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  • Visão Espírita da Páscoa

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Autor Tópico: Visão Espírita da Páscoa  (Lida 9408 vezes)

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Offline Marianna

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Visão Espírita da Páscoa
« em: 17 de Março de 2013, 17:57 »
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Visão Espírita da Páscoa


  Eis-nos, uma vez mais, às vésperas de mais uma Páscoa. Nosso pensamento e nossa emoção, ambos cristãos, manifestam nossa sensibilidade psíquica.
 
Deixando de lado o apelo comercial da data, e o caráter de festividade familiar, a exemplo do Natal, nossa atenção e consciência espíritas requerem uma explicação plausível do significado da data e de sua representação perante o contexto filosófico-científico-moral da Doutrina Espírita.
 
  Deve-se comemorar a Páscoa?
  Que tipo de celebração, evento ou homenagem é permitida nas instituições espíritas?
  Como o Espiritismo visualiza o acontecimento da paixão, crucificação, morte e ressurreição de Jesus?
 
Em linhas gerais, as instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam situações específicas para “marcar” a data, como fazem as demais religiões ou filosofias “cristãs”.

  Todavia, o sentimento de religiosidade que é particular de cada ser-Espírito, é, pela Doutrina Espírita, respeitado, de modo que qualquer manifestação pessoal ou, mesmo, coletiva, acerca da Páscoa não é proibida, nem desaconselhada.
 
O certo é que a figura de Jesus assume posição privilegiada no contexto espírita, dizendo-se, inclusive, que a moral de Jesus serve de base para a moral do Espiritismo.
 
  Assim, como as pessoas, via de regra, são lembradas, em nossa cultura, pelo que fizeram e reverenciadas nas datas principais de sua existência corpórea (nascimento e morte), é absolutamente comum e verdadeiro lembrarmo-nos das pessoas que nos são caras ou importantes nestas datas.
 
Não há, francamente, nenhum mal nisso.
 
—   Mas, como o Espiritismo não tem:
 
  Rituais,
  Dogmas,
  Liturgias,
  Ou sacramentos...
 
... A forma de encarar a Páscoa (ou a Natividade) de Jesus, assume uma conotação bastante peculiar. Antes de mencionarmos a significação espírita da Páscoa, faz-se necessário buscar, no tempo, na História da Humanidade, as referências ao acontecimento.
 
  A Páscoa, primeiramente, não é, de maneira inicial, relacionada ao martírio e sacrifício de Jesus.
 
Veja-se, por exemplo, no Evangelho de Lucas (cap. 22, versículos 15 e 16), a menção, do próprio Cristo, ao evento:
—   “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão. Porque vos declaro que não tornarei a comer, até que ela se cumpra no Reino de Deus.”
 
  Evidente, aí, a referência de que a Páscoa já era uma “comemoração”, na época de Jesus, uma festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi “aproveitar-se” do sentido da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o à “imolação” de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos.
 
Historicamente, a Páscoa é a junção de duas festividades muito antigas, comuns entre os povos primitivos, e alimentada pelos judeus, à época de Jesus. Fala-se do “pesah”, uma dança cultural, representando a vida dos povos nômades, numa fase em que a vinculação à terra (com a noção de propriedade) ainda não era flagrante.
 
  Também estava associada à “festa dos ázimos”, uma homenagem que os agricultores sedentários faziam às divindades, em razão do início da época da colheita do trigo, agradecendo aos Céus, pela fartura da produção agrícola, da qual saciavam a fome de suas famílias, e propiciavam as trocas nos mercados da época.
 
Ambas eram comemoradas no mês de abril (nisan) e, a partir do evento bíblico denominado “êxodo” (fuga do povo hebreu do Egito), em torno de 1441 a.C., passaram a ser reverenciadas juntas.





« Última modificação: 22 de Novembro de 2013, 16:23 by Marianna »
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Offline Marianna

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Re: Visão Espírita da Páscoa
« Responder #1 em: 17 de Março de 2013, 18:00 »
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É esta a Páscoa que o Cristo desejou comemorar junto dos seus mais caros, por ocasião da última ceia. Logo após a celebração, foram todos para o Getsêmani, onde os discípulos invigilantes adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão do Nazareno.
 
  Mas há outros elementos “evangélicos” que marcam a Páscoa.
 
—   Isto porque as vinculações religiosas apontam para:
 
  A quinta-feira,
  A sexta-feira santa,
  O sábado de aleluia,
  E o domingo de páscoa.
 
Os primeiros relacionam-se ao “martírio”, ao sofrimento de Jesus, tão bem retratado neste último filme hollyodiano (A Paixão de Cristo, segundo Mel Gibson), e os últimos, à ressurreição e a ascensão de Jesus.
 
  No que concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade da mantença da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência, em virtude do apodrecimento e deterioração do envoltório físico.
 
As Igrejas cristãs insistem na hipótese do Cristo ter “subido aos Céus” em corpo e alma, e fará o mesmo em relação a todos os “eleitos” no chamado “juízo final”. Isto é, pessoas que morreram, pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos e reaproveitados pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo as estruturas orgânicas, do dia do julgamento, onde o Cristo, separá justos e ímpios.
 
  A lógica e o bom-senso espíritas abominam tal teoria, pela impossibilidade física e pela injustiça moral. Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério mais justo para aferir a “competência” ou a “qualificação” de todos os Espíritos. Com “tantas oportunidades quanto sejam necessárias”, no “nascer de novo”, é possível a todos progredirem.
 
Mas, como explicar, então as “aparições” de Jesus, nos quarenta dias póstumos, mencionadas pelos religiosos na alusão à Páscoa?
 
  Antes vamos usar a lógica e a fé raciocinada: Se Jesus tivesse ressuscitado Ele não precisaria abrir lápide, isso significa que alguém tirou seu corpo para sepultá-lo. A fenomenologia espírita (mediúnica) aponta para as manifestações psíquicas descritas como mediunidades.

Em algumas ocasiões, como a conversa com Maria de Magdala, que havia ido até o sepulcro para depositar algumas flores e orar, perguntando a Jesus – como se fosse o jardineiro – após ver a lápide removida:

“—   Para onde levaram o corpo do Raboni”, podemos estar diante da “materialização”, isto é, a utilização de fluido ectoplásmico – de seres encarnados – para possibilitar que o Espírito seja visto (por todos).
 
  Igual circunstância se dá, também, no colóquio de Tomé com os demais discípulos, que já haviam “visto” Jesus, de que ele só acreditaria, se “colocasse as mãos nas chagas do Cristo”.

E isto, em verdade, pelos relatos bíblicos, acontece. Noutras situações, estamos diante de uma outra manifestação psíquica conhecida, a mediunidade de vidência, quando, pelo uso de faculdades mediúnicas, alguém pode ver os Espíritos.

  A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa.
 
Afinal, acredita-se que Jesus teria padecido em razão dos “nossos” pecados, numa alusão descabida de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para “nos salvar”:
 
  Dos nossos próprios erros,
  Ou dos erros cometidos por nossos ancestrais,
  Em especial, os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso.
 
A presença do “cordeiro imolado”, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e violência contra o “filho de Deus”, está flagrantemente aposta em todas as igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam – em cores vivas – as fases da via sacra.
 
  Esta tradição judaico-cristã da “culpa” é a grande diferença entre a Páscoatradicional e a Páscoa espírita, se é que esta última existe.
 
Em verdade, nós espíritas devemos reconhecer a data da Páscoa como a grande – e última lição – de Jesus, que vence as iniqüidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que “permaneceria eternamente conosco”, na direção bussolar de nossos passos, doravante.
 
  Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação, a vera evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, pôde Jesus retornar ao Plano Espiritual para, de lá, continuar “coordenando” o processo depurativo de nosso orbe.
 
—   Longe da remissão da celebração de uma:
 
  Da ressurreição de Jesus,
  Da festa pastoral ou agrícola,
  Ou da libertação de um povo oprimido ...
 
... Possa ela ser encarada por nós, espíritas, como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.
 
  Nesta Páscoa, assim, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de “sermos deuses”, “fazendo brilhar a nossa luz”.
 
  Comemore, então, meu amigo, uma “outra” Páscoa.
  A sua Páscoa, a da sua transformação, rumo a uma vida plena.
 
Marcelo Henrique Pereira, Mestre em Ciência Jurídica, Presidente da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Santa Catarina e Delegado da Confederação Espírita Pan-Americana para a Grande Florianópolis (SC)






« Última modificação: 22 de Novembro de 2013, 16:23 by Marianna »
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Offline Espírita brasileiro

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Re: Visão Espírita da Páscoa
« Responder #2 em: 17 de Março de 2013, 21:27 »
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A rigor o Espiritismo nada tem a ver com a páscoa,que é sacralizada pela Icar e alguns ramos evangélicos.Penso que a lição que fica para nós todos,é exemplo de Jesus como nosso modelo e guia.Que sigamos o querido Mestre em todos os momentos da nossa  vivenciando seus ensinos de amor e paz. :)

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Offline Ace

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Re: Visão Espírita da Páscoa
« Responder #3 em: 18 de Março de 2013, 10:56 »
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Obrigado pela partilha deste texto, sem dúvida que merece uma leitura e uma reflexão.

Abraços. :)



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Offline macili

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Re: Visão Espírita da Páscoa
« Responder #4 em: 18 de Março de 2013, 17:46 »
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Querida Amiga Marianna, todo o meu carinho para você
e para os demais Irmãos e Irmãs que por aqui passam...


Agradeço o texto compartilhado e que é bastante esclarecedor, convidando-nos a refletir em seu conteúdo.

Contribuo com mais um texto dentro do tema da Semana Santa...




A Transfiguração, de Corbert Gauthier



Reflexões sobre a Semana Santa



Estamos comemorando neste mês a Semana Santa. Seguindo uma tradição dita cristã, sobretudo católica, na Sexta-Feira da Paixão evita-se comer carne, e no Domingo de Páscoa distribui-se ovos de chocolate para as crianças e marmanjos, que o “Coelhinho da Páscoa” teria deixado para eles.


Muitos participam de cerimônias religiosas que relembram a sucessão de acontecimentos que culminaram com a crucificação de Jesus Cristo (via sacra ou auto da paixão) tendo como ponto de referência sua imagem coberta de sangue, coroada de espinhos e pregada na cruz. Não devemos desrespeitar tais costumes, visto serem de suma importância para diversos fiéis cristãos.


Porém, aproveitemos a época em questão para repensar o que essas tradições têm de verdadeira ligação com o Mestre de Nazaré, sua passagem na Terra e a mensagem que nos deixou na oportunidade. Descortinemos os fatos que estão por trás das lendas.


Conforme alguns estudiosos, tudo começou em Jerusalém durante a Páscoa do ano 30, festa judaica (em hebraico: Pessach ou Passagem) que comemora a saída do povo hebreu do jugo dos egípcios com destino à Terra Prometida, sob o comando de Moisés. Fato ocorrido entre os séculos XVII e XIII a.C.


 Naquele ano a festa caía num sábado. Jesus, na noite de quinta-feira, após cear com seus discípulos, foi preso por uma força da Guarda Herodiana no Getsênami.


 Durante o decorrer daquela noite foi julgado pelo Sinédrio judaico e pelo governador romano, Pôncio Pilatos. Na sexta-feira, dia 7 de abril (14 de Nizan, mês do calendário religioso judaico), foi levado à crucificação, morto (no Gólgota) e enterrado no mesmo dia.


No domingo, dia 9 de abril, seu corpo não foi mais encontrado no túmulo e, segundo os Evangelhos, ele reapareceu para seus discípulos com os quais conversou e instruiu.


Quarenta dias após subiu aos céus no Monte das Oliveiras. A partir daí, os seguidores do Cristo passaram a celebrar e rememorar o episódio nas datas correspondentes à Páscoa judaica, que é comemorada sempre entre os dias 15 de março e 15 de abril de cada ano.


Essas datas no Hemisfério Norte coincidem com o término do Inverno e o começo da Primavera, época da semeadura, quando tudo se renova e o frio e a escuridão cedem lugar ao sol e ao calor.


A Semana Santa é uma festa móvel que se inicia, segundo o calendário litúrgico católico, após a Quaresma (os 40 dias que compreendem da Quarta-Feira de Cinzas ao Domingo de Ramos), na qual os principais dias são a Sexta-Feira da Paixão (dia da crucificação e morte de Jesus), o Sábado de Aleluia (período de vigília dos fiéis, quando também ocorre a lamentável Malhação de Judas pelos populares) e o Domingo de Páscoa (a ressurreição de Cristo).



Pão ázimo e peixes, alimento básico consumido por Jesus, os Apóstolos e demais habitantes da antiga Galiléia.


 Das antigas tradições judaicas ficou o jejum de alimentos proibidos. Aí percebemos a primeira grande confusão ou sincretismo. Os judeus definem como alimentos indispensáveis para a comemoração a carne de cordeiro, o pão ázimo (de massa não fermentada), o azeite de oliva e as ervas amargas. Os cristãos, talvez por ligar a imagem de Jesus à do cordeiro imolado, proibiram a carne vermelha estipulando o peixe como alimento permitido, talvez pela profissão da maioria dos apóstolos: pescador.


 Fato que pode ter contribuido para que o símbolo do cristianismo, no início da Era Cristã, fosse o peixe, que em grego (principal idioma dos Evangelhos) escreve-se ιχθύς ou, na grafia latina, ICTYS. As letras dessa palavra formam um acróstico: Iesous Christos Theou Yios Soter, ou seja, "Jesus Cristo Filho de Deus Salvador".


 Por isso que na Semana Santa temos o costume de consumir bacalhau, introduzido por nossos ex-colonizadores, os portugueses.


Durante a expansão do Cristianismo pela Europa, a tradição da Páscoa encontrou entre os povos ditos pagãos festividades que ocorriam igualmente no período do fim do inverno e início da primavera no Hemisfério Norte.


Entre os povos teutônicos (germânicos que, inicialmente, habitavam as margens do Báltico) havia uma comemoração à deusa Eoster (daí a palavra anglo-saxônica, Easter, que designa a Páscoa) que representava a primavera e a fertilidade.




Tradicionais ovos de páscoa ucranianos com belas pinturas.


 Nessa festa apresentavam como símbolo da fertilidade o coelho, enquanto distribuíam entre si ovos comuns pintados com desenhos de cores fortes e brilhantes representando o colorido do sol na Primavera e a renovação da vida.


 Com o passar dos anos, os cristãos absorveram essas tradições. Nessa fusão, procuraram usar o Cristo ressuscitado como símbolo dessa renovação e mantiveram o Coelho da Páscoa, que distribuía seus ovos no domingo pascal.


Hoje, as religiões esqueceram as verdadeiras origens da data e o caráter comercial que se abateu sobre todas as manifestações - antes espontâneas do povo - transformou o ovo verdadeiro em ovo de chocolate (produto do cacau descoberto pelos colonizadores europeus nas Américas), fazendo desse antigo símbolo da vida um simples objeto de consumo sem maior significado.


 A perda do caráter de representação da renovação da vida se torna mais forte quando a imagem que se usa de Jesus é a dele agonizante e ensangüentado na cruz para “resgatar nossos pecados e culpas”.


Porém, essa data deveria ser comemorada e relembrada não como o momento de sofrimento maior do Rabi, nem como o que seria a expiação e remissão de nossos pecados como muitos colocam. Mas a Suprema Lição de Amor, Humildade e Tolerância.


Jesus foi simplesmente vítima de uma época, local e sociedade extremamente violentos e intolerantes, e como todo aquele que desafia determinadas forças vigentes, sofreu retaliações. Por trás de sua morte na cruz está a coragem suprema na defesa e sustentação de uma causa nobre, não a retirada de responsabilidades individuais e coletivas das pessoas. O mais importante é ressaltar como Ele viveu, não como morreu.


Parece lógico pelo grande ser humano que foi (de acordo com o que sabemos de seus atos e palavras), que o maior sofrimento de Jesus não foi o da provação do martírio, mas sim saber quantos remorsos teriam origem nas atitudes daqueles que estavam ao seu redor naquele momento, gritando, insultando e agredindo um homem justo e bom.


Ratificamos que certos costumes religiosos, das igrejas cristãs, ainda são importantes para diversas pessoas e por isso devem ser respeitados. Contudo, a imagem que o cristão deveria ter do Mestre é a vitoriosa, fulgurante, sobre os montes, auxiliando o próximo sem distinção, irradiando amor e paz para todos, demonstrando assim a vitória suprema do Homem sobre a morte.


Enfim, um exemplo a ser seguido por qualquer um.


(...) a característica inevitável de quem nasce é de morrer (biologicamente), um dia.

(...) sobre a morte de Jesus, queremos dizer que o principal de tudo isso não foi a sua morte, mas sua vinda a este mundo, como portador de uma doutrina - o Evangelho, também chamado de Boa-Nova.

(CHAVES, josé Reis. A Reencarnação: Segundo a Bíblia e a Ciência. São Paulo: Martin Claret, 2001, 6ª ed., p. 103 - com adição).


Ora, se Jesus veio ao mundo para que dessem mais valor a sua morte, do que a sua vida, para que então Ele veio? Para que então se esforçou tanto em pregar e dar o bom exemplo? Não bastaria que Ele simplesmente fosse morto de maneira injusta? 


Pensemos nisso!

Sem priorizar uma crença, fazemos votos de uma Páscoa de amor no sentido de 
renovação interior para todos!




Adaptado do artigo de Antonio Kropf em “O Seareiro”: órgão de
divulgação do Centro Espírita Seara Fraterna - Rio de Janeiro; abril de 1999.
Fonte: Jensoares - http://jensoares.blogspot.com.br


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Offline Itamar Junior

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Re: Visão Espírita da Páscoa
« Responder #5 em: 19 de Março de 2013, 15:25 »
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Bom dia!
Gostaria de fazer uns comentários a respeito dos textos.

1º: Essa parte não ficou clara pra mim:

"Se Jesus tivesse ressuscitado Ele não precisaria abrir lápide, isso significa que alguém tirou seu corpo para sepultá-lo."

2º: Fui católico, e pelo que me lembro, a Páscoa para o catolicismo seria a comemoração da Ressurreição de Cristo e não por ele ter morrido pelos nossos pecados.

O que vocês acham?


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Offline Le

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Re: Visão Espírita da Páscoa
« Responder #6 em: 19 de Março de 2013, 20:15 »
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Meu caro Itamar Junior

No ponto 1º coloca a questão "se Jesus tivesse resuscitado"

No ponto 2ºdiz que foi católico para de seguida se referir à comemoração da "ressurreição de Cristo".

Pode por favor esclarecer se para si ressuscitação e ressurreição são o mesmo?

O que significa um e outro termo?

E o que significa católico?

Pode parecer um preciosismo mas a verdade é que com o conhecimento exacto do significado das palavras melhor se entende o que os textos inserem no conjunto da mensagem.

A Doutrina dos Espiritos como sabe convida-nos a tudo analisar à luz da razão e a todos respeitar como gostamos que nos respeitem.
Por isso considero que podemos analisar, comentar emitindo o nosso entendimento sobre o que outros tem como certo, podendo até emitir para ele que entendemos que o pensamos ser o certo também seria bom para eles mas sem procurar impor as nossas ideias.

É o que entendo e por isso o que expresso na certesa de que respeito o que outros pensam.

Desejos de muita paz.



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Re: Visão Espírita da Páscoa
« Responder #7 em: 21 de Março de 2013, 14:07 »
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Gostei tanto desta explicação sobre a Páscoa na visão Espirita, que gravei este texto com imagens de Jesus, e publiquei no You Tube. Obrigado pela beleza e simplicidade deste texto. Muita Paz

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Offline PaulaRValença

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Re: Visão Espírita da Páscoa
« Responder #8 em: 27 de Março de 2013, 19:40 »
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Muito rico o conteúdo dos textos, para mim particurlamente que nunca tinha parado para pesquisar sobre o real significado da pascoa, criada numa familia "catolica" o que sempre me chamava a atenção nestas datas era os dias de feriado e os ovôs de chocolate. Infelismente muitas pessoas assim como eu, passam por estas "datas comemorativas" sem nem saber a origem de tudo, e sem refletir sobre o sentido espiritual das coisas. Porém hoje estou em busca de novos conhecimentos, e agradeço por compartilharem essas informações que muito contribuem para a nova fase de minha vida.

Abraço a todos.

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PaulaRValença


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