E ia cada vez mais ficando contente pela minha recaída e os meus cada vez mais preocupados.
E eu tive...
Tive a intuição de minha partida...
E assim fui orando, meditando e agradecendo.
Fui preparando os meus, e dizendo-lhes palavras de calma e de suavidade compreensão.
Os amigos do Núcleo Espírita, vinham a mim e humildemente ouviam a minha simplória preleção de minhas reflexões.
E saiam me abraçando, agradecendo e extasiados...
Tudo o que eu recebi naquela Casa Espírita, eu pude lhes agradecer.
Meu Anjo, me fazia transferir a eles, meus amados visitantes, a importâncias das coisas que eu mesmo dizia a eles, intuído por este meu Anjo.
E assim as visitas à minha casa, eram-me e era a nós de uma imensa graça...
Falo da graça espiritual.
E chegou o meu dia...
Meu Anjo me acordou, e pediu que me levantasse.
E eu o vendo nitidamente, eu me levantei.
E o olhei e disse-lhe...
Já?
E ele sutilmente me respondeu com o olhar positivamente.
Eu olhei e vi o meu corpo deitado como a dias estava.
Derramei algumas lágrimas e fiz um oração aos que morrem recentemente,
Pedi por mim...
Pedi a Deus que cuidasse do meu espírito recém desencarnado.
Pedi ao Anjo da guarda daquele pobre homem que o amparasse nestes momentos de perturbação.
Pedi a Deus que tivesse misericórdia para com aquela recente alma desencarnada.
Pedi a Deus que contasse seus atos bons para os seus méritos e que o perdoasse de suas faltas cometidas.
Pedi aos bons Espíritos que relevassem a sua ignorância, pois que o conhecia e que ele seria dedicado e obediente,
Meu Anjo Amigo tocou em meus ombros e disse-me.
Vamos! O Espaço de Deus o aguarda, aqui é a nossa morada.
E me erguendo com o seu poder, levou-me...
Hoje ainda estudo as coisas do espírito e as coisas do espaço.
O universo nestes dois ângulos de realidade.
O Espiritual e o material.
E cada vez mais sou um apaixonado.
E de pensar que um programa na TV sobre o espaço sideral e um livro emprestado sobre a vida dos espíritos...
Reendereçaram todos os meus passos do meu viver.
E o meu olhar, mesmo tarde em idade, brilhou mais nitidamente para as coisas das minhas tardes.
E graças a Deus, eu sou feliz.
Sim! Há muito a fazer e a conquistar.
Mas sou feliz pelo bem que me empenhei.
Agradeço este momento mágico.
Poder expor estas minhas linhas
Eu agradeço imensamente...
Graças a Deus!


Espírito: Joaquim Marcos.
Médium: Moisés de Cerqueira Pereira.

Destes dias, o medo veio-me nitidamente.
À frente, a certeza da morte
Aos lados, companhias assustadas.
Às costas, a covardia anunciada
Comandando, a voz destemida.
Ergue o braço, o silêncio reina.
Olha ao todo em um único olhar.
Cavalos dominados.
Mosquetes e espadas.
Fardas suadas.
Gritos abafados.
O inimigo certo em combate
O esperar de um tempo calculado.
O sol prefere um lado.
Havia fome e medo.
Mas a multidão exposta.
Ao cair, cairia os não levantados.
Ergue a voz do comando.
Discursa resmungos insultados.
Estatura alta em cavalo montado.
Era uma a mais seguida das batalhas.
Carnes humanas já cortadas.
Dias e dias avançando na estratégia.
Não era mais uma vitória.
Poderia ser, seria o poder.
Ergueu-se a bandeira quando abaixa o braço.
Uma pausa e segue-se em caminhada.
Não se corre, não se lança.
Lanças e pólvoras empunhadas.
Inimigo não contava com os passos.
Tudo era loucura atinada.
Trote lento.
Ritmo conquistado.
Demora-se e se recompõe.
Inimigo instalado.
Desvio, terreno acidentado.
Volta-se a artilharia.
Havia entre todos nós um breve espaço
Grupos distanciados.
Pelotões enamorados.
Marchavam continuados.
A tarde era mais rápida
E a noite traria desvantagem.
Mas a desvantagem era prova.
Provar o sabor amargo.
Passos avançados.
Inimigo parado.
Aguardando o sinal.
O sinal de quem seria atacador.
Dor...
Dor percorria o órgão da angústia.
Coração acelerado.
Caiam se as distancias separatistas
Acordos já haviam rasgados.
Era o nome temido...
Adiante seu silêncio já triunfava.
Guiado por gênios invisíveis.
Sua loucura santa reinava.
Não gritava.
Intimava.
Mãos na cintura...
Sinuosa ação com as mãos.
Tudo para.
No fronte, se está cara a cara.
Dois mutirões de soldados.
Cores e dores misturados.
Restavam dois tempos.
Duas pedras lançadas.
Lanças, arcos e tiros aguardados.
Cartas avistadas.
Mãos erguidas...
Gritos ecoam em aviso últimos.
Onde estaria a batalha?
Pessoalmente abaixa as armas.
Havia destreza nas duas mãos.
Quem diria Napoleão!
Era visto em imponente posição.
Não havia lado esperado.
Eu estava no inimigo aguardado.
Rasgam-se as propostas.
Não se entrega a esperança.
Planos! Sempre os planos.
Coisas imediatas.
Olhares crespados...
O som de muitos corações.
O desejo de matar...
Nunca ser morto...
Viver e viver, lá ele gritava.
Cai com a sua mão a postura de sua espada.
Mas ela ponta firme aos céus.
Dá um sinal inesperado.
Soam-se fracos tamboretes
Sobem-se a eles em estaturas...
Desce de seu cavalo...
Suja as mãos na terra.
Volta a montar...
Cavalga lentamente sem resistência
A batalha vai começar...
Dividem-se ao meio.
Aquele imenso esquadrão começa a se multiplicar
O vencedor atrai voluntários.
É o mundo dos homens maus.
Nem o aço, nem a pólvora.
A mente era o tempo.
E certo que venceria...
Montado a cada passo de retorno
Avança seu exército.
Só nos resta lutar...
Morte certa.
Mas ainda se pode matar.
Desce a guerra.
Em sua mais cruenta ação.
Gostam de decepar.
Arrancar braços,
Furam olhos.
Decepam músculos.
Atacam sincronizados.
Atiram escoltados.
Fulminam nossas gentes.
Um silencio calculado.
Apenas os estalos metais ...
E assustam surpresas em gritos
Nova ataque...
O bando avança sobrepondo.
Eram diabos mortais.
Atropelam a nossa resistência.
Piratas terrenos, pisam no chão.
Balas de canhão...
Cavalos assassinos.
E agora!
A morte me era certa...
Mas prisioneiro me tornei.
Depois abandonado a sorte.
Havia mais terras para a sua força.
Cai desiludido.
Minha honra não defendida.
Esquálido acunhado.
Só me restou...
No resto da batalha
Também morrer.
..

Espírito: Um Soldado Ante Napoleão
Médium: Moisés de Cerqueira Pereira

Mas são verdadeiras estas impressões que deixo.
A luz deste dia, me cegou a visão...
Mas eu já não via, pois nas trevas imensas eu vivia.
E eu me arrependia, e eu cometia novos desatinos.
Este mundo dos condenados de onde eu vim...
Não inventei nada, sofri tudo.
Mas...
Estas preces ditas aos criminosos...
Sou eu!
Sou eu!
Eu sou um criminoso.
Eu sou um assassino.
Sou eu!
Sou eu!
Meu Deus!
Alguém se lembrou de mim!
Como lembrar de um desconhecido?
Como orar para quem foi um perigo?
Por que orar por nós?
Sei que aqui estou, sei que aqui estou...
Não sei o que será de mim.
Não sei o que será de mim.
Um mundo diferente do meu, do meu que sai.
Mas dizem-me estas pessoas iluminadas que o mundo é o mesmo.
Dizem que a região que vivi está próxima.
Dizem que eu padecia a ausência de Deus.
Mas de Deus eu nada conhecia.
Conheci do crime, do matar e do meu morrer.
Hoje eu vim aqui.
Antes as orações lá iam.
E lá nos visitavam.
E agora?
O que será de mim?
Me pedem para ir, para acompanhar.
Eu me sinto pesado como uma rocha.
Me sinto mal cheiroso.
Me sinto feridento.
Me sinto apodrecido.
Mas, mas me dizem que isto passará.
Que serei aliviado e que nova etapa irá iniciar.
Como é bom não ter perseguições.
Como é bom sentir a força deste sol me escurecendo as vistas.
Como é bom sentir preces e ouvir alguém falando.
Falando sem proferir ofensas ou usar o poder da palavra para poder agredir.
Eu devo seguir.
Vão me levar.
Tudo, me dizem, terá uma nova etapa...
Eu sou um farrapo de alma.
Sou um imprestável, sou um verme assassino.
Sou um monstro...
Mas...
Mas...
Mas dizem que sou de Deus!
Então que eu esqueça de mim mesmo.
Então que eu vá!
...
Graças a Deus!

Espírito: Um Espírito criminoso.
Médium: Moisés de Cerqueira Pereira.

Ele não a perdoou, por isso a persegue tentando infelicitá-la e enlouquecê-la, já que, como ele mesmo falou, quando ela se emancipa, eles se encontram e se engalfinham, remoendo todo o passado.
Ela o percebe durante a vigília e sente receio da sua presença, por isso já observastes que ela luta contra o sono, na tentativa de adiar esses encontros.
No entanto, é chegado o momento da libertação desses Espíritos;
O pedido a Deus que familiares e amigos têm feito em favor daqueles por quem tiveram afeição, será atendido, a fim de que possam perceber as novas oportunidades que Deus lhes apresenta.
O Espírito do vosso familiar, Sr. A. (o seu Gaúcho), busca prestar auxílio, pois vendo a situação daquele que fora seu conhecido em vida, se esforça para ajudá-lo.
Ele inspira ao Sr. M. a ideia de estreitar laços com a sua mãe, já que esse é um meio de auxiliar a ambos.
O Espírito de Francisco tem sofrido bastante, e está cansado de percorrer o caminho tomado, mas ainda tem dificuldades de ver novos horizontes.
Segui confiantes, meus amigos, nós secundaremos vossos esforços."

Albert
(Psicografada em 09 de março de 2020.)

"Na sessão seguinte evocamos o Espírito obsessor da minha mãe, e o médium por quem o Espírito se comunicou percebeu que se tratava do falecido esposo dela.
Eu não o percebi, mas notei a presença do Espírito de meu avô, conhecido na cidade como 'seu Gaúcho', falecido há seis anos, e que era conhecido de Francisco.
Meu avô era um homem benevolente, médium curador, estava sempre disposto a ajudar as pessoas que o buscavam.
Ele havia trabalhado junto com Francisco, quando ambos estavam vivos.
Talvez tenha sido por isso que ela estava presente naquela sessão.”
O Espírito do Sr. Francisco foi evocado algumas vezes, mas estava muito difícil levá-lo a melhores sentimentos, porque a Sra. Luiza, embora católica, não estava disposta a estender a mão àquele com quem vinha se digladiando há décadas.

Intervenção dos Espíritos familiares na cura da obsessão

Numa das sessões foi ditada, pelo Espírito da mãe da Sra. Luiza, a seguinte comunicação espontânea endereçada à sua filha:

"Minha filha, venho apelar ao seu coração de mãe, e afirmo em nome de Deus que estou viva, e bem viva, mais viva mesmo do que quando estava no corpo, porque agora posso ver mais longe e mais claro.
Acredite, minha filha, o castigo espera aqueles que maltratam seus irmãos, filhos do mesmo Criador,
E eu já amarguei muito desde que tive que prestar contas das minhas faltas,
Por isso Deus permite que eu venha lhe dizer que coloque a mão na consciência e busque pedir a Deus que perdoe suas faltas,
E busque desculpar-se com aqueles que guardam mágoa de você.
Peça também a Deus que lhe dê forças para perdoar todos aqueles que lhe ofenderam, e faça isso com o coração aberto,
Porque a Deus ninguém engana, minha filha.
Não imagine que você foi ou é vítima de injustiças da parte de Deus, que é um Pai justo e bom.
Jesus, o mestre dos cristãos, como você sabe, disse:
'A cada um será dado conforme suas obras'.
 E assim é a justiça de nosso bom Deus.
Nenhum dos nossos familiares está no corpo pela primeira vez;
Todos já estivemos várias vezes no palco do mundo, e se hoje muitos amargam duras penas, não é porque foram boas pessoas em outros tempos;
Pelo contrário, muitos infringiram as leis de Deus e maltrataram o próximo.
Deus quer que seus filhos se amem, não que se maltratem e se destruam.
Aconselho que faça um esforço e peça perdão, de coração, pelos procedimentos que teve com Francisco, e peça a Deus que o perdoe também.
É preciso, minha filha, confie em Deus, em Jesus, e seja realmente forte, não da força física, que logo se termina com o corpo,
Mas da força da alma que, como Jesus, sabe perdoar.
Tenho tentado falar com você enquanto dorme, mas você quase não me ouve, porque muitas vezes investe contra esse pobre infeliz e depois acorda cansada.
Ore antes de dormir, peça a Deus para estar com seu Anjo da guarda, e verá que seu coração vai se acalmar e seu corpo ficará mais fortalecido."
Sua mãe, C.

(Psicografada em 11 de março de 2020.)

Uma outra comunicação foi ditada pelo Espírito do Sr. A. (seu Gaúcho), dirigida ao Espírito de Francisco, para que fosse lida para ele quando fosse evocado novamente.
Nós a reproduzimos aqui integralmente, tal como foi ditada:

"Chico, meu amigo,
Eu aqui estou pedindo que você me escute, como sempre eu o escutei quando você me contava todas as barbaridades que te aconteciam.
Lembra o que eu lhe falava?
Que era preciso ter paciência e enfrentar as dificuldades, sem esmorecer.
Eu contei que também passava por dificuldades muito parecidas com as que você estava passando, mas nunca perdia a calma, porque confiava em Deus.
Quantas vezes lhe falei do vício que lhe consumia as forças, e aconselhei que se conservasse sóbrio, e todos o respeitariam?
Lembra que falei que a sua companheira tinha as ideias fracas, que beirava a loucura?
Lembra que eu falava isso?
Falava isso por experiência própria, porque era o que também acontecia com a mãe dos meus filhos.
Hoje eu quero lhe dizer que você me ajudou muito, quando trabalhamos juntos; eu o conheci bem e sei que você é um homem de valor.

“_ Sempre espero o seu momento.
Não me imponho a que fazes.
Mas me empenho ao que faço.
Ouvi e correspondo já existe um bom tempo.
Ouço as vozes daqueles que me correspondo em minhas atividades.
Como ouves daqueles com quem te envolves.
O nosso mundo é um constante trabalhar.
Mesmo o laser é um trabalho santo de recuperação;
Há missões que requer certas disciplinas e dedicações que muito vos pareçam exaustas.
Mas, cada Espírito possui o seu potencial...
Potencial sim, pois também envolve os recursos dos que a ele se envolvem.
E assim, retornando ao meu propósito.
Dialogo-te nesta nossa atividade
Ouvi as dores daquela menina,
Criança desencarnada, frustrada e desamparada.
Atendo-lhe num percurso e envolvida estamos com muitos amigos.
E transcrevo a mim o que colhi de perfume desta vida que nos foi confiada.
Acompanhei aquele rebelde homem, também desencarnado, em sua obstinada teimosia.
Fomos ao seu encontro propondo-lhe renovação.
Ouvimos e assistimos as suas razões.
A boa atenção tudo modifica.
O trabalho de atenção exige seriedade.
Confiante ouço-lhes as reclamações.
Olho adiante e mostro-lhe a nossa elevação.
Recolho-me e também transcrevo o assunto em dedicada escrituração.
Vejo o drama psíquico daquela mulher confusa.
Resguardo-me de sua vida encarnada não me atrever.
Recolhe-se sua alma em atividades psíquicas.
Terapias que buscam as causas de tantas dores.
O Poder do “Senhor” na assistência dos nossos superiores.
Seguem-se os dias, seus sonhos perturbados.
Seu entender um caos mal explicado.
Brota-lhe a casuística razão.
É o mesmo, aquele velho soldado...
O mesmo Espírito já envolvido em outra questão.
As teias, os laços, tramas envolventes atacando as emoções.
Seus sonos, fugas e perseguições.
A atividade mental consoladora.
Surge a mim novas páginas por esta ação.
Transcrevo novo conto, peço também orientação.
Chamados somos a um socorro obsessivo.
Forças minam aquele que deseja pôr-se nas ações do próprio fim.
A Deus rogamo-nos em preces.
Poder ser amparo e compreender a fundo a questão
De onde veio esta alma atuando na obsessão?
Antigo enamorado possessivo...
Viciada alma em sugar forças sensuais para a sua satisfação.
Dominava-lhe em exploração mistificada.
Inebriada em vícios de suas próprias e loucas ações.
Hoje encontrada pelas brechas dos descuidados.
Espírito violento, afastado das luzes.
Carreiam com outros sendo o próprio grupo da destruição.
Remédios, médicos, terapias e amigos em ação.
Vida física e espiritual em junção.
Novos dramas e tramas para um permitida composição.
Letras escuras, traços amargos.
Imagens escritas, buscando levar uma parte da compreensão.
Segue-se acompanhando.
Anos a fio auxiliando...
Consequências amargas, cicatrizes da depressão.
Também existe derrotas...
O livre arbítrio em desatenção.
Registros guardados para uma nova observação.
Mas existem também flores e perfumes
Existem cores e alegrias.
Também nos vem a própria reflexão.
Somam-se as escritas folhas, passam-se os anos.
Aprende-se perceber, talha-se o comunicar.
Chego suavemente e aguardo o tempo de me aproximar.
Toque-lhe a mente, toco-lhe as costas.
Nem sempre nos é possível,
Mas no possível.
Existe trabalho a realizar,
Há outras entrevistas, que são o próprio entrevistado a lhe ditar.
Vozes da história, como passadas vidas.
Trocam-se importâncias.
Prevalece a bela lição que a emoção faz brotar.
Análises psíquicas, observações comuns.
Estudiosos de almas...
Pensadores elevados que nos emprestam seus pensar.
E se vão as manhãs, e as tardes.
Quando e onde houver oportunidade, vais dedicar.
Nem tudo se faz nas folhas e ou nos arquivos em branco,
Salva-se também as inspirações.
Nuances destes Espíritos que está a falar.
Carreiam desejos, mas nem todos vão acreditar.
Que aumente a busca, nós também temos o que buscar.
Alia-se aos estudos, abre-se a mente...
Afinidade também é trabalhar.
Faça-se as orações...
Eleve o pensamento.
Que penetre de momento o que se tem quer mostrar.
O auxílio ao bem é o bem a auxiliar.
Houvesse mais a dedicar!
E haverá, mas este tempo chega pois tem que chegar.
Façamos a nossa ação.
Seguimos o nosso corresponder.
Juntemos as nossas páginas
Conversemos com o além
E o além sempre há de se aproximar.
Dadas as devidas graças a Deus.
Para que Deus nos permita trabalhar.
Deixe as folhas soltas, deixe os contos voar.
Deixe fluir, evoluir, corrigir e aprender usar.
Os tempos são de consolar,
Consolar também é trabalhar.
Assim que estou, não me empenho por demonstrar.
Deixo-me na sutilidade me apanhar.
Pois o que apanhas são palavras e pensamentos a registrar.
Avancemos nós.
O viver traz seus novos padrões.
Nem tudo é sonho a realizar.
Deixemos seguir, fluir e estar.
Avancemos juntos...
Permitido nos será, conforme o trabalho ser o próprio dedicar.
Assim seja
Assim será.
Graças a Deus!"

Espírito: Amiga Cuidadora.
Médium: Moisés de Cerqueira Pereira

Tenho passado uma vida um pouco preocupante.
De uma certa forma não uma vida, mas um viver.
De início não entendi bem a minha morte,
Não que eu levasse uma vida assim tão responsável.
Não, pois eu não era tão responsável como eu deveria ser.
Eu vivia por viver, e gostava das aventuras radicais.
E destas aventuras eu era usuário de certas substâncias.
Este viver passou a ser o meu barato.
Viajar, caminhar, sair com a turma, mas ainda assim curtir uns momentos dedicados ao que eu compreendo ser hoje um vício.
Não havia exageros continuados, conforme eu pensava e agia,
Mas houve sim, houve períodos de extremo exagero.
Eu me sentia livre, e a liberdade era o meu foco.
Esta liberdade de causar inveja.
O mundo para mim era um imenso campo de aventuras.
Alguns diziam-me que eu era a pessoa que verdadeiramente vivia bem.
Estudei e fiz uma graduação reconhecida.
Mas aquela graduação eu pouco me importava a ela.
Possuía uma família bem de vida, e eles possuíam bens que me propiciavam estas aventuras.
Percorri o mundo, as vezes com uma prancha na mão, outras vezes com um paraquedas...
Como também várias outras aventuras.
Buscava lugares magníficos para ver e contemplar e também para ter o meu momento de curtição própria.
Foram sim, as drogas que me consumiram.
Aquilo me era comum, eu era uma pessoa livre e pouca ou nada devia a ninguém.
Pela desnecessidade do trabalho que eu me achava e que a família me condicionava,
Fui sendo sustentado neste meu viver e neste meu proceder.
Para todos eu era um cara legal.
E realmente eu era, não era dado a brigas e nem a confusões.
E os meus relacionamentos eram leves como a brisa que eu curtia.
Mas, estes males leves que eu praticava, esta minha certa ociosidade e esta minha despreocupação coma as coisas da vida...
Deram-me um status verdadeiramente de indiferente.
E passei a aumentar as minhas viagens de aventuras e a dedicar-me diariamente aos meus vícios controlados.
Belas expressões usamos; vícios controlados,
Para fugir de nossas reais responsabilidades para com a vida.
Já jovem iniciei-me a estas andanças...
O poder familiar me permitia.
Creio que meus pais me davam esta liberdade, para compensaram a vida que eles viviam...
Também eu entendo agora que eles eram desleixados...
O dinheiro que possuíam, eram sim um grande tapete, onde os valores e as responsabilidades, pelo dinheiro eram encobertos.
E assim, com esta facilidade, busquei um motivo para encobrir os meus vícios e a minha vida fácil...
Pude percorrer boa parte do mundo, ver grandes festivais e também participar de alguns outros.
Também me gabava de poder assistir a grandes shows fenomenais de artistas consagrados, não que isto fosse um erro moral...
É que esta adrenalina nada promovia ao meu espírito, nada eu acrescia,
Eu tenho que dizer estas coisas, porque foi assim a minha vida.
Eu tinha que estar distante de mim mesmo e me compensava pelo uso de coisas nada legais a saúde do corpo e da mente.
Nos meus romances, minhas garotas curtiam-me até um certo ponto, pois salvo o dinheiro que me chegava, eu mesmo não lhes oferecia nada...
Eu não dava segurança e pouco me importava em dar.
Creio que eu não tinha raízes próprias, não possuía uma dignidade pessoal para com o meu viver.
O tédio de minhas irresponsabilidades me eram compensados pelas viagens e pelas forças exuberantes da natureza que fazia e que via...
E assim eu vim a definir-me...
Um estrangulamento tirou-me a vida.
Devo chamar de estrangulamento, pois os vícios me estrangularam.
E estas doses e curtições de baladas eram a mim, o meu ritual religioso.
Tive uma vida de sombra e água fresca...
Mas o ataque foi-me fulminante e eu perdi a vida em uma crise interna num ambiente onde todos riam...
Eu já possuía bem mais de quarenta anos...
E desencarnado, morto para a vida, passei a viver as primeiras aflições.
Despertei desta minha crise que me levou a morte alguns dias depois.
Com este meu vício, como disse, supostamente controlado...
Eu realmente ficava dias deitado até que eu recuperasse o equilíbrio necessário para viver as minhas aventuras.
Eu tinha apenas pais sustentadores e o dinheiro caia em minha conta, merecesse ou não, a quantia estava lá.
E desperto depois desta crise com as drogas, e de pois de morto...
Fui viver a minha confusa conscientização.
Surgiram novos personagens ao meu redor.
Pessoas estranhas a mim, mas que demostravam conhecimento sobre a minha pessoa.
Passei a acompanhá-los devido a esta estranheza comportamental que eu sentia.
Parecia-me que eu estava sempre drogado, e que fui levado a algum lugar estranho pelos amigos e eu não tinha percebido.
Entreguei-me assim a uma certa crise que havia me ocorrido, e imaginava que logo os meus amigos e ou conhecidos viriam me encontrar.
Mas o tempo foi passando e as coisas em minha mente tornavam-se mais estranhas.
Aquelas companhias me eram amigas, mas tinham assuntos e interesses estranhos aos meus entendimentos.
Saíamos em grupo e sempre estávamos envolvidos com as alegrias de outros grupos.
Seus assuntos é que me eram estranhos.
E eu passei a sentir-me sempre mais estranho...
Até que em meio a este transe que nunca se passava, comecei a ser instruído por uma destas pessoas, digo pessoas mortas como eu, sobre o que realmente havia acontecido comigo.
Não havia interesses em me esclarecerem, pois estes assuntos da vida e da morte pouco os interessavam.
Pois viviam por viver e eram na verdade um bando de livres Espíritos, mas ao mesmo tempo éramos um bando de arruaceiros.
Eu comecei a perceber que eu não tinha forças para resisti-los, eu estava envolvido a eles e não havia forma de questionar qualquer razão específica,
Pois o meu estado, era de um constante drogado, vivia entorpecido, não havia em meus pensamentos clareza e nem firmeza.
Mas conforme o tempo passava, eu vinha adquirindo uma certa percepção das coisas, e a minha agilidade mental e de locomoção também se acentuaram.
E tornei-me mais interessado em desvendar este meu mistério.
Até que verdadeiramente fui esclarecido de minha morte.
E esta verdade me deu um verdadeiro choque, no que eu fui levado por estes companheiro em conta de objeto de riso.
Aquelas estranhos, na verdade haviam me arrastado ao seu bando.
E nele, neste bando, iniciei-me meus primeiros passos na vida de espírito.
E doeu-me profundamente em descobrir-me uma pessoa morta.
E com este esclarecimento, se é que posso chamar de esclarecimento, todas as coisas que eu estava passando tornaram-se mais claras.
A minha morte, o meu apagão consciencial e este meu envolvimento com este bando que me acolhera sem restrições.
Então esta era a verdade, a minha própria verdade...
Não soube definitivamente o que ocorreu aos meus familiares quando do período da minha morte.
E este meu envolvimento com este grupo, deu-me um imenso tempo perdido.
Não imaginaria que eu viveria completamente entorpecido e incompreendido das minhas próprias realidades.
E uma cobrança passou-se a povoar a minha mente.
Vivo ou morto, já nem sabia mais o que dizer.
Eu continuei sendo envolvido por aquele bando por um período até grande.
Passaram-se algumas décadas e ainda assim meu estado perturbativo ainda permanecia,
Viver sem ter respostas e entendimentos é como estar em pleno mar em um pequeno barco, sem bússola e sem remo.

Ficava dias e dias agachado ou deitado, retorcendo de dores.
E eu parecia um animal ferido, e todo aquele prazer que eu vivi e vivia, não mais me dava satisfação.
Na verdade, nunca houve satisfação.
E passei a me arrastar entre este solo que antes até flutuar eu flutuava.
Um peso imenso se instalou em meu corpo, e numerosas chagas surgiam em mim a cada novo momento.
Era como se eu estive apodrecendo.
Passei um período longo sem ver o meu avô.
Fiquei completamente abandonado.
Do bando que eu seguia, não ficou ninguém ao meu lado.
Sentiam até medo das coisas que me acontecia,
Imagino eu, que imaginavam que eu possuía alguma doença que os contagiaria.
Novos sofrimentos vieram.
Novas torturas.
Verdadeiro inferno povoou a minha mente.
Arrastava-me como um invertebrado...
Eu parecia um verme...
Passava tempos sem ter contato com alguém.
E quando, por acaso, algum outro Espírito cruzava o meu caminho, eu não podia esperar boas coisas.
Verdades sejam ditas, há uma imensa forma de abusos que acontecem deste lado...
Eu era um trapo humano, e os Espíritos que povoam este mundo que eu padecia, não possuíam caridade.
Mas eu também não possuía.
Me arrastando, me escondendo, alquebrado e sofrido.
Meu corpo estava em um estado deplorável...
Parecia que eu estava vivo, pois muitas mazelas me ocorreram.
Tornei-me um rejeitado.
Quando eu encontrava um outro Espírito como eu, o que havia era uma completa degradação moral.
Nos agredíamos instantaneamente, e disputávamos um ódio sem causa...
E depois, como que vencidos, nos separávamos...
Mas cada vez mais, mais almas decaidas eu encontrava...
Até que tudo tornou-se um Inferno local.
Verdadeiros Espíritos apodrecidos ali reunidos....
O que fazer?
Como poder viver?
Não havia esperança e muito menos auxílio.
Com um esforço, dei-me arrastar-me, buscando um direção oposta a esta massa de desterrados.
Mas ainda não havia Deus em minha mente.
Eu sentia falta da minha indiferente vida...
Eu sentia falta de meu modo de viver...
Eu fazia alguns ensaios de emancipação deste mundo em que eu estava.
Mas logo alguém me grudava ou eu grudava neste novo alguém...
E surgia uma disputa ao nada.
O que eu queria?
Eu não sei!
Queria voltar as coisas deixadas...
Este foi o meu pagamento a esta bondade da divina Providência.
Tirou-se de mim tudo o que eu possuía.
Toda a minha boa vida,
Todas as minhas drogas,
Todas as minhas indiferenças,
Todas as minhas irresponsabilidades,
Todas as minhas luxurias,
Todos as minhas promiscuidades,
Todas as minhas alegrias,
Tiraram-me tudo neste poder da degradação que eu me envolvi.
E lá estava eu...
Um verme rastejante,
Uma coisa imoral e sem inteligência.
Parecia que voltei aos tempos primeiros da formação de um Espírito.
Ou quem sabe de uma vida.
Ou ainda a minha própria pré história...
Até que,
Despertei anos depois, em um Núcleo de socorro.
Sempre distante estava o meu avô.
Sempre distante...
Talvez eu tenha destruído não sua riqueza, mas a minha própria oportunidade.
Passei a receber instruções sobre a vida e a economia divina sobre o existir.
A cada aula, eu me erguia em entendimento e em coragem.
A minha vergonha era imensa.
Havia sim, não somente nesta última vida de encarnado,
Mas havia desperdiçado muitas vidas seguidas.
Viver, curtir e morrer.
Viver, abusar e morrer.
Viver e nada construir de bom.
Depois passei a percorrer certos encontros com o Espírito que havia sido o meu avô.
Aprendi muito sobre a vida.
Mas aprendi novamente, e isto me envergonhava.
Minha vida estava reprogramada para mais um retorno a carne.
Sim, reprogramada, pois tudo em mim, não passava de mais uma oportunidade divina.
Minha família carnal, será um grupo de pessoas ao qual eu sou um diferente.
Talvez receba novamente a indiferença.
Provável que receberei.
A forma que retornarei, não me será muito favorável.
Meu corpo, terá as sequelas destas minhas seguidas indiferenças.
O estudo para mim, será algo muito difícil de acontecer.
E poder seguir qualquer bando que seja, não me será possível.
A solidão, nem ela me será companhia.
Visto que muitas vezes carecemos estar só, moralmente falando.
Das riquezas vividas, aos mundo dos desafortunados.
Das belezas físicas, as torturas das deficiências.
Das ativas personalidades que eu possuía, o medo será o meu anjo de guarda.
E do mundo que conheci, talvez eu tenha alguma parede que me defenda dos intempéries da vida.
Descreditado serei, pois que nunca usei do poder do crédito que me foi concedido.
De minhas conversas fáceis e sedutoras, se conseguir, os sinais me serão emprestados aprender para a minha comunicação.
Do bronze em minha pele, as alergias me visitarão.
Dos olhares altivos e sorridentes...
O que será que serão?
Quis apenas conversar.
Conversar e ser ouvido...
Não quis passar nenhuma lição e nem pretendo.
Quis desabafar com um estranho...
Um estranho, que cruzei o caminho oferecido, e amanhã eu nunca mais verei.
Os dias que surgirão, trarão as poeiras suficientemente precisas para enterrar este encontro.
Pois se eu esqueci de mim, por ter sido também esquecido pelos meus pais...
Talvez eu tenha uma obrigação moral de estender a minha mão para pedir nas ruas alguns trocados...
E por esta necessidade, reimplantar em mim a expressão que eu sempre rejeitei.
“Pelo amor de Deus!”
Ainda choro de muito constrangimento.
Não fui capaz de construir um fio de progresso.
Sai de minha condição primitiva, se assim posso dizer, e não soube ser grato ao meu próprio direito de raciocinar.
Amanhã ouvirei sermões sem poder frequentar templos.
O Mundo estará mais afinado com a lei da reencarnação.
E eu serei alvo de toda e qualquer especulação.
E terei dificuldades de corresponder a estas indiferenças que me chegarão.
Mas...
Conversar,
Foi bom para mim.
Revi o filme de minha vida e adentrei alguns espaços a mais.
Agradeço!
Orem por mim!
“Pelo amor de Deus!”
Graças a Deus!

Espírito: Julinho
Médium: Moisés de Cerqueira Pereira.