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Blue soft · « **em:** 14 de Setembro de 2009, 15:08 »

Ol� companheiros,
o passe ou a fluidoterapia � utilizada
ao longo do tempo, este � um texto
que demonstra este per�odo de tempo
e a sua import�ncia...

O passe e o passista

A aplica��o de passes magn�ticos, na cura de afec��es nervosas, tem sido largamente utilizada desde a origem dos tempos.
Nasceu com o homem.
Talvez seja dessas intui��es essenciais que a gente traz da vida espiritual para nos ajudar na travessia da experi�ncia carnal como homens, Esp�ritos encarnados.
Porque � instintivo isso.
Desde que nascemos, sem que ningu�m nos tenha ensinado, quando sentimos qualquer ponto dolorido de nosso corpo, colocamos a m�o sobre a parte que d�i e temos certa sensa��o de al�vio.
Quando batemos com a m�o ou o dedo em algum lugar que nos cause dor, imediatamente come�amos a soprar porque, tamb�m, o sopro nos traz uma sensa��o de al�vio quase imediato. Quantas vezes utilizamos esse processo no atendimento aos nossos filhos ao ca�rem ou baterem com a cabe�a em algum lugar. A gente sopra e a crian�a logo se acalma.
De onde vem isso? Quem nos ensinou? Que fluido anestesiante existe no sopro?
Hoje conhecemos o efeito positivo, no tratamento de certas dificuldades motoras, do h�lito dos eq�inos. O passeio a cavalo � �tima terapia para portadores de s�ndrome de down.
Muitos hospitais do mundo inteiro j� aceitam de bom grado a pr�tica da ora��o como complemento ao tratamento hospitalar. Tem-se verificado estatisticamente o benef�cio que a ora��o traz na cura de v�rias mol�stias.
O passe, atrav�s da imposi��o das m�os, era largamente utilizado por Jesus e pelos seus disc�pulos. Como j� acontecia desde tempos imemoriais na China, no Egito, na �ndia.
Modernamente, entretanto, seu surgimento, for�ando as portas do ceticismo, deveu-se a um m�dico austr�aco, Franz Anton Mesmer, ao publicar em 1775, em Viena, seus �Estudos sobre a Cura Magn�tica�.
Mesmer, formado em Filosofia, Teologia e Medicina, afirmava ter descoberto o magnetismo animal, estabelecendo, inicialmente, uma rela��o entre este e os influxos dos planetas, tentando reunir em suas teorias os estudos sobre a for�a da gravidade que Newton descobrira, para explicar a queda dos corpos, a atra��o dos planetas e o vaiv�m das mar�s.
Aproveitando as descobertas de Benjamim Francklin sobre os p�los positivos e negativos que justificavam a transmiss�o do fluido el�trico de um corpo para o outro, Mesmer sugeria que o magnetismo animal era tamb�m um fluido que podia ser transmitido de uma pessoa para outra pessoa.
Viv�amos a era dos fluidos.
Pensava-se que a eletricidade fosse um fluido que transitava de um ponto para outro. O calor era considerado, tamb�m, um fluido que se transferia de um corpo para outro corpo. Acreditava-se que o universo estava mergulhado num fluido universal que se infiltrava em todas as coisas. Ainda se acredita nisso, hoje, embora sob nova conceitua��o.
Mesmer verificou certa feita, num caso de hemorragia, de que ele estava tratando, que o sangue estancava quando ele se aproximava do doente, e voltava a fluir quando do doente se afastava. Concluiu que tal fato se dava em virtude de alguma energia que sa�a dele para o doente de que cuidava.
J� havia lido sobre o caso da hemorro�ssa que, ao se aproximar de Jesus, dele absorvera uma virtude que a curara do fluxo hemorr�gico que a fazia sofrer havia j� doze anos. Jesus sentira sair dele tal fluido e quis at� saber quem fora o respons�vel por aquilo. Ao que Pedro estranhou, j� que muitas tinham sido as pessoas que haviam esbarrado neles, no meio da multid�o.
Come�ou a tratar diversos casos de doen�as nervosas por processos magn�ticos, curando muita gente, o que causou furor na Fran�a do s�culo XVIII. Disso resultou uma nova especialidade m�dica: o tratamento pelo magnetismo, com a introdu��o nos tratamentos dos chamados passes magn�ticos.
Era uma nova terapia que surgia.
Kardec chegou a utilizar o magnetismo antes de se dedicar ao estudo dos fen�menos medi�nicos que eclodiam em todo o mundo. Talvez tenha nascido disso a id�ia de que teria sido m�dico, o que n�o � verdade.
A chegada do Espiritismo com novas informa��es sobre a exist�ncia e diversidade de fluidos estabeleceu uma certa liga��o das t�cnicas adotadas pelo magnetismo com a pr�tica do Espiritismo nos tratamentos das obsess�es.
No �ltimo livro da codifica��o � A G�nese �, h� interessante estudo sobre os fluidos e os efeitos de sua aplica��o.
O codificador, ao final de seu coment�rio ao texto da quest�o n�mero 70, que trata do fluido vital, afirma: �A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se insuficiente para a conserva��o da vida, se n�o for renovada pela absor��o e assimila��o das subst�ncias que o cont�m. O fluido vital se transmite de um indiv�duo a outro. Aquele que o tiver em maior por��o pode d�-lo a um que o tenha de menos e em certos casos prolongar a vida prestes a extinguir-se�.
Os magnetizadores desenvolveram t�cnicas na arte que procuravam praticar. E utilizavam dessas t�cnicas levando em considera��o a diversidade das mol�stias. Para isso adotaram v�rios tipos de passes, os chamados passes t�cnicos.
A Doutrina Esp�rita n�o se preocupou com isso. N�o era mat�ria doutrin�ria. Como n�o �. Dessa forma, os primeiros esp�ritas aplicavam t�cnicas aprendidas fora da Doutrina, com os magnetizadores profissionais. Como os magnetizadores utilizavam o toque (para o estabelecimento da chamada rela��o magn�tica), e gestos espalhafatosos, os antigos esp�ritas os copiaram. Depois, a conveni�ncia sugeriu que abandon�ssemos aqueles processos, desnecess�rios e �s vezes comprometedores, e adot�ssemos processos mais simples, porque mais acordes com os princ�pios da Doutrina. Ou seja: abandonar o misticismo desnecess�rio e a encena��o descabida.
N�o s�o os gestos que fazem a transfer�ncia dos fluidos, mas a mente, a vontade, o desejo de ajudar.
Herculano Pires foi um defensor ardoroso da simplicidade na aplica��o do passe. Dizia ele que, no passe, nada � t�o simples quanto aplic�-lo. E recomendava que fiz�ssemos como fizeram Jesus e seus disc�pulos: pela simples imposi��o das m�os. Vontade firme de servir e cren�a na efic�cia do que se est� fazendo. Movimentar com a mente o fluido que lhe sobra para completar o que est� faltando no companheiro que se quer ajudar.
Andr� Luiz, em Os Mission�rios da Luz, d�-nos algumas indica��es. Diz ele:
�O passista necessita: (a) ter grande dom�nio sobre si mesmo; (b) espont�neo equil�brio de sentimentos; (c) acendrado amor aos semelhantes; (d) alta compreens�o da vida; (e) f� vigorosa e (f) profunda confian�a no Poder Divino. Mas..., na esfera carnal, a boa vontade sincera, em muitos casos, pode suprir essa ou aquela defici�ncia�.
E acrescenta:
�Um bom passista precisa, antes de tudo, equilibrar o campo das emo��es. N�o � poss�vel fornecer for�as construtivas a algu�m, se fazemos sistem�tico desperd�cio das irradia��es vitais. A m�goa excessiva, a paix�o desvairada, a inquietude obsidente constituem barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadoras. � preciso tamb�m examinar as necessidades fisiol�gicas. O excesso de alimenta��o produz odores f�tidos, atrav�s dos poros, bem como das sa�das dos pulm�es e do est�mago, prejudicando as faculdades radiantes, porquanto provoca deje��es anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastrintestinal, interessando a intimidade das c�lulas. Por fim, deve evitar-se o �lcool e outras subst�ncias t�xicas que operam dist�rbios nos centros nervosos, modificando certas fun��es ps�quicas e anulando os melhores esfor�os na transmiss�o de elementos regeneradores e salutares. MAS... e se isso n�o for poss�vel? Em todo lugar onde haja merecimento nos que sofrem e boa vontade nos que auxiliam, podemos ministrar o benef�cio espiritual com relativa efici�ncia�. E conclui: �Se a pr�tica do bem estivesse circunscrita aos Esp�ritos completamente bons, seria imposs�vel a reden��o humana�.

Arthur Bernardes

Abra�os fraternos,

Blue Soft

O passe e o passista

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