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    Re: Haverá falsos cristos e falsos profetas

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Resumo do Tópico

Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 27 de Fevereiro de 2017, 14:25 »
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Falsos Profetas

Caracterizam-se pelo verbalismo exagerado, quando utilizando a instrumentalidade mediúnica.

Em arroubos dourados comentam, prolixos, os mais variados temas, não obstante chegarem a conclusão nenhuma.

Cultores da própria vaidade, comprazem-se em estimular o fanatismo exacerbado, utilizando a palavra com habilidade, através de cujo recurso encorajam os sentimentos infelizes do orgulho entre os seus ouvintes, cumulando-os de referências pomposas embora vazias de significação.

Quando se lhes solicitam esclarecimento ou permitem interrogações à cata de informes com os quais seja possível aquilatar-lhes a evolução, rebelam-se ferozes, dizendo-se feridos nos valores que a si se atribuem, traindo a inferioridade em que se demoram.

Arrogantes, estimam a ignorância presunçosa dominadores e arbitrários, com altas doses de empáfia com que se jactam guias e condutores.

Outras vezes arremetem-se pela seara do profetismo sensacionalista, enveredando pelo terreno das fantasias, tão do gosto da frivolidade ou da ingenuidade de grande cópia das criaturas humanas.

Tecem comentários vastos sobre a vida em outros planetas, discorrendo, levianos, temas controvertidos nos quais, sejam quais forem as conclusões da honesta investigação do futuro, dispõem de válvulas para escapatórias vulgares.

Pseudo-sábios conforme os denominou o Codificador do Espiritismo, quando se percebem suspeitos ante os que os ouvem, não se constrangem de utilizar nomes que exornaram personalidades históricas, sábios ou santos para melhor enganarem os espíritos invigilantes, embora encarnados, que se comprazem na ilusão, distantes da responsabilidade pessoal e intransferível da tarefa de renovação interior.

Falsos profetas da Erraticidade, que são!

A desencarnação não os modificou -

Amantes da ficção e sócios da mentira, quando no corpo somático, prosseguem no engôdo a que se permitiram arrastar, sintonizando com outras mentes ociosas do plano físico, a que se vinculam, dando prosseguimento aos programas infelizes que lhes apraz.

Fáceis de identificar, devem evangelicamente receber instrução, advertidos e reprochados fraternalmente.

Às vezes, investem contra grupos respeitáveis, testando a excelência moral dos componentes da atividade espírita em começo - Precipitados, todavia, logo desvelam os propósitos que os inspiram.

*
Também os há no plano físico.

Zelosos, passam como fiscais do labor alheio, preocupados em encontrar em tudo e em todos mistificações e mistificadores, com que traem o estado Íntimo -

Acreditam-se encarregados de guardar a Verdade e somente eles a possuem em mais altas expressões, descuidando, como é natural, do próprio comportamento, revelando, assim, nas atitudes apaixonadas e nas posições inamovíveis a que se fixam, a condição de espíritos atormentados, companheiros atormentadores.

Confiam nas fôrças que supõem possuir, jactanciosos, esquecidos de que a Vinha pertence ao Senhor que labora incessantemente -

Preocupados em descobrir falhas e engôdos descuram a atividade nobre de ensinar corretamente, relegando como deveriam os irresponsáveis à Lei que deles se encarregará, fiscalizando-se com maior serenidade, a benefício da Causa ou das Ideias que dizem defender.

Expressam uma classe especial de falsos profetas - são os novos zelotes.

*
A mentira, porém, de qualquer procedência, não resiste ao tempo, nem à meridiana luz da autenticidade.

Os que mentem, encarnados ou desencarnados, não desacreditam a verdade: iludem-se, perturbando-se, em decorrência das atitudes e conceitos cultivados.

Por essa razão, ama tu a atitude correta, ora e vigia, para que não sejas vítima daqueles espíritos atormentados e enganadores do Além

Da mesma forma não te faças acusador de ninguém, antes impõe-te a tarefa de proceder com retidão, ensinar com segurança doutrinária e servir sempre, pois que o Senhor até hoje trabalha, sem a excessiva preocupação de eliminar do campo os maus trabalhadores aos quais concede Ele oportunidade e oportunidades, por não desejar que ovelha alguma que o Pai lhe confiou se perca, mas antes seja salva.

*
"Meus bem-amados, não creais em qualquer espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo".
 São João, Epístola 1ª, Capítulo 4º, versículo 1.

*
"O Espiritismo revela outra categoria bem mais perigosa de falsos Cristos e de falsos profetas, que se encontram, não entre os homens, mas entre os desencarnados: a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e tomam nomes venerados para, sob a máscara de que se cobrem, facilitarem a aceitação das mais singulares e absurdas ideias".
Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 21º - Item 7, parágrafo 2.

.......................................
Médium:Divaldo Franco Pereira.
Espírito Joanna de Ângelis.
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 23 de Fevereiro de 2017, 14:04 »
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A Falsa Mendiga

Zezélia pedia esmolas, havia muitos anos.

Não era tão doente que não pudesse trabalhar, produzindo algo de útil, mas não se animava a enfrentar qualquer disciplina de serviço.

- Esmola pelo amor de Deus! - clamava o dia inteiro, dirigindo-se aos transeuntes, sentada à porta de imundo telheiro.

De quando em quando, pessoas amigas, depois de lhe darem um niquel, aconselhavam:

- Zezélia, você não poderia plantar algum milho?

- Não posso... - respondia logo.

- Zezélia, quem sabe poderia você beneficiar alguns quilos de café?

- Quem sou eu, meu filho? não tenho forças...

- Não desejaria lavar roupa e ganhar algum dinheiro? - indagavam damas bondosas.

- Nem pensar nisto. Não agüento...

- Zezélia, vamos vender flores! - convidavam algumas jovens que se compadeciam dela.

- Não posso andar, minhas filhas!... - exclamava, suspirando.

- E o bordado, Zezélia? - interrogava a vizinha, prestativa - você tem as mãos livres. A agulha é uma boa companheira. Quem sabe poderá ajudar-nos? Receberá compensadora remuneração.

- Não tenho os dedos seguros - informava, teimosa - e falta-me suficiente energia... Não posso, minha senhora...

E, assim, Zezélia vivia prostrada, sem ânimo, sem alegria.

Afirmava sentir dores por toda parte do corpo. Dava noticias da tosse, da tonteira e do resfriado com longas palavras que raras pessoas dispunham de tempo para ouvir. Além das lamentações contínuas, clamava que não bebia café por falta de açúcar, que não almoçara por não dispor de alimentação.

Tanto pediu, chorou e se queixou Zezélia que, em certa manhã, foi encontrada morta e a caridade pública enterrou-lhe o corpo com muita piedade.

Todos os vizinhos e conhecidos julgaram que a alma de Zezélia fora diretamente para o Céu; entretanto, não foi assim.

Ela acordou em meio dum campo muito escuro e muito frio.

Achava-se sem ninguém e gritou, aflita, pelo socorro de Deus.

Depois de muito tempo, um anjo apareceu e disse-lhe, bondoso:

- Zezélia, que deseja você?

- Ah! - observou, muito vaidosa - já sou conhecida na Casa Celestial?.

- Há muito tempo - informou o emissário, compadecido.

A velha começou a chorar e rogou em pranto:

- Tenho sofrido muito!... quero o amparo do Alto!...

- Mas, ouça! - esclareceu o mensageiro o auxílio divino é para quem trabalha. Quem não planta, nada tem a colher. Você não cavou a terra, não cuidou de plantas, não ajudou os animais, não fiou o algodão, não teceu fios, não costurou o pano, não amparou crianças, não fez pão, não lavou roupa, não varreu a casa, não cuidou de flores, não tratou nem mesmo de sua saúde e de seu corpo...

Como pretende receber as bênçãos de Cima?

A infeliz observou, então:

- Nada podia fazer... eu era mendiga...

O anjo, contudo, replicou:

- Não, Zezélia! - você não era mendiga. Você foi simplesmente preguiçosa. Quando aprender a trabalhar, chame por nós e receberá o socorro celeste.

Cerrou-se-lhe aos olhos o horizonte de luz e, às escuras, Zezélia voltou para a Terra, a fim de renovar-se.

................................................................................................
XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio. FEB.
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 23 de Fevereiro de 2017, 12:20 »
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"Eu penso que entre a natureza da pergunta e o pronunciar de uma resposta, há uma lacuna para a conquista do entendimento e neste porém pode-se esconder neste minimo intervalo um imenso universo, um tempo colossal e uma distância imensurável..."


Moisés
Enviado por: Dothy
« em: 22 de Fevereiro de 2017, 01:09 »
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“Falso Profeta”

Falso profeta não é somente aquele que perturba o serviço da fé religiosa.

Sempre que negamos a execução fiel dos nossos deveres, somos mistificadores, diante da Lei Divina, que nos emprestou os dons da Terra, em favor do aprimoramento de nós mesmos.

Na maledicência, somos falsos profetas da fraternidade.

Na discórdia, somos falsos profetas mistificadores da paz.

Na preguiça, somos falsos profetas charlatães do trabalho.

Na indiferença, somos falsos profetas inimigos do dever.

Toda vez que olvidamos as nossas obrigações de solidariedade para com os nossos semelhantes, que prejudicamos o serviço que nos cabe atender, que fugimos aos nossos testemunhos de humildade, que oprimimos as criaturas inferiores, somos falsos profetas do ideal superior que abraçamos com o Cristo.

A Terra é a nossa escola.

O Lar é o nosso templo.

O Próximo é o nosso irmão.

A Humanidade é a nossa família.

A Luta é o nosso aprendizado.

A Natureza é o livro sublime da vida.

- See more at: http://www.cefa.org.br/hora-do-evangelho-cap-21-itens-6-e-7-nao-acrediteis-em-todos-os-espiritos-1172016/#sthash.f7k6DYUs.dpuf
Enviado por: Dothy
« em: 22 de Fevereiro de 2017, 01:02 »
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Boa noite amigos


Missão dos profetas

As referências históricas a respeito de profetas sempre remetem a personalidades com dom da adivinhação.
No entanto, no Evangelho profeta tem uma significação mais ampla e profunda – aquele que tem como missão instruir os homens e lhes falar sobre os ensinamentos maiores.
É uma missão muito importante, muito especial, à qual deveríamos nos engajar todos nós – sermos porta-vozes das mensagens evangélicas, sermos propagadores dos ensinamentos do Amado Mestre Jesus.
Mais do que meros propagadores por palavras, sermos exemplos vivos desses ensinamentos em todos os momentos através das nossas ações.
Podemos observar muitas vezes pessoas que aparentemente querem nos falar a respeito do Evangelho e dos prodígios do Amado Mestre enquanto entre nós como Jesus. No entanto, poucas vezes podemos observar essas mesmas pessoas exercitando de forma verdadeira os princípios evangélicos em suas vidas. Essas pessoas são falsos profetas, pois não mantêm a essência dos ensinamentos em seus corações e por isso não conseguem agir como verdadeiros apóstolos do Cristo.
Podemos reconhecer o verdadeiro profeta através de suas ações. Como diz o Evangelho “são as obras que deveis examinar. Se os que se dizem investidos de poder divino revelam sinais de uma missão de natureza elevada, isto é, se possuem no mais alto grau as virtudes cristãs e eternas: a caridade, o amor, a indulgência, a bondade que concilia os corações; se, em apoio das palavras, apresentam os atos, podereis então dizer: Estes são realmente enviados de Deus.” (Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. XXI, item 8)
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 21 de Fevereiro de 2017, 14:28 »
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Conheça algumas pistas faciais que podem indicar quando alguém está mentindo.

Timing: as expressões verdadeiras são muito rápidas, enquanto as falsas tendem a permanecer mais tempo na face.

Localização: refere-se à sincronia das expressões faciais com as palavras e movimentos do corpo. Na mentira, a expressão da emoção aparece segundos depois do pronunciamento das palavras.

Piscar: as piscadas tendem a aumentar (frequência e tempo de duração) quando existe conflito entre o que se pensa e o que se fala.

Expressões assimétricas: as expressões verdadeiras são simétricas, as falsas são assimétricas.

Sorriso falso: utilizado para tentar encobrir uma emoção negativa. Este sorriso é assimétrico, há mistura de emoções na face, aparece e some do rosto de repente e é exagerado, com alterações de intensidade.

Fuga do olhar: o bom mentiroso é capaz de sustentar o olhar durante a dissimulação, mas esta pode ocorrer quando ele precisa responder perguntas capciosas.

As expressões faciais autenticas não possuem um sistema de feedback sensorial, e por isso são involuntárias e possuem um tempo de duração relativamente curto. Expressar uma emoção que não se sente nem sempre é possível

Identificar a mentira não é uma tarefa fácil. Segundo Ekman (2005) as pessoas gostam de acreditar no que lhes é contado. São poucas as pessoas que percebem, sem grande resistência, que estão sendo traídas ou que seus filhos estão usando drogas. Para aceitar algo assim é preciso enfrentar o problema e, é justamente isso que a maior parte das pessoas quer evitar. Em função de mecanismos de defesa contra o que nos incomoda e tememos confrontar, as evidencias ligadas à dissimulação tendem a passar despercebidas.

Do ponto de vista evolutivo, não seria vantajoso ser um detector de mentiras perfeito, pois em grupos pequenos esse tipo de percepção muitas vezes acaba mal, uma vez que um dos envolvidos é retirado ou levado a se retirar do grupo (Ekman , 2005).

Embora a identificação da mentira por meio de pistas não verbais seja algo difícil de realizar, se considerarmos os três cuidados, enumerados acima, que devemos tomar, bem como aprendermos a analisar os sinais da mentira, é possível aumentar nossas chances de identificar corretamente quando alguém está mentindo com sucesso.

...

Mônica Portella
é terapeuta cognitivo-comportamental, doutora em Psicologia (UFRJ), diretora científica, coordenadora e professora de cursos de pós-graduação do Centro de Psicologia e Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental (CPAF-RJ).

Maurício Canton Bastos é terapeuta cognitivo-comportamental, doutor em Psicologia (UFRJ) e diretor técnico do CPAF-RJ.
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 21 de Fevereiro de 2017, 14:25 »
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Feedback sensorial

As pessoas possuem maior dificuldade de mentir com a face do que com as palavras, sendo que ao falar podem monitorar suas palavras através da audição. O mesmo não ocorre com as expressões faciais autênticas que, além de não possuírem um sistema de feedback sensorial, são involuntárias e possuem um tempo de duração relativamente curto. Inibir uma expressão facial verdadeira pode ser muito difícil, e nem sempre estamos atentos o suficiente para antecipar a sua ocorrência e controlá-la a tempo de escondê-la por meio de outra expressão.

Por outro lado, podemos dizer que demonstrar na face uma emoção que não é sentida nem sempre é possível, porque as vias neurais subjacentes às expressões espontâneas (verdadeiras) e às posadas (falsas) são diferentes, e os músculos faciais respondem de maneira diferente a estímulos provenientes de cada uma.

Identificação da mentira

Primeiramente, é necessário fazer uma análise global do comportamento não verbal do interlocutor. Isto é, não é possível dizer que alguém está mentindo porque percebemos um ou dois sinais de mentira.

Não há um sinal particular que indique mentira, ou seja, nenhum gesto, expressão facial ou mudança na paralinguagem que por si mesmo signifique que a pessoa está mentindo.

Nenhum comportamento isoladamente indica com toda a segurança que uma pessoa está mentindo. A análise do comportamento não verbal da mentira deve ser realizada levando-se em consideração vários comportamentos não verbais. Em suma, para fazer uma análise correta é importante constatar a presença de uma série de sinais indicadores de mentira. Além disso, as pistas não verbais da mentira não são as mesmas para todas as pessoas, que fornecem um conjunto de pistas não verbais diferentes ao mentir.

Em segundo lugar, devemos ter cuidado para não confundir, nem interpretar como mentira sinais de ansiedade, medo ou de desconforto emocional ou físico. Por exemplo, os manipuladores e mudanças posturais podem aumentar durante a mentira. No entanto, não podemos afirmar que uma pessoa está mentindo tomando apenas como base estes gestos, que também costumam aumentar durante o medo ou quando a pessoa está desconfortável.

Finalmente, antes de suspeitar que alguém está mentindo, é importante conhecer o comportamento usual da pessoa, obtendo assim uma linha de base de seu comportamento. Ou seja, antes de suspeitar de dissimulação é importante conhecer o comportamento natural da pessoa. Por exemplo, se uma pessoa costuma contar usando todos os dedos e, em uma determinada situação, conta apenas com o dedo médio em riste, podemos suspeitar que está tentando dissimular a emoção de raiva. Porém, se costuma contar utilizando apenas o dedo médio em riste, esse sinal faz parte de seu comportamento natural.

Aceitar a verdade

Pesquisas indicam que conseguimos identificar melhor a dissimulação depois de ter acesso à linha de base comportamental do nosso interlocutor. Por isso, ao tentar identificar a mentira por meio de indícios não verbais, sugerimos que se passe algum tempo analisando o comportamento não verbal geral de seu interlocutor. A chance de uma pessoa sem treinamento identificar a mentira corretamente é de 50%, ou seja, o mesmo que o acaso.
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 21 de Fevereiro de 2017, 14:23 »
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Uso do espaço: pessoas honestas e confiantes tendem a ocupar mais espaço do que as que se sentem menos seguras, que tendem a ocupar menos espaço, mantendo braços e pernas perto do corpo, bem como esconder as mãos. Enfim, pessoas menos seguras tendem a encolher-se de alguma maneira. No entanto, usar menos espaço não garante que a pessoa esteja mentindo, e sim de que ela está insegura.

Paralinguagem: a paralinguagem pode ser definida como toda a atividade comunicativa não verbal que acompanha o comportamento verbal, propriamente dito. A paralinguagem refere-se aos componentes não linguísticos que aparecem na fala, por exemplo, a velocidade da fala, as pausas, erros no discurso, volume, tom de voz etc.

Embora tenhamos grande controle sobre o conteúdo de nossa fala, a paralinguagem pode nos trair, fornecendo pistas de que estamos mentindo. Logo, é necessário ser um mentiroso profissional para não cometer enganos, sendo que as pessoas comuns frequentemente fornecem pistas por meio da paralinguagem de que estão mentindo.

Olhando a mentira

O olhar contribui para a detecção da mentira, segundo o Laboratório de Expressão Facial da Emoção, da Faculdade de Ciências da Saúde, da Universidade Fernando Pessoa. O procedimento consistiu na identificação e reconhecimento da mentira por meio de histórias verdadeiras e falsas, às quais se associava um determinado tipo de olhar (direto, evasivo, objetivo, direito, esquerdo, frente, perfil, miose, midríase, normal, para cima, para baixo, ao centro). Os dados revelados seguiram esta ordem: da intensidade (midríase e miose), da incidência (evasivo), da inclinação (para baixo, para cima) e da lateralidade (perfil).

Omitir informação não pode ser considerado mentira em algumas ocasiões. Em um jogo de pôquer espera-se que o bom jogador blefe durante a partida

Listamos a seguir algumas alterações sutis na paralinguagem que podem indicar que alguém esteja mentindo:

          Discurso: ao mentir as pessoas perdem a fluência verbal, não conseguindo desenvolver o assunto. Algumas pessoas parecem ficar muito fluentes durante a mentira, porém, se o discurso dessas for analisado cuidadosamente, é possível verificar que o mesmo é vago e repetitivo. Ou seja, a pessoa fala, fala e não comunica nada. A repetição ocorre para ganhar tempo a fim de pensar na mentira que está contando.

Resposta: ao responder perguntas, a pessoa, em geral, hesita e fornece uma resposta curta. Aquele que dissimula pode empregar a tática do retardamento ao responder às perguntas, que consiste em ganhar tempo para se formular uma resposta. A versão mais comum dessa estratégia consiste em pedir ao interlocutor que repita a pergunta.

Pausas: as pistas mais comuns da mentira são as pausas, que se tornam mais frequentes e maiores durante a dissimulação. Isso ocorre porque aquele que mente precisa ganhar tempo para pensar na mentira que está inventando.

Tom de voz e volume: o tom de voz, em geral, torna-se mais agudo durante a mentira. No entanto, este pode ficar agudo também quando a pessoa está ansiosa. Ou seja, o tom de voz agudo não significa necessariamente mentira e, sim, nervosismo ou ansiedade.

O volume da fala, por sua vez, torna-se mais alto durante o processo de dissimulação.
Erros no discurso: é comum que a pessoa cometa erros no discurso (gaguejar, trocar letras ou pronunciar palavras de maneira parcial) ao mentir. Esse tipo de erro denota que o dissimulador não elaborou adequadamente o seu plano, não supôs que iria mentir ou foi pego de surpresa por uma pergunta.

Em um relacionamento afetivo-sexual, quando se desconfia de uma traição, a mentira pode levar a quebra da confiança, e impossibilitar a continuação do relacionamento
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 21 de Fevereiro de 2017, 14:22 »
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A quantidade de pistas não verbais da mentira é imensa, por isso impossível de controlar. Além disso, as pessoas comumente estão mais preocupadas com o que dizem, do que com aspectos sutis de seu comportamento não verbal.

Embora o bom mentiroso emita um menor número de sinais com o corpo e a face, suprimindo a maior parte dos movimentos que evidenciam a mentira, restam quase sempre alguns pequenos sinais difíceis de serem suprimidos/eliminados (EKMAN, 1985; 2003; MORR IS, 1996; PORTRTELL A, 2006).

“Mentimos mais facilmente com as palavras do que com
os gestos, posturas e expressões faciais“


Postura gestual


As pistas mais facilmente suprimidas na mentira são os gestos. Apesar disso, tanto as pessoas que mentem quanto a vítima da mentira, costumam prestar pouca atenção a esses, e, sabendo disso, poucas pessoas efetivamente procuram controlar os gestos. Por isso, gestos, posturas e movimentos do corpo podem se tornar uma fonte valiosa de informação no que se refere à mentira. Listamos, a seguir, alguns exemplos do comportamento gestual indicadores de mentira:

Emblemas: são os gestos que em uma determinada cultura, possuem um significado preciso, sendo usados no lugar de uma palavra ou quando não se pode falar. Por exemplo, balançar a cabeça afirmativamente, em sinal de ‘sim’. Os emblemas, aparecem cordados e/ou incompletos quando uma pessoa mente, aparecendo, fora da região de apresentação (entre pescoço e quadril).

Como exemplos de emblemas na cultura ocidental, podemos citar o levantar de ombros em sinal de interrogação ou incerteza, e o balançar da cabeça em sinal de ‘sim’ ou ‘não’. Ao mentir, é comum as pessoas levantarem sutilmente um dos ombros antes de responder a uma pergunta. Ou, acenar, sutilmente, negativamente com a cabeça, enquanto respondem que ‘sim’ a uma pergunta.

Ilustradores ou sinais de batuta: os ilustradores ou sinais de batuta são gestos diretamente ligados à fala e servem para enfatizar ou ilustrar o discurso. Pesquisas sobre a mentira indicam que as pessoas ao mentir tendem a usar uma menor quantidade de ilustradores. Ou seja, as pessoas fazem menos gestos com as mãos. Além disso, esses gestos, em geral, aparecem fora de sincronia com o discurso quando alguém esta mentindo. Por exemplo, ao enumerar tópicos ilustrando com os dedos (um, dois, três, quatro etc.), os gestos de enumeração aparecem atrasados em relação à fala da pessoa.

Manipuladores ou adaptadores: esses gestos não estão diretamente relacionados à fala. Caracterizam- se como movimentos de automanipulação, como esfregar as mãos, coçar o nariz, encobrir a boca com a mão, passar a mão pelo cabelo, coçar o queixo etc. A frequência de manipuladores, em geral, aumenta quando estamos tensos e ansiosos, não necessariamente quando estamos mentindo. No entanto, como muitas pessoas sentem-se tensas e ansiosas ao mentir, os manipuladores tendem a aparecer nessa situação, em função de desconforto psicológico e/ou ansiedade.

A mentira, às vezes, pode ser perigosa para os envolvidos. É o caso da criança que, por diversas vezes, comparece às aulas com machucados, e que diz que está sempre caindo, com isso o professor deixa de perceber a situação de violência doméstica

Mudanças posturais: ao mentir as pessoas tendem a executar um maior número de movimentos e mudanças de postura. Esses movimentos podem ser interpretados como intenção de fuga, que não se concretiza, mas ainda assim, se manifesta de forma parcial. Mudanças posturais, necessariamente, não significam mentira, podendo ocorrer quando a pessoa está desconfortável física ou psiquicamente.
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 21 de Fevereiro de 2017, 14:20 »
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SINAIS NÃO VERBAIS DA MENTIRA

Psicólogos clínicos têm empregado tradicionalmente sonhos, associações livres, esquecimentos, atos falhos e contradições para descobrir problemas que os clientes ocultam no setting terapêutico

Por Mônica Portella e Maurício Canton Bastos

A mentira pode ser definida como o ato de enganar alguém deliberadamente, sem antes informá-lo de tal intenção. Omitir informação em um jogo de pôquer não significa estar mentindo, pois é esperado que um bom jogador blefe durante a partida. Da mesma forma, um ator não tem a expectativa de que seu público acredite que os sentimentos e emoções expressos durante o seu desempenho são reais.

As mentiras aparecem frequentemente em situações sociais. Otta (1994) enumera algumas destas situações:

1 - as pessoas podem mentir em um jantar quando é servido um prato do qual não gostam. Assim, para não ser desagradável, muitos dizem à dona da casa que a comida é ótima, mas que estão de dieta;

2 - um casal prestes a se separar pode se comportar em público como se tudo estivesse bem;

3 - um político em meio a um caos econômico pode garantir a população que a situação no país encontra-se estabilizada. Esses são exemplos de mentiras contadas no dia a dia, nos encontros e desencontros entre as pessoas.

Por outro lado, a mentira, às vezes, pode ser danosa, perigosa e até mesmo prejudicial para os envolvidos. É fácil imaginar situações onde a mentira gera implicações graves e, portanto, é necessário identificá-la o mais rápido possível. Essas situações são muito diferentes daquelas que envolvem a mentira social.

1 - um juiz ao dar o veredicto de um processo deve estar atento aos sinais indicadores de mentira, para proceder com justiça;

2 - um professor, ao lidar com um aluno que, por diversas vezes, comparece às aulas machucado, poderá aceitar, ou não, a desculpa de que este está sempre caindo, deixando de perceber a situação de violência doméstica;

3- o empresário a fim de evitar problemas em uma negociação deve ser hábil para reconhecer sinais de mentira em seus colegas e parceiros de negociação;

4 - em um relacionamento afetivo-sexual, quando uma das partes percebe que a outra está escondendo algo sério (como uma traição ou desvio de posses do casal), pode sentir-se mal e sofrer, a continuação da mentira pode levar à quebra da confiança, muita vezes, impossibilitando a continuação do relacionamento.

Para decidir se uma mentira é inofensiva (mentira social), devemos nos perguntar como o nosso interlocutor se sentiria se descobrisse que mentimos. Se pensarmos que o interlocutor interpretaria a mentira como quebra de confiança ou tentativa de tirar vantagem, significa que de inocente a mentira não tem nada. Isto quer dizer, provavelmente, que essa mentira é grave, talvez até mesmo prejudicial. Obviamente que isso não é válido para as convenções sociais e gentilezas (mentiras sociais – sem consequência danosa).

Psicólogos clínicos têm empregado tradicionalmente, sonhos, associações livres, esquecimentos, atos falhos e contradições para descobrir problemas que os clientes ocultam no setting terapêutico. Freud e seus colaboradores se utilizaram de tais indícios para trabalhar as contradições com os seus pacientes. Outras abordagens terapêuticas também se utilizam de técnicas para detectar contradições e trabalhá-las no setting terapêutico (Otta, 1994). O comportamento não verbal aparece como uma fonte de acesso aos estados emocionais do cliente e indica contradições entre o que o cliente diz e o que se manifesta em seu comportamento, sendo que o terapeuta pode empregar tais dados em seu trabalho (Portella, 2006).

Podemos destacar outras situações em que o psicólogo é exigido no tocante a responsabilidade de seu julgamento. Ao avaliar um detento para a elaboração de uma avaliação de soltura, o psicólogo deverá ter habilidade para detectar a mentira, pois será um dos responsáveis pelo seu ajustamento à sociedade. Ao fornecer um laudo de guarda de filhos para um juiz, ao lidar com crianças e os seus respectivos familiares ou ao selecionar um funcionário para uma empresa, o psicólogo deve estar atento à possibilidade de dissimulação.

As mentiras em situações sociais são frequentes e nem sempre danosas. Por exemplo, quando se serve uma comida da qual não se gosta, a pessoa pode mentir para não ser desagradável

Comportamento não verbal

O comportamento não verbal é muito mais influente do que a maioria das pessoas admite. Mentimos mais facilmente com as palavras do que com os gestos, posturas e expressões faciais. É possível exibir um rosto enganosamente simpático, construir um sorriso falso ou fingir uma emoção que não se está sentindo, como tristeza ou raiva. As pessoas também podem ser falsas em suas ações e palavras, mas apenas quando sabem mais ou menos o que fazer com as palavras e com o seu comportamento. Logo, as pessoas são capazes de manipular intencionalmente seus gestos, posturas e expressões, mas não todos esses sinais.
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 21 de Fevereiro de 2017, 13:01 »
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Fujamos de tudo o que nos leva a falsidade
Quer seja para com os outros
Que seja para conosco

EMPREENDIMENTO


EMPREENDIMENTO no alvorecer da vida é o teu dever maior; não obstante, deves saber o que vais realizar.
***
TRABALHO é uma forma de oração ao Criador, porém é de urgência saber que a prece no silêncio de teu aposento te faculta forças para o labor de cada dia.
***
AÇÃO é sinônimo de fazer; deve usar os teus braços para a tua independência econômica, deixando o comando à cabeça, para que o rendimento seja maior.
***
FORTUNA lícita é fruto do fazer, mas mesmo assim, ela não pertence somente a ti; faze o que puderes pelos outros, que te ajudaram a ganhá-la.
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EMPRESA é um conjunto de esforços, não podendo apenas um desfrutar do conforto; a consciência em Cristo não apoia o abandono das mãos que te serviram.
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OBRIGAÇÃO é dever a ser cumprido e seu esquecimento a lei não perdoa.
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SERVIÇO é palavra séria, que sempre inquieta o preguiçoso.
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APLICAÇÃO é marca do Cristo na vida da alma, pra que ela se liberte dos cravos da inércia.
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TRABALHAR é tomar remédio diariamente para acalmar a consciência por vezes desatinada; na retaguarda do trabalho vem a paz, sorrindo pela presença do Amor.
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LABOR é vida, porque se o organismo parar, a forma entra em decadência; tudo no universo se movimenta para viver.
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EMPREENDIMENTO é serviço da inteligência, que o coração convidou pelo preço da liberdade; quem não gosta de trabalhar, está morrendo sem saber notícias da glória da vida de quem vive pelo fazer.

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- JOÃO NUNES MAIA / ESPÍRITO LOESTER
Enviado por: Dothy
« em: 20 de Fevereiro de 2017, 23:15 »
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Boa noite amigos
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 18 de Fevereiro de 2017, 17:08 »
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Erasto, os falsos profetas e o critério espírita
ARTUR FELIPE DE AZEVEDO FERREIRA

"Os falsos profetas não existem apenas entre os encarnados, mas também, e muito mais numerosos, entre os Espíritos orgulhosos que, fingindo amor e caridade, semeiam a desunião e retardam o trabalho de emancipação da Humanidade, impingindo-lhe os seus sistemas absurdos, através dos médiuns que os servem.

Esses falsos profetas, para melhor fascinar os que desejam enganar, e para dar maior importância às suas teorias, disfarçam-se inescrupulosamente com nomes que os homens só pronunciam com respeito. São eles que semeiam os germes das discórdias entre os grupos, que os levam a isolar-se uns dos outros e a se olharem com prevenções. Bastaria isso para os desmascarar. Porque, assim agindo, eles mesmos oferecem o mais completo desmentido ao que dizem ser.

Cegos, portanto, são os homens que se deixam enganar de maneira tão grosseira. Mas há ainda muitos outros meios de os reconhecer. Os Espíritos da ordem a que eles dizem pertencer devem ser não somente muito bons, mas também eminentemente racionais. Pois bem: passai os seus sistemas pelo crivo da razão e do bom-senso, e vereis o que restará. Então concordareis comigo em que, sempre que um Espírito indicar, como remédio para os males da Humanidade, ou como meios de realizar a sua transformação, medidas utópicas e impraticáveis, pueris e ridículas, ou quando formula um sistema contraditado pelas mais corriqueiras noções científicas, só pode ser um Espírito ignorante e mentiroso.

Lembrai-vos, ainda, de que, quando uma verdade deve ser revelada à Humanidade, ela é comunicada, por assim dizer, instantaneamente, a todos os grupos sérios que possuem médiuns sérios, e não a este ou aquele, com exclusão dos outros. Ninguém é médium perfeito, se estiver obsidiado, e há obsessão evidente quando um médium só recebe comunicações de um determinado Espírito, por mais elevado que este pretenda ser. Em consequência, todo médium e todo grupo que se julguem privilegiados, em virtude de comunicações que só eles podem receber, e que, além disso, se sujeitam a práticas supersticiosas, encontram-se indubitavelmente sob uma obsessão bem caracterizada. Sobretudo quando o Espírito dominante se vangloria de um nome que todos, Espíritos e encarnados, devemos honrar e respeitar, não deixando que seja comprometido a todo instante.

É incontestável que, submetendo-se ao cadinho da razão e da lógica toda a observação sobre os Espíritos e todas as suas comunicações, será fácil rejeitar o absurdo e o erro. Um médium pode ser fascinado e um grupo enganado; mas, o controle severo dos outros grupos, com o auxílio do conhecimento adquirido, e a elevada autoridade moral dos dirigentes de grupos, as comunicações dos principais médiuns, marcadas pelo cunho da lógica e da autenticidade dos Espíritos mais sérios, rapidamente farão desmascarar esses ditados mentirosos e astuciosos, procedentes de uma turba de Espíritos mistificadores ou malfazejos.” 
(Erasto,  discípulo de São Paulo. Paris, 1862.)

O critério da concordância universal

“A melhor garantia de que um princípio é o expressar da verdade se encontra em ser ensinado e revelado por diferentes Espíritos, com o concurso de médiuns diversos, desconhecidos uns dos outros e em lugares vários, e em ser, ao demais, confirmado pela razão e sancionado pela adesão do maior número. Só a verdade pode fornecer raízes a uma doutrina. Um sistema errôneo pode, sem dúvida, reunir alguns aderentes; mas, como lhe falta a primeira condição de vitalidade, efêmera será a sua existência.” (Capítulo XXXI, pág. 474, Livro dos Médiuns.)

O Codificador do Espiritismo, também em "O Livro dos Médiuns", já elucidava quanto às intenções dos Espíritos quando estes se prontificavam a realizar previsões e revelações retumbantes:

"De que serve o ensino dos Espíritos, dirão alguns, se não nos oferece mais certeza que o ensino humano? Fácil é a resposta. Não aceitamos com igual confiança o ensino de todos os homens e, entre duas doutrinas, preferimos aquela cujo autor nos parece mais esclarecido, mais capaz, mais judicioso, menos acessíveis às paixões. Do mesmo modo se deve proceder com os Espíritos. Se entre eles há os que não estão acima da Humanidade, muitos há que a ultrapassaram; estes nos podem dar ensinamentos que em vão buscaríamos com os homens mais instruídos. É a distingui-los da turba dos Espíritos inferiores que devemos nos aplicar, se quisermos nos esclarecer, e é a essa distinção que conduz o conhecimento aprofundado do Espiritismo. Porém, mesmo esses ensinamentos têm um limite e, se aos Espíritos não é dado saber tudo, com mais forte razão isso se verifica relativamente aos homens.

Há coisas, portanto, sobre as quais será inútil interrogar os Espíritos, ou porque lhes seja defeso revelá-las, ou porque eles próprios ignoram e a cujo respeito apenas podem expender suas opiniões pessoais. Ora, são essas opiniões pessoais que os Espíritos orgulhosos apresentam como verdades absolutas. Sobretudo, acerca do que deva permanecer oculto, como o futuro e o princípio das coisas, é que eles mais insistem, a fim de insinuarem que se acham da posse dos segredos de Deus. Por isso, nesses pontos é que mais contradições se observam." (Capítulo XXVII - item 300.)

Sigamos, pois, o conselho de Erasto em "O Livro dos Médiuns"
(capítulo XX, item 230):

“(...) Desde que uma opinião nova se apresenta, por pouco que nos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica; o que a razão e o bom senso reprovam, rejeitai ousadamente; vale mais repelir dez verdades do que admitir uma só mentira (...)”.

Em relação à postura de alguns com relação aos ditados dos Espíritos, Kardec comenta: “Os crentes apresentam três nuanças bem caracterizadas: os que não veem nessas experiências senão uma diversão, um passatempo... mas que não vão além. Há, em seguida, as pessoas sérias, instruídas, observadoras, às quais não escapa nenhum detalhe, e para as quais as menores coisas são objeto de estudo. Vêm, em seguida, os ultracrentes, os crentes cegos, aos quais se pode censurar um excesso de credulidade; aos quais a fé, insuficientemente esclarecida, lhes dá uma total confiança nos Espíritos, que lhes emprestam todos os conhecimentos e, sobretudo, a presciência...”
(Revista Espírita de fevereiro de 1858 – Allan Kardec, IDE , 1ª edição – pág. 53.)

Enviado por: Dothy
« em: 16 de Fevereiro de 2017, 22:50 »
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Boa noite amigos... Sejam bem vindos
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 16 de Fevereiro de 2017, 14:53 »
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Citação de: Taprobana em 15 de Fevereiro de 2017, 20:32
Nota: Moises este texto não tem em conta a tua última participação que vou ler com toda a atenção… Tem a haver com o texto que amavelmente me sugeriste ler… Escrevemos simultaneamente (risada)
!! nesta sua colocação eu boiei
rsrs
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Já conhecia este texto, aliás responsável por acusações anacrónicas de racismo, provenientes de uma franja de opinião que não se apercebe que há uma mutação na moralidade contemporânea, cuja legitimidade é tão relevante como a moralidade ditada pelo Homem ao longo da História, que é aliás outro aspecto de interessante ponderação, amplamente reflectido por Nietzsche, que é a noção de bem e de mal, do certo e do errado cuja avaliação vai dependendo da moralidade vigente. Para outra oportunidade.
Eu o li poucas vezes
mas o achei esclarecedor
Claro! para o momento que o li
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É um tremendo erro de avaliação descontextualizar do tempo e do espaço as conclusões que a razão vai ditando e compete ao Homem actual, entender e traduzir aquilo que os ventos da Historia nos vêm entregando.
É importante contextualizar sim
mas o codificador nos solicita ter uma fé que encare todas as épocas de cabeça erguida
Citar
António Egas Moniz, é o primeiro Nobel português nascido pouco tempo depois da edição deste texto, único até Saramago; que lhe foi atribuído pela invenção da lobotomia pré-frontal, um acto que hoje daria direito a cadeia ao médico que a utiliza-se como procedimento. (risada)
Já dei uma lida
Conhecia pequenas citações deste procedimento
realmente curioso
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A humanização da figura de “Deus” está também claramente presente neste texto, pretendendo que este detenha em si mesmo uma opinião idêntica à dos Homens em relação à moralidade ao que está certo e ao que está errado. (risada 2)
( boiei sobre...qual texto? )
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Voltando à seriedade que este assunto nos merece, o próprio Espiritismo reclama a necessidade, aliás prevista e recorrentemente solicitada por Kardec, de ser enquadrado num determinado momento que caracteriza o conhecimento e a sociedade no século XIX.
Interessante
sempre é bom citar onde esta esta citação enquadrada..se RE, se OLE, se AG...etc
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António Damásio, neurocientista contemporâneo, demonstrou que emoções e sentimentos tradicionalmente do domínio da alma são na verdade do domínio do corpo, não só através da observação e de estudos com pacientes seus, como também de forma experimental, através de induções electromagnéticas.
Confesso que foram estas conclusões que me levaram a tomar especial atenção à resposta dos Espiritos acerca daquilo que eles próprios são… um principio inteligente individualizado. Nunca eles dizem que são algo mais do que isto… Espírito e Inteligência poderão ser literalmente sinónimos pondo neste caso seriamente em risco toda a doutrina espírita, nomeadamente acerca dos processos evolutivos…
Difícil pensar neles sem inteligência associada
Afinal somos nós nos estudando e nos revelando
Como principio sugere uma base estabelecida... Pois somos
As emoções também se modificariam pela presença ou o ajuntamento de elementos quimicos?
É isso?
Que lembrei-me da cachacinha
Tudo a ver?
Citar
No entanto, o Espiritismo responde de forma completamente satisfatória em relação a esta perplexidade… Espírito sem matéria somente é possível conceber pelo pensamento, ou seja, Espírito e Matéria são indissociáveis e á morte do corpo não corresponde a libertação da matéria do Espírito como todos aqui julgamos saber… julgo que a inteligência por si só de nada serviria sem o concurso da matéria, ou da energia para ser mais preciso no que se refere aquilo que a matéria é (outro tema para conversar em outro contexto)
Esta questão colocada nos remete a aprofundas nos estudos das obras mediúnicas
já que tantos espíritos se nos apresentam com suas questões sintomáticas
eu gosto desta sua observação
Estou a dias pensando sobre este caminho
Não com esta vossa qualidade mas há sim um vocação

Citar
… Reformulando aquilo que foram os ensinamentos dos Espíritos, assim sendo, Energia e Inteligência são indissociáveis… de novo o caminho á legitimidade racional dos profetas está desbravado, ou seja, a Inteligência evolui na medida que vivencia a comunhão com a energia. Mas nunca ao Homem, aos Espíritos, às Inteligências, serão desvendados os mistérios de DEUS e abre as portas á necessidade de entender que DEUS está para além do bem e do mal.

Que está acima deste bem e deste maus que comungamos ... Sim! também creio que está
Acredito que a intenção deverá ser a de deixarmos de ser estes homens e estes espíritos... por hora manifestados e manifestantes
Precisa se definir estes terrenos
Inteligência!
Matéria!
Espírito!
Energia!

Digo! quem é quem e o quê é o que?


Por ai?

Abraços
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