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Autor Tópico: Claramente Vivos  (Lida 47244 vezes)

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Offline Marianna

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Claramente Vivos
« em: 31 de Maio de 2015, 03:18 »
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A Morte Não Existe

A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução.

Para além da campa, abre-se uma nova fase de existência. O Espírito, debaixo da sua forma fluídica, imponderável, prepara-se para novas reencarnações.

Acha no seu estado mental os frutos da existência que findou.

Por toda parte se encontra a vida. A Natureza inteira mostra-nos, no seu maravilhoso panorama, a renovação perpétua de todas as coisas.

Em parte alguma há a morte, como, em geral, é considerada entre nós. Em parte alguma há o aniquilamento; nenhum ente pode perecer no seu princípio de vida, na sua unidade consciente.

O Universo transborda de vida física e psíquica.

Por toda parte o imenso formigar dos seres, a elaboração de almas que, quando escapam às demoradas e obscuras preparações da matéria, é para prosseguirem, nas etapas da luz, a sua ascensão magnífica.

A vida do homem é como o Sol das regiões polares durante o estio. Desce devagar, baixa, vai enfraquecendo, parece desaparecer um instante por baixo do horizonte.

É o fim, na aparência; mas, logo depois, torna a elevar-se, para novamente descrever a sua órbita imensa no céu.

A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. A própria morte pode ter também a sua nobreza, a sua grandeza.

Não devemos temê-la, mas, antes, nos esforçar por embelezá-la, preparando-se cada um constantemente para ela, pela pesquisa e conquista da beleza moral, a beleza do Espírito que molda o corpo e o orna com um reflexo augusto na hora das separações supremas.

A maneira por que cada qual sabe morrer é já, por si mesma, uma indicação do que para cada um de nós será a vida do Espaço.

Há como uma luz fria e pura em redor da almofada de certos leitos de morte. Rostos, até aí insignificantes, parecem aureolados por claridades do Além.

Um silêncio imponente faz-se em volta daqueles que deixaram a Terra. Os vivos, testemunhas da morte, sentem grandes e austeros pensamentos desprenderem-se do fundo banal das suas impressões habituais, dando alguma beleza à sua vida interior.

O ódio e as más paixões não resistem a esse espetáculo. Ante o corpo de um inimigo, abranda toda a animosidade, esvai-se todo o desejo de vingança. Junto de um esquife, o perdão parece mais fácil, mais imperioso o dever.

Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço.

Depois de certo tempo de perturbação, tornamos a encontrar-nos, além do túmulo, na plenitude das nossas faculdades e da nossa consciência, junto dos seres amados que compartilharam as horas tristes ou alegres da nossa existência terrestre.

—  A tumba apenas encerra pó.

Elevemos mais alto os nossos pensamentos e as nossas recordações, se quisermos achar de novo o rastro das almas que nos foram caras.

♣  Não peçais às pedras do sepulcro o segredo da vida.
♣  Os ossos e as cinzas que lá jazem nada são, ficai sabendo.

As almas que os animaram deixaram esses lugares, revivem em formas mais sutis, mais apuradas. Do seio do invisível, onde lhes chegam as vossas orações e as comovem, elas vos seguem com a vista, vos respondem e vos sorriem.

A Revelação Espírita ensinar-vos-á a comunicar com elas, a unir os vossos sentimentos num mesmo amor, numa esperança inefável.

Muitas vezes, os seres que chorais e que ides procurar no cemitério estão ao vosso lado.

—  Vêm velar por vós aqueles que foram:

♣  O amparo da vossa juventude,
♣  Que vos embalaram nos braços,
♣  Os amigos, companheiros das vossas alegrias...

E das vossas dores, bem como todas as formas, todos os meigos fantasmas dos seres que encontrastes no vosso caminho, os quais participaram da vossa existência e levaram consigo alguma coisa de vós mesmos, da vossa alma e do vosso coração.

Ao redor de vós flutua a multidão dos homens que se sumiram na morte, multidão confusa, que revive, vos chama e mostra o caminho que tendes de percorrer.

Ó morte, ó serena majestade!

Tu, de quem fazem um espantalho, és para o pensador simplesmente um momento de descanso, a transição entre dois atos do destino, dos quais um acaba e o outro se prepara.

Quando a minha pobre alma, errante há tantos séculos através dos mundos, depois de muitas lutas, vicissitudes e decepções, depois de muitas ilusões desfeitas e esperanças adiadas, for repousar de novo no teu seio, será com alegria que saudará a aurora da vida fluídica.

Será com ebriedade que se elevará do pó terrestre, através dos espaços insondáveis, em direção àqueles a quem estremeceu neste mundo e que a esperam.

Para a maior parte dos homens, a morte continua a ser o grande mistério, o sombrio problema que ninguém ousa olhar de frente.

Para nós, ela é a hora bendita em que o corpo cansado volve à grande Natureza para deixar à Psique, sua prisioneira, livre passagem para a Pátria Eterna.

Essa pátria é a Imensidade radiosa, cheia de sóis e de esferas.

Junto deles, como há de parecer raquítica a nossa pobre Terra. O Infinito envolve-a por todos os lados. O infinito na extensão e o infinito na duração, eis o que se nos depara, quer se trate da alma, quer se trate do Universo.

Assim como cada uma das nossas existências tem o seu termo e há de desaparecer, para dar lugar a outra vida, assim também cada um dos mundos semeados no Espaço tem de morrer, para dar lugar a outros mundos mais perfeitos.

Dia virá em que a vida humana se extinguirá no Globo esfriado. A Terra, vasta necrópole, rolará, soturna, na amplidão silenciosa.
 
—  Hão de elevar-se ruínas imponentes nos lugares onde existiram:

♣  Roma,
♣  Paris,
♣  Constantinopla,
♣  Cadáveres de capitais,
♣  Últimos vestígios das raças extintas,
♣  Livros gigantescos de pedra que nenhum olhar carnal voltará a ler.

Mas, a Humanidade terá desaparecido da Terra somente para prosseguir, em esferas mais bem dotadas, a carreira de sua ascensão. A vaga do progresso terá impelido todas as almas terrestres para planetas mais bem preparados para a vida.

É provável que civilizações prodigiosas floresçam a esse tempo em Saturno e Júpiter; ali se hão de expandir humanidades renascidas numa glória incomparável.

Lá é o lugar futuro dos seres humanos, o seu novo campo de ação, os sítios abençoados onde lhes será dado continuarem a amar e trabalhar para o seu aperfeiçoamento.

No meio dos seus trabalhos, a triste lembrança da Terra virá talvez perseguir ainda esses Espíritos; mas, das alturas atingidas, a memória das dores sofridas, das provas suportadas, será apenas um estimulante para se elevarem a maiores alturas.

Em vão a evocação do passado, lhes fará surgir à vista os espectros de carne, os tristes despojos que jazem nas sepulturas terrestres.

A voz da sabedoria dir-lhes-á:
"Que importa as sombras que se foram! Nada perece".

"Todo ser se transforma e se esclarece sobre os degraus que conduzem de esfera em esfera, de sol em sol, até Deus".

Espírito imorredouro, lembra-te disto:
"A morte não existe".

Leon Denis - Do livro: O Problema do Ser, do Destino e da Dor.




« Última modificação: 02 de Outubro de 2017, 20:17 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #1 em: 31 de Maio de 2015, 03:22 »
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"Não há pior cego do que
aquele que não quer ver"
  Desde que o homem tomou ciência de que possuía inteligência, percebeu que era dotado de uma faculdade superior: a consciência.

Porém os animais do médico russo Ivan Petrovitch Pavlov, fisiologista que se dedicou ao estudo do reflexo condicionado, continuam armazenando capacidade mnemônica, memorizando fatos por associações mentais espontâneas.

  O homem, todavia, libertando-se dos reflexos condicionados e aprisionando seus instintos, passa a conviver (animicamente ou não) com os seres invisíveis do Universo, fazendo implodir a barreira do intercâmbio entre "mortos" e "vivos".

Iniciando para a Humanidade a Era do Espírito que, hoje, sob a luz da Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria, caminha para a sua consolidação total a partir do próximo milênio.

  Perde-se, portanto, na ampulheta da História a época em que a primeira manifestação do espírito imortal se fez para informar ao homem que a morte não existe e que a vida é apenas um tempo a mais no calendário do eterno aprendizado para o aperfeiçoamento interior de cada um.

Não há povo sobre a face da terra que não registre na sua história os fenômenos "sobrenaturais".

  Não há período através dos milênios que o homem não tenha sido alertado pelos seus antepassados já falecidos.

—  Os medianeiros de tais revelações foram chamados de:

  Pajés,
  Fadas,
  Sábios,
  Bruxos,
  Magos,
  Mágicos,
  Videntes,
  Iniciados,
  Pitonisas,
  Adivinhos,
  Feiticeiros,
  E não sei lá mais o que.

Atualmente são conhecidos por médiuns, conforme os postulados espíritas e, sensitivos ou paranormais, consoante os parapsicólogos.

  Todavia, para esta verdade milhares de vezes comprovada, existem os negativistas. Referimos aos que nem querem tomar conhecimento dos quer por medo, comodismo ou ignorância mesmo.

Aliás, no dizer de Suard, ninguém há menos curioso de aprender do que os que nada sabem!

  Aludimos também aos pseudos-religiosos que teimam creditar ao diabo as façanhas metafísicas e, aos fanáticos de todos os matizes que só concordam com o fenômeno se ele se processar no seio da sua crença.

Há também os que apresentam duas prosaicas soluções para a mesma percepção.
Se tiram dela proveito, é de Deus; caso contrário, é do diabo.

—  Destarte, os magos, os feiticeiros, as bruxas... etc... se transformam em:

  Santo,
  Eleitos,
  Ou enviados.

Há anos temos apresentado aos eventuais leitores, uma seqüência de fatos onde a do mundo espiritual é manifesta.

  Temos, inclusive, um livro sobre o assunto já esgotando a sua segunda edição. Se tais episódios aqui abordados acontecessem esporadicamente e entre pessoas incultas, poder-se-ia jogá-los na cesta do animismo.

—  Eles, porém, se sucedem nos mais diferentes:

  Países,
  Em todos os tempos
  E para todos os povos...

abrangendo todas as camadas sociais, sendo, ainda, reconhecidos pelas classes mais culta que a humanidade tem abrigado e, modernamente, já aceitos por grupos de cientistas menos sectários.

  O fato, por conseguinte, tem que ser questionado. Não se justifica mais o uso de antolhos. Necessário se faz encarar o maravilhoso, o extraordinário e estudá-los, tirando deles a lição maior.

Joio e Trigo não se misturam.

Aqueles que nos antecederam à grande viagem procuram nos desbravar o caminho mostrando que a vida não começa no berço e nem termina no túmu!o.

  Querem demonstrar que a existência corpórea é oportunidade abençoada para o refazimento moral e ajustes de contas com o saldamento de dívidas pretéritas.

Para aliviar nossas dores, tensões, incertezas e a perplexidade que a desigualdade social nos agride, revelam que o desajustado de hoje é o iníquo de ontem e que a infelicidade do presente responde aos desacertos do passado, da mesma forma que a ventura do amanhã terá por conseqüência as atitudes de hoje.

  Mas, sobretudo, nos transmitem a esperança de que temos a eternidade para o necessário reparo no bem.

No dia em que o homem refletir sobre as "Mensagens do Além" terá dado um passo de sete léguas em direção a paz, a concórdia e a solidariedade entre os povos.

Sinceramente não vemos outra saída!

  A pá de cal sobre esta reflexão está dificultando ao homem voar mais alto, transformando-o em galináceo quando deveria ser condor.

É necessário que os Tomés modernos não permaneçam estáticos empunhando as tabuletas da descrença na passeata do comodismo, mas, sim, se soltem da concha do preconceito e busquem, livres, a Verdade.

Aqui, relembro Pitágoras:

  "Aquele que não sabe o que se deve saber, é bruto entre os brutos. Aquele que não sabe mais do que o necessário, é homem entre os homens. Aquele que sabe o que se pode saber é um deus entre os homens".

Aloysio A. Silva.





« Última modificação: 02 de Outubro de 2017, 20:20 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #2 em: 31 de Maio de 2015, 03:28 »
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"- Àqueles que conseguirão acreditar no que vou ditar aqui, quero dizer, do mais profundo do meu coração, que demorei algumas horas para me recuperar e resgatar as lembranças de vidas passadas na Terra, mas, como logo ao sair do meu corpo, que tanto amei e tanto valorizo, pelo que me deixou ser feliz, com ele, e através dele, vi que estava entre almas das quais eu me lembrava muito e não sabia de onde.

Não eram como os que eu conheci nessa vida, dessa que vocês conhecem como Hebe Camargo, mas espíritos muito iluminados que me sorriam e me apaziguavam a alma.

Vi um turbilhão de vozes e luzes.
Fiquei meio tonta ao deixar o corpo.
Parecia que eu estava num tornado com 'luz negra'.
Pelo menos é o que me lembro daquelas antigas boates. Eram luzes coloridas e faiscantes.

Às vezes me diziam:

'- Não tenha medo ! Você está entre amigos !
- Você está desencarnando. Estamos aqui !'

A primeira pessoa que vi foi a D. Laura....depois a Altina...que é de outros tempos na Terra...depois o Tim...o Tom Jobim...a Dercy...o Flávio Cavalcanti...a Aracy de Almeida...

Em seguida chegou a Nair Belo, com uma parenta...a Maria Rita...o Ivon Cury...muitos artistas...

A surpresa foi ver todos os mais conhecidos da família Cabral, dos quais só me lembrei quando me rememoraram o que eles significavam para mim, em vidas passadas, em Portugal, que tanto amo.

Quero avisar a você, uma mãezinha querida, que o seu filho, Rafael, me trouxe uma rosa vermelha enorme, como as que eu jogava ao meu público.

Agora, depois de ter visto e assistido todo o meu velório e enterro, coisa que pedi, logo que soube que estava fora do corpo físico, quero dizer..quando soube que eu 'tinha morrido'...

Vi, com enorme emoção, a chegada de Chico Xavier e do Papa João Paulo II, que vieram me receber, me abraçando com muito respeito e um afeto tão grande, como se fôssemos antigos...muuito antigos conhecidos ou amigos.

Vi a passarela de fãs que foram me ver...todos muito 'gracinhas'..chorando perto da chegada ao meu caixão..que eu preferia que fosse de outra cor... ( ...*nesse momento ela sorriu... )

O choro, as lágrimas deles, me partiam o coração...e, eu só pensava no quanto eu ainda poderia ficar, para poder deixar mais carinho à população brasileira.

O Manoel de Nóbrega também veio me ver...como os amigos todos, de todas as emissoras onde trabalhei, e que já haviam se despedido de nós.

Mandam abraços alguns familiares de Beatriz Segall ...os Pessutti... familiares de Tônia Carrero...do Ubiratan.....os do querido Lucio Mauro...a Verinha...os Pelliciotti...

Nem todos os que vi... e nem tudo o que desejo falar ou fazer...a moça escreve...( *....'uma gracinha que ela é'... ).... porque às vezes eu penso..e ela escreve no papel...e ás vezes falo..e ela não escreve... Estou bem pertinho...lendo...

Os espíritos aqui me explicam que muitos nomes que eu gostaria de deixar nessa mensagem..ela rejeita com a mente...com certo receio..ou prudência....porque meus parentes não sabem que eles são amigos e parentes desconhecidos deles...que são parentes de outras vidas...e poriam tudo 'em xeque'..... ( Obs: em dúvida.. em questionamento...o que a levaria ao descrédito )...

Eu imagino o quanto deve ser difícil para ela transmitir essas mensagens, assim de peito aberto...sem nada temer..sem medir consequências...

Lastimo não a ter conhecido antes aqui, pois dizem que a conheço sim...

Mas eu a teria chamado e levado para visitar comigo a 'Disney world', que fiquei sabendo pelos espíritos presentes, que ela, como o Walt Disney... e eu...viemos do mesmo lugar, em uma época remota.

Sei que é espinhosa essa tarefa de escrever o que eu estou escrevendo. Sei que virão os críticos, mas fui convocada pela Mestra Nada, minha anfitriã  tão conhecida minha, aqui nessa nova situação de vida...a vida espiritual.

Segundo ela me informou, vou me dirigir com ela... diretamente pra lá, hoje... agora...
depois de tudo encerrado, após às 21 horas desse dia 30 de setembro de 2012...e só voltarei aqui quando for preciso dar alguma notícia.

Como ficamos todos lá na casa... até à noite.. ontem... antes do velório... pude ter conversas sérias com o Lélio... que estava presente...mas ele não está bem, ainda...

Precisamos de suporte de alguns enfermeiros espirituais, na hora em que nos encontramos, pois foi muita emoção de ambas as partes.

Muitos parceiros da minha última vida, como Hebe Maria, não tiveram consentimento de vir, porque estão em tratamento, ainda.

Soube que alguns grandes amigos meus estão 'numa fria' ainda...( Obs: *estão mal no plano espiritual.. )....ou estão em plano de aprendizado.

Isso quem me contou foi um parente do Nelson Rubens, que esteve aqui também... e que amei conhecer...junto a parentes do Décio Pitinini, muito afetuosos comigo...

Eu só agora falo dessas coisas porque, de ontem para hoje, vi muitos filmes sobre mim, numa tela grande que colocaram na minha frente, lá no saguão do Palácio dos Bandeirantes.

No cemitério, fiquei mais emocionada quando vi que enterrar um corpo que a gente teve é alguma coisa de muito impressionante....muito diferente do que as pessoas acham quando estão 'vivas'...digamos assim...

Eu 'engoli seco' quando vi o meu caixão sendo fechado.

Mas, sabe de uma coisa ?... Eu pensei:
—  Esse corpo agora .. tá parecendo 'de borracha'.... (..ela ri... )

—  Eu não sou isso! .. Tá faltando a minha alegria aí nessa cara fechada..'. ( ..risos.. )

Só me deixaram assistir tudo porque, além de eu mesma pedir, me disseram que os portões da Terra iriam se fechar para mim...por algum tempo...

Até que possa voltar e dar uma espiadinha em vocês que ficaram.

Dizem que já permaneci aqui por eras... que cheguei aqui quando ainda existiam dinossauros...( risos )... E que cheguei já sorrindo...e plantando sonhos nas cabeças de todos.

Soube que pertenci a uma Fraternidade Oculta na época que zelava os mosteiros da  Rosa Mística.  Depois, como vestal em Roma, minha obrigação era reverenciar a  Chama Sagrada da Pureza e da Castidade.

... A fim de que minhas energias, da minha alma, fossem aproveitadas para ofícios espirituais... que agora não sei bem como explicar...

Dizem..dizem... que consegui cumprir minha função espiritual na Terra... e que essa última vinda foi como um prêmio para mim.

Um prêmio de viver minha despedida de vocês, daqui, voltando a ser o que realmente o meu espírito é: ...- Alegria... amor... autêntico... respeito a todos os seres humanos...todas as criaturinhas de Deus e a todos os santos que vieram em nome d'Ele.

Adoro Nossa Senhora...e, por isso, peço a ela, agora, que também venha me buscar..e que eu seja agraciada com suas bênçãos.

Sei que o Padre Marcelo e todos os que não acreditam nessa possibilidade de transmissão de mensagens, vão acabar nem sabendo ...ou nem querendo saber... sobre essas palavras minhas...

Mas, mesmo assim...quero agradecer pela bela homenagem que fez no meu velório.... e por toda a alegria que deu em meus programas.

Aliás...soube que ele também é de Vênus...e por isso nos amamos tanto...

....Assim como o Michael Jackson, o Roberto... a Ana Maria... a Xuxa... mas me dizem que a gente esquece o que a gente era... que acaba fazendo umas coisinhas que 'não precisávamos ter feito'...

Não posso mais me estender....bem que gostaria...mas deixo minhas últimas palavras agora...antes que a Mestra Nada retome o seu papel de dar um fecho a essa nossa vinda aqui...

Hoje... nessa residência iluminada....dessa moça ...'gracinha'...'linda de viver' !

Preciso ir... tenho que ir... E vou vestida com esse traje vermelho.... Preciso me lembrar mais de como eu agia lá na minha terra natal.... ( risos.. )..o meu berço espiritual...

Concordei de vir até aqui... deixar essa mensagem pra todos vocês, para ajudar  vocês....
porque muitos precisam saber que a vida continua... e que não somos somente daqui....

Estou fazendo a minha parte...e vou indo... já com muitas saudades.... Mas ainda quero dizer umas coisas...


   



« Última modificação: 02 de Outubro de 2017, 20:25 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #3 em: 31 de Maio de 2015, 03:35 »
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E essas minhas últimas palavras são...
—  "Que vocês não deixem de sorrir jamais!

Mesmo que venham as dificuldades, o sofrimento e a pobreza, os acidentes... porque, gente... a vida é assim mesmo...

A gente tem que aprender a ser feliz, mesmo diante de tudo isso, porque Deus deu 'pra gente' essa oportunidade...de viver...de poder passar por tudo... e aprender a valorizar isso....e tentar ser feliz com o que a gente tem... com o que Deus deu pra cada um...

Meu beijo a todos vocês...a todos ! ...Para o Marcello...prô Claudio... pro Jô...pra Elba...
para todos os meus funcionários..de casa..das emissoras..de studio...para parentes e amigos de todos os tempos...

Pros artistas queridos que nunca vou esquecer...pras pessoas que me ajudaram em muitos momentos...pro meu patrão....

—  Pena que não deu tempo, né Sílvio ?'........ e para todos os que não conheci, mas que me amaram todo esse tempo...como eu bem vi, ali no meu velório...que foi tão emocionante e surpreendente para mim...

Obrigada por tudo o que tive... tudo o que vivi  ... tudo o que vi... que recebi... que aprendi aí...com todos vocês !

Hebe Maria....
Pra vocês:

Hebe Camargo.





« Última modificação: 02 de Outubro de 2017, 20:26 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #4 em: 31 de Maio de 2015, 05:09 »
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Mamãe, Eu Te Amarei Para Sempre!



[size=10pt]Pelo Anjo "Roberto Leal"
Querida do meu coração puro
Quero escrever-te agora mesmo com Sinceridade.
Onde estiver nesta Terra Querida
Quero ficar contigo de Verdade.

Obrigado por tudo o que fizeste
Por ter me dado o Teu Amor.
Prometo-te que estarei contigo
Compartilhando o Maior Fervor.



Quando eu estou aqui no paraíso
Penso em você a cada dia.
Sabe que os Anjos da Guarda
São a minha melhor companhia.

Mas que isto vai resolver tudo
O dia em que voltarei.
Por nada neste mundo
Jamais eu de Ti me separarei.



Sou somente um Fruto do Seu Carinho
Porque foi Deus que me enviou.
Nesta hora que Ele me escolheu a Ti
E que Tu jamais me abandonou.

Despeço-me com as minhas letras
Mas quero declamar-te novamente.
Com as minhas palavras assim, dizendo:
Quero encontrar-te neste mundo alegremente!



Agora que sabes o que eu declaro
Por isso, Mãe que eu te amo eternamente.
Com os meus versos singelos, dizendo o seguinte:
"Minha Querida Mamãe, Eu Te Amarei Para Sempre!"

Descanse em Paz, Isabella Nardoni e que Deus esteja onde estiver!



De:Isabella Nardoni
Para: Ana Carolina Oliveira.




« Última modificação: 02 de Outubro de 2017, 21:29 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #5 em: 31 de Maio de 2015, 05:47 »
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Noivo de Retorno

Querida Maria Amélia e querida Valéria, arada estou aparvalhado com o caráter fulminante da virose que me despojou do corpo físico. Sou trazido até aqui por minha avó Amélia, que foi a Mãezinha da nossa vovó Amélia, que veio para a vida espiritual em circunstâncias tão trágicas.

Acordar nestes reinos diferentes de tudo o que se conhece, casualmente, no mundo, para mim foi um assombro que não sei classificar. A bondade familiar está aqui onde me vejo agora, tanto quanto está aí em nossos caminhos da Terra.

Tenho um mundo de impressões na cabeça, que não consigo exteriorizar. As surpresas se condensam, de modo que não me sobram recursos para decifrá-las.

Apesar disso, peco-lhes dizer ao papai Israel e à Mãezinha Miriam, que a vovó Amélia não e tratada onde nos achamos, à maneira de alguém que houvesse cortado voluntariamente o fio da existência.

Mas sim na condição de vítima da esclerose, subitamente agravada por fobias que a induziram a esquecer-se, do ponto de vista de condução da própria vontade; não me conheceu ao ver-me, no parque de tratamento a que foi conduzida.

Fala ainda em dinheiro, como se estivesse totalmente desvalida; entretanto, não sabe claramente o que diz; no entanto, no estado de amnésia em que se encontra, não perde a vocação da prece e, quando conversa, chora, falando em Jesus.

Rogo à Mãezinha Miriam não se impressionar com o sucedido à vovó Amélia, porque os amigos aqui nos informam de que tudo foi feito em vão por auxiliá-la no último transe da vontade enferma e inábil para se conduzir.

Rogo à nossa querida Valéria me perdoe se não pude cumprir os meus votos. Parece que a morte do corpo está revestida de poder, a fim de fazer o que deve, sem cogitar de nossos interesses e inquietações.

Conquanto o avanço rápido da virose que me exterminou o equilíbrio orgânico, não perdia a lucidez e, a cada instante, recordava quanto devia à nossa Valéria em amor e generosidade.

Agora, Maria Amélia, você e Ana Amélia, irmãs que vivem por dentro de minha própria alma, me auxiliem a pedir a Jesus faça a nossa Valéria tão feliz, quanto desejei, com a impossibilidade de fazê-la. A nossa querida Valéria será feliz, assim espero.

Peco-lhes não cogitarem do processo fulminante da virose que me impôs o término das forças físicas. A desencarnação deve possuir mil braços para atingir a tanta gente de uma vez. Vocês, queridas irmãs, auxiliem igualmente ao papai Israel e à Mãezinha, rudemente agredidos pelas provações dos tempos últimos.

Quando pensarem na vovó Amélia, ainda que por minutos breves, enviem a ela pensamentos de paz e amor. Isso lhe fará remédio salutar. Querida Valéria, meus queridos pais e queridas irmãs, recebam as saudades e o carinho de todos os meus dias de agora, com todo o amor de que se sente capaz de sentir, do filho, irmão e noivo do coração.

Israel Ovídio Nogueira Júnior

*** Israel Ovídio Nogueira Júnior, nasceu em Uberaba, Minas, a 14 de junho de 1954, desencarnando em Cuiabá, Mato Grosso do Sul, a 9 de setembro de 1986, filho do Sr. Israel Ovídio Nogueira e de D. Miriam Magalhães Nogueira, residentes à Avenida Leopoldino de Oliveira, apartamento 1701, fone: 332-3472.

Era fazendeiro, tendo exercido as suas atividades na Barra do Bugre, MT, por quatorze anos, antes de se transferir para o local, onde veio a desencarnar. Sobre a mensagem psicografada, na noite de 27 de dezembro de 1986, eis o que conseguimos apurar, entrevistando a noiva do comunicante, Srta. Valéria Minas de Assunção, residente em Uberaba, à Rua Tristão de Castro, 78, fone: 333-1887.

1- “Minha avó Amélia” – D. Amélia Borges, bisavó materna.
2 - Maria Amélia – D. Maria Amélia Nogueira Castro Cunha, irmã.
3- “Nossa vovó Amélia” – D. Maria Amélia Teixeira Borges, avó materna, desencarnada a 18 de março de 1986, em conseqüência de suicídio, em Uberaba.
4 - Ana Amélia – D. Ana Amélia Nogueira Derenusson, irmã, residente em Uberaba. Dignos de nota na mensagem sob nosso enfoque:

●  O processo de tratamento dado à sua avó Amélia, constituindo-se num caso de suicídio com atenuante, devido à arteriosclerose de que ela fora vítima, propiciando-lhe o exagero de preocupação com o índice inflacionário do nosso País e com os sucessivos "pacotes econômicos”, lançados pelo Governo.

●  A ênfase dada à fulminante virose que despojou o Autor Espiritual de seu corpo físico, anulando-lhe os planos de casamento.

●  A Misericórdia Divina, considerando a devastação física que sofrera a pretensa suicida, prestou-lhe o socorro necessário, deixando-a prosseguir na perturbação temporária a que se precipitou, por invigilância, motivo por que não tomou conhecimento do seu neto, no parque de tratamento onde se encontrava.

●  A lerta-nos para que venhamos a emitir pensamentos de paz e amor, todas as vezes que pensarmos nos suicidas ou supostos suicidas, já que semelhante prática resultará em remédio salutar para o Espírito em sofrimento, no Plano Espiritual.

Sobre suicídio da natureza que estamos estudando – atirar-se a pessoa pela janela de um edifício de grande altura –, sugerimos ao leitor consultar o Capítulo 17 do livro Vitória (Francisco Cândido Xavier, Espíritos Diversos, Elias Barbosa, Prefácio de Emmanuel, IDE, Araras, SP, 1‘ edição, 1987, pp. 157-167)





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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #6 em: 31 de Maio de 2015, 06:50 »
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Dom Hélder se manifesta por meio de psicografia

"NOVAS UTOPIAS

Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito Dom Helder Câmara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1.999 em Recife, Pernambuco.

Pregava uma igreja simples voltada para os pobres e a não-violência. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi indicado quatro vezes para o prêmio Nobel da Paz.

Recebeu o prêmio Martin Luther King, nos EUA e o prêmio Popular da Paz, na Noruega e diversos outros prêmios internacionais. Por isso, o livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos.

O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões. Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1.966 a 1.975 e tem 30 livros publicados.

Ao prefaciar o livro Novas Utopias, do Espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimatur do Vaticano.

É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem nenhum constrangimento.

No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados a Igreja Católica.

Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados"; estes ensinamentos pertencem à natureza e, conseqüentemente, a todos os filhos de Deus.

A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos.

Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:

P- Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?
R- Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre.

Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.

P- Do outro lado da vida, o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso?

R- Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra.

Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em determinados pontos que não levam a nada. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.

P- Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?
R- Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte.

Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.


   




« Última modificação: 02 de Outubro de 2017, 21:32 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #7 em: 31 de Maio de 2015, 06:53 »
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P- Como é sua rotina de trabalho?
R- A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.

P- Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?
R- Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria.

P- A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo. O senhor, depois de desencarnado. Tem estado com freqüência nos centros espíritas?
- Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente. Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita.

O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?
R- Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro.

O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.

Mediunidade - Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?
R- Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.

P- Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?
R- Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium.

É esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes.

P- Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica? Não.
R- Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.

P- Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual.
Por que Dom Helder é quem está escrevendo?

R- Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se".

Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, sentir a necessidade de me expressar por um médium, quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.

P- Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso país?
R- Sim.

E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto.

Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.

P- Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?
R- Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho.

Quando acertamos a forma de atuar foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.

O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade?
R- Não tenho esta pretensão.

Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.

P- É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?
R- Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte.

Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma consequência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais.

Igreja:

- Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?
Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande.

Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.







« Última modificação: 30 de Janeiro de 2016, 18:29 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #8 em: 31 de Maio de 2015, 07:08 »
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P- Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?
R- Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração.

Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida.

Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução.

Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.

O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?
Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas.

Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática.

P- Espíritas no futuro?
R- Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual.

P- Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?
R -Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então, dizer um nome ou de outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo.

P- Amor - Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora depois da morte?
R Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade.

P- Que mensagem o senhor deixaria para nós espíritas?
R- Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.

Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral?Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar. "

Livro: Novas Utopias
Autor: Dom Helder Câmara (espírito)
Médium: Carlos Pereira.
Editora: Dufaux.





« Última modificação: 30 de Janeiro de 2016, 18:30 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #9 em: 31 de Maio de 2015, 19:36 »
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Creia, mamãe, ninguém está só

Mãezinha Maura. É a sua prece de amor que espero em forma de bênção. Pensamos que há muito tempo sem qualquer intercâmbio entre nós. Sei que você e meu pai guardam essa opinião.

Entretanto, se é verdade que a saudade é uma força que a gente supõe capaz de paralisar ponteiros de relógio, o progresso nos dá uma impressão de tamanha velocidade nos dias da Terra, que sete anos se nos afiguram apenas alguns minutos.

Alegrias de infância, esperanças de juventude, preocupações de estudos, responsabilidades de rapaz que começa a imaginar os planos de trabalho na carreira escolhida, são hoje telas que ficaram dependuradas nas paredes de nossa memória, enquanto a marcha para frente continua inexorável.

Não se admire, Mãezinha, se lhe disser que estamos tão juntos, quase como ontem, no mesmo campo do dia a dia.

—  Sei tudo o que passou depois daquela viagem frustrada:

●  Uma sede enorme de rafazimento no lar,
●  A licença de três dias para restauração de forças,
●  Um carro alugado às pressas, de parceria com um amigo anônimo,
●  E a queda espetacular do corpo físico, num acidente impossível de se evitar...

Tudo se dissociou como por encanto...

Nem meu pai teria o engenheiro filho, nem você teria o filho engenheiro. A lei do Senhor estava em caminho, à minha espera.

—  Pormenorizar agora os fatos nas minudências do ocorrido é desnecessário:

●  Encontrei um amigo em Dr. Alberto,
●  Um novo pai em meu bisavô Joaquim,
●  Um protetor em meu querido avô Araújo,
●  E um enfermeiro dedicado no irmão Serapião Ribeiro.

Falando com tanta naturalidade sobre o assunto, pode parecer a você que estou fazendo esnobação, mas não é isso. Sofri muito. Hoje, o tempo fez a função do vento sobre um montão de brasas...

Aquele fogo de dor cedeu lugar a uma grande paz, e é com essa paz que respondo a todos os seus escritos de amor materno, explicando que estamos hoje mais juntos, que seus ombros ficaram escalavrados de tantas cargas de aflição, e não tenho qualquer dúvida, mas a prece foi a nossa lâmpada acesa, afugentando as sombras.

Mãezinha; agradeço tudo o que você me dedica em suas páginas de saudade e carinho. Sei que o Papai é o nosso amigo de sempre, no entanto, ouço a sua voz me chamando ao diálogo.

Creia, Mamãe, ninguém está só. Não é determinação de Deus que a criatura viva inteiramente isolada, sem manifestar os próprios pensamentos.

É por isso que depois do casamento de nossa Rose, fiquei muito feliz ao vê-la no Centro Espírita-Cristão, buscando auxiliar ao seu filho na pessoa dos outros. Ah! Querida Mãe, esse é o melhor rumo para a verdadeira consolação.

Não julgue que eu tenha vindo para cá fora do tempo, porque o tempo é um contabilista que nunca se engana. Sigamos para frente.

O verdadeiro parentesco nasce no coração de cada um. Aqui, na vida espiritual, as diferenças são tantas, que não é fácil ganhar a família da Terra. As criaturas se apegam umas às outras, segundo as afinidades com que se apresentam.

Por isso Mãezinha, venho aprendendo que o trabalho é a outra face do estudo. Não adiantaria conhecer sem fazer. E esse seu exemplo, pasando a me procurar nos necessitados, me comove muitíssimo.

Sei que você depois de minha vinda, e que as lutas de serviço aumentaram para nós em todos os setores. Mas peço-lhe pensar, não nos obstáculos já vencidos, e sim que podemos abrigar idéias novos e belos em nossas próprias almas.

Não quero dizer com isso que estaremos agindo sem o concurso do meu querido papai João, porque, de um modo ou de outro, ele estará sempre incorporado aos nossos projetos para o futuro.

Peço-lhe não interrogar tanto a Deus por que eu estaria chegando em casa fora das férias. Estaria usufruindo pedaços de tempo que obtivera junto a colegas de serviço, e queria descansar ao seu lado, e junto da Rose e do Papai.

Levava comigo vários assuntos para nossos entendimentos. Enfileirara notas, fizera apontamentos... Entretanto, a ordem não era para mim de repouso compulsório, e sim de mudança definitiva.

Ninguém pode conhecer o minuto próximo. Por isso, rogo-lhe calma e consolação. Não se permita chorar tanto. Fitamos o azul do céu, de almas lavadas pelo sofrimento, que nos formou por mestre da vida.

Encontra-nos-emos mais tarde, em presença e voz. Por agora, permaneça firme em suas concentrações e em suas preces.

Estarei em seu trabalho, durante o dia, e, à noite, quando seu espírito se desprende do corpo, embora ligeiramente, está você em minhas tarefas, como não podia ser de outro modo. Alegre-se.

Cultive o otimismo e a esperança. Tristeza é uma sombra que apenas prejudica quem a conserva por teimosia dentro da própria alma. Continuemos contentes, animados e felizes pelas bênçãos de Deus que temos recebido.

Tenho estado em suas tarefas, e procuro exercitar essa yoga de alegria e de esperança, auxiliando aos nossos companheiros, tanto quanto possível, a desfazer nuvens de apreeensões e sombras de sofrimento.

Ajude como sempre ao Papai na solução dos probelmas de nossos tempos, e aconselhe nossa Rose. Ela quer ser psicóloga com palma e vitória, mas não se esqueça de que ser mãe é mais importante.

Não desejo expressar qualquer desaprovação à escolha dela. Ela pode realizar as melhores aquisições em psicologia, mas não deve querer começar corrigindo essa ciência de hoje.

Se a psicologia de hoje não aceita a idéia religiosa, ela é livre para servir aos ideais que a enobrecem, oferecendo aos outros o melhor que ela consiga. Não é interessante que o aluno se manifeste contra o professor quando a colsião das idéias apareça.

Após o título obtido, ela pode indiscutivelmente fazer muito em favor dos outros. Agora, lutar pelos pontos de vista, pessoalmente, tão nossos, seria o mesmo que alterar o curso de um rio em cujas águas precisamos navegar a favor, pelo menos até o término da viagem.

Há ocasiões de analisar e ocasião de trabalhar. Rose poderá fazer muito, e estaremos com ela.

Mamãe; diga a meu pai do amor que nos reúne uns aos outros. Ele estará sempre em meu coração, tanto quanto o seu coração maternal está comigo.

Agradeço as flores renovadas à frente de minhas lembranças, e agradeço tudo o que faz em meu favor. Em Araguari, as nossas tarefas não se modificaram de essência.

Sustentamo-nos reciprocamente. E sou eu quem agradece todo esse imenso amor que recebo.

Mãezinha, nosso irmão Ascelino ainda não pode comunicar-se através do lápis, mas me pediu fizer à nossa irmãzinha, tia Doralice, que ele vai bem, até que as forças se lhe refaçam...

Se soubessem na Terra quanto nos valem na vida espiritual as preces de coragem e de paz, decerto que os nossos entes queridos saberiam nos socorrer sem tantas recordações amargas.

Estamos em marcha, marcha para frente, e isso é aquilo de que necessitamos. Seguir sempre adiante, esquecendo o inútil na retaguarda. Desse modo, Mãezinha, a paz nos felicitará mais depressa.

Agradeço-lhe quanto faz por minha renovação para o bem, e prometo-lhe fazer o possível por você, quando estiver em condições de receber o privilégio de trabalhar mais para merecer mais trabalho, até que o servir se nos faça a alegria perfeita.

Mâezinha; continue avançando otimista e feliz. Não se desgaste. Atenda às próprias forças. Começamos a trabalhar juntos nas tarefas mediúnicas, e isso quer dizer que não me alterarei por aqui, até que você volte.

O que desejo possa ser muito adiante, a fim de que você na Terra viva feliz, no máximo de tempo, em favor de nós todos.

Peço-lhe não registre qualquer falta de notícias minhas, porque coração a coração, vivemos na mesma faixa de sentimentos e idéias, à maneira de duas árvores que se apóiam uma na outra.

Abrace a meu Pai com esse respeito no amor que ele cultivou no coração do filho agradecido. Ao Cláudio, Rose e famílinha, o meu afeto constante.

E a você, Mãe querida, o pensamento e o amor, o carinho e a saudade, esperança do filho sempre em suas horas, por vida de sua vida e coração de seu coração.

Marco Antônio Araújo.







« Última modificação: 02 de Outubro de 2017, 21:34 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #10 em: 31 de Maio de 2015, 19:52 »
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Tendo solicitado aos confrades; Urbano T. Vieira e D. Ondina a gentileza de entrevistarem os pais de Marco Antônio, em Araguari, recebemos a seguinte carta do primeiro, que transcrevemos, na íntegra:

“Prezado Dr. Elias”: A pedido de nossa comum Amiga Dona Maura; fornecemos os seguintes dados, a propósito da Mensagem de Marco Antônio:

- Biografia:

1) - Marco Antônio Araújo - Nascimento: 19 de agosto de 1943 - Desencarnação: 06 de junho de 1971 - Cursava o último ano de Engenharia Civil, na Universidade Federal de Belo Horizonte (MG). - Pais: Sr. João Pereira de Araújo e D. Maura Silva de Araújo, residentes em Araguari – MG.
2) - Maura Silva de Araújo: progenitora.
3) - Efetivamente, os pais aguardavam há muito tempo a manifestação do filho.
4) - Aproveitando recesso escolar, em fim de semana, demandava Marco Antônio o lar em Araguari, para descanso, tendo realizado normalmente a viagem de ônibus de Belo Horizonte a Uberlândia, onde tomou tázi para Araguari, na madrugada de 6 de junho de 1971, sendo vitimado em acidente fatal (juntamente com outro – Sr. Heleno -, também de Araguari), assim que o carro transpôs o Rio Araguari, em perigosa curva.
5) - Cursava último ano de Engenharia.
6) - Dr. Alberto Moreira; antigo médico, muito humanitário de Araguari, desencarnado em 1956, homenageando a cujos méritos a Municipalidade de Araguari colocou seu nome em uma das principais ruas da vidade (Rua Dr. Alberto Moreira).
7) - Bisavô Paterno: Sr. Joaquim Conçalves de Araújo.
8] - Avô Paterno: Sr. Sidney Pereira de Araújo.
9) - Serapiçao Ribeiro: Espírito Protetor de inúmeros Centros Espíritas da Região.
10) - “Aquele fogo de dor cedeu lugar a uma grande paz e é com essa paz que respondo a todos os seus escritos de amor materno...”.
– Diz D. Maura:” Sempre escrevi bilhetes e poesias, e colocava dentro da gaveta de sua mesa, o que faço ainda hoje ““.
11) - Rose: Sra. Rosemari Araújo Paes de Almeida, casada com o Engenheiro Dr. Cláudio Paes de Almeida.
12) - No Centro Espírita-Cristão: Centro Espírita Caminho da Luz, Araguari – MG – Rua Jaime Gomes, 532.
13) - “Levava comigo vários assuntos para nossos entendimentos”. – Marco Antônio trazia consigo um apasta com anotações (inúmeras páginas com pensamentos, decisões pessoais, orientações, etc.), que foi entregue aos pais, após o acidente.
14) -“Ajude como sempre ao papai na solução dos problemas de nossos tempos, e aconselhe a nossa Rose”. – Sendo Marco nove anos mais velho que a Rose e dada a profunda afinidade entre eles, sempre dispensou especial carinho e muito à irmã, tendo mesmo esta recebido a presente mensagem como oportuna e necessária orientação, já que vem fazendo com brilhantismo o Curso de Psicologia e, efetivamente, entrando muitas vezes em choque com professores em face de aspectos de estudos diantes da Religião.
15) - “Nosso irmão Ascelino”: Engenheiro, desencarnado há quatro anos, na estrada de Uberlândia a Goiânia, cuja cunhada Doralice (tia paterna de Marco), estava presente à reunião da noite de 12 de agosto de 1978, no Grupo Espírita da Prece.
16) - “Ao Cláudio, Rose e familinha o meu afeto constante”. – O casal Rose Dr. Cláudio tem dois filhinhos. **

Ai estam os dados que Dona Maura e eu julgamos oportuno mandar para Você. Ela, Dona Maura e seu marido, Sr. João Pereira Araújo, estão ao inteiro dispor para quaisquer outros dados: É só Você pedir e mandaremos. Disponha. Aquele abraço de sempre, (a) Urbano T. Vieira Araguari (MG) 15/FEV/79".




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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #11 em: 01 de Junho de 2015, 03:36 »
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Diálogo de "Irmão X" com Marilyn Monroe

Caminhava com alguns amigos, admirando a paisagem do Wilshire Boulevard, em Hollywood, quando fizemos parada, ante a serenidade do "Memoriam Park Cemetery", entre o nosso caminho e os jardins de Glendon Avenue.
 
A formosa mansão dos mortos mostrava grande movimentação de Espíritos libertos da experiência física, e entramos. Tudo, no interior, tranquilidade e alegria. Os túmulos simples pareciam monumentos erguidos à paz, induzindo à oração.

Entre as árvores que a primavera pintara de verde novo, numerosas entidades iam e vinham, muitas delas escoradas umas nas outras, à feição de convalescentes, sustentadas por enfermeiros em pátio de hospital agradável e extenso.

Numa esquina que se alteava com o terreno, duas laranjeiras ornamentais guardavam o acesso para o interior de pequena construção que hospeda as cinzas de muitas personalidades que demandaram o Além, sob o apreço do mundo. 

—  A um canto, li a inscrição:

●  Marilyn Monroe
●  1926–1962."

Surpreendido, perguntei a um dos amigos que nos acompanhavam:

–  Estão aqui os restos de Marilyn, a estrela do cinema, cuja história chegou até mesmo ao conhecimento de nós outros, os desencarnados de longo tempo no Mundo Espiritual?
–  Sim.
Respondeu ele, e acentuou com expressão significativa:
–  Não se detenha, porém, a tatear-lhe a legenda mortuária...

O amigo indicou frondoso olmo chinês, cuja galharia compõe esmeraldino refúgio no largo recinto, e falou:
–  Ela está viva e você pode encontrá-la, aqui e agora...
–  Como?
–  Ei-la que descansa, decerto em visita de reconforto e reminiscência...

A poucos passos de nós, uma jovem desencarnada, mas ainda evidentemente enferma, repousava a cabeça loura no colo de simpática senhora que a tutelava. Marilyn Monroe, pois era ela, exibia a face desfigurada e os olhos tristes. Informados de que nos seria lícito aborda-la, para alguns momentos de conversa, aproximamo-nos, respeitosos.

Então eu me apresentei:
–  Sou um amigo do Brasil que deseja ouvi-la.

–  Um brasileiro a procurar-me, depois da morte?
–  Sim, e porque não?
–  A sua experiência pessoal interessa a milhões de pessoas no mundo inteiro...

E o diálogo prosseguiu:

–  Uma experiência fracassada... Uma lição talvez. Em que lhe poderia ser útil?
–  A sua vida influenciou muitas vidas e estimaríamos receber ainda que fosse um pequeno recado de sua parte para aqueles que lhe admiram os filmes e que lhe recordam no mundo a presença marcante ...

–  Quem gostaria de acolher um grito de dor?
–  A dor instrui...

–  Fui mulher como tantas outras e não tive tempo e nem disposição para cogitar de filosofia.
–  Mas fale mesmo assim..

–  Bem, diga então às mulheres que não se iludam a respeito de beleza e fortuna, emancipação e sucesso... Isso dá popularidade e a popularidade é um trapézio no qual raras criaturas conseguem dar espetáculos de grandeza moral, incessantemente, no circo do cotidiano.

–  Admite, desse modo, que a mulher deve permanecer no lar, de maneira exclusiva?
–  Não tanto. O lar é uma instituição que pertence à responsabilidade tanto da mulher quanto do homem. Quero dizer que a mulher lutou durante séculos para obter a liberdade...

–  Agora que a possui nas nações progressistas, é necessário aprender a controlá-la. A liberdade é um bem que reclama senso de administração, como acontece ao poder, ao dinheiro, à inteligência...

Pensei alguns momentos na fama daquela jovem que se apresentara à Terra inteira, dali mesmo, em Hollywood, e ajuntei:

–  Miss Monroe, quando se refere à liberdade da mulher, você quer mencionar a liberdade do sexo?
–  Especialmente.

–  Porquê?
–  Concorrendo sem qualquer obstáculo ao trabalho do homem, a mulher, de modo geral, se julga com direito a qualquer tipo de experiência e, com isso, na maioria das vezes, compromete as bases da vida...

–  Agora que regressei à Espiritualidade, compreendo que a reencarnação é uma escola com muita dificuldade de funcionar para o bem; toda vez que a mulher foge à obrigação de amar, nos filhos, a edificação moral a que é chamada.

–  Deseja dizer que o sexo...
–  Pode ser comparado à porta da vida terrestre, canal de renascimento e renovação, capaz de ser guiado para a luz ou para as trevas, conforme o rumo que se lhe dê.

–  Ser-lhe-ia possível clarear um pouco mais este assunto?
–  Não tenho expressões para falar sobre isso com o esclarecimento necessário; no entanto, proponho-me a afirmar que o sexo é uma espécie de caminho sublime para a manifestação do amor criativo...

–  No campo das formas físicas e na esfera das obras espirituais, e, se não for respeitado por uma sensata administração dos valores de que se constitui, vem a ser naturalmente tumultuado pelas inteligências animalizadas que ainda se encontram nos níveis mais baixos da evolução.

–  Miss Monroe – considerei, encantado, em lhe ouvir os conceitos -, devo asseverar-lhe, não sem profunda estima por sua pessoa, que o suicídio não lhe alterou a lucidez.
–  A tese do suicídio não é verdadeira como foi comentada – acentuou ela sorrindo. - Os vivos falam acerca dos mortos o que lhes vem à cabeça, sem que os mortos lhes possam dar a resposta devida, ignorando que eles mesmos, os vivos, se encontrarão, mais tarde, diante desse mesmo problema...

–  A desencarnação me alcançou através de tremendo processo obsessivo. Em verdade, na época, me achava sob profunda depressão. Desde menina, sofri altos e baixos, em matéria de sentimento, por não saber governar a minha liberdade...

–  Depois de noites horríveis, nas quais me sentia desvairar, por falta de orientação e de fé, ingeri, quase semi-inconsciente, os elementos mortíferos que me expulsaram do corpo, na suposição de que tomava uma simples dose de pílulas mensageiras do sono...

–  Conseguiu dormir na grande transição?
–  De modo algum. Quando minha governanta bateu à porta do quarto, inquieta ao ver a luz acesa, acordei às súbitas da sonolência a que me confiara, sentindo-me duas pessoas a um só tempo...

–  Gritei apavorada, sem saber, de imediato, identificar-me, porque lograva mover-me e falar, ao lado daquela outra forma, a vestimenta carnal que eu largara... Infelizmente para mim, o aposento abrigava alguns malfeitores desencarnados que, mais tarde, vim a saber, me dilapidavam as energias...

–  Acompanhei, com indescritível angústia, o que se seguiu com o meu corpo inerme; entretanto, isso faz parte de um capítulo do meu sofrimento que lhe peço permissão para não relembrar.

–  Ser-lhe-á possível explicar-nos porque terá experimentado essa agudeza de percepção, justamente no instante em que a morte, de modo comum, traz anestesia e repouso?
–  Efetivamente, não tive a intenção de fugir da existência, mas, no fundo, estava incursa no suicídio indireto. Malbaratara minhas forças, em nome da arte, entregara-me a excessos que me arrasaram as oportunidades de elevação...

–  Ultimamente fui informada por amigos daqui de que não me foi possível descansar, após a desencarnação, enquanto não me desvencilhei da influência perniciosa de Espíritos vampirizadores a cujos propósitos eu aderira, por falta de discernimento quanto às leis que regem o equilíbrio da alma.

–  Compreendo que dispõe agora de valiosos conhecimentos, em torno da obsessão...
–  Sim, creio hoje que a obsessão, entre as criaturas humanas, é um flagelo muito pior que o câncer. Peçamos a Deus que a ciência do mundo se decida a estudar-lhe os problemas e resolve-los...

A entrevistada mostrava sinais de fadiga e, pelos olhos da enfermeira que lhe guardava a cabeça no regaço amigo, percebi que não me cabia avançar.

–  Miss Monroe, foi um prazer para mim este encontro em Hollywood. Podemos, acaso, saber quais são, na atualidade, os seus planos para o futuro?

Ela emitiu novo sorriso, em que se misturavam a tristeza e a esperança, manteve silêncio por alguns instantes e afirmou:
–  Na condição de doente, primeiro, quero melhorar-me... Em seguida, como aluna no educandário da vida, preciso repetir as lições e provas em que fali...
–  Por agora, não devo e nem posso ter outro objetivo que não seja reencarnar, lutar, sofrer e reaprender.

Pronunciei algumas frases curtas de agradecimento e despedida e ela agitou a pequenina mão num gesto de adeus.

Logo após, alinhavei estas notas, à guisa de reportagem, a fim de pensar nas bênçãos do Espiritismo Evangélico e na necessidade da sua divulgação.

Texto extraído do livro "Estante da vida".
(R.J. - F.E.B.) Ano de 1969.
Psicografado por Chico Xavier.
Pelo Espírito Irmão X.




« Última modificação: 02 de Outubro de 2017, 21:41 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #12 em: 01 de Junho de 2015, 17:28 »
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Deixo o coração correr no lápis

– Meu caro Papai; abençoe seu filho. Antônio Carlos; receba o meu abraço. Não me sinto ainda perfeitamente reintegrado em mim mesmo. São muitas surpresas juntas. E, com as novidades, os problemas que se agigantam.

Sinceramente, estou a escrever porque o meu avô – bisavô – me impele a receber essa bênção. Ele me sabe aflito, descontente. Vejo-me na condição do enfermo hospitalizado, espiando todas as oportunidades para um tiro de notícias.

Não sei se as lágrimas me descem dos olhos e ignoro se as minhas alegrias deste momento são vozes por dentro de mim que não consigo trazer ao papel.

Creio hoje que existe um estado emocional em que pranto e jubilo se tranfundem numa só expressão. Aceitem-me assim qual me reconheço agora. Não disponho de meios para burilar esta carta.

O tempo avança. Reconheço-me usando a força de muitos amigos, concentradas na pessoa que me serve de intérprete, e deixo o coração correr no lápis.

Pai; perdoe-me se lhe ocasionei tanto trabalho. Antônio Carlos; ajude-me, de algum modo ao lado de nossos pais e especialmente da mamãe que ainda não se recuperou.

Despertar por aqui, de improviso; é um problema que tive de enfrentar. Habituado a guiar sem preocupação, não estava muito atento ao velocímetro dos outros.

Quando esbarrei no elevado e compreendi a extensão do choque, era muito tarde para raciocinar, mesmo porque, embora me sentisse capaz de alcançar as clínicas com o auxílio dos outros e falar algumas palavras, não tive dúvida quanto à hemorragia interna.

Por dentro de mim as emoções e os pensamentos se entrechocam qual se me visse em meio de vasta corredeira de águas profundas.

Inútil a tentavia de prosseguir explicando, porque as águas da catarata que me esbavejava na intimidade do crânio, eram um redemoinho ensudercedor para mim.

A princípio, ouvia as pessoas ao meu lado, mas depois foi um sono provocado e repentino a que não consiguia escapar.

Quero dizer, porém, que os meus pensamentos de fé em Deus naqueles últimos lances estavam com a mamãe operada, a quem não desejava alarmar.

E os assuntos da separação de meu próprio corpo continuaram sem pausa, até que o sono a que me referi me tomou inteiramente. Quanto tempo gastei naquele repouso compúlsório, não posso ainda saber.

Desejo informar ao Papai que o meu avô Trita me havia conduzido para alugar distante. Soube depois que ele estava com enfermeiros daqui para me balsamizarem as dores do choque.

Hoje penso que a pessoa acorda no Mundo Espiritual à maneira de uma criança quando nasce numa casa terrestre. Se perguntarmos à criança de onde terá vindo, a resposta será silêncio, pois aqui o assunto não é muito diverso.

A vantagem daqui é o sofrimento positivo que vai ganhando terreno por dentro de nós, à medida que me conscientizava, sob o olhar do meu bisavô, que não conheci de pronto.

Começava a escutar as preces e as lamentações de casa, e no centro dessas lamentações a imagem de mamãe e papai sobressaíam cada vez mais. Não foi fácil para eu acreditar que perdera o corpo, de vez que aguardava a ideia de haver perdido apenas numa competição de rua.

Pouco a pouco, no entanto, meu avô Trita me bordou um mapa de informações. Era um mapa auditivo porque, de momento a momento, as informações dele me esclareciam que a minha casa era agora muito outra. Amigos dele me ampararam e ainda me auxiliam.

Somente depois, reconheci que fora conduzido para Tatuí. Meu benfeitor tivera esse cuidado, alegando que a mãezinha Helena estava muito doente e seria melhor que houvesse mais distância espacial para refazimento, que tem sido demorado.

O Professor João Florêncio tem sido um amigo paternal, e estou informado de que me encontro numa escola-hospital criada por aqui, na vida diferente, por afeições das benfeitoras; Dona Chiquinha Rodrigues e Dona Carolina Renoir Ribeiro, que não conheço. Um padre, de nome Cônego Clímaco, me prestou muitos serviços. Meu avô, aqui ao meu lado, é que me determinou:

-“Escreva, meu filho, ao nosso caro netinho porque seu pai não se acha muito melhor que sua mamãe. É preciso dizer a eles para se aprumarem na confiança em Deus. Temos o Antônio Carlos com a esposa e um filhinho e o José precisando da saúde deles, e convém que você se desfaça de qualquer moleza para renovar-lhes a coragem.

Diga a seu pai que o Dr. Alberto Seabra não morreu, e vem tratando da restauração de Helena e, ainda agora, desejamos que isso se faça dito ao amigo Dr. José Gonçalves, de quem o Dr. Seabra se serve muitas vezes para o auxílio aos próximo”.

Pai; estas palavras são de meu avô, no entanto, se posso lhe pedir alguma coisa, rogo-lhe confiança em Deus. O Antônio Carlos está aí conosco e será um companheiro para a sua reintegração no trabalho.

Não julgue que algo nos faltará, Pense, Papai, nos pássaros. Até eles, que parecem criaturas sem rumo certo; possuem vida providenciada por Deus. Perdoe seu filho, se vim tão depressa. Acontece que o regresso não estava em minhas mãos.

Fui colhido de tal modo que uma palha na ventania, talvez pudesse resistir mais do que eu. Entretanto, o seu filho não está morto. Trabalharei; A vida nova me trará novos caminhos. Contemplemos o Céu.

Tanta grandeza verte do alto, que nós humanos não podemos duvidar de que uma porta se nos abrirá para a renovação esperada. Peço ao senhor e à Mamãe muita coragem, e a coragem na fé no poder maior.

Os dias estão passando, mas, nós somos os mesmos brilhando sempre. Estou ainda chocado, mas otimista. A esperança que o senhor e a Mamãe nos cultivaram no coração, está melhorando. Com essa esperança voltada para Deus, venceremos. Aqui, tenho encontrado muitos amigos, no entanto, agora preciso terminar. Aos queridos Antônio Carlos, Milena, e ao pequeno Alexandre, ao José e Isabel, o meu abraço.

O vovô Amaral se faz lembrado com um outro amigo, o irmão Pires de Campos, não sei se Olívio é o primeiro nome. Escrevo aqui de oitiva e não posso me evidenciar, Papai, com seu coração e com a querida Mamãe, o beijo de muito carinho e respeito do seu filho reconhecido.

Luiz Augusto Luiz Augusto Trita. **

“Pranto e júbilo numa só expressão” De nossa entrevista com os pais de Luiz Augusto Trita, na manhã de 27 de maio de 1978, em Uberaba, colhemos os seguinte informes, complementados em carta de 25 de junho de 1979, e dispostos de acordo com a sequência que obedecem no capítulo anterior.

–  “Deixo o coração correr no lápis” -, página psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, na reunião pública da noite de 25 de março de 1978, no Grupo Espírita da Prece, exatamente a 1 hora da manhã.




« Última modificação: 02 de Outubro de 2017, 21:44 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #13 em: 01 de Junho de 2015, 17:31 »
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1) – Meu caro Papai: Sr. Antônio de Moura Trita, distinto comerciante e funcionário de banco aposentado.
2) – Antônio Carlos: o mais velho dos quatro irmãos.
3) – “Quando esbarrei no elevado e compreendi a extensão do choque...”.
– A 31 de dezembro de 1977, vinha Luiz Augusto da casa da namorada e, no Elevado Costa e Silva, em seu Dodge Polara, desciando-se de um Opala, perdeu o controle da direção e foi de encontro a uma Kombi, cujo motorista ficou com ambas as pernas fraturadas. Do Opala, nada mais se soube depois. A senhora mãe de Luiz Augusto, a distinta professora D. Helena Sewaybricker Trita, recolheu, do local do acidente, uma das hastes dos óculos do filho. Talvez por isso, tenha o Espírito se referido ao assunto.
4) – Avô Trita: Antônio Tricta Júnior, nascido em Porto Feliz, Estado de São Paulo, a 8 de abril de 1887, e desencarnado a 31 de dezembro de 1952. Homem público – político -, administrador e agricultor respeitado na região.
5) – Mãezinha Helena: Cf. o ítem 3 acima.
6) – O Professor João Florêncio: Dr. João Florêncio Gomes, nascido em Tatuí, Estado de São Paulo, a 3 de setembro de 1886, e desencarnado a 29 de maio de 1919, era médico famoso, homem ligado à pesquisa científica.
7) – Dona Chiquinha Rodrigues: Sra. Francisca Pereira Rodrigues, nascida em Tatuí, a 4 de maio de 1896, e desencarnada a 9 de outubro de 1966. Educadora, escritora, mulher de muita influência política.
8] – Dona Carolina Renoir Ribeiro: Nascida em Paraisópolis, Estado de Minas Gerais, a 19 de setembro de 1902. desencarnada a 20 de novembro de 1975. Educadora, escritora, diretora de entidade ligada ao ensino.
9) – Um padre, de nome João Clímaco de Camargo, nascido em Tatuí, tendo sido batizado no dia 7 de abril de 1838, e desencarnado a 31 de maio de 1905. Era cônego honorário de São Paulo. Deputado Provincial, famoso pela sua caridade e humildade.
10) – Temos o Antônio Carlos com a esposa e um filhinho, a Isabel e o José precisando da saúde deles...” – O Espírito se refere à D. Milena Vernareccia do 1 Amaral, atualmente, D. Milena do Amaral Trita, esposa do Dr. Antônio Carlos Trita, distinto engenheiro e nosso conhecido do pitem 2. O filhinho do casal – Alexandre -, na época da entrevista com três anos de idade. José Fernando – 3o . Irmão do Espírito comunicante, estudante de Engenharia. Isabel Trita –a sua irmã caçula, então com 16 anos de idade.
11) – “Diga a seu pai que o Dr. Alberto Seabra não morreu...”. – Tratase do famoso escritor, cientista ligado à pesquisa homeopática; médico e psiquiatra espiritualista.
12) - Vovô Amaral: Bisavo – Benedito do Amaral, nascido em São Paulo, a 22 de junho de 1897, e desencarnado a 5 de dezembro de 1968. Comerciante e esportista filiado à Federação Paulista de Futebol.
13)- “O irmão Pires de Campos, não sei se Olívio é o primeiro nome”. – Dr. Ovídio Pires de Campos, nascido em Tatuí, a 8 de maio de 1884, e desencarnado a 3 de julho de 1950. Médico famoso, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, membro da Academia Nacional de Medicina e da Sociedade Brasileira de Neurologia; Diretor-Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e de outras importantes entidades científicas. Foi instituída na segunda Clínica Médica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e Medalha de Outro Professor Ovídio Pires de Campos.

Conclusões:

1) Luiz Augusto Trita; nasceu em São Paulo, Capital, a 9 de agosto de 1954, aí desencarnando a 31 de dezembro de 1977. Cursava o 4 o. Ano de Engenharia Mecânica, na Faculdade Mauá, em São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo.

Quando perdeu um amigo, em acidente de moto, campeão brasileiro de pólo aquático, Luiz Augusto, que não apreciava os velórios, não compareceu ao do amigo, limitando-se lhe ir ao enterro. Na ocasião, chegou a afirmar que a morte chegava sempre na hora certa; que acreditava numa Vida Maior; que possivelmente para quem partia, a morte por acidente seria o melhor tipo, para o qual se julgava preparado.

Era estudioso e resposável ao extremo. Vendo-o estudar, a senhora sua mãe como que tinha certeza de que ele não se formaria e nem chegaria a se casar. Quando ele fez o vestibular, a ansiedade materna atingiu limites inimagináveis, por causa do estranho pressentimento. Era um rapaz sincero e leal.

2) – Vovô Amaral, o bisavô de Luiz Augusto, era um comerciante modesto, simples. Alimentava amizade com o Professor Dr. Pires de Campos. Nas horas vagas; grande esntusiasta do futebol, atuava como juiz nas partidas entre os grupos de médicos, na Faculdade de Medicina, tornando-se grande amigo deles, principalmente daquele que era detentor de renome internacional.
3) – Segundo o Sr. Antônio de Moura Trita, Dona Chiquinha Rodrigues e o Vovô Trita, quando na Terra, eram rivais políticos. Hoje, como vimos, ambos, no Mundo Espiritual, se encontram juntos, trabalhando na Seara do Bem.

E, deste modo, mais uma vez; chegamos à conclusão de que, com efeito, a vida continua e, tanto aqui quanto lá, desce sobre nós, a Misericórdia Divina a nos insuflar esperança, alegria e reconforto, inundando-nos de luz e paz.

Luiz Augusto Trita.




« Última modificação: 30 de Janeiro de 2016, 18:59 by Marianna »
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Re: Eles Continuam Vivos
« Responder #14 em: 01 de Junho de 2015, 20:27 »
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Carta de Stuart Edgard Angel Jones à sua mãe.
(Zuzu Angel)

"Mãe, você me pergunta se eu acredito em Deus e eu te pergunto, quê Deus?

Tem sido minha missão te mostrar Deus dentro do homem pois somente no homem ele pode existir. Não há homem pobre ou insignificante que pareça ser, que não tenha uma missão.

Todo homem por si só influência a natureza do futuro. Atravéz de nossas vidas nós criamos ações que resultam na multiplicação de reações. Esse poder, que todos nós possuímos, esse poder de mudar o curso da história, é o poder de Deus.

Confrontado com essa responsabilidade divina eu me curvo diante do Deus dentro de mim."

- Stuart Edgar Angel Jones.

Comentário: Muito profundo este pensamento de Stuart. Creio que temos uma missão e o poder de Deus em nossas vidas para o curso da história. Este é um pensamento que me toca profundamente e me deixa muito introspectivo pensando em minha missão no mundo.

O texto também me faz conhecer a história de Zuzu Angel, que lutou com todas as suas forças para ter o corpo de seu filho perto de si, o que infelizmente não foi possível pela crueldade dos torturadores travestidos de militares.

Na verdade eram monstros porque não tinham alma e nem coração. Eram bestas feras que pensavam no "bem" da pátria. Zuzu Angel deixou uma lição de amor - uma amor infindável pelo seu filho.

(Blog desconhecido.)





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