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Autor Tópico: APOCALIPSE - AS SETE IGREJAS E OS SETE CASTIÇAIS  (Lida 40774 vezes)

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Online Anton Kiudero

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APOCALIPSE - AS SETE IGREJAS E OS SETE CASTIÇAIS
« em: 03 de Novembro de 2009, 00:53 »
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APOCALIPSE - AS SETE IGREJAS E OS SETE CASTIÇAIS

Já que estamos começando a falar das diversas vertentes cristãs, atrevo-me a avivar o tema com algumas das mensagens contidas no Apocalipse de João.

João teve uma ou um conjunto de visões que descreveu utilizando-se da simbologia e alegorias usuais da religião israelita. Por isso mesmo, o apóstolo conserva em seus escritos a simbologia utilizada há séculos, a fim de se tornar compreendido entre os seus.

Quando Moisés retirou seu povo do Egito, sob a inspiração superior, construiu um santuário, que seria o centro do culto de toda a nação (cf.Êx 26:1; 39:32 etc.).

Esse santuário possuía, em seu interior, instrumentos de culto utilizados pelos levitas no serviço de adoração.

Mais tarde, quando Salomão construiu o santuário definitivo, em Jerusalém, foram para lá transferidos os castiçais sagrados e demais utensílios que se encontravam na tenda que Moisés havia construído (cf.iRs 7:49; 8:4; 2Cr 1:3 etc.).

Utilizando-se dessas imagens comuns ao seu povo, o vidente de Patmos descreve, em rica simbologia, a visão espiritual:

“E voltei-me para ver quem falava comigo.

E, ao voltar-me, vi sete candeeiros (ou castiçais) de ouro, e no meio dos sete candeeiros alguém semelhante a um filho de homem, vestido com vestes talares, e cingido à altura do peito com um cinto de ouro.

Tinha ele na mão direita sete estrelas (...).

O mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita, e os sete candeeiros de ouro é este: As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.”   

Ap 1:12-13,16,20

A visão dos sete castiçais representa as sete igrejas, em que o Cristo foi visto corno que passeando no meio delas. A simbologia do número sete é constante no livro, por significar a plenitude. O número é igualmente constante na cabala judaica e, por isso, reveste-se de significado para o povo judeu. Simboliza o que é pleno, completo.

No caso presente, as sete igrejas significam todos os períodos da história cristã ao longo dos séculos, a universalidade do ensinamento transmitido. Na mesma visão, Jesus é apresentado como tendo sete estrelas na mão, as quais representam os mensageiros ou responsáveis espirituais pelas igrejas em todos os tempos.

Todos estão sob a orientação de Jesus, que nunca abandona seu povo, apesar das dificuldades que eles enfrentariam nos séculos de lutas que os aguardavam. Sendo assim, Jesus envia aos anjos, ou responsáveis espirituais das comunidades cristãs, o apelo, a alertiva ou a mensagem severa daquele que orienta os destinos dos povos e nações, sob o influxo da augusta sabedoria de que é portador. Esses anjos são os responsáveis por cada agrupamento religioso; mentores sobre cujas cabeças repousam as responsabilidades sobre aquelas almas.

Cada etapa da história é aqui representada com sua característica, como a chamar os fiéis para a necessidade de renovação e retorno aos princípios através dos quais foram edificados na fé: o fundamento dos apóstolos e dos profetas.

A visão panorâmica apresentada por João no Apocalipse não se restringe, porém, aos fatores históricos; independentemente da época em que a comunidade cristã se situe, poderá se enquadrar numa ou noutra representação figurativa, conforme a vivência do momento.

Essa é uma característica importante da revelação de Jesus Cristo no Apocalipse.

Dessa maneira, podemos interpretar a visão simbólica das sete igrejas como uma divisão de sete períodos pelos quais as comunidades dos seguidores da boa-nova passariam ou passam através dos séculos.

Se considerarmos que as comunidades cristãs primitivas foram estabelecidas pelas palavras do próprio Jesus e pelos ensinos dos apóstolos, torna-se evidente iniciar por aí os estudos relativos a tais períodos ou ciclos vivenciados pelos cristãos. A partir da comunidade primitiva de Jerusalém, quando os apóstolos ainda coordenavam os ensinos, ou os ministravam seguindo as intuições que do Alto recebiam, podem-se visualizar as diversas fases da jornada secular do povo de Deus, através dos últimos dois mil anos de história.

A primeira igreja: Éfeso

“Ao anjo da igreja de Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na mão direita as sete estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros (ou castiçais) de ouro: Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança, e que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos.

Tens perseverança, e por causa do meu nome sofreste, e não desfaleceste.
Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
Lembra-te de onde caíste! Arrepende-te, e pratica as primeiras obras.

Se não te arrependeres, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres.

Tens, porém, a teu favor, que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.”   

Ap 2:1-6

Cada nome de determinada congregação ou igreja está intimamente ligado à sua característica espiritual, contribuindo com o entendimento da mensagem.

Sem tentarmos estabelecer datas definitivas, que podem variar segundo cada interpretação, procuraremos vislumbrar os aspectos das experiências vividas pela igreja e fazer a comparação, então, com os fatos registrados na história.

Assim, ficamos ao abrigo de posicionamentos pessoais, da chaga do personalismo, sem determos a pretensão de haver dado a última palavra a respeito do assunto.

Éfeso representa o primeiro momento espiritual da jornada cristã, quando ainda se sentia o perfume dos ensinamentos primitivos dos apóstolos.

Na mensagem acima, podemos ver enumeradas as virtudes desse período da Igreja: boas obras, trabalho e paciência, que tão bem simbolizam as atividades dos primeiros cristãos, ao expandirem a mensagem da boa nova.

Podemos igualmente deduzir, pela mensagem de Éfeso, o sofrimento decorrente da manutenção dos valores espirituais acima das questões de ordem material ou política da época.

Mas, mesmo detentores de tal responsabilidade, os cristãos foram aos poucos se cansando das lutas enfrentadas com os representantes do poder de César e descuidando-se do devido preparo íntimo, começaram a ceder muitas vezes ante as ameaças que recebiam.

A repreensão vem por parte do próprio Jesus.

“Lembra-te de onde caiste!” (Ap 2:5)

E a acusação que faz é de haver a comunidade de Éfeso abandonado o “primeiro amor”, a caridade, devendo retornar às práticas da essência do ensinamento cristão.

Quando se pretende seguir o Cristo sem vivenciar seu ensinamento de amor e caridade, corre-se o risco de ficar detido nas palavras, sem a essência de sua mensagem.

Aos poucos, os seguidores de Jesus foram condescendendo com o mundo, deixando a prática das boas obras, dos ensinos morais do Cristo, pelas ofertas de César, e colocando em risco o destino da mensagem iluminativa.

Tal situação reflete bem a imagem daqueles que começam a palmilhar a estrada do conhecimento divino.

Cheios de entusiasmo e de idéias, enfrentam de início as dificuldades naturais decorrentes de seu posicionamento íntimo ante as provas da vida; posteriormente, contudo, começam a contemporizar com os aspectos menos dignos do mundo.

Pretendem fazer uma aliança entre o mundo de Cristo e o de César, como se pudessem estar “com um pé no mundo e o outro no céu”.

O engano torna-se ainda mais intenso quando os atrativos exteriores se fazem maiores do que a prática do bem, e o homem se entrega às fantasias que antes havia abandonado.

A imagem não poderia ser melhor apresentada do que foi pelo apóstolo João.

Quantas vezes não iniciamos a caminhada de espiritualização cheios de paciência, de esperança e operosos nas atividades superiores e, aos poucos, deixamo-nos desanimar por comezinhos problemas da vida, por melindres ou posições personalistas? Vem-nos o apelo do Alto para retornarmos ao primeiro amor, à prática incondicional do bem, à dedicação plena à verdade.

Eis o perfume de Éfeso em nossas experiências diárias.

A lição que nos é apresentada é por demais significativa, e o retorno do homem ao primeiro amor ou ao amor do Cristo é de imperiosa necessidade.

A segunda igreja: Esmirna

“Ao anjo da igreja de Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, o que foi morto e reviveu: Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são da sinagoga de Satanás.

Não temas as coisas que estás para sofrer.

Escutai: o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais provados, e tereis uma tribulação de dez dias.

Sé fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.”   

Ap 2:8-10

Na carta à igreja de Esmirna, a autoridade de Jesus é apresentada corno sendo o “primeiro e o último”, o que estava “morto e reviveu” (Ap 2:8 ).

Nessa simbologia é demonstrada a ascendência moral do Cristo, o Governante Planetário, sobre todos os acontecimentos históricos, o que dá maior força à palavra profética e mais segurança àqueles a quem são dirigidas tais palavras.

Após o primeiro momento histórico da igreja, ainda sob a orientação apostólica, sucede-se outro período em que as aparências substituem a essência.

A referência aos “que se dizem judeus, e não o são” (Ap 2:9) representa a fase em que muitos aderiam ao movimento cristão, sem contudo serem genuinamente cristãos em sua intimidade.

Foi justamente aí que a igreja primitiva começou a ser invadida pela presença daqueles que eram da “sinagoga de Satanás” ou, conforme a história nos mostra, os falsos cristãos, os falsos conversos que se misturavam às comunidades cristãs para entregarem os verdadeiros seguidores de Jesus às mãos do poder de Roma.

O período é aqui muito bem identificado, quando o Apocalipse fala da perseguição de “dez dias” (Ap 8:10).

O dia é um período profético muito utilizado nos livros considerados sagrados, como representativo de um ano (cf.Ez 4:6).

Foi justamente esse — isto é, dez anos — o período de perseguição religiosa declarada quando os conversos da nova doutrina eram perseguidos e esmagados sob o domínio cruel e tirano de um governo que sentia ameaçado pelos princípios que os cristãos defendiam, mas que eram comprados e subornados com a finalidade de se tornarem traidores.

A promessa do Cristo de coroar-lhes com a vida é apresentada com base na fidelidade aos princípios superiores, pois se fazia necessário que, nesse período de duras provas, os cristãos pudessem estar amparados nas bases sólidas do conhecimento da vida imortal.

Nessa carta não encontramos repreensão, mas promessa de assistência espiritual superior.

Ante as dores e lutas, a essência de qualquer mensagem do Alto é o consolo; ante o martírio, a promessa de vida soava aos ouvidos dos cristãos como a recordação de que eram imortais.

A certeza da imortalidade da alma era a segurança e o abrigo para as duras provas que atravessavam.

Dez anos de martírio sob o domínio de Diocleciano fizeram com que o sangue dos cristãos se transformasse em sementeira de luzes para a glorificação da mensagem de amor de Jesus.

Onde caía um cristão, seu sangue fazia a conversão de dez outros que prosseguiam com a mensagem renovadora, abalando para sempre o trono de César e as bases da intolerância da “sinagoga de Satanás” (Ap 2:9).

A terceira igreja: Pérgamo

“Ao anjo da igreja de Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes:

Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás. Contudo, reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.

Todavia, tenho algumas coisas contra ti: Tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, levando-os a comer das coisas sacrificadas aos ídolos, e praticar a prostituição.

Assim tens também alguns que seguem a doutrina dos nicolaítas.

Arrepende-te, pois! Se não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.”   

Ap 2:12-16

Novamente vemos o segmento histórico-profético nas palavras dirigidas à comunidade de Pérgamo. Essa igreja representa o período que se seguiu à perseguição cristã organizada, empreendida por Diocleciano, quando certas doutrinas começaram a ser admitidas no seio da igreja. Após a morte dos apóstolos e daqueles que lutavam por manter firme a “sã doutrina” (expressão de Paulo usada em 1Tm 1:10; Tt 1:9 etc.) em sua simplicidade, veio o período em que a igreja se casou com o mundo, e doutrinas humanas começaram a tomar corpo nas comunidades religiosas. Cogitou-se pela primeira vez em estabelecer o primado do bispo de Roma, dando início à idéia de um papa, o que feria os mais simples princípios do Evangelho.

O “trono de Satanás” (Ap 2:13) é bem representado por essa época em que a igreja se prostituiu com doutrinas pagas, quando admitiu práticas exteriores e um culto de aparências, a fim de alcançar o poder temporal.

Nesse período foi abertamente admitida a idolatria a ídolos pagãos, sob o nome de santos cristãos, a fim de estabelecer aliança entre os pretensos seguidores de Jesus e o mundo.

O imperador Constantino foi, nessa época, aquele que mais contribuiu para o fortalecimento dessa aliança tenebrosa, que, mais tarde, geraria as forças tirânicas do papado, atrasando a marcha evolutiva das comunidades terrestres em séculos de ignorância e de sofrimento.

Quando, em qualquer época, os seguidores da doutrina consoladora abrem mão dos seus princípios e da pureza de seus ensinamentos para admitirem preceitos e práticas estranhas àquelas do Cristo e dos espíritos superiores, seus mensageiros, maculam a essência da obra e da mensagem, podendo levar séculos para retomar o caminho do bem e do equilíbrio. Ao se dirigir aos hebreus, recomenda: “Não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas” (Hb 13:9).

O trono de Satanás é também representado pela cidade de Roma, onde mais tarde seria estabelecida a sede do papado, em substituição ao poder temporal dos imperadores romanos. Apenas mudariam as aparências, e seria então elevado ao poder o domínio político-religioso do “homem do pecado”, como afirma claramente o apóstolo Paulo em sua epístola aos tessalonicenses: “Ninguém de maneira alguma vos engane, pois isto não acontecerá sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.

Ele se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de culto, de sorte que se assentará como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.
” 2Ts 2:3-4

Continua...


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Online Anton Kiudero

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Re: APOCALIPSE - AS SETE IGREJAS E OS SETE CASTIÇAIS
« Responder #1 em: 03 de Novembro de 2009, 00:54 »
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Continuação

A quarta igreja: Tiatira

“Ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes a latão reluzente: Conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua perseverança, e sei que as tuas últimas obras são mais numerosas do que as primeiras.

Mas tenho contra ti que toleras a Jezabel, mulher que se diz profetisa.

Com seu ensino ela engana os meus servos, seduzindo-os a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas aos ídolos.

Dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua imoralidade, mas ela não quer se arrepender.

Portanto, lançá-la-ei num leito de dores, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita.

Ferirei de morte a seus filhos.

Então todas as igrejas saberão que eu sou aquele que esquadrinha os rins e os corações, e darei a cada um de vós segundo as vossas obras.

Digo-vos, porém, a vós, os demais que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga não porei sobre vós: O que tendes, retende-o até que eu venha.   

Ap 2:18-25

As imagens apresentadas são significativas, quando se considera a estrutura da Igreja, agora institucionalizada, noiva de Cristo, simbolizando a comunidade religiosa, a igreja. Dessa forma, podemos ver na figura da prostituta, quando se trata de alguma profecia, a igreja que se uniu ao mundo, ao poder político, adotando posturas e doutrinas diferentes das cristãs. Conhece, nesse intercâmbio com os poderes do mundo, as “profundezas de Satanás” (Ap 2:24), isto é, desce ao máximo em sua aliança mundana, afastando-se imensamente da doutrina do Cristo. Assim, a igreja se torna uma falsa profetisa (cf. Ap 2:20), trazendo o erro e o desequilíbrio, em lugar do ensinamento humilde e renovador do Evangelho.

Esse quadro representa de forma clara a situação da Igreja, após sua união com o Estado, que se faz seguir, então, pela ignorância espiritual que veio inaugurar as trevas da Idade Média. Nessa ocasião, os reis e soberanos de toda a Terra, que deram à Igreja o poder temporal na forma do papado, passaram a sofrer os desmandos e as tiranias que pretensos representantes do cristianismo impuseram ao mundo, como um fardo pesado e cruel, em séculos e séculos de trevas morais.

Nesse período, no entanto, é que apareceram aqueles que verdadeiramente representaram a réstia de luz que o céu enviou à Terra, para dar novas dimensões ao ensino cristão e tentar fazer com que a Igreja retornasse ao caminho do Alto.

Vemos, aí, a vida missionária de Francisco de Assis e de muitos outros, que superaram em intensidade e qualidade aquilo que faltou à Igreja, como se fossem as suas vidas um apelo constante que o Pai enviava a seus filhos relapsos.

A igreja, prostituída em seus fundamentos doutrinários, é, na alegoria bíblica, a representação da mulher infiel, que abandona a presença de seu esposo - Jesus - e se lança aos braços de outro, estabelecendo aliança com doutrinas e poderes mundanos.

Mas a mensagem continua, referindo-se à vida missionária daqueles que exemplificaram a fidelidade aos princípios superiores. O exemplo desses missionários, que desciam à Terra periodicamente, deveria ser seguido: “O que tendes, retende-o até que eu venha” (Ap 2:25). O texto refere-se ao futuro, quando o Cristo retornaria para restabelecer seu ensinamento, com o Consolador prometido, momento em que se faria luz mais completa sobre os conceitos comprometidos devido à atuação irresponsável da Igreja e de seus representantes.

A comunidade cristã não ficaria abandonada indefinidamente, mas seria visitada com as luzes da genuína doutrina do Mestre, que seria restabelecida no mundo pelos divinos mensageiros do bem.

Eles retornaram à Terra e, tais quais vozes dos céus, fariam reviver a verdadeira fé, a doutrina do Cristo, como mais tarde veremos em outra imagem profética do Apocalipse.

A quinta igreja: Sardes

“Ao anjo da igreja de Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas.

Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, mas estás morto.

Sé vigilante, e confirma o restante, que estava para morrer, pois não tenho achado as tuas obras perfeitas diante do meu Deus.

Lembra-te, pois, do que recebeste e ouviste, e guarda-o, e arrepende-te.

Mas se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.

Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram as suas vestes, e comigo andarão vestidas de branco, pois são dignas “   

Ap 3:1-4

Apesar da situação caótica reinante no período de trevas espirituais, ainda existiam pessoas que não se haviam contaminado com as práticas doutrinárias da Igreja, que há muito havia deixado os caminhos do bem.

Espíritos mais ou menos esclarecidos haviam reencarnado como faróis, que iluminavam as trevas da Idade Média, chamando a Igreja de volta ao Cristo.

Jan Huss, Lutero, Calvino, Wycliff e muitos outros - que viveram nesse período difícil, em que o poder temporal da Igreja havia corrompido a fé de muitos que se diziam seguidores de Jesus - clamavam, por meio de suas palavras e exemplos, um protesto que abalava certas estruturas do papa de Roma. Foi o período dos reformadores, quando a luz de uma nova era começou a iluminar a paisagem triste dos desmandos humanos.

A voz dos reformadores reacendeu as chamas da perseguição, e a Igreja, detentora do poder, abençoou o assassinato em massa, em nome de um Deus incompreensível, tal qual fizera o Império Romano com os primeiros cristãos. Criaram-se instituições e companhias que matavam em nome do papa e da madre Igreja, tão-somente por não suportarem a estonteante luz da verdade que começava a despontar em meio às trevas da ignorância.

A Reforma protestante foi uma preparação dos caminhos para o Consolador, criando condições para que o mundo acolhesse a vinda do Cristo através de seus emissários, os espíritos superiores, representantes de sua magnânima vontade entre os homens. Assim como a vinda do Cristo foi precedida por João Batista, que preparou os corações para a mensagem libertadora do Evangelho, a vinda do Consolador, a doutrina espírita, foi precedida pela ação da Reforma protestante, abriu as mentes e predispôs que os corações para a mensagem renovadora da terceira revelação.

A sexta, igreja: Filadélfia

“Ao anjo da igreja de Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi.

O que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre: Conheço as tuas obras.

Diante de ti pus uma porta aberta, que ninguém pode fechar.

Sei que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.

Farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são - mas mentem - farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.

Visto que guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da tribulação que há de vir sobre todo o mundo, para provar os que habitam sobre a Terra.”   

Ap 3:7-10

O período que se seguiu ao dos reformadores foi realmente uma época em que, embora com as lutas e perseguições, uma nova suavidade começou a ser vista nos corações humanos. A igreja secular dos papas teve aos poucos que se curvar à nova religião, a dos reformadores, que se mantinha, apesar das perseguições, aguardando o momento propício para o advento do Consolador.

A Noite de São Bartolomeu, a Revolução Francesa e tantos outros capítulos sangrentos da história humana não conseguiram pôr fim à fé do povo, que se rebelava contra o domínio de consciências que o papado exercia.

Roma estava definitivamente abalada, e não adiantava mais pôr em prática o domínio de reis e governantes, pois a nova visão dos reformadores conseguia, aos poucos, romper com as pretensões de Roma. O caminho estava sendo preparado para a chegada da doutrina consoladora.

A Igreja romana se curvava ante a fé dos novos seguidores da Reforma, e, mesmo na hora grave alardeada pela profecia, da “tribulação que há de vir sobre todo o mundo” - como na Noite de São Bartolomeu, na Inquisição, nas mortes e assassinatos levados a termo na Revolução Francesa - os seguidores de Jesus seriam amparados. Do mesmo modo como ocorreu outrora, na época do cristianismo primitivo, o sangue derramado dos mártires seria semelhante a sementes espalhadas ao vento. Onde quer que caíssem, brotavam, portadoras da mensagem abençoada do Evangelho, que finalmente saía das sombras para a luz e fazia despertar a Terra da longa era de trevas, sono e letargia espirituais.

A sétima igreja: Laodicéia

“Ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente.

Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar- te-ei da minha boca.

Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta.

Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu.

Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas.

Eu repreendo e castigo a todos quantos amo.

Portanto, sê zeloso, e arrepende-te.”   

Ap 3:14-19

Esta é a mensagem destinada aos últimos trabalhadores ou os trabalhadores da última hora (cf. Mt 20:8 ). A acusação aqui não é a de que tenham se corrompido com outras doutrinas ou que tenham feito aliança com os poderes do mundo.

A mensagem indica a situação espiritual do último período da igreja, ou da comunidade cristã, e representa muito bem o moderno movimento espiritualista como a última fase da igreja na Terra, antes do estabelecimento de um mundo de regeneração.

A situação é comparada à água morna.

Uma situação de apatia e uma aparente letargia espiritual que ameaça dominar as consciências daqueles que julgam possuir muito, em termos espirituais.

Com o conhecimento da vida espiritual, da reencarnação, da mediunidade e de outros princípios basilares que foram restaurados com a vinda do Consolador, os modernos seguidores do Cristo julgam estar enriquecidos com seus conhecimentos e não necessitar de maior profundidade.

A mensagem, no entanto, é taxativa: “és um coitado (ou desgraçado), e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Ap 3:17).

O simples conhecimento de verdades transcendentais não nos faz melhores.

Há que interiorizar os valores adquiridos, modificar as disposições íntimas e desenvolver a consciência da fraternidade, a fim de ser verdadeiramente seguidor do Cristo.

Um certo marasmo, uma letargia espiritual, parece caracterizar esse período denominado Laodicéia, o qual representa a fase espiritualista da comunidade cristã atual.

O orgulho de serem detentores de verdades elevadas faz com que os modernos seguidores do bem sejam comparados com a água morna, sem sabor e indigesta.

É necessário acordar da cegueira produzida pela pretensão de dirigentes espíritas e espiritualistas e conscientizar-se da necessidade de dinamizar o movimento, de desenvolver valores morais verdadeiros, de descobrir o potencial adormecido em cada um.

Conforme podemos notar, a repreensão contida na mensagem profética é baseada no amor e se manifesta como correção ou reeducação das almas (cf. Ap 3:19).

Eis o sentido das advertências do Plano Superior em relação aos seguidores de Jesus, de todas as épocas.

Texto parcialmente resumido do livro APOCALIPSE - UMA INTERPRETAÇÃO ESPÍRITA DAS PROFECIAS de Robson Pinheiro pelo espírito de Estevão


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Offline heitorcostadacruz

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Re: APOCALIPSE - AS SETE IGREJAS E OS SETE CASTIÇAIS
« Responder #2 em: 03 de Novembro de 2009, 14:59 »
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SAUDAÇÕES FRATERNAIS!!!
Muito bom o texto, interessante..Diversos autores desmistificam a simbologia do apocalipse e seria interessante a visão de cada autor. Muita paz....

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Offline Mourarego

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Re: APOCALIPSE - AS SETE IGREJAS E OS SETE CASTIÇAIS
« Responder #3 em: 02 de Janeiro de 2010, 15:40 »
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Amigo Anton,
depois de reler o texto no que diz respeito ao teu aviso sobre Espíritas, me deparei com a questão que a repasso a ti:
Como Mateus poderia se referir a uma filosofia ainda não nascida?
Jesus, por certo, nunca disse um cedilha sobre Espíritas.
Aliás há uma bíblia, referida pelo Severino Celestino Silva, que contempla Espíritas mas é apenas uma das muitas invencionices do intyerpolador que se diz evangélico, autor daquele "trabalho".
Se o amigo puder mostre-me onde está a citação dita aos Espíritas...
Abraços,
Moura

A sétima igreja: Laodicéia

“Ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente.

Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar- te-ei da minha boca.

Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta.

Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu.

Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas.

Eu repreendo e castigo a todos quantos amo.

Portanto, sê zeloso, e arrepende-te.”   

Ap 3:14-19

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Re: APOCALIPSE - AS SETE IGREJAS E OS SETE CASTIÇAIS
« Responder #4 em: 02 de Janeiro de 2010, 15:44 »
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Para explicar melhor entrem nesse link
http://www.comunidadeespirita.com.br/evangelholuzalma/evangelhomisri/quente%20ou%20frio.htm
abração,
Moura

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Re: APOCALIPSE - AS SETE IGREJAS E OS SETE CASTIÇAIS
« Responder #5 em: 02 de Janeiro de 2010, 16:17 »
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Não há citação aos espiritas, como tampouco há aos catolicos, protestantes e evangelicos, que tampouco existiam a epoca. Alias o Apocalipse tampouco nomina a besta, o dragão e seu profeta e nem as duas testemunhas. E não nos diz o que é a Babilonia e onde fica a Nova Jerusalem. Como não nomina a cidade das sete colinas e a grande cidade. Não o diz com palavras do seculo XXI, mas deixa clara a sua essencia com a terminologia da epoca.

E o espirito Estevão, autor do texto sugere esta interpretação no livro disponibilizado neste link: http://www.forumespirita.net/fe/livros/apocalipse-uma-interpretacao-espirita-das-profecias/

Se voce se der ao trabalho de ler as linhas subsequentes a citação do Apocalipse, onde voce tenta inutilmente ler o nome da agremiação a que se refere cada igreja, encontrará a opinião do autor, baseada nas atitudes dos seguidores e não em nomes de doutrina.

A proposito o aviso não é meu, apenas o coloquei para ampliação da cultura geral.






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Re: APOCALIPSE - AS SETE IGREJAS E OS SETE CASTIÇAIS
« Responder #6 em: 02 de Janeiro de 2010, 16:27 »
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Ora, Anton,
não era isso que indicava o texto inicial logo a começo do tópico , em primeira mensagem.
abraços,
moura

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Re: APOCALIPSE - AS SETE IGREJAS E OS SETE CASTIÇAIS
« Responder #7 em: 02 de Janeiro de 2010, 16:54 »
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Citação de: Mourarego em 02 de Janeiro de 2010, 16:27
não era isso que indicava o texto inicial logo a começo do tópico , em primeira mensagem.

Era exatamente isto, conforme a transcrição do texto la colocado. A sua leitura foi um pouco seletiva:

Esta é a mensagem destinada aos últimos trabalhadores ou os trabalhadores da última hora (cf. Mt 20:8 ). A acusação aqui não é a de que tenham se corrompido com outras doutrinas ou que tenham feito aliança com os poderes do mundo.

A mensagem indica a situação espiritual do último período da igreja, ou da comunidade cristã, e representa muito bem o moderno movimento espiritualista como a última fase da igreja na Terra, antes do estabelecimento de um mundo de regeneração.

A situação é comparada à água morna.

Uma situação de apatia e uma aparente letargia espiritual que ameaça dominar as consciências daqueles que julgam possuir muito, em termos espirituais.

Com o conhecimento da vida espiritual, da reencarnação, da mediunidade e de outros princípios basilares que foram restaurados com a vinda do Consolador, os modernos seguidores do Cristo julgam estar enriquecidos com seus conhecimentos e não necessitar de maior profundidade.

A mensagem, no entanto, é taxativa: “és um coitado (ou desgraçado), e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Ap 3:17).

O simples conhecimento de verdades transcendentais não nos faz melhores.

Há que interiorizar os valores adquiridos, modificar as disposições íntimas e desenvolver a consciência da fraternidade, a fim de ser verdadeiramente seguidor do Cristo.

Um certo marasmo, uma letargia espiritual, parece caracterizar esse período denominado Laodicéia, o qual representa a fase espiritualista da comunidade cristã atual.

O orgulho de serem detentores de verdades elevadas faz com que os modernos seguidores do bem sejam comparados com a água morna, sem sabor e indigesta.

É necessário acordar da cegueira produzida pela pretensão de dirigentes espíritas e espiritualistas e conscientizar-se da necessidade de dinamizar o movimento, de desenvolver valores morais verdadeiros, de descobrir o potencial adormecido em cada um.

Conforme podemos notar, a repreensão contida na mensagem profética é baseada no amor e se manifesta como correção ou reeducação das almas (cf. Ap 3:19).


É uma advertencia serissima e muito util a todos os que se acreditam superiores apenas por terem tomado conhecimento, atraves do espiritismo, de algumas das mais elementares leis do universo. Alias o amigo Alamar diz mais ou menos o mesmo com palavras dele.

Os tempos já chegaram, amigo Moura, e o tempo para a conversão interior de cada um é extremamente restrito. Que cada um faça e pense o que quiser, continue como sempre foi e sempre estara certo. Não serei eu a julgar os outros.

No entanto o acesso a Nova Jerusalem, o mundo de regeneração ou orbe terrestre daqui a alguns poucos anos, estara vedado aos hipocritas, aos que seguem qualquer religião do planeta e aos que não consigam ver irmãos em todos os os demais espiritos. Em suma a todos os que ainda pensam e sentem o "eu" e não o "nós", a todos os que se dizem cristãos e não vivam a vida de Cristo, negando-o a cada instante de suas vidas.

Paz a todos

« Última modificação: 02 de Janeiro de 2010, 16:57 by Anton Kiudero »
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