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Autor Tópico: Falta Acessibilidade  (Lida 3833 vezes)

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Offline macili

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Falta Acessibilidade
« em: 17 de Agosto de 2011, 16:52 »
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Falta Acessibilidade


Vencer barreiras arquitetônicas é um dos grandes desafios enfrentados no dia a dia da pessoa com deficiência física, principalmente a que deambula de cadeira de rodas.

Muitos obstáculos a vencer! Entretanto é necessário conquistar a liberdade de ir e vir, mesmo a duras penas, ingrediente principal que nos garante a inclusão na sociedade.

“Levanta e vem para o meio” é um o tema da Campanha da Fraternidade.

Embora o desafio seja a nossa meta para criar consciência popular sobre essas pessoas diferentes, há muito ainda a desejar. A acessibilidade, condição indispensável para que possamos viver com dignidade, é a principal, pois precisamos nos mostrar, exercitar o nosso caminhar. Enfim, viver, como cidadãos que somos.




Para ilustrar, vou contar uma pequena história:
Uma viagem à praia. Um resort à beira-mar adaptado às condições de uma pessoa com deficiência locomotora que não prescinda de uma cadeira de rodas. Tudo acertado com o agente de viagem. Ponte aérea, sol bem arregalado, num cantinho do céu, chamado felicidade.

No aeroporto o veículo estava à nossa espera. Um micro ônibus, com porta estreita e a informação de que estava emperrada, tornando-se mais estreita, ainda. Não conseguia completar seu curso de abertura. Impossível uma contensão de forças másculas para rebocar-me ao seu interior. Não passaria pela porta envolta em braços.

O agente de viagem embarcou-nos num táxi, à nossa expensas financeira, com a promessa de ressarcimento, o que não aconteceu.
Mas, vamos lá, um problema vencido, característica indômita do brasileiro e do determinismo em reverter situações adversas.

Após o percurso de uma hora mais ou menos, eis-nos à frente de um majestoso resort, com lindas trepadeiras floridas que lhe enfeitava a entrada.

Logo, o nosso quarto, bonito e aparentemente adaptado às minhas condições de cadeirante. Via-se que passara por uma recente reforma. Amplo e aconchegante, com lindas cortinas e uma sacada, de onde se desnudava o mar bravio que se escondia manhoso depois dos coqueirais balouçantes, com cheiro de brisa e maresia. Um convite a uma estada feliz e renovadora.

O banheiro, cheio de pretensas adaptações distribuídas pelas paredes.
Na verdade, aos olhos do leigo, era possível distinguir-se pelo esmero, e quem sabe, pelo respeito aos seus reais usuários.

Que tristeza! Nada tinha a ver com as necessidades de uma pessoa com deficiência física. Poderia servir aos muletantes, nunca a um cadeirante.

Num quadrado, de um metro mais ou menos, com paralelas laterais de apoio, sem espaço ao lado para o posicionamento da cadeira de rodas, encontrava-se centrado o vaso sanitário. Era como se o seu usuário, num passo de mágica, ficasse de pé e desse meia volta para se sentar nele. Além disso, havia uma grande distância entre a parte posterior do vaso e a parede. Onde apoiaria as costas? Como fazer os manuseios sem equilíbrio? Qualquer descuido poderia cair para trás.

Impossível, mesmo, usar o sanitário do lindo resort. Precisava apoiar as costas para fazer os manuseios de assepsia e introdução da sonda vesical. Nem mesmo para tentar, teria condições.

O chuveiro, num requintado box, continha uma cadeira minúscula, sem braços, com o assento em tiras, dependurada numa alça de apoio, postada em desconexo com a altura e com os registros misturadores de água quente e fria.

Impossível acioná-los, pois ficavam às costas, numa posição bem acima do desejável. Como lavar os órgãos genitais nessa gangorra, que mais parecia uma balança, pois os pés não alcançavam o chão. Soltar as mãos da alça de apoio postada na parede, nem pensar. Um tombo seria inevitável. Lavar os cabelos? Também não.

Do pomposo banheiro, quase um salão de banho, restava ainda o lavatório, com secador de cabelos, torneira fotocélula (aquela que se abre com a simples aproximação das mãos) e um grande espelho à frente.

Não precisava observar muito para ver que também não podia acessá-lo. Encontrava-se sob o lavatório, um obstáculo, um cano, usado como cabide para as toalhas, impedindo, por sua posição e altura, o encaixe da cadeira de rodas para conseguir usá-lo. Nem lavar as mãos, eu conseguia. O jeito mesmo era passar uma toalha molhada.

Improvisar para não chorar. Não havia outra saída. O que fazer? Estávamos ali para descansar, para ser felizes. Eu não podia ser o empecilho. Assim, sorriso pra lá, sorriso pra cá e a vida a passar.

"Faz de conta" é a ordem. Afinal o mundo não é adaptado para nós, embora existam leis que determinem esse procedimento.





Em tempo oportuno, tentei conscientizar o responsável administrativo do resort e, lamentavelmente, fui informada de que para toda aquela pretensa adaptação, fora contratada uma Assessoria.
Ponho-me a pensar:

Como são desinformados, para não dizer IRRESPONSÁVEIS. Nem uma Assessoria, paga para um trabalho especializado, empenhara-se em se informar, em pesquisar para entender as necessidades primárias de um ser humano diferente. Não houvera preocupação em fazer jus, honestamente, ao dinheiro que lhe fora pago.

Os reais usuários, jamais são consultados. É como se fôssemos objetos inanimados, indesejáveis.

Por isso essas obras parecem eleitoreiras, ou simplesmente, edificações para burlar as obrigações determinadas pela lei.

Somos um país em desenvolvimento, tão diferente dos países de primeiro mundo!
Respeito é uma palavra meio desconhecida por aqui.



(Genaura Tormin)


« Última modificação: 17 de Agosto de 2011, 16:55 by macili »
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Offline silvia mari

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Re: Falta Acessibilidade
« Responder #1 em: 18 de Agosto de 2011, 20:51 »
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O Texto "Falta acessibilidade" tocou no meu ponto "crítico".
Tive um filho portador de espinha bífida,  que tornou-se um cadeirante. No mais, exceto os problemas de bexiga, intestino, etc. era perfeito, estudava numa faculdade de Direito. Desencarnou aos 24 anos, há 9 anos passados.

Viver com um cadeirante, nos torna sensível ao problema, e solidário a todos/as que têm alguma deficiência. Sou engenheira civil e recentemente fiz um curso de pós graduação em:Avaliação, Perícia e Auditoria . Durante o curso um professor nos levou para o campo (rua) no entorno do prédio onde eram realizadas as aulas para periciarmos as condições de acessibilidade aos portadores de deficiência ofertadas pela Prefeitura da Capital (MT).

Fiquei sensibilizada pelos horrores que encontramos em apenas uma quadra e decidi que o meu trabalho de conclusão do curso seria sobre "acessibilidade urbana". Escolhi um trecho de uma avenida por mim muito frequentada onde existem agências bancárias, correios, Apae, Associação dos Cegos e um comércio bastante frequentado pelos munícipes.

O principal e mais caótico ponto foi a na calçada da Agência do Banco Itaú onde tenho conta. Propus ao Banco as reformas para eliminar os problemas, porém além das promessas nada foi feito. Vou levar ao Conselho Estadual de Apoio às pessoas com deficiência e através do Ministério Público espero conseguir alguma melhoria. Acho um absurdo que a sociedade ande tropeçando pelas calçadas, torcendo os pés e fique alheia, principalmente sem pensar nos irmãos que têm alguma dificuldade para se locomover. 

Meu desejo é batalhar para melhorar as condições de acessibilidade urbana, pois nesta Capital é um assunto totalmente esquecido. Sei que sou um colibri tentando apagar um incêndio, mas estou procurando fazer minha parte.

Parabéns a pessoa que escreveu o texto, onde colocou com bastante clareza a situação vivida no resort e que não é diferente dos inúmeros locais onde os frequentadores encontram barreiras. Fazem muita propaganda dizendo que devemos estimular  as artes, os esportes, etc. mas os locais onde estes programas acontecem dificilmente estão preparados para que tenhamos o direito de ir e vir garantido por Leis, Normas e Decretos.

Essa preocupação precisa sair do papel e chegar aos prédios, logradouros , enfim a todos locais permitindo que tenhamos nossa igualdade respeitada. Hoje sou "perfeita" e o outro é "diferente", mas não sabemos o dia de amanhã... quando pode haver uma inversão papéis ... Pensem nisso... Que a paz de Jesus esteja com todos!

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Offline macili

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Re: Falta Acessibilidade
« Responder #2 em: 18 de Agosto de 2011, 21:21 »
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Olá Amiga Silvia Mari


Que precioso depoimento você compartilhou conosco.

Sim precisamos unir esforços para nos ajudarmos uns aos outros, perfeitos ou diferentes, pois somos todos filhos de Deus, com os mesmos direitos,deveres  e oportunidades de melhoria.

Minha cunhada é cadeirante há uns seis anos e enfrenta também sérias dificuldades quanto ao tema colocado.

Se cada um de nós fizermos a nossa parte, dermos um pouco de nosso amor e atenção aos nossos irmãos, o propósito humanitário será alcançado pois gera solidariedade, respeito humano.

Obrigada irmã pela valiosa contribuição ao tópico.


Que as graças de Deus sejam redirecionadas a todos os corações envolvidos nesta causa.


Paz e muita luz!!!









Ajudar



Eis que o Cristo apoiou o provérbio acima mencionado, de Salomão, na dignidade desta fala:

"Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos". E mais adiante continua: "Eu, porém, vos digo: Não resistais ao perverso; mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra".

E Paulo, inspirado em Jesus, acrescenta: "Abençoai aos que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis".



Se queres ajudar, vários caminhos se te deparam.

O impulso instintivo é o da vingança, contra quem nos ofende. Porém, o Cristo domina a ignorância e nos pede para ofertar-lhes a água do perdão. Se o caso é fome, que lhes demos o pão da fraternidade; e, se lhes faltam vestes, que os revistamos de amor.

Quem espera o ofensor para a desforra, vive de parceria com a maldade.

Se alguém já nos aborreceu muito, a melhor forma de ganhá-lo é esquecer as ofensas, e, se possível, ajudá-lo nas dificuldades.

Quem desarmoniza a vida alheia sempre se arrepende; se perdoado, pode se tornar seu maior amigo.





Pensar demais sobre como deve ajudar, sem fazer esforços, é adiar oportunidades de servir. A caridade está mais entregue à inspiração.

Os métodos para sermos úteis estão dentro de nós, aliados às nossas necessidades. Quando damos o pão para matar a fome física do nosso irmão, estamos eliminando a nossa fome espiritual; quando damos água a quem tem sede material, estamos saciando nossa própria sede da Alma; quem está vestindo os nus no mundo, está fazendo roupas espirituais para si mesmo. Então, de quem é o maior proveito?... É NOSSO.

É tão bonito e humanitário, como lei divina, este provérbio, que vamos repeti-lo: "Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber".

O perdão aqui está na mais profunda compreensão cristã. São esquecidas todas as ofensas, e ainda o ofendido ajuda o ofensor, de maneira cordial, sincera e digna, transformando a ignorância em laços de amizade.





Ajuda quando puder, e ajuda onde estiver, de maneira que a exigência não perturbe os teus sentimentos de amor.

Se queres ter alguma coisa de sabedoria em teu coração, trabalha para que o ódio não se aninhe em tua Alma.

Se queres ter paz, procura laborar constantemente o perdão.

Se queres ter abundância de todas as coisas boas, distribua o quanto puderes e tiveres de melhor. Empenha-te na fé, que ela te mostrará coisas tuas que não conhecias.





- Espírito: Carlos -

Livro: Tuas Mãos, psicografia de João Nunes Maia


« Última modificação: 18 de Agosto de 2011, 21:23 by macili »
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Re: Falta Acessibilidade
« Responder #3 em: 18 de Agosto de 2011, 22:01 »
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Olá cara amiga e irmã,

Sempre fui solidária às pessoas com dificuldades e com o nascimento de meu filho, André Luiz, vivi os 24 anos de sua existência em contato com pessoas que frequentavam Centros de Reabilitação, AACD- SP, enfim locais onde buscava os recursos para tratamento dele. Muito aprendi naquele período, tanto materialmente como espiritualmente. Digo materialmente porque ao nos depararmos com as dificuldades é que vamos sentir na pele a necessidade de resolve-las. Aprendi muito com a convivência tanto das crianças, jovens e idosos, como com as mães e acompanhantes. Sempre procurei repassar os novos conhecimentos aos que estavam na mesma situação há menos tempo.

Talvez porque fale demais, goste de conversar acho que descobria um novo mundo e partilhava com as outras pessoas.

Mesmo antes de assumir a Doutrina Espirita, que conheci na infância, mas só procurei me aprofundar após o desencarne do meu filho,  já aceitava todos como irmãos e via em todos a igualdade.

Convivendo com meu filho, que passou tão pouco tempo em nossa companhia, nesta existência, aprendi muito. Ele não tinha complexos, não era tímido, não reclamava de sua situação física, amava a todos como ninguém, defendia todos que tivessem a possibilidade  de sofrer qualquer preconceito, e  mais importante era muito resignado e FELIZ!!!

Hoje vejo jovens reclamando de tudo, e ele não reclamava de nada! Sempre dava um jeitinho de ser FELIZ, participando  com os amigos e colegas de programas saudáveis, e deixou este legado: "Amar sem preconceito, e aceitar os desígnios de Deus, em qualquer situação". Não se sentia "menos" do que ninguém, embora também não fosse orgulhoso sentindo-se "mais" que alguém. Seus amigos o admiravam e se espelhavam na disposição de amar e ser feliz. Creio que cumpriu a missão a que veio nesta encarnação e sinto-me parceira dele nesta caminhada.

Acredito que o meu desejo de trabalhar em prol da melhoria da acessibilidade urbana venha de uma intuição ou inspiração vinda dele, pois era a única coisa que o desagradava, não ter calçadas de qualidade para poder ir e vir.

Escreva sempre que puder Macili, vamos nos dar bem. Um grande abraço extensivo à sua cunhada.

Que Deus nos ilumine a todos!

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Re: Falta Acessibilidade
« Responder #4 em: 19 de Agosto de 2011, 04:40 »
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Querida Irmã Silvia


Belo exemplo de resgate em família demonstrou a sua vivência com o seu filho, bem como de sua dedicação com ele, interagindo também com as necessidades de tantos irmãos, carentes de amor, atenção e cuidados especiais.

Que Deus em sua infinita misericórdia os ampare e abençoe sempre, nos dois planos de vida.

Todo o meu carinho a você...




Acessibilidades



Quando se fala de acessibilidade normalmente associa-se a cidadãos deficientes. Isto não é completamente verdade e o conceito peca por escasso, pois esta também é necessária para idosos, pessoas com volumes pesados, mães com carros de bebés ,etc.
Já pensaram que uma pessoa com um carro de bebés de gémeos tem o dobro da dificuldade para transpor os obstáculos ?

Inclusive, também se pode partir do pressuposto que todas as pessoas têm uma necessidade especial, alguma coisa que sintam dificuldade em fazer.

Mas, levando a acessibilidade para o campo dos deficientes, nunca nos podemos esquecer; ao contrário do que muita gente pensa, que estes não são uma minoria.
Mas sim 9,18% da população portuguesa. E uma minoria por pouco que seja é sempre muita gente.
E hoje em dia tudo tem a sua comparação. Por exemplo; se a comparação for feita com os partidos políticos acabo por não saber muito bem o que é uma minoria?
Contra factos não há argumentos! Dois terços dos partidos políticos da bancada da oposição na Assembleia da República tiveram menos percentagem em votações eleitorais.
Estes factos dão sempre que pensar?
E o que dizer dos partidos políticos que nem sequer tiveram votação suficiente para ter assento parlamentar ?
Ficamos outra vez a pensar... O que é uma minoria?
- Será que neste mundo de globalização há micro, médias ou grandes minorias?
Mas a realidade crua e dura é que Portugal tem a maior taxa de acidentes de trabalho ou acidentes de viação da Europa. Não chegando os constantes alertas, fiscalizações e prevenções rodoviárias.
E todos esses números de acidentes vão infelizmente ajudar a engrossar a quantidades de deficientes. Sejam eles pessoas com mobilidade condicionada de uma forma permanente ou aqueles cidadãos que ficam com mobilidade condicionada por determinado período da vida .
Todos cidadãos anteriormente referidos constituem uma faixa da população que não podemos ignorar no que à acessibilidade diz respeito.
Com esta face trágica do mundo onde vivemos temos ainda que considerar que um indivíduo com determinada deficiência pode possuir ainda outro tipo incapacidade (visão, audição, fala, locomoção e muitas outras) .
Então hà que criar infra-estruturas de acessibilidade bastante abrangentes desde telemóveis, casas, carros, comboios, televisões, vídeos, passeios, cinemas, bibliotecas, todos os edifícios e transportes públicos, cabinas telefónicas, multibanco, etc. Para todo o tipo de deficiência e sem limitações ou discriminações sociais.





Caixotes do Lixo mal colocados


Urge ter a coragem política de assumir modificar a evidência dos factos e os números que estes representam para meter mãos a obra e criar todas as infra-estruturas de acessibilidade necessárias em qualidade e quantidade.
Se evoluirmos neste campo afastamo-nos progressivamente da cauda da Europa que se diz comunitária (mais para uns países do que para outros).
Não é só na realização da Expo 98, da Capital Europeia da Cultura 2001 ou o futuro Campeonato da Europa 2004 que mostramos a nossa capacidade organizativa.
Devemo-nos deixar da mania das grandezas.
Em primeiro lugar devia-mos criar melhores condições de saúde, trabalho, educação, para termos uma boa plataforma para realizarmos todos esses eventos. Primeiro arrumamos a casa, depois convidamos os vizinhos!
Temos de dar um salto em frente e seguir o exemplo de outros países. Se em Portugal era a educação, nos EUA a paixão parece ser a acessibilidade.
Mais propriamente, no Centro de Design Universal, da Universidade Estatal da Carolina do Norte, já se tenta desenvolver o modelo de que:

"O objectivo do conceito de design universal é o de simplificar a vida a todos, fazendo com que os produtos, as comunicações e o meio edificado sejam mais utilizáveis por um número cada vez maior de pessoas, a um preço baixo e sem custos adicionais Este conceito tem por alvo pessoas de todas as idades, estaturas e capacidades."
"O design universal tem por objectivo desenvolver teoria, princípios e soluções, com vista a possibilitar que todos utilizem, até onde lhes seja possível, as mesmas soluções físicas, quer se trate de edifícios, áreas exteriores, meios de comunicação ou ainda de móveis e utensílios domésticos ".




E a idéia principal,


"O Design Universal é o design de produtos e de meios físicos a utilizar por todas as pessoas, até ao limite máximo possível, sem necessidade de se recorrer a adaptações ou a design especializado."


Agora cada pessoa tire a sua conclusão.
Mas na Europa também se tem dado passos incríveis para criar acessibilidade.
Sempre fiquei com a ideia que a Holanda era um país com referências a seguir em todos os aspectos em relação a acessibilidade.
Na Inglaterra e de acordo com "Disability Discrimination Act", a concepção da acessibilidade aos canais de T.V. vai do nível da programação da BBC até ao acesso físico das suas instalações.
Em Portugal temos unicamente a linguagem gestual no noticiário da tarde da R.T.P. 2 e algumas vezes tradução do teletexto. Melhores dias virão com a televisão digital. Esperemos!
No que diz respeito aos computadores, que é um excelente modo de uma pessoa com deficiência trabalhar, já se fez grandes progressos com os assistentes de acessibilidade no Windows.
Mas o maior problema encontra-se no rato. O projecto dos "ratos acessíveis" foi inviabilizado por não ser rentável comercialmente.

Será que ninguém se lembrou que era uma necessidade?!
Eu confesso. Não sou uma pessoa viajada, mas estou atento a tudo o que me rodeia através dos órgãos de comunicação social e rapidamente me apercebo que Portugal está bastante atrasado em rampas de acesso a passadeiras. É necessário mudar a maneira de pensar de que só acontece aos outros.
Por exemplo quem acompanha a volta a França, Itália ou Espanha em bicicleta pela televisão, facilmente repara em rampas. Inclusivamente nos locais mais recônditos.
Portanto, com os nossos políticos com tantas e constantes paixões há que perguntar:



Educação para Acessibilidade  para quando ?


Fonte: Criança Diferente
Blog de Victor Passos.


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