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Autor Tópico: Livre-arbítrio e determinismo  (Lida 44285 vezes)

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Offline Anton Kiudero

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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #135 em: 03 de Junho de 2009, 02:31 »
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Citação de: Delphus em 03 de Junho de 2009, 01:17
Anton, mostre-nos por favor onde está no LE que julgar um criminoso e o ato por ele cometido é Julgar DEUS.

Quem o diz é Cristo: Ame a Deus acima de tudo e ao proximo como a ti mesmo. Quem julga alguem, deixa de amar a este alguem e por consequencia julga a Deus que colocou este proximo em seu caminho.

Citação de: Delphus em 03 de Junho de 2009, 01:17
836. Tem o homem direito de pôr embaraços à liberdade de consciência?
“Falece-lhe tanto esse direito, quanto com referência à liberdade de pensar, por isso
que só a Deus cabe o de julgar a consciência. Assim como os homens, pelas suas leis, regulam as relações de homem para homem, Deus, pelas leis da Natureza, regula as relações entre Ele e o homem.”

Aqui me parece que os homens têm o direito de julgar os homens, regulando assim a relação humana.

E acaso julgar alguem, dizendo-lhe o que é certo e errado ou definir o que pode ou não ser feito não é exatamente o que os espíritos dizem que não temos o direito de fazer? Não nos cabe julgar absolutamente nada. Todo julgamento é um enorme escandalo, sempre...

A sua interpretação é a interpretação do espírito humanizado e materialista e o que o Sermão do Monte e o LE nos transmitem é a visão do espírito pos-humanizado e espiritualista. E todo nosso esforço deve ser no sentido de dar este passo. Para isto vivemos. Do ponto de vista dos homens voce esta correto, mas não é este o recado.

Citação de: Delphus em 03 de Junho de 2009, 01:17
861. Ao escolher a sua existência, o Espírito daquele que comete um assassínio sabia que viria a ser assassino? "Não. Escolhendo uma vida de lutas, sabe que terá ensejo de matar um de seus semelhantes, mas não sabe se o fará, visto que ao crime precederá quase sempre, de sua parte, a deliberação de praticá-lo. Ora, aquele que delibera sobre uma coisa é sempre livre de fazê-la, ou não. Se soubesse previamente que, como homem, teria que cometer um crime, o Espírito estaria a isso predestinado. Ficai, porém, sabendo que a ninguém há predestinado ao crime e que todo crime, como qualquer outro ato, resulta sempre da vontade e do livre-arbítrio.
“Demais, sempre confundis duas coisas muito distintas: os sucessos materiais e os atos da vida moral. A fatalidade, que por algumas vezes há, só existe com relação àqueles sucessos materiais, cuja causa reside fora de vós e que independem da vossa vontade. Quanto aos da vida moral esses emanam sempre do próprio homem que, por conseguinte, tem sempre a liberdade de escolher. No tocante, pois, a esses atos, nunca há Fatalidade.”

Anton por favor não repita mais que DEUS dá o pensamento para o revoltado e cheio de ódio cometer um crime e com esse pensamento dado por Deus ficamos proibidos de julgar o crime e o criminoso - por favor - leia com bastante atenção a pergunta e a resposta acima, creio que fica bem claro aí a questão do livre-arbitrio, fatalidade e determinismo - e que a responsabilidade dos atos morais é exclusivamente do homem, sendo assim, Deus - pelas leis da Natureza, regula as relações entre Ele e o homem. [/color]


Voce fez uma pergunta e voce mesmo postou a resposta que dispensa comentários.

1 - A fatalidade, que por algumas vezes há, só existe com relação àqueles sucessos materiais, cuja causa reside fora de vós e que independem da vossa vontade. Por favor me aponte o livre arbítrio nesta expressão. Estes atos são criados por Deus segundo este mesmo livro.

2 - Quanto aos da vida moral esses emanam sempre do próprio homem que, por conseguinte, tem sempre a liberdade de escolher. No tocante, pois, a esses atos, nunca há Fatalidade. Este livre arbítrio é absoluto. A responsabilidade do espírito é com relação as suas INTENÇÕES como ja ensinado por Cristo e ratificado pelos espíritos.

São duas coisas distintas que os homens tem o hábito de misturar e confundir: OS ATOS MATERIAIS SÃO FATAIS mas os ATOS MORAIS SÃO FRUTOS DO LIVRE ARBÍTRIO.

A sua dúvida não existe senão para voce, visto voce considerar o ato um procedimento moral o que não é... Não julgue nada e nem ninguem porque não possuimos este direito... Leia os depoimentos de Moises sobre os trabalhos de desobsessão e doutrinamento e voce verá as consequencias dos julgamentos a longo prazo. Sei que voce conhece estes trabalhos muito bem, apenas indiquei este depoimentos porque foram publicados neste forum e são comuns a todos.

O universo é tudo aquilo que pudermos imaginar. Assim tudo o que julgarmos passa a existir para nos e apenas para nos. O universo é como um espelho de nosso interior e por isto a importancia da reforma intima. De nada serve criar regras e leis para os outros porque somente serão aplicadas em nos mesmos. Isto é não julgar e por isto Cristo o priorizou quando afirmou que cada um será julgado por seus proprios julgamentos. Ha algo mais básico que isto?

E não se esqueça jamais de que somos espíritos vivendo uma encarnação ou história pre-escrita. É como assitir uma novela, por mais que voce torça para alterar o enredo este não se altera e no final ainda reserva uma surpresa. So o que podemos fazer é sentir amor ou odio, alegria ou tristeza.... E sermos responsáveis por estes nossos sentimentos.

Fique em Paz,
Anton

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Offline Anton Kiudero

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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #136 em: 03 de Junho de 2009, 02:39 »
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Citação de: Delphus em 03 de Junho de 2009, 01:49
Se você quizer eu posso copiar e colar todo o Resumo teórico do sonambulismo, do êxtase e da dupla vista, mas ficaria enfadonho e muita gente sairia correndo desse tópico, assim, como o diabo corre da cruz. :D :o

Os espíritos não ensinaram que devemos utilizar a razão e por isto solicitei que colocasse a fonte da citação abaixo. Não a encontro no LE.

Voce tem certeza de que os espíritos ensinaram que "Cabe-nos tudo julgar friamente e pesar-lhes as revelações na balança da razão"?



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Offline Ces

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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #137 em: 03 de Junho de 2009, 10:05 »
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244a). Os Espíritos vêem a Deus? - Quando um Espírito inferior diz que Deus lhe proíbe ou permite uma coisa,como sabe que isso lhe vem Dele?

“Ele não vê a Deus, mas sente a Sua soberania e, quando não deva ser feita alguma
coisa ou dita uma palavra, percebe, como por intuição, a proibição de fazê-la ou dizê-la.

Não tendes vós mesmos pressentimentos, que se vos afiguram avisos secretos, para
fazerdes, ou não, isto ou aquilo? O mesmo nos acontece, se bem que em grau mais alto,
pois compreendes que, sendo mais sutil do que as vossas a essência dos Espíritos, podem
estes receber melhor as advertências divinas.”

258 a)“Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus quem estabeleceu todas
as leis que regem o Universo. Ide agora perguntar por que decretou Ele esta lei e não
aquela. Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das conseqüências que estes tiverem. Nada lhe estorva o futuro; abertos se lhe acham, assim, o caminho do bem, como o do mal.

Sera liberdade de agir no mundo material ou apenas acção moral? Esta é uma duvida que tenho. No livro dos espiritos ha algumas questoes pouco claras


529.a) - Podem os Espíritos que dirigem os acontecimentos terrenos ter obstada sua
ação por Espíritos que queiram o contrário?

“O que Deus quer se executa. Se houver demora na execução, ou lhe surjam
obstáculos, é porque Ele assim o quis.

584. De que natureza será a missão do conquistador que apenas visa satisfazer à
sua ambição e que, para alcançar esse objetivo, não vacila ante nenhuma das calamidades
que vai espalhando?

“As mais das vezes não passa de um instrumento de que se serve Deus para
cumprimento de seus desígnios
, representando essas calamidades um meio de que ele se utiliza para fazer que um povo progrida mais rapidamente.”

Aqui fica claro que o que chamamos mal, afinal é um bem

a) - Nenhuma parte tendo na produção do bem que dessas calamidades passageiras
possa resultar, pois que visava um fim todo pessoal, aquele que delas se constitui
instrumento tirará, não obstante, proveito desse bem?

“Cada um é recompensado de acordo com as suas obras, com o bem que intentou
fazer e com a retidão de suas intenções.”

O que são obras? Serão os sentimentos e intenções? Ficam algumas dúvidas aqui

Os Espíritos encarnados têm ocupações inerentes às suas existências corpóreas. No
estado de erraticidade, ou de desmaterialização, tais ocupações são adequadas ao grau de
adiantamento deles.

Uns percorrem os mundos, se ocupam com o progresso, dirigindo os acontecimentos
e sugerindo idéias que lhe sejam propícias.
Assistem os homens de gênio que concorrem
para o adiantamento da Humanidade.

Muitas respostas do Livro dos espiritos nos mostram que não somos livres de agir como imaginamos ser possivel..Talvez seja ilusão  que haja liberdade de agir no mundo material. É o que tenho vindo a entender, mas qua ainda me causa alguma confusão..

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Offline Anton Kiudero

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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #138 em: 03 de Junho de 2009, 10:19 »
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Citação de: Tigo em 03 de Junho de 2009, 10:05
Sera liberdade de agir no mundo material ou apenas acção moral? Esta é uma duvida que tenho. No livro dos espiritos ha algumas questoes pouco claras.

A resposta a esta sua questão encontra-se na capa do livro. O livro tem o título de Livro dos Espíritos e não Livro dos Homens. E os espíritos não tem forma, braços e pernas. Todas as suas ações são sempre morais ou sentimentais.

Citação de: Tigo em 03 de Junho de 2009, 10:05
“O que Deus quer se executa. Se houver demora na execução, ou lhe surjam obstáculos, é porque Ele assim o quis.

Boa lembrança.

Esta resposta deveria ser lida 3x ao dia, antes e após as refeições para os que se dizem seguidores da doutrina espírita. E sem julgamentos por favor.

Citação de: Tigo em 03 de Junho de 2009, 10:05
“Cada um é recompensado de acordo com as suas obras, com o bem que intentou
fazer e com a retidão de suas intenções.”

O que são obras? Serão os sentimentos e intenções? Ficam algumas dúvidas aqui

Apenas a confirmação de que as obras são as intenções e não os paus e pedras arremessados.

Bom lembrete para os que ainda creem que apenas os paus e pedras arremessados são "maus"... Paus e pedras não podem ser bons e nem maus, porque, assim como o corpo... são inertes, não sentem...




« Última modificação: 03 de Junho de 2009, 10:48 by Anton Kiudero »
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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #139 em: 03 de Junho de 2009, 15:55 »
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Olá

......... muita gente sairia correndo desse tópico, assim, como o diabo corre da cruz. 

Mas não foi o que aconteceu?

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Offline procura

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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #140 em: 04 de Junho de 2009, 22:28 »
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Analisando, detidamente, todas estas causas que traçam os rumos do nosso destino, chegaremos a várias e importantes conclusões, tais como:
1.   Recebemos, na Terra, o corpo que merecemos e de que necessitamos.
2.   Ao renascermos, o lar que nos acolhe é o melhor que poderíamos encontrar, pois não só estamos ligados aos familiares por vínculos consanguíneos, mas fundamentalmente, por laços e compromissos espirituais tecidos no Mundo Maior e no encadeamento das vidas terrenas, sucessivas.
3.   Em cada nova jornada terrestre, trazemos um plano de trabalho, organizado no Alto, baseado em nossas necessidades espirituais. Deste plano constam, invariavelmente, provas e expiações. Provas são as dificuldades e lutas com vistas à nossa edificação espiritual. Expiações são os resgates de dívidas do passado. Não desconhecemos que colhemos no presente o que semeamos no passado, assim como a semeadura de hoje, facultada pelo livre-arbítrio, define uma obrigação inevitável de colheita no futuro. É a lei de causa e efeito, regendo as nossas vidas.
O grande escritor francês, Léon Denis, dá a esta lei também os nomes de lei de justiça e lei de responsabilidade, conceituando-a assim: “...não é, em essência, senão lei de harmonia; determina as conseqüências dos atos que livremente praticamos. Não pune nem recompensa mas preside simplesmente à ordem, ao equilíbrio do mundo moral como ao do mundo físico. Todo dano causado à ordem universal acarreta causas de sofrimento e uma reparação necessária ate que, mediante os cuidados do culpado, a harmonia violada seja restabelecida.” (LÉON DENIS – O problema do ser, do destino e da dor. 9. ed., rio de Janeiro. FEB [1975] p. 168).
É assaz interessante a comparação entre as leis que governam o equilíbrio do mundo moral com as do mundo físico, pois, assim como leis cósmicas nos presidem a experiência física, invariáveis leis morais nos comandam o Espírito imortal.
Definindo com clareza e precisão as conseqüências dos nossos atos ante a Vida, Denis escreveu a seguir: “O bem e o mal praticados constituem a única regra do destino. Sobre todas as coisas exerce influência uma lei grande e poderosa, em virtude da qual cada ser vivo do Universo só pode gozar da situação correspondente a seus méritos. A nossa felicidade, apesar das aparências enganadoras, está sempre em relação direta com a nossa capacidade para o bem; e essa lei acha completa aplicação nas reencarnações da alma. É ela que fixa as condições de cada renascimento e traça as linhas principais dos nossos destinos. Por isso há maus que parecem felizes, ao passo que justos sofrem excessivamente. A hora da reparação soou para estes e, breve, soará para aqueles.” (id. Ibid., p. 168).
Sabendo que o Criador desta lei é Todo-Misericordioso, afigura-se-nos perfeitamente compreensível a pergunta: a lei da prova e da expiação é inflexível?
Fundamentado no Novo Testamento, Emmanuel nos elucida:
“Os tribunais da justiça humana, apesar de imperfeitos, por vezes não comutam as penas e não beneficiam os delinqüentes com o “sursis”?
A inflexibilidade e a dureza não existem para a misericórdia divina, que, conforme a conduta do Espírito encarnado, pode dispensar na lei, em beneficio do homem, quando a sua existência já demonstre certas expressões do amor que cobre a multidão dos pecados.” (XAVIER, Francisco Cândido – O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. q. 247).
Pois, se o Velho Testamento foi o primeiro manancial das revelações da Lei Divina, onde brilham os dez mandamentos recebidos por Moisés, constituindo até hoje o fundamento de todos os códigos da justiça terrestre; o Novo Testamento – escrínio das luzes do Evangelho e das mensagens apostólicas – veio, no momento oportuno, revelar à Humanidade a outra face da Lei: a do Amor. Moisés, o austero missionário da Justiça, ensinava: “Olho por olho, dente por dente”, mas, Jesus, o meigo nazareno, muitos séculos depois esclarecia: “Amareis a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a vós mesmos. Todas a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” (Mateus, 22:34 a 40).
As causas das aflições humanas, vistas a lume da lei de causa e efeito, foram analisadas com profundidade por Allan Kardec.
Dividiu-as em atuais e anteriores à presente existência. As primeiras levam-nos ao sofrimento, em virtude da nossa própria conduta infeliz na vida atual. Ao comentá-las, foi categórico: “Os males dessa natureza formam, seguramente, um notável contingente nas vicissitudes da vida; o homem os evitará quando trabalhar para seu aprimoramento moral e intelectual.” (KARDEC, Allan – O Evangelho segundo o Espiritismo. 1. ed., trad. Do francês por Salvador Gentile, Araras (SP). IDE [1978] cap. V, p. 72).
Abordando as causas anteriores à vida atual, nascidas de males cometidos em existências passadas, explica-nos o porque de tantas dores, aparentemente incompatíveis com a justiça e o amor de Deus, tais como: as doenças congênitas, os acidentes imprevisíveis e inevitáveis, os flagelos naturais, a perda precoce de seres queridos.
Nesse mesmo capitulo – como fez em quase todos os demais da aludida obra, que elucida as máximas morais evangélicas em face dos ensinamentos dos Espíritos do Senhor, ensinamentos que fundamentaram a Codificação da Doutrina Espírita -, Kardec registrou as “Instruções dos Espíritos” pertinentes ao tema em estudo. Dentre estas, destacaremos a mensagem de Sanson, intitulada: “Perda de pessoas amadas. Mortes prematuras”, por focalizar exatamente o assunto de nossas reflexões.
Sanson nos mostra com argumentação convincente que o desespero e a revolta, habituais em nossa conduta frente a essas situações, não se justificam. Consola e orienta os familiares que passam pela compreensível e inevitável dor da separação, dirigindo-se especialmente às progenitoras:
“Mães, sabeis que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, bem perto; seus corpos fluídicos vos cercam, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os embriaga de alegria; mas também vossas dores desarrazoadas os afligem, porque elas denotam uma falta de fé e são uma revolta contra a vontade de Deus.” (Op. Cit., cap. V, p. 86).
As mensagens do Alem freqüentemente confirmam as palavras de Sanson.
O apelo de Walter Perrone não fugiu a essa orientação, porque a atitude mental dos que ficam é fundamental para o equilíbrio emocional dos que partem para a Vida Maior:
- Não chore mais, querida mãezinha, suas lagrimas chegam a mim e me transtornam. ....Mamãe, não continue assim mergulhada nas idéias da morte, porque a vida prossegue.
4.   O momento da morte, bem como a sua causa, não estão sujeitos aos chamados “caprichos de um destino cego”, que, se reais, iriam frontalmente de encontro à misericórdia e à justiça de Deus.
 
Vimos que o nosso destino é resultante da interação do livre-arbítrio e do determinismo, pairando sobre estes dois fatores as Diretrizes Superiores que nos governam a vida.
Por exemplo, um Espírito, antes de um novo mergulho na carne, ciente dos atos praticados em encarnações anteriores, examina detidamente os seus débitos e créditos, análise indispensável para novos empreendimentos com vistas a sua evolução espiritual. Se chegar à conclusão, com o auxilio de Benfeitores Celestes, que precisa passar – bem como os seus futuros familiares – pela prova de um desenlace na infância ou na juventude, este será o seu destino. Um destino doloroso para todos, mas justo e necessário em face das leis naturais que norteiam o progresso espiritual da Humanidade.
As diretrizes fundamentais de uma nova encarnação, como a da forma e do instante do passamento, sempre ficam registradas no subconsciente, ou melhor, nos “arquivos profundos” da memória espiritual do reencarnante, como também, muitas vezes, registradas pelos familiares mais próximos, conhecedores dos fatos antes de se reencarnarem. O grau de fixação de tais informes depende do nível evolutivo de cada um. É oportuno lembrarmos também a possibilidade de tomarmos conhecimento de informações tão importantes, quando já habitamos o vaso físico, em estado de vigília (pela intuição) ou nos momentos de desprendimento espiritual durante o sono. Todas estas modalidades de informações, colhidas antes ou depois da reencarnação, caracterizam a premonição ou o pressentimento.
Daí os lances de inexplicável serenidade observados em muitas criaturas, no leito de dor, à beira da morte... a aceitação resignada dos que cercam o corpo de uma pessoa querida que partiu de forma brusca e inesperada...como que já esperavam, de há muito, o acontecimento.
Evidentemente, tão-só os pressentimentos, não estruturam as reações emocionais frente aos grandes momentos da existência, mas, atenuando o impacto dos mesmos, ajudam-nos a resguardar o coração das explosões emotivas e a imunizar a mente das revoltas intempestivas, permitindo-nos raciocinar e atuar com o melhor equilíbrio possível.
“- Não há de fatal, no verdadeiro sentido da palavra, senão o instante da morte. Quando esse momento chega, seja por um meio ou por outro, vós não podeis dele vos livrar.” (KARDEC, Allan – O Livro dos Espíritos. 3. ed., trad. do francês por Salvador Gentile, Araras (SP). IDE [1977] q. 853).
Esta foi a clara e concisa resposta dos Espíritos a Allan Kardec, quando interpelados sobre a possível fatalidade da morte.
Ao receber este esclarecimento, o Codificador interrogou-os de pronto:
“- Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, nós não morremos, se a hora não é chegada?” (Id. Ibid., q. 853).
Obtendo a resposta:
“- Não, tu não perecerás, e disso tens milhares de exemplos. Mas, quando é chegada a tua hora de partir, nada pode subtrair-te dela. Deus sabe, antecipadamente, de qual gênero de morte tu partirás daqui e, freqüentemente, teu Espírito o sabe também, porque isso lhe é revelado, quando ele faz a escolha de tal ou tal existência.”
Estas elucidações levam-nos, forçosamente, a meditar sobre questão tão grave, com implicações profundas em nossa vida.
O Espírito de Sanson, em sua mensagem anteriormente citada (O Evangelho segundo o Espiritismo, p. 85), também nos chamou a atenção de “sábia previdência” onde pensamos divisar “a cega fatalidade do destino”, com estas palavras:
“Quando a morte vem ceifar nas vossas famílias, levando sem moderação as pessoas jovens ao invés das velhas, dizeis freqüentemente: Deus não é justo, uma vez que sacrifica esse que é forte e pleno de futuro, para conservar aqueles que viveram longos anos plenos de decepções; uma vez que leva aqueles que são úteis e deixa aqueles que não servem mais para nada; uma vez que parte o coração de uma mãe privando-a da inocente criatura que fazia toda a sua alegria.
Humanos, é nisto que vós tendes necessidade de vos elevar acima do terra-a-terra da vida, para compreender que o bem, freqüentemente, está onde credes ver o mal, a sábia previdência aí onde credes ver a cega fatalidade do destino. Por que medir justiça divina pelo valor da vossa? Podeis pensar que o senhor dos mundos queira, por um simples capricho, vos infligir penas cruéis? Nada se faz sem um objetivo inteligente e, qualquer que seja ao que se chegue, cada coisa tem sua razão de ser.”
 
Como compreender o ato do suicídio em face da fatalidade da morte?
Alguém estaria predestinado a tal tipo de desencarnação?
Não. Jamais há fatalidade para os atos conscientes da vida.
“....confundis sempre duas coisas bem distintas.” – alertam-nos os Espíritos, respondendo à questão 861 de O Livro dos Espíritos – “os acontecimentos materiais da vida e os atos da vida moral. Se, algumas vezes, há fatalidade, é nos acontecimentos materiais cuja causa está fora de vós, e que são independentes da vossa vontade. Quanto aos atos da vida moral, eles emanam sempre do próprio homem, que tem sempre, por conseguinte, a liberdade de escolha; para esses atos, pois, jamais há fatalidade.”
Este é o mesmo pensamento de Emmanuel, externado ao responder à incisiva pergunta:
“- É fatal o instante da morte?
- Com exceção do suicídio, todos os casos de desencarnação são determinados previamente pelas forças espirituais que orientam a atividade do homem sobre a Terra.
Esclarecendo-vos quanto a essa exceção, devemos considerar que, se o homem é escravo das condições externas da sua vida no orbe, é livre no mundo íntimo, razão por que, trazendo no seu mapa de provas a tentação de desertar da vida expiatória e retificadora, contrai um débito penoso aquele que se arruína, desmantelando as próprias energias.
A educação e a iluminação do íntimo constituem o amor ao santuário de Deus em nossa alma. Quem as realiza em si, na profundeza da liberdade interior, pode modificar o determinismo das condições materiais de sua existência, alçando-a para a luz e para o bem. Os que eliminam, contudo, as suas energias próprias, atentam contra a luz divina que palpita em si mesmos. Daí o complexo de suas dívidas dolorosas.
E existem ainda os suicídios lentos e gradativos, provocados pela ambição ou pela inércia, pelo abuso ou pela inconsideração, tão perigosos para a vida da alma, quanto os que se observam, de modo espetacular, entre as lutas do mundo.
Essa a razão pela qual tantas vezes se batem os instrutores dos encarnados, pela necessidade permanente de oração e de vigilância, a fim de que os seus amigos não fracassem nas tentações.” (XAVIER, Francisco Cândido – O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. q. 146).
 
Quando Walter se dirigiu aos familiares, não só deu um eloqüente testemunho da imortalidade, como exalçou um tema básico, fundamental em qualquer análise atenta, que se faça dos problemas, grandes ou pequenos, de nossa existência: Deus está em nós e devemos permanecer em Deus.
Com esta frase lapidar, concitou os seus e a todos nós a meditar, mais detidamente, nos fatores transcendentes que regem os mínimos fenômenos da vida.
Há séculos e séculos a Humanidade vem recebendo, incessantemente, esclarecimentos superiores, reveladores da Paternidade e do Amor Infinito do Criador.
Nunca é demais recordar alguns clarões da Verdade que, vencendo as barreiras do tempo, iluminam ate hoje o pensamento humano: quando Jesus – o Guia Espiritual da Terra –, ao ensinar-nos a orar, assim iniciou a súplica a Deus: “Pai Nosso, que estais nos céus...” (Mateus, 6:9); e o apóstolo Paulo, em seu celebre discurso no Areópago de Atenas, apesar de enfrentar um ambiente de incompreensão e hostilidade, não titubeou em afirmar, referindo-se a Deus: “Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos.” (Atos, 17:28).
Somente com uma compreensão maior da Providência Divina – a tudo presidindo, regendo leis sábias e justas com o objetivo de impulsionar-nos para a perfeição espiritual – é que poderemos enfrentar as duríssimas situações em que as mortes prematuras e/ou violentas nos colocam. O entendimento desta Assistência Superior gera em nós paz íntima, e, embora derramemos lagrimas sinceras à ebulição da dor inevitável da separação, não nos revoltaremos.
 
Fonte: Livro: “Amor sem adeus”  -  Psicografia: Francisco Candido Xavier
Autor: Hércio Marcos C. Arantes – Autor Espiritual: Walter



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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #141 em: 08 de Junho de 2009, 22:16 »
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Companheiro PROCURA, as linhas abaixo não são no sentido de refutar ou discordar, mas, smplesmente um pensamento de si para consigo mesmo, ou seja, muito mais uma auto-analise no exercício do auto conhecimeto.


Citação de: procura em 04 de Junho de 2009, 22:28
Analisando, detidamente, todas estas causas que traçam os rumos do nosso destino, chegaremos a várias e importantes conclusões, tais como: 1.Recebemos, na Terra, o corpo que merecemos e de que necessitamos.
Muito mais o que necessitamos do que merecemos, Dª Joanna de Angelis, nos diz que nosso merecimento é minúsculo, diante do bem que deixamos de fazer e do mal que já fizemos.

Citação de: procura em 04 de Junho de 2009, 22:28
2.   Ao renascermos, o lar que nos acolhe é o melhor que poderíamos encontrar, pois não só estamos ligados aos familiares por vínculos consanguíneos, mas fundamentalmente, por laços e compromissos espirituais tecidos no Mundo Maior e no encadeamento das vidas terrenas, sucessivas.
É o melhor quando já amadurecidos para com a Lei de Evolução busquemos trabalhar em nós a Resignação, Humildade e a proposta maior que a reencarnação nos traz: RENOVAÇÃO ou Reforma Intima Emmanuel sempre nos alerta da necessidade da Cristianização do Ser Humano - TRAZER O ESPIRITISMO QUE ENCONTRA-SE NA CABEÇA PARA O CORAÇÃO.

Abraços Fraternais

Delphus - Conheça a ti mesmo.

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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #142 em: 29 de Março de 2010, 16:30 »
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Amigos,

LIVRE ARBITRIO, uma tentativa de explicar o inexplicável.

Sempre se tentou encontrar uma explicação, uma justificativa para o sofrimento e os problemas do mundo. Dentro da concepção, adotada pelas religiões, de um Deus soberanamente bom e justo, a responsabilidade de todos os problemas do mundo só poderia recair sobre os ombros das pobres criaturas, os homens, que teriam feito mau uso de seu livre-arbítrio. Que Deus lhes deu vontade livre para pensar e fazer e, dentro dessa liberdade, mesmo as leis divinas estando impressas eternamente em sua mente, não as obedecem e, assim, agem erradamente. Do mesmo modo limbo, céu, inferno, pecados e castigos, pecado original, méritos e deméritos nasceram dessa tentativa de explicar aquilo que ainda é inexplicável, e das observações daquilo que acontece na vida.
Desde sempre o homem buscou explicações para tudo que lhe sucedia, particularmente, se lhe fosse desagradável. Porque o homem sofre? A causa, como asseguram as diversas crenças e religiões, “não’ pode ser o Deus, para nós ainda desconhecido. A causa, portanto, só pode estar no homem. Será verdade essa maneira de ver as coisas?
Os mistérios sempre desafiaram o homem, pela sua ânsia de compreender e de dominar a natureza e o semelhante. Na tentativa de desvendar o mistério da existência do mal, criou-se a figura de sua personificação, Satanás, um ser a quem foi concedida autorização pata atormentar os homens com suas tentações e a suscitar toda espécie de sofrimento do mundo. Mas a existência dessa figura, ou do sofrimento, de modo algum se coaduna com a concepção de um Criador de amor e misericórdia. Como não poderia ser Deus o causador do sofrimento, chegou-se à explicação “lógica”(?) de que, se o homem sofre, sofre porque agiu erradamente; se é feliz, é feliz porque agiu acertadamente. Sem dúvida, se o homem age erradamente pode prejudicar a si próprio e a semelhantes. Não é isso que vemos no dia-a-dia do mundo, desde os mais inocentes desentendimentos até os conflitos e guerras mais cruéis e destruidoras de tudo que o próprio homem construiu? Então o homem sofre porque age erradamente, mas não porque, como ensinam as doutrinas, esse sofrimento está previsto numa lei que lhe impõe punição, mesmo que educativa, por seu procedimento incorreto. É a lei de causa e efeito: se causou um dano, pode sofrer se esse dano o atingir; e pode fazer outros sofrerem, também; isto é lógico. Qualquer tentativa de explicar, como dizem as religiões, que o seu sofrimento vem de sua responsabilidade e culpa, isto é, que sofre como um castigo ou punição, mesmo que educativo-instrutiva, não cabe dentro da idéia de um Criador onisciente, onipotente e amoroso que, por sua onisciência, saberia desde sempre o que cada uma de suas criaturas faria de errado e de certo, de conformidade com suas leis ou das leis da vida e, de antemão, também sabia o que, cada uma, individualmente, sofreria devido aos seus desacertos. Seria como o fabricante de brinquedos que, mesmo sabendo que um brinquedo, por estar defeituoso, destruiria, mataria, seria perigoso, produziria tantas dores, assim mesmo o faz e o entrega às crianças. Quem é o responsável? O brinquedo, as crianças, o fabricante?
Percebemos que temos de, urgente e necessariamente, repensar as concepções religiosas. Ou vamos permanecer cheios de ilusões, esperanças, remorsos e, sobretudo, culpas e medos. Vivemos dentro dessa tremenda ilusão de que a criatura é responsável pelo seu próprio sofrimento. Em certo sentido, esta é uma verdade; contudo, no sentido de que sofre porque fez outros sofrerem é um enorme absurdo. Não há punições infringidas por ninguém, nem por Deus, nem pelo próprio homem. O que acontece é que o ser humano está fechado na escuridão de sua enorme ignorância e nada vê, nada percebe, nada interpreta corretamente. Ele está com os olhos “cheios de terra”, como disse Teresa de Ávila; com os olhos “cheios de espessas trevas”, como disse Jesus. Essa é toda a causa do sofrimento que existe no mundo: os olhos “tapados”, a ignorância que só pode ser dissipada com o conhecimento da verdade que liberta. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Não há culpados, ninguém a ser responsabilizado.
(continua)

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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #143 em: 29 de Abril de 2010, 01:57 »
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Encarnamos muitas vezes com um objetivo a ser cumprido na terra (destino?). Tenho a convicção de que apesar disso, dessa “programação espiritual” para a vida terráquea que nos espera enquanto espírito, a liberdade de escolha (o que fazer, como fazer...), ou seja, o livre arbítrio, faz com que possamos mudar nosso planejamento espiritual, tanto para melhor, como infelizmente para pior.
Que a paz reine em vossos coraçãoes!


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Offline dOM JORGE

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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #144 em: 20 de Maio de 2011, 21:28 »
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                                      VIVA JESUS!


            Boa-tarde! queridos irmãos.


                  Determinismo ou livre-arbítrio?
A comunidade catarinense amanheceu chocada com mais um caso de morte durante procedimento cirúrgico de caráter estético. Uma senhora de 55 anos se preparava para uma lipoaspiração e teve complicações cardíacas em reação à anestesia. Segundo fontes clínicas oficiais, a paciente estava tomando um medicamento e omitiu tal informação ao corpo médico, ocasionando uma fibrilação (espécie de parada cardíaca, em que o coração, ao invés de bater, vibra e não tem força para bombear o sangue para o restante do corpo).

O evento, drástico, é um excelente mote para nossas digressões espíritas, sobretudo pela questão de estar ou não “prevista” espiritualmente a sua ocorrência. Ou se a conseqüência (desencarnação) decorreu de ato voluntário, dentro do contexto do livre-arbítrio que pertence a todos os Espíritos.

Há, conhecidamente, no meio espírita, o uso da expressão “planejamento encarnatório” que consagra um conjunto de probabilidades, decorrentes de escolhas e compromissos que o indivíduo, ainda desencarnado, no Plano Espiritual, possa ter efetuado. A teoria espírita, assim, apresenta a perspectiva de, em considerando a experiência encarnatória, no estágio em que nos encontramos, uma oportunidade para “provas”, “expiações” e “missões”, haver certos condicionamentos para determinadas situações ou circunstâncias da vida física (que se estará iniciando, com o retorno à carne). Assim, por exemplo, pode ficar prevista a vinculação do ser com determinadas pessoas, por afinidade, e que farão parte dos ambientes em que o mesmo esteja vinculado, para auxiliar, colaborar ou participar diretamente da “sua” vida, bem como será possível conviver com determinadas individualidades que estejam em desajuste com tal Espírito, proporcionando chances de reajuste, reconciliação e perdão recíprocos. De outra sorte, a (prévia) escolha de determinadas contingências (educação, trabalho, habilidades e capacidades) poderá ocorrer em função dos aprendizados pretéritos do ser, favorecendo (em tese) a sua busca pela sobrevivência e a sua felicidade. Tudo isto, no entanto, de modo “provável”.

Há pessoas que, mesmo em ambientes espíritas e com base em “teorias espíritas”, advogam que Deus esteja por detrás de tudo o que acontece conosco, em nossas vidas. É comum o adágio “não cai um fio de cabelo da sua cabeça se não for por vontade de Deus”, legitimando a crença de que Deus esteja “administrando” diretamente a vida de cada uma de suas criaturas. Ou, então, que esteja preocupado, vigilante, acompanhando cada passo de todos os Espíritos. Esta, verdadeiramente, é uma teoria equivocada. A criação divina pressupõe o estabelecimento de um conjunto de Leis Divinas que são auto-executáveis e que não dependem da “presença” divina em sua direção e condução. Do contrário, o Universo perfeito, regido por normas igualmente perfeitas, dá a cada um “segundo suas obras”, mensagem que significa, nada mais, nada menos, que a própria aplicação da lei de causa e efeito e a submissão de todos nós aos seus desígnios operacionais.

No episódio que ilustra este ensaio, a personagem principal não estava “fadada” a morrer daquele jeito, nem, tampouco, sua morte significaria, a princípio, qualquer “necessidade” de ocorrer daquela forma, por algum tipo de “resgate”, ou para aprendizado obrigatório, pessoal e de seus entes queridos, como condicionante de um tempo pretérito. Evidentemente que a situação, em si, trará para todos os envolvidos um aprendizado, mas seria incorreto vincular o evento a certas ocorrências passadas. Ela, sem qualquer dúvida, “assumiu o risco”, o próprio risco de viver, já que não sabemos, de antemão, nas diversificadas trajetórias no curso diário, o que nos espera na esquina seguinte. Ao optar pela cirurgia – que, como qualquer procedimento médico deste jaez exige e envolve cuidados e riscos – a companheira colocou-se na encruzilhada “vida-morte”, ou seja, poderia ter sobrevivido, assim como faleceu. Dá a entender o relato jornalístico de que sua omissão (em não informar o uso de determinada substância química) tenha estabelecido o nexo causal para o evento morte.

Não é possível, assim, “culpar” a vida, ou o “planejamento encarnatório” daquilo que nos acontece diariamente. Se há uma diretriz que é o conjunto das vivências passadas, que estabelecem certas conexões e perspectivas, na condução do rumo da vida, considerando-se as premissas de evolução e reestruturação do ser, ela não significa nenhuma algema, amarra ou obrigação que vincula necessariamente os acontecimentos presentes. Há que ter muita cautela na definição das questões que envolvem tanto a existência física quanto a espiritual, para não corrermos o risco de “enxertar”, na Doutrina Espírita, nossas opiniões e comentários, as mais das vezes precários, desconexos e desconformes à teoria espiritista.

Por obra do livre-arbítrio, este apanágio inerente à condição de individualidade espiritual, somos os “senhores” de nossas vidas, os personagens principais do cenário de nossas vidas atuais. E como podemos escolher sempre que nossa inteligência e nosso sentimento possam estar sempre aclarados e equilibrados, para que as conseqüências de nossas decisões sejam as melhores possíveis, na conjuntura espiritual.

       Marcelo Henrique Pereira


                                                                PAZ, MUITA PAZ!


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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #145 em: 24 de Maio de 2011, 13:29 »
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É uma piada o debate referente ao tema do tópico.

Constantemente os debatentes esquivam dos posicionamentos e perguntas direcionadas, estes que merecem a respectiva refutação com a contra argumentativa ou aceitação com a respectiva argumentativa.

Este copia e cola não gera sabedoria e crecimento pessoal.

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Re: LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO.
« Responder #146 em: 18 de Fevereiro de 2018, 18:30 »
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                                                              VIVA JESUS!




             Boa-tarde! queridos irmãos.





                   Determinismo e o Livre-arbítrio




             
Diante dos diversos acontecimentos das nossas vidas, muitas vezes nos questionamos a respeito de suas causas, em particular quando são dolorosos, e, comumente, as locamos nas vidas pregressas que já vivemos.

A Doutrina Espírita nos elucida a respeito:

“Na espiritualidade, antes de começar uma nova existência corporal, o Espírito tem consciência e previsão das coisas que acontecerão durante sua vida?

– Ele mesmo escolhe o gênero de provas que quer passar. Nisso consiste seu livre-arbítrio”. (1)

“Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme o sentido que se dá a essa palavra, ou seja, todos os acontecimentos são predeterminados? Nesse caso, como fica o livre-arbítrio?

– A fatalidade existe apenas na escolha que o Espírito fez ao encarnar e suportar esta ou aquela prova. E da escolha resulta uma espécie de destino, que é a própria consequência da posição que ele próprio escolheu e em que se acha. Falo das provas de natureza física, porque, quanto às de natureza moral e às tentações, o Espírito, ao conservar seu livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor para ceder ou resistir… (2)

Emmanuel, o Benfeitor Espiritual responsável pelas tarefas mediúnicas de Francisco Cândido Xavier, desenvolve o assunto:

“Há o determinismo e o livre-arbítrio, ao mesmo tempo, na existência humana?

Determinismo e livre-arbítrio coexistem na vida, entrosando-se na estrada dos destinos, para a elevação e redenção dos homens.

O primeiro é absoluto nas mais baixas camadas evolutivas e o segundo amplia-se com os valores da educação e da experiência.

Cumpre-nos reconhecer que o próprio homem, à medida que se torna responsável, organiza o determinismo da sua existência, agravando-o ou amenizando-lhe os rigores, até poder elevar-se, definitivamente, aos planos superiores do Universo”. (3)

Desta forma, está presente em nossas vidas o Determinismo Divino e o Livre-arbítrio concedido por Deus ao nosso Espírito, como um atributo natural. Então, é de se perguntar:

“Como pode o homem agravar ou amenizar o determinismo de sua vida?

A determinação divina na sagrada lei universal é sempre a do bem e da felicidade, para todas as criaturas.

Os que se educam e conquistam direitos naturais, inerentes à personalidade, deixam de obedecer, de modo absoluto, no determinismo da evolução, porquanto estarão aptos a cooperar no serviço das ordenações, podendo criar as circunstâncias para a marcha ascensional de seus subordinados ou irmãos em humanidade, no mecanismo de responsabilidade da consciência esclarecida”. (4)

Mas,

“Se o determinismo divino é o do bem, quem criou o mal?

O determinismo divino se constitui de uma só lei, que é a do amor para a comunidade universal. Todavia, confiando em si mesmo, mais do que em Deus, o homem transforma a sua fragilidade em foco de ações contrárias a essa mesma lei, efetuando, desse modo, uma intervenção indébita na harmonia divina. Eis o mal.

Urge recompor os elos sagrados dessa harmonia sublime. Eis o resgate.

Vede, pois, que o mal, essencialmente considerado, não pode existir para Deus, em virtude de representar um desvio do homem, sendo zero na Sabedoria e na Providência Divinas.

O Criador é sempre o Pai generoso e sábio, justo e amigo, considerando os filhos transviados como incursos em vastas experiências. Mas, como Jesus e os seus prepostos são seus cooperadores divinos, e eles próprios instituem as tarefas contra o desvio das criaturas humanas, focalizam os prejuízos do mal com a força de suas responsabilidades educativas, a fim de que a Humanidade siga retamente no seu verdadeiro caminho para Deus”. (5)

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

Referências Bibliográficas:

(1) KARDEC, ALLAN. O Livro dos Espíritos, item 258;

(2) KARDEC, ALLAN., O Livro dos Espíritos, item 851;

(3) CÂNDIDO XAVIER, FRANCISCO. Espírito Emmanuel. O Consolador, item 132;

(4) CÂNDIDO XAVIER, FRANCISCO. Espírito Emmanuel. O Consolador, item 134;

(5) CÂNDIDO XAVIER, FRANCISCO. Espírito Emmanuel. O Consolador, item 135.

Nota do Autor: Grifos são do autor.



        Antonio Carlos Navarro









                                                                                                    PAZ, MUITA PAZ!


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