T�pico: A Fotografia e a Telegrafia do Pensamento (Lida 1916 vezes)

macili · « **em:** 17 de Dezembro de 2016, 17:47 »

A Fotografia e a Telegrafia do Pensamento

Quando, na primeira parte do seu livro �Obras P�stumas�, Allan Kardec faz uma introdu��o ao estudo da fotografia e telegrafia do pensamento pode parecer estranho porque desde os tempos de crian�a, na escola aprendemos que o pensamento, por ser invis�vel e intoc�vel, seria uma coisa abstrata, em raz�o disso surge a seguinte pergunta: Se n�o pode ser visto nem tocado, como se consegue fotograf�-lo? Essa era e continua sendo a incerteza para alguns, cuja d�vida tentaremos esclarecer.

Para melhor compreender como ocorre o procedimento fotogr�fico do pensamento, em primeiro lugar � imprescind�vel que se tenha a certeza da exist�ncia da alma, caso contr�rio ser� in�til tentar entend�-lo. De acordo com os ensinamentos da Doutrina Esp�rita, Deus criou os esp�ritos simples e ignorantes, mas, todos imortais. Vendo por esse �ngulo, poderia parecer uma grande injusti�a do Criador cria-los para viver eternamente na ignor�ncia e na simplicidade, mas, isso n�o � verdade, essa aparente injusti�a � apenas uma suposi��o, porque, na sua misericordiosa bondade, Ele concedeu a cada um a oportunidade de desenvolver a sua capacidade de conhecer e manipular as coisas por meio da intelig�ncia, adquirir conhecimentos, e desse modo, gradativamente evoluir at� alcan�ar a condi��o de esp�ritos puros.

Por�m, como toda evolu��o exige sacrif�cios, para poder alcan�ar essa pureza v�rias condi��es s�o impostas a cada esp�rito, e uma delas � ter que passar por uma experi�ncia vivendo um determinado tempo no mundo material. Ocorre que, por n�o poder atuar diretamente sobre a mat�ria bruta em raz�o de sua natureza flu�dica, ele necessita de um instrumento para lhe servir de intermedi�rio. Para isso, retira uma por��o do fluido universal e forma um corpo semimaterial e outro material, os quais o acompanhar�o por toda parte durante a sua passagem pela Terra, formando assim o que chamamos de ser humano.

Sendo assim, cada ser humano � formado por tr�s elementos distintos e harm�nicos, interligados entre si por la�os flu�dicos. O esp�rito, que � o ser sens�vel e pensante da cria��o, e sede de todos os sentimentos; o per�spirito, corpo semimaterial, imponder�vel, invis�vel aos nossos olhos e que serve de liga��o entre esp�rito e mat�ria; e corpo f�sico, o instrumento que o esp�rito utiliza para atuar no mundo material.

Esse corpo f�sico possui sete centros de for�a, tamb�m chamados de chacras, situados no corpo energ�tico, que s�o respons�veis pela distribui��o da energia vital, pelo equil�brio do organismo f�sico, e tem como tarefa a absor��o de energias do meio ambiente. Al�m disso, � dotado tamb�m de cinco �rg�os f�sicos, cada um com a fun��o espec�fica de captar as sensa��es externas e, por meio do per�spirito, envia-las para o esp�rito, e entre eles destacamos dois, que s�o os que mais interessam ao assunto que estamos tratando: os olhos e os ouvidos, que captam e transmitem, respectivamente, as imagens e os sons.

Por exemplo, quando olhamos para um objeto, ou assistimos uma cena qualquer, as imagens s�o captadas pelo nosso sentido da vis�o, e depois, por meio de ondas, transmitidas para o perispirito que as fotografa e arquiva no c�rebro. Quando queremos lembrar daquele objeto, ou daquela cena, o arquivo se abre e reproduz aquelas fotografias que nele est�o gravadas e arquivadas, exibindo-as para o nosso esp�rito. Por isso, o Codificador do Espiritismo, comparou a mente humana com um �lbum que pode ser manuseado para reviver cenas passadas.

Quando estamos falando com algu�m, o ar que sai dos pulm�es passa pelas cordas vocais que vibram e produzem um som articulando as palavras. Aquele som, por n�s emitido, se propaga pelo espa�o por meio de ondas sonoras que obedecem a um padr�o chamado frequ�ncia, � captado pelo �rg�o auditivo da pessoa com quem conversamos e, em seguida, transmitido ao seu per�spirito que o recebe quase instantaneamente, grava e armazena.

Quando a pessoa quer lembrar daquelas palavras o per�spirito abre o seu arquivo e, por meio de ondas pensantes, as repete. Foi, tamb�m, por esse motivo que o cientista e neurocirurgi�o Wilder Penfield, da Universidade Mc Gill em Montreal no Canad�, assim como Kardec, definiu a mente como sendo um gravador de m�xima fidelidade que grava as experi�ncias vividas, como se fosse uma fita magn�tica as quais, futuramente poder�o ser reproduzidas, bastando, para isso, um leve toque no c�rebro com um eletrodo.

Da mesma forma que as imagens e os sons podem ser recebidos, fotografados e gravados pelo perisp�rito, com o que pensamos ocorre o mesmo. Como o pensamento � atributo do esp�rito, e tem for�a criadora, ele consegue impor a sua vontade e atuar sobre os fluidos dando-lhes forma ou modificando-os. Desse modo, tudo o que pensamos cria imagens flu�dicas que, semelhante a um espelho, reflete no nosso perisp�rito, onde tamb�m s�o fotografadas e armazenadas, podendo, igualmente, serem reproduzidas posteriormente. Portanto, nada h� de estranho em se falar em fotografia e telegrafia do pensamento, j� que se trata de um mecanismo de grande utilidade, que serve de advert�ncia e nos orienta a procurar reciclar as nossas ideias.

Essa reciclagem � imprescind�vel porque, como esp�ritos encarnados que somos, vivemos aqui na Terra mergulhados nessa atmosfera flu�dica que envolve todo o universo, onde cada um possui sua caracter�stica flu�dica particular, dita aura, ou seja, um campo energ�tico resultante de emana��es de natureza eletromagn�tica, que irradia em torno do corpo. Em raz�o disso, estamos sempre numa constante troca de energias com aquelas vindas do cosmo, e as individuais, provenientes das outras pessoas, as quais poder�o ser positivas ou negativas, e entre elas existe uma tend�ncia a unirem-se ou afastarem-se, uma atra��o ou repuls�o.

Em um ambiente saud�vel, por exemplo, onde a maioria dos pensamentos s�o bons, pelo processo de irradia��o ocorrer� um fluxo daquelas energias positivas que se dirigir�o �s pessoas presentes, e aquelas que estiverem receptivas as atrair�o e consequentemente, ser�o influenciadas ao bem. Nesse caso, mesmo que haja uma pequena parcela de pensamentos mal�volos, eles n�o poder�o impedir que as boas influ�ncias se produzam, pois, por estar em posi��o de minoria, ser�o paralisadas e repudiadas.

Portanto, quando estamos no mesmo padr�o vibrat�rio de pessoas que estejam pensando no bem, se os nossos pensamentos tamb�m forem bons, pelo processo telep�tico atra�mos e emitimos energias salutares, melhor dizendo, haver� uma troca daquelas positivas. Por�m, se o ambiente estiver infestado de pensamentos maus, (carregado), saturado de fluidos negativos e forem a maioria, enfraquecer�o as boas irradia��es impedindo-as de penetrar naquele meio, e, as pessoas que tamb�m estiverem sob influ�ncias mal�ficas, receber�o cargas de energias delet�rias, que ir�o alojar-se no per�spirito de cada uma, influenciando-a ao mal. Desse modo, se a nossa sintonia for com algu�m que esteja emitindo energias mal�volas e estivemos pensando no mal, elas se unir�o e, obviamente, a permuta ser� de fluidos delet�rios.

== Continua ==

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