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  • Analisando as Traduções Bíblicas

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Autor Tópico: Analisando as Traduções Bíblicas  (Lida 10916 vezes)

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Offline Marianna

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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #15 em: 03 de Dezembro de 2014, 01:35 »
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CAPÍTULO II

A História das Traduções da Bíblia

  “A Torá tem sua própria terminologia complexa e um único conjunto de regras e linhas mestras pelas quais pode-se interpretá-la.

Uma tradução direta pode facilmente levar a uma distorção, mau entendimento, e até a negação da unidade de Deus”.

  A tradução da Bíblia para o Ocidente: uma Torre de Babel

O Gênesis nos relata, em seu capítulo 11, a história da Torre de Babel. Toda a terra possuía uma só língua e serviam-se das mesmas palavras.

  Os homens construíram uma torre cujo cimo atingia os Céus, com o objetivo de tornarem célebres os seus nomes. Mas Deus percebeu que eles queriam ir além dos seus limites, e lhes confundiu a linguagem, dispersando-os por toda a terra.

Semelhantemente, a Bíblia possuía uma só língua, que era completa e tinha seu conjunto de regras e terminologia próprias para o seu entendimento. No entanto, vieram os gregos e mudaram a essência e significados dessa língua, espalhando-a por todo o mundo. Produziram, assim, uma nova ”Torre de Babel” com sua Tradução.

  Fica difícil compreender o porquê de tantas modificações.

▬  Começaram logo com a alteração nos nomes dos livros de:

   Vaicrá passou a Levítico,
   Moisés Bereshit virou Gênesis,
   A Bamidbar chamaram Números,
   Devarim tornou-se Deuteronômio,
   Enquanto Shemôt foi traduzido como Êxodo,

Estas alterações continuaram por todo o seu texto, e o resultado é o que se tem, hoje, uma verdadeira ”Torre de Babel”, nas diversas versões da Bíblia, em português.

  Apresentaremos, a seguir, a história destes acontecimentos que trouxeram as divisões, divergências e dificuldades no entendimento da mensagem bíblica.

A Septuaginta ou versão dos LXX - Bíblia Grega

  A versão grega da Bíblia hebraica enfrentou muitas dificuldades, desde a questão das idéias teológicas e exegéticas do judaísmo palestino e alexandrino, até a questão linguística.

A questão linguística é a mais séria de todas, senão vejamos: o hebraico é uma língua semítica oriental que se escreve da direita para a esquerda, não tem vogais e é muito pobre em vocabulário, tendo um princípio gramatical todo especial.

  Um deles que merece consideração, por exemplo, é o verbo SER que não se conjuga no presente do indicativo, por questão divina e cabalista. No sentido divino só IAHVÉH pode dizer EU SOU.

E segundo os cabalistas113, o verbo “haiá” ( SER), na verdade significa muito mais do que “SER”, “Existir”, no sentido passivo da palavra; ele significa acima de tudo “tornar-se”, ou seja, “viver” de uma forma altamente ativa.

  O verbo “haiá” (SER) não é conjugado no presente, pois na realidade o presente não tem tempo para ser: mal deixou o passado quando logo se depara com o futuro. “Nem mesmo um único instante constitui o presente!”

E, no entanto, é esse instante, o “aqui e agora”, o ponto de partida da ação futura. Pois é neste momento do presente que brota do passado, é neste “hoje” que o homem age, “faz”, dirigindo seus esforços para o futuro. “Há um amanhã que é o presente”.

  Aí está um pequeno exemplo dos elementos que precisam ser considerados numa tradução.

Agora analise todo o exposto acima e imagine as dificuldades enfrentadas quando se deseja transferir um texto hebraico, para o grego ou para qualquer outra língua.

  O grego é uma língua muito diferente do hebraico, possuindo além disso, os seus modismos gramaticais e transformações.

Comparado ao hebraico que não tem vogais, o grego tem muitas, constituindo-se de sete ao todo. É uma língua ocidental do grupo das Indo Européias, escreve-se como as línguas ocidentais, da esquerda para a direita, tem uma gramática também específica e muito rica em declinações, conjugações e casos gramaticais.





« Última modificação: 08 de Junho de 2016, 19:21 by Marianna »
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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #16 em: 03 de Dezembro de 2014, 01:37 »
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  Hoje já é dividido em antigo e moderno. O antigo com uma pronúncia e escrita que só existem basicamente nos textos bíblicos. Já o moderno é o que se fala hoje na Grécia e está totalmente diferente do antigo.

As dificuldades enfrentadas pelos tradutores foram imensas e com certeza muita coisa importante ficou perdida no meio desta tradução.

  A explicação e justificativa dadas pelo Talmude mostram muito bem como não houve harmonia e igualdade nesta tradução. Vejamos e analisemos a sua história e tiremos nossas conclusões.

No século III a. C. uma importante colônia judaica vivia no Egito, especificamente em Alexandria, onde se falava comumente a língua grega.

  Havia uma necessidade premente de que o povo judeu possuísse a Bíblia em grego, além da importância que representava para a biblioteca de Alexandria que ainda não possuía a Bíblia nessa língua.

No reinado do rei egípcio, Ptolomeu Filadelfo II (285-247 a. C), a pedido de Demétrio Falario, o bibliotecário do rei, o sumo sacerdote Eleazar, conforme a carta apócrifa de Aristéias, enviou de Jerusalém setenta e dois sábios, seis representantes para cada uma das doze tribos de Israel, a fim de realizarem a tradução da Bíblia hebraica para o grego.

  Aristéias foi um estudioso judeu que morava em Alexandria na segunda metade do século II antes de Cristo e quis passar por gentio e valido na corte de Ptolomeu Filadelfo. Conta ainda Aristéias que a tradução foi completada em 72 dias.

Segundo o Rebe de Lubavitch no Livro ”Discursos Hassídicos”45, qualquer tradução é uma tarefa árdua e transpor a Torá, à Divina vontade, em outra língua, é especialmente perigoso.

  A Torá tem sua própria terminologia complexa e um único conjunto de regras e linhas mestras pelas quais pode-se interpretá-la. Uma tradução direta pode facilmente levar a uma distorção, mau entendimento, e até a negação da unidade de Deus.

Sem emendas nas traduções nos possíveis maus direcionamentos de palavras e frases, deploráveis danos poderiam resultar.

  A tradução para o grego recebeu o nome de Septuaginta e passou a fazer parte da biblioteca do rei Ptolomeu Filadelfo em Alexandria.

Chamou-se “Setenta” em virtude das principais línguas do mundo serem em número de setenta, sendo as outras, variantes, híbridas, ou dialetos dessas setenta.

▬  O rabino Meir Masliah Melamed75, em sua tradução da Torá, refere-se:

   As setenta nações que há na terra,
   As setenta almas que desceram ao Egito,
   Aos setenta homens dos anciãos de Israel,
   Os setenta nomes que tem a cidade de Jerusalém,
   Os setenta nomes pelos quais foi chamado o Eterno, 
   Os setenta nomes pelos quais foi chamado o povo de Israel

O Talmude comenta que “o dia da tradução foi tão doloroso quanto o dia em que o bezerro de Ouro foi construído, pois a Torá não poderia ser acuradamente traduzida”. Alguns rabinos disseram que “as trevas cobriram a terra por três dias” quando a LXX (Setenta ou Septuaginta) foi escrita 75.

   Segundo a versão talmúdica da história, enquanto a traduzia, cada sábio era confinado em celas separadas, na ilha de Faros, e cada um completou a tradução inteira em 72 dias, produzindo assim traduções totalmente independentes.

No entanto, seus corações estavam plenos de sabedoria divina, e eles criaram versões idênticas. Todos fizeram as mesmas mudanças em suas traduções, para que o rei não alimentasse qualquer dúvida que talvez existisse se as traduções do hebraico fossem literais.

  Fílon Judaeus afirma que cada sábio se encheu de inspiração divina, orientando-o neste trabalho e fazendo com que esta tradução fosse altamente valorizada pelos cristãos.

A designação de “versão da LXX” referia-se, no início, somente à tradução do Pentateuco. Os demais livros foram traduzidos mais tarde, até meados ou, no máximo, final do século II a. C.

  Durante essas traduções, alguns escritos novos foram acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados, porque não faziam parte do Tanách.

Estes livros foram escritos em grego e são os seguintes: Tobias e Judite, alguns suplementos dos livros de Daniel e de Ester, I e II livro dos Macabeus, os livros da Sabedoria, do Eclesiástico (Sirac), Baruc e a Carta de Jeremias, que se lê hoje no último capítulo de Baruc.

  A igreja Católica admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros.


 




« Última modificação: 12 de Dezembro de 2015, 01:55 by Marianna »
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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #17 em: 04 de Dezembro de 2014, 01:12 »
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* DSS1_Web.jpg (229.04 Kb - transferido 370 vezes.)
     

  Na época da Reforma, os protestantes, depois de terem hesitado por algum tempo, decidiram não mais admiti-los nas suas Bíblias, pelo simples fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica primitiva.

Daí a diferença que ainda hoje existe entre as edições da Bíblia protestante e as da Bíblia católica que possui 7 livros a mais. Muitas essências e valores foram perdidos com a tradução da Torá.   

  Modernamente nos servimos das letras do alfabeto para designar os sons componentes das palavras da nossa língua. Na sua fase antiga, ideográfica, o alfabeto era composto de sinais que sugeriam idéias em vez de sons.     No decorrer dos tempos, porém, apagou-se por completo esse aspecto primitivo dos sinais gráficos para remanescer, unicamente, o valor fonético e ser adotado por todas as nações do mundo em nossos dias.

   Nesse particular, ”o alfabeto hebraico constitui uma verdadeira exceção”, pois continuou sendo objeto de ramificada interpretação ideológica, a qual, no fundo, sublima e desenvolve, em profundidade, o seu primitivo princípio ideográfico.

Com efeito, volumes e mais volumes poderiam ser escritos, versando sobre o valor ideológico atribuído às suas letras por exegetas hebreus e cristãos nas várias épocas da História, em que o valor exclusivamente fonético dos sinais gráficos já estava definitivamente fixado.

  Eusébio (260-340), Ambrósio (333-397) e Jerônimo (340-420) referem-se, nas suas obras, às letras do alfabeto hebraico, atribuindo-lhes valores ideológicos: Alef (ifr)-doutrina, Beth - casa, etc, referindo-se ora ao significado da figura, ora à semântica de seu nome.

Desta conduta, derivaram-se muitos conceitos novos que, na verdade, acabaram por não traduzir o verdadeiro sentido do texto, além de alterarem o sentido original ou mesmo deixarem de atribuir valores que não poderiam ficar de fora. 

  O Zôhar112 afirma que, em cada uma das palavras da Torá, estão contidas verdades supremas e segredos sublimes. Assim, os textos da Torá não são mais do que suas vestes exteriores.     O vinho deve ser colocado num cântaro para se conservar, assim também a Torá deve ser envolvida numa roupagem exterior. Essa roupagem é feita de fábulas e narrativas, mas nós devemos penetrar através dela. 

  Ainda segundo o Zôhar, a palavra Bereshit (bará-shit) significa ”criou seis”, ou seja, Deus criou em seis e este é um significado correto, pois a Torá fala em seis dias primordiais da criação. No sétimo foi o descanso.

Tomaremos, a título de exemplo, a primeira palavra da Bíblia que é BERESHIT (D WD) e traduzida significa ”no princípio”. Mostraremos quantos significados transmitidos por Deus, em sua escrita hebraica, foram perdidos com sua tradução para outros idiomas.     

  Acompanhemos estes significados seguindo letras e palavras que estão contidas neste vocábulo.

n13 BERESHIT- No princípio. 3= BÊT: B significa casa. A palavra casa nem sempre significa uma estrutura material e, no Velho Testamento, ela apresenta vários significados: uma família dinástica por exemplo, casa de David. 

  Num sentido mais amplo, ela designa um grupo maior como uma tribo. Assim usam-se os termos, casa de Levi, casa de Judá ou ainda um povo inteiro, casa de Israel. O templo era chamado casa de Iahvéh. A palavra Betel (Beit - EI), por exemplo, significa casa de Deus.   

n(BKl)3= observe as três letras dentro do parêntese. Elas formam a palavra ROSH que significa cabeça, direção, comando, domínio. No pensamento hebraico, cabeça tem uso metafórico significando pessoas ou coisas que precedem na ordem, na classe ou na qualidade.   

  Assim, a origem de uma série, o melhor de uma coleção, o cume (de montanhas), o chefe ou governador de uma comunidade.

Cristo - cabeça no Novo Testamento - é uma concepção original derivada, em parte, do uso de cabeça, no Antigo Testamento. No grego, este significado não acompanha o mesmo sentido, pois o grego não usava cabeça para designar o chefe de uma comunidade.   

  nffi5Ç12 Observe mais uma vez as letras do parêntese que formam a palavra ISH que significa homem. Elemento principal da criação divina e com quem Deus fez o seu pacto de fogo (êsh) que também está na mesma palavra.

ISH (homem) e ÊSH = KK (fogo) são escritos com as mesmas letras, (álef = X + Shin ü), possuindo apenas sons diferentes, portanto, são vocábulos homógrafos com significados diferentes.   

  rTH = BRIT, outra palavra também extraída de BERESHIT e significa ”Aliança”. Representa o pacto especial entre Deus e o homem.

Esta aliança vem do acordo entre Deus e Abraão (Veja Gn. Caps. 15:17 e 17) e envolve a Circuncisão (Brit milá).     

  Esta aliança envolve também um pacto de fogo (êsh) que também está incluso na mesma palavra (Bereshit).     Veja Ex. 3:2, a ”Sarça Ardente”, Ex. 13:21:  ▬  ”A Coluna de fogo” e Ex. 19:18 ”O Sinai Fumegante, Iahvéh descera sobre ele no fogo”. 
   





   

« Última modificação: 12 de Dezembro de 2015, 02:46 by Marianna »
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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #18 em: 04 de Dezembro de 2014, 02:31 »
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* a-historia-das-traducoes-biblicas-jornal-a-opiniao.png (306.59 Kb - transferido 424 vezes.)


   A Torá possui 613 mandamentos, (”mtsvôt”), divididos entre afirmativos e negativos, cujos valores numéricos estão contidos nas letras da palavra BERESHIT.

Vejamos:

  3 -BÊT=02
  1 -RÊSH=200
  K -ÁLEF01
  -IUD=10
  n -TAV400

Total = 613 mandamentos da Torá.

   Este valor numérico, bem como todos os outros significados, ficaram perdidos quando se traduziu para o grego a palavra BERESHIT por EN ARCHÊ e para o latim IN PRINCIPIO.

Estes são alguns exemplos de significados perdidos com a tradução da Bíblia e é claro que, nesta palavra, ainda existem muitas outras mensagens e valores não notados por nós, e, portanto, não citados aqui.

Outra palavra de significado interessante é ffl3í=”ÉMET” que, em hebraico, significa:
▬  "Verdade".

Segundo o Midraxe, (coleção de comentários bíblicos, compilados da Torá Oral), o selo de Deus é constituído por três letras que são:

  ”Álef = K (primeira letra do alfabeto hebraico),
  por ”Mem”= D (letra intermediária do alfabeto)
  e o Tav”=D (última letra do alfabeto).

Assim, a ”verdade”, (ÉMET”), é composta de ”começo”, ”meio” e ”fim”. Ela é completa em sua construção e essência gráfica no hebraico.

Em Isaías 44:6 está escrito:
▬  ”Eu sou o primeiro e o último, fora de mim não há Deus”.

Em hebraico: (Ani rishon vaani acharon). Deus é a própria verdade, o começo, o meio e o fim.

   Lembre-se de que o Cristo fala no Apocalipse 1:8 e 22:13 que Ele é o ”Alfa” e o ”Omega”. Semelhantemente, as letras gregas, ”Alfa e Omega”, representam o princípio e o fim do alfabeto.

A palavra AMOR, em hebraico DP = ahavá), apresenta como valores numéricos absolutos de suas letras, o número 13. Confia

  ÁLEF = 1
  HEI= 5
  BÊT = 2
  HEI = 5
  Total 13.

A palavra ”UNIDADE”, em hebraico (IPlljí = échad), apresenta também os valores absolutos de suas letras iguais a 13. Confira:

  ÁLEF = 1
  HET = 8
  DÁLET = 4
  Total 13.

Agora veja a palavra IAHVÉH (ITirP). Confira a soma dos valores numéricos de suas letras:

  IUD = 10
  HEI = 5
  VAV = 6
  HEI = 5
  Total = 26.

Assim, observe que a soma dos valores da palavra ”amor”= 13, mais ”unidade”13, em hebraico, é igual a 26, que é a soma dos valores absolutos da palavra IAHVÉH, DEUS. Assim, fica evidente que DEUS é igual a AMOR e UNIDADE, porém isto só pode ser verificado na língua hebraica.

   Todos estes valores se perdem após a realização da tradução destas palavras para outras línguas. Imagine agora o quanto se perdeu com toda a tradução da Bíblia!

Poderíamos comparar a Bíblia com um grande banquete preparado para o mundo.

   Este banquete só pode ser realmente consumido por aqueles que, pelo menos, entendem o HEBRAICO. Assim, nós ocidentais, por exemplo, recebendo sua tradução literal e unilateral, podemos dizer que nos restou, deste grande banquete, apenas a sobremesa.

Vai ainda aqui a título de esclarecimento, um comentário sobre o primeiro versículo da Bíblia, que possui duas (2) discordâncias de sentido em todas as traduções ocidentais existentes em português. Veja e acompanhe a tradução: Gn. 1:1

Texto Hebraico

Todas as Bíblias ocidentais traduzem este versículo da seguinte maneira:
▬  ”No princípio criou Deus os céus e a terra”.

   Quanto à primeira palavra da Bíblia (Bereshit), da qual mostramos acima alguns exemplos, esta apresenta uma riqueza de significados ainda não esgotados, mesmo depois de milênios de Exegese.

Já o primeiro verbo da Bíblia (bará), traduzido normalmente com o significado de “criou”, não representa um sentido tão exato como quando traduzido por “criava”31, tempo imperfeito, uma vez que denota o sentido ainda incompleto ou inacabado da criação.

   Deus começou a criar naquele momento, ainda estava em plena atividade criativa, portanto não se justifica “criou” e sim “criava”.

Elohim - Deus - é o primeiro nome divino escrito na Bíblia. Há uma controvérsia com relação ao sentido de plural ou singular nesta palavra. Nós aceitamos Elohim como um plural majestoso de EL Deus, mas ratificando que Deus é único.


 




« Última modificação: 12 de Dezembro de 2015, 03:03 by Marianna »
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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #19 em: 04 de Dezembro de 2014, 03:48 »
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* images.jpeg (15.87 Kb - transferido 323 vezes.)


  Et hashamaim - É uma palavra traduzida como ”os Céus” ou ”Firmamento”, no entanto, quando lemos o versículo seguinte, o de número 2, do Gênesis, encontramos a informação de que o espírito de Deus pairava sobre as águas (hamaim).

Como pode então o espírito de Deus pairar sobre a face das águas, se estas ainda não haviam sido criadas até aquele momento?

  O significado correto de Shamaím é ”carrega água”, ”ali existe água”; ”fogo e água”; que misturados um ao outro formaram os Céus.

Com este significado, justifica-se a existência de água no versículo.

  2. Donde podemos concluir que a criação das águas antecedeu à criação da terra e dos Céus. Logo, o primeiro versículo da Bíblia corretamente traduzido fica assim: ”No princípio criava Deus as águas e a terra.”

Observe que, no segundo dia, é que Deus chama o firmamento de Céus que ainda não existia no primeiro. Confira em Gênesis 1:8.

  Diante de tudo isto, temos condições de entender o porquê das afirmativas dos rabinos e do Talmude de que a terra cobriu-se de trevas quando a Torá foi traduzida.

Acrescentam os rabinos, ainda, que este dia foi comparado ao dia da construção do bezerro de ouro pelos hebreus, na planície do Sinai.

  A Vulgata de São Jerônimo

A Vulgata é a tradução da Bíblia, do grego para o latim, que foi realizada por São Jerônimo a pedido do papa Dâmaso -1.

  A Septuaginta só contém os livros da Primeira Aliança (Velho Testamento). O Novo Testamento em grego não é acoplado à Septuaginta, só existindo em separado.

Assim, quem quiser possuir a Bíblia completa, em grego, tem que possuir a Septuaginta e o Novo Testamento em grego. São Jerônimo fez exatamente isto, traduziu e uniu o Velho e o Novo Testamento numa só obra, do grego para o latim.

  Tudo começou com as dificuldades reinantes no século III da era cristã. Escritos em meio das convulsões que assinalavam a agonia do mundo judaico, depois sob a influência das discussões que caracterizavam os primeiros tempos do cristianismo.

▬  Os Evangelhos se ressentiam:

  Das paixões,
  Dos preconceitos da época,
  E da perturbação dos espíritos.

Grandes divergências dogmáticas agitam o mundo cristão e provocam sanguinolentas perturbações no Império, até que Teodósio, conferindo a supremacia ao papado, impõe a opinião do bispo de Roma à cristandade.

  A partir daí, o pensamento, criador demasiado fecundo de sistemas diferentes, há de ser reprimido.

“A fim de pôr termo a essas divergências de opinião, no momento em que vários concílios acabam de discutir acerca da natureza de Jesus, uns admitindo, outros rejeitando a sua divindade, o papa Dâmaso confia a São Jerônimo, em 384, a missão de redigir uma tradução latina do Antigo e do Novo testamento".

  Essa tradução deverá ser, daí por diante, a única reputada ortodoxa e tornar-se-á a norma das doutrinas da Igreja44.

São Jerônimo sentiu o peso da responsabilidade, escreveu ao papa um demonstrativo de suas preocupações, referindo-se à sua tradução latina dos evangelhos.

▬  Eis o seu desabafo44:

  Da velha obra me obrigais a fazer obra nova. Quereis que, de alguma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão dispersos por todo o mundo, e, como diferem entre si, que eu distinga os que estão de acordo com o verdadeiro texto grego.

É um piedoso trabalho, mas é também um perigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já envelhecido”.

  Qual, de fato, o sábio e mesmo o ignorante que, desde que tiver nas mãos um exemplar (novo), depois de o haver percorrido apenas uma vez, vendo que se acha em desacordo com o que está habituado a ler, não se ponha imediatamente a clamar que eu sou um sacrílego.

▬  Um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir alguma coisa nos antigos livros'?

  Um duplo motivo me consola desta acusação. O primeiro é que vós, que sois o soberano pontífice, me ordenais que o faça; o segundo é que a verdade não poderia existir em coisas que divergem, mesmo quando tivessem elas por si a aprovação dos maus.

Observe como São Jerônimo foi sábio e coerente diante da responsabilidade assumida, dando-nos, assim, um testemunho das alterações que realizou na Bíblia e, com sua versão latina, tentou pôr fim a estas dificuldades, surgindo, dessa maneira, a conhecida Vulgata (a divulgada).

  Vemos, nestas declarações, o testemunho das modificações e adaptações por que passou a Bíblia e, por isso, não se pode afirmar, categoricamente, que tudo que existe neste livro, em português, é apura verdade.


 





« Última modificação: 12 de Dezembro de 2015, 03:17 by Marianna »
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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #20 em: 04 de Dezembro de 2014, 04:15 »
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* images.jpeg (18.66 Kb - transferido 319 vezes.)


  Santo Agostinho, bispo de Hipona, escreve a São Jerônimo no ano 395, demonstrando sua preocupação com relação à sua tradução e testificando a inexistência de exatidão nas traduções bíblicas.

▬  Vejamos a sua carta:

  ”A meu ver, eu preferiria que tu antes nos interpretasse as Escrituras gregas canónicas que são atribuídas aos setenta intérpretes, pois se há dissonância entre o latim das antigas versões e o grego da Setenta, pode-se ir verificar"

"Mas se há dissonância entre o latim da nova versão e o texto conhecido do público, como dar a prova da sua exatidão?”

  A Bíblia nem sempre foi dividida em capítulos e versículos como ocorre atualmente. Inicialmente a Torá (os cinco livros de Moisés) foi dividida em ”seções” chamadas ”peraxiôt” niÈHS para leitura na Sinagoga judaica.

Cada ”peraxá” (seção) é lida em uma semana e a quantidade de ”peraxiôt” (seções) é igual ao número de semanas do ano judaico. O restante da Bíblia hebraica (O Tanách), ou seja, a ”Primeira Aliança” ou ”Velho Testamento” foi dividida em versículos e seções para a leitura na sinagoga, antes da era cristã.

  No entanto, a divisão moderna e a numeração em capítulos são atribuídas a Estêvão Langton, (no ano de 1228), professor em Paris e mais tarde Arcebispo de Canterbury. É possível que ele tenha utilizado a divisão já existente.

A divisão moderna do Antigo Testamento em versículos foi realizada por Sante Pagnini em 1528. O redator parisiense, Robert Etienne, adotou a numeração de Pagnini e numerou os versículos do Novo Testamento, em 1555.

  Tal divisão e distribuição, como também o título e a ordem dos Livros sagrados apresentam leve diferença entre a Vulgata e as traduções atuais.

Por exemplo: do Salmo 10 ao 148, a numeração da Bíblia hebraica está uma unidade à frente da numeração da Bíblia grega e da Vulgata, que reúnem os Salmos 9 e 10 e os Salmos 114 e 115, mas dividem em dois os Salmos 116 e 147.

  Existem, ainda, nas bíblias, diferenças de ordem na disposição dos livros.

Por exemplo:

  Na Bíblia judaica (Tanách), temos, como último livro, o II livro das Crônicas;
  na Vulgata, o último livro do Velho Testamento é o II livro dos Macabeus;
  nas bíblias ocidentais católicas ou protestantes, o último livro do Velho Testamento é o Livro de Malaquias...

Descobrindo-se ainda outras diferenças, à medida que manuseamos cada uma delas.

A tradução de João Ferreira de Almeida.

  Para maiores esclarecimentos, colocamos aqui algumas observações sobre a tradução da Bíblia, feita por João Ferreira de Almeida.

João Ferreira de Almeida foi um pastor protestante nascido em Torre de Tavares, Portugal. Aprendeu o hebraico e o grego, e assim usou os manuscritos dessas línguas como base de sua tradução, ao contrário de outros tradutores que fizeram suas traduções a partir da Vulgata Latina de São Jerônimo.

  Dentre estes, podemos citar D. Diniz, rei de Portugal, (1279-1325) que traduziu os vinte primeiros capítulos do Gênesis, usando a Vulgata como base e Antônio Pereira de Figueiredo (português de Mação - Portugal) que, durante dezoito anos, traduziu a Bíblia inteira diretamente dos textos da Vulgata que foi publicada em 1879.

A tradução de João Ferreira de Almeida foi muito discutida e controvertida, porque apresentava muitos erros. Ele traduziu primeiramente o Novo Testamento, publicando-o em 1681, em Amsterdam, na Holanda.

  O título do Novo Testamento era ”O Novo Testamento, Isto he o Novo Concerto de Nosso Fiel Senhor e Redentor Jesus Cristo, Traduzido na Língua Portuguesa”, o qual por si mesmo revela o tipo de português arcaico que foi usado.

Essa tradução tinha numerosos erros e o próprio Almeida compilou uma lista de dois mil (2.000). Muitos desses erros foram feitos pela comissão holandesa, que procurou harmonizar a tradução de Almeida com a versão holandesa de 1637.

  Almeida baseou-se no Textus Receptus feito por Erasmo, em 1516 (considerado um texto inferior), pois ele representa o Texto Bizantino, o mais fraco e mais recente entre os manuscritos gregos. Lembramos que na época de Almeida não existia nenhum papiro, razão pela qual ele lançou mão de fontes inferiores24.

“Almeida” só conseguiu a sua tradução e publicação completa da Bíblia no século XVIII. Apesar do texto inferior por ele usado, bem como dos muitos erros e das edições e correções, essa é a tradução que tem sido mais bem aceita pelos nossos irmãos protestantes de língua portuguesa.

  Imagine todas estas dificuldades e erros, aliados à descrença na reencarnação por parte de Almeida e seus seguidores! O resultado de tudo isto é o que conhecemos hoje nas edições da Bíblia de Almeida. Revisões e mais revisões, correções e mais correções.

Por exemplo: Revisão de 1945, por uma comissão, sob os auspícios da sociedade Bíblica do Brasil, revisão da tradução de Almeida da Imprensa Bíblica Brasileira, publicada em 1967, Bíblia de Estudo Pentecostal, revista e corrigida na Edição de 1995.

  No entanto, apesar de todas estas correções, encontramos alguns irmãos protestantes mais entusiastas, afirmando que o conteúdo de suas bíblias, em português, representa
▬  ”A expressão inquestionável da verdade”.

Aconselhamos nossos irmãos a lerem a obra de Robin Lane Fox, professor de História Antiga no New College, Oxford, à página 37, o capítulo que fala sobre ”A palavra infalível”52.

  Obs: Aconselhamos o leitor a estar de posse de um exemplar da Bíblia para acompanhar as citações e diferenças nos diversos capítulos desta obra.





« Última modificação: 12 de Dezembro de 2015, 03:27 by Marianna »
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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #21 em: 20 de Janeiro de 2015, 17:30 »
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* slide_25.jpg (180.98 Kb - transferido 606 vezes.)


CAPÍTULO III

  Interpretação da Bíblia
  Hermenêutica e Exegese.

A hermenêutica e a exegese são dois princípios ocidentais utilizados pelos teólogos como meio de entendimento da mensagem bíblica. Isto decorre do fato de que nem sempre os textos bíblicos se apresentam de uma forma clara e precisa.

A linguagem bíblica é uma linguagem divina e, às vezes figurada, revelada por Deus em uma língua semítica e, para um povo específico, em uma época também muito especial.

Adaptar esses textos para nossa realidade atual é uma tarefa que exige um conhecimento todo especial, primeiramente da língua em que o texto foi escrito, em seguida da realidade da época e dos costumes e da natureza do povo para quem Deus os revelou.

Hermenêutica é uma palavra grega (hermeneutike) que significa interpretação. A hermenêutica indica o sentido literal do texto. A interpretação literal tem sido a mais preferida pelos homens, derivando disto verdadeiros absurdos.

É preciso que se busque, no texto, a mensagem divina, desprovida de cunho e interesses pessoais. Deriva daí a necessidade da utilização da EXEGESE que é o significado Moral e Espiritual do texto.

Observe os exemplos a seguir para melhor entendimento e diferenciação:
   ”No princípio criava Deus as águas e a terra”. (Gn. 1:1).

   "Aqui a hermenêutica indica a criação do Universo. O sentido literal está claro e não deixa dúvidas no seu entendimento".

No entanto, ao lermos:
   “Por que reparas no cisco que está no olho do teu irmão e não percebes a trave que está no teu?” (Mt. 7:3),

Vemos que o sentido literal ou a Hermenêutica faz uma alegoria que só pode ser compreendida através da Exegese.

A Exegese vai nos levar à compreensão de que vemos os pequenos defeitos dos outros e não enxergamos os nossos. Assim, as parábolas de Jesus eram narradas em sentido literal, (Hermenêutica), mas através da Exegese é que entendemos o seu sentido moral e espiritual.

Concluindo para melhor entendimento, esclarecemos: Hermenêutica sentido literal. Exegese, sentido espiritual e moral.

Existe uma pequena história que esclarece bem o perigo de alguém querer se orientar pelo sentido literal do texto bíblico, aplicando a hermenêutica indistintamente. Veja o exemplo:

Conta-se que dois jovens eram amigos inseparáveis. Quando havia festas ou qualquer tipo de diversão, lá estavam os dois participando ativamente. Onde estivesse um, sempre se encontrava o outro.

Ocorre, porém, que, um dia, um dos jovens comete, de uma forma inexplicável, o suicídio. O outro sofreu tremendo choque e ficou inconsolável.

Como poderia o amigo ter praticado tamanho ato de insensatez? 
Por que não lhe falara do problema que o atormentara tanto?
 
Aconselhado por alguém, procurou o líder religioso de sua comunidade, que, após tomar conhecimento do fato perguntou-lhe:

▬  Você tem a Bíblia em casa?
▬  Sim, possuo!

Então você tem o remédio. Pegue a sua Bíblia e abra aleatoriamente em qualquer versículo, que aí terá a resposta e consolo de que precisa.

O jovem aflito chega em casa, pega sua Bíblia e medita sobre o gesto tresloucado do seu amigo.

Por que fazer aquilo 
O suicídio não é solução, pelo contrário, é aquisição de problemas.

Abre sua Bíblia, após esta breve meditação, e o que encontrou no versículo o surpreendeu bastante. Estava escrito, em Lucas 10, no final do versículo 37:
   ”Vai, também tu, faz o mesmo”.

Pelo exemplo, podemos ver como não é possível seguir a aplicação da hermenêutica bíblica de forma irrefletida. O texto citado faz parte da conclusão da parábola do ”Bom Samaritano”

Quando você analisa o texto como um todo, encontra coerência neste versículo. No entanto, isoladamente não define o conteúdo da mensagem em que está inserido.

Assim, os textos bíblicos são sérios e nem sempre podem ser utilizados isoladamente, mas estudado e analisado com seriedade, buscando-se o sentido verdadeiro no contexto.

Para os rabinos, análise oriental, existem quatro categorias básicas de interpretação da Bíblia102.

Eles utilizam a palavra Pardês que é de origem persa, e é usada na literatura hebraica para significar:
   ”Jardim”, ou ”pomar” e posteriormente ”paraíso”.

As quatro consoantes desta palavra (p-r-d-s) são usadas como mnemónica das quatro categorias de interpretação bíblica, como segue abaixo:

  1 - Peshat - o significado simples e muitas vezes literal, correspondente à realidade histórica, ao significado objetivo, óbvio e comum.

  2 - Remez - o significado alegórico, oculto nas entrelinhas do texto, examinado no seu sentido mais profundo, como se fosse composto de símbolos alusivos a novos significados. Esses dois caminhos de entendimento (Peshat e Remez) ”cuidam” do interior da Torá, já que ocultam mais do que revelam112.

  3 - Derush - o significado moral, midráxico ou homilético, que analisa o texto, interpretando-o com intuitos pedagógicos e éticos de ensinamento, para aplicá-los às circunstâncias. Derush provém do verbo hebraico exigir (lidrosh), encerra uma busca, pela qual o homem exige um significado mais profundo do texto do que nas perspectivas anteriores.

  4 - Sod - O significado esotérico, que interpreta o texto no seu sentido pretensamente oculto, secreto ou místico e cabalístico. Sod significa segredo. O Zôhar define o sod como causa, já que quem conhece a causa, conhece a consequência, ou seja, o segredo.

A Cabala é a parte interior da Torá, que sintetiza, une e forma a Torá como um todo indivisível. O vocábulo, Cabala, significa literalmente recepção, ou seja, é o estudo que prepara o homem para receber todos os graus e planos de vida como uma única realidade112

Essas categorias têm validades equivalentes, cada qual em sua área, pois a Bíblia é como uma rocha que pode ser despedaçada em muitos fragmentos sob o martelo da interpretação. No entanto, sempre se dá importância ao significado simples do versículo bíblico.

Os sábios dizem:
   “Quem lê e busca só o sentido simples ou literal do texto bíblico, assemelha-se ao homem que vai colher o trigo, come a palha e joga fora os grãos”.

Devemos sempre iniciar a interpretação pelo sentido literal da língua e do tempo em que o texto foi escrito, pois sabemos que as verdades e as palavras mudam com o tempo. Até o mundo muda com o tempo.

Partindo destas considerações, devemos buscar, através das diversas interpretações, a busca do real significado da passagem. A sua interpretação deve ser realizada em um único sentido, porém em níveis diferentes.

É muito importante a necessidade de um estudo profundo e atualizado que traga um conhecimento novo para as verdades existentes na Bíblia.

A Bíblia está repleta de passagens que trazem, através do povo hebreu, luzes para revelação de um monoteísmo, onde Deus é evidenciado como único e universal.

Em todo seu conteúdo e história, encontramos passagens e fatos que ratificam e comprovam os fenômenos mediúnicos em suas várias categorias, através dos profetas, que eram na verdade grandes médiuns.




« Última modificação: 26 de Outubro de 2016, 07:45 by Marianna »
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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #22 em: 20 de Janeiro de 2015, 17:31 »
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  O espírita não pode ficar à parte destes conhecimentos e preocupa-nos muito a visão equivocada de alguns com relação à Bíblia.

A grande maioria dos cristãos divide a Bíblia em Velho e Novo Testamento, afirmando que só o Novo Testamento é que tem importância para estudo, considerando o Velho Testamento apenas como aspecto histórico.

Se fizermos um estudo no Livro dos Espíritos vamos encontrar observações do Espírito da Verdade que demonstram um conceito diferente deste.

Analisemos o que diz o Livro dos Espíritos, na questão 59, referente à criação. O Espírito da Verdade afirma que a Bíblia não é um erro, mas que os homens se equivocaram ao interpretá-la.

  Na questão 275, o Espírito da Verdade nos manda ler os Salmos. Na questão 560, cita o Eclesiastes como verdade superior.

Na questão 1009, Platão, em mensagem, afirma que é, no sentido relativo, que se deve interpretar os textos sagrados.

Na questão 1010, São Luís informa que o Espiritismo ressalta a cada passo do próprio texto das Escrituras Sagradas”.
—  Como se pode desconhecer estas colocações dos espíritos superiores?

O Novo Testamento, para ratificar a sua autenticidade, cita os livros do Velho Testamento como os Salmos, os Provérbios, os profetas, além de inúmeras outras passagens.

  Veja por exemplo, o Evangelho de Mateus que foi escrito para os judeus convertidos ao cristianismo e apresenta citações do Antigo Testamento em todos os seus capítulos.

Jesus afirma no Evangelho de Mateus, Capítulo 5: 17,18 e 19, que não veio destruir a Torá e os Profetas, mas veio cumprir.
   "Não passará um só ”iud” da Torá sem que tudo seja cumprido. Portanto, Jesus jura fidelidade à Torá".

Afirmando que tudo que tem nela é importante. Afirma ainda, no versículo 19 que ”ai daquele que altera um só “iud” da Torá e assim ensinar aos meus filhinhos será chamado o menor no reino dos céus.

O Apocalipse de João, ditado pelo Cristo, possui 404 versículos, dos quais 278 referem-se ao Antigo Testamento. Será que as pessoas, que pensam assim com relação ao Antigo Testamento, estão corretas em seu raciocínio?

  Emmanuel, em seu livro ”A Caminho da Luz  110”, na página 67, faz referência ao Judaísmo e ao Cristianismo.

Reproduzimos aqui o texto, na íntegra, para sua reflexão:
   ”Estudando-se a trajetória do povo israelita, verifica-se que o Antigo Testamento é um repositório de conhecimentos secretos, dos iniciados do povo judeu, e que somente os grandes mestres deste povo poderiam interpretá-lo fielmente, nas épocas mais remotas".

Eminentes espiritualistas franceses, nestes últimos tempos, procuraram penetrar os seus obscuros segredos e, todavia, aproximando-se da realidade com referência às interpretações, não lhes foi possível solucionar os vastos problemas que as suas expressões oferecem.

  Os livros dos profetas israelitas estão saturados de palavras enigmáticas e simbólicas, constituindo um monumento parcialmente decifrado da ciência secreta dos hebreus.

Contudo, e não obstante a sua feição esfingética, é no conjunto um poema de eternas claridades. Seus cânticos de amor e de esperança atravessam as eras com o mesmo sabor indestrutível de crença e de beleza.

  É por isso que, a par do evangelho, está o Velho Testamento tocado de clarões imortais, para a visão espiritual de todos os corações. Uma perfeita conexão reúne as duas leis, que representam duas etapas diferentes do progresso humano.

Moisés, com a expressão rude de sua palavra primitiva, recebe do mundo espiritual as leis básicas do Sinai, construindo deste modo o grande alicerce do aperfeiçoamento moral do mundo; e Jesus, no Tabor, ensina a humanidade a desferir, das sombras da terra, o seu vôo divino para as luzes do céu”.

—  Que acha?
—  Emmanuel está equivocado?

O que nos falta, na verdade, é o conhecimento mais aprimorado da Bíblia para descobrirmos que ela endossa a Doutrina dos espíritos e está de mãos dadas com ela. Que ambos se completam.

  Achamos inconcebível o desconhecimento destas coisas, não só pelos espíritas, como também por todos os cristãos de qualquer credo religioso que em vez de procurarem compreender estas verdades através do estudo, passam, como a maioria das pessoas, a criticar o que desconhecem.

Vejamos o texto da questão 1010 do Livro dos Espíritos acerca da Bíblia:

   “Logo se reconhecerá que o Espiritismo ressalta a cada passo do próprio texto das Escrituras Sagradas. Os Espíritos não vêm, pois, destruir a religião, como alguns o pretendem mas, ao contrário, vêm confirmá-la, sancioná-la por provas irrecusáveis".

   "Mas como é chegado o tempo de não mais empregar a linguagem figurada, eles se exprimem sem alegoria e dão às coisas um sentido claro e preciso que não possa estar sujeito a nenhuma interpretação falsa. Eis porque, dentro de algum tempo, tereis mais pessoas sinceramente religiosas e crentes que as que não tendes hoje”.

Observe o que diz a Gênese63 de Kardec em seu Cap. I item-29

—  Mas, quem toma a liberdade de interpretar as Escrituras Sagradas?
—  Quem possui as necessárias luzes, serão os teólogos? 
—  Quem o ousa? 

Primeiro a Ciência, que a ninguém pede permissão para dar a conhecer as leis da Natureza e que salta sobre os erros e os preconceitos.

Quem tem esse direito 

Neste século de emancipação intelectual e de liberdade de consciência, o direito de exame pertence a todos e as Escrituras não são mais a Arca Santa na qual ninguém se atreveria a tocar com a ponta do dedo, sem correr o risco de ser fulminado.

  Quanto às luzes especiais, necessárias, sem contestar as dos teólogos, por mais esclarecidos que fossem os da Idade Média, e, em particular, os Pais da Igreja, eles, contudo, não o eram bastante para não condenarem como heresia o Movimento da Terra e a crença nos antípodas.

—  Mesmo sem ir tão longe, os teólogos dos nossos dias lançaram anátema à teoria dos períodos de formação da Terra?

Os homens só puderam explicar as Escrituras com o auxílio do que sabiam, das noções falsas ou incompletas que tinham sobre as leis da natureza mais tarde reveladas pela ciência.

  Eis porque os próprios teólogos, de muito boa fé, enganaram-se sobre o sentido de certas palavras e fatos do Evangelho.

Querendo a todo custo encontrar nele a confirmação de uma ideia preconcebida, giravam sempre no mesmo ciclo, sem abandonarem o seu ponto de vista, de modo que só viam o que queriam ver, e por muito instruídos que fossem, eles não podiam compreender causas dependentes de leis que lhes eram desconhecidas.

—  Mas, quem julgará as interpretações diversas e muitas vezes contraditórias, fora do campo da teologia?

O futuro, a lógica e o bom senso. Os homens, cada vez mais esclarecidos, à medida que novos fatos e novas leis se forem revelando, saberão separar da realidade os sistemas utópicos.

Ora, as ciências tornam conhecidas algumas leis; o Espiritismo revela outras; todas são indispensáveis à inteligência dos Textos Sagrados de todas as religiões, desde Confúcio e Buda até o Cristianismo.

   "Quanto à teologia, essa não poderá judiciosamente alegar contradições da Ciência, visto como também ela nem sempre está de acordo consigo mesma”.





« Última modificação: 26 de Outubro de 2016, 07:54 by Marianna »
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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #23 em: 27 de Março de 2015, 00:31 »
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* pentateuco.png (176.17 Kb - transferido 305 vezes.)


CAPÍTULO IV

Os Livros do Pentateuco - A Torá
  Chama-se “Lei de Moisés” ou ”Pentateuco” (em hebraico Humash, Hamishá Humshei Torá ou simplesmente Torá) ao conjunto dos cinco primeiros livros da Bíblia, que são:

  Êxodo,
  Levítico,
  Gênesis,
  Números,
  E Deuteronômio.

  Em hebraico,
  Bamidbar,
  Bereshit,
  Shemôt,
  Dvarim,
  Vaicrá.

Os nomes que derivam do grego estão relacionados com o conteúdo, enquanto que as denominações hebraicas são constituídas pela primeira ou principal palavra do início de cada livro.

  A autoria do Pentateuco é atribuída a Moisés, que o escreveu sob inspiração divina. A crença afirma que a Torá que possuímos hoje é a mesma que nos transmitiu Moisés. Esta afirmação faz parte dos treze Artigos de Fé Judaica de Maimônides (Shelosh-esrê ikarim la Rambam).

Existem três diferentes redações do Pentateuco: a judaica, a samaritana e a grega da ”Versão dos Setenta” ou ”Septuaginta” e a versão latina desta, denominada ”Vulgata”. A mais próxima à judaica é a grega.

  A redação judaica foi vocalizada pelos rabinos massoretas, aproximadamente no século VII depois da era comum. A redação samaritana, a mais recente das três, difere bastante da judaica e da versão grega.

O Pentateuco contém cinco mil oitocentos e quarenta e cinco versículos75 e narra a história do Homem, a origem do povo hebreu e toda sua legislação civil e religiosa, finalizando com a morte de Moisés.

  Segundo o “Talmude”, a autoria dos oito versículos finais da Torá, que tratam da morte e sepultamento de Moisés (Deut.34:5-12), é atribuída a Josué, seu sucessor, o qual acompanhou o seu mestre até os últimos momentos.

Por razões óbvias que apresentaremos adiante, não existe condenação ao Espiritismo nos livros da Torá (Pentateuco) e o seu relacionamento com o Espiritismo, na forma de fenômenos, está patente em várias passagens.

  Colocamos aqui alguns tópicos, para dirimir dúvidas quanto a alguns versículos destes livros, que são freqüentemente citados como referentes à condenação do Espiritismo.






« Última modificação: 12 de Dezembro de 2015, 03:37 by Marianna »
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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #24 em: 17 de Abril de 2015, 00:25 »
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* maxresdefault (4).jpg (11.94 Kb - transferido 236 vezes.)


Gênesis
  O primeiro livro da Bíblia chama-se Gênesis, isto é, “origem” e em hebraico, “Bereshit”, que significa “no princípio”.

Esses títulos são adequados a um livro que trata da criação do mundo, das origens do gênero humano e da iniciação da história do povo hebreu.

  O livro está dividido em três partes: a primeira trata do princípio do Mundo e da Humanidade (cap. 1 - 11); a segunda, da vida patriarcal (cap. 12-36) e a terceira, da história de José (cap. 37-50).

As primeiras palavras do Gênesis, que tratam da cosmogonia, são cheias de solene majestade, sem adornos, sem fantasias inúteis e impressionam justamente por isto.

  Somente Deus existia naquele tempo, com a sua Onipotência e a sua vontade de criar o mundo. Este conceito tão elevado da realidade e do pensamento humano está expresso de uma maneira simples e sem nenhum esclarecimento sobre o feito maravilhoso da criação.

Os primeiros capítulos do Gênesis encerram em si os profundos princípios e mistérios da Criação, tais como foram desvendados no ”Talmude” e na ”Cabala”.

  É impossível considerar o sentido literal ou aparente desses capítulos. O verdadeiro sentido é muito mais profundo, e seu estudo necessita de um prévio conhecimento das doutrinas completas da Torá.

A segunda parte narra a história dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó. Essa história demonstra a existência da ideia monoteísta entre esses antigos progenitores do povo de Israel.

  Os patriarcas foram homens e não figuras divinas. Com o caráter essencialmente humano, tiveram uma fé religiosa superior, pela qual compreenderam a Unidade de Deus, permanecendo fiéis a Ele, cuja existência sentiram em toda parte.

O estilo é narrativo e às vezes dramático, como o relato do sacrifício de Isaac, o engano de Jacó e a ira de Esaú. Termina esta segunda parte com a triste e falsa notícia da morte de José.

  A terceira parte está dedicada, principalmente, à história de José e alcança uma dramaticidade elevada e humana no relato do encontro de José com seus irmãos.

O Gênesis conclui com o estabelecimento, no Egito, dos doze filhos de Jacó, fundadores das doze tribos de Israel, e a morte de José, para narrar outro período importante da história dos israelitas, no segundo Livro, o “Êxodo”.75

  (Gn. 2:7). ”E formou Iahvéh Deus o homem do pó da terra, soprou em suas narinas um sopro de vidas e o homem se tornou uma alma ou ser vivente”. Concordância com a questão 134 do Livro dos Espíritos, que nos informa ser a alma o espírito encarnado.

Na sequência, vamos encontrar no capítulo 4, 3-7 do Gênesis: ”Passado o tempo, Caim apresentou produtos do solo em oferenda a Iahvéh; Abel, por sua vez, também ofereceu as primícias e a gordura do seu rebanho.

  Ora, Iahvéh agradou-se de Abel e de sua oferenda. Mas não se agradou de Caim e de sua oferta, e Caim ficou muito irritado e com o rosto abatido” (Significado reencarnatório).

Ainda no Gn.4:15, Deus afirma: ”Portanto, quem matar Caim sete vezes será vingado” (Significado reencarnatório).

  Em Gênesis 15:15 e 16 ”quanto a ti, em paz irás para os teus pais, serás sepultado numa velhice feliz. É na quarta geração que eles voltarão para cá, porque até lá a falta, o erro ou delito dos amorreus não terá sido pago” (Significado reencarnatório).

Encontramos, no capítulo 21:8 do Gênesis, Deus preferindo Isaac no lugar de Ismael, o primeiro filho de Abraão. Em Gênesis 25:23, vemos Jacó preferido no lugar de Esaú, o primogênito de Isaac.

  Questões só entendidas pelo princípio da reencarnação. O Gênesis possui mil quinhentos e trinta e quatro (1.534) versículos.






« Última modificação: 12 de Dezembro de 2015, 03:39 by Marianna »
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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #25 em: 20 de Maio de 2015, 03:39 »
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* Exodo (1).jpg (16.27 Kb - transferido 264 vezes.)


  Este é o segundo livro do Pentateuco chamado pelos hebreus de “Shemôt”, (Nomes), de acordo com suas primeiras palavras: (veelá shemôt bnei israel...) ”e estes são os nomes dos filhos de Israel.”..

Na versão dos Setenta (LXX) recebeu o nome grego de Êxodos, ”Êxodo” (saída), resumindo a essência da obra que narra a história da libertação do povo de Israel, escravizado no Egito.

  Este livro pode ser dividido em duas partes: uma histórica e outra legislativa. A histórica trata da vida dos ”Bnei Israel” (filhos de Israel) no Egito, da infância, vocação e missão de Moisés, da libertação do povo, de sua peregrinação pelo deserto e da construção do tabernáculo.

A parte legislativa contém uma série de leis civis, morais e religiosas, principalmente o ”Decálogo” ou ”Dez Mandamentos”, que se tornaram leis universais para toda a humanidade.

  Neste livro, do ponto de vista literário, a parte que mais se destaca é o cântico de Moisés - ”Shirá”, escrito em versos, conforme as normas da poesia daquele tempo, sendo um dos documentos poéticos mais antigos da literatura hebraica.

No capítulo 12, encontramos a instituição da páscoa judaica com todas as normas e recomendações feitas por Deus ao povo judeu.

  A primeira parte do Êxodo narra acontecimentos maravilhosos, como o nascimento e a adolescência de Moisés, a aparição do anjo de Deus a ele, os milagres e as pragas, a travessia do Mar Vermelho e a promulgação das leis do Sinai. A segunda parte está narrada em estilo de código legislativo.

O Êxodo é considerado, por muitos, como um dos mais importantes livros do Pentateuco, por seu conteúdo histórico e por apresentar grande parte da constituição civil e religiosa do povo de Israel.

  Possui mil duzentos e nove (1209) versículos.
Êxodo, (22:18) - mechashefá lô techaiê ”A feiticeira não deixarás viver”

Muitos querem atribuir esta citação como uma condenação ao Espiritismo, mas quem quiser tirar suas dúvidas verifique as obras de Kardec e verá que não existe indução a feitiçarias em seus ensinamentos.

  A razão e a lógica nos mostram que, no Espiritismo, não há feitiçaria. Mostraremos no decorrer desta obra porque esta passagem não se refere ao Espiritismo.

O Êxodo 34: 6 e 7 fala de cobrança e pagamento dos delitos, a partir das terceiras e quartas gerações.

  Êxodo, 20:6 e 34:6 e 7 ”Eu sou o teu Deus, sanciono o pecado dos pais sobre os filhos na terceira e quarta geração”.





« Última modificação: 12 de Dezembro de 2015, 03:40 by Marianna »
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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #26 em: 14 de Abril de 2016, 18:47 »
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  Em hebraico, este livro chama-se ”vaicrá” (Ele clama), entretanto na linguagem talmúdica denomina-se ”Sêfer Torát Cohanim” (livro da lei dos sacerdotes), significando a Lei dos sacerdotes ou ministrantes.

A versão grega dos LXX (Septuaginta) o chamou de Levitikon, trazendo a palavra levitos para designar os Cohanim (Sacerdotes) descendentes de Aarão. No entanto, esta denominação não está de acordo com o seu conteúdo, pois o livro só trata dos Levitas, esporadicamente, dedicando a maior parte aos ”Cohanim” (Sacerdotes) e ao culto em geral.

  Na verdade, os Levitas são os descendentes da tribo de Levi, aos quais se incumbia a especial tarefa de cuidar do Tabernáculo e do Templo. Chamaram-no assim, talvez porque  Aarão e seus filhos, os sacerdotes, pertenciam à tribo de Levi.

A primeira parte do Levítico trata dos sacrifícios, suas categorias e suas normas (Cap. 1-7).  Seguem-se depois o ritual da consagração de Aarão e seus filhos como sacerdotes, as regras que eles deviam observar em suas vidas consagradas ao culto divino, as leis de higiene alimentar com a especificação de alguns animais e aves (puros e impuros), as leis de pureza e seus ritos impostos aos sacerdotes, a impureza da mulher e a identificação do leproso e outras enfermidades consideradas impuras.

  Este livro possui também uma série de leis e disposições incluídas no Cap. 27, para que o homem as observe e se aproxime da santidade de Deus - ”Sereis santos porque santo sou Eu o Eterno vosso Deus” (Cap. 19). Os críticos modernos identificam esta parte com a letra ”H”, que significa ”Holiness book” (Livro da Santidade), pois nele se encontram os principais mandamentos para santificar a vida de um povo.

Vêm enumeradas, também, as leis relativas às festas e datas sagradas e leis do jubileu. E como conclusão, o livro cita as bênçãos reservadas por Deus aos cumpridores de seus mandamentos e as maldições aos transgressores. O Levítico é um livro essencialmente legislativo.

  As diversas leis nele contidas não obedecem a ordem alguma e, por conseguinte, pode ser dividido em distintas partes, conforme a identidade do argumento ao qual se referem estas leis. Contém este livro oitocentos e cinquenta e nove (859) versículos e aí são encontradas as leis que regem o culto prestado pelos kohunim, sacerdotes.

Nos tempos do Templo, os sacerdotes oficiavam nas oferendas de sacrifício, na determinação da lepra e em algumas 1 unções rituais e sociais. Observe, em Mateus 8:4, o Cristo mandando o leproso curado se apresentar ao Sacerdote para sua reintegração na sociedade, recuperando o direito de conviver com os outros homens.

  Os sacerdotes eram sustentados por doações e dízimos da agricultura. Ainda hoje, os sacerdotes têm um papel especial no ritual da Sinagoga. São os primeiros a
ser chamados para a “subida” (’alia) a Torá e oficiam a cerimônia do “resgate do primogênito” (Pidion ha-ben).

Devem manter ainda algumas das restrições que afetavam o sacerdócio do Templo. Assim, um Cohen não pode casar-se com uma mulher convertida ao judaísmo nem com uma divorciada, nem mesmo tornar a casar-se com sua ex-mulher, da qual se divorciara.

  Não deve ficar na presença poluidora de um corpo morto, exceto no caso de parentes próximos, e deve abandonar um prédio se alguém morre lá, pois lhe é proibido
estar sob o mesmo teto com um cadáver. Nos cemitérios, há um local separado para os sacerdotes7.

Os levitas representam o segundo clã judaico, e estão logo abaixo dos sacerdotes. São descendentes da tribo de Levi. Seu privilégio é ser o segundo a ser chamado à leitura da Torá. Se houver Cohen (sacerdote) presente, seu privilégio desaparece.

  Sua obrigação é lavar as mãos dos Cohanim (sacerdotes), momentos antes destes pronunciarem a ”Birchat Cohanim” (bênção sacerdotal). Não pesam proibições sobre os Levitas7. Levítico, (19:31)-al-tifnu el-haovôt veel-haid’oni ai tevakshu letamá bahém ani iavé elohihém. ”Não ireis diante dos necromantes nem dos adivinhos.

Não procurareis vos contaminar por eles. Eu sou IAHVÉH vosso Deus”.

  Levítico, (20:6) - vehanefésh asher tfné el-haovôt veelhaid’donim liznot ahareihém venatatei ét-panái banefésh hahu vehikretei otô mikérev ’emô. ”O ser que vai diante dos necromantes e dos adivinhos para se prostituir atrás deles eu dou as minhas faces contra esse ser, eu o corto do seio de seu povo”. (Consultar outros ídolos é considerado um adultério, porque a aliança do povo hebreu com IAHVÉH é comparada a um matrimônio).

Levítico, (20:27) - veish ou ishá ki-ihié bahém ôv ou id’oni môt íumatu beéven írgmu otam dmeíhém bam. E o homem ou mulher em quem está um necromante ou um adivinho, será condenado à morte; eles serão apedrejados, seus sangues contra eles”.

  Estas três (03) citações do Levítico, normalmente são dirigidas por tradutores como condenação ao Espiritismo, isto porque eles ainda não sabem diferenciar o Espiritismo das idolatrias e adivinhações como esclarecemos no final da nossa introdução.





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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #27 em: 08 de Junho de 2016, 19:56 »
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Números
    Números é o título do quarto livro do Pentateuco. Este nome é fruto das versões gregas e latinas e se deriva dos dois recenseamentos ou contagens do povo, registrados no livro no seu capítulo 1, versículo 26.

No hebraico, este livro tem o nome de ”Bamidbar” que significa ”no deserto” e aparece no primeiro versículo. Nele, está contida a história dos israelitas em sua larga permanência no deserto. Denominou-se também ”Humash Hapecudim” (Livro dos Censos), pelos diversos censos incluídos nos seus primeiros capítulos.

  A Versão dos Setenta (LXX) chama este livro de ”Arithmoi” (Números). O conteúdo de ”Números” pode dividir-se em três partes principais.

Na primeira parte, encontram-se os censos e as disposições das tribos, antes de empreender a viagem pelo deserto, a consagração dos Levitas para o serviço do Tabernáculo, as leis do Nazireado, da mulher suspeita de infidelidade e outras diversas leis e acontecimentos passados, antes da partida da Sinai.

  A parte segunda inclui quase tudo o que sucedeu aos filhos de Israel em sua vida no  deserto: fome, sede, e toda a classe de dificuldades, os doze exploradores e a falta de confiança do povo pela qual foi condenado a vagar no deserto até morrer a velha geração, sendo substituída pela nova, para a conquista da terra prometida.

Nesta parte, estão narradas também a rebelião de Core e sua gente, algumas leis. e por fim, a falta cometida por Moisés e Aarão nas águas de ”Meribá” em ”Kadésh”, no deserto de ”Tsin”, pela qual lhes foi proibida a entrada em terra santa.

  Na parte final, são relatados os acontecimentos até a chegada dos israelitas às margens do rio Jordão, a morte de Aarão, a criação da serpente de cobre, as vitórias sobre os reis ”Sihon” e ”Og”, entremeio de leis, e outros relatos.

Do ponto de vista literário, ”Números”, em todas as suas partes, desperta muito interesse pelo seu estilo, tanto dramático como legislativo. Os sete versículos (14-20) do capítulo 20 e os oráculos de Bilam são de grande importância histórica.

  A parte literária destes capítulos, pela sua forma poética, constitui um verdadeiro documento da poesia hebraica antiga. O livro dos Números contém mil duzentos e oitenta e oito (1288) versículos.

No capítulo 11 vers. 29, existe um desejo e um estímulo à profecia ou ”mediunidade” por parte de Moisés: ”Oxalá todo povo de Iahvéh profetizasse, dando-lhe Iahvéh o seu espírito”.





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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #28 em: 26 de Outubro de 2016, 19:02 »
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Deuteronômio

   O Deuteronômio é conhecido como segunda lei do grego (deutéros segundo e nomos = lei). No hebraico, chama-se (dvarim= palavras), em referência à primeira palavra do seu texto e aos discursos nele existentes. O livro se inicia com a frase hebraica: (”elé hadvarim ashér dibér moshé él kol-Israêl”).

Estas são as palavras que Moisés falou a todo Israel. É também conhecido com o nome de segunda Torá ou repetição da Torá (Misné Torá). Essa expressão se encontra no próprio livro (Cap. 17:18 e em Josué 8:32).

  Embora alguns textos sejam repetidos quase literalmente, não se trata de uma nova cópia ou de uma reprodução dos livros precedentes, mas de uma retomada de seus temas principais sobretudo das leis, inteiramente refundidos nessa nova edição.

Este livro apresenta-se de um modo geral em forma de discursos, pronunciados por Moisés ao povo israelita, em que ele o repreende pelas suas faltas passadas, exorta-o a observar as leis divinas, indicando o castigo aos que as transgredirem e as promessas de Deus aos que escolherem ”a senda da vida”.

  Grande é a concepção religioso-moral que domina todo o livro e, por isso, os rabinos afirmam que o Deuteronômio e os profetas foram os que salvaram o Judaísmo para sobreviver até hoje.




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Re: Analisando as Traduções Bíblicas
« Responder #29 em: 25 de Abril de 2017, 08:29 »
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Nenhum dos quatro livros do Pentateuco tem a unidade e estilo de linguagem do Deuteronômio.

  A crença tradicional atribui, com razão, este livro a Moisés, portanto, parece-nos que Moisés tentou resumir as orientações divinas dos três primeiros livros do Pentateuco no Deuteronômio.

As hipóteses dos críticos de que ele foi escrito por Jeremias ou na metade do século VII, antes da era comum, não têm fundamentos essenciais.

  O Deuteronômio contém a maior parte das bases da religião israelita e de sua filosofia. Do ponto de vista literário, destaca-se sobretudo o cântico de Moisés (Haazínu - Cap. 32).

Possui (955) novecentos e cinqüenta e cinco versículos e é o livro mais citado pelos opositores do Espiritismo como se nele existisse condenação da Doutrina espírita.

  Veja a inexistência de condenação ao Espiritismo tanto nos comentários no capítulo V desta obra, como na tradução do texto que segue, conforme o original: Deuteronômio 18: 9-11.

”Lô-imatzé bechá maavir benô-ubitô baêsh kôssen ksamim me’onem umnahêsh umkashêfvhover haver vshoêl ôv veidPoni Iedorêsh el-hametim”.

Tradução:

  Não se achará em ti quem faça passar seu filho ou sua filha pelo fogo, nem adivinhador, nem feiticeiros, nem agoureiro, nem cartomante, nem bruxo, nem mago, nem quem consulte o necromante e o adivinho, nem quem exija a presença dos ”mortos”.

Mostraremos no capítulo seguinte porque esta citação não se refere ao Espiritismo.




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