, na fé e na religião;
Ao heroísmo, na luta cotidiana e nas batalhas profissionais;
Ao apogeu, na arte, na ciência, na filosofia, pelo empenho que enseja em favor de uma plena identificação com o ideal esposado.
São Vicente de Paulo, Nietzsche, Allan Kardec, Freud, Schweitzer, Cézanne são exemplos diversos de homens que adquiriram um estado de consciência ética aplicada em favor da humanidade.

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13 - Religião e religiosidade

No caleidoscópio do comportamento humano há, quase sempre, uma grande preocupação por mais parecer do que ser, dando origem aos homens¬ espelhos, aqueles que, não tendo identidade própria, refletem os modismos, as imposições, as opiniões alheias.
Eles se tornam o que agrada às pessoas com quem convivem, o ambiente que no seu comportamento neurótico se instala.
Adota¬-se uma fórmula religiosa sem que se viva de forma equânime dentro dos cânones da religião.
É a experiência da religião sem religiosidade, da aparência social sem o correspondente emocional que trabalha em favor da auto ¬realização,
O conceito de Deus se perde na complexidade das fórmulas vazias do culto externo, e a manifestação da fé íntima desaparece diante das expressões ruidosas, destituídas dos componentes espirituais da meditação, da reflexão, da entrega.
Disso resulta uma vida esvaziada de esperança, sem convicção de profundidade, sem madureza espiritual.
A religião se destina ao conforto moral e à preservação dos valores espirituais do homem, demitizando a morte e abrindo-lhe as portas aparentemente indevassáveis à percepção humana.
Desvelar os segredos da vida de ultra tumba, demonstrar-lhe o prosseguimento das aspirações e valores humanos, ora noutra dimensão dentro da mesma realidade da vida, é a finalidade precípua da religião.
Ao invés da proibição castradora e do dogmatismo irracional, agressivo à liberdade de pensamento e de opção,
A religião deve favorecer a investigação em torno dos fundamentos existenciais, das origens do ser e do destino humano, ao lado dos equipamentos da ciência, igualmente interessada em aprofundar as sondas das pesquisas sobre o mundo, o homem e a vida.
A fim de que esse objetivo seja alcançado, faz¬-se indispensável a coragem de romper com a tradição
— rebelar-¬se contra a mãe religião — libertando-¬se das fórmulas, para encontrar a forma da mais perfeita identificação com a própria consciência geradora de paz.
Tornar-¬se autêntico é uma decisão definidora que precede a resolução de crescer para dar¬-se.
O desafio consiste na coragem da análise de conteúdo da religião, assim como da lógica, da racionalidade das suas teses e propostas.
Somente, desta forma, haverá um relacionamento criativo entre o crente e a fé, a religiosidade emocional e a religião.
Essa busca preserva a liberdade íntima do homem perante a vida, facultando-¬lhe um incessante crescimento, que lhe dará a capacidade para distinguir  o em que acredita e por que em tal crê, sustentando as próprias forças na imensa satisfação dos seus descobrimentos e nas possibilidades que lhe surgem de ampliar  essas conquistas.
Já não se torna, então, importante a religião, formal e circunspecta, fechada e sombria, mas a religiosidade interior que aproxima o indivíduo de Deus em toda a Sua plenitude:
No homem, no animal, no vegetal, em a natureza, nas formas viventes ou não, através de um inter-relacionamento integrador que o plenifica e o liberta da ansiedade, da solidão, do medo.
As suas aspirações não se fazem atormentadoras;
Não mais surge a solidão como  abandono e desamor, e dilui¬-se o medo ante uma religiosidade que impregna a vida com esperança, alegria e fé.
O germe divino cresce no interior do homem e expande¬-se, permitindo que se compreenda o  conceito paulino, que ele já não vivia, “mas o Cristo” nele vivia.
A personalidade conflitante no jogo dos interesses da sociedade cede lugar à individualidade eterna e tranqüila, não mais em disputa primária de ambições e sim em realizações nas quais se movimenta.
Os outros camuflam a sua realidade e vivem conforme os padrões, às vezes detestados, que lhes são apresentados ou impostos pela sua sociedade.
O grupo social, porém, rejeita-¬os, por sabe-¬los inautênticos, no entanto os aplaude, porque eles não incomodam os seus membros, fazendo-¬os mesmistas, iguais, despersonalizados, desestruturados.
Por falta de uma consciência objetiva — conhecimento dos seus valores pessoais, controle das várias funções do seu organismo físico e emocional, definição positiva de atitudes perante a vida —,
Não têm a coragem ética de ser autênticos, padecendo conflitos a respeito do senso de responsabilidade e de liberdade, característico do amadurecimento, que se poderá denominar como uma virtude de longo curso.
Não se trata da coragem de arrostar consequências pela própria temeridade, mas do valor para enfrentar¬-se a si mesmo, gerando um relacionamento saudável com as demais pessoas, repetindo com entusiasmo a experiência malsucedida, sem ataduras de remorso ou lamentação pelo  fracasso.
E saber retirar do insucesso os resultados positivos, que se podem transformar em alavancas para futuros empreendimentos, nos quais a decisão de insistir e realizar assumem altos níveis éticos, que se tornam desafios no curso do processo evolutivo.
Para que o ânimo robusto possa conduzir às lutas exteriores, faz¬-se necessária a auto conquista, que torna o indivíduo justo, equilibrado, sem a característica ansiedade neurótica, reveladora do medo do futuro, da solidão, das dificuldades que surgem.
É preciso que o homem se arrisque, se aventure, mesmo que esta decisão o faça ansioso quanto ao seu desempenho, aos resultados.
Ninguém pode superar a ansiedade natural, que faz parte da realidade humana, desde que não extrapole os limites, passando a conflito neurótico.
Por atavismo ancestral o homem nasce vinculado a uma crença religiosa, cujas raízes se fixam no comportamento dos primitivos habitantes da Terra.
Do medo decorrente das forças desorganizadas das eras primeiras da vida, surgiram as diferentes formas de apaziguar a fúria dos seus responsáveis, mediante os cultos que se transformariam em religiões com as suas variadas cerimônias, cada vez mais complexas e sofisticadas.
Das manifestações primárias com sacrifícios humanos, até as expressões metafísicas, toda uma herança psicológica e sociológica se transferiu através das gerações, produzindo um natural sentimento religioso que permanece em a natureza humana.
Ao lado disso, considerando¬-se a origem espiritual do indivíduo e a Força Criadora do Universo, nele permanece o germe de religiosidade aguardando campo fecundo para desabrochar. Expressa¬-se, esse conteúdo intelecto ¬moral, em forma de culto à arte, à ciência, à filosofia, à religião, numa busca de afirmação ¬integração da sua na Consciência Cósmica.
A força primitiva e criadora, nele existente como uma fagulha, possui o potencial de uma estrela que se expandirá com as possibilidades que lhe sejam facultadas.
Bem direcionada, sua luz vencerá toda a sombra e se transformará na energia vitalizadora para o crescimento dos seus valores intrínsecos, no desdobramento da sua fatalidade, que são a vitória sobre si mesmo, a relativa perfeição que ainda não tem capacidade de apreender.
Na execução do programa religioso, a maioria das pessoas age por convencionalismo e conveniência, sem a coragem de assumir as suas convicções, receosas da rejeição do grupo.
Adotam fórmulas do agrado geral, que foram úteis em determinados períodos do processo histórico e evolutivo da sociedade e,
Não obstante descubram novas expressões de fé e consolação, receiam ser consideradas alienadas, caso assumam as propostas novas que lhes parecem corretas,
Mas não usuais, e sim de profundidade.
Afirmou um monge medieval que:
“Todo aquele que vive morrendo, quando morre não morre”,
Porque o desapego, o despojar das paixões em cada morrer diário, liberta-¬o, desde já, até que, quando lhe advém a morte,
Ele se encontra perfeitamente livre, portanto, não morto, equivalente a vivo.
A religiosidade é uma conquista que ultrapassa a adoção de uma religião;
Uma realização interior lúcida, que independe do formalismo,
Mas que apenas se consegue através da coragem de o homem emergir da rotina e encontrar a própria identidade.

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Série Psicológica Joanna de Ângelis
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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #35 em: 15 de Outubro de 2019, 11:38 »
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14 Insegurança e crises

Esboroam-¬se, sob os camartelos das revoluções hodiernas, os edifícios da tradição ultramontana, cedendo lugar às apressadas construções do desequilíbrio, sem memória ancestral, sem alicerce cultural.
Ruem, diante dos abalos da ciência tecnológica, o empirismo passadista e as obras da arbitrária dominação totalitária, substituídos pelo alucinar das novas maquinações de aventureiros desalmados, perseguindo suas ambições imediatistas a prejuízo da sociedade, do indivíduo.
A política desgovernada exibe os seus corifeus, que se fazem triunfadores de um dia, logo passando ao anonimato, repletos de gozos e valores perecíveis, a intoxicar-¬se nos vapores dos vícios e das perversões em que falecem os últimos ideais que ainda possuíam.
Os direitos humanos decantados em toda parte sofrem o vilipêndio daqueles que os deveriam defender, em razão do desrespeito que apresentam diante das leis por eles mesmos elaboradas, em desprezo flagrante às Instituições que se comprometeram socorrer, por descrédito de si próprios.
A anarquia substitui a ordem e as transformações sociais apressadas não têm tempo de ser assimiladas, porque substituídas pelos modismos que se multiplicam em velocidade ciclópica.
Velhos dogmas, nascidos e cultivados no caldo  da ignorância, são  esquecidos e nascem as ideias liberais revolucionárias, que instigam o homem fraco  contra o  seu  irmão mais forte gerando ódios, quando deveriam amansar o lobo  ameaçador, a fim de que, pacificado, pudesse beber na mesma fonte com o cordeiro  sedento, que lhe receberia proteção dignificadora.
As circunstâncias externas do inter-relacionamento das criaturas, fenômeno consequente ao desequilíbrio do indivíduo, engendram no contexto hodierno a insegurança, que fomenta as crises.
Sucedem-¬se, desse modo, as crises de autoridade, de respeito, de honradez, de valores ético¬morais, e a desumanização da criatura assoma nos painéis do comportamento, Insensibilizando¬-a pelo amolentamento emocional ou exacerbação, na volúpia do prazer e da violência conduzidos pelas ambições desmedidas.
As crises respondem pela desconfiança das pessoas, umas em relação às outras, pelo rearmamento belicoso de uns indivíduos contra os outros, pela agressividade automática e atrevida.
A queda do respeito que todos se devem, respeito este sem castração nem temor, estimula a indisciplina que começa na educação  das gerações novas, relegadas a plano secundário, em que se cuidam de oferecer coisas, em mecanismos sórdidos de chantagem emocional, evitando-¬se dar amor, presença, companheirismo  e orientação saudável.
A crise de autoridade responde pela corrupção em todas as áreas, sob a cobertura daqueles que deveriam zelar pelos bens públicos e administrá¬-los em favor da comunidade, pois que, para tal se candidataram aos postos de comando, sendo remunerados pelos contribuintes para este fim.
Como efeito, os maus exemplos favorecem a desonestidade, discreta e pública, dos membros esfacelados do organismo social enfermo, preparando os bolsões de miséria econômica, moral, com todos os ingredientes para a rebelião criminosa, o assalto a mão armada, o apropriamento indébito dos bens alheios, a insegurança geral.
O que se nega em compromisso de direito, é tomado em mancomunação da força com o ódio.
Mesmo os valores espirituais do homem se apresentam em crise de pastores, e amigos, capazes de exercerem o ministério da fé religiosa com serenidade, sem separativismo, com amor, sem discórdia na grei, com fraternidade, sem disputas da primazia, sem estrelismo.
Nas várias escolas de fé espocam a rebelião, as disputas lamentáveis, a maledicência ácida ou o distanciamento formando quistos perigosos no corpo comunitário.

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #36 em: 15 de Outubro de 2019, 11:42 »
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15 Conflitos degenerativos da sociedade

O homem apresenta-¬se doente, e a sociedade, que lhe é o corpo grupal, encontra¬-se desestruturada em padecimento total.
As crises gerais, que procedem da insegurança individual, são, por sua vez, responsáveis por mais altas e expressivas somas de desconforto, insatisfação, instabilidade emocional do homem, formando um círculo vicioso que se repete, sem aparente possibilidade de arrebentar as cadeias fortes que o constituem.
Vitimado por sucessivos choques desde o momento do parto, quando o ser é expulso do claustro materno, onde se encontrava em segurança, este enfrenta, desequipado, inumeráveis desafios que não logra superar.
Chegando a idade adulta, ei¬-lo receoso, desestruturado para enfrentar a maquinaria insensível dos dias contemporâneos, em que a eletrônica e a robótica são conduzidas, porém, avançam, tomando o controle da situação e, lentamente, reduzindo¬-o a observador das respostas e imposições digitadas, apertando ou desligando controles e submetendo¬ se aos resultados preestabelecidos, sem emoção, sem participação pessoal nos dados recolhidos.
Noutras circunstâncias, ou em estado fetal, experimenta os choques geradores de insegurança, no comportamento da gestante revoltada diante da maternidade não desejada e até mesmo odiada.
O jogo de reações nervosas, as vibrações deletérias da revolta contra o ser em formação, atingem-¬lhe os delicados mecanismos psíquicos, desarmonizando os núcleos geradores do futuro equilíbrio, sob as chuvas de raios destruidores, que os afetam irreversivelmente.
O que o amor poderia realizar posteriormente e a educação lograr em forma de psicoterapia, ficam, à margem, sob os cuidados de pessoas remuneradas, sem envolvimento emocional ou interesse pessoal, produzindo marcas profundas de abandono e solidão, que ressurgirão como traumas danosos no desenvolvimento da personalidade.
A par dos fatores sócio¬ mesológicos, outras razões são preponderantes na área do comportamento inseguro, que são aquelas que procedem das reencarnações anteriores, malogradas ou assinaladas pelos golpes violentos que foram aplicados pelo Espírito em desconcerto moral, ou que os padeceu nas rudes pugnas existenciais.
Assinalando com rigor a manifestação da afetividade tranquila ou desconfiada, aquelas impressões são arquivadas no inconsciente profundo, graças aos mecanismos sutis do perispírito.
O homem é um ser inacabado, que a atual existência deverá colaborar para o aperfeiçoamento a que se encontra destinado.
Faltando¬-lhe os recursos favoráveis ao ajustamento, torna-¬se uma peça mal colocada ou inadaptada na complexidade da vida social, somando à sua a insegurança dos outros membros, assim favorecendo as crises individuais e coletivas.
Por desinformação ou fruto de um contexto imediatista consumista, elaborou¬-se a tese de que a segurança pessoal é o resultado do ter, que se manifesta pelo poder e recebe a resposta na forma de parecer.
Todos os mecanismos responsáveis pelo homem e sua sobrevivência se estribam nessas propostas falsas, formando uma sociedade de forma, sem profundidade, de apresentação, sem estrutura psicológica nem equilíbrio moral.
Trabalhando somente no exterior, relega¬-se, a plano secundário ou a nenhum, o sentido ético do ser humano, da sua realidade intrínseca, das suas possibilidades futuras, jacentes nele mesmo.
O homem deve ser educado para conviver consigo próprio, com a sua solidão, com os seus momentâneos limites e ansiedades, administrando¬-os em proveito pessoal, de modo a poder compartir emoções e reparti¬-las, distribuir conquistas, ceder espaços, quando convidado à participação em outras vidas, ou pessoas outras vierem envolver-¬se na sua área emocional. Desacostumado à convivência psíquica consciente com os seus problemas, mascara¬-se com as fantasias da aparência e da posse, fracassando nos momentos em que se deve enfrentar, refletido em outrem que o observa com os mesmos conflitos e inseguranças.
As uniões fraternais então se desarticulam, as afetivas se convertem em guerras surdas, o matrimônio naufraga, o relacionamento social sucumbe disfarçado nos encontros da balbúrdia, da extravagância, dos exageros alcoólicos, tóxicos, orgíacos, em mecanismos de fuga da realidade de cada um.
A educação, a psicoterapia, a metodologia da convivência humana devem estruturar¬-se em uma consciência de ser, antes de ter;
De ser, ao invés de poder, de ser, embora sem a preocupação de parecer.
Os valores externos são incapazes de resolver as crises internas, aliás, não poucas vezes, desencadeando¬-as.
O que o homem é, suas realizações íntimas, sua capacidade de compreender¬-se, às pessoas e ao mundo, sua riqueza emocional e idealística, estruturam-¬no para os embates, que fazem parte do seu modus vivendi e operandi, neste processo incessante de crescimento e cristificação.
A coragem para os enfrentamentos, sem violência ou recuos, capacita¬-o para os logros transformadores do ambiente social, que deslocará para o passado a ocorrência das crises de comportamento, iniciando¬-se a era de construção ideal e de reconstrução ética, jamais vivida antes na sua legitimidade.
Os conceitos do poder e da força estão presentes na sistemática governança dos povos.
Sempre os militares governaram mais do que os filosóficos, e o poder sempre esteve por mais tempo nas mãos dos violentos do que na sabedoria dos pacíficos, gerando as guerras exteriores, porque os seus apaniguados viviam em constantes guerras íntimas, inseguros, aguardando a traição dos fracos que, bajuladores, os rodeavam, e a audácia dos mais fortes, que lhes ambicionavam o poderio, terminando, quase todos, vítimas das suas nefastas urdiduras.
A segurança íntima conseguida mediante o auto descobrimento, a humanização e a finalidade nobre que se deve imprimir à vida são fatores decisivos para a eliminação das crises, porquanto, afinal, a descrença que campeia e o desconcerto que se generaliza são defluentes do homem moderno que se encontra em crise momentânea, vitimado pela insegurança que o aturde.
Conflitos degenerativos da sociedade a crise de credibilidade, de confiança, de amor instaura o estado conflitivo da personalidade que perde o roteiro, incapaz de definir o que é correto ou não, qual a forma de comportamento mais compatível com a época e, ao mesmo tempo, favorável ao seu bem¬ estar, anquilosando pessoas refratárias ao progresso nas idéias superadas ou produzindo grupos rebeldes fadados à destruição, que se entregam à desordem, à contra¬cultura, buscando sempre chocar, agredir.
Os grupos opostos se afastam, se armam e se agridem.
O homem ainda não aprendeu a ser solidário quando não concorda, preferindo ser solitário, ser opositor.
Certamente, a renovação é lei da vida.
A poda faculta o ressurgimento do vegetal.
O fogo purifica os metais, permitindo¬-lhes a moldagem.
A argila submete¬ se ao oleiro.
A vida social é resultado das alterações sofridas pelo homem, seu elemento essencial.
É necessário, portanto, que se dê a transformação, a evolução dos conceitos, o engrandecimento dos valores.
Para tal fim, às vezes, é preciso que ocorra a demolição das estratificações, do arcaico, do ultrapassado.


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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #37 em: 15 de Outubro de 2019, 11:42 »
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Lamentavelmente, porém, nesta ação demolidora, a revolta contra o passado, pretendendo apagar os vestígios do antigo, vai-¬lhe até as raízes, buscando extirpá-¬las.
O homem e a sociedade, sem raízes não sobrevivem.
No começo, o paganismo greco¬romano era uma bela doutrina, rica de símbolos e significados, caracterizando o processo psicológico da evolução histórica do homem.
O abuso, mais tarde, fê-¬lo degenerar e a Doutrina cristã se apresentou na forma de um corretivo eficaz, oportuno.
A dosagem exagerada, porém, terminou por causar danos inesperados, no largo período da noite medieval, da qual algumas religiões contemporâneas ainda padecem os efeitos negativos.
O mesmo vem acontecendo com a sociedade que, para livrar¬-se das teias da hipocrisia, da hediondez, dos preconceitos, da vilania, da prepotência, elaborou os códigos da liberdade, da igualdade, da fraternidade, em lutas sangrentas, ainda não considerados além das formulações teóricas e referências bombásticas, sem repercussão real no organismo das comunidades humanas em sofrimento.
As recentes reações culturais contra a autenticidade da conduta têm produzido mais males que resultados positivos.
Em nome da evolução, sucedem-¬se as revoluções destrutivas que não oferecem nada capaz de preencher os espaços vazios que causam.
A insatisfação do indivíduo fustiga e perturba o grupo no qual ele se localiza, sendo expulso pela reação geral ou tornando-¬se um câncer em processo metastático.
Facilmente o pessimista e o colérico contaminam os desalentos, passando-¬lhes o morbo do desânimo ou o fogo da irritação, a prejuízo geral.
Armam¬-se querelas desnecessárias, altera¬-se a filosofia dos partidos existentes, que se transferem para a agressividade, as acusações descabidas, sem trabalho à vista para a retificação dos erros, a reabilitação moral dos caídos, para o bem ¬estar coletivo.
Cada pequeno grupo dentro do grupo maior, sem consenso, busca atrapalhar a ação do adversário, mesmo quando benéfica, porque deseja demonstrar¬ lhe a falência, movido pelos interesses personalistas, em detrimento do processo de estabilidade e crescimento de todos.
O personalismo se agiganta, as paixões servis se revelam, o idealismo cede lugar à vileza moral.
A predominância do egoísmo em a natureza humana faz¬-se responsável pelo caos em volta, no qual os conflitos degenerativos da sociedade campeiam.
Surgem as plataformas frágeis em favor do grupo desde que sob o comando e a alternativa única do ególatra, que alicia outros semelhantes, que se lhe acercam, igualmente ansiosos por sucessos que não merecem, mas que pleiteiam.
Inseguros, incapazes de competir a céu aberto, honestamente, aguardam na furna da própria pequenez, por motivos verdadeiros ou não, para incendiarem o campo de ação alheia, longe dos objetivos nobres, porém reflexos dos seus estados íntimos conflituosos.
Não se tornam adversários leais, porque a inveja, antes, os fizera inimigos ocultos que aguardavam ensejo para desvelarem-¬se.
Face às distonias pessoais de que são portadores, decantam a necessidade do progresso da sociedade e bloqueiam¬-no com a astúcia, a desarticulação de programas eficientes, antes de testados, atacando¬-os vilmente e aos seus portadores, a quem ferem pessoalmente, pela total impossibilidade de permanecerem no campo ideológico, já que não possuem idealismo.
Estimulam a dissensão, porque os seus conflitos não os auxiliam a cooperar, entretanto, os motivam a competir.
Não podem trabalhar a favor, porque os seus estímulos somente funcionam quando se opõem.
Em razão da insegurança pessoal desconfiam dos sentimentos alheios e provocam distúrbios que se originam em suspeitas injustificáveis, a soldo do prazer mórbido que os assinala.
O conflito íntimo é matriz cancerígena no organismo humano em constante ameaça ao grupo social.
Cabe ao homem em conflito revestir¬-se de coragem, resolvendo¬-se pelo trabalho de identificação das possibilidades que dispõe, ora soterradas nos porões da personalidade assustada.
Sentindo-¬se incapaz de enfrentar¬-se, a busca de alguém capacitado a apontar-¬lhe o rumo e ajudá-¬lo a percorrê¬-lo é tão urgente quão indispensável.
Inúmeras terapias estão ao seu alcance, entre os técnicos da área especializada, assim como as da Psicologia Transpessoal apresentando-¬lhe a intercorrência de fatores paranormais e da Psicologia Espírita, aclarando-¬o com as luzes defluentes dos fenômenos obsessivos geradores dos problemas degenerativos no indivíduo e na sociedade.
O conglomerado social, por sua vez, tem o dever de auxiliar o homem em conflito, de ajudá¬-lo a administrar as suas fobias, ansiedades, traumas, e mesmo o de socorrê-¬lo nas expressões avançadas quando padecendo psicopatologias diversas, em ética de sobrevivência do grupo, pois que, do contrário, através do alijamento de cada membro, quando vier a ocorrência se desarticulará o mecanismo de sustentação da grei.
A sociedade deve responder pelos elementos que a constituem, pelos conflitos que produz, assim como assume as glórias e conquistas dos felizardos que a compõem.
Os conflitos degenerativos da sociedade tendem a desaparecer, especialmente quando o homem, em se encontrando consigo mesmo, harmonize o seu cosmo individual (micro), colaborando para o equilíbrio do universo social (macro), no qual se movimenta.

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« Responder #38 em: 07 de Novembro de 2019, 10:16 »
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16 O primeiro lugar e o homem indispensável

Na área dos conflitos psicológicos a competição surge, quase sempre, como estímulo, a fim de fortalecer a combalida personalidade do indivíduo que, carente de criatividade, apega-se às experiências exitosas que outros realizaram, para impor-¬se e, assim, enfrentar as próprias dificuldades, escamoteando¬-as com o esforço que se aplica na conquista do que considera meta de triunfo.
Ambicionando a realização pessoal e temendo o insucesso que, afinal, é um desafio à resistência moral e à sua perseverança no ideal, prefere disputar as funções e cargos à frente, sem qualquer escrúpulo, em luta titânica, na qual se desgasta, esperando compensações externas, monetárias e de promoção social, assim massageando o ego, ambicioso e frágil.
O homem que age desta forma, está sempre um passo atrás da sua vítima provável, que de nada suspeita e ajuda-¬o, estimula¬-o até padecer-¬lhe a injunção ousada quão lamentável.
Por sua vez, o triunfador não se apercebe que no degrau deixado vago, já alguém assoma utilizando¬-se dos mesmos artifícios ou mascarando¬-os com os olhos postos no seu trono passageiro.
A competição saudável, em forma de concorrência, fomenta o progresso, multiplica as opções, abre espaços para todos que, criativos, propõem variações do mesmo produto, novidades, idéias originais, renovação de mercado.
De outra forma, as personalidades conflituosas, arquitetando planos de segurança, apegam¬-se ao trabalho que realizam, às empresas onde laboram, crendo¬ se indispensáveis, responsáveis pelo primeiro lugar que conseguiram com sacrifício, e transferem¬-se, psicologicamente, para a sua Entidade.
Somente se sentem felizes e compensadas quando discutem o seu trabalho, a sua execução, a sua importância.
O lar, a família, o repouso, as férias se descobrem, porque não preenchem as falsas necessidades do ego exacerbado.
Respiram o clima de preocupação do trabalho em toda parte e vivem em função dele.
Sentem o triunfo após os anos de lutas exaustivas, e informam que, a sua saída seria uma tragédia, um caos para a organização, já que são pessoas ¬chave, molas¬ mestras, sem as quais nada funciona, ou se tal se dá é precariamente.
Não percebem que o tempo escoa na ampulheta das horas, os métodos de ação se renovam, o cansaço os vence, a vitalidade diminui e, no degrau, imediatamente inferior, já está o competidor, jovem ambicioso aguardando, disputando, aprendendo a sua técnica e mais bem equipado do que ele, em condições de substituí¬-lo com vantagens.
A sua cegueira não lhes permite enxergar.
Quando o observam, deprimem¬-se, revoltam¬-se contra os limites orgânicos inexoráveis, utilizando¬-se de artifícios para prosseguirem.
Dão¬-se conta que passaram a ser constrangimento no trabalho, que pensavam pertencer--lhes, lamentando-¬se, queixando “que deram a vida e agora colhem ingratidão”.
Certamente, os homens indispensáveis doaram a vida como fuga de si mesmos e ofereceram¬na a um ser sem alma, sem coração, que apenas objetiva lucros, portanto, insensível, impessoal...
Ali, os filhos substituem os pais, expulsam-¬nos, jovialmente, sob a alegação de que estes merecem o justo repouso, as viagens de férias que nunca tiveram; aposentam¬-nos.
Livram a Empresa deles, de sua dominação, não mais condizente com os tempos modernos.
Eles foram bons e úteis no começo, não mais agora, quando começam a emperrar a máquina do progresso, a impedirem, por inadaptação óbvia, o curso do crescimento e desenvolvimento da entidade...
Assim, chega o momento da realidade para o homem que ocupa o primeiro lugar, o indispensável.
É convidado a solicitar a aposentadoria, quando não é jubilado sem maior consideração.
Surpreso, diz¬-se em condições de prosseguir.
Afirma que ainda é jovem; quer trabalhar; dispõe de saúde...
O silêncio constrangedor adverte¬-o que não há mais outra alternativa.
Ele foi usado como peça de engrenagem empresarial que, desgastada, deve ser substituída de imediato a benefício geral.
Oportunamente, a benefício da organização, ele tomara a mesma atitude em relação a outros funcionários, que foram afastados.
A amargura domina¬-o, o ressentimento enfurece¬-o e a frustração, longamente adiada, assoma e o conduz à depressão.
As interrogações sucedem¬-se.
“E agora? Que fazer da vida, do tempo?”
Como não cultivou outros valores, outros interesses, arroja-¬se ao fosso da autodestruição, egoisticamente, esquecido dos familiares e amigos, afinal, aos quais nunca deu maior importância nem valorização.
Afasta¬-se mais do convívio social e, não raro, suicida¬-se, direta ou indiretamente.
A empresa não lhe sente a falta, prossegue em funcionamento.
Somente quem realizou uma boa estrutura de personalidade, enfrenta com razoável tranqüilidade o choque de tal natureza, para o qual se preparou, antevendo o futuro e programando¬-se para enfrentá-¬lo, transferindo-¬se de uma ação para outra, de uma empresa para um ideal, de uma máquina para um grupamento humano respirável, emotivo, pensante.
Ninguém é indispensável em lugar nenhum.
O primeiro de agora será dispensável amanhã, assim como o último de hoje, possivelmente, estará no comando no futuro.
A morte, a cada momento, demonstra-¬o.
A polivalência das aspirações é reflexo de normalidade, de equilíbrio comportamental, de harmonia da personalidade, convidando o homem a buscar sempre e mais.
A desincumbência do dever reflete-¬lhe o valor moral e a nobreza da sua consciência.
Segurar as rédeas da dominação em suas mãos fortes, denota insegurança íntima, crise de conduta.
O homem tem o dever de abraçar ideais de enobrecimento pessoal e grupal, participar, envolver-¬se emocionalmente, fazer¬-se presente na comunidade, como complemento da sua conduta existencial.
A criatura terrena está em viagem pela Terra, e todo trânsito, por mais demorado, sempre termina.
Ninguém se engane e não engane a outros.
Uma auto¬ análise cuidadosa, uma reflexão periódica a respeito dos valores reais e aparentes, a meditação sobre os objetivos da vida concedem pautas e medidas para a harmonia, para o êxito real do ser.
A finalidade da existência corporal é a conquista dos valores eternos, e o êxito consiste em lograr o equilíbrio entre o que se pensa ter e o que se é realmente, adquirindo a estabilidade emocional para permanecer o mesmo, na alegria como na tristeza, na saúde conforme na enfermidade, no triunfo qual sucede no fracasso.
Quem consiga a ponderação para discernir o caminho, e o percorra com tranqüilidade, terá começado a busca do êxito que, logo mais, culminará com alegria.

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O HOMEM EM BUSCA DO ÊXITO
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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #39 em: 07 de Novembro de 2019, 10:17 »
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17 O conceito de saúde

Lexicamente, “saúde é o estado do que é são, do que tem as funções orgânicas regulares.”
A Organização Mundial de Saúde elucida que a falta de doença não significa necessariamente um estado de saúde, antes, porém, esta resulta da harmonia de três fatores essenciais, a saber:
Bem-estar psicológico, equilíbrio orgânico e satisfação econômica, assim contribuindo para uma situação saudável do indivíduo.
Num período de transição e mudança brusca da escala dos valores convencionais, com a inevitável irrupção dos excessos geradores da anarquia, a saúde tende a ceder espaço a conflitos emocionais, desordens orgânicas e dificuldades econômicas, propiciando o surgimento de patologias complexas no homem.
A sociedade enferma perturba¬-o, e este, desajustado, piora o estado geral do grupo.
O sentido de dignidade pessoal, nesta situação, é substituído pela astúcia e pelo prazer, proporcionando distonias emocionais que facultam a instalação de enfermidades orgânicas de variada procedência.
Abstraindo-¬se destas últimas, aquelas que são originadas por germes, bacilos, vírus e traumatismos, multiplicam¬-se as de ordem psicológica, que se avolumam nos dias atuais.
O homem teima por ignorar¬-se.
Assume atitudes contraditórias, vivendo comportamentos estranhos.
Prefere deixar que os acontecimentos tenham curso, às vezes, desastroso, a conduzi¬-los de forma consciente.
Os dias se sucedem, sem que ele dê-¬se conta das suas responsabilidades ou frua dos seus benefícios em uma atitude lúcida, perfeitamente compatível com as conquistas contemporâneas.
Surpreendido, no entanto, pela doença e pela morte, desperta assustado, sem haver vivido, estranhando¬-se a si mesmo e descobrindo tardiamente que não se conhecia.
Foi um estranho, durante toda a existência, inclusive, a ele próprio.
A saúde, entretanto, fá-lo participativo, membro atuante do grupo social, desperto e responsável na luta com que se enriquece de beleza e alegria, assumindo posições de vigor e segurança íntima, que lhe constituem prêmio ao esforço desenvolvido.
A falta de saúde, que se generaliza, conduz a mente lúcida a um diagnóstico pessimista, o que não significa ser desesperador.
Em tal situação, por falta de outra alternativa, o homem enfrenta a dificuldade, por ser pensante, e altera o quadro, impulsionado ao avanço, a aceitar os desafios.
Deixa de fugir da sua realidade, descobre-¬se e trabalha para alcançar etapas mais lúcidas no seu desenvolvimento emocional, pessoal.
Quem se resolve, porém, pela submissão autodestrutiva, não merece o envolvimento respeitoso de que todos são credores diante dos combatentes, porquanto, deixando de investir esforços, abandona a sua dignidade de ser humano e prefere o esfacelamento das suas possibilidades como sendo o seu agradável estado de saúde, certamente patológico.
A saúde produz para o bem e para o progresso da sociedade, sem compaixão pelos mecanismos de evasão e pieguismos comportamentais vigentes.
Realizadora, propele a vida para as suas cumeadas e vitórias, sem parada nas baixadas desanimadoras.

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #40 em: 07 de Novembro de 2019, 10:19 »
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18 Os comportamentos neuróticos

Produtos do inconsciente profundo, a se manifestarem como comportamentos neuróticos, os fatores psicogênicos têm suas raízes na conduta do próprio paciente em reencarnações passadas, nas quais se desarmonizou interiormente.
Fosse mediante conflitos de consciência ou resultados de ações ignóbeis, os mecanismos propiciadores de reabilitação íntima imprimem no inconsciente atual as matrizes que se exteriorizam como dissociações e fragmentações da personalidade, alucinações, neuroses e psicoses.
Ínsitas no indivíduo, essas causas endógenas se associam às outras, de natureza exógena, tornando¬-se desagregadoras da individualidade vitimada pelas pressões que experimenta.
As pressões de qualquer natureza são decisivas para estabelecer o clima comportamental da criatura.
Por formação antropológica, em luta renhida contra os fatores compressivos e adversários, o homem aspira pela liberdade.
Todos os seus esforços convergem para uma atitude, uma atuação, um movimento, livres de empeços, de detenções, de aprisionamento.
As pressões que lhe limitam os espaços emocionais e físicos aturdem¬-no, dando margem a evasões, agressividade, disfarces e violências, através dos quais tenta escamotear o seu estado real.
Isto, quando não tomba na depressão, no pessimismo.
Vivendo sob estímulos, faculta-¬os à sociedade, que progride e age conforme as energias que os constituem.
Quando estes estímulos são emuladores à felicidade, eis o homem atuante e encorajado, trabalhando pelo progresso próprio e geral, mediante um comportamento otimista.
No sentido oposto, quase nunca se motiva à reação, para ascender aos sentimentos ideais que promovem a vida, libertando¬-se das constrições naturalmente transitórias.
Equivocado quanto aos referenciais da existência, deixa-¬se imbuir pelas sensações da posse, do prazer fugidio, caindo em depressões, seja pela constituição psicológica fragmentária ou porque estabelece como condição de triunfo a aquisição das coisas que se podem amealhar e perdem o valor, quando se não possui o essencial, que é a capacidade de administrá-¬las, não se lhes submetendo ao jugo enganoso.
Assim, apresentam¬-se os que se crêem infelizes porque não têm e os que se fazem desditosos porque tendo, não se contentam face à ausência da plenitude interior.
O mito da ambição do rei Midas, que tudo quanto tocava se convertia em ouro, causa da sua felicidade e desgraça, tem atualidade no comportamento neurótico dos possuidores-possuídos.
A experiência, no entanto, fazendo a pessoa aprofundar-¬se na consciência dos valores, altera¬lhe o campo de compreensão, favorecendo o entesouramento do equilíbrio.
Todavia, tal ocorrência é resultado da luta que deve ser travada sem cessar.
Assim, a saúde psicológica decorre da autoconsciência, da libertação íntima e da visão correta que se deve manter a respeito da vida, das suas necessidades éticas, emocionais e humanas.
O comportamento neurótico, assustador e predominante na sociedade consumista, procura esconder o desajuste e as fobias do homem contemporâneo, que se afunda em mecanismos patológicos.
Receando ser ele mesmo, torna¬-se pessoa¬ espelho a refletir as conveniências dos outros, ou homem¬ parede a reagir contra todas as vibrações que lhe são dirigidas, antes de as examinar.
“Agredir antes, evitando ser agredido” é a filosofia dos fracos, fechando¬-se no círculo apertado dos receios e da não aceitação dos outros, forma neurótica de ocultar a não aceitação de si mesmo.
São raros aqueles que preferem ser homens¬ pontes, colocados entre extremos para ajudarem, facilitarem o trânsito, socorrerem nos abismos existenciais...
O espírito de competição neurotizante vigente e estabelecido como fomentador das riquezas, deve ceder lugar ao de cooperação, responsável pela solidariedade e pela paz, humanizando a sociedade e tornando a pessoa bem identificada.
Competir não é negativo, desde que tenha por meta progredir, e não vencer os outros;
Porém, superar-¬se cada vez mais, desenvolvendo capacidades latentes e novas na individualidade.
Competir, todavia, para derrubar quem está à frente, em cima, é atitude neurótica, inconformista, invejosa, que abre brecha àquele que vem atrás e repetirá a façanha em relação ao aparente vencedor atual.
Tal atitude responde pela insegurança que domina em todas as áreas do relacionamento social.
Da mesma forma, deixar-¬se viver sem aventurar¬-se, no bom sentido do termo, como se transitasse em um sonho cujos acontecimentos inevitáveis se dão sem qualquer ingerência da pessoa, é uma atitude patológica, irracional, em se considerando a capacidade de discernimento e a de realização que caracteriza a criatura humana.
O homem¬ ação de equilíbrio gera os fatores do próprio desenvolvimento, abandonando o conformismo neurótico, a fim de comandar o destino sempre maleável a injunções novas e motivadoras.
Os seres humanos têm as suas matrizes em a natureza, com a qual devem manter um relacionamento saudável, ao invés de evitá¬-la.
Sendo partes integrantes da mesma, não se devem alienar, antes buscar¬-lhe a cooperação e auxiliá-¬la num intercâmbio de energias vigorosas, com o que sairão da gaiola particular onde se ocultam e se acautelam
Há personalidades neuróticas que a temem, receosas de serem absorvidas pela sua grandiosidade e dando às suas expressões — céus, montanhas, mares, florestas, etc. — determinados tipos de projeções humanas, poderosas e devoradoras.
Assim, anulam-¬na, matando-¬a no seu consciente através da negação da sua necessidade.
Os comportamentos neuróticos são desgastantes, extrapolando os limites das resistências orgânicas, que passam a somatizá-¬los, abrindo campo para várias enfermidades que poderiam ser evitadas.

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #41 em: 12 de Novembro de 2019, 11:25 »
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19 Doenças físicas e mentais

A expressiva soma de atividades físicas e mentais atesta que o homem é um ser inacabado.
A sua estrutura orgânica aprimorada nos milênios da evolução antropológica, ainda padece a fragilidade dos elementos que a constituem.
Vulnerável a transformações degenerativas, é tecido que reveste o psiquismo e que através dos seus neurônios cerebrais se exterioriza, afirmando-¬lhe a preexistência consciencial, independente das moléculas que constituem a aparelhagem material.
A consciência, na sua realidade, é fator extrafísico, não produzido pelo cérebro, pois que possui os elementos que se consubstanciam na forma que lhe torna necessária à exteriorização.
Essa energia pensante, preexistente e sobrevivente ao corpo, evolve através das experiências reencarnacionistas, que lhe constituem processo de aquisição de conhecimentos e sentimentos, até lograr a sabedoria.
Como conseqüência, faz-¬se herdeira de si mesma, utilizando-¬se dos recursos que amealha e deve investir para mais avançados logros, etapa a etapa.
Em razão disso, podemos repetir que somente “há doenças, porque há doentes”, isto é, a doença é um efeito de distúrbios profundos no campo da energia pensante ou Espírito.
As suas resistências ou carências orgânicas resultam dos processos da organização molecular dos equipamentos de que se serve, produzidos pela ação da necessidade pensante.
O psicossoma organiza o soma necessário à viagem, breve no tempo, para a individualidade espiritual.
As doenças orgânicas se instalam em decorrência das necessidades cármicas que lhe são inerentes, convocando o ser a reflexões e reformulações morais proporcionadoras do reequilíbrio.
Nas patologias congênitas, o psicossoma impõe os fatores cármicos modeladores necessários à evolução, sob impositivos que impedem, pelos limites de injunções difíceis, a reincidência no fracasso moral.
Assim considerando, à medida que a Ciência se equipa e soluciona patologias graves, criando terapias preventivas e proporcionando recursos curativos de valor, surgem novas doenças, que passam a constituir¬-se tremendos desafios.
Isto se dá, porque, à evolução tecnológica e científica da sociedade não se apresenta, em igual correspondência, o mecanismo de conquistas morais.
O homem conquista o exterior e perde-¬se interiormente.
Avança na horizontal do progresso técnico sem o logro da vertical ética.
No inevitável que se estabelece — comodidade e prazer, sem harmonia interna nem plenitude — desconecta os centros de equilíbrio e abre¬-se favoravelmente a agentes agressores novos, aos quais dá vida e que lhe desorganizam os arquipélagos celulares.
Outrossim, as tensões, frustrações, vícios, ansiedades, fobias facultam as distonias psíquicas que são somatizadas aos problemas orgânicos ou estes e suas sequelas dão surgimento aos tormentos mentais e emocionais.
Todo equipamento para funcionar em harmonia com ajustamento, para as finalidades a que se destina, exige perfeita eficiência de todas as peças que o compõem.
Da mesma forma, a maquinaria orgânica depende dos fluxos e refluxos da energia psíquica e esta, por sua vez, das respostas das diversas peças que aciona.
Nessa interdependência, a vibração mental do homem é-¬lhe propiciadora de equilíbrio ou distonia, conscientemente ou não.
Sabendo canalizar¬-lhe a corrente vibratória, organiza e submete os implementos físicos ao seu comando, produzindo efeitos de saúde, por largo período, não indefinidamente, face à precariedade dos elementos construídos para o uso transitório.
As doenças contemporâneas, substituindo algumas antigas e somando-¬se a outras não debeladas ainda, enquadram-se no esquema do comportamento evolutivo do ser, no seu processo de harmonização interior, de deificação.
Na sua essência, a energia pensante possui os recursos divinos que deve exteriorizar.
Para tanto, à semelhança de uma semente, somente quando submetida à germinação faculta a eclosão dos seus extraordinários elementos, até então adormecidos ou mortos.
A morte da forma desata-¬lhe a vida latente.
A mente equilibrada comandará o corpo em harmonia e, nesse intercâmbio, surgirá a saúde ideal.

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« Responder #42 em: 12 de Novembro de 2019, 11:26 »
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20 A tragédia do cotidiano

Os conteúdos psicológicos do homem hodierno são de aturdimento, instabilidade emocional, insegurança pessoal, levando-¬o à perda do senso trágico.
Desestruturados pelos choques comportamentais e esmagados pelo volume das informações impossíveis de serem digeridas, as massas eliminam arquétipos ou os transferem para indivíduos imaturos portadores de fragilidade psicológica, aterrando-¬os, soterrando¬-os, na avalanche das necessidades mescladas com os conflitos existenciais.
Simultaneamente, desaparecem os mitos ancestrais individuais e a cultura devoradora investe contra os outros, os coletivos, deixando as criaturas desprotegidas das suas crenças, dos seus apoios psicológicos.
A fé cega substituída pela ditadura da razão, destruiu ou substituiu os mitos nos quais se sustentavam os homens, apresentando outros, igualmente frágeis, que novamente sofrem a agressão dos valores contemporâneos.
A consciência coletiva, herdeira do choque dos opostos, do ser e do não ser, da coragem e do medo, do homem e da mulher, não sobrevive sem a segurança mítica.
Os seus arquétipos, multimilenarmente estruturados na convicção mitológica, alternam a forma de sobrevivência, transferindo-¬se os mitos deificados, porém sobreviventes, na sua profundidade psicológica, a todos os golpes mortais que lhe foram desferidos através dos tempos.
Ressuscitam, não obstante, disfarçados em novos modelos, porém, ainda dominadores, prometendo glórias e castigos, prazeres e frustrações aos seus apaniguados, conforme o culto que deles recebam.
Assim, ao lado da violência que se espraia dominadora, vicejam religiões apressadas, salvadoras, na sua ingenuidade mítica, arrastando multidões desprevenidas e sem esclarecimento que, fracassadas, no contubérnio social, ali se refugiam, cultuando o paraíso eterno que lhes está reservado como prêmio ao sofrimento e ao desprezo de que se sentem objeto pela cultura consumista e desalmada.
A autorrealização pelo fanatismo mantém os bolsões da miséria sócio¬ econômica, por não trabalhar o idealismo latente no homem, a fim de que transforme os processos geradores da desgraça atual em realização pessoal e felicidade, na Terra, mesmo.
De certa maneira, o arrebanhar das multidões para as crenças salvadoras diminui, de alguma forma, o volume da violência, que irrompe, paralelamente, porquanto, sem o mito da salvação pela fé, toda essa potencialidade seria canalizada na direção da agressividade destruidora.
A agressividade salvacionista a que dá lugar, embora os prejuízos éticos e sociais que engendra, acalma os conteúdos psicológicos desviando os sujeitos dos crimes que poderiam cometer.
O mito da violência, por sua vez, nascido nos porões do submundo da miséria sócio econômico ¬moral e graças à eclosão das drogas em uso abusivo, engendra o símbolo da força, do poder, do estrelismo, no campeonato da aventura e da bravata, exibindo as heranças atávicas da animalidade primitiva ainda predominante no homem.
Toma¬-se pela força o que deveria ser dado pela fraternidade, através do equilíbrio da justiça social e dos deveres humanos, em solidário empenho pela promoção dos indivíduos, dignos de todos os direitos à vida que apenas alguns desfrutam.
A tragédia do cotidiano se apresenta nas mil faces da violência que se mescla ao comportamento geral, muitas vezes disfarçando¬-se até em formas de submissão rebelde e humildade¬ humilhante, que descarregam suas frustrações adquiridas ao lado dos mais fortes, no dorso desprotegido dos mais fracos.
Os conteúdos psicológicos, mantenedores do equilíbrio, fragmentam¬-se ao choque do cotidiano agitado e desestruturam o homem que se asselvaja, ou foge para a furna sombria da alienação, considerando-¬se incapaz de enfrentar a convivência difícil do grupo social, igualmente superficial, interesseiro, despreparado para a conjuntura vigente.
Graças a isso, os indivíduos fracassam ou enfermam, atritam ou debandam enquanto os crédulos ressuscitam os mitos das velhas crendices de males feitos, de perseguições da inveja, do ciúme e do despeito, ou arregimentam argumentos destituídos de lógica para explicarem as ocorrências malsucedidas, danosas...
Certamente, sucedem tais perseguições; busca-¬se o malfazer; campeiam as paixões inferiores que são pertinentes ao homem, ainda em estágio infantil da sua evolução, sem que seja mau.
A sua aparente maldade resulta dos instintos agressivos ainda não superados, que lhe predominam em a natureza animal, em detrimento da sua natureza espiritual.
Em toda e qualquer tragédia do cotidiano, ressaltam os componentes psicológicos encarregados da desestruturação do homem, nesse processo de individuação para adquirir uma consciência equilibrada, capaz de proporcionar-¬lhe paz, saúde, realização interior, gerando, no grupo social, o equilíbrio entre os contrários e a satisfação real da convivência não competitiva, no entanto cooperativa.

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« Responder #43 em: 12 de Novembro de 2019, 11:27 »
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21 O homem moderno

Buscando enganar a sua realidade mediante a própria fantasia, o homem moderno procura a projeção da imagem sem o apoio da consciência.
Evita a reflexão esclarecedora, que pode desalgemar dos problemas, e permanece em contínuas tentativas de negar¬-se, mascarando a sua individualidade.
O ego exerce predominância no seu comportamento e estereotipa fantasias que projeta no espelho da imaginação.
Irrealizado, porque fugindo do enfrentamento com o seu eu, transfere¬-se de aspirações e cuidados a cada novidade que depara pelo caminho.
Não dispõe de decisão para desmascarar o ego, por temer petrificar¬-se de horror, qual se aquele fosse uma nova Medusa, que Perseu, e apenas ele, venceu, somente porque a fez contemplar-¬se no escudo espelhado que lhe dera Atena...
Obviamente, esse espelho representa a consciência lúcida, que descobre e separa objetivamente o que é real daquilo que apenas parece.
Nesse sentido, o ego que vive e reincide nos conteúdos inconscientes, necessita de conscientizar-¬se, desidentificando¬-se dos seus resíduos emergentes.
O homem vive na área das percepções concretas e, ao mesmo tempo, das abstratas.
A cultura da arte faz que ele se porte, ora como observador, ora como observado
E ainda o observador que se observa, a fim de poder transformar os complexos ou conflitos inconscientes em conhecimentos que possa conduzir, senhor da sua realidade, dos seus atos.
Sua meta é poder sair da agitação, na qual se desgoverna, para observar-¬se, a distância, evitando o sofrimento macerador.
A este ato chamaremos a separação necessária entre o sujeito e o objeto,
Através da qual se observam os acontecimentos sem os sofrer de forma dilacerante,
Modificando o estado de ânimo angustiante para uma simples expressão do conhecimento,
Mediante a transferência da realidade que jaz no espírito para o exterior das formas e da emoção.
A reflexão constitui um admirável instrumento para o logro, apoiando¬-se na cultura e na realização artística, social, solidária, que desvela os mananciais de sentimento e de consciência humanos.
Jogado em um mundo exterior agressivo, no qual predominam a luta pela sobrevivência do corpo e a manutenção do status, o homem acumula conteúdos psíquicos não descartáveis nem digeríveis, avançando, apressado, para o stress, as neuroses, as alienações.
Acumula coisas e valores que não pode usar e teme perder, ampliando o campo do querer, mais pelo receio de possuir de forma insuficiente, sem dar¬-se conta da necessidade de viver bem consigo mesmo, com a família e os amigos, participando das maravilhosas concessões da vida que lhe estão ao alcance.
A mensagem de Jesus é uma oportuna advertência para essa busca insana, quando Ele recomenda que
“Não se ande, pois, ansioso pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã a si mesmo trará seu cuidado; ao dia bastam os seus próprios males”.
Comedir-¬se, agir com sensatez e tranquilidade, confiar nos próprios valores e nas possibilidades latentes são regras que vão ficando esquecidas, a prejuízo da harmonia pessoal dos indivíduos.
Os interesses competitivos postos em jogo, a aflição por vencer os outros, o sobrepor-¬se às demais pessoas desarticularam as propostas da vitória do homem sobre si mesmo, da sua realização interior, da sua harmonia diante dos problemas que enfrenta.
As linhas do comportamento alteradas, induzindo ao exterior, devem agora ser revisadas, sugerindo a conduta para o conhecimento dos valores reais, a redescoberta do sentido ético da existência, a busca da sua imortalidade.
Quando o homem moderno passar a considerar a própria imortalidade em face da experiência fugaz do soma, empreenderá a viagem plenificadora de trabalhar pelos projetos duradouros em detrimento das ilusões temporárias, observando o futuro e vivendo ¬o desde já, empenhado no programa da sua conscientização espiritual.
Nele se insculpirá, então, o modelo da realização em um ser integral, destituído do medo da vida e da morte, da sombra e da luz, do transitório e do permanente, da aparência e da realidade.

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Re: Série Psicológica - Joanna de Ângelis
« Responder #44 em: 26 de Novembro de 2019, 11:31 »
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Série Psicológica Joanna de Ângelis
Livro: O Homem Integral

22 Mecanismos de evasão

A larga infância psicológica das criaturas é dos mais graves problemas, na área do comportamento humano.
Habituada, a criança, a ter as suas necessidades e anseios resolvidos, imaturamente, pelos adultos — pais, educadores, familiares, amigos — ou atendidos pela violência do clã e da sociedade, nega-¬se a crescer, evitando as responsabilidades que enfrentará.
No primeiro caso, porque tudo lhe chega às mãos de forma fácil, dilata o período infantil, acreditando que a vida não passa de um joguete e o seu estágio egocêntrico deve permanecer, embora a mudança de identidade biológica, de que mal se dá conta.
Mimada, acomoda-¬se a exigir e ter, recusando¬-se o esforço bem dirigido para a construção de uma personalidade equilibrado, capaz de enfrentar os desafios da vida, que lhe chegam, a pouco e pouco.
Acreditando-¬se credora de todos os direitos, cria mecanismos inconscientes de evasão dos deveres, reagindo a eles pelas mais variadas como ridículas formas de atitude, nas quais demonstra a prevalência do período infantil.
No segundo caso, sentindo¬-se defraudada pelo que lhe foi oferecido com má vontade e azedume ou sistematicamente negado, a criança se transfere de uma para outra faixa etária, sem abandonar as sequelas da sua castração, buscando realizar os desejos sufocados, mas, vivos, quando lhe surja a oportunidade.
Em ambos acontecimentos, o desenvolvimento emocional não corresponde ao físico e ao intelectual, que não são afetados pelos fenômenos psicológicos da imaturidade.
Excepcionalmente, pode suceder que o alargamento do período infantil, por privação dos sentimentos e pelas angústias, produza distúrbios na saúde física como na mental, gerando dilacerações profundas, difíceis de sanadas.
Na generalidade, porém, o que sucede são as apresentações de adulto susceptível, medroso, instável, ciumento, que não superou a crise da infância, nela permanecendo sob conflitos lastimáveis.
As figuras domésticas representadas pelo pai e pela mãe permanecem em atividade emocional, no inconsciente, resolvendo os problemas ou atemorizando o indivíduo, que se refugia em mecanismos desculpistas para não lutar, mantendo-¬se distante de tudo quanto possa gerar decisão, envolvimento responsável, enfrentamento.
Fugindo das situações que exigem definição, parte para as formulações e comportamentos parasitas, buscando nas pessoas que considera fortes e são elegidas como seus heróis ou seus superiores, porquanto, tudo que elas empreendem se apresenta coroado de êxito.
Não se dá conta da luta que travam, das renúncias e sacrifícios que se impõem.
Esta parte, não lhe interessa, ficando propositadamente ignorada.
Como efeito cresce¬-lhe a área dos conflitos da personalidade, com predominância da autocompaixão, num esforço egoísta de receber carinho e assistência, sem a consciência da necessidade de retribuição.
Não lhe amadurecendo os sentimentos da solidariedade e do dever, crê¬-se merecedor de tudo, em detrimento do esforço de ser útil ao próximo e à comunidade, esquecendo-¬se das falsas necessidades para tornar-¬se elemento de produção em favor do bem geral.
Instável emocionalmente, ama como fuga, buscando apoio, e transfere para a pessoa querida as responsabilidades e preocupações que lhe são pertinentes, tornando o vínculo afetivo insuportável para o eleito.
Outras vezes, a imaturidade psicológica reage pela forma de violência, de agressividade, decorrentes dos caprichos infantis que a vida, no relacionamento social, não pode atender.
Uma peculiar insensibilidade emocional domina o indivíduo, que se desloca, por evasão psicológica, do ambiente e das pessoas com quem convive, poupando¬-se a aflições e somente considerando os próprios problemas, que o comovem, ante a frieza que exterioriza quando em relação aos sofrimentos do próximo.
O homem nasceu para a auto¬rrealização, e faz parte do grupo social no qual se encontra, a fim de promove-¬lo crescendo com ele.
Os problemas devem constituir-¬lhe meio de desenvolvimento, em razão de serem-¬lhe estímulos¬ desafios, sem os quais o tédio se lhe instalaria nos painéis da atividade, desmotivando¬-o para a luta.
Desse modo, são parte integrante da estruturação mental e emocional, responsáveis pelos esforços do próximo e do grupo em conjunto, para a sobrevivência de todos.
O solitário é prejuízo e dano na economia social, perturbando a coletividade.
Fatores que precedem ao berço, presentes na historiografia do homem, decorrentes das suas existências anteriores, situam-¬no, no curso dos renascimentos, em lares e junto aos pais de quem necessita, a fim de superar as dívidas, desenvolver os recursos que lhe são inerentes e lhe estão adormecidos, dando campo à fraternidade que deve viger em todos os seus atos. Assim, cumpre¬-lhe libertar¬-se da infância psicológica, mediante as terapias competentes, que o desalgemam dos condicionamentos perniciosos, ao mesmo tempo trabalhando-¬lhe a vontade, para assumir as responsabilidades que fazem parte de cada período do desenvolvimento físico e intelectual da vida.
Partindo de decisões mais simples, o exercício de ações responsáveis, nas quais o insucesso faz parte dos empreendimentos, o homem deve evitar os mecanismos de evasão, assim como as justificativas sem sentido, tais:
Não tenho culpa, não estou acostumado, nada comigo dá certo, aí ocultando a sua realidade de aprendiz, para evitar as outras tentativas que certamente se farão coroar de êxitos.
A experiência do triunfo é lograda através de sucessivos ei-¬los.
O acerto, nos primeiros tentames, não significa a segurança de continuados resultados positivos.
Em todas as áreas do comportamento estão presentes a glória e o fracasso, como expressões do mesmo empreendimento.
A fixação de qualquer aprendizagem dá-¬se mediante as tentativas frustradas ou não.
Assim, vencer o desafio é esforço que resulta da perseverança, da repetição, sem enfado nem cansaço.
Toda fuga psicológica contribui para a manutenção do medo da realidade, não levando a lugar algum.
Mediante sua usança, aumentam os receios de luta, complicam-¬se os mecanismos de subestima pessoal e desconsideração pelos próprios valores.
O homem, no entanto, possui recursos inesgotáveis que estão ao alcance do esforço pessoal.
Aquele que se demora somente na contemplação do que deve fazer, porém, não se anima a realiza-¬lo, perde excelente oportunidade de desvendar-¬se, desenvolvendo as capacidades adormecidas que o podem brindar com segurança e realização interior.
Todo o esforço a ser envidado, em favor da libertação dos mecanismos de fuga, contribui para apressar o equilíbrio emocional, o amadurecimento psicológico, de modo a assumir a sua humanidade, que é a característica definidora do indivíduo:
Sua memória, seus valores, seus atos, seu pensamento.
A fuga, portanto, consciente ou não, no comportamento psicológico, deve ser abolida, por incondizente com a lei do progresso, sob a qual todas as pessoas se encontram submetidas pela fatalidade da evolução.

....................................................
Série Psicológica Joanna de Ângelis
O Homem Integral
SEXTA PARTE
MATURIDADE PSICOLÓGICA
Médium: Divaldo Pereira Franco
ESPÍRITO: Joanna de Ângelis

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