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macili · « **em:** 15 de Setembro de 2013, 01:04 »

Um jeito de escapar do inferno

Mohandas Karamchand Gandhi foi um homem fabuloso e inesquec�vel.

Seu conhecimento sobre as leis de Deus � digno de nosso mais profundo respeito e admira��o.

Uma das mais belas passagens de sua vida � relatada com compet�ncia pelo cineasta brit�nico Richard Attenborough.

O filme mostra a sangrenta guerra civil que se seguiu � divis�o da �ndia em Paquist�o mu�ulmano e �ndia hindu.

As mortes s� trouxeram retalia��es e mais v�timas, at� que Gandhi, l�der espiritual respeitado por hindus e mu�ulmanos, iniciou um jejum e jurou que n�o comeria at� que a matan�a terminasse, mesmo que isso significasse sua morte por inani��o.

Esse foi apenas um dos muitos jejuns de Gandhi defendendo a n�o-viol�ncia.

Um hindu enlouquecido visitou o Mahatma e, ao chegar aos p�s da cama onde estava, atirou-lhe um peda�o de p�o enquanto gritava:

Eu j� vou para o inferno e n�o quero a culpa da sua morte tamb�m em minha alma! Coma, por favor!

Gandhi, sereno como sempre, replicou:

Por que voc� vai para o inferno?

O hindu tremia ao responder:

Eu tinha um filho pequeno, mais ou menos deste tamanho, que foi assassinado pelos mu�ulmanos. Ent�o, eu peguei a primeira crian�a mu�ulmana que consegui encontrar e a matei, arrebentando-lhe a cabe�a contra uma parede.

Gandhi fechou os olhos e chorou por dentro.

Depois se recomp�s, pois sabia da import�ncia de seu papel perante aquele povo e, com esperan�a na voz, disse:

Eu conhe�o um jeito de escapar do inferno.

Muitos meninos agora est�o sem os pais por causa da matan�a. Encontre um menino mu�ulmano, com mais ou menos este tamanho - repetindo o gesto feito pelo visitante h� pouco � e o crie como se fosse seu. Adote-o.

O homem desorientado estava admirado com a proposta, e tentava assimil�-la da melhor forma. Uma brisa de esperan�a chegou-lhe ao rosto.

Por�m, Gandhi n�o havia terminado sua fala:

Atente apenas para um detalhe: voc� n�o deve esquecer que dever� cri�-lo como um mu�ulmano.

O hindu n�o estava preparado para aquela proposta. Era muito diferente de tudo que sentia, de tudo que pensava. Era uma proposta revolucion�ria.

Era a revolu��o da lei do amor, ensinada por Gandhi, de forma magistral.

O homem caiu aos p�s do mestre. A loucura abandonou seus olhos, que choravam copiosamente.

Gandhi colocou as m�os na cabe�a do hindu, aben�oando-o do fundo de seu cora��o, desejando que ele pudesse aceitar seu novo caminho, o caminho para sair do inferno.

Quando o hindu saiu, ele tinha um pouco de paz no cora��o, e uma proposta da lei do amor em suas m�os: proposta de perd�o e de autoperd�o.

Nada como o amor, em toda sua resplandec�ncia, para nos libertar desse estado d�alma de inferno.

Sim, j� somos capazes de entender que o inferno n�o � um local delimitado no espa�o, mas um estado d�alma tempor�rio.

Para alguns, desorientados e reincidentes nos mesmos erros, esse estado de esp�rito parece uma eternidade, mas essa dita eternidade dura apenas o tempo do aprendizado, o tempo do despertar para o amor.

O amor cobre uma multid�o de pecados, conforme t�o bem afirmou o Ap�stolo Pedro.

A lei de causa e efeito abra�a-se � lei da amorosidade e ambas, interligadas sempre, carregam-nos para a t�o desejada felicidade.

Fonte: Reda��o Momento Esp�rita

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