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  • Suicídio e Depressão, Conhecer Para Prevenir

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Autor Tópico: Suicídio e Depressão, Conhecer Para Prevenir  (Lida 293266 vezes)

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Offline Marianna

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Re: Suicídio e Depressão, Conhecer Para Prevenir
« Responder #1035 em: 17 de Fevereiro de 2019, 15:26 »
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A silhueta, a princípio longínqua, da cidade do Porto, desenhou-se palidamente nas brumas tristonhas que envolvem a atmosfera terráquea, qual desenho a “crayon” sobre tela acinzentada. Alguns instantes mais e a estranha caravana caminhava pelas ruas da cidade, qual o fizesse no cantão da Vigilância, o que muito nos edificou.

Algumas artérias portuguesas, velhas conhecidas do nosso tumultuoso passado, desfilaram sob nossos olhos róridos de comovido pranto, como se também por elas transitássemos. Agitadíssimo, Jerônimo, pressentindo a realidade daquilo que ominosas angústias lhe segredavam ao senso, e que apenas a insânia do pavor ao inevitável teimava inutilmente acobertar, estacou à frente de uma residência de boa aparência, com jardins e sacadas, subindo precipitadamente a escadaria, enquanto os tutelares se predispunham caridosamente à espera.

Fora ali a sua residência.

O antigo comerciante de vinhos entrou desembaraçadamente, e seu primeiro impulso de afeto e saudade foi para a filha caçula, por quem nutria a mais apaixonada atração:

“— Margaridinha, oh! minha filhinha querida! Aqui está o teu papai, Margaridinha!...
Mar-ga-ri-di-nha? !...“ — tal qual lhe chamava outrora, todas as tardes, voltando ao lar após as lides penosas do dia... Mas ninguém acudia aos seus amorosos apelos! Apenas a indiferença, a solidão decepcionante em derredor, augurando desgraças porventura ainda mais rijas do que as suportadas por seu coração até ali, enquanto nas profundezas sentimentais de sua alma atormentada por múltiplos dissabores atroavam desoladoramente os brados amorosos, mas inúteis, do seu carinho de pai, incorrespondidos agora pela mimosa criança já afastada daquele local, que tão querido lhe fora!

“— Margaridinha!... Onde estás, filhinha?... Margaridinha!... Olha que é o teu papaizinho que chega, minha filha!...”

Procurou por toda a casa. Parecia, no entanto, que haviam desaparecido de sob a luz do Sol todos aqueles pedaços sacrossantos de sua alma, que ali deixara, e que, único sobrevivente, ele, de incomensurável catástrofe, não se podia acomodar à esmagadora realidade de rever desabitado, dramaticamente vazio, o lar que tanto estremecera!

Chamou pela esposa, nomeou os filhos um a um, e finalmente bradou pelos criados:
— Não via ninguém! Sombras e vultos estranhos, no entanto, moviam-se pelos compartimentos que pertenceram à família e deixavam-no bramir e interrogar sem se dignarem responder, não se apercebendo de sua presença... pois tratava-se de indivíduos encarnados, eram os novos habitantes da casa que lhe pertencera!

O próprio mobiliário, a decoração interior, tudo se apresentava diferente, apontando acontecimentos que o confundiam. Decepção pungente deferiu-lhe golpe certeiro, descolando-lhe da alma o primitivo entusiasmo para que aflitivas induções nela mais se avigorassem.



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Offline Marianna

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Re: Suicídio e Depressão, Conhecer Para Prevenir
« Responder #1036 em: 18 de Fevereiro de 2019, 23:03 »
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Reparando suspensas aos muros de determinado aposento telas que lhe eram desconhecidas, seu olhar fixou-se num cromo colocado a um ângulo da estufa, cuja folhinha indicava a data do dia decorrente. Leu-a: Um arrepio de terror insopitável repassou soturnamente por suas faculdades vibratórias.

Fez um esforço inaudito, movimentando reminiscências; vasculhou lembranças, sacudindo a poeira mental de mil ideias confusas que lhe toldavam a clareza do raciocínio.

A vertigem da surpresa em face da realidade irremediável, que até ali ele retardara à custa da má vontade de sofismas ingênuos, tonteou lhe o raciocínio: — não cogitara inteirar-se de datas durante muito tempo!

A verdade era que perdera a noção do tempo envolvido no bulcão das desgraças que o colheram após o malfadado gesto de trânsfuga da vida terrena!

Tão gudo fora o estado de loucura em que se debatera desde o trágico momento em que tentara o suicídio; tão grave a enfermidade que o atingira após o choque pela introdução do projetil no cérebro, que, graças aos tormentos daí consequentes, perdera a contagem dos dias, desviara-se pelo desconhecido a dentro sem mais averiguar se os dias eram noites, se as noites eram dias...

Pois, no abismo em que se vira aprisionado tanto tempo, só existiam trevas por visão! Para ele, para sua percepção obliterada pelo desespero, a contagem social do Tempo ainda era a mesma do dia aziago, pois não se recordava de outra depois dessa: Eis, porém, que a folhinha à sua frente, indiferente, mas expressiva, servindo a uma grandiosa causa, revelava ao mártir que estivera ausente de sua casa durante treze anos!

Atirou-se para a rua em correria, batido e apavorado frente ao choque do pretérito, de encontro à realidade do presente, a mente conflagrada por inalienável desconsolo. Indagaria dos vizinhos o paradeiro da família, que se mudara, decerto, em sua ausência.

Os lanceiros, porém, à porta, cruzando as armas, formaram barreira intransponível, interceptando lhe a fuga impensada, e obrigando-o a refugiar-se no interior do carro.

Aos protestos impressionantes do infeliz, inconformado com a prisão em que se reconhecia, acudiram curiosos e vagabundos do plano invisível, Espíritos ainda homiziados nas camadas depressoras da Terra.

Entre chacotas, apupos e gargalhadas atormentavam-no com incriminações e censuras, ao passo que esclareciam o que acontecera àqueles a quem procurava.

Ramiro de Guzman e seus auxiliares não interferiram, no sentido de evitarem a Jerônimo o dissabor de ouvi-los, uma vez que a visita decorria sob a responsabilidade deste, e que somente lhes haviam recomendado garantirem o regresso à Colônia dentro de poucas horas.

— Pretendes então esclarecer o paradeiro de tua muito amada família, ó miserável príncipe dos bons vinhos?... — vociferavam os infelizes.
— Pois saibas tu que daí foram todos enxotados, há muitos anos!... Teus credores tomaram-lhes a casa e o pouco que, para teus filhos, andaste ocultando à última hora!

Procura teu filho Albino na Penitenciária de Lisboa! Tua “Margaridinha” nas sarjetas do Cais da Ribeira, vendendo peixes, fretes e amores a quem se dignar remunerá-la com mais prodigalidade, explorada pela própria mãe, tua esposa Zulmira, a quem habituaste a luxo exorbitante para az tuas posses, e cujo orgulho jamais pôde afazer-se ao trabalho digno e à pobreza!...

Tuas filhas Marieta e Arinda?... Oh! a primeira está casada, sobrecarregada de filhos enfermiços, a bracejar na miséria, a sofrer fome, espancada por um marido ébrio e boçal

A segunda... criada de hotéis de quinta ordem, a lavar chão, a brunir panelas, a limpar botas de viajantes imundos!... Ouves e te espantas?... Tremeu e te aterrorizas?... Por quê?... Que esperavas, então, que acontecesse?!...

Não foi essa a herança que lhes deixaste com o teu suicídio,
canalha?...”

E entraram a enxovalhar o desventurado com insultos e vitupérios quais vaias impiedosas, intentando atacar a viatura a fim de arrebatá-lo, no que foram impedidos pela guarda protetora.

Não obstante, exigiu o rebelde pupilo da Legião dos Servos de Maria que o levassem onde se encontrava o filho, esperança que fora da sua vida, aquele rebento querido, que ficara na florescência delicada das dez primaveras quando ele próprio, seu pai, houvera por bem abandoná-lo aos perigos da orfandade, matando-se.

Convulsionado sob a ardência de pranto insólito, compreendeu que era conduzido e que penetrava os muros sinistros de um cárcere, sem que houvesse podido distinguir se se encontrava no Porto ou realmente em Lisboa.

Com efeito! Ali estava Albino, metido em cela sombria, implicado em crimes de chantagem e latrocínio, condenado a cinco anos de prisão celular e a outros tantos de trabalhos forçados na África, como reincidente nas gravíssimas faltas! ...



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Re: Suicídio e Depressão, Conhecer Para Prevenir
« Responder #1037 em: 21 de Fevereiro de 2019, 16:51 »
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Apesar da diferença marcante de treze anos de ausência, Jerônimo reconheceu o filho, esquálido, pálido, maltratado pelos rigores do cativeiro, embrutecido pelos sofrimentos e pela miséria, atestado patético do homem desvirtuado pelos vícios!

O antigo negociante contemplou o mísero vulto sentado sobre um banco de pedra, na semi-obscuridade da cela, o rosto entre as mãos. Dos olhos amortecidos, fitos nas lajes do chão, rolavam lágrimas de desespero, compreendendo o suicida que o jovem sofria profundamente.

Extenso desfilar de pensamentos caliginosos corria pela mente do cativo, e, dada a circunstância da atração magnética existente entre ambos, pôde o hóspede do Hospital Maria de Nazaré inteirar-se das comovedoras peripécias que ao desventurado moço haviam arrastado a tão deplorável ocaso da vida social, apenas saíra da infância!

Como se a presença da atribulada alma de Jerônimo impregnasse de advertências telepáticas seus dons sensíveis, Albino entrou a recordar, satisfazendo, sem o saber, os desejos do pai, que almejava inteirar-se dos acontecimentos; e, como envergonhado das más ações cometi das, recordava o genitor morto havia treze anos e ia dizendo ao próprio pensamento, enquanto as lágrimas lhe escaldavam as faces e Jerônimo ouvia-o como se falasse em voz alta:

“— Perdoai-me, Senhor, meu bom Deus! E vinde com Vossa Misericórdia socorrer-me nesta emergência penosa de minha vida!

Não foi, exatamente, desejo meu o precipitar-me neste báratro insolúvel que me ferreteou para sempre! Eu quisera ser bom, meu Deus! mas faltaram amigos generosos que me estendessem mãos salvadoras, ocasiões favoráveis que me dilatassem perspectivas honestas!

Vi-me lançado ao abandono depois da morte de meu pai, criança indefesa e inexperiente! Não tive recursos para instruir-me, habilitando-me em alguma coisa séria e digna!

Sofri fome! E a fome maltrata o corpo enquanto envenena o coração com as ansiedades da revolta! Tiritei de frio em mansardas inóspitas, e o frio, que enregela o corpo, também enregela o coração!

Sofri a angústia negra da miséria sem esperança e sem tréguas, a solidão do órfão corroído de saudades do passado, envelhecido em pleno alvorecer da vida, graças às desilusões de múltiplos dissabores!

Não me pude achegar aos bons, aos honestos e respeitáveis, para que me compreendessem e ajudassem na conquista laboriosa de um futuro digno, porque aqueles de nossos antigos amigos a quem procurei, confiante, me repeliram com desconfiança, entendendo que eu pertencia a uma descendência marcada pela desonra, pois, além do mais, minha mãe desvirtuou-se tão logo se reconheceu desamparada e só!

Tornei-me homem depois de me entrechocar com os piores aspectos e elementos da sociedade! Precisei viver! Acicatava-me o orgulho ferido, a indomável ambição de libertar-me da miséria abominável que me acossava sem tréguas desde o suicídio de meu pobre pai!

Vi-me arrastado a tentações perversas, mas que, à minha ignorância e à minha fraqueza, se afiguravam soluções salvadoras!... E cedi às suas seduções, porque não tive o amparo orientador de um verdadeiro amigo a indicar o carreiro certo a preferir!...

Oh, meu Deus! Que triste é ver-se a criatura órfã e abandonada, ainda na infância, neste mundo repleto de torpezas!...

— Meu pobre e querido pai, por que te mataste, por quê?...
— Não amavas então a teus filhos, que se desgraçaram com tua morte?...
— Por que te mataste, meu pai?...
— Oh! não tiveste sequer compaixão de nós?...
— Lembro-me tanto de ti!... Eu te amava! eu sim!...

Muitas vezes, naqueles primeiros tempos, chorei inconsolável, com saudades tuas, tão bondoso eras para com teus filhos!.



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Re: Suicídio e Depressão, Conhecer Para Prevenir
« Responder #1038 em: 22 de Fevereiro de 2019, 00:54 »
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—  Se nos amavas, por que te mataste, por quê?...
—  Por que preferiste morrer, lançar-nos à miséria e ao abandono, a lutar por amor de nós?...

Por que não resististe aos dissabores, prevendo que tua falta desgraçaria teus pobres filhos que só contigo contavam neste mundo...

Se viveras e nos houveras terminado a criação eu seria hoje, certamente, um homem útil, respeitado e honesto, enquanto que, na verdade, não passo de um preceito maculado pela desonra irreparável!.. .“

Eram vibrações sombrias e causticantes, que repercutiam na consciência do pai-suicida como estiletes a lhe rasgarem o coração!

Confessava-se culpado único dos desastres insolúveis do filho, e semelhante convicção se dilatava de intensidade, em diástoles torturantes, à proporção que as recordações, emergindo das fráguas mentais de Albino, desfilavam quais retalhos de episódios dolorosos, aos seus olhos aterrados de trânsfuga do Dever!

Jamais um homem, na Terra, receberia tão significativo libelo acusatório, presente ao tribunal da lei, como esse que o desventurado suicida a si mesmo lançava validando a narração dos infortúnios descritos através das reminiscências do filho, e que as sombras do presídio circundavam dos lúgubres atavios dos dramas profundos e irremediáveis!

Desorientado, precipitou-se para o jovem, no incontido desejo de ressarcir tantas e tão profundas amarguras com o testemunho de sua presença, do seu perene interesse paternal, seu indissolúvel amor pronto a estirar mão amiga e protetora.

Queria desculpar-se, suplicar perdão, ele, o pai faltoso; dar-lhe expressivos conselhos que o reconfortassem, reerguendo lhe o ânimo daquela ruinosa prostração! Mas era em vão que o tentava, porque Albino deixava correr o pranto, sem vê-lo, sem ouvi-lo, sem poder supor a presença daquele mesmo por quem chorava ainda!

Então o mísero se pôs a chorar também, emitindo vibrações chocantes, reconhecendo-se impotente para socorrer o filho encarcerado.

E como sua presença, expedindo desalentos, disseminando ondas nocivas de pensamentos dramáticos, poderia agir funestamente sobre a mentalidade frágil do detento, sugerindo-lhe quiçá o próprio desânimo gerador do suicídio

— Ramiro de Guzman e seu assistente aproximaram-se e desarrimaram-lhe as investidas encobrindo Albino de sua visão.
“— Voltemos para nossa mansão de paz, meu amigo, onde encontrarás repouso e solução suave para as tuas atrozes penúrias... — ponderava amigavelmente o chefe da expedição.

— Não recalcitres! Volta-te para o Amor dAquele que, pregado no cimo do madeiro, ofereceu aos homens, como aos Espíritos, os ditames da conformidade no infortúnio, da resignação no sofrimento!... Estás cansado... precisas serenar para refletir, porque, no melindroso estado em que te encontras, nada alcançarás fazer a benefício de quem quer que seja!...”

Mas, ao que tudo indicava, Jerônimo ainda não padecera suficientemente a fim de se acomodar às advertências de seus guias espirituais.

“— Não posso, queira desculpar-me, senhor!...
— bradou voluntarioso. — Não deixarei de ver minha filha, minha Margaridinha! Quero vê-la! Preciso desmascarar a turba de maledicentes que a vêm difamando!... A minha caçula,
atirada ao Cais da Ribeira?!... A vender peixes?... Fretes?... e... Era o que faltava!... Impossível! Impossível tanta desgraça acumulada sobre um só coração!...

Não! Não é verdade! Não pode ser verdade! Confio em Zulmira! É mãe! Velaria pela filha em minha ausência! Quero vê-la, meu Deus! meu Deus! Preciso ver minha filha! Preciso ver minha filha, ó Deus do Céu!”

Era bem certo, no entanto, que novas e mais atrozes torrentes de decepções se despejariam sobre seu ulcerado coração, superlotando-o de dores irreparáveis! Ainda ao longe, desenhara-se à visão ansiosa do estranho peregrino a perspectiva do Cais da Ribeira, regurgitando de pessoas que iam e vinham em azáfamas incansáveis.

Avultavam as vendedoras e regateiras, mulheres que se alugavam a fretes, de ínfima educação e honestidade duvidosa...



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Re: Suicídio e Depressão, Conhecer Para Prevenir
« Responder #1039 em: 29 de Março de 2019, 03:12 »
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Jerônimo pôs-se a caminhar entre os transeuntes, seguido de perto pelos guardas e o paciente vigilante, que se diria a sua própria sombra.

Esmagadores pressentimentos advertiam-no da veracidade do que afirmavam os “difamadores”.

Mas, desejando mentir a si próprio, na suprema repugnância de aceitar a abominável realidade, via-se compelido a investigar as fisionomias das regateiras; ia, voltava, nervosamente, aflito, aterrado à ideia de se lhe deparar entre aquelas despreocupadas e insolentes criaturas as feições saudosas da sua adorada caçula!

Deteve-se subitamente, num recuo dramático de alarme: — acabara de reconhecer Zulmira gesticulando, em discussão acalorada com uma jovem loira e delicada, que se defendia, chorando, das injustas e insofríveis acusações que lhe eram atiradas por aquela.

Acercou-se apressadamente o pupilo do nobre Teõcrito, como impelido por desesperadora diástole, para, em seguida, atingido por supremo golpe, estacar, submisso a sístole não menos torturante, reconhecendo na jovem chorosa a sua Margaridinha.

Era, com efeito, peixeira! Ao lado pousavam os cestos quase vazios. Trazia os vestidos típicos da classe e socos imundos. Zuhnira, ao contrário, trajava-se quase como as senhoras, o que não a impedia portar-se como as regateiras.

Girava em torno da féria do dia a discussão vergonhosa. Zuhnira acusava a filha de roubar-lhe parte do produto das vendas, desviando-a para fins escusos.

A moça protestava entre lágrimas, envergonhada e sofredora, afirmando que nem todos os fregueses do dia haviam solvido seus débitos.

No calor da discussão, Zulmira, excitando-se mais, esbofeteia a filha, sem que as pessoas presentes parecessem admiradas ou tentassem impedir a violência, serenando os ânimos. Tomado de indignação, o antigo comerciante interpõe-se entre uma e outra, no intuito de sanar a cena deplorável.

Admoesta a esposa, fala carinhosamente à filha, enxuga-lhe o pranto, que corria pelas faces, convida-a a recolher-se ao domicílio.

Mas nenhuma das duas mulheres podiam vê-lo, não podiam ouvi-lo, não se apercebiam de suas intenções, o que grandemente o irritava, levando-o a convencer-se da inutilidade das próprias tentativas.

Não obstante, Margaridinha suspendeu os cestos, ajeitou-os ao ombro e afastou-se. Zulmira, a quem as adversidades mal suportadas e mal compreendidas haviam arrastado ao desmando, transformando-a em megera ignóbil, seguiu-a enraivecida, explodindo em vitupérios e insultos soezes.

O percurso foi breve. Residiam em sombria mansarda, nas imediações da Ribeira. Em chegando ao misérrimo domicílio, a mãe desumana entrou a espancar excruciantemente a pobre moça, exigindo-lhe a todo custo a totalidade da féria, enquanto, impotente, a peixeira implorava trégua e compaixão.

Finalmente, a desalmada — para quem o Espírito atribulado do esposo leal trouxera, das moradas do Astral, um ramalhete de rosas —saiu precipitadamente, arrastando ondas turvas de ódio e pensamentos caliginosos, atirando aos ares insultos e blasfêmias no calão que, agora, lhe era próprio, e do qual Jerônimo se surpreendeu, confessando desconhecê-lo.

A jovem ficou só. A seu lado o vulto invisível do pai amoroso e sofredor entregava-se a cruciantes expansões de pranto, reconhecendo-se impossibilitado de socorrer o adorado rebento do seu coração, a sua Margaridinha, a quem entrevia ainda, mentalmente, tão loira e tão linda, na lirial.



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Re: Suicídio e Depressão, Conhecer Para Prevenir
« Responder #1040 em: 02 de Maio de 2019, 03:25 »
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Candidez dos sete anos! Mas, tal como sucedera a seu irmão Albino, a infeliz menina ocultou o rosto lavado em lágrimas entre as mãos e, sentando-se a um recanto, rememorou dolorosamente os dias trevosos da sua tão curta e já tão acidentada vida!

Margarida abriu as comportas dos pensamentos, e ondas de recordações pungentes se desprenderam aos borbotões, fazendo ciente ao pai o extenso calvário de desventura que passara a palmilhar desde o dia nefasto em que ele se tornara réu perante a Providência, furtando-se ao dever de viver a fim de protegê-la, tornando-a mulher honesta e útil à sociedade, à família e a Deus.

Ouvia-a como se ela lhe falasse em voz alta. À proporção que se consolidavam as desgraças da mísera órfã, acentuavam-se a decepção, a surpresa cruciante, a mágoa inconsolável, que lhe atravessavam o coração como venábulos assassinos a lhe roubarem a vida!

Caiu de joelhos aos pés da sua desventurada caçula, as mãos cruzadas e súplices, enquanto jorrava o pranto convulsamente de sua alma de precito e tremores traumáticos sacudiam-lhe a configuração astral, como se estranhas sezões pudessem subitamente atingilo.

E foi nessa humilhada posição de culpa que o pupilo da legião excelsa recebeu o supremo castigo que as consequências do seu ominoso e selvagem gesto de suicídio poderia infligir à sua consciência!

Eis o resumo acerbo do drama vivido por Margarida Silveira, tão comum nas sociedades hodiernas, onde diariamente pais inconscientes desertam da responsabilidade sagrada de guias da Família, onde mães vaidosas e levianas, destituídas da auréola sublime que o dever bem cumprido confere aos seus heróis, desvirtuam-se aos solavancos brutais das paixões insanas, incontidas pela-perversão dos costumes:

Tornando-se órfã de pai aos sete anos, a loira e linda Margaridinha, frágil e delicada como lírios florescentes, criara-se na miséria, entre revoltas e incompreensões, junto à mãe que, habituada à imoderação de insidioso orgulho, como ao imperativo de vaidades funestas, nunca se resignara à decadência financeira e social que a surpreendera com o trágico desaparecimento do marido.

Zulmira prostituíra-se, esperando, em vão, reaver o antigo fastígio por essa forma culposa e condenável. Arrastara a filha inexperiente para a lama de que se contaminara.

Indefesa e desconhecedora das insídias brutais dos ambientes e hábitos viciados que a correjavam, a moça sucumbiu muito cedo às teias do mal, a despeito de não apresentar pendores para as miseráveis situações diariamente surgidas.

A decadência chegou cedo, como cedo havia chegado a queda desonrosa. O trabalho exaustivo e o Cais da Ribeira com sua usual movimentação de feira ofereceram-lhes recursos para não se extinguirem, ela e a mãe, às aspérrimas torturas da fome!

Zulmira agenciava fretes, vendas variadas, negócios nem sempre honestos, empregando geralmente na sua execução as forças e a juventude atraente da filha, a quem escravizara, usurpando lucros e vantagens para seu exclusivo regalo.

A pobre peixeira, porém, cuja índole modesta e aproveitável não se aclimatava ao fel da execrável subserviência, sofria por não entrever possibilidade de sonegação à miserável existência que lhe reservara o destino.

E, inculta, inexperiente, tímida, não saberia agir em defesa própria, o que a fazia conservar-se submissa à enoitada situação criada por sua própria mãe! Como Albino, também pensou no pai, advertida, no recesso do coração, da sua invisível presença, e murmurou, oprimida e arquejante:

“— Que falta tão grande tu me fazes, 6 meu querido e saudoso pai!...

Lembro-me tanto de ti!... e minhas desventuras nunca permitiram olvidar tua memória, tão bom e desvelado foste para com teus filhos! Quantos males o destino ter-me-ia poupado, meu pai, se te não houveras furtado ao dever de velar por teus filhos até o final!...

De onde estiveres, recebe as minhas lágrimas, perdoa a peçonha que sobre teu nome involuntariamente lancei, e com padece-te das minhas ignóbeis desditas, ajudando-me a desentrançar-me deste espinheiro cruciante que me sufoca sem que nenhuma fulguração de
esperança libertadora venha encorajar-me!

Era o máximo que o prisioneiro do Astral poderia suportar! Ele não possuía energias para continuar sorvendo o fel das amarguras lançadas no sacrossanto seio de sua própria família pelo ato condenável que contra si mesmo praticara!

Ouvindo os lamentos da desgraçada filha a quem tanto estremecia, sentiu-se abominavelmente ferido na mais delicada profundeza do seu coração paternal, onde infernais clamores de remorsos repercutiram violentamente, acordando em suas entranhas espirituais a dor inconsolável, a dor redentora da mais sincera compaixão que poderia experimentar!

Desesperando-se, na impossibilidade de prestar à filhinha infeliz socorro imediato, de falar-lhe, ao menos, insuflando ânimo à sua alma com o consolo de sua presença, ou aconselhando-a, Jerônimo avolumou o padrão dos desatinos que lhe eram comuns e entregou-se à alucinação, completamente influenciado pela loucura da inconformidade.

Acorreram os lanceiros a imperceptível sinal de Ramiro de Guzman. Cercaram-no, protegendo-o contra o perigo de possível evasão, afastando-o apressadamente. Condoído em face dos infortúnios da jovem Margarida, Ramiro, que fora homem, fora pai e tivera uma filha muito amada, porventura mais infeliz ainda, aproximou-se carinhosamente e, pousando em sua fronte as mãos protetoras, transmitiu-lhe ao ser suaves eflúvios magnéticos, confortativos e encorajadores.

Margaridinha procurou o leito e adormeceu profundamente, sob a bênção paternal do servo de Maria... enquanto o suicida, debatendo-se entre o “choro e o ranger de dentes”, suplicava que o deixassem socorrer, de qualquer modo, a filha ignobilmente ultrajada! Dominando-o, entretanto, com energia, a fim de que por um momento procurasse raciocinar, retorquiu o paciente guia:

“— Basta de desatinos, irmão Jerônimo! Atingiste o máximo de desobediência e voluntariedade que nossa tolerância poderia aceitar! Não queres, pois, compreender, que coisa alguma poderás tentar em benefício de teus filhos, enquanto não conquistares as qualidades para tanto imprescindíveis, e que a ti mesmo escasseiam ....

Não entendes que teus filhos, em lutas com provações aspérrimas, sucumbiriam fatalmente ao suicídio, como tu, se permanecesses junto deles, influenciando suas indefesas sensibilidades com as vibrações funestas que te são próprias, ainda não devidamente esclarecido quanto ao estado geral em que te debates, tal como te preferes conservar?...

Partamos, Jerônimo! Regressemos ao Hospital... Ou desejarás, porventura, ainda sondar os passos de Marieta e de Arinda?!...”

Chocando-se como que sob a ação de forças renovadoras, o precito obteve um momento de trégua contra si mesmo, a fim de ponderar alguns instantes. Sacudiu as desesperadoras alucinações que lhe cegavam o raciocínio, e respondeu, resoluto:

“— Oh! não! Não, meu bom amigo! Basta! Não posso mais! Meus pobres filhos! A que abismo vos arrojei, eu mesmo, que tanto vos amei!
Perdão, irmão Teócrito! Agora compreendo... Perdão, irmão Teócrito...”

E, de nossa enfermaria, vimos que retornavam com as mesmas precauções... Jerônimo não voltou a fazer parte do nosso grupo.



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Offline Victor Passos

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Re: Suicídio e Depressão, Conhecer Para Prevenir
« Responder #1041 em: 28 de Março de 2020, 18:37 »
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Ola muita paz
 Não procurando substituir profissionais, deixo aqui algo que retiramos do nosso trabalho na Psiquiatria do Hospital Santa Luzia de Viana do Castelo.

Apesar de ainda ser um assunto tabu na nossa sociedade, o suicídio encontra-se entre as 10 principais causas de morte em Portugal e em todo o mundo. No nosso país, anualmente, suicidam-se cerca de 1000 pessoas, com maior incidência em pessoas com mais de 64 anos e na região Alentejo.

As tentativas de suicídio são mais frequentes nas mulheres (envenenamento é um dos métodos mais utilizados), mas os homens são mais propensos a completá-lo, porque normalmente usam métodos mais eficazes e mais potencialmente letais (armas).

No suicídio, tal como noutras doenças mentais, o mais fácil é olhar para o lado e mascarar a realidade. Mas todos temos o dever de estar informados sobre o problema e unir esforços para ajudar quem se encontra em sofrimento.

Reconhecer os sinais de alerta
Os sinais de alerta variam de acordo com a personalidade de cada um, mas costumam seguir um padrão. Conhecer estes sinais permite intervir a tempo e, quem sabe, salvar vidas.

Mudanças de comportamento, como por exemplo deixar de praticar algum hobbie, deixar de cuidar da aparência.
Mudanças de humor drásticas: tristeza, sensação de vazio, irritabilidade, sentimentos fortes de culpa ou vergonha
Falar sobre suicídio – por exemplo, dizer expressões como “Vou-me matar”, “A minha vida não tem sentido”, “Estariam melhor se eu desaparecesse”, “Não aguento mais viver assim”, “Não vejo nenhuma saída/luz ao fundo do túnel”, “Ninguém me entende” ou “Quero morrer”.
Melhorias ou períodos de calma súbitos: a pessoa aceitou a decisão de cometer suicídio e pode simular uma melhoria para levar a cabo o plano.
Faltar ao trabalho ou à escola. A pessoa que está em sofrimento intenso isola-se e passa a faltar ao trabalho, à escola ou à faculdade. Apesar de ser visto como «irresponsabilidade», trata-se de um sintoma de sofrimento grave e independente da idade.
Adquirir meios para acabar com a própria vida, como comprar uma arma ou comprimidos
Dizer adeus às pessoas como se não fosse vê-las novamente
Tentar resolver assuntos pendentes: pode indicar a existência de um plano para cometer suicídio
Ameaças: a maior parte das pessoas que pensa cometer suicídio avisa alguém próximo. Este aviso não deve ser ignorado ou encarado apenas como uma forma de chamar a atenção.
Aumento do consumo de bebidas alcoólicas, drogas e remédios. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas, remédios e drogas são agravantes para uma pessoa com tendências suicidas. O ato suicida, apesar de envolver um plano, acontece num momento de impulso.
Tentativas anteriores: muitas vezes, os suicídios são precedidos por tentativas anteriores.
Factores de risco
Perda de um ente querido, rupturas, problemas financeiros ou legais.
Problema de abuso de substâncias (drogas, álcool, ou comprimidos)
Acesso a armas ou outros letais
Histórico familiar de transtornos mentais, suicídios, violência, abuso físico ou sexual.
Transtorno psiquiátrico, como a depressão grave, stress pós-traumático ou transtorno bipolar.
Ter doenças crónicas, dor crónica ou doença terminal.
As intenções ou pensamentos suicidas devem ser sempre levados a sério. É importante manter-se próximo, informar outras pessoas próximas e estar atento.

A depressão, «o bicho» que mata
A depressão é a doença que mais contribui para as mortes por suicídio, a chegarem aos 800 mil por ano em todo o mundo. O suicídio é mesmo a segunda principal causa de morte em pessoas dos 15 aos 29 anos. O mesmo não se verifica em Portugal, onde é mais comum em pessoas mais idosas, nomeadamente com doenças crónicas incapacitantes e que vivam sós.

Atenção redobrada a uma alegria sem explicação
Doentes com depressão severa e que planeiam o suicídio podem simular uma melhora repentina. Portanto, se uma pessoa muito deprimida se mostrar subitamente feliz, é importância acompanhá-la para garantir que não vá tentar tirar a própria vida.

Como ajudar e prevenir o suicídio
Quando suspeita que alguém possa estar com pensamentos suicidas, o importante é tentar entender o que está a acontecer e quais os sentimentos associados.

Não tenha medo de perguntar à pessoa porque é que a pessoa está triste, deprimida e se está a pensar em suicídio.

De seguida, procura a ajuda de um profissional qualificado (psicológico ou psiquiatra).

A maioria das tentativas de suicídio são impulsivas, por isso, é importante retirar todo o material que possa ser utilizado pela pessoa para se suicidar (facas, armas ou comprimidos) dos locais onde passa mais tempo. Essa precaução evita comportamentos de impulsividade e faz com que tenha mais tempo para pensar numa solução menos agressiva para os problemas.

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