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Autor Tópico: O DOUTOR DEMEURE  (Lida 2527 vezes)

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Offline Marianna

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O DOUTOR DEMEURE
« em: 04 de Setembro de 2009, 04:06 »
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O DOUTOR DEMEURE
Desencarnou em Albi, Tarn, a 26 de janeiro de 1865
 
Mais uma alma de escol acaba de deixar a Terra! O Sr. Demeure era um médico homeopata muito distinto de Albi. Seu caráter, tanto quanto o seu saber, lhe tinha conciliado a estima e a veneração de seus concidadãos. Só o conhecemos através de correspondência, sua e de seus amigos, mas bastou para nos revelar toda a grandeza e toda a nobreza de seus sentimentos.

Sua bondade e sua caridade eram inesgotáveis e, a despeito de sua idade avançada, nenhuma fadiga o detinha para ir socorrer os pobres doentes. O preço de suas consultas era o menor de suas preocupações; preocupava-se menos em se incomodar pelos infelizes do que pelos que sabia que poderiam pagar, porque, dizia ele, estes últimos, em sua falta, sempre poderiam recorrer a outro médico. Aos primeiros, não somente dava os remédios gratuitamente, mas muitas vezes deixava com que enfrentar as necessidades materiais, o que, por vezes, é o mais útil dos medicamentos. Pode dizer-se que era o Cura d’Ars da medicina.

O Sr. Demeure havia abraçado com ardor a doutrina espírita, na qual tinha encontrado a chave dos mais sérios problemas, cuja solução em vão tinha perdido à ciência e a todas as filosofias. Seu espírito profundo e investigador fê-lo compreender imediatamente todo o seu alcance e, assim, foi um de seus mais zelosos propagandistas. Posto jamais nos tivéssemos visto, dizia-nos em uma de suas cartas que tinha a convicção que não éramos estranhos um ao outro e que havia relações anteriores entre nós. Sua preocupação em vir até nós assim que morreu, sua solicitude por nós e os cuidados que nos dispensou na circunstância em que nos encontrávamos no momento, o papel que parece chamado a desempenhar, parecem confirmar esta previsão, que ainda não pudemos verificar.

Soubemos de sua morte a 30 de janeiro, e nosso primeiro pensamento foi o de nos entretermos com ele. Eis a comunicação que nos deu naquela mesma noite, por intermédio da Sra. Cazemajour, médium.

“Eis-me aqui. Em vida me havia prometido que, desde que estivesse morto, viria, se possível, apertar a mão ao caro mestre e amigo, Sr. Allan Kardec.

A morte havia dado à minha alma esse pesado sono, que se chama letargia; mas o pensamento velava. Sacudi esse torpor funesto, que prolonga a turbação que segue a morte, despertei e de um salto fiz a viagem.

Como sou feliz! Não sou mais velho nem enfermo; meu corpo era apenas um disfarce imposto; sou jovem e belo, belo dessa eterna juventude dos Espíritos cujas rugas não mais sulcam o rosto, cujos cabelos não embranquecem sob a ação do tempo. Sou leve como o pássaro que em vôo rápido atravessa o horizonte do vosso céu nebuloso e admiro, contemplo, bendigo, amo e me inclino, átomo, ante a grandeza, a sabedoria, a ciência de nosso Criador, ante as maravilhas que me rodeiam.

Eu estava junto de vós, caro e venerado amigo, quando o Sr. Sabò falou em fazer a minha evocação, e eu o segui.

Sou feliz; estou na glória! Oh! quem poderia jamais dizer das esplêndidas belezas da Terra dos eleitos: os céus, os mundos, os sóis, seu papel no grande concerto da harmonia universal? Então! eu tentarei, ó meu mestre: vou fazer o seu estudo e virei depor junto a vós a homenagem de meus trabalhos de Espírito, que antecipadamente vos dedico. Até breve. DEMEURE.”

OBS.: As duas comunicações seguintes, dadas a 1º e 2 de fevereiro, são relativas a doença de que fomos atingidos subitamente a 31 de janeiro. Posto sejam pessoais, reproduzimo-las porque provam que o Sr. Demeure é tão bom como Espírito quanto o era como homem e porque oferecem, além disso, um ensinamento. É um testemunho de gratidão, que devemos à solicitude de que fomos objeto de sua parte, nessa circunstância.

“Meu bom amigo, tende confiança em nós e muita coragem. Esta crise, posto que fatigante e dolorosa, não será longa e, com os cuidados prescritos, podereis, conforme os vossos desejos, completar a obra, de que a vossa existência foi o principal objetivo. Entretanto eu sou aquele que está sempre junto de vós, com o Espírito de Verdade, que me permite tomar a palavra em seu nome, como o último de vossos amigos vindos entre os Espíritos! Eles me fazem as honras das boas-vindas.

Caro mestre, estou feliz por ter morrido antes, talvez tivesse podido evitar-vos esta crise que eu não previa; havia muito pouco tempo que estava desencarnado para me ocupar de outra coisa senão espiritual. Mas agora velarei por vós, caro mestre; é vosso irmão e amigo que é feliz de ser Espírito para estar junto de vós e vos dar os cuidados na vossa moléstia; mas conheceis o provérbio: “Ajuda-te, e o céu te ajudará.” Ajudai, pois, os bons Espíritos nos cuidados que vos dispensam, conformando-vos estritamente às suas prescrições.

Faz muito calor aqui; este carvão é fatigante. Enquanto estiverdes doente, não o queimeis; ele continua a aumentar a vossa opressão; os gases que dele se desprendem são deletérios.
Vosso amigo, DEMEURE”.

“Sou eu, Demeure, amigo do Sr. Kardec. Venho lhe dizer que estava ao seu lado quando lhe ocorreu o acidente, que poderia ter sido funesto sem uma intervenção eficaz, para a qual tive a honra de contribuir.

Segundo minhas observações e os ensinamentos que colhi em boa fonte, é-me evidente que quanto mais cedo se der a sua desencarnação, tanto mais cedo poderá dar-se a sua reencarnação, a fim de vir completar a sua obra. Contudo, antes de partir, é preciso dar-lhe uma última ajuda nas obras que deve completar a teoria doutrinária, da qual é o iniciador; e ele se torna culpado de homicídio voluntário contribuindo, por excesso de trabalho, para o defeito de sua organização, que o ameaça de uma súbita partida para os nossos mundos. É preciso não temer dizer-lhe toda a verdade, para que se guarde e siga as prescrições rigorosamente. DEMEURE”.

OBS.: A comunicação seguinte foi obtida em Montalban, a 1º de fevereiro, no círculo dos amigos espíritas, que ele tinha naquela cidade.

“Antoine Demeure. Não estou morto para vós, meus bons amigos, mas para os que não conhecem, como vós, esta santa doutrina, que reúne os que se amavam na Terra e que tiveram os mesmos pensamentos e os mesmos sentimentos de amor e caridade.

Sou feliz. Mais feliz do que podia esperar, porque gozo de uma lucidez rara nos Espíritos há pouco tempo desprendidos da matéria. Tende coragem, meus bons amigos; estarei sempre junto de vós e não deixarei de vos instruir sobre muitas coisas que ignoramos quando ligados à nossa pobre matéria, que nos oculta tantas magnificências e tantos prazeres. Orai pelos que estão privados dessa felicidade, pois não sabem o mal que fazem a si mesmos.

Hoje não prosseguirei muito, mas vos direi que não me acho completamente estranho neste mundo dos invisíveis; ele me parece como se o tivesse habitado sempre. Aqui estou feliz, porque vejo os meus amigos e posso comunicar-me com eles sempre que o deseje.

Não choreis, meus amigos; faríeis que lamentasse vos haver conhecido. Deixai correr o tempo e Deus vos conduzirá à morada onde todos devemos nos reunir. Boa-noite, meus amigos: que Deus vos console; aqui estou junto de vós. DEMEURE”. 

OBS.: A situação do Sr. Demeure, como Espírito, é bem a quem poderia deixar pressentir sua vida tão dignamente e tão utilmente realizada. Mas um outro fato não menos instrutivo ressalta de suas comunicações: é a atividade que desenvolve, quase que imediatamente após a sua morte, para ser útil. Por sua alta inteligência e por suas qualidades morais, ele pertence à ordem dos Espíritos muito adiantados; ele é muito feliz, mas sua felicidade não é a inação. A poucos dias de distância, ele cuidava dos doentes como médico e, apenas desencarnado, apressa-se em ir cuidar deles como Espírito.

Que se ganha em estar no outro mundo, perguntarão certas pessoas, se ali não se goza de repouso?

A isto lhe perguntaremos, de saída, se não é nada não ter mais preocupações, nem necessidades, nem as enfermidades da vida, ser livre e poder, sem fadiga, percorrer o espaço com a rapidez do pensamento, ir ver os seus amigos a toda hora, a qualquer distância em que se encontrem?

Depois acrescentamos: Quando estiverdes no outro mundo, nada vos forçará a fazer seja o que for; estareis perfeitamente livres de ficar numa ociosidade beata, tanto tempo quanto quiserdes; mas em breve os cansareis dessa ociosidade egoísta. Sereis os primeiros a pedir uma ocupação. Então vos será respondido: Se vos aborrecerdes de nada fazer, buscai vós mesmos algo fazer; as ocasiões para ser útil não faltam nem no mundo dos Espíritos, nem entre os homens.

É assim que a atividade espiritual não é um constrangimento; ela é uma necessidade, uma satisfação para os Espíritos que procuram as ocupações em relação com seus gostos e aptidões, e escolhem de preferência as que possam ajudar o seu adiantamento.

Revista Espírita de 1865.
ALLAN KARDEC.





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O Espiritismo É A Luz Que Abre Os Olhos Dos Cegos.


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