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Os sentimentos inferiores do homem (raiva, ódio, rancor, vingança)
Não observamos entre os animais a ação vingativa como observamos e sentimos em nós. Entre os animais o que comumente ocorre são reações imediatas visando a própria preservação ou ações coletivas visando a preservação das espécies. E até aí agimos semelhantemente a qualquer outro animal. O sentimento de desejar vingar-se parece que está relacionado com os atributos que o homem tem a mais que os animais, ou seja, a moral, a consciência de si mesmo e o livre arbítrio. Se esse pensamento estiver correto, não podemos ficar jogando a culpa desse sentimento em nosso passado primitivo. Quer dizer, esse sentimento surgiu em nós num momento entre o primitivismo e a nossa condição atual. E aí!? Que momento seria esse?
Como o sentimento de vingança sucede ao primitivismo do homem, isso significa que este sentimento faz parte de mentes mais elaboradas. E, talvez, isso explique o "por quê" dessa paixão parecer tomar corpo à medida que a sociedade avança em inteligência. Sendo assim, ela tende a crescer com a evolução do homem intelectualizado, deixando de ser praticada de forma embrutecida para ser usada de forma silenciosa e sorrateira e, portanto, mais difícil de ser identificada. Na leitura do Evangelho que serve de móbil deste estudo o texto fala em tendência ao desaparecimento desta e de outras paixões como o duelo, por exemplo. Mas essa tendência leva em conta a possibilidade de ascensão moral dos Espíritos e não o decurso de prazo como pensam aqueles que as associam à era do primitivismo humano. Por isso temos que tomar cuidado com o aspecto moral mediante a todo grande avanço intelectual que temos observado sobretudo nos últimos tempos, considerando como últimos tempos os dois séculos passados e este que estamos iniciando. Séculos que as raízes que sustentam a arquitetura do Espírito sofreram grande impacto de desenvolvimento, mas que as raízes do conhecimento intelectivo sobrepôs de forma acentuada ao desenvolvimento muito mais lento das raízes da moralidade.
É muito difícil entender exatamente em que ponto o ser adquire discernimento suficiente para identificar o caráter ilícito de uma conduta, deixando de se arrastar pelos instintos para decidir sobre o que deve ou não ser feito. Kardec denomina paixões os impulsos que advêm do instinto de conservação, paixões cujo exercício constituem uma necessidade para o atendimento das necessidades materiais das primeiras fases da existência corpórea do Espírito. Em um dado momento, o ser entende que deve atender a essas necessidades ao mesmo tempo em que se vai estabelecendo uma escala de valores em sua incipiente capacidade de avaliação. O ser passa a considerar, desde os rudimentos mais simples, a idéia de certo e errado. Para cada aumento na capacidade de valorar entre certo e errado, aumenta-lhe simetricamente a responsabilidade pela decisão que tomar.
Re: Estudo Mensal de Janeiro de 2014 - A Vingança A vingança não e uma entidade em si mesma; é um sentimento, sentimento de ódio, raiva, de falta de amor, de impotência e, sem dúvida, quem de nós consegue, devido ao fato de saber ou conhecer o que é a vingança, afastar ou anular em nosso coração, o sentimento de ódio que ali se instalou? Podemos, quando muito, controlar ou evitar a exteriorização desse sentimento, evitar que se manifeste, evitar que cause danos ao desafeto, ao inimigo. Mas controlar ou evitar ou fazer cessar ou que se modifique esse sentimento que está em nosso peito, quem consegue fazer isso? Isso está fora de nosso alcance. E não fomos nós que o colocamos ali! Quem é que controla ou comanda o sentimento de vingança, o sentimento de amor, ou de ódio, ciúme, inveja, ou de pena, dó, qualquer sentimento? Esse controle não depende de nossa vontade, do mesmo modo que esses sentimentos não dependem de nossa vontade de tê-los ou não tê-los, e nunca nascem espontaneamente em nós, ou causados por nós. Os sentimentos, quaisquer sentimentos, não os controlamos, pois nem mesmo sabemos “como fazer” isso. Sobre sua exteriorização ou manifestação, sobre isso “podemos ter, embora nem sempre”, algum controle mas, só isso! Todos esses sentimentos, a que chamamos de “doenças da alma” ou de defeitos morais, imperfeições, se resumem num só: no desamor, na falta de amor. Desse modo, qualquer um pode perceber que o único remédio para todas essas doenças também é um só: ter amor, conseguir que o sentimento de amor exista em nosso íntimo, em nosso coração. Mas, quem, qual doutrina ou religião, filosofia ou ciência, sabe ensinar como fazer para que o amor exista em nosso coração? Sem dúvida, nenhuma pois, a amar ou a ter amor, ninguém sabe ensinar e ninguém aprende, nem com conselhos, nem com ensinamentos escritos ou falados, nem com exemplos de quem quer que sejam e, muito menos, se for alvo de torturantes sofrimentos. No entanto, não estamos totalmente desamparados, à deriva. Há, sim, quem ensine a como fazer o “trabalho” que, eventualmente, apenas eventualmente, e se estivermos no ponto de fazer isso, que possa nos fazer compreender como fazer para que, em nós, nasça e frutifique o amor. Nosso amigo Antonio Renato nos trouxe a correta e sábia afirmação de que “tudo depende de nosso progresso moral”. Verdade absoluta! Mas, e de que depende nosso progresso moral senão de nosso trabalho esforçado para que tenhamos em nós a virtude do amor? Por isso é que perguntei acima: “não será apenas perda de tempo, ou só curiosidade, ou desejo de ilustração ou de erudição?” Por que não usar esse tempo para a tentativa de chegar a compreender, a conhecer, a saber o “como fazer” para que em nosso coração exista amor? É só isso que nos "salvará", é só o amor que trará um lenitivo para as dores do mundo!..................................
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