Morte � vida

dOM JORGE

Mundo Divino
Mensagens: 8480
Participa��o: 1643
Sexo:
VIVER � UM ESPET�CULO
Relevância: +8033

« em: 06 de Julho de 2016, 08:50 »

+1Gostou?

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

Morte � vida

Conhecia a Humanidade naquele momento um dos mais extraordin�rios fen�menos jamais vistos. Anunciava-se a ressurrei��o de Cristo e com ela a confirma��o da inexist�ncia da morte. Limitado pela inefici�ncia dos �rg�os f�sicos da vis�o, habituou-se o Esp�rito encarnado a sofrer imensamente perante seus entes queridos que partem, achando que, por n�o poder v�-los, se ausentavam permanentemente de seu conv�vio.

�Por que procurais entre os mortos aquele que vive?� (Lucas, 24:5). Por que procuramos os nossos que nos antecederam na grande viagem para o Al�m, entre os mortos? Jesus, que disse ser o Caminho, a Verdade e a Vida, n�o nos mostrou, de forma cabal e irrefut�vel, que a morte n�o passa de ilus�o? N�o nos mostrou que a vida continua e que outro mundo se descerra para al�m dos nossos sentidos?

Imaginemos uma crian�a que desde os primeiros momentos de sua vida no corpo f�sico tivesse o dom da vid�ncia, n�o havendo para ela a separa��o entre o mundo de c� e o de l� e mesmo quando algu�m morresse ainda assim continuasse a ver o Esp�rito do que havia partido. Como poderia ela aceitar a exist�ncia da morte?

Fora do corpo, o Esp�rito vibra num diapas�o que os nossos olhos f�sicos n�o t�m capacidade de captar e o que n�o se v�, muitas vezes � entendido como se n�o existisse. H� mais vida fora do corpo do que podemos imaginar. As limita��es impostas pelo corpo deixam de existir e o Esp�rito, at� mesmo o medianamente evolu�do, adquire uma liberdade de movimentos que lhe permitem volitar, ou seja, voar, � velocidade do pensamento. Pode estar ao lado dos que ama num �timo de segundo.

Muitas vezes o Esp�rito desencarnado est� ao nosso lado, quando lamentamos a sua aus�ncia. Extasia-se com a beleza do mundo em que vive e compreende que o planeta Terra � apenas c�pia do que de extraordinariamente belo existe em seu novo habitat. Ouve melodias inebriantes espalhadas pelo ar. As cores adquirem vida e as flores irradiam sons e perfumes, frente a tudo o que de belo v�, sente a necessidade de se curvar perante o Art�fice do Belo e da Natureza.

Ao querer compartilhar da felicidade que sente no novo mundo, volta a sua aten��o para os que ficaram e pede autoriza��o, vem para junto deles, para lhes dizer que n�o lhe lamentem a morte, porque morto n�o est�. Sabe da eternidade da vida, quer orient�-los para que trabalhem em favor pr�prio, a fim de conquistarem as condi��es necess�rias para usufru�rem de todas as belezas que ele, Esp�rito desencarnado, encontrou. Usando da intui��o, insufla-lhes a ideia de que o caminho � a viv�ncia do Evangelho trazido por Jesus. Que s� crescemos quando nos doamos e que, repartindo-nos com os outros, diminu�mos os nossos defeitos, que entravam a nossa marcha.

A morte nada mais � que a porta para um mundo que se torna t�o mais maravilhoso quanto maiores forem os nossos m�ritos perante a justi�a divina, m�ritos esses que adquirimos nas lutas di�rias e na viv�ncia do amor. A fuga a essas lutas ou mesmo a antecipa��o do nosso retorno, o que nos transformar� em suicidas, nos fazem contrair d�vidas maiores e consequentemente retardam a capta��o de tudo de belo que nos est� reservado.

Devemos lutar sempre a boa luta, que � a de aproveitarmos o momento a que chamamos agora, para semearmos o bem � nossa volta. A morte n�o existe e � belo o que nos est� reservado, se bem soubermos viver.

Altamirando Carneiro

PAZ, MUITA PAZ!

Registado

VIVA JESUS!

dOM JORGE

Mundo Divino
Mensagens: 8480
Participa��o: 1643
Sexo:
VIVER � UM ESPET�CULO
Relevância: +8033

Re: Morte � vida

« Responder #1 em: 05 de Setembro de 2018, 09:57 »

0Gostou?

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

A MORTE N�O EXISTE

"Sobre a Terra, tudo � ilus�o, tudo passa, tudo se transforma de um instante para outro. O que conta � o que guardamos dentro de n�s, tudo mais h� de ficar com o corpo, que se desfar� em p�.� Chico Xavier

�Devemos aceitar a chegada da chamada morte, assim como o dia aceita a chegada da noite � tendo confian�a que, em breve, de novo h� de raiar o Sol !... �

"A morte � uma simples mudan�a de estado, a destrui��o de uma forma fr�gil que j� n�o proporciona � vida as condi��es necess�rias ao seu funcionamento e � sua evolu��o. Para al�m da campa, abre-se uma nova fase de exist�ncia. O Esp�rito, debaixo da sua forma flu�dica, imponder�vel, prepara-se para novas reencarna��es; acha no seu estado mental os frutos da exist�ncia que findou.

Por toda parte se encontra a vida. A Natureza inteira mostra-nos, no seu maravilhoso panorama, a renova��o perp�tua de todas as coisas. Em parte alguma h� a morte, como, em geral, � considerada entre n�s; em parte alguma h� o aniquilamento; nenhum ente pode perecer no seu princ�pio de vida, na sua unidade consciente. O Universo transborda de vida f�sica e ps�quica. Por toda parte o imenso formigar dos seres, a elabora��o de almas que, quando escapam �s demoradas e obscuras prepara��es da mat�ria, � para prosseguirem, nas etapas da luz, a sua ascens�o magn�fica.

A vida do homem � como o Sol das regi�es polares durante o estio. Desce devagar, baixa, vai enfraquecendo, parece desaparecer um instante por baixo do horizonte. � o fim, na apar�ncia; mas, logo depois, torna a elevar-se, para novamente descrever a sua �rbita imensa no c�u.

A morte � apenas um eclipse moment�neo na grande revolu��o das nossas exist�ncias; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. A pr�pria morte pode ter tamb�m a sua nobreza, a sua grandeza. N�o devemos tem�-la, mas, antes, nos esfor�ar por embelez�-la, preparando-se cada um constantemente para ela, pela pesquisa e conquista da beleza moral, a beleza do Esp�rito que molda o corpo e o orna com um reflexo augusto na hora das separa��es supremas. A maneira por que cada qual sabe morrer � j�, por si mesma, uma indica��o do que para cada um de n�s ser� a vida do Espa�o.

H� como uma luz fria e pura em redor da almofada de certos leitos de morte. Rostos, at� a� insignificantes, parecem aureolados por claridades do Al�m. Um sil�ncio imponente faz-se em volta daqueles que deixaram a Terra. Os vivos, testemunhas da morte, sentem grandes e austeros pensamentos desprenderem-se do fundo banal das suas impress�es habituais, dando alguma beleza � sua vida interior. O �dio e as m�s paix�es n�o resistem a esse espet�culo. Ante o corpo de um inimigo, abranda toda a animosidade, esvai-se todo o desejo de vingan�a. Junto de um esquife, o perd�o parece mais f�cil, mais imperioso o dever.

Toda morte � um parto, um renascimento; � a manifesta��o de uma vida at� a� latente em n�s, vida invis�vel da Terra, que vai reunir-se � vida invis�vel do Espa�o. Depois de certo tempo de perturba��o, tornamos a encontrar-nos, al�m do t�mulo, na plenitude das nossas faculdades e da nossa consci�ncia, junto dos seres amados que compartilharam as horas tristes ou alegres da nossa exist�ncia terrestre. A tumba apenas encerra p�. Elevemos mais alto os nossos pensamentos e as nossas recorda��es, se quisermos achar de novo o rastro das almas que nos foram caras.

N�o pe�ais �s pedras do sepulcro o segredo da vida. Os ossos e as cinzas que l� jazem nada s�o, ficai sabendo. As almas que os animaram deixaram esses lugares, revivem em formas mais sutis, mais apuradas. Do seio do invis�vel, onde lhes chegam as vossas ora��es e as comovem, elas vos seguem com a vista, vos respondem e vos sorriem. A Revela��o Esp�rita ensinar-vos-� a comunicar com elas, a unir os vossos sentimentos num mesmo amor, numa esperan�a inef�vel.

Muitas vezes, os seres que chorais e que ides procurar no cemit�rio est�o ao vosso lado. V�m velar por v�s aqueles que foram o amparo da vossa juventude, que vos embalaram nos bra�os, os amigos, companheiros das vossas alegrias e das vossas dores, bem como todas as formas, todos os meigos fantasmas dos seres que encontrastes no vosso caminho, os quais participaram da vossa exist�ncia e levaram consigo alguma coisa de v�s mesmos, da vossa alma e do vosso cora��o. Ao redor de v�s flutua a multid�o dos homens que se sumiram na morte, multid�o confusa, que revive, vos chama e mostra o caminho que tendes de percorrer.

� morte, � serena majestade! Tu, de quem fazem um espantalho, �s para o pensador simplesmente um momento de descanso, a transi��o entre dois atos do destino, dos quais um acaba e o outro se prepara. Quando a minha pobre alma, errante h� tantos s�culos atrav�s dos mundos, depois de muitas lutas, vicissitudes e decep��es, depois de muitas ilus�es desfeitas e esperan�as adiadas, for repousar de novo no teu seio, ser� com alegria que saudar� a aurora da vida flu�dica; ser� com ebriedade que se elevar� do p� terrestre, atrav�s dos espa�os insond�veis, em dire��o �queles a quem estremeceu neste mundo e que a esperam.

Para a maior parte dos homens, a morte continua a ser o grande mist�rio, o sombrio problema que ningu�m ousa olhar de frente. Para n�s, ela � a hora bendita em que o corpo cansado volve � grande Natureza para deixar � Psique, sua prisioneira, livre passagem para a P�tria Eterna.

Essa p�tria � a Imensidade radiosa, cheia de s�is e de esferas. Junto deles, como h� de parecer raqu�tica a nossa pobre Terra� O Infinito envolve-a por todos os lados. O infinito na extens�o e o infinito na dura��o, eis o que se nos depara, quer se trate da alma, quer se trate do Universo.

Assim como cada uma das nossas exist�ncias tem o seu termo e h� de desaparecer, para dar lugar a outra vida, assim tamb�m cada um dos mundos semeados no Espa�o tem de morrer, para dar lugar a outros mundos mais perfeitos.

Dia vir� em que a vida humana se extinguir� no Globo esfriado. A Terra, vasta necr�pole, rolar�, soturna, na amplid�o silenciosa.

H�o de elevar-se ru�nas imponentes nos lugares onde existiram Roma, Paris, Constantinopla, cad�veres de capitais, �ltimos vest�gios das ra�as extintas, livros gigantescos de pedra que nenhum olhar carnal voltar� a ler. Mas, a Humanidade ter� desaparecido da Terra somente para prosseguir, em esferas mais bem dotadas, a carreira de sua ascens�o. A vaga do progresso ter� impelido todas as almas terrestres para planetas mais bem preparados para a vida. � prov�vel que civiliza��es prodigiosas flores�am a esse tempo em Saturno e J�piter; ali se h�o de expandir humanidades renascidas numa gl�ria incompar�vel. L� � o lugar futuro dos seres humanos, o seu novo campo de a��o, os s�tios aben�oados onde lhes ser� dado continuarem a amar e trabalhar para o seu aperfei�oamento.

No meio dos seus trabalhos, a triste lembran�a da Terra vir� talvez perseguir ainda esses Esp�ritos; mas, das alturas atingidas, a mem�ria das dores sofridas, das provas suportadas, ser� apenas um estimulante para se elevarem a maiores alturas.

Em v�o a evoca��o do passado, lhes far� surgir � vista os espectros de carne, os tristes despojos que jazem nas sepulturas terrestres. A voz da sabedoria dir-lhes-�: �Que importa as sombras que se foram! Nada perece. Todo ser se transforma e se esclarece sobre os degraus que conduzem de esfera em esfera, de sol em sol, at� Deus�. Esp�rito imorredouro, lembra-te disto: �A morte n�o existe�.

L�on Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor

PAZ,MUITA PAZ!

Registado

VIVA JESUS!

dOM JORGE

Mundo Divino
Mensagens: 8480
Participa��o: 1643
Sexo:
VIVER � UM ESPET�CULO
Relevância: +8033

Re: Morte � vida

« Responder #2 em: 14 de Setembro de 2018, 09:15 »

+1Gostou?

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

Retorno ao Mundo Espiritual

Busc�vamos inspira��o para o ensaio semanal, quando recebemos a not�cia da ocorr�ncia do desencarne de uma prima de primeiro grau.

Vitimada por leucemia, ela, que experimentava o per�odo da meia idade, lutou bravamente com a doen�a, sem rebelar-se contra o destino, enfrentando com confian�a e f� todo o per�odo de enfermidade, mesmo porque conhecia a realidade espiritual.

Alguns pensamentos come�aram a fluir em nossa casa mental.

Lembramo-nos de que a consci�ncia da morte iniciou-se aproximadamente h� cem mil anos, j� no final do per�odo paleol�tico superior. Nesse per�odo ocorreu uma mudan�a significativa na vida do Homo Sapiens, conforme nos informa o Benfeitor Andr� Luiz na extraordin�ria obra medi�nica intitulada Evolu��o em Dois Mundos, recebida pelo n�o menos extraordin�rio Francisco C�ndido Xavier.

Explica o autor espiritual na referida obra que aprendemos a falar, articuladamente, e em conseq��ncia desenvolvemos o pensamento cont�nuo, que possibilitou o desprendimento do esp�rito de seu corpo durante o sono f�sico, vendo-se na dimens�o espiritual, sem no��es maiores do que estava acontecendo. Paralelamente, ap�s o desencarne, tamb�m experimentava a dimens�o espiritual, mas devido ao peso espec�fico de seu perisp�rito permanecia pr�ximo ao seu grupo social.

Ao retornar � vida corporal, trazia consigo as reminisc�ncias do plano espiritual, desenvolvendo a ideia da vida al�m da morte f�sica. Com isso desenvolveu as id�ias relacionadas a exist�ncia de deuses, com a ideia de que seriam os promotores dos fen�menos materiais que o envolviam, e tamb�m cuidadores dos esp�ritos no retorno definitivo ao mundo espiritual.

Desenvolveram-se as religi�es, o interc�mbio medi�nico com as intelig�ncias desencarnadas e o sepultamento dos mortos.

Chama a aten��o a forma com que se lidava com o sepultamento. Em algumas regi�es o corpo era adornado com flores e sepultado com seus pertences pessoais, outros com alimentos, outros ainda na posi��o fetal, e alguns destes dentro de grandes �nforas, como a imitar o �tero materno, como que intuindo que a vida n�o se interrompia com a morte do corpo f�sico.

Conhecemos tamb�m o processo de mumifica��o, que se traduz na tentativa de manter o corpo preservado para quando do retorno do esp�rito � vida f�sica.

Como o homem j� dominava o fogo, este era utilizado para iluminar o corpo sem vida durante a noite, mas com o tempo e o desenvolvimento das supersti��es o fogo no entorno do corpo sem vida foi transferido para fins de rito e necessidade sacra.

Enfim, lidamos conscientemente com a morte h� mil�nios, e as religi�es se preocupam em moldar moralmente o homem para a vida de encarnado, preparando-o para a vida p�s morte, acreditando todas elas que a vida continua, com os respectivos pr�mios ou castigos decorrentes do que se fez enquanto encarnado.

Caberia a Doutrina Esp�rita, na condi��o de Consolador prometido por Jesus, equacionar toda a realidade, esclarecendo-nos quanto aos dois planos da vida, suas intera��es e implica��es, deixando-nos conscientes quanto a imortalidade dos esp�ritos, passando a vida f�sica a ser uma etapa evolutiva necess�ria ao seu desenvolvimento rumo a perfei��o, o que, evidentemente, n�o � poss�vel em uma �nica exist�ncia corporal sendo necess�rio ent�o a exist�ncia do mecanismo da reencarna��o.

Alivia-nos a consci�ncia saber que j� exist�amos antes e que vamos continuar a existir al�m desta vida, e ao cora��o por sabermos que a separa��o f�sica daqueles que nos precedem ao t�mulo � moment�nea, mantendo-se os la�os desenvolvidos plenamente vivos.

Disse Jesus para deixarmos aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos. Evidentemente o Senhor estava nos educando para a realidade das tarefas espirituais, e n�o nos desincumbindo das obriga��es sociais, o que nos leva ao entendimento que devemos nos comportar, diante do sepultamento daqueles que conosco conviveram, com equil�brio e entendimento em rela��o a vida que continua, orando pelo que retorna a p�tria maior respeitando-o com os nossos melhores sentimentos sabendo que todos n�s, assim como j� experimentamos tantas outras vezes, tamb�m passaremos, inevitavelmente, pela mesma porta chamada morte do corpo f�sico.

Antonio Carlos Navarro

PAZ, MUITA PAZ!

Registado

VIVA JESUS!

dOM JORGE

Mundo Divino
Mensagens: 8480
Participa��o: 1643
Sexo:
VIVER � UM ESPET�CULO
Relevância: +8033

Re: Morte � vida

« Responder #3 em: 30 de Setembro de 2018, 08:50 »

0Gostou?

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

As dificuldades de um morto que n�o se preparou

Frederico Figner, que no livro Voltei adotou o pseud�nimo de �irm�o Jacob�, psicografado pelo m�dium Francisco C�ndido Xavier, foi diretor da Federa��o Esp�rita Brasileira e esp�rita atuante, prometeu escrever do al�m t�o logo l� chegasse.

Quando encarnado, acreditava que a morte era uma mera liberta��o do esp�rito e que seguiria para as esferas de julgamento de onde voltaria a reencarnar, caso n�o se transferisse aos Mundos Felizes. Mas, conforme seu depoimento, o que aconteceu ap�s a sua desencarna��o n�o foi bem assim.

Deixou-nos um alerta. �N�o se acreditem quitados com a Lei, atendendo pequeninos deveres de solidariedade humana.�

Irm�o Andrade, seu guia espiritual, ajudou na sua desencarna��o. Ele sentiu dois cora��es batendo. A vis�o alterava-se. Sentia-se dentro de um nevoeiro enquanto recebia passes.

Sua consci�ncia examinava acertos e desacertos da vida, buscando justificativas para atenuar as faltas cometidas.

De repente, viu-se � frente de tudo que idealizou e realizou na vida. As ideias mais insignificantes e os m�nimos atos desfilavam em uma velocidade vertiginosa.

Tentou orar, mas n�o teve coordena��o mental. Chorou quando viu o vulto da filha Marta aconselhando-o a descansar.

PRECISARIA DE MAIS TEMPO PARA O DESLIGAMENTO TOTAL

Durante o transe, amparado por sua filha Marta, tentou falar e se mexer, mas os m�sculos n�o obedeceram. Viu-se em duplicata, com fio prateado ligando-o ao corpo f�sico. Precisaria de mais tempo para o desligamento total.

Foi levado para perto do mar para renovar as for�as. As dores desapareceram. Descansou. Teve a sensa��o de haver rejuvenescido e notou que estava com trajes impr�prios, na ilus�o de encontrar algu�m encarnado.

Na volta para casa, vestiu um terno cinza.

No vel�rio, proje��es mentais dos presentes provocam-lhe mal-estar e ang�stia.

Os coment�rios divergentes a seu respeito provocaram-lhe perturba��es passageiras. Continuava ligado ao corpo.

Bezerra de Menezes esclareceu que n�o � poss�vel libertar os encarnados rapidamente, depende da vida mental e dos ideais ligados � vida terrestre.

Jacob melhorou e se aproximou de amigos encarnados, mas n�o do corpo, conforme orienta��o recebida. Percebeu entidades menos simp�ticas e foi impedido de responder.

Decepcionou-se com coment�rios de amigos encarnados sobre as despesas do enterro. N�o conseguiu suportar estes dardos mentais.

ENTERROS MUITO CONCORRIDOS

Viu c�rculos de luz num dos carros, e percebeu ora��es a seu favor, e alegrou-se.

Assistiu de longe, pois Bezerra informou que enterros muito concorridos imp�em grande perturba��es � alma.

Finalmente liberto do corpo, Jacob visitou seu lar e seu n�cleo de trabalho. Abra�ou amigos e seguiu em dire��o � praia para se reunir com outros esp�ritos rec�m-desencarnados. Durante o trajeto, ficou preocupado por n�o lembrar de vidas passadas e por n�o saber onde iria morar. Sua filha garantiu que tudo seria solucionado pouco a pouco.

OS ESP�RITOS N�O FICAM NAS SEPULTURAS

Como se sabe, a visita �s sepulturas apenas expressa que lembramos do amado ausente. Mas n�o � o lugar, objetos, flores e velas que realmente importam. O que importa � a inten��o, a lembran�a sincera, o amor e a ora��o. T�mulos suntuosos n�o importam e n�o fazem diferen�a para quem parte.

Podemos orar pelos esp�ritos de onde estivermos. O lugar n�o importa, desde que a prece seja sincera.

Quando oramos, a for�a do pensamento emite um fio luminoso impulsionado pelo sentimento de amor, indo ao encontro do esp�rito para o qual rogamos as b�n��os de Deus.

Por�m, o que importa � orarmos com sinceridade em benef�cio deles; afinal, se os nossos parentes e amigos j� s�o felizes, as nossas preces aumentar�o ainda mais essa felicidade. Por sua vez, caso estejam sofrendo, como os esp�ritos dos suicidas, as nossas ora��es t�m o poder de aliviar os seus grandes sofrimentos.

FALAR COM OS DESENCARNADOS PELA ORA��O

Quando sentimos saudade dos parentes ou dos amigos que est�o vivendo muito distantes de n�s, simplesmente telefonamos para eles, matando a saudade.

Assim acontece, tamb�m, quando sentimos falta dos entes queridos que partiram para o mundo espiritual, e falamos com eles atrav�s da ora��o.

Pelo �celular� do nosso pensamento, podemos ligar para eles de qualquer lugar onde estejamos.

FRED FIGNER � IRM�O JACOB DO LIVRO VOLTEI � PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER

Fernando Rossit �Kardec Rio Preto

PAZ, MUITA PAZ!

Registado

VIVA JESUS!

dOM JORGE

Mundo Divino
Mensagens: 8480
Participa��o: 1643
Sexo:
VIVER � UM ESPET�CULO
Relevância: +8033

Re: Morte � vida

« Responder #4 em: 11 de Outubro de 2018, 00:17 »

0Gostou?

VIVA JESUS!

Boa-noite! queridos irm�os.

Partidas e Chegadas

Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espet�culo de beleza rara.

O barco, impulsionado pela for�a dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.

N�o demora muito e s� podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o c�u se encontram.

Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamar�: "j� se foi".
Ter� sumido? Evaporado?
N�o, certamente. Apenas o perdemos de vista.

O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade
que tinha quando estava pr�ximo de n�s. Continua t�o capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.

O veleiro n�o evaporou, apenas n�o o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que algu�m diz:
j� se foi, haver� outras vozes,
mais al�m, a afirmar: "l� vem o veleiro".

Assim � a morte.
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o vis�vel do invis�vel dizemos: "j� se foi".

Ter� sumido? Evaporado?
N�o, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental n�o se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.

Conserva o mesmo afeto que nutria por n�s. Nada se perde, a n�o ser o corpo f�sico de que n�o mais necessita no outro lado.

E � assim que, no mesmo instante em que dizemos:
j� se foi, no mais al�m, outro algu�m dir� feliz: "j� est� chegando".

Chegou ao destino levando consigo
as aquisi��es feitas durante a viagem terrena.
A vida jamais se interrompe nem oferece mudan�as espetaculares, pois a natureza n�o d� saltos.

Cada um leva sua carga de v�cios e virtudes, de afetos e desafetos, at� que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecess�rio.

A vida � feita de partidas e chegadas. De idas e vindas.
Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros � a chegada.

Um dia partimos do mundo espiritual na dire��o do mundo f�sico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajantes da imortalidade que somos todos n�s.

Richard Simonetti

PAZ, MUITA PAZ!

Registado

VIVA JESUS!

dOM JORGE

Mundo Divino
Mensagens: 8480
Participa��o: 1643
Sexo:
VIVER � UM ESPET�CULO
Relevância: +8033

Re: Morte � vida

« Responder #5 em: 01 de Agosto de 2020, 20:45 »

+2Gostou?

VIVA JESUS!

Boa-tarde! queridos irm�os.

Morte: um tabu para 70% dos brasileiros

�Crian�as n�o t�m medo da morte. S�o os adultos que transformam o morrer em uma quest�o obscura. Com isso, criamos pessoas ansiosas, que n�o sabem perder�, explica a psic�loga S�lvia Coutinho, especialista em cuidados paliativos pedi�tricos e adultos (www.metropoles.com).

Precisamos falar sobre a morte sempre, porque � uma coisa inevit�vel para todos n�s. E essa crise da pandemia causada pela Covid-19 trouxe mais reflex�es sobre o tema.

O jornal O Estad�o, numa pesquisa com mais de mil pessoas em todo o pa�s, constatou que �70% dos entrevistados com mais de 60 anos afirmam que est�o refletindo mais sobre a finitude da vida e 70% daqueles acima de 45 anos acham importante organizar testamento e plano funeral. Mas, como reflexo do tabu, apenas 30% j� come�aram de fato esse planejamento�.

Diferente das doen�as cr�nicas, como o c�ncer, para as quais se podem estabelecer os cuidados paliativos, essa doen�a do novo coronav�rus � muito r�pida. A morte � um problema dos vivos e no momento atual apresenta um aspecto incomum em sua atua��o cotidiana, com o surgimento abrupto de um n�mero assustador de �bitos, em curto prazo, quando se considera a fam�lia e amigos dos que falecem e a invisibilidade do morto, que n�o recebe visitas, com sepultamento solit�rio.

Nesse sentido, todos n�s devemos meditar que podemos retornar mais cedo para a vida espiritual, e precisamos conversar e fazer declara��es antecipadas de vontades ou testamento vital, onde a pessoa esclarece sua vontade, ou n�o, de ser levada e mantida em uma UTI, ser submetida a procedimentos de ventila��o mec�nica, tratamentos dolorosos ou extenuantes, ou mesmo a reanima��o na ocorr�ncia de parada cardiorrespirat�ria. Pode-se, ainda, tratar de assuntos como a doa��o de �rg�os, determinar que o corpo seja enterrado ou cremado, cerim�nias f�nebres, outorgar mandato para algu�m de confian�a gerir e administrar seus bens e haveres etc.

Outro aspecto a refletir sobre a morte diz respeito � situa��o financeira da fam�lia e dos bens. O juiz de direito aposentado, Donizete Pinheiro, esclarece: �Deixar a fam�lia com a situa��o financeira e social equilibrada � tamb�m uma manifesta��o de amor. Afinal, vivemos num mundo em que morar, comer, se vestir, estudar, ter sa�de e lazer fazem parte do bem-estar da pessoa�.

Boa parte da popula��o teme a morte e diz que deseja morrer repentinamente, o que n�o � bom para o Esp�rito, que � surpreendido. O que seria ent�o uma boa morte, uma passagem tranquila? Morrer idoso, com sa�de, sem sofrimento, rodeado de quem se ama, depois de ver os filhos e netos crescidos. Sim, isso seria o ideal. Mas nem sempre � da forma que se deseja.

O Espiritismo ressalta a import�ncia da educa��o sobre a morte, come�ando a tratar sobre o assunto j� na evangeliza��o da crian�a, e n�o como tema proibido nem como sin�nimo de destrui��o e aniquilamento, mas de transi��o, pois para aqueles que vivem corretamente e no bem, ela � calma e feliz, assemelhando �quilo que acompanha uma noite de sono, com um despertar sereno.

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

PAZ, MUITA PAZ!

Registado

VIVA JESUS!

Morte � vida

Autor T�pico: Morte � vida (Lida 3033 vezes)

dOM JORGE

Morte � vida

dOM JORGE

Re: Morte � vida

dOM JORGE

Re: Morte � vida

dOM JORGE

Re: Morte � vida

dOM JORGE

Re: Morte � vida

dOM JORGE

Re: Morte � vida

Assuntos relacionados

Pesquisar assunto