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  • Fora da caridade não há salvação

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Autor Tópico: Fora da caridade não há salvação  (Lida 15890 vezes)

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Offline Moises de Cerq. Pereira

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Re: Fora da caridade não há salvação
« Responder #60 em: 25 de Agosto de 2016, 15:06 »
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"Fora da caridade não há salvação"

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Offline Moises de Cerq. Pereira

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Re: Fora da caridade não há salvação
« Responder #61 em: 25 de Agosto de 2016, 20:09 »
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Caridade, a grande Virtude
Autor: Francisco Rebouças


Toda moral ensinada por Jesus, se resume em duas simples palavras: Caridade e Humildade, isto é, nas duas maiores virtudes em que devemos concentrar todas as nossas forças em desenvolvê-las, se pretendemos erradicar de nosso espírito o egoísmo que até hoje nos mantém presos às teias da ignorância.

Em tudo que ensinou, chamou-nos a atenção apontando essas duas virtudes como sendo as que poderão nos conduzir de encontro à eterna e verdadeira felicidade. Falou-nos ele: “Bem-aventurados os pobres de espírito, isto é os simples, os humildes, porque deles é o reino dos céus; e continuou a nos ensinar; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que gostaria que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros; não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita”. Em todas estas passagens de seus ditos se pode tirar o ensinamento maior resumindo em caridade e humildade, eis o que não cessa de recomendar e exemplificar em todas as suas ações. Em tudo que pregou em sua passagem pelo nosso planeta, não cansou de combater o orgulho e o egoísmo que são sem dúvida as duas grandes chagas a corroer a humanidade.

O Mestre maior de todos nós não se limitou apenas a recomendar a caridade, põe-na como condição absoluta para a conquista da felicidade futura, assegurando-nos que as ações empreendidas pelos caridosos com certeza lhes assegurarão uma melhor posição no futuro quando a justiça divina nos chamar para a prestação de contas, como nos ensinou também em outra oportunidade “a cada um segundo as suas obras”.

Na Parábola do Bom Samaritano, considerado herético, mas que naquele momento pratica o amor ao próximo, Jesus coloca-o acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas designa como condição única. Se outras houvesse que a substituíssem ele as teria ensinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e também porque significa a negação absoluta do orgulho e do egoísmo naquele que a pratica.

O Espiritismo sendo o Cristianismo Redivivo, ou seja o cristianismo na sua pureza inicial, vem reafirmar os ensinos do seu criador com a máxima: “Fora da caridade não há salvação”, máxima essa que consagra o princípio da igualdade perante Deus, e da liberdade de consciência, deixando a todos a escolha da maneira como queiram seguir adorando o Pai Celestial, não pregando que fora do espiritismo não há salvação, pois bem sabe que o Cristo não fundou nenhuma religião, por isso mesmo respeita a liberdade de crença de todos os seus irmãos em humanidade, pois em qualquer corrente religiosa a que pertença o homem, terá aí mesmo a oportunidade de seguir os ensinamentos de Jesus.

Dediquemo-nos portanto meus irmãos à prática da caridade ensinada no evangelho de Jesus, pois ela nos ajudará não só a evitar a prática do mal, mas também nos impulsionará em direção ao trabalho no bem, e para a prática do bem uma só condição se faz indispensável: a nossa vontade, pois para a prática do mal basta apenas a inércia e a despreocupação, agradeçamos pois a Deus nosso Pai, por nos permitir encontrar em nossa estrada evolutiva a bênção de gozar da luz do Espiritismo.

Não significa achar que só os espíritas serão salvos; é que ajudando-nos a melhor compreensão dos ensinos do Cristo, ele nos faz, se seguirmos seus ensinos, melhores cristãos, confirmando por nossas ações que verdadeiros espíritas e verdadeiros cristãos são uma só e a mesma coisa, pois todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, não importando para tanto, que pertençam a esta ou àquela seita religiosa.


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Re: Fora da caridade não há salvação
« Responder #62 em: 26 de Agosto de 2016, 14:16 »
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Mediunidade com Caridade
José Francisco Costa Rebouças

Analisando o benefício representado pela mediunidade, "abençoada ferramenta de que dispomos para alcançar os cimos da libertação", chegaremos invariavelmente à conclusão de que nada mais é que a grande oportunidade que a bondade celeste, através da reencarnação nos concede de continuarmos resgatando antigas dívidas assumidas por todos nós mergulhados na carne, trazidas de épocas recuadas, a se apresentarem como compromissos inadiáveis que temos de saldar perante a Lei divina, a se apresentarem por limitações e angústias, transformando-se mais tarde em desequilíbrios da emoção.

Em razão disso, reencarnamos sujeito a dores regulamentadoras e aflições disciplinantes, para que através do exercício mediúnico, que nos faculta reencontros espirituais com os que continuam na erraticidade, nos candidatarmos através do trabalho em forma de caridade no intercâmbio entre os dois mundos, material e espiritual, a elaborar nossa ascensão na busca da sublimação a que nos destinamos.

Nesse contato, com os Espíritos sofredores desencarnados, podemos nós médiuns exercer o sublime dom da comunicabilidade que nos permite colocarmo-nos a serviço dos irmãos que estão necessitados desse tipo de atendimento, fazendo a filtragem mediúnica, que está na razão direta das chagas que o médium conduz das experiências pregressas, e são através delas que se ergue para a renovação sofrendo e amando, em constante exercício do bem operante.

Ocorre, no entanto, que diante do fenômeno incipiente e transitório, muitas vozes se levantam para blasfemar contra o animismo, com enorme impaciência e incompreensão com o animista, como se fosse ele conscientemente responsável pela deficiência de filtragem psíquica de que se faz intermediário. É justamente na manifestação anímica que encontramos excelentes ensejos, para auxiliar o médium que sofre, esclarecendo-o e iluminando-o com a palavra evangelizadora e doutrinária de que tem necessidade.

Sendo, pois, o médium um Espírito em constante processo de aprimoramento moral, é natural que se lhe permitam equívocos e enganos, aflições e fraquezas que a ele mesmo compete corrigir, manipulado por forças indômitas do passado, que nele se enraizaram em incessante clima de luta libertadora.

Por isso, se tomba nos percalços da estrada, compadeçamo-nos dele, se vence os entraves da estrada, rejubilemo-nos com ele, pois sua vitória é também nossa como nos ensinou o mestre dos mestres quando nos disse: "fazei aos outros, o que gostaria que os outros lhe fizessem".

Mediunidade é caminho de serviço evolutivo por onde seguem, carregando a cruz, os Espíritos em prova. Por isso, se não nos cabe confundir fenômeno anímico de procedência íntima do médium mesmo, com fenômeno mediúnico de origem espiritual daqueles que transpuseram a porta do túmulo, não nos cabe, também, perseguir o animismo afligindo o animista, como se o doente e não a doença merecesse nosso combate acirrado.

Amparemos, desse modo, nossos companheiros de atividade mediúnica, sem lhes exigir além das próprias possibilidades, compreendendo que a caridade começa, inicialmente, entre aqueles que a exercitam em relação aos outros, como nos propôs o Mestre na parábola do Bom Samaritano "ajudar o próximo mais próximo".

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Re: Fora da caridade não há salvação
« Responder #63 em: 28 de Agosto de 2016, 00:51 »
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Fora da caridade não há salvação[/font]

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« Última modificação: 28 de Agosto de 2016, 01:04 by Moises de Cerq. Pereira »
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Re: Fora da caridade não há salvação
« Responder #64 em: 29 de Agosto de 2016, 15:32 »
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Caridade

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Por que o comportamento caridoso não é algo espontâneo e natural em muitos de nós?
Quando nos envolvemos com a caridade, o que vale mais: a quantidade ou a qualidade?
Quais são as suas formas de expressão?
Com o Espiritismo, a caridade abarca outros aspectos e opções?
O autêntico comportamento caridoso sempre está a esperar o reconhecimento, a gratidão ou qualquer outro tipo de recompensa?

 Trata-se de uma constante, em nossa vida, a busca de alegria, de satisfação íntima e de realizações em seus mais variados aspectos.

         É fato para a grande maioria das pessoas que, quando elas se encontram unicamente empenhadas nas próprias buscas, não percebem que aqueles que com elas convivem podem estar enfrentando dificuldades muito mais intensas que as suas.  Sendo assim, deixam de amparar o semelhante, visto acreditarem que, somente com a solução de seus desafios, é que se tornarão aptas para acudir o outro.

         O comportamento caridoso não é algo espontâneo e natural em muitos de nós. Sê-lo, em determinadas circunstâncias, ainda nos causa um certo desconforto. E quantas são as desculpas que produzimos para não nos envolvermos com o próximo? É a falta de tempo, de recursos financeiros, de jeito... Por outro lado, quantas são as situações em que nos cobramos uma atitude de maior solicitude? Quantas são as atenções que dispensamos, justamente para abrandar nossas cobranças íntimas?

         O Espírito Hammed ressalta: “Muitas vezes, ‘doamos coisas’ ou ‘favorecemos criaturas’ a fim de proporcionar a nós mesmos, temporariamente, uma sensação de bem-estar, de poder íntimo ou de vaidade pessoal.”  [1]

         Mas Jesus ensinou que, no ato de oferecimento, o que vale são as motivações e intenções que geram tal comportamento. Temos, então, o clássico exemplo da oferta da viúva pobre. (Mc 12:41-44)

          Ela, ao colocar apenas duas moedas no gazofilácio (local reservado nos templos às oferendas) – diferentemente de outros que lá haviam colocado grandes quantias – fez com que o Cristo pronunciasse as seguintes palavras aos seus discípulos: “Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento.”  [2]

         Para muitos indivíduos, a caridade consiste, basicamente, em doar aquilo que não lhes tem mais serventia e utilidade, acreditando que esse gesto seja o suficiente para caracterizá-los como pessoas caridosas.

         Entretanto, a caridade é uma disposição íntima ativa e dinâmica, que se manifesta das mais variadas formas: em pensamentos de bondade, em conselhos úteis, em alimento e recursos na hora certa, em força que reanima...

         Tanto assim é, que o léxico traz como sua definição:  “disposição favorável em relação a alguém em situação de inferioridade (física, moral, social etc.); compaixão, benevolência, piedade.”  [3]

         O autêntico comportamento caridoso é aquele que não espera ou exige reconhecimento, gratidão ou qualquer tipo de recompensa. E é justamente esse desapego dos resultados que caracteriza o indivíduo caridoso, pois ele se disponibiliza ao outro pela simples satisfação que isso lhe proporciona.

****

         O Espírito Cairbar Schutel ensina:

            “A caridade pressupõe necessariamente convívio. Afinal, caridade não é somente destinar verbas às obras filantrópicas, mas sim participar da vida em família, dos problemas dos semelhantes, das dificuldades dos necessitados, abrindo o coração para o mundo.”  [4]

 

         O ser humano vive em comunidade. Portanto, faz parte da caridade a criatura ser integrada ao meio social em que se encontre.

         Sem dúvida, a doação de alimentos, de roupas, de medicamentos e de quantias financeiras são valiosos recursos para os que sofrem e se encontram em dificuldades. E pelo fato de essas doações serem portadoras de mensagens de socorro, de esperança, de alívio e conforto, muitas pessoas conseguem recuperar a própria dignidade, encontrando, assim, motivações para continuar acreditando e vivendo.

         Mas, perante os postulados espíritas, podemos afirmar que as doações de natureza material, muito embora importantíssimas em situações variadas, representam tão somente a caridade em suas primeiras manifestações. Com o Espiritismo, a caridade abarca outros aspectos e opções, ampliando suas possibilidades.

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Re: Fora da caridade não há salvação
« Responder #65 em: 29 de Agosto de 2016, 15:39 »
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Na questão 886, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, temos: “Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como entendia Jesus”? [5]

         Resposta:

            Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas. A caridade, segundo Jesus, não está restrita à esmola. Ela abrange todas as relações que temos com os nossos semelhantes, quer sejam nossos inferiores, nossos iguais ou superiores. Ela nos ordena a indulgência porque nós mesmos temos necessidade dela.

         Ser benevolente é ter boa vontade para com os outros. É se deixar guiar pela amabilidade, pela generosidade e solidariedade, pelo interesse para com o bem-estar do outro, indistintamente.

         Como haver caridade sem boa vontade? Ou, segundo o próprio dicionário, sem essa “disposição favorável em relação a alguém”, principalmente quando ele se encontra em dificuldades?

         Porém, nesta mesma definição, caridade é sinônimo de piedade. E segundo o entendimento do Espírito Michel:

         "O sentimento mais próprio para vos fazer progredir, domando vosso egoísmo e vosso orgulho, o que dispõe vossa alma à humildade, à beneficência e ao amor ao próximo é a piedade! Essa piedade que vos comove até as entranhas, diante dos sofrimentos dos vossos irmãos, que vos faz lhes estender mão segura e vos arranca lágrimas de simpatia." [6]

         Cada comportamento de benevolência tem a possibilidade de nos preencher com pensamentos nobres e sentimentos de compaixão e piedade.

         No entanto, o Espírito Joanna de Ângelis define a benevolência como:

          “um sentimento de profundo amor pelo seu próximo, de compreensão pelos seus atos.”  [7]

         E é neste ponto que podemos destacar a indulgência: capacidade de aceitar e tolerar as atitudes alheias, julgando com bem menos severidade seus erros e equívocos. Mas isso se trata da caridade mais difícil de ser praticada, a caridade moral, porque simplesmente não sabemos lidar com as imperfeições alheias, compreendendo-as!

         O Espírito Irmã Rosália enfatiza:

         "A caridade moral consiste em se suportar uns aos outros. (...) Há um grande mérito, crede-me, em saber se calar para deixar falar um mais tolo; e ainda aí está um gênero de caridade. Saber ser surdo quando uma palavra de zombaria escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém que acolhe a vossa entrada entre pessoas que, frequentemente, erradamente, se creem acima de vós, enquanto que, na vida espírita, a única real, estão algumas vezes bem longe disso; eis um mérito, não de humildade, mas de caridade; porque não anotar os erros de outrem é caridade moral." [8]

E o porquê de nossa dificuldade perante os defeitos alheios? Simplesmente, porque não sabemos entender e trabalhar nossas próprias deficiências!

         Quando alguma situação nos exige o exercício dessa tolerância, a reação mais comum é nos aferrarmos aos próprios conceitos, concepções e melindres. Porém, quando nos conscientizamos do esforço que precisamos empreender para superar nossas limitações, nos habilitamos à compreensão da luta alheia. Quando nos percebemos na condição de aprendizes da vida, constatamos que o outro também o é.

         Por fim, o terceiro aspecto da caridade na definição espírita: o perdão.

         Trata-se de um ponto delicadíssimo, porque a maioria de nós ainda não consegue elaborar de maneira eficiente o próprio orgulho ferido. Por isso é que se diz que “perdoar é libertar-se”, ou seja, desvincular-se da raiva e do ressentimento que mentalmente nos prendem ao outro.

         Como nos pautarmos pela caridade, guardando mágoa no coração? No entanto, é comum atuarmos em algum tipo de assistência social, ajudar, colaborar, mas não conseguir relevar uma ofensa recebida.

         A caridade do perdão é uma atitude que posiciona a pessoa que assim se comporta acima da média da sociedade contemporânea. É isso o que enfatiza Joanna de Ângelis:

         “O perdão, por sua vez, é o auge das conquistas íntimas que desidentificam o ser das próprias imperfeições, porque se dá conta do quanto necessita ser perdoado, naquilo que se refere às próprias fraquezas e delitos que tem cometido.” [9]

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Re: Fora da caridade não há salvação
« Responder #66 em: 29 de Agosto de 2016, 15:46 »
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......       

       A caridade é tão fundamental para o ser humano, que ela é uma das leis de Deus para a evolução das criaturas. Não foi sem razão que os Espíritos Superiores ensinaram que “fora da caridade não há salvação”. [10]

         Como salvar-se, sem o trabalho construtivo no bem? Como poderíamos evoluir sozinhos, sem o próximo?

         Os homens precisam uns dos outros para aprenderem juntos, para trocarem afetos, para se auxiliarem mutuamente. Sem a caridade, ocorreria a frieza, a indiferença, enfim, o intensificar das dores e problemas humanos.

         Existe um pensamento que diz: “As mãos que oferecem flores ficam perfumadas”. Assim é a vida: ela sempre responde com o que fazemos. Praticando o bem, teremos o bem a nosso favor; amando, teremos o amor ampliado dentro de nós.

Desarme do ego

      “Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso, e não te assistimos? Então lhes responderá: em verdade vos digo que sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer.”
Mateus, 25:44 e 45.

            A palavra salvação, colocada por Allan Kardec, como título do capítulo XV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, merece uma interpretação adequada ao que queremos demonstrar, pois ela tem um sentido mais psicológico que religioso. Salvar-se não se refere, necessariamente, a uma ameaça externa, nem tampouco a uma atitude para com o semelhante. Não há ameaça grave nem abismo a que o ser humano esteja ameaçado de cair, muito menos um inimigo contra o qual deva se precaver sob pena de perder a Vida. A salvação compreende a adoção de um estado de consciência que disponibilize a mente para a captação do mundo como ele se apresenta, isto é, sem os filtros impeditivos das defesas do ego. Salvar-se é predispor-se a viver a Vida sentindo suas conseqüências com maturidade e equilíbrio, quaisquer que sejam elas.   

            A salvação diz respeito a uma mudança de atitude psíquica. Trata-se de estabelecer um estado de espírito que possibilite a apreensão das leis de Deus sem os medos e os receios impregnados nos mecanismos de defesa que normalmente o ser humano adota frente à Vida e perante aquilo que desconhece.

            (...) Por outro lado, a afirmação de que fora da caridade não há salvação supõe que não existe outro estado possível. É determinante que se aja daquela forma sem a qual não se alcança o que se pretende. Nesse sentido, a caridade não é tão somente uma atitude externa ou um ato isolado. É também um estado de espírito, uma atitude psíquica. Uma predispõe à outra atitude mais elevada.

            A caridade é um meio, como uma ponte que nos leva de um lugar a outro, sem os perigos de se cair no abismo. Não se trata de uma atividade externa, como um compromisso social ou uma regra decorrente de um preceito religioso. Pode-se até iniciar-se a compreensão de seu significado pela prática externa, mas isso não garante alcançar seu sentido real. O exercício da caridade, como de qualquer atividade humana, leva à consolidação de seu sentido oculto. Em paralelo à prática, deverá ocorrer a internalização da mensagem significante, intrínseca à experiência.

            Num sentido psicológico, a caridade elimina as projeções, pois me possibilita enxergar o outro naquilo em que ele necessita e não no que desloco de minha personalidade e projeto nele. Doar algo a alguém é desprender-se de si mesmo vendo o outro como ele é. É não projetar sua sombra no outro. Ela, a caridade, leva o indivíduo a sair de si e a perceber o outro no momento evolutivo em que se encontra, permitindo que aquele que a exerce saia dos limites de seu ego e vá na direção do Self próprio e do outro.

            Esse deslocamento na direção do outro não se trata apenas de uma ação, mas, principalmente, de um sentimento; um estado de ser interior, de sentido de desprendimento.

            (...) Praticar a caridade pode ser apenas estar caridoso, isto é, realizar uma tarefa como outra qualquer. Quando se trata de um estado de espírito, o indivíduo é caridoso, isto é, trata-se de um traço de sua personalidade. Passar de um estado a outro requer, além de outros aspectos, conhecimento de si mesmo.

            (...) A atitude caridosa que atende somente a regras externas atua de modo contrário, ou seja, inflacionando o ego com sentimentos de vaidade e orgulho. Por mais que ajude o outro, a caridade aparente pode funcionar como um disfarce para a satisfação dos desejos de reconhecimento e destaque daquele que a pratica. Por outro lado, ser caridoso para com os demais pode significar uma fuga das próprias questões, de modo a não entrar em contato com sua sombra, evitando curar-se a si mesmo.

            O sentimento de caridade, complementado pela ação caridosa, diminui o poder do ego estimulando o processo de desenvolvimento espiritual. Psiquicamente, o indivíduo consegue melhor elaborar seus conteúdos inconscientes bem como aqueles conscientes que impedem a percepção de si mesmo. Esse sentimento provém do Espírito e se torna consciente com o exercício constante e persistente da ação caridosa.

            (...) As relações sociais naturalmente geram tensões, disputas e diferenças, colocando o ser humano em constante embate entre sua individualidade e as exigências do mundo. Ora ele afirma sua individualidade, ora ele busca sua identidade com o grupo social de que faz parte. O alívio dessas tensões significa o encontro consigo mesmo e a paz com o mundo. A caridade proporciona a necessária identidade com o mundo por trazer consigo a empatia nas relações com o próximo. Ela permite a identidade com o semelhante de tal forma que o indivíduo se sente uno com o outro, igualando-se a ele na sua necessidade. Psiquicamente diminui as barreiras que provocam tensões e elimina as vaidades do ego, aproximando as pessoas umas das outras.

            Estar em paz é garantia para o equilíbrio psíquico, previne os acessos abruptos do inconsciente e inibe as obsessões. Nesse estado, o indivíduo entra em contato com os Bons Espíritos, favorecendo sua motivação para viver. Semelhante estado se alcança com a vivência da caridade. Ela promove o bem estar psíquico preparando a mente para vencer as investidas persistentes dos conflitos oriundos das vidas passadas enraizados no inconsciente. A “fina camada” que separa a vida consciente da inconsciente, onde se encontram as experiências esquecidas da atual encarnação e das vidas anteriores, permite a passagem, para o aprendizado do Espírito, dos complexos afetivos oriundos de antigas situações dolorosas. Essa influência constante do passado sobre o presente é amenizada pelo sentimento de caridade, que age como um filtro, atenuando os efeitos sobre a vida consciente.

            A ação da caridade sobre o próximo é uma terapia fundamentada no amor que atinge principalmente aquele que a executa. [11]


Silvia Helena Visnadi Pessenda

REFERÊNCIAS
 
[1] HAMMED (espírito); SANTO NETO, Francisco do Espírito (psicografado por). Renovando Atitudes. 2. ed. Catanduva, SP: Boa Nova Editora. 1997. p. 207
[2] BÍBLIA. Português. Bíblia de estudo Almeida. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
[3] MICHAELIS: moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Companhia Melhoramentos, 1998.
[4] SCHUTEL, Cairbar (espírito); GLASER, Abel (psicografado por). Fundamentos da reforma íntima. 3. ed. Matão: Casa Editora O Clarim, 2000. Cap. “Caridade e isolamento”. Item 870. p. 153.
[5] KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 100. ed. Araras, SP: IDE, 1996.
[6] KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 195. ed. Araras, SP: IDE, 1996. Cap. XIII. Item 17.
[7] ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Diretrizes para o êxito. 2. ed. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada, 2004. Cap. 3. p. 27.
[8] KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 195. ed. Araras, SP: IDE, 1996. Cap. XIII. Item 9.
[9] ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Diretrizes para o êxito. 2. ed. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada, 2004. Cap. 3. p. 27. Cap. 3. p. 27.
[10] KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 195. ed. Araras, SP: IDE, 1996. Cap. XV.
[11] NOVAES, Adenáuer Marcos Ferraz de. Psicologia do evangelho. 2. ed. Salvador, BA: Fundação Lar Harmonia, 2001. Cap. 15.
CAMARGO, Jason de. Educação dos sentimentos. 5. ed. Porto Alegre: Letras de Luz, 2003.
DE LUCCA, José Carlos. Sem Medo de ser Feliz. 1. ed. São Paulo: Petit, 1999.

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Re: Fora da caridade não há salvação
« Responder #67 em: 30 de Agosto de 2016, 21:07 »
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Caridade sob a ótica espírita
 
 
Após a saída do Egito, Moisés passou a conviver com o seu povo no deserto, onde as frequentes queixas e revoltas, aliadas aos rigores climáticos, fatores determinantes da fome e da sede, eram a realidade diária.
 
A esmagadora maioria dos hebreus, devido à crueldade da escravidão, encontrava-se revoltada, brutalizada e reduzida à egoística satisfação das necessidades primárias.
 
Pais vendiam os seus filhos, as mulheres eram tratadas como alimárias, os velhos eram abandonados.
 
Nessas circunstâncias, em que o lado animal do homem sobressai, só a dor e o instinto de conservação conseguem domá-lo.
 
Daí a severa legislação mosaica contida no Código da Aliança (Êxodo capítulos 21 a 24).
 
Leis estas, temporárias, elaboradas para determinado período histórico daquele povo, onde a disciplina deveria suplantar tudo mais.

Não prejudicareis à viúva e ao órfão. Se os prejudicardes, eles clamarão a mim e eu os ouvirei; minha cólera se inflamará e vos farei perecer pela espada; vossas mulheres ficarão viúvas e vossos filhos, órfãos. (Êxodo, 22: 22 a 24)
 
Perecer pela espada. A justiça feita pelo fio da espada não nos parece um dos atributos divinizadores do Pai. Sem dúvida nenhuma, muitas das leis foram escritas por Moisés. Apresentar um Deus “vingativo” foi a única forma de redirecionar o comportamento dos ex-escravos.
 
A disciplina precede a espontaneidade, já nos alertou Emmanuel. De fato, a princípio adotamos determinados comportamentos por disciplina: um “bom dia” à caixa do supermercado, ao gari, um “por favor” antes de nossas solicitações, um “obrigado” àqueles que nos ajudaram, etc. Com o tempo estas atitudes incorporam-se ao nosso dia a dia de forma espontânea. Natural.
 
Caridade de Jesus
 
O Espírito Emmanuel, no capítulo 16, de Roteiro, psicografado por Francisco Candido Xavier, diz:
 
O Mestre não se limita a ensinar o bem. Desce ao convívio da multidão e materializa-o com o próprio esforço. Cura os doentes na via pública, sem cerimônia, e ajuda a milhares de ouvintes, amparando-os na solução dos mais complicados problemas de natureza moral, sem valer-se das etiquetas de culto externo.
 
E conclui em Caminho, Verdade e Vida, capítulo 106:
 
Jesus é o nosso Mestre nas ocorrências mínimas. E se ouvimo-Lo recomendando estejamos prontos a dar “a qualquer” que pedir (Lucas, 6:30), vemo-Lo atendendo a todas as criaturas, mas segundo as necessidades.
 
De fato, Jesus proporcionou a cada situação e a cada personalidade o que necessitavam. Concedeu:
 
Bem aventuranças aos aflitos;
Advertências aos vendilhões;
Deu alegrias nas botas de Caná; e
Repreensões em assembléias dos discípulos.
 
Caridade depois de Jesus pode ser:
 
- Paliativa: consiste na utilização de recurso para atenuar um mal ou adiar uma crise.
 
- Educativa: é a utilização de um conjunto de normas pedagógicas tendentes ao desenvolvimento geral do corpo e do espírito.
 
A esmola
 
Mais uma vez ouçamos Emmanuel em Caminho, Verdade e Vida, ainda no capítulo 106:
 
O ato de dar é dos mais sublimes nas operações da vida; entretanto, muitos homens são displicentes e incompreensíveis na execução dele.
 
Alguns distribuem esmolas levianamente, outros se esquecem da vigilância, entregando seu trabalho a malfeitores. (Grifei)
 
Quando agimos de forma leviana, de maneira precipitada, não raro esquecemos imprudentemente a vigilância.
 
A riqueza, assim como não é dada a uns para ser aferrolhada num cofre forte, também não o é a outros para ser dispensada ao vento. – LE questão 896.
 
A prodigalização não traduz desprendimento dos bens materiais.
 
Paulo em sua epístola aos Romanos, no capitulo 14, versículo 15, assim se manifesta sobre o comportamento leviano:
 
Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.
 
A esmola ou até mesmo a ajuda, o socorro, não devem ser objeto de tristeza ou humilhação para o assistido. Este gesto de assistência social, antes de tudo, deve estar revestido de amor ao próximo. Assim, não pode ser fruto da precipitação, mas resultante de um labor bem planejado.
 
Na questão 888 de “O Livro dos Espíritos”, a Espiritualidade Superior assim se manifesta ao Codificador com relação àquele que pede esmolas:
 
Condenando-se a pedir esmola, o homem se degrada física e moralmente: embrutece-se. Uma sociedade que se baseie na lei de Deus e na justiça deve prover à vida do fraco, sem que haja para ele humilhação. Deve assegurar a existência dos que não podem trabalhar, sem deixar a vida a mercê do acaso e da boa vontade de alguns.
 
O forte deve trabalhar para o fraco. Não tendo este família, a sociedade deve fazer as vezes desta. É a lei de caridade. LE questão 685 ”a”.
 
Através do trabalho o homem tem infinitas lições necessárias à evolução. Aprende:
 
a trabalhar em equipe;
a ter responsabilidade, observando os horários estabelecidos, desenvolvendo satisfatoriamente as tarefas sob sua condução;
a ter respeito pelo chefe e pelos colegas;
a ter humildade recebendo e observando as orientações recebidas de seus superiores;
a ter criatividade e iniciativa;
a lidar com situações imprevistas;
 
Na questão 255 de “O Consolador” Emmanuel nos esclarece quanto à Caridade espiritual e material assim dizendo:
 
Todo serviço da caridade desinteressada é um reforço divino na obra da fraternidade humana e da redenção universal.
 
Entretanto nos adverte:
 
Urge, contudo, que os espiritistas sinceros, esclarecidos no Evangelho, procurem compreender a feição educativa dos postulados doutrinários, reconhecendo que o trabalho imediato dos tempos modernos é o da iluminação interior do homem, melhorando-se-lhe os valores do coração e da consciência. (Grifei)
 
E conclui.
 
As obras da caridade material somente alcançam a sua feição divina quando colimam a espiritualização do homem, renovando-lhe os valores íntimos, porque, reformada a criatura humana em Jesus Cristo, teremos na Terra uma sociedade transformada.
 
Allan Kardec em sua nota à questão 685 ”a” assim fala da educação:
 
Há um elemento que se não costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar caracteres, à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. (Grifei)
 
Na questão 256 de “O Consolador” Emmanuel ao falar sobre esmola material assim se expressa:
 
Ninguém, decerto, poderá reprovar o ato de pedir e, muito menos, deixará de louvar a iniciativa de quem dá a esmola material;
 
Mas nos adverte:
 
Todavia é oportuno considerar que à medida que o homem se cristianiza, iluminando as suas energias interiores, mais se afasta da condição de pedinte para alcançar a condição elevada do mérito, pelas expressões sadias do seu trabalho.
 
E esclarece:
 
No mecanismo de relações comuns, o pedido de uma providência material tem o seu sentido e a sua utilidade oportuna, como resultante da lei de equilíbrio que preside o movimento das trocas no organismo da vida.
 
E por fim conclui:
 
A esmola material, porém, é índice da ausência de espiritualização nas características sociais que a fomentam.
 
Allan Kardec - ESE cap. XV – item 8 nos adverte que:
 
A máxima – Fora da caridade não há salvação consagra o princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência.
 
De fato, a caridade – que é o amor em ação, personifica a lei de igualdade, uma vez que, através da assistência social, fazemo-nos iguais. Se temos o cobertor que nos aquece nos dias mais frios, o assistido também o terá.
 
Na recomendação: "Dai antes esmola do que tiverdes" - (Lucas, 11:41), Jesus nos mostra que a caridade é muito mais que distribuição de valores e bens materiais. Portanto, a caridade sem recurso materiais, notadamente sem dinheiro, consiste em:
 
Extinguir todos os pensamentos inferiores que lhe são sugeridos;
Ante a maledicência retrair-se recordando pequenas virtudes do ausente;
Ante à cólera fácil quietar-se considerando-a uma enfermidade a ser tratada;
Não reagir aos insultos alheios continuando a tratar o ofensor com a fraternidade habitual;
Desfazer as nuvens da incompreensão, reparando a tranquilidade de alguém;
 
A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade, - LE questão 893.
 
Por fim não podemos esquecer que para Jesus o verdadeiro sentido da palavra caridade, consistia em:
 
Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas. – LE, questão 886.
 
Jesus seja sempre conosco.
 
Marcos José Ferreira da Cruz Machado
Belo Horizonte (MG)
Dezembro/2012

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Re: Fora da caridade não há salvação
« Responder #68 em: 31 de Agosto de 2016, 15:51 »
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Caridade para com os criminosos
O Evangelho Segundo o Espiritismo

14. A verdadeira caridade constitui um dos mais sublimes ensinamentos que Deus deu ao mundo. Completa fraternidade deve existir entre os verdadeiros seguidores da sua doutrina. Deveis amar os desgraçados, os criminosos, como criaturas, que são, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como também a vós, pelas faltas que cometeis contra sua Lei. Considerai que sois mais repreensíveis, mais culpados do que aqueles a quem negardes perdão e comiseração, pois, as mais das vezes, eles não conhecem Deus como o conheceis, e muito menos lhes será pedido do que a vós.

Não julgueis, oh! não julgueis absolutamente, meus caros amigos, porquanto o juízo que proferirdes ainda mais severamente vos será aplicado e precisais de indulgência para os pecados em que sem cessar incorreis. Ignorais que há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus de pureza e que o mundo nem sequer como faltas leves considera?

A verdadeira caridade não consiste apenas na esmola que dais, nem, mesmo, nas palavras de consolação que lhe aditeis. Não, não é apenas isso o que Deus exige de vós. A caridade sublime, que Jesus ensinou, também consiste na benevolência de que useis sempre e em todas as coisas para com o vosso próximo. Podeis ainda exercitar essa virtude sublime com relação a seres para os quais nenhuma utilidade terão as vossas esmolas, mas que algumas palavras de consolo, de encorajamento, de amor, conduzirão ao Senhor supremo.

Estão próximos os tempos, repito-o, em que nesse planeta reinará a grande fraternidade, em que os homens obedecerão à lei do Cristo, lei que será freio e esperança e conduzirá as almas às moradas ditosas. Amai-vos, pois, como filhos do mesmo Pai; não estabeleçais diferenças entre os outros infelizes, porquanto quer Deus que todos sejam iguais; a ninguém desprezeis. Permite Deus que entre vós se achem grandes criminosos, para que vos sirvam de ensinamentos. Em breve, quando os homens se encontrarem submetidos às verdadeiras leis de Deus, já não haverá necessidade desses ensinos: todos os Espíritos impuros e revoltados serão relegados para mundos inferiores, de acordo com as suas inclinações.

Deveis, àqueles de quem falo, o socorro das vossas preces: é a verdadeira caridade. Não vos cabe dizer de um criminoso: ~ um miserável; deve-se expurgar da sua presença a Terra; muito branda é, para um ser de tal espécie, a morte que lhe infligem." Não, não é assim que vos compete falar. Observai o vosso modelo: Jesus. Que diria ele, se visse junto de si um desses desgraçados? Lamentá-lo-ia; considerá-lo-ia um doente bem digno de piedade; estender-lhe-ia a mão. Em realidade, não podeis fazer o mesmo; mas, pelo menos, podeis orar por ele, assistir-lhe o Espírito durante o tempo que ainda haja de passar na Terra. Pode ele ser tocado de arrependimento, se orardes com fé. E tanto vosso próximo, como o melhor dos homens; sua alma, transviada e revoltada, foi criada, como a vossa, para se aperfeiçoar; ajudai-o, pois, a sair do lameiro e orai por ele.

Elisabeth de França. (Havre, 1862.)

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Re: Fora da caridade não há salvação
« Responder #69 em: 31 de Agosto de 2016, 22:45 »
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Caridade

Caridade é a mão terna e compassiva
Que ampara os bons e aos maus ama e perdoa,
Misericórdia, a qual para ser boa,
De bens paradisíacos se priva.

Mão radiosa, que traz a verde oliva
Da paz, que acaricia e que abençoa,
Voz da eterna verdade que ressoa
Por toda a parte, promissora e ativa.

A caridade é o símbolo da chave
Que abre as portas do céu claro e suave,
Das consciências libertas da impureza;

É a vibração do espírito divino,
Em seu labor fecundo e peregrino,
Manifestando as glórias da Beleza!...


(Do livro Parnaso de Além-Túmulo
Cruz e Souza & Francisco C. Xavier )

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Re: Fora da caridade não há salvação
« Responder #70 em: 01 de Setembro de 2016, 13:38 »
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Olá a todos

Obrigado pela companhia e participações

Aviso que
Iniciamos neste mês de setembro novos estudos
que seguirão com o tema:

Capítulo XVI
Servir a Deus e a Mamon


Coordenado pelo nosso amigo

Manuel Altino


Que se segue neste endereço:

http://www.forumespirita.net/fe/estudos-mensais/capitulo-xvi-servir-a-deus-e-a-mamon/#.V8ggLVsrKUk

Deus seja louvado

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