Preven��o contra o suic�dio

dOM JORGE

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Preven��o contra o suic�dio

« em: 04 de Novembro de 2018, 21:10 »

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VIVA JESUS!

Boa-noite! queridos irm�os.

Preven��o contra o suic�dio

Cerca de onze mil pessoas morrem por suic�dio todos os anos no Brasil. Na agenda Global, mais de 800 mil pessoas tiram a pr�pria vida por ano no mundo, uma a cada 40 segundos. Diante de um caso de suic�dio, a primeira pergunta que fazemos � por qu�? O que leva uma pessoa a tirar a pr�pria vida?

Sem d�vida � por uma dor muito profunda, porque lidar com o sofrimento � uma das coisas mais dif�ceis da vida. Mas, o que existe na verdade, � a cren�a equivocada de que o sofrimento, a dor, a vida acabam com a morte do corpo f�sico, ou que com a morte podemos ir ao encontro dos entes queridos desencarnados.

Na realidade, isso n�o passa de um completo desconhecimento da vida espiritual. � a falta de consci�ncia de que um problema, qualquer que seja ele, pode ser visto como um degrau no caminho da evolu��o. Por isso, diante dos grandes desafios da vida, � fundamental entender a necessidade que se tem em manter a calma e refletir na infinita bondade de Deus que ampara e conforta aliviando-nos a carga das afli��es; acreditar que o desespero e os reveses t�m fim, pois assim a suportabilidade e a compreens�o s�o naturalmente aumentadas.

Allan Kardec comenta em O Livro dos Esp�ritos, na pergunta 943, que o desgosto pela vida que se apodera de alguns, na maioria das vezes, � efeito da ociosidade e da falta de f�, da� o suic�dio volunt�rio. Ele � uma transgress�o �s Leis Divinas, porque n�o apaga o desgosto e o sofrimento, pelo contr�rio, eles se agravam.

As tribula��es da vida s�o provas ou expia��es e mesmo em casos em que a morte � inevit�vel, tendemos a querer abreviar o sofrimento. Que grande equ�voco o de n�o esperar o tempo fixado por Deus...

H� tamb�m o suic�dio indireto, quando dispensamos energias com excessos e v�cios provocando um desencarne antecipado, desperdi�ando oportunidades. Fazemos isso muito mais do que percebemos, e se avaliarmos nossa pr�pria exist�ncia, poderemos notar quantas vezes desperdi�amos oportunidades de crescimento. No m�nimo, ser�amos reprovados no col�gio de an�lise evolutiva. O nosso corpo � uma ferramenta bendita de relacionamento que possibilita ao Esp�rito oportunidades para o aprendizado. Portanto, fundamental � que cuidemos e respeitemos esse corpo.

Tamb�m � importante lembrar que a mente necessita estar alinhada aos cuidados com esse corpo, pois, se n�o estiver em condi��es favor�veis, acaba envenenando-o ao inv�s de preserv�-lo: �Mente s� em corpo s�o�. Mas quando vem o desespero, o medo e a falta de perspectiva, o que fazer? Onde buscar aux�lio diante de pensamentos destrutivos? Sabemos que existem interfer�ncias severas e graves da parte espiritual, mas tamb�m sabemos que existe ajuda no campo do aux�lio e da prote��o. Ent�o, a ora��o � o come�o do socorro. Abrir o cora��o para que o plano espiritual possa chegar com o amparo. Acreditar no amor e na miseric�rdia de nosso Pai que nunca nos abandona; deixar esse ego�smo de lado e pensar nas pessoas que nos amam e precisam de n�s. E se chegarmos ao ponto de n�o ver o quanto somos amados e �teis, atendamos ao pedido que o benfeitor espiritual Emmanuel nos faz: visitemos hospitais, pres�dios, orfanatos; passemos pelas ruas olhando quantas pessoas n�o t�m onde dormir e nem o que comer, e nem �gua para beber ou simplesmente para tomar um banho.

Quantos passam a vida solit�ria em hospitais psiqui�tricos, ou ainda idosos largados em asilos, como se n�o tivessem tido sequer uma fam�lia... Quando olhamos para a dor do pr�ximo e, principalmente, quando trabalhamos a seu servi�o, nos esquecemos das nossas dores e frustra��es. Ali�s, elas se tornam pequenas frente a tanto sofrimento alheio. Nunca desconsideremos que muitos est�o aturdidos por ideias sombrias, procurando auxiliar, dentro das nossas limita��es, com palavras acolhedoras, calmantes, com a prece e principalmente com muito amor.

O suic�dio n�o � um ato de covardia, e sim, um ato de desespero. Tenhamos, assim, compaix�o de todos e de n�s mesmos tamb�m. Abracemos o trabalho e a prece como b�ssola no nosso caminho, porque a prece ilumina, guia, reanima e consola, e o trabalho liberta, restaura e sustenta.

Nosso Mestre passou pela Terra atravessando suor e l�grimas. Sua peregrina��o foi laboriosa entre os homens e sua f� nunca se abalou. A prece e o trabalho deram a marca de sua trajet�ria exemplar. Portanto, lembremo-nos sempre dos seus passos e, nos momentos dif�ceis, recordemo-nos de suas palavras: �Tende bom �nimo! Eu estou aqui�.

Bibliografia:

XAVIER, F. C. Encontro Marcado � ditado pelo Esp�rito Emmanuel � 16� edi��o, FEB Editora, li��o 30.

_________ O Consolador � ditado pelo Esp�rito Emmanuel � 17� edi��o, FEB Editora, perguntas 154 e 252.

_________ Religi�o dos Esp�ritos � ditado pelo Esp�rito Emmanuel � 8�edi��o, FEB Editora, �O Suic�dio�- p�g. 119.

KARDEC, Allan � O C�u e O Inferno � Segunda Parte, cap. V.

______________ O Evangelho segundo o Espiritismo � cap. V, itens 19 e 29 � cap. XXVIII, item 71.

______________ O Livro dos Esp�ritos � quest�es 257, 376, 758, 943.

In�s Rivera Sernaglia

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Re: Preven��o contra o suic�dio

« Responder #1 em: 03 de Janeiro de 2019, 16:27 »

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VIVA JESUS!

Boa-tarde! queridos irm�os.

O Estranho Mundo dos Suicidas

Frequentemente somos procurados por iniciantes do Espiritismo, para
explica��es sobre este ou aquele ponto da Doutrina. Tantas s�o as perguntas, e
t�o variadas, que nos chegam, at� mesmo atrav�s de cartas, que chegamos �
conclus�o de que a d�vida e a desorienta��o que lavram entre os aprendizes da
Terceira Revela��o partem do fato de eles ainda n�o terem percebido que, para
nos apossarmos dos seus leg�timos ensinamentos, havemos de estabelecer um estudo
met�dico, parcelado, partindo da base da Doutrina, ou exposi��o das leis, e n�o
do coroamento, exatamente como o aluno de uma escola iniciar� o curso da
primeira s�rie e n�o da quarta ou da quinta.

Desconhecendo a longa s�rie dos cl�ssicos que expuseram as leis
transcendentes em que se firmam os valores da mesma Doutrina, n�o somente nos
veremos contornados pela confus�o, impossibilitados de um sadio discernimento
sobre o assunto, como tamb�m o sofisma, t�o perigoso em assuntos de Espiritismo,
vir� em nosso encal�o, pois n�o saberemos raciocinar devidamente, uma vez que s�
a exposi��o das leis da Doutrina nos habilitar� ao verdadeiro racioc�nio.

Procuraremos responder a uma dessas perguntas, de vez que nos chegou atrav�s
de uma carta, pergunta que nos afligiu profundamente, visto que fere assunto
melindroso, dos mais graves que a Doutrina Esp�rita costuma examinar. A dita
pergunta veio acompanhada de interpreta��es sofismadas, pr�prias daquele que
ainda n�o se deu ao trabalho de investigar o assunto para deduzir com a
seguran�a da l�gica. Pergunta o missivista:

� Um suicida por motivos nobres sofre os mesmos tormentos que os demais
suicidas? N�o haver� para ele uma miseric�rdia especial?

E ent�o respondemos:

� De tudo quanto, at� hoje, temos estudado, aprendido e observado em torno do
suic�dio � luz da Doutrina Esp�rita, nada, absolutamente, nos tem conferido o
direito de crer que existam motivos nobres para justificar o suic�dio perante as
leis de Deus. O que sabemos � que o suic�dio � infra��o �s leis de Deus,
considerada das mais graves que o ser humano poderia praticar ante o seu
Criador. Os pr�prios Esp�ritos de suicidas s�o un�nimes em declarar a
intensidade dos sofrimentos que experimentam, a amargura da situa��o em que se
agitam, conseq�entes do seu impensado ato. Muitos deles, como o grande escritor
Camilo Castelo Branco, que advertiu os homens em termos veementes, em memor�vel
comunica��o concedida ao antigo m�dium Fernando de Lacerda, afirmam que a fome,
a desilus�o, a pobreza, a desonra, a doen�a, a cegueira, qualquer situa��o, por
mais angustiosa que seja,, sobre a Terra, ainda seria excelente condi��o
�comparada ao que de melhor se possa atingir pelos desvios do suic�dio�.

Durante nosso longo tiroc�nio medi�nico, temos tratado com numerosos
Esp�ritos de suicidas, e todos eles se revelam e se confessam superlativamente
desgra�ados no Al�m-T�mulo, lamentando o momento em que sucumbiram. Certamente
que n�o haver� regra geral para a situa��o dos suicidas. A situa��o de um
desencarnado, como tamb�m de um suicida, depender� at� mesmo do g�nero de vida
que ele levou na Terra, do seu car�ter pessoal, das a��es praticadas antes de
morrer.

Num suic�dio violento como, por exemplo, os ocasionados sob as rodas de um
trem de ferro, ou outro qualquer ve�culo, por uma queda de grande altura, pelo
fogo, etc., necessariamente haver� traumatismo perispiritual e mental muito mais
intenso e doloroso que nos demais. Mas a terr�vel situa��o de todos eles se
estender� por uma rede de complexos desorientadores, implicando novas
reencarna��es que poder�o produzir at� mesmo enfermidades insol�veis, como a
paralisia e a epilepsia, descontroles do sistema nervoso, retardamento mental,
etc. Um tiro no ouvido, por exemplo, segundo informa��es dos pr�prios Esp�ritos
de suicidas, em alguns casos poder� arrastar � surdez em encarna��o posterior;
no cora��o, arrastar� a enfermidades indefin�veis no pr�prio �rg�o, conseq��ncia
essa que infelicitar� toda uma exist�ncia, atormentando-a por indisposi��es e
desequil�brios insol�veis.

Entretanto, tais conseq��ncias n�o decorrer�o como castigo enviado por Deus
ao infrator, mas como efeito natural de uma causa desarmonizada com as leis da
vida e da morte, lei da Cria��o, portanto. E todo esse acervo de males ser� da
inteira responsabilidade do pr�prio suicida. N�o era esse o seu destino,
previsto pelas leis divinas. Mas ele pr�prio o fabricou, tal como se apresenta,
com a infra��o �quelas leis. E assim sendo, tratando-se, tais sofrimentos, do
efeito natural de uma causa desarmonizada com leis invari�veis, qualquer suicida
h� de suportar os mesmos efeitos, ao passo que estes seguir�o seu pr�prio curso
at� que causas reacion�rias posteriores os anulem.

No caso proposto pelo nosso missivista, poderemos raciocinar, dentro dos
ensinamentos revelados pelos Esp�ritos, que o suicida poderia ser sincero ao
supor que seu suic�dio se efetivasse por um motivo nobre. Os duelos tamb�m s�o
realizados por motivos que os homens sup�em honrosos e nobres, assim como as
guerras, e ambos s�o infra��es grav�ssimas perante as leis divinas. O que um
suicida suporia motivo honroso ou nobre, poderia, em verdade, mais n�o ser do
que falso conceito, sofisma, a que se adaptou, resultado dos preconceitos
acatados pelos homens como princ�pios inabal�veis.

A honra espiritual se estriba em pontos bem diversos, porque nos induzir�,
acima de tudo, ao respeito das mesmas leis. Mas, sendo o suicida sincero no
julgar que motivos honrosos o impeliram ao fato, certamente haver� atenuantes,
mas n�o justificativa ou isen��o de responsabilidades. Se assim n�o fosse, o
racioc�nio indica que haveria derroga��o das pr�prias leis de harmonia da
Cria��o, o que n�o se poder� admitir.

Quanto � miseric�rdia a que esse infrator teria direito como filho de Deus,
n�o se trataria, certamente, de uma �miseric�rdia especial�. A miseric�rdia de
Deus se estende tanto sobre esse suicida como sobre os demais, sem predile��es
nem protecionismo. Ela se revela no concurso desvelado dos bons Esp�ritos, que
auxiliar�o o soerguimento do culpado para a devida reabilita��o, infundindo-lhe
�nimo e esperan�a e cercando-o de toda a caridade poss�vel, inclusive com a
prece, exatamente como na Terra agimos com os doentes e sofredores a quem
socorremos. Estar� tamb�m na possibilidade de o suicida se reabilitar para si
pr�prio, atrav�s de reencarna��es futuras, para as duas sociedades, terrena e
invis�vel; as quais escandalizou com o seu gesto, e para as leis de Deus, sem se
perder irremissivelmente na condena��o espiritual.

De qualquer forma, com atenuantes ou agravantes, o de que nenhum suicida se
isentar� � da repara��o do ato que praticou com o desrespeito �s leis da
Cria��o, e uma nova exist�ncia o aguardar�, certamente em condi��es mais
prec�rias do que aquela que destruiu, a si mesmo provando a honra espiritual que
infringira.

O suic�dio � rodeado de complexos e sutilezas imprevis�veis, contornado por
situa��es e conseq��ncias delicad�ssimas, que variam de grau e intensidade
diante das circunst�ncias. As leis de Deus s�o profundas e s�bias, requerendo de
n�s outros o m�ximo equil�brio para estud�-las e aprend�-las sem alter�-las com
os nossos gostos e paix�es.

Assim sendo, que fique bem esclarecido que nenhum motivo neste mundo ser�
bastante honroso para justificar o suic�dio diante das leis de Deus. O suicida �
que poder� ser sincero ao supor tal coisa, da� advindo ent�o atenuantes a seu
favor. O melhor mesmo � seguirmos os conselhos dos pr�prios suicidas que se
comunicam com os m�diuns: � Que os homens suportem todos os males que lhes
advenham da Terra, que suportem fome, desilus�es, desonra, doen�as, desgra�as
sob qualquer aspecto, tudo quanto o mundo apresente como sofrimento e mart�rio,
porque tudo isso ainda ser� prefer�vel ao que de melhor se possa atingir pelos
desvios do suic�dio. E eles, os Esp�ritos dos suicidas, s�o, realmente, os mais
credenciados para tratar do assunto.

Revista Reformador de mar�o de 1964

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Re: Preven��o contra o suic�dio

« Responder #2 em: 10 de Janeiro de 2019, 07:07 »

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Bom-dia! queridos irm�os.

Suic�dio, a porta falsa

Desde que bebera a subst�ncia venenosa, Marina sentia-se morrer, sem morrer.

N�o queria viver mais. Experimentara o desprezo de Jorge, o jovem de quem se enamorara e com quem acariciava o sonho de casar-se e criar os filhos.

Foram dois anos de esperan�as. Tudo em v�o.

N�o dera ouvidos ao pai que costumava dizer-lhe: Cuidado com os rapazes de hoje, filha, nem sempre t�m bom car�ter. Achava o paizinho antiquado e exigente.

Mas como resistir? Jorge a buscava todas as noites. Come�ou pedindo livros emprestados. Depois de algumas semanas estavam juntos no cinema.

O filme era envolvente. Contava a hist�ria de uma jovem t�mida, contrariada pela fam�lia, que se entregara ao rapaz, com quem fugiu, confiante.

Ningu�m poderia dizer o que aconteceria depois, mas o cinema coroara a aventura com um rom�ntico beijo.

Na sa�da, a garoa fina. Jorge a convidou para um passeio. Marina pensava na hero�na do filme, e n�o teve coragem de dizer n�o.

Pela primeira vez Marina mentiu � m�ezinha que a esperava, ansiosa, �s tr�s horas da madrugada. A chuva atrapalhou, m�e, ficamos na casa de Jorge at� agora.

Outros tantos passeios a s�s se repetiram at� que um dia Marina sentiu-se enjoada e com tonturas.

Jorge a levou ao consult�rio de um m�dico, ainda jovem, que a olhava com ares de mal�cia.

A mo�a ficou um tanto revoltada diante dele, mas submeteu-se ao abortamento.

Desejava ser m�e, mas o namorado convenceu-a de que era preciso se casarem antes. Terminariam os estudos e ent�o se casariam.

Daquele dia em diante Marina sentia-se diferente. Via-se perseguida, em sonho, por algu�m que lhe gritava aos ouvidos: M�e, m�e, por que me mataste?

Contou seu drama ao namorado mas ele dizia que ela estava precisando de um psiquiatra.

O tempo passou e Marina sentia-se cada vez mais atormentada. Toda vez que falava sobre isso com Jorge ele a acalmava dizendo que logo se casariam.

Um dia, quando sentia-se muito deprimida, ela procurou Jorge, a quem considerava seu noivo, e o encontrou com outra mo�a. Ele a conduziu � pequena dist�ncia e explicou-se. N�o a amava, confessou �spero. � melhor terminarmos assim, falou com frieza, antes de mais s�rias dificuldades.

O mundo �ntimo de Marina desmoronou.

A ideia de suic�dio envolveu-a completamente.

No caminho para casa, adquiriu a subst�ncia letal.

Escreveu bilhetes.

E, pela manh�, sorveu a po��o de uma s� vez.

Pavorosa dor irrompeu-lhe na carne, nos nervos, no sangue, nos ossos....

Convuls�es sucessivas n�o lhe permitiam morrer.

Entretanto, ouvia sua pr�pria m�e a gritar como louca: Morta! Morta!

Marina sentiu-se carregada. Dois homens a colocaram na ambul�ncia. Ela n�o apenas chorava, rugia em contor��es, mas ningu�m lhe percebia agora os terr�veis lamentos.

Viu-se atirada, sem qualquer considera��o, na laje fria. Suplicava socorro. Agitava-se. Mas ningu�m lhe dava ouvidos.

Depois de algum tempo � que percebeu que conseguira sair do corpo, porque identificou os jovens m�dicos a cortarem-lhe as v�sceras para exame necrol�gico.

Marina conseguira matar o corpo, mas continuava viva.

De p�, ainda cambaleante, sentindo todas as dores e convuls�es de momentos antes, Marina grita:

M�e! Minha m�e! Quero viver! Viver!

Outra voz, contudo, ecoou amea�adora e sarc�stica aos seus ouvidos:

M�e, minha m�e, eu tamb�m quero viver! Viver!...

Procurou com os olhos agoniados quem lhe falava, mas apenas sentiu que bra�os vigorosos a aprisionavam.

Lembrou, aturdida, o abortamento, os sonhos, a tortura e o suic�dio, e esfor�ou-se terrivelmente para voltar e erguer-se de novo no corpo, tombado na mesa fria.

Mas era tarde demais...

Reda��o do Momento Esp�rita com base no cap. 22 do
livro A vida escreve, pelo Esp�rito Hil�rio Silva, psicografia
de Francisco C�ndido Xavier e Waldo Vieira, ed. Feb.
Em 19.08.2010.

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Re: Preven��o contra o suic�dio

« Responder #3 em: 16 de Janeiro de 2019, 22:36 »

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Boa-noite! queridos irm�os.

Suic�dio: conhecer para previnir

1. Como os esp�ritos e o Espiritismo consideram o suic�dio?

R: Usando unicamente os ensinos dos Esp�ritos constantes da Codifica��o, o suic�dio � tido como um crime aos olhos de Deus (C�u e Inferno, cap. 5), e que importa numa transgress�o da Lei Divina (Livro dos Esp�ritos, pergunta 944) e constitui sempre uma falta de resigna��o e submiss�o � vontade do Criador (idem, perg. 953-a). Desse modo, �jamais o homem tem o direito de dispor da vida, porquanto s� a Deus cabe retir�-lo do cativeiro da Terra, quando o julgue oportuno. O suicida � qual o prisioneiro que se evade da pris�o, antes de cumprida a pena; quando preso de novo, � mais severamente tratado. O mesmo se d� com o suicida que julga escapar �s mis�rias do presente e mergulha em desgra�as maiores� (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap XXVII, item 71)

2. Por que os Esp�ritos tratam desse assunto com certa const�ncia?

R: Primeiramente, como j� afirmamos, porque ele � tema sempre atual, pois que o suic�dio tem sido marca constante de nossa civiliza��o; segundo, que � o mais importante: a doutrina dos Esp�ritos, tem um car�ter consolador absoluto: atrav�s do fato medi�nico (no dizer do cult�ssimo Herculano Pires, o fato medi�nico � literalmente uma segunda ressurrei��o) o esp�rito volta � carne, n�o a que deixou no t�mulo, mas a do m�dium que lhe oferece, num gesto de amor, a oportunidade de retorno aos cora��es que deixou no mundo (Mediunidade, cap 5), � permitido que os pr�prios suicidas venham dizer-nos que eles n�o morreram e afirmam que n�o s� n�o solucionaram o problema que os levou ao ato extremo, como ainda est�o �vivos� e, de quebra, com dois problemas: o antigo e o novo, gerado pela viola��o das leis da Vida. Assim, o Espiritismo trabalha preventivamente para que as pessoas saibam das responsabilidades em praticar atos que possam agravar sua situa��o futura e n�o para conden�-las ao mart�rio eterno.

3. Quais as causas que levam o Ser ao suic�dio?

R: A incredulidade, a falta de f�, a d�vida, as id�ias materialistas. Em suma, crer que o Nada � o futuro, como se o Nada pudesse oferecer consola��o, como se fosse rem�dio para supostamente abreviar o sofrimento, cren�a que, na verdade, se constitui em covardia moral.

4. Quais as conseq��ncias do suic�dio para o Esp�rito?

R: Em primeiro lugar, � preciso aclarar-se que o suic�dio n�o apaga a falta cometida, mas, ao contr�rio, em vez de uma haver� duas; em segundo, que o Esp�rito, quando se d� conta do ato cometido, constata que nada valeu, ficando literalmente desapontado com os efeitos obtidos e que n�o eram os buscados, pois se certifica que a vida n�o se extinguiu e que continua mais real que nunca. Terceiro, e que � bastante doloroso, o suic�dio agrava todos os sofrimentos: �depois de prolongados supl�cios, nas regi�es purgat�rias, freq�entemente, ap�s diversas tentativas frustradas de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam neles defici�ncias do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem c�rebros retardados ou mol�stias nervosas obscuras�, segundo Emmanuel em Leis de Amor, capitulo VI.

5. Ent�o, n�o h� esperan�a de recupera��o para o suicida?

R: Claro que h� � total! Deus � Amor e Ele outorga a todas as Criaturas a maior express�o da Sua Bondade Infinita: a possibilidade de os Seres evolu�rem sempre, incessantemente; permite que as exist�ncias se sucedam ofertando as oportunidades infinitas de reajuste e reforma; e isso � poss�vel atrav�s do mais efetivo veiculo da Lei de Evolu��o: a reencarna��o.

Portanto, os familiares do suicida de ontem ou de hoje n�o se exasperem, ao contr�rio, mantenham viva a esperan�a de que � poss�vel a remiss�o das faltas e que o Pai de Miseric�rdia propiciar� os meios de fazer com que o pr�prio autor do ato extremo se reconhe�a Esp�rito Eterno e indestrut�vel, e que a calma, a resigna��o e a f� ser�o os mais seguros preservativos contra as id�ias autodestrutivas. N�o ser� demais que se lhes repita: Deus � Bondade Infinita e, portanto, n�o permite que Suas Criaturas sofram indefinidamente e que esse sofrimento poder� ser abreviado mais rapidamente merc� de ora��es sinceras e cheias de amor de todos quantos querem que se restabele�a o Bem.

(Revista Espiritismo e Ci�ncia 11, p�ginas 06-08)

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« �ltima modifica��o: 16 de Janeiro de 2019, 22:38 by dOM JORGE »

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Re: Preven��o contra o suic�dio

« Responder #4 em: 20 de Fevereiro de 2019, 01:42 »

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Boa-noite! queridos irm�os.

A f� racional da vida al�m da tumba � o melhor preservativo do suic�dio

A brit�nica Liv Pontin conta que vinha pensando sobre o suic�dio havia algum tempo, ap�s perder o emprego e enfrentar problemas de sa�de mental, que a levaram a ser internada em um hospital. Por isso, decidiu que seu �ltimo dia de vida seria 24 de mar�o de 2017.

Neste dia resolveu ir � esta��o de trem de sua cidade. Enquanto aguardava apreensiva na plataforma a passagem do trem. Em seguida surgiam as luzes do pesado ve�culo que fazia a rota entre Brighton, na costa sul da Inglaterra, e Bedford ao norte de Londres. O �maquinista� era Ashley John que estava conduzindo o comboio e notou que havia algo errado, de repente, apareceu, do �nada�, um rosto de mulher e Ashley decidiu buzinar rapidamente.

Pontin se preparava para o salto nos trilhos. Estava parada ali na plataforma, esperando e olhando, como se estivesse paralisada, mas ao ouvir o estridente apito do trem, mudou de ideia. Liv recorda que foi uma quest�o de segundos. Aquilo a fez n�o dar o �ltimo passo da plataforma para o trilho. Ashley parou na esta��o e avisou a todos os passageiros que o trem aguardaria alguns minutos ali. Em passos acelerados Ashley foi atr�s de Liv Pontin, a chamou e come�aram a conversar.

Liv disse que a conversa que manteve com Ashley salvou sua vida. Se recorda que Ashley estava muito calmo e demostrava genuinamente estar preocupado com ela. Ressaltou que isso fez uma enorme diferen�a porque estava em profunda crise. Disse que naquela noite, Ashley salvou sua vida, pois quando algu�m interage com voc� em meio a uma crise, voc� volta para o momento presente. Uma das coisas mais estranhas sobre o que aconteceu foi o fato de uma pessoa desconhecida ter-me visto no pior momento de minha vida e mudar os rumos do meu destino. Confessa Liv Pontin.

Nesta ocorr�ncia supomos aceit�vel interfer�ncia espiritual (atrav�s de Ashley) em defesa da vida de Liv Pontin. Por isso, tal epis�dio remeteu-me ao livro �Chico, de Francisco�, de autoria de Adelino da Silveira , que narra sobre certa senhora que procurou o Chico Xavier com uma crian�a nos bra�os e lhe disse:

- Chico, meu filho nasceu surdo, mudo, cego e sem os dois bra�os. Agora est� com uma doen�a nas pernas e os m�dicos querem amputar as duas para salvar a vida dele. H� uma resposta para mim no Espiritismo?

Foi com a interven��o de Emmanuel que a resposta veio:

- Chico, explique � nossa irm� que este nosso irm�o em seus bra�os se suicidou nas dez �ltimas encarna��es, e pediu, antes de nascer, que lhe fossem retiradas todas as possibilidades de se matar novamente. Mas, agora que est� aproximadamente com cinco anos, procura um rio, um precip�cio para se atirar. Avise nossa irm� que os m�dicos amigos est�o com a raz�o. As duas pernas dele v�o ser amputadas, em seu pr�prio benef�cio, para que ele fique mais algum tempo na Terra, a fim de que diminua a ideia do suic�dio.

De todos os desvios da vida humana o suic�dio �, talvez, o maior deles pela sua caracter�stica de falso hero�smo, de nega��o absoluta da lei do amor e de suprema rebeldia � vontade de Deus, cuja justi�a nunca se fez sentir, junto dos homens, sem a luz da miseric�rdia.

O suic�dio � um ato exclusivamente humano [os seres irracionais n�o cometem suic�dio] e est� presente em todas as culturas. Suas causas s�o numerosas e complexas. Alguns veem o suic�dio como um assunto leg�timo de escolha pessoal e um �direito� humano (de maneira absurda conhecido como o "direito de morrer"), e alegam que ningu�m deveria ser obrigado a sofrer contra a sua vontade, sobretudo de condi��es como doen�as incur�veis, doen�as mentais e idade avan�ada que n�o t�m nenhuma possibilidade de melhoria.

Na verdade, cada suic�dio � uma trag�dia que afeta fam�lias, comunidades e pa�ses inteiros. Em muitos pa�ses, o tema � um tabu � o que impede pessoas que tentaram se suicidar de procurar ajuda. At� hoje, apenas alguns pa�ses inclu�ram a preven��o do suic�dio em suas prioridades de sa�de e apenas 28 na��es relataram ter uma estrat�gia nacional de preven��o, segundo dados da Organiza��o Mundial de Sa�de.

As estat�sticas registram que a cada 40 segundos pelo menos uma pessoa morre por suic�dio no mundo, totalizando quase 800 mil mortes por ano, segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de. Especialistas apontam que, em grande parte dos casos, h� um hist�rico de transtornos mentais, diagnosticados ou n�o: depress�o, ansiedade, esquizofrenia, bipolaridade, borderline (de comportamento impulsivo e compulsivo), entre outros. Mas, n�o � poss�vel reduzir o suic�dio a uma �nica causa, mas a depress�o causa uma disfun��o dos neurotransmissores do c�rebro. � parte de um conjunto de fatores psicol�gicos, culturais, f�sicos e bioqu�micos al�m da depress�o, h� o desespero, desamparo de grupo social, desesperan�a, desemprego, div�rcio e depend�ncia qu�mica.

Do pondo de vista Esp�rita, uma situa��o grave que merece ser analisada � a obsess�o que pode ser definida como um constrangimento que um indiv�duo, suicida em potencial ou n�o, sente, pela presen�a perturbadora de um obsessor (encarnado ou desencarnado). H� suic�dios que se afiguram como verdadeiros assassinatos, cometidos por perseguidores desencarnados (e encarnados tamb�m). Esses seres envolvem de tal forma a v�tima que a induzem a matar-se. Obviamente que o suicida nesse caso n�o estar� isento de responsabilidade. At� porque um obsessor n�o obriga ningu�m ao suic�dio. Ele sugere telepaticamente ao ato, por�m a decis�o ser� sempre do suicida.

Na literatura esp�rita encontramos livros que refletem o assunto. Temos como exemplo: "O Mart�rio dos Suicidas", de Almerindo Martins de Castro, e "Mem�rias de um Suicida", ditado pelo Esp�rito Camilo e psicografado por Yvonne A. Pereira.

Toda experi�ncia f�sica, por penosa que seja, � uma ben��o concedida por Deus para nosso crescimento, a benef�cio de nossa repara��o dos enganos do passado, aprendizado e evolu��o a que somos destinados. E por isto n�o devemos desperdi�ar a chance que nos foi outorgada mais uma vez, por�m aproveit�-la, valendo-nos dos preceitos que Jesus nos deixou para que aprend�ssemos a nos amar, respeitando nossas vidas, nossos limites e oportunidades, para ent�o podermos amar a nosso pr�ximo como a n�s mesmos.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 14 instrui que a calma e a resigna��o adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a f� no futuro, d�o ao Esp�rito uma serenidade que � o melhor preservativo da loucura e do suic�dio. E na quest�o 920, de O Livro dos Esp�ritos, lemos que a vida na Terra nos foi dada como prova e expia��o, e depende de n�s mesmos lutarmos, com todas as for�as, para sermos felizes o quanto pudermos, amenizando as nossas dores.

Jorge Hessen

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Re: Preven��o contra o suic�dio

« Responder #5 em: 14 de Setembro de 2019, 09:09 »

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Bom-dia! queridos irm�os.

Por que apenas em setembro?

O tema suic�dio sempre me chamou aten��o, tanto que, no ano de 2011, junto com dois amigos escrevi a obra �Evite a rota do suic�dio�.

Desde este tempo, portanto, que tenho me dedicado ao estudo da referida tem�tica, que tem seu m�s de preven��o celebrado em setembro, mas que, registre-se, esta preven��o deve ser estendida para todos os meses ano, num constante e amplo trabalho de fazer com que se desperte para a real finalidade da exist�ncia humana na Terra.

Por que � importante estender para todos os meses a preven��o ao suic�dio?

Porque o n�mero de pessoas que exterminam a pr�pria vida todos os dias em nosso planeta � imensur�vel.

Sim, imensur�vel porque n�o se tem todos os registros de pessoas que pedem demiss�o da vida, porquanto, ainda tabu, os suic�dios n�o s�o amplamente contabilizados. H�, ainda, a quest�o que envolve o preconceito diante do tema o que faz com que n�o seja notificado o suic�dio.

E para ajudar m�dia e sociedade tratam de atirar o tema para debaixo do tapete n�o o abordando com a seriedade devida, pois entendem que falar sobre o suic�dio aumentar� o n�mero de casos.

Entretanto, consideremos que h� formas e formas de abordar o tema.

� a informa��o sobre alguma coisa que abrir� os olhos das pessoas para saberem onde est�o pisando. Portanto, desnecess�rio falar sobre suic�dio mostrando como as pessoas se autoexterminaram, fazendo sensacionalismo, mas fundamental falar sobre como superar os dilemas existenciais, uma das causas do suic�dio.

� bom entendermos que a vida na Terra tem seus altos e baixos, dias que s�o noites chuvosas e densas. Nem s� de alegrias se faz nossa exist�ncia e saber disso j� � um bom caminho percorrido para n�o se desesperar diante dos problemas.

Diz-nos Allan Kardec que os maus dias ser�o inevit�veis!

Enfermidade, grana curta, o amor que nos abandonou, o familiar que partiu, a mar� que n�o est� l� grande coisa... Todas essas situa��es fazem parte de nosso rol de prova��o ou expia��o neste mundo e que devem ser enfrentadas para que possamos progredir. A fuga n�o gera o progresso, mas o enfrentamento sim, este traz crescimento.

No question�rio que desenvolvemos para saber quais s�o os problemas que mais apoquentam o ser humano fizemos a seguinte indaga��o aos entrevistados:

Qual � o problema que mais apoquenta e gera intranquilidade � alma humana?

A esmagadora maioria das respostas aponta que o problema mais dif�cil de lidar � o familiar. Problemas financeiros aparecem atr�s do familiar e relacionamento amoroso.

Se uma vida sem problemas � imposs�vel, que ao menos possamos estreitar os la�os de fam�lia e �ouvir uns aos outros�, deixando a exist�ncia um pouco mais leve e saborosa de se levar.

O que as pessoas que apresentam idea��o suicida gostam e n�o gostam de ouvir quando a ideia se faz mais forte?

O professor Neury Jos� Botega, que pesquisa sobre o tema suic�dio, informa que, em geral, aqueles que t�m a idea��o suicida n�o apreciam conselhos no sentido "li��o de moral", coisas do tipo:

N�o fa�a isso! Voc� ainda � jovem, deve viver bastante! Cad� o seu Deus?

As respostas que recebemos dos question�rios v�o ao encontro do que diz o professor Neury, ou seja, mais atrapalha do que ajuda ideias de cunho moralista.

O bom e velho ouvido, em muitos casos, � elemento mais eficaz na preven��o ao suic�dio do que a l�ngua.

E com rela��o ao preconceito? O preconceito pode levar algu�m a cogitar o suic�dio?

Uma das perguntas do j� citado question�rio � feita para saber se o indiv�duo, por conta da cor de sua pele, sente-se discriminado.

Por�m, pelas respostas, percebo que a quest�o do preconceito vai al�m da cor de pele. Em geral, os entrevistados aproveitam a pergunta para informarem que sentem preconceito por estarem acima do peso, pobres ou homossexuais.

Em virtude disso sou obrigado, novamente - j� o fiz em livros - a defender o comedimento na forma em que lidamos com uma esp�cie de humor, ou melhor, as piadas. N�o pode ser humor aquilo que alguns d�o risada � custa da caracter�stica de outros. Isso n�o � humor, mas puro sadismo. E n�o falo aqui de "orelha", na base do achismo, mas com base em relatos que falam das cicatrizes deixadas por essas piadas. � preciso ter muito, mas muito cuidado na hora de produzir conte�do de humor.

A divis�o em dois grupos de quem pensa em suic�dio

Ao longo do tempo que venho estudando sobre o suic�dio percebi que podemos, sem deixar no plano absoluto, mas apenas para melhor organiza��o, dividir em dois grupos aqueles que pensam em suic�dio.

Grupo 1 - os que pensam por ocasi�o, em virtude de alguma contrariedade, situa��o dif�cil, enfim, algo que lhe escape o controle e que pare�a sem solu��o. Neste grupo o tratamento �, digamos, menos complicado.

Grupo 2 - os que trazem a prova de vencer a tend�ncia suicida. Nestes casos a coisa � um pouco mais complexa, porquanto, n�o raro h� junto o componente da obsess�o em forma mais aguda. A ideia suicida parece que est� cristalizada de tal forma que dela n�o se desvencilha facilmente. Neste grupo � fundamental que se realize a desobsess�o e o acompanhamento de perto do caso. Atrevo at� uma sugest�o para situa��es assim: que o centro esp�rita ou qualquer local que trate o caso esteja sempre perto da pessoa, acompanhando-a.

Obs: nos casos de ideia suicida, em qualquer dos grupos acima citados, jamais se pode abrir m�o do acompanhamento m�dico e psicol�gico convencional, sendo o acompanhamento espiritual uma forma de tratamento paralelo �s convencionais.

O conhecimento esp�rita na preven��o ao suic�dio.

Os profissionais de sa�de informam que em 90% dos casos de idea��o suicida h� transtorno mental, portanto, h� tratamento.

Ent�o, o recado que deixamos aqui, neste espa�o, � o de (caso tenhamos acalentado ideias de suic�dio) buscarmos os tratamentos dispon�veis, tanto no campo material quanto no campo espiritual, conforme escrevemos acima.

O conhecimento sobre a imortalidade da alma trazido pelo Espiritismo �, indubitavelmente, um fator que previne e at� mesmo elimina a ideia do suic�dio em algumas situa��es, provavelmente naqueles que estejam no grupo 1, acima citado.

Por�m, h� coisas que ombreiam com este conhecimento da imortalidade da alma em termos de efic�cia da preven��o ao suic�dio. O acolhimento ao ser que experimenta dor, por exemplo, � uma ferramenta t�o eficaz quanto o conhecimento da imortalidade da alma.

A ideia � mais ou menos assim: mais acolhimento equivale a menos julgamento. Cora��o aquecido pelo carinho e genu�na compreens�o pode desistir de coisas que at� "Deus" duvida, como diria Ivan Lins.

E que n�o fiquemos apenas em setembro no que se refere a prevenir o suic�dio.

Wellington Balbo

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Re: Preven��o contra o suic�dio

« Responder #6 em: 29 de Setembro de 2019, 19:06 »

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Boa-tarde! queridos irm�os.

Esp�ritas e a idea��o suicida

Nosso pa�s se encontra entre os quinze do mundo com maior taxa de pessoas diagnosticadas com depress�o; nas estat�sticas de suic�dio, estamos entre os dez pa�ses que registraram elevados n�meros, sendo o suic�dio a terceira causa de morte no Brasil.

Estudos de especialistas afirmam que as tr�s principais causas de morte entre os jovens nas Am�ricas s�o evit�veis. Os homic�dios s�o os �principais assassinatos�, sendo respons�veis por 24% de toda a mortalidade, seguidos pelas mortes no tr�nsito (20%) e pelo suic�dio (7%).

Suic�dio � o ato intencional de matar a si mesmo. Sua causa mais comum � um transtorno mental e/ou psicol�gico que pode incluir depress�o, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de drogas. Dificuldades financeiras e/ou emocionais tamb�m desempenham um fator significativo. O suic�dio vem sendo tratado como um problema de sa�de mental e sa�de p�blica.

Tr�s atuais l�deres esp�ritas declararam que, em certos momentos de suas vidas, alimentaram a idea��o suicida, e que estes pensamentos os levaram a flertar com essa realiza��o tr�gica. Partilharam essa situa��o em palestras p�blicas dispon�veis na internet.

O mais antigo e conhecido � o orador e m�dium com mais de 200 livros psicografados Divaldo Pereira Franco; quando jovem, depois de perder o emprego, conta ter subido no Edif�cio Lacerda, em Salvador, com a ideia fixa de se jogar do pr�dio. A alma de sua irm�, que j� cometera suic�dio, apareceu para ele e interveio em seu favor, desestimulando-o da ideia obsessiva.

Outro personagem � uma m�dica, professora universit�ria, com diversos cursos superiores, Anete Guimar�es, que declara que tentou o suic�dio quando tinha apenas onze anos de idade. Ela n�o descreve de que forma seria e nem o motivo. Em seus pronunciamentos, aconselha que n�o se deve divulgar essas maneiras, porque isso estimula outras pessoas a agirem da mesma forma.

O mais jovem � um psic�logo e escritor Rossandro Klinjey, nascido em Campina Grande, Para�ba; ele confessou em uma palestra que, quando ainda jovem, ap�s sair da casa da m�e, encontrando muitas dificuldades e sem sucesso em seu intento de viver independente, ficou imaginando por diversas vezes como atentar contra a pr�pria vida, se jogando da sacada de seu apartamento, no quarto andar. Felizmente a consci�ncia do conhecimento da vida espiritual � consci�ncia de que ningu�m morre �e a lembran�a dos conselhos maternais (�aconte�a o que for, volte para casa, e, por favor, vivo�) lhe deram a coragem de voltar e pedir ajuda � m�e.

Consideramos o suic�dio um ato extremo. Todos temos dificuldades, problemas, ang�stias, mas a autodestrui��o � uma porta falsa que se apresenta como solu��o definitiva para um problema/dificuldade tempor�rios. Tudo se resolve com o tempo.

Estejamos atentos conosco mesmos, todos estamos sujeitos �s fases depressivas; em qualquer sinaliza��o de mudan�as bruscas nos familiares e colegas �ntimos, ou do trabalho, vale sugerir que busquem ajuda. Existem profissionais em diversas �reas capacitados para auxiliar a superar o momento tormentoso. O CVV, com o telefone 188, � um recurso gratuito dispon�vel em todo territ�rio nacional, com atendentes treinados para ouvir as pessoas.

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

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Re: Preven��o contra o suic�dio

« Responder #7 em: 01 de Mar�o de 2020, 09:52 »

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Bom-dia! queridos irm�os.

Suic�dio, uma clamorosa ilus�o

Sentimos necessidade de escrever estas linhas, ap�s lermos a not�cia veiculada no Correio Braziliense on-line (OLIVETO, 2018). A reportagem destaca o aumento crescente dos suic�dios em v�rios pa�ses, inclusive no Brasil. A not�cia, cujo t�tulo �: �Suic�dio � respons�vel por 800 mil mortes anuais e avan�a pelos pa�ses�, afirma que a cada 40 segundos algu�m no mundo comete suic�dio.

� de conhecimento geral que vivemos em um mundo materialista, que nos influencia para buscarmos freneticamente o consumo, e neste af� desenfreado esquecemos o ser imortal. O foco no ter, o egocentrismo exacerbado e a competividade da vida moderna t�m gerado diversos desequil�brios de ordem psicol�gica. Quantos irm�os se veem perdidos e se julgam sem for�as para buscar o reequil�brio de suas vidas, pois n�o t�m �nimo para vencer o tabu social, ao serem diagnosticados com algum desequil�brio psicol�gico? As pessoas ainda est�o presas a velhos paradigmas, ao perfil idealizado pela sociedade sobre a necessidade de ter sucesso, ter dinheiro, ter simpatia, ter intelig�ncia acima da m�dia, ter uma profiss�o de destaque, ter e ter. Os indiv�duos afastados do ser espiritual se veem presos nessa teia sociomaterialista, o que os leva inexoravelmente ao caminho da solid�o, ficando frustrados quando n�o conseguem atingir o est�gio desej�vel do mundo materialista. Sentem-se ent�o ignorados pelos outros membros da sociedade ou por si pr�prios e isolam-se por se autojulgarem fracassados nesse intento. O homem afastado da espiritualidade n�o consegue perceber o cerne da quest�o: n�o estamos encarnados na Terra para amontoar o que as tra�as podem comer, os ladr�es podem roubar ou o que a ferrugem pode corroer. E, muito menos, para nos sujeitarmos � satisfa��o dos desejos alheios.

O homem, desequilibrado em seus alicerces divinos, procura desesperadamente uma solu��o r�pida e definitiva para seus anseios, recorre imprevisivelmente � autopuni��o, ceifando sua vida, cerrando os olhos para a vida imortal.

Muitos de n�s crescemos e fomos educados para n�o falar sobre �religi�o�, �futebol�, �pol�tica�, �sexualidade�, assuntos que n�o deveriam ser discutidos � mesa. Entretanto, com o passar dos anos, com a maturidade intelectual e espiritual, procuramos nossas pr�prias respostas para essas e outras indaga��es: De onde venho? Para onde vou? Por que sofro? Por que n�o posso escolher morrer ou viver?

Nessa procura por respostas ou consolo para nossas dores, deparamo-nos com variadas teorias religiosas que condenam �o matar a si mesmo�. Mas � na doutrina esp�rita que encontramos respostas consoladoras e racionais do porqu� n�o devemos escolher o suic�dio como solu��o de nossos problemas. A doutrina � o Consolador Prometido, que nos vem explicar por que sentimos ang�stias existenciais. Que isso faz parte da vida, do processo evolutivo. S� a f� verdadeira e raciocinada nos protege.

Cerca de 800 mil pessoas abandonam o palco da vida pelos caminhos do suic�dio. O Estado, por meio de suas pol�ticas p�blicas, n�o consegue alcan�ar sozinhos esses irm�os doentes de corpo e de mente. � preciso que haja a mobiliza��o de toda a sociedade, a fam�lia e as diversas correntes filos�ficas e religiosas, lembrando ao ser humano que somos seres imortais. Os esp�ritas, mais que outras, s�o pessoas esclarecidas sobre a f� raciocinada, sobre a import�ncia de buscar conhecer-se a si mesmo para promover a transforma��o na pr�pria casa mental. Os esp�ritas, diante dos irm�os necessitados, devem espalhar consolo, compreens�o e toler�ncia. Allan Kardec n�o nos disse que �fora da caridade n�o h� salva��o?��. Ent�o, meus irm�os, a caridade n�o est� restrita � esmola ao necessitado, visto que nem sempre a necessidade � material, pois h� aqueles que buscam consolo e respostas para suas dores morais e emocionais.

De acordo com os ensinamentos esp�ritas, morrer � deixar o corpo material, que retorna ao p�, visto que o corpo � de composi��o org�nica. O ser imortal, o Esp�rito, que habita o corpo material, retorna ent�o ao plano espiritual. Reencarnar � oportunidade de progresso e resgate. Todos n�s j� passamos por esse divino mecanismo e continuaremos a passar por ele, at� entendermos que n�o podemos transgredir nenhuma lei divina ou ferir nosso pr�ximo sem responder por isso. Ao agredirmos o corpo que nos hospeda, estamos antecipando a volta � p�tria espiritual, perdendo as oportunidades que foram programadas para o nosso devido ajuste e progresso na escola da carne. O que pensamos ser uma desopress�o, apenas uma partida antecipada, na verdade � um atraso na caminhada e tudo aquilo que adiamos passar agora, enfrentaremos, inevitavelmente, amanh�. O pior, meus irm�os, � que, na pr�xima exist�ncia f�sica, al�m dos compromissos que n�o terminamos, haver� o agravante da situa��o, pois teremos marcadas em nosso corpo espiritual as sequelas da agress�o que provocamos ao extinguir a vida do corpo pelas portas do suic�dio.

N�o reencarnamos sozinhos, n�o estamos sozinhos. Formamos um n�cleo familiar, seja ele consangu�neo ou n�o. A nossa trajet�ria vem acompanhada de outros irm�os nossos que vieram apoiar-nos, expiar ou provar conosco o seu amor. Por que nos momentos de maior ang�stia nos afastamos daqueles que maiores possibilidades possuem para nos reerguer e conosco tra�ar toda uma trajet�ria de vida? O que nos faz pensar que desistir da vida n�o afetar� as pessoas que mais amamos, deixando nelas imensa dor e vazio por nos ver partir.

Nossa fam�lia corporal ou espiritual condiz com a mensagem trazida pela quest�o 980 d� O Livro dos Esp�ritos, quando se refere � felicidade que goza o homem na Terra ao se deparar com as afei��es puras e sinceras, com rec�proca simpatia e que nos traz um manancial de felicidade, porquanto n�o h� falsos amigos, nem hip�critas, pois encontraremos almas que vibram na mesma sintonia conosco, que o ego�smo n�o tornar� frias�.

Sendo assim, devemos ter firmeza de prop�sito e encarar os problemas que surgirem ao longo de nossas vidas, tal como preceitua O Livro dos Esp�ritos na quest�o n�mero 943, que mostra quanto � importante combater a ociosidade, a aus�ncia de f� no futuro, evitando assim os descontentamentos pela vida, sem motivos plaus�veis4. Que vivamos um dia de cada vez com coragem e entusiasmo!

A vida � um ato da divina cria��o, n�o cabe ao homem o direito de ceif�-la com suas m�os, pois sempre � poss�vel encontrar for�as para transpor os momentos dif�ceis, com o olhar complacente do Mestre de Nazar�: �Todos os que andam em sofrimento e vos achais carregados, eu vos aliviarei. Tomai sobre v�s o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de cora��o, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo � suave e o meu fardo � leve�. (Mateus, XI, 28-30).

�A vida � feita de momentos, momentos pelos quais temos que passar, sendo bons ou n�o, para o nosso aprendizado. Nada � por acaso. Precisamos fazer a nossa parte, desempenhar o nosso papel no palco da vida, lembrando que a vida nem sempre segue o nosso querer, mas ela � perfeita naquilo que tem que ser� (Chico Xavier, 2011).

Refer�ncias:

1. A B�BLIA. O mist�rio do Reino dos C�us. GORGULHO Gilberto da Silva; STORNIOLO Ivo; ANDERSON Ana Flora. S�o Paulo: Paulus Editora, 1998. p.2206. Velho Testamento e Novo Testamento;

2. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap.XV, p. 158- 163;

3. KARDEC, Allan. O Livro dos Esp�ritos. Quarta parte, cap. II, it.980 p. 440;

4. KARDEC, Allan. O Livro dos Esp�ritos. Quarta parte, cap. I, it.943, p. 424;

5. OLIVETO, Paloma. Suic�dio � respons�vel por 800 mil mortes anuais e avan�a pelos pa�ses, Bras�lia, 24 de junho de 2018. Dispon�vel em: https:/correiobraziliense.com.br

6. XAVIER, Chico.

Linelda Landim de Lima e Telda Pereira Costa Lima

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Re: Preven��o contra o suic�dio

« Responder #8 em: 08 de Setembro de 2020, 22:01 »

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Boa-noite! queridos irm�os.

Suic�dio: uma calamidade mundial

O setembro amarelo foi institu�do pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), no dia 10 de setembro de 2003, como data de campanha de preven��o contra o suic�dio em todo o mundo, por conta dessa calamidade que assola a humanidade de forma alarmante. A cada ano identificam-se pelas estat�sticas o aumento dessas ocorr�ncias que se tornaram um problema de sa�de p�blica.

As causas s�o as mais diversas, sendo a depress�o uma das mais importantes nesse contexto. Dificuldades financeiras, doen�as, drogas l�citas ou n�o, desenganos da vida e, tamb�m, a aus�ncia de religiosidade do ser humano fazem com que essa incid�ncia se torne cada vez mais preocupante. O suicida n�o quer deixar de viver, ele quer �livrar-se� daquilo que o aflige.

A fragilidade humana decorrente dos sentimentos e emo��es mal vivenciados oportuniza esse ato de desespero, e para quem acredita que a vida n�o se resume do ber�o ao t�mulo, sabe que aumentamos em grau elevad�ssimo nossas afli��es do amanh�, ou seja, o Esp�rito segue al�m-t�mulo com tudo que aqui construiu de bom ou n�o. Lembremo-nos sempre de que a vida � um ciclo de desafios que s�o provas para o nosso processo evolutivo.

Abreviar a vida � a maior transgress�o do ser humano �s Leis de Deus, segundo a quest�o 944, de O Livro dos Esp�ritos: �Tem o homem o direito de dispor da sua vida�? - N�o; s� a Deus assiste esse direito. O suic�dio volunt�rio importa numa transgress�o desta lei.

A Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) definiu, em 22 de janeiro de 1998, que �sa�de � um estado din�mico de completo bem-estar f�sico, mental, espiritual e social, e n�o meramente a aus�ncia de doen�a ou enfermidade�, e o Minist�rio da Sa�de apoia o Centro de Valoriza��o da Vida (CVV). Em 2017, 2 milh�es de pessoas ligaram de maneira gratuita para o n�mero 188, que oferece apoio emocional e de preven��o do suic�dio. Imaginemos quantas vidas foram poupadas desse desatino...

Os n�meros continuam crescentes e sabe-se que a cada 40s algu�m comete o suic�dio no mundo. No Brasil, a cada 42min isso acontece. Chega-se a um total de 800 mil casos por ano em todo o mundo. A Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) estabeleceu a meta de reduzir em 10% os casos de mortes por suic�dio at� 2020. N�o ser� f�cil, visto que a pandemia do Covid-19 contribuiu fortemente para o crescimento dos processos depressivos.

Quando cremos no Criador e que somente nele poderemos ter o amparo necess�rio para as nossas vicissitudes, al�m obviamente da nossa vontade, sentimo-nos fortalecidos e a f� aliada � perseveran�a e � resigna��o leva-nos ao caminho de uma dor menor, enquanto a revolta � a porta do sofrimento. Revoltar-se � agravar tudo que j� nos incomoda e sabemos que essa postura nada resolve.

Enquanto o ser humano n�o buscar no seu interior as virtudes do bem, como o amor, a caridade, a fraternidade, dentre tantas outras, n�o sair� desse D�dalo que o eterniza encarcerado no desespero. Esse reencontro com o seu �eu� constitui-se na chave do tesouro adormecido e que somente cada um de n�s tem acesso.

Tenhamos consci�ncia de que as nossas lutas externas s�o fugazes, mas aquelas contidas em nosso �ntimo s�o as dif�ceis, pois � imperioso que renunciemos aos fatores impeditivos do nosso progresso moral, como o ego�smo, o orgulho e outros sentimentos inferiores que trazemos de vidas pret�ritas.

Luiz Guimar�es Gomes de S�

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Re: Preven��o contra o suic�dio

« Responder #9 em: 13 de Novembro de 2020, 05:58 »

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Bom-dia! queridos irm�os.

Suic�dio na terceira idade

Estudos apontam que cerca de 800 mil pessoas, anualmente, em todo o mundo, cometem o ato extremo de tirar a pr�pria vida. Vale lembrar que esses dados s�o oficiais, o que significa dizer que os n�meros s�o mais altos. Um outro motivo para a subnotifica��o dos casos de suic�dio � que, dos pouco mais de 180 pa�ses membros da OMS (Organiza��o Mundial da Sa�de), nem a metade deles tem um cadastro de registro confi�vel nesta tem�tica.

No Brasil a taxa geral de suic�dio para cada 100 mil habitantes est� em torno de, aproximadamente, 6 pessoas. Quando, por�m, investigamos a quest�o do suic�dio na terceira idade temos um aumento significativo nesta taxa, que salta para quase 9 pessoas a cada 100 mil habitantes.

O suic�dio � um fen�meno multifatorial, n�o tendo, portanto, causa �nica e espec�fica. Mas podemos apontar alguns fatores de risco que seguem abaixo.

As doen�as cr�nicas, muitas provenientes do pr�prio desgaste natural da m�quina f�sica surgem, o que deixa o idoso com dores e proporciona a perda na qualidade de vida. Outro fator que podemos elencar aqui � o da solid�o, posto que, muitas vezes, n�o h� intera��o entre o idoso e as outras gera��es de sua fam�lia, o que o leva a sentir uma sensa��o de isolamento.

H�, ainda e principalmente, o receio da invalidez e o medo de n�o conseguir sustentar materialmente a fam�lia, sendo este �ltimo fator, por quest�es culturais, mais comum aos idosos do sexo masculino.

A prop�sito, diante do tema t�o importante que � a preven��o ao suic�dio na terceira idade, apliquei question�rio para pessoas acima de 60 anos com o objetivo de verificar, dentre outras coisas, quais s�o os seus maiores receios diante da vida e do avan�ar dos anos.

Vejam no gr�fico abaixo as respostas que indicam que quase metade dos idosos tem receio da invalidez.

Por�m, todos os pontos citados acima acabam por contribuir para que os idosos se sintam deslocados da �poca atual, tendo, com isso, sofrimentos ps�quicos que podem levar � idea��o suicida.

Quero, aqui, destacar a import�ncia da fam�lia para a colabora��o na qualidade de vida do idoso. Algo interessante a considerar s�o as conversas e o di�logo que os familiares podem ter com o idoso, de modo a construir pontes para que esta t�o importante intera��o se estabele�a. Claro que n�o se quer colocar a fam�lia como culpada por este ou aquele caso de suic�dio, at� porque, nestes casos, os familiares sofrem, al�m da partida do afeto, as quest�es que envolvem a culpa que os acomete por n�o terem feito observa��es sobre os sinais da idea��o suicida enviados pelo idoso.

Todavia, o intuito � mostrar que o di�logo e o estreitamento dos la�os familiares podem trazer belas experi�ncias para todos os membros da fam�lia, num salutar interc�mbio entre as gera��es.

Ficam alguns pontos relacionados aos comportamentos que podem indicar idea��o suicida por parte do idoso: Resolu��o r�pida de problemas pendentes. Isolamento. Frases relacionadas � morte de uma maneira mais sofrida. Abuso de subst�ncias alco�licas.

Todos esses pontos acima citados, quando percebermos, valem uma conversa com o idoso, perguntando, de forma clara, por�m, sens�vel, sobre as suas inten��es. Outro aspecto que podemos fazer para auxiliar o idoso � colocar-nos � disposi��o para escut�-lo, mas escut�-lo realmente, sem julgamentos e explana��es morais que causar�o mais afastamento do que aproxima��o.

Wellington Balbo

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Re: Preven��o contra o suic�dio

« Responder #10 em: 03 de Mar�o de 2021, 18:29 »

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Boa-tarde! queridos irm�os.

No caso da idea��o suicida, sugerimos a abordagem em tr�s frentes

Desta vez, em nosso question�rio sobre a idea��o suicida, entrevistamos 230 mulheres dos mais diversos estados brasileiros e nas mais diversas faixas et�rias. Adiante, em outros textos, traremos mais informa��es, at� porque neste momento n�o � nosso objetivo esmiu�ar esta parte.

Destaco duas das perguntas que fizemos:

1 � J� pensou em suic�dio alguma vez em sua vida?

51,8% das mulheres responderam que sim, 48,2% das mulheres responderam que n�o. Ou seja, mais da metade das mulheres entrevistadas, em algum momento, j� pensaram na ideia de interrup��o da exist�ncia.

Quando vamos para a outra quest�o, que indaga se j� tentaram cometer o ato extremo de tirar a pr�pria vida, encontramos as seguintes porcentagens:

14% j� tentaram e 86% n�o tentaram.

Percebe-se, como j� realizado em outros estudos, um grande n�mero de mulheres que cogitam da ideia do suic�dio.

Ainda neste question�rio, ao levantarmos as raz�es, obtivemos muitas respostas que falam da tristeza, depress�o, falta de perspectiva e esperan�a no porvir.

Em realidade, ao menos para essas mulheres que responderam as quest�es, o fato que envolve a depress�o � o mais not�vel.

Os transtornos mentais est�o diretamente associados � ideia de suic�dio e � por isso que insistimos na abordagem em 3 frentes:

1 � Medicina convencional.

2 � Interven��o terap�utica.

3- Abordagem espiritual.

Nos cursos que venho realizando sobre preven��o e posven��o do suic�dio, constato que os tratamentos preconizados se apoiam apenas nas duas primeiras etapas: medicina convencional e interven��o terap�utica.

Entendo, claro, as raz�es pelas quais as institui��es que ministram esses cursos ficam apenas nestas duas etapas, contudo, como espiritualista e esp�rita, n�o posso deixar de anotar no horizonte do tratamento a import�ncia do aspecto que envolve a espiritualidade, sendo, este, muito importante para todo o processo.

Eis por que costumo bater na tecla ser fundamental a quebra do paradigma materialista, posto que, em muitas inst�ncias, ele, o paradigma materialista, enfoca apenas o �aqui e agora�, sem contemplar o Ser como um todo, sua biografia espiritual, suas viv�ncias e aptid�es que, n�o raro, s�o oriundas das exist�ncias pret�ritas.

Ora, se � verdade que os fatores culturais, socioecon�micos e outros d�o sua parcela de contribui��o na forma em que o indiv�duo enxerga a vida e se relaciona com o mundo ao seu redor, introduzindo a cultura espiritualista em sociedade, teremos uma abordagem mais completa de todo este quebra-cabe�a que podemos chamar �ser humano�.

Causa-me e sempre me causou estranheza verificar que alguns religiosos consideram serem os problemas humanos resolvidos apenas com preces, ora��es, reuni�es de desobsess�o ou �descarrego� e idas a centro esp�ritas, igrejas ou institui��es afins. Mas tamb�m me causa estranheza perceber que h�, ainda, pessoas ligadas �s ci�ncias convencionais que se negam absolutamente a admitir a contraparte espiritual do indiv�duo.

Isto dito, cabe-nos fazer nossa parte, trabalhar para que ambas as ci�ncias, tanto a do corpo, quando a da alma, complementem-se e produzam, juntas, mais qualidade de vida para todos, porquanto, ambas as ci�ncias citadas aqui n�o se excluem, ao contr�rio, completam-se.

Wellington Balbo

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Preven��o contra o suic�dio

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