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  • Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita

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Autor Tópico: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita  (Lida 10370 vezes)

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Offline M.Altino

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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #30 em: 15 de Junho de 2016, 10:51 »
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Amigos e devotados companheiros deste cantinho de muita paz é com grande amizade que lhes dou o meu bom dia e fico contente com o que o meu amigo Moisés tem colocado para ajudar o nosso amigo lconforjr respondendo com questões do Livro dos Espíritos para melhor compreender a evolução que cada um de nós temos de fazer e continuando este nosso tema vamos verificar que é no Egoísmo que muitas vezes nos faz perder as nossas melhores oportunidades de fazer Caridade escondida......
Não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita
.” Depois de um tempo sem ler o Sermão da Montanha, quando leio novamente parece que está cheio de novidades.
Foi Ghandi quem disse que, se por uma desventura qualquer, se perdessem todos os livros sagrados do mundo e restasse só o Sermão da Montanha, nada teria se perdido.
Está tudo lá.
“Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles.
Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu.
Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens.
Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.
Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.”
Já vi muitas pessoas de boa vontade, daquelas que oferecem ajuda, que se dispõe a auxiliar.
 Convivi com pessoas solícitas, a quem era possível pedir favores sabendo que seria atendido.
Conheço pessoas que se destacam por serem prestadass, pró-ativas, buscam soluções antes dos problemas ocorrerem, sempre prontas a colaborar.
São atitudes admiráveis que ainda estou longe de conquistar. Aprecio muito pessoas assim.
É pena que algumas dessas pessoas, com a mesma intensidade com que disponibilizam seus préstimos, exigem reconhecimento e louvores .
Esperam recompensa, em forma de elogios e afagos em seus egos.
São aqueles a quem Jesus se referia.
Os que fazem boas obras diante dos homens para serem vistos por eles.
Fazem um favor e “tocam trombeta” para que todos vejam como são solícitos .
Desse modo, segundo Jesus, eles já receberam a sua recompensa.
Por que Jesus chamou a atenção para este fato?
Eu sempre achei mais meritório alguém que faz um bem, mesmo que com ostentação, do que quem não faz bem nenhum.
 Para quem recebe um favor, às vezes pouco importa se quem o fez quer aparecer ou não.
Para quem tem fome não importa se quem deu um pedaço de pão fez isso por ostentação, para aparecer, para ser reconhecido.
Um pedaço de pão é um pedaço de pão.
Um pedaço de pão mata a fome.
E o que ele precisava era matar a fome.
Mas esse fazer bem esperando recompensa, esperando elogio e reconhecimento e bajulado não é um bem verdadeiro.
Ele é uma ação transitória, quem o fez não o carrega consigo.
 O bem só é bem se não espera nada em troca.
O bem só é bem quando é sincero.
“Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.
Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.
” Quando fazemos o bem, seja um favor, um serviço, um gesto, uma oração, devemos fazê-lo em segredo, de nós para nós, como algo íntimo e espontâneo. O Pai, que vê escondido, é a nossa consciência.
Nossa consciência é a parte de Deus que nos cabe, é Deus que se manifesta através de cada um de nós.
A Nossa consciência está sempre observando, nada escapa a ela.
Não há bem-estar íntimo se o bem não foi sincero, espontâneo,  puro, sem esperar nada em troca.
 O bem que se faz esperando algo em troca também produz coisas boas.
Mas quem fez esse bem colhe a sua recompensa através do reconhecimento de quem recebeu o favor ou de quem presenciou o favor.
E se a pessoa que fez o bem não recebe nenhum reconhecimento, nenhum elogio, nenhuma bajulação, se revolta, desanima e acha que não vale a pena ajudar ninguém, porque são todos uns mal-agradecidos.
É que ela faz o bem em troca do prazer gerado pelo reconhecimento.
O único bem real, verdadeiro, íntegro, é o bem que se pratica espontaneamente, sem calcular, sem nem ao menos perceber que se está fazendo um bem.
Esse fica registado pela consciência.
Este nos dá a paz, a sensação maravilhosa do dever cumprido, a alegria de existir, a gratidão a Deus que sempre nos dá novas chances de nos redimirmos permitindo a Sua manifestação através de nós.Amigos com um grande abraço de muita paz este vosso amigo de sempre.
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Manuel Altino

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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #31 em: 15 de Junho de 2016, 15:21 »
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Caridade


Caridade é , sobretudo, amizade.
Para o faminto – é o prato de sopa.
Para o triste – é a palavra consoladora.
Para o mau – é a paciência com que nos compete auxiliá-lo
Para o desesperado – é o auxílio do coração.
Para o ignorante – é o ensino despretensioso.
Para o ingrato – é o esquecimento.
Para o enfermo – é a visita pessoal.
Para o estudante – é o concurso no aprendizado.
Para a criança – é a proteção construtiva.
Para o velho – é o braço irmão.
Para o inimigo – é o silêncio.
Para o amigo – é o estímulo.
Para o transviado – é o entendimento.
Para o orgulhoso – é a humildade.
Para o colérico – é a calma.
Para o preguiçoso – é o trabalho.
Para o impulsivo – é a serenidade.
Para o leviano – é a tolerância.
Para o deserdado da Terra – é a expressão de carinho.

Caridade é amor, em manifestação incessante e crescente.
É o sol de mil faces, brilhando para todos, e o gênio de mil mãos, amparando, indistintamente, na obra do bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, por que, onde estiver o Espírito do Senhor aí se derrama a claridade constante dela, a benefício do mundo inteiro.


 Chico Xavier /  Emmanuel

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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #32 em: 16 de Junho de 2016, 11:08 »
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Amigos é com muito carinho que venho a este Estudo desejar a todos os que nos visitam dar o meu bom dia sereno de muita paz e que todos possam meditar no valor de cada mensagem para nos ajudar e sermos mais evoluídos.
Mais uma vez torna o Evangelho ao seu tema central - a caridade - expressão ativa do amor ao próximo.
Toda religião, toda moral encontram-se encerradas nos dois preceitos:
"Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos que nos fizessem".
 Se e quando esses preceitos viessem a ser seguidos, a Terra se transformaria num recanto de paz e felicidade, aspiração até agora nunca alcançada justamente porque o egoísmo e a agressão mútua, nas suas mais variadas formas, comandam o comportamento dos homens.
A caridade se revela no seu nível mais profundo, como instrumento essencial da evolução, quando é vista como um ato que deve ser praticado sem ostentação, sem visibilidade, como é dito: quando deres uma esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita.
Aqueles que fazem arauto a sua benemerência, para serem honrados pelos homens, já recebem sua recompensa através da glória terrena, não lhes restando créditos onde mais importa, que é no mundo espiritual que a todos aguarda.
A esmola, pois, deve ficar escondida, pois o Pai que está no Alto vê o que se passa em segredo e dará a devida recompensa.
Muito cuidado, porém, com a modéstia falsa, pois há pessoas que escondem a mão que dá, tendo o cuidado de deixar aparecer uma pontinha, reparando se alguém as vê escondê-la.
Pior ainda é a situação moral daquele que faz pesar seus benefícios sobre o beneficiado, que lhe exige de qualquer maneira os testemunhos do reconhecimento.
Além da caridade material há a caridade moral que respeita a suscetibilidade do beneficiado, fazendo-o aceitar a ajuda sem ferir seu amor-próprio e preservando sua dignidade, porque é mais fácil aceitar um serviço do que uma esmola.
A verdadeira caridade sabe encontrar palavras doces e afáveis, enquanto a caridade orgulhosa humilha o beneficiado.
O sublime da verdadeira generosidade está quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha um meio de parecer ele mesmo agradecido àquele a quem presta o serviço.
Eis o âmago da questão.
Essa atitude não é uma teatralidade para deixar bem o necessitado. Verdadeiramente, quem dá é mais beneficiado do que aquele que recebe.
Dar ao próximo é o caminho específico de evoluir do egoísmo, da separação, para o nível mais alto da unidade com o Criador, que se manifesta nas suas criaturas.
A senda da elevação conduz o ser humano do estágio do eu egoísta para a integração no amor ilimitado, no todo universal que é Deus.
Esta é uma conceção de extrema importância nos tempos atuais, quando a ajuda aos necessitados é uma função social, podendo ser atingida através de caminhos políticos que buscam alcançar uma estrutura social mais justa.
Estaria, assim, eliminada a razão de ser da esmola, da caridade, destinada a amparar os miseráveis, os deserdados, os doentes, os indigentes, as crianças desvalidas, já que a sociedade pode encarregar-se dessas funções, no passado exercidas pelos indivíduos de bom coração.
Se a verdadeira caridade, no seu sentido mais profundo, consistisse apenas nesse tipo de assistência social, estaria à vista a solução dos problemas humanos.
Mas o mecanismo da evolução terrena dá à caridade uma configuração muito mais complexa, já que a simples melhora das condições materiais não tem levado ao progresso moral da Humanidade, como pode ser observado nas nações mais prósperas.
A caridade, através de todas as suas manifestações, só é instrumento de evolução quando é uma expressão de amor incondicional ao próximo.
Daí a atualidade do Evangelho de Kardec, mesmo quando ele exemplificava a caridade com ações individuais de assistência social, que hoje poderiam ser substituídas pela atuação mais completa do Estado.
É óbvio que, ainda assim, resta um grande espaço para a ajuda material aos necessitados, por iniciativa das pessoas e instituições movidas pelo espírito de fraternidade.
"A caridade moral consiste em se suportar uns aos outros e é isto o que menos fazeis neste mundo inferior onde estais encarnados no momento", dizia significativa mensagem espiritual.
E ainda em outra mensagem:
"Podeis prestar caridade pelos pensamentos, palavras e atos".
O essencial da caridade é a mudança de atitude interior de cada um, que não se resume apenas no gesto exterior.
O que esse gesto continuado de estender a mão ao próximo faz, é ir mudando os reflexos egoístas para uma nova postura íntima.
Caridade é um exercício contínuo que vai condicionando a alma para elevar-se a planos mais altos, no caminho da aproximação com a Divindade.
É esse verdadeiro "treinamento" do Espírito, que torna a caridade mais importante para aquele que dá do que para aquele que recebe.
Na prática do bem, usa o homem o seu livre arbítrio, ou seja, pode deixar de praticá-la, mas receberá, por via da lei de causa e efeito, o retorno da inquietação, da infelicidade, pois Deus, na sua infinita solicitude, colocou no fundo dos corações uma sentinela vigilante a que chamamos de consciência.
As vozes dos Espíritos elevados exortam incessantemente os homens para a prática da caridade.
Dizem:
 "Todos vós podeis dar.
A qualquer classe que pertençais, tendes alguma coisa que podeis dividir.
Seja o que for que Deus vos haja dado, deveis uma parte disso àquele a quem falta o necessário, porque, no lugar deles, estaríeis bem contentes se alguém viesse dividir convosco.
Os  tesouros da Terra ficarão um pouco menores, mas vossos tesouros no céu serão mais abundantes.
Colhereis o cêntuplo do que houverdes semeado em benefício aí na Terra".
Amigos que cada mensagem seja uma luz para cada um de nós poder dizer que ajudar faz parte da nossa vida .mas o fazer sem dar nas vistas e não esperar ser bajulado pelo que fez..
Agora com um grande e sincero abraço de muita paz este vosso amigo......
[ O anexo especificado não está disponível ]
Manuel Altino

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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #33 em: 16 de Junho de 2016, 15:53 »
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Olá a todos
Aproveitando esta ultima postagem do Manuel Altino
Me veio em mente um caso que conheci assim que passei a frequentar as ideias espíritas
Não sei se veio de livros psicografados
Também não sei se veio das Obras de Kardec
Sei que ao ouvi-la trouxe a mim uma grande lição
Diz mais ou menos assim

...

Havia no povoado, ou quem sabe num bairro...
Uma senhora até que bem financeiramente
Tinha uma criança e o educava nos bons costumes
Havia também uma outra moradora próxima a sua casa
Que também possuía uma criança, próximo a idade do sua
Mas esta moradora não tinha muitos recursos
E percebia esta senhora que muitas vezes sua criança passava necessidades
Tinha ela um desejo de ajudar aquela criança que tinha a idade da sua
E pensava numa maneira de ajudar sem se mostrar
Certo dia chamou esta outra moradora
Para uma conversa em sua casa
Onde lhe oferecera um lanche
E na conversa disse-lhe que precisava de um favor de sua parte
No qual a outra moradora pensara ser serviços domésticos
E assim se propôs a ouvi-la
E a senhora relatou a outra moradora que...
Havia ido ao médico levar a sua criança para exames
Pois que desconfiava observando que esta andava um pouco diferente
Se alimentava as vezes pouco e não tinha muito ânimo
No que o médico lhe recomendou que...
Por ser sua fcriança  única, assim se sentia só
E que nas refeições as crianças se animam umas as outras quando comem juntas
E neste caso precisava fazer algo urgente
E pensou se a outra moradora humildemente
Lhe ajudasse no tratamento de sua criança
Que era simplesmente permitir que sua criança
Viesse em sua casa no período das refeições, mas isso por uns dias
Até que sua criança melhorasse, se sentisse bem
A outra moradora compreendera a intenção em seu intimo
Mas não tinha como fazer afirmações, ou argumentar algo
E muito menos isto precisava naquele momento
E assim aquiesceu ao pedido da senhora
E assim a senhora pode não somente lhe servir alimentos
Como também lhes provir de outros recursos através da própria criança
...

Espero que faça sentido com o tema deste estudo mensal

Abraços





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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #34 em: 17 de Junho de 2016, 10:33 »
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Amigos para todos com muito carinho o meu bom dia sereno e ao amigo Moisés um grande obrigado pela sua linda lição de Caridade que me emocionou pela simplicidade e amor entre duas pessoas que se respeitaram uma a outra ......maravilha de testemunho de vida..
“Guardai-vos, não façais as vossas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis a recompensa da mão de vosso Pai, que está nos céus.
Quando, pois, derdes esmola, não façais tocar a trombeta diante de vós, como praticam os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados dos homens; em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa.
Mas, quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a direita; para que a vossa esmola fique escondida, e vosso Pai, que vê o que fazeis em segredo, vos recompensará.”
(Mateus, VI: 1 a 4)
“E depois que Jesus desceu do monte, uma multidão o seguiu;
E eis que vindo um leproso, o adorava, dizendo:
Se tu queres, Senhor, bem me podes limpar.
E Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo:
Pois eu quero; fica limpo. E logo ficou limpa toda a sua lepra .
Então lhe disse Jesus:
Vê, não o digas a ninguém; mas, vai, mostra-te aos sacerdotes, e faz a oferta que ordenou Moisés, para lhes servir de testemunho a eles.
(Mateus, VIII:1a4)
Alan Kardec cita mais uma vez, a necessidade de fazer-se  da vida presente, identificando-se com o futuro, para ver e apreender as coisas espirituais.
Para quem vê a vida do nascimento à morte, porque fazer o bem às escondidas? Até como exemplo de caridade, de bondade, para ser imitado, deve-se mostrar o bem que se faz.
Ele quer ser reconhecido, pelos seus contemporâneos, como um homem bom, que auxilia quem precisa.
Ao ser assim conhecido e aplaudido, já obtém a sua recompensa, como afirmou Jesus, no texto acima, uma vez que nada espera além da morte.
Para o espiritualista, em geral, aquele que aceita a continuidade da vida para a alma, independentemente, da morte do corpo, percebe a necessidade de fazer o bem sem esperar o aplauso dos homens, porque espera o aplauso, a recompensa de Deus, nesta ou na outra vida, cuja Lei Maior é a do Amor.
Para o espírita, que aceita o processo evolutivo do espírito, através das reencarnações, a fim de se aperfeiçoar, continuamente, até atingir a perfeição, esses ensinos de Jesus se constituem em meta a ser perseguida, porque quem assim age, espontaneamente, sem qualquer sentimento de vaidade, de orgulho, de ambição, já demonstra uma grande superioridade moral, não importando o rótulo religioso, ou os títulos que possua.
O que o espírita quer ou deve querer é desenvolver todas as potencialidades divinas que possui, como todos os seres vivos, compreendendo, pois, a necessidade de um inter -relacionamento fraternal como um meio de fazer esse desenvolvimento espiritual.
A certeza da continuidade da vida após a morte leva o homem a desprender-se dos valores materiais, colocando-os como instrumento para a evolução do Espírito imortal, que deve sempre fazer o bem, sem esperar qualquer reconhecimento, porque tem consciência de que faz apenas o que lhe cabe fazer, como filho de Deus que é.
Assim, em um mundo de expiações e de provas, o exercício de fazer o bem sem ostentação, pelo prazer de fazê-lo, se constitui para o homem uma necessidade, a fim de desenvolver o amor dentro de si, que é a meta evolutiva dessa humanidade.
Alan Kardec alerta sobre a falsa modéstia no ato de auxiliar o outro, lembrando que há pessoas que escondem a mão, como disse Jesus, mas “tendo o cuidado de deixar perceber que o fazem.
” Esses também já recebem , na hora , a recompensa: foram vistos.
Alerta também sobre o que faz pesar seus benefícios sobre o beneficiado.
 Quantos ajudam, mas cobram o auxílio, através de imposições de atitudes e ou de ações, exaltando os sacrifícios que fazem ou suportam.
Esse comportamento, que é bastante comum, demonstra o quanto está o homem distante de fazer o bem pelo bem.
Vemos isso em pais reclamando dos ou aos filhos, o que fizeram para eles, quando pequenos, vemos esposos também cobrando atitudes em troca do que fazem ou fizeram, amigo se afastando porque não recebeu do outro as atenções das quais se julga merecedor...
Afirma Kardec:
“Para esse, não há nem mesmo a recompensa terrena, porque está privado da doce satisfação de ouvir bendizerem o seu nome...”
 “O bem que faz não lhe aproveita, desde que o censura, porque todo benefício exprobrado é moeda alterada que perdeu o valor.”
Quem faz o bem, reclamando, lamentando, censurando, não recebe recompensa, visto que não se apercebe dos benefícios que poderia usufruir em seu favor, na benção da oportunidade de exercitar as qualificações nobres da alma, o prazer de servir, de ajudar alguém, de desfazer antipatias e inimizades, conquistando um amigo para toda a eternidade, etc.
“O benefício sem ostentação tem duplo mérito: além da caridade material, constitui caridade moral, pois contorna a sensibilidade do beneficiado, fazendo-o aceitar o obséquio sem lhe ferir o amor-próprio e salvaguardando a sua dignidade humana, pois há quem aceita um serviço, mas recusa a esmola.
Converter um serviço em esmola, pela maneira por que é prestado, é humilhar o que o recebe, e há sempre orgulho e maldade em humilhar a alguém.
A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e hábil para dissimular o benefício e evitar até as menores possibilidades de melindre, porque todo choque moral aumenta o sofrimento provocado pela necessidade.
Ela sabe encontrar palavras doces e afáveis, que põem o beneficiado à vontade, enquanto a caridade orgulhosa o humilha.
O sublime da verdadeira generosidade está em saber o benfeitor inverter os papéis, encontrando um meio de parecer ele mesmo agradecido àquele a quem presta o serviço.
Eis o que querem dizer estas palavras:
Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita.”
Alguém poderia escrever melhor do que o fez nosso mestre Kardec?
Que ele receba a nossa eterna gratidão por essa sublime explicação............
Amigos aqui fica mais um texto para meditarmos e sentir que a Caridade não se impõe.....mas se faz com carinho e delicadeza.
Com um grande abraço de muita paz este vosso amigo.
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Manuel Altino


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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #35 em: 17 de Junho de 2016, 17:29 »
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      Preciso entender a doutrina. Assim, relativamente ao texto de Mateus que o amigo Altino citou, tenho de perguntar:

      Qual deve ser a causa que faz que, na criação (criação “especial” de Deus, como diz a doutrina), hajam hipócritas e que estes desejem ser honrados pelos demais e assim alardeiam sobre as “esmolas” que dão? O que nos fez a todos tão desiguais se, no princípio, éramos todos perfeitamente iguais?!!


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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #36 em: 18 de Junho de 2016, 10:37 »
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Amigos é com carinho e muitas energias purificadoras que neste momento de paz vos saúdo com o meu bom dia sereno e mais uma vez digo todos vimos a este planeta para aprender e somos criados simples e todos partem da mesma posição para caminharmos nesta encarnação e podermos Evoluir com o nosso Livre Arbítrio e assim vencermos as dificuldades da vida.
Fazer o Bem sem Olhar a Quem
O dito popular que escolhemos como título desta seção de nosso estudo equivale ao que Kardec utilizou no Capítulo XIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, qual seja :
“Convidar os Pobres e os Estropiados.
Dar sem esperar Retribuição”.
Isso dizemos, posto que aquilo que o dito popular quer dizer não é que devamos desviar o olhar daqueles a quem servimos, mas, sim, que não devemos levar em consideração se nossos beneficiados são pobres ou ricos, fracos ou fortes, belos ou feios, saudáveis ou doentes.
Dar sem esperar retribuição é possível quando não fazem diferença para nós as características materiais daquele que é o objeto de nossa caridade, pois sabemos que tanto ele quanto nós somos Espíritos imortais, irmãos na caminhada rumo à perfeição.
Entender perfeitamente esta diretriz requer, no entanto, que saibamos que a caridade de que estamos falando não é apenas a caridade material, uma vez que os ricos dela prescindem, mas, também e, principalmente, a caridade moral.
Desta, ao contrário daquela, necessitam ricos e pobres.
Em Instruções dos Espíritos, sob o título “A Caridade Material e a Caridade Moral”, o Espírito Irmã Rosália assim define a caridade moral:
Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer-se.
A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele.
É um gênero de caridade isso.
Saber ser surdo quando uma palavra maldosa se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes  erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral.
Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra.
Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante.
Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito:
Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa.
Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxílio.
Na prática da caridade, seja ela moral ou material, devemos ter em mente duas lições.
A primeira é aquela para a qual a Irmã Rosália nos chama a atenção, isto é, que o pobre a quem atendemos com o auxílio material pode ser um Espírito mais evoluído que nós.
Não só pode, é bom que saibamos, como deve.
Afinal, as cruzes mais pesadas são sempre entregues a quem já está preparado para suportá-las.
A segunda diz respeito à retribuição em si.
Muito poucos Espíritos encarnados no planeta estão aqui em missão.
A grande maioria de nós, talvez a quase totalidade, está nesta Terra para resgatar os erros do passado e aprender como melhor se comportar em relação ao próximo. Assim sendo, é necessário que estejamos conscientes, ao praticarmos a caridade, que tal atitude é, antes de tudo, em nosso próprio proveito e que aquele que parece ser nosso beneficiado nada mais é que alma caridosa que nos beneficia ao nos dar a oportunidade de servi-la.
Ao praticar a caridade, portanto, mais do que agirmos como se fossemos nós que estivéssemos recebendo a caridade, devemos estar conscientes de que é isso mesmo que de fato ocorre.
Ao final da ação caritativa o que nos cabe é agradecer a Deus pela oportunidade que tivemos de servir e não nos julgar merecedores de sua graça, posto já a termos recebido.
Amigos cá temos mais uma vez a Caridade para fazer bem sem olhar a quem e esta caridade é a mais agradável a Jesus por isso temos de aceitar a humildade e não o que muitas vezes acontece ficarmos com vaidade e muitas vezes tristes por não sermos reconhecidos........é a vaidade que vem ao de cima.......como estamos enganados..........
Amigos com um abraço de muita paz este vosso amigo....
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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #37 em: 18 de Junho de 2016, 19:11 »
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Complementando resp anterior:

      - e, se todos os efeitos têm suas causas, qual será a causa de Deus ter criado espíritos que tão facilmente se tornam vaidosos e orgulhosos pelo que de bom fazem, que são tão suscetíveis de se deixarem contaminar pela vaidade, por terem feito uma ajudazinha a algum irmão, ao ponto de Jesus ter necessitado dar o conselho que é o título deste tópico?

« Última modificação: 18 de Junho de 2016, 19:15 by lconforjr »
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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #38 em: 20 de Junho de 2016, 10:58 »
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Amigos é com muito carinho que neste momento de muita paz venho junto de cada um de vós dar o meu bom dia sereno de muita paz e ao mesmo tempo meditarmos neste dideo que nos fala da Caridade......
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=mC6PueRx8T8" target="_blank" class="aeva_link bbc_link new_win">http://www.youtube.com/watch?v=mC6PueRx8T8</a>

O erudito professor Carlos Torres Pastorino lamenta, em A Sabedoria do Evangelho, que Casas Espíritas adotem a mesma prática que instituições religiosas e filantrópicas de outras naturezas, prestando homenagens ostensivas aos grandes benfeitores e ignorando os pequenos trabalhadores que deram a vida, de forma anónima, pela obra.
À nossa mente, neste momento, vêm os monumentos que se erguem em todo o mundo em honra ao “soldado desconhecido”.
 É, no mínimo, curioso que, justo na esfera militar, onde era de se esperar menos sensibilidade, a homenagem correta seja feita. Quando será que uma instituição religiosa, ou, no caso que nos interessa, uma casa espírita, irá expor em suas paredes um quadro dedicado ao médium desconhecido?
Quando será que um historiador espírita irá dedicar um artigo ao trabalhador desconhecido?
No nosso estágio evolutivo, nos é difícil avaliar de modo igual as doações portentosas que sustentam as despesas da casa e o trabalho, que nos parece insignificante, daquelas pessoas que prestam os pequenos serviços necessários.
Intimamente julgamos que as coisas pequenas qualquer um pode fazer, ao passo que as grandes contribuições são raras e, por isso, devem ser objeto de nosso agradecimento e das justas homenagens que ocorrem.
O ensinamento de Jesus, no entanto, nos alerta para o equívoco desse raciocínio. Nenhum de nós sabe o quanto custa para cada pessoa o serviço que presta no Centro Espírita, só Deus o sabe.
Vamos deixar, portanto, de enaltecer uns e ignorar os outros.
Façamos a nossa parte com dedicação e diligência, acreditando, de coração, que cada um estará, também, fazendo segundo suas possibilidades, não importa o quanto aquilo que fazem pareça valer aos olhos dos homens.
Lucas e Marcos relatam a passagem conhecida como “O Öbulo da Viúva” e que Kardec utilizou no desenvolvimento do Capítulo XIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Relata Lucas:
Estando Jesus a observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio.
Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas;  e disse: Verdadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos.
 Porque todos estes deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento.
(Lucas, XXI, 1 a 4)
Conforme comenta o Codificador, muitas pessoas furtam-se a praticar a caridade alegando terem pouco ou apenas o necessário para seu próprio sustento.
Nada poderia ser mais distante da verdade.
Como já vimos, a caridade não se restringe ao seu aspecto material, sendo possível para todos sob o aspecto moral.
Se uma pessoa carece de recursos financeiros para auxiliar aos necessitados, eis aí uma oportunidade de procurar, nos talentos de que foi aquinhoada, outros recursos para fazê-lo. Todos nós viemos ao mundo com uma certa quantidade de talentos.
Uns são fortes, outros, belos, outros tantos, saudáveis e outros mais, inteligentes.
 Este tem jeito para consertar equipamentos, aquele para reparar canos, outro para cozinhar, outro mais para costurar.
Uns cantam, outros dançam, alguns sabem representar, há quem saiba contar piadas.
Não há um só Espírito encarnado que não tenha pelo menos um talento e, sendo assim, este talento sempre poderá ser colocado a serviço dos necessitados.
No entanto, se, mesmo após muito procurar, a pessoa não reconheça em si nenhum talento escondido, ainda resta a vontade de ser útil e a ajuda da espiritualidade.
A esse respeito, transcrevemos abaixo a fala de Kardec:
Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrará de realizar o seu desejo.
Procure-as e elas se lhe depararão; se não for de um modo, será de outro, porque ninguém há que, no pleno gozo de suas faculdades, não possa prestar um serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento físico ou moral, fazer um esforço útil.
Não dispõem todos, à falta de dinheiro, do seu trabalho, do seu tempo, do seu repouso, para de tudo isso dar uma parte ao próximo? Também aí está a dádiva do pobre, o óbolo da viúva.
Quando temos vontade de servir, a espiritualidade não nos nega auxílio, sempre nos guiando até os necessitados que estejam ao nosso alcance ajudar.
Façamos, pois, a nossa parte, nos colocando disponíveis para o serviço do bem...........
Amigos aqui temos mais um vez este belo exemplo para todos nós e vamos cada um de nós fazer a nossa parte o melhor que pudermos..
Com um abraço carinhoso de muita paz este vosso amigo...
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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #39 em: 20 de Junho de 2016, 13:24 »
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Citação de: lconforjr em 17 de Junho de 2016, 17:29

      Preciso entender a doutrina. Assim, relativamente ao texto de Mateus que o amigo Altino citou, tenho de perguntar:

      Qual deve ser a causa que faz que, na criação (criação “especial” de Deus, como diz a doutrina), hajam hipócritas e que estes desejem ser honrados pelos demais e assim alardeiam sobre as “esmolas” que dão? O que nos fez a todos tão desiguais se, no princípio, éramos todos perfeitamente iguais?!!



VII – Progressão dos Espíritos
114. Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que procuram melhorar-se?

 — Os Espíritos mesmos se melhoram; melhorando-se, passam de uma ordem inferior para uma superior.

115. Uns Espíritos foram criados bons e outros maus?

 — Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um deles uma missão, com o fim de os esclarecer e progressivamente conduzir à perfeição, pelo conhecimento da verdade e para os aproximar dele. A felicidade eterna e sem perturbações, eles a encontrarão nessa perfeição. Os Espíritos adquirem, o conhecimento passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais prontamente ao seu destino; outros não conseguem sofrê-las sem lamentação, e assim permanecem, por sua culpa, distanciados da perfeição e da felicidade prometida.

115. a) Segundo isto, os Espíritos, na sua origem, se assemelham a crianças, ignorantes e sem experiência, mas adquirindo pouco a pouco os conhecimentos que lhes faltam, ao percorrer as diferentes fases da vida?

 — Sim, a comparação é justa: a criança rebelde permanece ignorante e imperfeita; seu menor ou maior aproveitamento depende da sua docilidade. Mas a vida do homem tem fim, enquanto a dos Espíritos se estende ao infinito.

116. Há Espíritos que ficarão perpetuamente nas classes inferiores?

 — Não; todos se tomarão perfeitos. Eles mudam, embora devagar, porque, como já dissemos uma vez, um pai justo e misericordioso não pode banir eternamente os seus filhos. Querias que Deus, tão grande, tão justo e tão bom, fosse pior que vós mesmos?

117. Depende dos Espíritos apressar o seu avanço para a perfeição?

 — Certamente. Eles chegam mais ou menos rapidamente, segundo o seu desejo e a sua submissão à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais depressa que uma rebelde?

118. Os Espíritos podem degenerar?

 — Não. À medida que avançam, compreendem o que os afasta da perfeição. Quando o Espírito concluiu uma prova, adquiriu conhecimento e não mais o perde. Pode permanecer estacionário, mas não retrogradar.

119. Deus pode livrar os Espíritos das provas que devem sofrer para chegar à primeira ordem?

 — Se eles tivessem sido criados perfeitos, não teriam merecimento para gozar os benefícios dessa perfeição. Onde estaria o mérito sem a luta? De outro lado, a desigualdade existente entre eles é necessária à sua personalidade, e a missão que lhes cabe nos diferentes graus está nos desígnios da Providência, com vistas à harmonia do Universo.

Comentário de Kardec: Como, na vida social, todos os homens podem chegar aos primeiros postos, também poderíamos perguntar por que motivo o soberano de um país não faz, de cada um dos seus soldados, um general; por que todos os empregados subalternos não são superiores; por que todos os alunos não são professores. Ora, entre a vida social e a espiritual, existe ainda a diferença de que a primeira é limitada e nem sempre permite a escalada de todos os seus degraus, enquanto a segunda é indefinida e deixa a cada um a possibilidade de se elevar ao posto supremo.

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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #40 em: 20 de Junho de 2016, 13:48 »
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Citação de: lconforjr em 18 de Junho de 2016, 19:11
Complementando resp anterior:

      - e, se todos os efeitos têm suas causas, qual será a causa de Deus ter criado espíritos que tão facilmente se tornam vaidosos e orgulhosos pelo que de bom fazem, que são tão suscetíveis de se deixarem contaminar pela vaidade, por terem feito uma ajudazinha a algum irmão, ao ponto de Jesus ter necessitado dar o conselho que é o título deste tópico?

A origem do bem e do mal
Allan kardec

1. - Sendo Deus o princípio de todas as coisas e sendo todo sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede há de participar dos seus atributos, porquanto o que é infinitamente sábio, justo e bom nada pode produzir que seja ininteligente, mau e injusto. O mal que observamos não pode ter nele a sua origem.

2. - Se o mal estivesse nas atribuições de um ser especial, quer se lhe chame Arimane, quer Satanás, ou ele seria igual a Deus, e, por conseguinte, tão poderoso quanto este, e de toda a eternidade como ele, ou lhe seria inferior. No primeiro caso, haveria duas potências rivais, incessantemente em luta, procurando cada uma desfazer o que fizesse a outra,contrariando-se mutuamente, hipótese esta inconciliável com a unidade de vistas que se revela na estrutura do Universo. No segundo caso, sendo inferior a Deus, aquele ser lhe estaria subordinado. Não podendo existir de toda a eternidade como Deus, sem ser igual a este, teria tido um começo. Se fora criado, só o poderia ter sido por Deus, que, então, houvera criado o Espírito do mal, o que implicaria negação da bondade infinita. (Veja-se: O Céu e o Inferno, cap. X: «Os demônios».)

3. - Entretanto, o mal existe e tem uma causa.
Os males de toda espécie, físicos ou morais, que afligem a Humanidade, formam duas categorias que importa distinguir: a dos males que o homem pode evitar e a dos que lhe independem da vontade. Entre os primeiros, cumpre se incluam os flagelos naturais.
O homem, cujas faculdades são restritas, não pode penetrar, nem abarcar o conjunto dos desígnios do Criador; aprecia as coisas do ponto de vista da sua personalidade, dos interesses factícios e convencionais que criou para si mesmo e que não se compreendem na ordem da Natureza. Por isso é que, muitas vezes, se lhe afigura mau e injusto aquilo que consideraria justo e admirável, se lhe conhecesse a causa, o objetivo, o resultado definitivo.
Pesquisando a razão de ser e a utilidade de cada coisa, verificará que tudo traz o sinete da sabedoria infinita e se dobrará a essa sabedoria, mesmo com relação ao que lhe não seja compreensível.

4. - O homem recebeu em partilha uma inteligência com cujo auxílio lhe é possível conjurar, ou, pelo menos, atenuar os efeitos de todos os flagelos naturais. Quanto mais saber ele adquire e mais se adianta em civilização, tanto menos desastrosos se tornam os flagelos. Com uma organização sábia e previdente, chegará mesmo a lhes neutralizar as consequências, quando não possam ser inteiramente evitados. Assim, com referência, até, aos flagelos que têm certa utilidade para a ordem geral da Natureza e para o futuro, mas que, no presente, causam danos, facultou Deus ao homem os meios de lhes paralisar os efeitos.
Assim é que ele saneia as regiões insalubres, imuniza contra os miasmas pestíferos, fertiliza terras áridas e se industria em preservá-las das inundações; constrói habitações mais salubres, mais sólidas para resistirem aos ventos tão necessários à purificação da atmosfera e se coloca ao abrigo das intempéries. É assim, finalmente, que, pouco a pouco, a necessidade lhe fez criar as ciências, por meio das quais melhora as condições de habitabilidade do globo e aumenta o seu próprio bem-estar.

5. - Tendo o homem que progredir, os males a que se acha exposto são um estimulante para o exercício da sua inteligência, de todas as suas faculdades físicas e morais, incitando-o a procurar os meios de evitá-los. Se ele nada houvesse de temer, nenhuma necessidade o induziria a procurar o melhor; o espírito se lhe entorpeceria na inatividade; nada inventaria, nem descobriria. A dor é o aguilhão que o impede para a frente, na senda do progresso.



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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #41 em: 20 de Junho de 2016, 13:50 »
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6. - Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. Aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissenções, das injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades. Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem. Em si mesmo encontra o homem tudo o que lhe é necessário para cumpri-las. A consciência lhe traça a rota, a lei divina lhe está gravada no coração e, ao demais, Deus lha lembra constantemente por intermédio de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos, pela multidão dos Espíritos desencarnados que se manifestam em toda parte. Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim procede, é por virtude do seu livre-arbítrio: sofre então as consequências do seu proceder. (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, nos 4, 5, 6 e seguintes.)

7. - Entretanto, Deus, todo bondade, Pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência (nº 5).

8. - Pode dizer-se que o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido especial, também o mal não é atributo distinto; um é o negativo do outro. Onde não existe o bem, forçosamente existe o mal. Não praticar o mal, já é um princípio do bem. Deus somente quer o bem; só do homem procede o mal. Se na criação houvesse um ser preposto ao mal, ninguém o poderia evitar; mas, tendo o homem a causa do mal em SI MESMO, tendo simultaneamente o livre-arbítrio e por guia as leis divinas, evitá-lo-á sempre que o queira.
Tomemos para termo de comparação um fato vulgar. Sabe um proprietário que nos confins de suas terras há um lugar perigoso, onde poderia perecer ou ferir-se quem por lá se aventurasse. Que faz, a fim de prevenir os acidentes? Manda colocar perto um aviso, tornando defeso ao transeunte ir mais longe, por motivo do perigo. Ai está a lei, que é sábia e previdente. Se, apesar de tudo, um imprudente desatende o aviso, vai além do ponto onde este se encontra e sai-se mal, de quem se pode ele queixar, senão de si próprio? Outro tanto se dá com o mal: evitá-lo-ia o homem, se cumprisse as leis divinas. Por exemplo: Deus pôs limite à satisfação das necessidades: desse limite a saciedade adverte o homem; se este o ultrapassa, o faz voluntariamente. As doenças, as enfermidades, a morte, que daí podem resultar, provêm da sua imprevidência, não de Deus.

9. - Decorrendo, o mal, das imperfeições do homem e tendo sido este criado por Deus, dir-se-á, Deus não deixa de ter criado, se não o mal, pelo menos, a causa do mal; se houvesse criado perfeito o homem, o mal não existiria.
Se fora criado perfeito, o homem fatalmente penderia para o bem. Ora, em virtude do seu livre-arbítrio, ele não pende fatalmente nem para o bem, nem para o mal. Quis Deus que ele ficasse sujeito à lei do progresso e que o progresso resulte do seu trabalho, a fim de que lhe pertença o fruto deste, da mesma maneira que lhe cabe a responsabilidade do mal que por sua vontade pratique. A questão, pois, consiste em saber-se qual é, no homem, a origem da sua propensão para o mal 1.

10. - Estudando-se todas as paixões e, mesmo, todos os vícios, vê-se que as raízes de umas e outros se acham no instinto de conservação, instinto que se encontra em toda a pujança nos animais e nos seres primitivos mais próximos da animalidade, nos quais ele exclusivamente domina, sem o contrapeso do senso moral, por não ter ainda o ser nascido para a vida intelectual. O instinto se enfraquece, à medida que a inteligência se desenvolve, porque esta domina a matéria. O Espírito tem por destino a vida espiritual, porém, nas primeiras fases da sua existência corpórea, somente a exigências materiais lhe cumpre satisfazer e, para tal, o exercício das paixões constitui uma necessidade para o efeito da conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando. Mas, uma vez saído desse período, outras necessidades se lhe apresentam, a princípio semimorais e semimateriais, depois exclusivamente morais. É então que o Espírito exerce domínio sobre a matéria, sacode-lhe o jugo, avança pela senda providencial que se lhe acha traçada e se aproxima do seu destino final. Se, ao contrário, ele se deixa dominar pela matéria, atrasa-se e se identifica com o bruto. Nessa situação, o que era outrora um bem, porque era uma necessidade da sua natureza, transforma-se num mal, não só porque já não constitui uma necessidade, como porque se torna prejudicial à espiritualização do ser. Muita coisa, que é qualidade na criança, torna-se defeito no adulto. O mal e, pois, relativo e a responsabilidade é proporcionada ao grau de adiantamento.
Todas as paixões têm, portanto, uma utilidade providencial, visto que, a não ser assim, Deus teria feito coisas inúteis e, até, nocivas. No abuso é que reside o mal e o homem abusa em virtude do seu livre-arbítrio. Mais tarde, esclarecido pelo seu próprio interesse, livremente escolhe entre o bem e o mal.

(A GÊNESE, CAPÍTULO III - O bem e o mal. Origem do bem e do mal, ALLAN KARDEC)

__________
(1) O erro esta em pretender-se que a alma haja saído perfeita das mãos do Criador, quando este, ao contrario, quis que a perfeição resulte da depuração gradual do Espírito e seja obra sua. Houve Deus por bem que a alma, dotada de livre-arbítrio, pudesse optar entre o bem e o mal e chegasse a suas finalidades últimas de forma militante e resistindo ao mal. Se houvera criado a alma tão perfeita quanto ele e, ao sair-lhe ela das mãos, a houvesse associado à sua beatitude eterna, Deus tê-la-ia feito, não à sua imagem, mas semelhante a si próprio.
(Bonnamy, A Razão do Espiritismo, cap. VI.)

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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #42 em: 20 de Junho de 2016, 14:00 »
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FERMENTO VELHO

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"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa." - Paulo.
(I CORÍNTIOS, 5:7.)

Existem velhas fermentações de natureza mental, que representam tóxicos perigosos ao equilíbrio da alma.

Muito comum observarmos companheiros ansiosos por íntima identificação com o pretérito, na teia de passadas reencarnações.

Acontece, porém, que a maioria dos encarnados na Terra não possuem uma vida pregressa respeitável e digna, em que possam recolher sementes de exemplificação cristã.

Quase todos nos embebedávamos com o licor mentiroso da vaidade, em administrando os patrimônios do mundo, quando não nos embriagávamos com o vinho destruidor do crime, se chamados a obedecer nas obras do Senhor.

Quem possua forças e luzes para conhecer experiências fracassadas, compreendendo a própria inferioridade, talvez aproveite algo de útil, relendo páginas vivas que se foram.

Os aprendizes desse jaez, contudo, são ainda raros, nos trabalhos de recapitulação na carne, junto da qual a Compaixão Divina concede ao servo falido a bênção do esquecimento para a valorização das novas iniciativas.

Não guardes, portanto, o fermento velho no coração.

Cada dia nos conclama à vida mais nobre e mais alta.

Reformemo-nos, à claridade do Infinito Bem, a fim de que sejamos nova massa espiritual nas mãos de Nosso Senhor Jesus.

(Do livro "Vinha de Luz ", Emmanuel, FCXavier)

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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita
« Responder #43 em: 20 de Junho de 2016, 17:34 »
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Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita

      Ref resp #39 em: 20 06 16, às 13:24, de Moisés

      Olá, Moisés, se ler com atenção, vc verá que tentou responder a pergunta que fiz na resp anterior, usando questões de O Livro dos Espiritos; mas tentou e não conseguiu responder, só deu meia-resposta. As questões 114 e 115 de OLE não respondem aquela pergunta, como podemos ver abaixo:

      Conf (msg ant): ... "Qual deve ser a causa que faz que, na criação (criação “especial” de Deus, como diz a doutrina), hajam hipócritas e que estes desejem ser honrados pelos demais e assim alardeiam sobre as “esmolas” que dão? O que nos fez a todos tão desiguais se, no princípio, éramos todos perfeitamente iguais?!!"

      Moisés, vc respondeu citando de OLE:

      114. Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que procuram melhorar-se? Resp: — Os Espíritos mesmos se melhoram; melhorando-se, passam de uma ordem inferior para uma superior.

      115. Uns Espíritos foram criados bons e outros maus? Resp: — Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um deles uma missão, com o fim de os esclarecer e progressivamente conduzir à perfeição, pelo conhecimento da verdade e para os aproximar dele. A felicidade eterna e sem perturbações, eles a encontrarão nessa perfeição. Os Espíritos adquirem, o conhecimento passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais prontamente ao seu destino; outros não conseguem sofrê-las sem lamentação, e assim permanecem, por sua culpa, distanciados da perfeição e da felicidade prometida.

      Conf: pois aí está, meu caro amigo Moisés; novamente lhe peço que observe como temos de fazer perguntas acerca dos ensinamentos da doutrina, pois nas questões que vc citou não está a resposta, pois:

      - primeiro: se, conforme afirma a doutrina, os espíritos são criados todos perfeitamente iguais, qual é a causa de uns se esforçarem para se melhorar e outros não? Ou de uns se esforçarem mais do que outros?

      - segundo:  se somos todos criados perfeitamente iguais, qual é a causa de uns aceitarem as provas que Deus lhe dá com submissão (e com isso chegam mais prontamente ao seu destino), enquanto outros não conseguem sofrê-las sem lamentação (e com isso se atrasam em relação aos primeiros, e assim permanecem, por sua culpa, distanciados da perfeição e da felicidade prometida)?

      Vc consegue responder qual é a causa dessa desigualdade? Consegue encontrar essa resposta na codificação?

      Estou errado ao dizer que precisamos perguntar? Que a codificação tem várias questões sem resposta, ou só com meia-resposta?

« Última modificação: 20 de Junho de 2016, 18:11 by lconforjr »
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« Responder #44 em: 20 de Junho de 2016, 19:20 »
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Citação de: lconforjr em 20 de Junho de 2016, 17:34
Re: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita

      Ref resp #39 em: 20 06 16, às 13:24, de Moisés

      Olá, Moisés, se ler com atenção, vc verá que tentou responder a pergunta que fiz na resp anterior, usando questões de O Livro dos Espiritos; mas tentou e não conseguiu responder, só deu meia-resposta. As questões 114 e 115 de OLE não respondem aquela pergunta, como podemos ver abaixo:

      Conf (msg ant): ... "Qual deve ser a causa que faz que, na criação (criação “especial” de Deus, como diz a doutrina), hajam hipócritas e que estes desejem ser honrados pelos demais e assim alardeiam sobre as “esmolas” que dão? O que nos fez a todos tão desiguais se, no princípio, éramos todos perfeitamente iguais?!!"

      Moisés, vc respondeu citando de OLE:

      114. Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que procuram melhorar-se? Resp: — Os Espíritos mesmos se melhoram; melhorando-se, passam de uma ordem inferior para uma superior.

      115. Uns Espíritos foram criados bons e outros maus? Resp: — Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um deles uma missão, com o fim de os esclarecer e progressivamente conduzir à perfeição, pelo conhecimento da verdade e para os aproximar dele. A felicidade eterna e sem perturbações, eles a encontrarão nessa perfeição. Os Espíritos adquirem, o conhecimento passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais prontamente ao seu destino; outros não conseguem sofrê-las sem lamentação, e assim permanecem, por sua culpa, distanciados da perfeição e da felicidade prometida.

      Conf: pois aí está, meu caro amigo Moisés; novamente lhe peço que observe como temos de fazer perguntas acerca dos ensinamentos da doutrina, pois nas questões que vc citou não está a resposta, pois:

      - primeiro: se, conforme afirma a doutrina, os espíritos são criados todos perfeitamente iguais, qual é a causa de uns se esforçarem para se melhorar e outros não? Ou de uns se esforçarem mais do que outros?

      - segundo:  se somos todos criados perfeitamente iguais, qual é a causa de uns aceitarem as provas que Deus lhe dá com submissão (e com isso chegam mais prontamente ao seu destino), enquanto outros não conseguem sofrê-las sem lamentação (e com isso se atrasam em relação aos primeiros, e assim permanecem, por sua culpa, distanciados da perfeição e da felicidade prometida)?

      Vc consegue responder qual é a causa dessa desigualdade? Consegue encontrar essa resposta na codificação?

      Estou errado ao dizer que precisamos perguntar? Que a codificação tem várias questões sem resposta, ou só com meia-resposta?


Por que o amigo tem prazer em desviar os assuntos?
Que tal cooperar com o estudo mensal ?

Origem e Natureza dos Espíritos

Perguntas de Allan Kardec aos Espíritos Superiores

76. Que definição se pode dar dos Espíritos?

“Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material.”

77. Os Espíritos são seres distintos da Divindade, ou serão simples emanações ou porções desta e, por isto, denominados filhos de Deus?

“Meu Deus! São obra de Deus, exatamente qual a máquina o é do homem que a fabrica. A máquina é obra do homem, não é o próprio homem. Sabes que, quando faz alguma coisa bela, útil, o homem lhe chama sua filha, criação sua. Pois bem! O mesmo se dá com relação a Deus: somos Seus filhos, pois que somos obra Sua.”

78. Os Espíritos tiveram princípio, ou existem, como Deus, de toda a eternidade?

“Se não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, quando, ao invés, são criação Sua e se acham submetidos à Sua vontade. Deus existe de toda a eternidade, é incontestável. Quanto, porém, ao modo porque nos criou e em que momento o fez, nada sabemos. Podes dizer que não tivemos princípio, se quiseres com isso significar que, sendo eterno, Deus há de ter sempre criado ininterruptamente. Mas, quando e como cada um de nós foi feito, repito-te, nenhum o sabe: aí é que está o mistério.”

79. Pois que há dois elementos gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento material, poder-se-á dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do elemento material?

“Evidentemente. Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.”

80. A criação dos Espíritos é permanente, ou só se deu na origem dos tempos?

“É permanente. Quer dizer: Deus jamais deixou de criar.”

81. Os Espíritos se formam espontaneamente, ou procedem uns dos outros?

“Deus os cria, como a todas as outras criaturas, pela Sua vontade. Mas, repito ainda uma vez, a origem deles é mistério.”

82. Será certo dizer-se que os Espíritos são imateriais?

“Como se pode definir uma coisa, quando faltam termos de comparação e com uma linguagem deficiente? Pode um cego de nascença definir a luz? Imaterial não é bem o termo; incorpóreo seria mais exato, pois deves compreender que, sendo uma criação, o Espírito há de ser alguma coisa. É a matéria quintessenciada, mas sem analogia para vós outros, e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos.”

Comentário de Kardec. Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria. Um povo de cegos careceria de termos para exprimir a luz e seus efeitos. O cego de nascença se julga capaz de todas as percepções pelo ouvido, pelo olfato, pelo paladar e pelo tato. Não compreende as idéias que só lhe poderiam ser dadas pelo sentido que lhe falta. Nós outros somos verdadeiros cegos com relação à essência dos seres sobre-humanos. Não os podemos definir senão por meio de comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço da imaginação.

83. Os Espíritos têm fim?
Compreende-se que seja eterno o princípio donde eles emanam, mas o que perguntamos é se suas individualidades têm um termo e se, em dado tempo, mais ou menos longo, o elemento de que são formados não se dissemina e volta à massa donde saiu, como sucede com os corpos materiais. É difícil de conceber-se que uma coisa que teve começo possa não ter fim.

“Há muitas coisas que não compreendeis, porque tendes limitada a inteligência. Isso, porém, não é razão para que as repilais. O filho não compreende tudo o que a seu pai é compreensível, nem o ignorante tudo o que o sábio apreende. Dizemos que a existência dos Espíritos não tem fim. É tudo o que podemos, por agora, dizer.”

« Última modificação: 20 de Junho de 2016, 19:27 by Moises de Cerq. Pereira »
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