Forum Espirita

*
  • Moderadores
  • Regras
  • Sobre
  • FAQs
  • Contactos
Por favor Entre ou registe-se.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
  • Início
  • Pesquisa
  • Contato
  • Salas de Chat
  • Entrar
  • Registe-se
  • Forum Espirita »
  • CODIFICAÇÃO »
  • Estudos mensais »
  • Resposta (

    Re: Cap. IX – Bem-Aventurados os Mansos e Pacíficos

    )



Resposta

Antes de participar consulte as regras deste fórum.
Os seguintes erros ocorreram enquanto colocava esta mensagem:

Nota: esta mensagem não irá aparecer até ter sido aprovada por um moderador.

Aviso: este tópico está ou vai ser trancado!
Apenas os moderadores ou administradores podem enviar respostas.

Nome:
Email:
Assunto:
Ícone da mensagem:
Anexar:
Ajuda
(mais anexos)
Tipos de ficheiros permitidos: txt, doc, pdf, jpg, gif, mpg, png, zip, rar, ppt, pps, mp3, wma, wmv, swf, mpe, avi, xls, jpeg, jpge, pptx, docx, xlsx, ppsx, JPG, JPEG
Restrições: 15 por mensagem, total de tamanho máximo 30000KB , tamanho máximo individual 15000KB
Qualquer ficheiro anexado não será mostrado até que seja aprovado por um moderador.
Verificação:
Quanto é 2x3?:

Atalhos: pressione alt+s para enviar ou alt+p para pré-visualizar


Resumo do Tópico

Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 01 de Março de 2016, 17:32 »
  • Inserir Citação

Ola a todos
Obrigado por acompanharem conosco este estudo mensal

Busquei postar assuntos e temas que nos guiassem
a reflexão do tema proposto

Este estudo com este tema, dá uma pausa
e segue neste endereço abaixo

e agora com este tema:

Capítulo X Bem-aventurados os misericordiosos

http://www.forumespirita.net/fe/estudos-mensais/capitulo-x-bem-aventurados-os-misericordiosos/msg389883/?topicseen#msg389883

Abraços a todos
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 29 de Fevereiro de 2016, 17:57 »
  • Inserir Citação

O Homem de Bem

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.

Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.

Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.

O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.

Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."

Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.

Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.

Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.

Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.

Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.

Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.

O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente.

Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.

Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 29 de Fevereiro de 2016, 17:56 »
  • Inserir Citação

Dai a César o que é de César

Os fariseus, tendo-se retirado, entenderam-se entre si para enredá-lo com as suas próprias palavras. - Mandaram então seus discípulos, em companhia dos herodianos, dizer-lhe: Mestre, sabemos que és veraz e que ensinas o caminho de Deus pela verdade, sem levares em conta a quem quer que seja, porque, nos homens, não consideras as pessoas. Dize-nos, pois, qual a tua opinião sobre isto: É-nos permitido pagar ou deixar de pagar a César o tributo?

Jesus, porém, que lhes conhecia a malícia, respondeu: Hipócritas, por que me tentais? Apresentai-me uma das moedas que se dão em pagamento do tributo. E, tendolhe eles apresentado um denário, perguntou Jesus: De quem são esta imagem e esta inscrição? - De César, responderam eles. Então, observou-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Ouvindo-o falar dessa maneira, admiraram-se eles da sua resposta e, deixando-o, se retiraram.

(S. MATEUS, cap. XXII, vv. 15 a 22. - S. MARCOS, cap. XII, vv. 13 a 17.)

*

A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, abominando o tributo que os romanos lhes impunham, haviam feito do pagamento desse tributo uma questão religiosa. Numeroso partido se fundara contra o imposto. O pagamento deste constituía, pois, entre eles, uma irritante questão de atualidade, sem o que nenhum senso teria a pergunta feita a Jesus: "É-nos lícito pagar ou deixar de pagar a César o tributo?" Havia nessa pergunta uma armadilha. Contavam os que a formularam poder, conforme a resposta, excitar contra ele a autoridade romana, ou os judeus dissidentes. Mas "Jesus, que lhes conhecia a malícia", contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido. (Veja-se, na "Introdução", o artigo: Publicanos.)

Esta sentença: "Dai a César o que é de César", não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é conseqüente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 29 de Fevereiro de 2016, 17:54 »
  • Inserir Citação

A Realeza de Jesus

Que não é deste mundo o reino de Jesus todos compreendem, mas, também na Terra não terá ele uma realeza?
Nem sempre o título de rei implica o exercício do poder temporal.
Dá-se esse título, por unânime consenso, a todo aquele que, pelo seu gênio, ascende à primeira plana numa ordem de idéias quaisquer, a todo aquele que domina o seu século e influi sobre o progresso da Humanidade.
E nesse sentido que se costuma dizer: o rei ou príncipe dos filósofos, dos artistas, dos poetas, dos escritores, etc.
Essa realeza, oriunda do mérito pessoal, consagrada pela posteridade, não revela, muitas vezes, preponderância bem maior do que a que cinge a coroa real?
Imperecível é a primeira, enquanto esta outra é joguete das vicissitudes; as gerações que se sucedem à primeira sempre a bendizem, ao passo que, por vezes, amaldiçoam a outra.
Esta, a terrestre, acaba com a vida; a realeza moral se prolonga e mantém o seu poder, governa, sobretudo, após a morte.
Sob esse aspecto não é Jesus mais poderoso rei do que os potentados da Terra?
Razão, pois, lhe assistia para dizer a Pilatos, conforme disse:

 "Sou rei, mas o meu reino não é deste mundo."

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 29 de Fevereiro de 2016, 17:52 »
  • Inserir Citação

A Paciência

A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu. Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.

A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.

Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo.
- Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 29 de Fevereiro de 2016, 17:51 »
  • Inserir Citação

Sintonia moral

As leis de afinidade ou de sintonia que vigem em toda parte, respondem pela ordem e pelo equilíbrio universal.

Pequena alteração para mais ou para menos, entre os fenômenos do eletromagnetismo e as forças da gravitação universal, tornaria as estrelas gigantes azuis ou pequenos astros vermelhos perdidos no caos.

Transferidas para a ordem moral, as leis de afinidade promovem os acontecimentos vinculando os indivíduos, uns aos outros, de forma que o intercâmbio seja automático, natural.

*

Mentes especializadas mais facilmente se buscam em razão do entendimento e interesse que as dominam na mesma faixa de necessidade.

Sentimentos viciosos encontram ressonância em caracteres morais equivalentes produzindo resultados idênticos.

*

O homem colérico sempre encontrará motivo para a irritação; assim como a pessoa dócil com facilidade identifica as razões para desculpar e entender.

*

Há uma inevitável atração entre personalidades de gostos e objetivos semelhantes como repulsa em meio àqueles que transitam em faixas de valores que se opõem.

*

Na área psíquica o fenômeno é idêntico.

Cada mente se irradia em campo próprio, identificando-se com aquelas que aí se expandem.

O psiquismo é o responsável pelos fenômenos físicos e emocionais do ser humano.

Conforme a expansão das idéias, vincula-se a outras mentes e atua na própria organização fisiológica em que se apóia, produzindo manifestações equivalentes à onda emitida.

Assim, os pensamentos positivos e superiores geram reações salutares, tanto quanto aqueloutros de natureza perturbadora e destrutiva produzem desarmonia e insatisfação.

*

No campo das expressões morais o fenômeno prossegue com as mesmas características.

Os semelhantes comportamentos entre os homens e os Espíritos jungem-se, impondo-lhes interdependência de conseqüências imprevisíveis.

Se possuem um teor elevado, idealista, impelem os seres encarnados quão desencarnados a realizações santificantes, enquanto que, de caráter vulgar, facultam intercâmbio obsessivo ou tipificado pela burla, mentira, insanidade...

*

É, portanto, inevitável afirmar-se que as qualidades morais do médium são de alta importância para o salutar intercâmbio entre os homens e os Espíritos.

Somente as Entidades inferiores se apresentam por intermédio dos médiuns vulgares, insatisfeitos, imorais...

Os Mentores, como é natural, sintonizam com aqueles que se esforçam por melhorar-se, empenhados na sua transformação moral, que combatem as más inclinações e insistem para vencer o egoísmo, o orgulho, esses cânceres da alma que produzem terríveis metástases na conduta do indivíduo.

*

Pode-se e deve-se, pois, examinar o valor e a qualidade das comunicações espirituais, tendo-se em conta o caráter moral do médium, seu comportamento, sua vida.

*

Jesus, o Excelente Médium de Deus, demonstrou a grandeza da Sua perfeita identificação com o pensamento divino através da esplêndida pureza e elevação que O caracterizavam.

Divaldo Pereira Franco. 
Joanna de Ângelis
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 29 de Fevereiro de 2016, 17:48 »
  • Inserir Citação

Estendamos o Bem

"Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem." Paulo (Romanos, 12 :21)

Repara que, em plena casa da Natureza, todos os elementos, em face do mal, oferecem o melhor que possuem para o reajustamento da harmonia e para a vitória do bem.

Quando o temporal parece haver destruído toda a paisagem, congregam-se as forças divinas da vida para a obra do refazimento.

O Sol envia luz sobre o lamaçal, curando as chagas do chão.

O vento acaricia o arvoredo e enxuga-lhe os ramos.

O cântico das aves substitui a voz do trovão.

A planície recebe a enxurrada, sem revoltar-se, e converte-a em adubo precioso.

O ar que suporta o peso das nuvens e o choque da faísca destruidora, torna à leveza e à suavidade.

A árvore de frondes quebradas ou feridas regenera-se, em silêncio, a fim de produzir novas flores e novos frutos.

A terra, nossa mãe comum, sofre a chuva de granizos e o banho de Iodo, periodicamente, mas nem por isso deixa de engrandecer o bem cada vez mais.

Por que conservaremos, por nossa vez, o fel e o azedume do mal, na intimidade do coração?

Aprendamos a receber a visita da adversidade, educando-lhe as energias para proveito da vida.

A ignorância é apenas uma grande noite que cederá lugar ao sol da sabedoria.

Usa o tesouro de teu amor, em todas as direções, e estendamos o bem por toda parte.

A fonte, quando tocada de lama, jamais se dá por vencida. Acolhe os detritos no próprio seio e, continuando a fluir, transforma-os em bênçãos, no curso de suas águas que prosseguem correndo, com brandura e humildade, para benefício de todos.

XAVIER, Francisco Cândido.
Fonte Viva.
Pelo Espírito Emmanuel.
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 29 de Fevereiro de 2016, 17:46 »
  • Inserir Citação

Pensar

O pensamento é a nossa capacidade criativa em ação. Em qualquer tempo, é muito importante não nos esquecermos disso.

A ideia forma a condição; a condição produz o efeito; o efeito cria o destino.

A sua vida será sempre o que você esteja mentalizando constantemente. Em razão disso, qualquer mudança real em seus caminhos, virá unicamente da mudança de seus pensamentos.
Imagine a sua existência como deseja deva ser e, trabalhando nessa linha de idéias, observará que o tempo lhe trará as realizações esperadas.

As leis do destino carrearão de volta a você tudo aquilo que você pense. Nesta verdade, encontramos tudo o que se relacione conosco, tanto no que se refere ao bem quanto ao mal.

Observe e verificará que você mesmo atraiu para o seu campo de influência tudo o que você?
possui e tudo aquilo que faz parte do seu dia-a-dia.

Deus é Amor e não pune criatura alguma. A própria criatura é que se culpa e se corrige, ante os falsos conceitos que alimente com relação a Deus.

Em nosso íntimo a liberdade de escolher é absoluta; depois da criação mental que nos pertence, é que nos reconhecemos naturalmente sujeitos a ela.

O Bem Eterno é a Lei Suprema; mantenha-se no bem a tudo e a todos e a vida se lhe converterá em fonte de bênçãos.

Através dos princípios mentais que nos regem, de tudo aquilo que dermos de nós aos outros receberemos dos outros centuplicadamente.
 

André Luiz
Chico Xavier
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 29 de Fevereiro de 2016, 17:44 »
  • Inserir Citação

Enriquece-te sempre

A vida não foi criada para a mendicância.

Em toda a parte, a Natureza é uma lição viva de magnificência divina.

O rio é o tesouro das fontes acumuladas.

A colheita é o feixe de bênçãos da fartura.

O Sol é a riqueza da luz.

Mas a fonte cresce para servir sem distinção, a espiga incorpora os grãos valiosos para sustento da mesa e a claridade solar é foco de vida e esplendor para nutrir todas as formas de existência.

Foge da usura, mas não temas a prosperidade.

Sabemos que é preciso amealhar recursos que se coloquem a serviço de nosso aperfeiçoamento.

Enriquece-te de sabedoria, estudando e aprendendo; enriquece-te de amor, praticando a boa vontade para com os que te cercam; enriquece-te de paciência, tolerando, com calma, as pedras e os espinhos da estrada, e enriquece-te de qualidades preciosas, aceitando o trabalho de cada dia, que o mundo te impõe.

Dinheiro que domina é sombra congelante das nossas melhores oportunidades de aprimoramento, mas dinheiro dirigido pelo serviço e pela caridade é veículo de progresso a ascensão.

Imita, pois, a árvore que se enriquece de flores e frutos, para distribuir abastança e alegria, e, cumprindo os nossos deveres de cada hora, não nos esqueçamos de que Jesus exemplificou a fraternidade e a cooperação, dando sempre de si mesmo, sem mendigar.

Emmanuel - 
Francisco Cândido Xavier
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 29 de Fevereiro de 2016, 13:11 »
  • Inserir Citação

Muitas vidas e a culpa inconsciente

Com o advento da Doutrina Espírita, adquirimos conhecimentos importantes, tais como o da reencarnação. Aprendemos, através dela, que experimentamos existências sucessivas, num continuum evolutivo, em que as experiências surgem como ferramentas preciosas, impulsionando o ser à melhoria constante. Nesse processo, a dor pode ser comparada com o advento da febre no vaso orgânico, que assinala algum problema infeccioso que deve ser diagnosticado para que possa ser tratado. Na alma, a dor tem o importante papel de nos alertar sobre algo moral que não vai bem.

Precisamos sair da postura persecutória em que frequentemente nos alojamos, analisando a dor como uma inimiga. Muito ao contrário, ela deve ser vista como oportunidade de conhecimento, de entendimento de nós mesmos, para uma possível melhoria íntima real.

O que acontece é que, viciados nesse ‘mal sofrer’, seguimos acumulando remorsos, distantes ainda do objetivo maior, que é o de aprender com os erros, reparando-os e seguindo adiante, libertos.

Vamos acumulando no psiquismo inconsciente emoções relacionadas à culpa patológica, carregando, em existências posteriores, problemas de difícil solução. Síndromes neuróticas podem estar intimamente ligadas a essas lembranças pretéritas, porém não acessíveis à consciência. Por exemplo: o medo terrível que algumas pessoas apresentam de estar em posição de comando podem refletir erros do passado, quando precisaram lidar com a experiência do poder e faliram, devido à sua personalidade arrogante, abusiva ou intempestiva.

A Doutrina Espírita auxilia-nos sobremaneira na compreensão de todo esse processo, pois nos revela a anterioridade do Ser, onde muitas vezes está a gênese dos desequilíbrios do hoje. Passamos a nos compreender como senhores de nossas ações e tendemos, portanto, à mudança, libertando-nos do remorso patológico e aprendendo a viver com mais responsabilidade.

E os que acabam de chegar ao Espiritismo?

Outro ponto que gostaríamos de citar é sobre os neófitos, os que chegam à Doutrina Espírita e começam a beber em suas fontes. Logo percebem a grandiosidade da mensagem reveladora e em muitos casos assustam-se e se esquivam de saber mais, amedrontados com a possibilidade de nunca conseguirem realizar seus ensinamentos.

Outros, que persistem um pouco mais, mas que ainda não compreenderam a mensagem em toda a sua extensão, iniciam um processo autopunitivo complexo, sofrendo demasiadamente a dor oriunda de seu passado complicado.

Um exemplo: pessoas que fazem uso de drogas [mesmo as chamadas lícitas], ao aprenderem o que ocorre com o corpo espiritual [perispírito], podem passar a sentir tremendas dificuldades íntimas.

É preciso que se saiba que não importa o tamanho do problema ou do erro, mas nosso empenho sadio nas escolhas do hoje que redundarão num futuro diferente.

Não temos mais controle sobre o que já fizemos. Isso é passado. Mas podemos controlar o nosso próprio futuro e isso realmente depende de nós.

Os erros nos ajudam sobremaneira na compreensão sobre os novos caminhos que devem ser trilhados. São importantíssimos para nossa evolução. Não farão sentido para nós determinadas escolhas se não soubermos o porquê delas. A fé precisa ser raciocinada. Devemos saber por que precisamos mudar, como mudar e quando mudar. E mesmo que não consigamos nos reformar em determinados aspectos, o que aprendemos é que precisamos tornar a tentar, tornar a tentar e tornar a tentar... setenta vezes sete vezes, se preciso for...

E se não tivermos a oportunidade de reparar o mal que fizemos com determinada pessoa, diretamente?

Busquemos não repetir o erro e amemos muito. Disse o apóstolo Pedro que “O amor cobre uma multidão de pecados” (I Pedro, 4:8). É isso.

Recordemos que do erro de Rousseau e de Maria de Magdala surgiram frutos maravilhosos. Embora sem conseguirem uma reparação direta com os prejudicados ainda naquela encarnação [no caso de Rousseau, os cinco filhos por ele abandonados], ambos optaram pelo exercício do amor desinteressado e com isso nos deixaram um belíssimo e importante legado que, se observado e levado a efeito, ajuda-nos em nossa caminhada, libertando-nos do remorso, impulsionando-nos ao acerto, ao bom caminho, conforme já nos indicava, há dois mil anos, Jesus, o Mestre por excelência.

E mesmo que tenhamos de aguardar um tempo maior para conseguirmos oportunidade de reparação direta, não tenhamos dúvida de que, fortalecidos pelo amor em ação, conseguiremos ultrapassar barreiras íntimas, tornando-nos, por fim, benfeitores não apenas destes, mas de muitos outros que cruzarem os nossos caminhos.

 

Referências bibliográficas:

LELOUP: J. Y; WEILL, P.; CREMA, R. Normose: a patologia da normalidade. São Paulo, Thot, 1997. 
KARDEC, A. O Céu e o Inferno, Código da Vida Futura, p.94, Tradução de Manuel Justiniano Quintão, 42ª edição; FEB; Rio de Janeiro, 1998.
___________O Livro dos Espíritos, 1ª edição comemorativa do sesquicentenário, Tradução de Evandro Noleto Bezerra, FEB, Rio de Janeiro, 2006.

ROUSSEAU, J.J.; Emílio ou Da Educação; tradução Roberto Leal Ferreira, 3ª edição, São Paulo, Martins Fontes, 2004.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo, Martin Claret. 4ª edição, 2001.
XAVIER, F.C.; Boa Nova, capítulo Maria de Magdala, pelo Espírito Humberto de Campos; FEB; 3ª edição, Rio de Janeiro, 2008.

Citar
Extraido de:
O Consolador
Revista Semanal de Divulgação Espírita

Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 29 de Fevereiro de 2016, 13:10 »
  • Inserir Citação

A culpa no Ocidente – O capitalismo e a normose

Na atualidade, enfrentamos muitos dilemas quando analisamos a questão da culpa.

Cada vez mais tomamos consciência de como as teorias individualistas ocidentais estão equivocadas (1) no que se refere à realidade do ser. Tanto através da lente espírita, como das ciências ditas humanas, temos tido contato com outra realidade: a de que pertencemos ao todo, influenciando e sendo influenciados, num mar de experiências, onde tudo se modifica, continuamente, através das relações. Não é possível explicar o ser em separado do meio onde ele atua. Não podemos deixar de considerar o tempo histórico e a cultura onde está inserido, sob risco de cometermos erros crassos, subtraindo influências importantes e, pior, não reconhecendo sua real essência neste meio.

Com isso, já percebemos a urgência de um olhar mais holístico, vislumbrando o sujeito com todas as suas faces. O ser como sendo um sujeito bio-psico-socio-espiritual, pois é o que somos, sendo que o Espírito, o ser imortal, criado simples e ignorante, com potencialidades de perfeição relativa e que vai, através de vidas sucessivas, evoluindo, é sua essência, o seu verdadeiro eu, com o qual atua no mundo, através de sua porção biológica, com mecanismos psicológicos característicos, dentro de uma sociedade, em determinada cultura e em determinado tempo histórico.

Quando ampliamos este nosso olhar, vamo-nos aproximando da realidade, e, com isso, podemos melhorar nosso entendimento, conseguindo, por consequência, refletir melhor sobre nossas ações e as implicações destas em nossas vidas e no meio onde atuamos.

Na cultura judaico-cristã, o medo dos fiéis alimentou, por séculos, o poder de alguns, através do mecanismo da culpa. Nesse contexto, já nascíamos culpados; afinal somos descendentes de um erro imperdoável: nossos ancestrais Adão e Eva que, num ato de muita insensatez (pela visão religiosa tradicional) abdicaram do maior presente de Deus – o paraíso na Terra – trocando-o pelo fruto da árvore da sabedoria. Somos culpados por desejarmos algo saber. Sendo assim, a ignorância seria o melhor remédio, aceitando dogmas irrevogáveis e, lógico, inquestionáveis. Talvez aí pudéssemos fazer as pazes com Deus, por determinado tempo, desde que ainda contribuíssemos com algo, de preferência de natureza material, pela ‘Causa de Deus na Terra’.

Mas a nossa história com a culpa não para por aí. Mulheres judias nascem impuras; afinal, menstruam e nem sequer podem orar como os homens nos templos. Depois do ano 234 d.C., quando se criou a instituição católica, a culpa continuaria presente. Homens deveriam lutar nas ‘guerras santas’, trazendo ouro para a igreja e diminuindo o número de ‘infiéis’, através da espada. Se assim fizessem, poderiam dormir com a consciência tranquila, pois estariam quites com Deus.  (Este artigo será concluído na próxima edição.)


(1) Segundo a ideia vigente na ideologia do capitalismo, o homem é um ser que ‘se faz sozinho’, podendo ascender ou fracassar, de acordo com sua vontade [ou falta dela]. Nesta forma de pensamento não são consideradas as influências do meio para estudo e entendimento do indivíduo; os fenômenos humanos poderiam ser estudados em separado do contexto onde este se desenvolveu. Na cultura norte-americana, o ‘self-made man’ (homem que se faz sozinho) é o símbolo maior desse tipo de pensamento, auxiliando, desta forma, a manutenção da ideologia em que estamos mergulhados.

Hoje, a questão da culpa tornou-se ainda mais abrangente, de acordo com a ideologia vigente. No capitalismo, somos culpados se não juntamos capital. O fracasso consiste em não ser sucesso nos negócios, nos estudos, na empresa, no consumo. Para as mulheres, mais que isso: fracassadas são as que não conseguem manter o padrão de beleza das modelos magérrimas das passarelas.

Jean-Yeves Leloup, o padre francês, autor do livro “Normose, a Patologia da Normalidade”, criou um conceito bastante interessante para definir o contexto atual. Chamou de “normose” tudo o que é aceito socialmente como sendo algo normal, mas que, no entanto, causa sofrimento, patologias e até mesmo a morte.

As relações fluidas, o consumo exacerbado, a busca pelo padrão de beleza ideal, pelo sucesso, pelo poder etc., faz com que boa parcela da população sofra, gerando sintomas de difícil solução. Somos culpados por não conseguirmos atingir a meta proposta, dentro desse padrão de normose atual. E, buscando encobrir a culpa, usamos máscaras sociais que nos fazem parecer. Parecemos não errar, parecemos ter, parecemos ser. Mas só parecemos. Todos erramos, nada possuímos [uma vez que tudo pertence a Deus e pode nos ser retirado a qualquer momento] e, nesse caminho, nem sequer temos conhecimento de quem realmente somos.

Salientamos ainda que, se por um lado temos a questão da culpa como produto social, não é menos verdadeiro que temos tido contato, há mais de dois mil anos, com outras formas de pensamento que nos trazem reflexões sobre a situação do apego à matéria e o descaso com as questões do Espírito. Portanto, embora mergulhados numa ideologia marcante e opressora, não nos faltam opções filosóficas e religiosas neste contexto para que possamos analisar nosso modo de ser e agir no mundo e suas possíveis consequências.

O remorso como mecanismo de autopunição

Culpa é a consciência de um erro cometido através de um ato que provocou algum prejuízo [seja material ou moral] a si mesmo ou a outrem. A consciência do erro traz-nos sofrimento. E tal sentimento pode ser vivenciado de duas formas: saudável ou patologicamente.

Chamaremos de culpa saudável aquela que nos leva ao arrependimento sincero e que, embora revestida de dor, impulsiona o ser à reparação.

Na origem da palavra, arrependimento quer dizer mudança de atitude, ou seja, atitude contrária, ou oposta, àquela tomada anteriormente. Ela origina-se do grego metanoia (meta=mudança, noia=mente). Arrependimento quer dizer, portanto, mudança de mentalidade.

Temos, então, no processo saudável, primeiro o diagnóstico do erro. Sem este, impossível seguirmos adiante sem acumularmos mais débitos. Pessoas que se mantêm com a consciência adormecida, ao acordar, resgatam dores maiores, acumuladas devido à cegueira espiritual em que se comprazem. Importante ressaltar que nenhum filho está à margem do Amor do Pai Celestial. Todos temos, em diversas oportunidades e em variados contextos, contato com as verdades do Mundo Maior. Preciso é que a boa vontade surja no cenário, sob risco de ficarmos derrapando na estrada evolutiva além do necessário, colhendo dores tardias. É preciso que exista o arrependimento sincero. Ou seja, a mudança de mentalidade.

Diagnosticamos o erro e não desejamos mais praticá-lo. Contudo, não ficaremos apenas na luta pela não repetição do mal cometido, sentindo a dor da expiação [a dor sentida pela dor causada]. Iremos além: no terceiro [e imprescindível] passo, seguiremos em direção à reparação.

Allan Kardec, no livro O Céu e o Inferno, no código penal da vida futura, afirma que "o arrependimento, conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a expiação e a reparação. (...) Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências".

Na culpa patológica temos, como resultado, apenas o remorso, num pensamento em circuito fechado, no qual o ser acredita [erroneamente] que, ao sentir a dor repetida, está pagando pelo mal cometido e resgatando seus débitos. Triste ilusão, em que a pessoa que sofre mantém-se num monodeísmo, autoflagelando-se, sem conseguir libertar-se ou evoluir. Trata-se aqui de um processo de congelamento evolutivo, uma trava psicológica que leva a sérias patologias da mente e do corpo se não percebidas e alteradas em pouco tempo.

No remorso o sujeito enclausura-se em sua dor, lamentando-se, acreditando não ser merecedor de nada bom, desistindo de lutar, de reparar para libertar-se. Não consegue perceber a função do erro e da dor na evolução de si próprio, estagnando em águas tormentosas, num continuo sofrer sem sentido. O remorso o faz sofrer, mas não o liberta. A pessoa fica acomodada na queixa e na lamentação. Mais amadurecida psicologicamente, avançaria pelo caminho do autoperdão e seguiria em direção à reparação. 

Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 29 de Fevereiro de 2016, 13:07 »
  • Inserir Citação

Culpa, arrependimento e reparação sob a ótica espírita
CLAUDIA GELERNTER
Vinhedo, SP (Brasil)



1002. O que deve fazer aquele que, no último momento, na hora da morte, reconhece as suas faltas, mas não tem tempo para repará-las? É suficiente arrepender-se, nesse caso?

“O arrependimento apressa a sua reabilitação, mas não o absolve. Não tem ele o futuro pela frente, que jamais se lhe fecha?” (O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)

Jean-Jacques Rousseau, um dos grandes nomes do iluminismo, nasceu em Genebra, no ano de 1712. Não conheceu sua mãe, porque ela, devido a complicações do parto, veio a falecer dias após seu nascimento. Quando completou dez anos de idade, seu pai envolveu-se em uma discussão com pessoa importante da cidade e, com receio de represálias, fugiu, deixando o filho para ser educado por um tio. Segundo seus biógrafos, o fato de Rousseau não ter conhecido a mãe marcou-o profundamente.

Tornou-se, na vida adulta, compositor autodidata, teórico político, filósofo e escritor. Contribuiu amplamente para as grandes reformas ocorridas na América e na Europa, no século XIX, com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, sendo ainda um dos colaboradores da famosa Enciclopedie, de Diderot e D´Alembert. Escreveu vários livros, influenciando diversas culturas e gerações. Foi um daqueles homens que não passam despercebidos, pois possuía conhecimentos bastante avançados para sua época – visões que romperam com os paradigmas vigentes, trazendo transformações importantíssimas para o panorama do mundo ocidental.

Um de seus escritos, de estrondoso sucesso, chama-se “Emílio, ou Da Educação”. Nesta obra, Rousseau cria um personagem fictício, de nome Emílio, e vai, no transcorrer de seus escritos, contando ao leitor qual a forma como ele educa este personagem. O objetivo de Emílio é “formar um homem livre; e o verdadeiro amor pelas crianças…”.  Hoje esta obra é vista não apenas como uma referência obrigatória para todos os educadores [pais, professores etc.], mas, acima de tudo, como uma lição de vida. Entretanto, Rousseau, esse mesmo homem, filósofo, escritor, teve cinco filhos. E os abandonou, a todos, em orfanatos.

No prefácio da obra mencionada, o tradutor assim comenta: “Como levar a sério um livro sobre a educação escrito por um homem que abandonou os cinco filhos que teve com Thérese Levasseur? Esta questão prévia, repetida pelos jovens leitores de ontem e de hoje, deve ser colocada, não para ser ela própria levada a sério, mas para que nos desvencilhemos dela de uma vez por todas. Rousseau é daqueles que acham que não há covardia pior do que o abandono dos filhos que se teve o prazer de fazer. Escreveu Rousseau em sua obra Emílio: ‘Um pai, quando gera e sustenta filhos, só realiza com isso um terço de sua tarefa. Ele deve homens à sua espécie, deve à sociedade homens sociáveis, deve cidadãos ao Estado. Todo homem que pode pagar essa dívida tríplice e não paga é culpado, e talvez ainda mais culpado quando só paga pela metade. Quem não pode cumprir os deveres de pai não tem direito de tornar-se pai. Não há pobreza, trabalho nem respeito humanos que os dispensem de sustentar seus filhos e de educá-los ele próprio. Leitores, podeis acreditar no que digo. Para quem quer que tenha entranhas e desdenhe tão santos deveres, prevejo que por muito tempo derramará por sua culpa lágrimas amargas e jamais se consolará disso’.” (Emílio, Livro 1.)

Rousseau influenciou sobremaneira pensadores  como Pestalozzi

Foi justamente por sentir-se culpado que Rousseau escreveu Emílio (de 1757 a 1762). Não podemos pretender que o livro não tenha nada para nos ensinar porque seu autor não o colocou em prática. Para isso, seria necessário inverter a cronologia e proibir a Rousseau toda a oportunidade de um arrependimento sincero que busca a reparação. Afirmou o autor de Emílio: “Não escrevo para desculpar meus erros, mas para impedir meus leitores de os imitar”.

Jean-Jacques influenciou sobremaneira alguns pensadores, tais como Johann Pestalozzi, fundador da escola de Yverdun, na Suíça, mestre de Allan Kardec. Portanto, podemos dizer que Rousseau é o avô espiritual de Kardec nas questões da educação. Levando-se em conta que o codificador da Doutrina Espírita [assim como Pestalozzi] era pedagogo, logo percebemos quanto a obra Emílio foi importante para todos os três e tantos outros. E se Rousseau influenciou sobremaneira Kardec, nós outros, daqui deste lado do planeta, 150 anos após Kardec, somos também influenciados por suas ideias fantásticas de educação através do amor e da liberdade.

Sabemos, ainda, através dos escritos do final da vida de Jean-Jacques Rousseau, que ele tentou resgatar todos os seus filhos dos orfanatos, mas não teve sucesso. Portanto, de seu arrependimento e expiação vemos surgir a busca pela reparação, se não diretamente aos prejudicados, através de todos aqueles que beberem nas fontes de suas ideias renovadoras e, por que não dizer, maravilhosas.

O escritor Catulo da Paixão Cearense, em seu poema “A Dor e a Alegria”, afirma que “a dor é como um relâmpago; no escuro assusta a gente, mas alumia os caminhos”. Rousseau aprendeu o verdadeiro sentido dessa frase 300 anos antes de ser pronunciada por Catulo.

Seguindo tal linha de pensamento, podemos afirmar que Rousseau não ficou estagnado no susto causado pela dor. Abriu os olhos, no momento em que ela clareava caminhos, e soube segui-los com coragem. Ainda bem.

Outra história, mais antiga que a de Rousseau, mas que inspira nossos corações sobremaneira, fala sobre uma mulher nascida em uma época difícil, na cidade de Magdala. Chamava-se Maria. Contam-nos alguns evangelistas que ela carregava em seu psiquismo a presença de sete demônios, tendo sido curada por Jesus. Hoje, através da Doutrina Espírita, aprendemos que tais ‘demônios’ eram, na verdade, Espíritos ainda ignorantes, voltados temporariamente ao mal.

Afastaram-se de Maria sob a imposição moral do Mestre, entretanto cabe-nos salientar que, se não voltaram a importuná-la, foi devido aos méritos que ela acumulou, através de sua reforma interior.

Rousseau mostrou-se em muitos momentos um protestante rebelado

Humberto de Campos, no livro Boa Nova, conta-nos, de forma emocionante, a história do encontro entre Maria e Jesus. Ela, curvada pelo peso de sua culpa, carregando no íntimo muitas dores nascidas do remorso constante, abre seu coração atormentado. Jesus, o Grande Sábio, aponta novos caminhos: “Ame, Maria. Ame muito. Ame os filhos de outras mães... escolha a porta estreita...”.

Nada de acusações. Apenas um pedido: que amasse muito, sem nada esperar de volta. Foi o que fez.

Após a crucificação de Jesus, decidiu seguir os discípulos na divulgação da Boa Nova. Entretanto, aqueles homens, encharcados de preconceitos, negaram-lhe a companhia. Teve de ficar às margens do Tiberíades, em lágrimas, cheia de saudades e dor.

Foi quando viu chegarem à cidade diversos leprosos, em busca do Mestre. Não sabiam que Ele já não pertencia àquele mundo – queriam ouvir Sua voz, Seus ensinamentos e, quem sabe, conseguir a tão almejada cura.

Maria não hesitou. Buscou-os e, em todas as tardes, passou a divulgar os ensinamentos que houvera aprendido com o amigo nazareno. Em pouco tempo, porém, aquelas pessoas foram expulsas de Cafarnaum e ela, com o melhor sentimento de que dispunha, acompanhou-os para longe dali. Seguiu seus dias cuidando, diuturnamente, dos doentes, amparando-os, tentando minimizar suas dores, sua fome, sua tristeza. Depois de algum tempo percebeu manchas róseas em sua pele. Estava com hanseníase, também.

Sentindo que o final se abeirava, decidiu procurar pela mãe de Jesus, Maria, e por João, seus amigos diletos. Seguiu para Éfeso, mas não conseguiu adentrar a cidade, caindo pouco antes de sua entrada.

Logo após sua desencarnação, viu-se novamente às margens do mar da Galileia, encostada em uma grande árvore. Ao longe, aproxima-se Jesus, com os braços abertos, a dizer-lhe: “Maria, já passaste a porta estreita!... Amaste muito! Vem! Eu te espero aqui!”.

Duas histórias fantásticas, com pontos em comum: Rousseau e Maria saíram do processo de remorso, arrependeram-se verdadeiramente e optaram pela reparação. Outro ponto que devemos destacar é que ambos, embora dentro de culturas essencialmente religiosas [ela era judia e ele protestante] e preconceituosas, conseguiram libertar-se das amarras teológicas. Ela, porque bebeu nas fontes da Verdade, diretamente com Jesus. Recordemos que Ele afirmou: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”. (João, 8:32.) Foi o que ocorreu com Maria. Libertou-se do remorso e pôde seguir em frente.

Ele [Rousseau], porque rompeu com as amarras dos dogmas. Mostrou-se em muitos momentos um protestante rebelado, desconfiado das interpretações eclesiásticas sobre os Evangelhos. Dizia sempre: "Quantos homens entre mim e Deus!", o que atraía a ira tanto de católicos como de protestantes. 

Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 27 de Fevereiro de 2016, 22:08 »
  • Inserir Citação

Imprescindível recordar diariamente as advertências do MESTRE, pois em matéria de evolução, carecemos muito do “Amai vos uns aos outros como eu vos amei”.

Em matéria de Evolução o espírito necessita conscientizar-se de que é o único responsável pelos sofrimentos e alegrias que venha a passar, culpar o próximo, a Deus, aos desencarnados pelos nossos erros é infantil e deve fazer parte do passado desde já, assim à conquista de nossa própria libertação estará em nossas próprias mãos e jamais relegado aos outros.

Temos um só DEUS, uma só LEI que determina o espírito como sendo Juiz, advogado e réu de seus atos. Juiz porque a própria consciência deve definir os parâmetros do seu julgamento conforme cresce em conhecimento, advogado pelo bem que faz e que o defende em qualquer parte e réu pelas faltas que comete.

A vontade de servir e amar na seara do Criador sempre nos elevará, ao passo que se reter na ociosidade sempre será caminho de sofrimento na jornada de cada um.


Obras consultadas

Allan Kardec – O céu e o Inferno, A justiça Divina segundo o Espiritismo;
Emmanuel / Francisco Cândido Xavier – Justiça Divina.
Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 27 de Fevereiro de 2016, 22:08 »
  • Inserir Citação

A VIDA FUTURA

Eis uma questão que nos aflige de certo modo, porque sem termos a noção de que a vida não cessa no cerrar dos olhos cometemos muitos equívocos que prejudica o caminho evolutivo do ser. Não tendo consciência de que a vida futura depende das nossas ações no presente, o indivíduo busca todos os prazeres materiais ao seu alcance, sem se preocupar com as conseqüências.

O homem pensando apenas no presente comete todos os excessos possíveis, bebidas, fumo, sensualidade e acaba construindo para si mesmo problemas de ordem moral e física. É comum nos depararmos com recém nascidos que já trazem desde o útero da mãe problemas vasculares, pulmonares, renais, hepáticos. Problemas conquistados ao preço dos excessos de outros tempos.

E assim o homem empilha faltas inúmeras contra a própria consciência, por pensar que ao morrer tudo estará terminado.

A morte para o materialista, que pensa apenas nesta vida tem caráter horrendo, dor, sofrimento, sentimento de perda são alguns dos temperos deste momento para aqueles que passaram a vida alimentando o ateísmo.

Quando nos deparamos com a enfermidade de alguém em tenra idade, abonado, com tudo que a vida pode oferecer a mão logo nos apressamos em dizer.

- Coitado, é uma pena, ele tinha tudo, era muito feliz.

Nem por um momento pensamos na fase evolutiva daquele ser, nem nos apercebemos de quais as conseqüências desta pseudo tragédia para as vidas futuras desta criatura. Apressamos-nos em dizer que Deus é injusto, que se Deus existisse nada disso estaria acontecendo. Erramos sempre ao desconsiderar a vida futura.

A ignorância espiritual, o desinteresse com as coisas além da matéria, o ceticismo costumeiro e a despreocupação com o próprio destino sempre proporcionarão como colheita o medo, a incerteza e a decepção.

Quando a humanidade compreender que a vida presente não passa de um elo entre a vida passada e a vida futura se tornará mais razoável em suas resoluções, mudarão radicalmente os valores e com certeza uma nova humanidade estará sobre a terra, renovada nos seus conceitos. A preguiça, os excessos de toda ordem e o materialismo desmedido serão afastados para que seja valorizada a vida, as qualidades morais, a vontade de avançar espiritualmente, com certeza a terra estará transformada.

Nos diz Alan Kardec no livro “O céu e o Inferno” que a duração da expiação está subordinada ao melhoramento do culpado, vejamos que não é subordinado ao sofrimento do culpado e sim a sua depuração, as suas boas ações.

O homem quando desencarna responde por todos seus atos na terra, pelas mazelas que não aniquilou do seu caráter, durante sua vida na carne, suas dificuldades ou facilidades dependerão do maior ou menor grau de depuração a que alcançou.

Para a parte da humanidade que reside na Terra cabe ainda mais uma responsabilidade, uma vez que já teve todos os meios para se instruir já não pode mais se contentar em apenas não fazer o mal, também será considerado como falta todo o bem que poderia fazer e não fez. Facilmente chegamos à conclusão de que conhecimento é responsabilidade, nada que o PAI nos confia deve ficar a cargo da preguiça.

“Materialismo, afrodisíaco da irresponsabilidade moral”
Emmanuel


O CÉU E O INFERNO – OS ANJOS E OS DEMÔNIOS

O céu e o inferno, muito além de regiões específicas do Universo devem ser considerados como o momento de cada um em seu próprio universo Evolutivo.

“O Reino dos Céus é dentro de voz” nos diz o mestre."


 
O que isso quer nos dizer? Qual a mensagem por trás das palavras do MESTRE?

Jesus se referia ao estado de consciência de cada um, as dores ou as alegrias que cada um trás em sua consciência, pelos próprios atos construímos o nosso céu, ou o nosso inferno, depende da escolha que fazemos; avançar ou estacionar, nos despojarmos de nossos preconceitos, vícios, excessos ou simplesmente mantê-los.

Há que considerarmos também a contraparte física destes conceitos, as regiões do Universo são diferenciadas pela vibração que as caracteriza, em seus infinitos níveis de energia, desde as mais densas, regiões onde habitam espíritos culpados, renitentes no mal até as mais sutis onde podemos denominar como esferas elevadas.

Os espíritos em evolução estão encapsulados em diversos níveis de energia, do mais denso ao mais sutil podemos citar sete (Físico, etérico, Astral, Mental Concreto, mental abstrato, búdico e átmico)

Através de suas ações, de seus pensamentos e sentimentos o homem adensa ou sutiliza seus corpos de manifestação, quando desencarna leva consigo este “peso” que o situa entre as diversas regiões que circundam o orbe onde habita.

Um espírito que quando encarnado teve como norte de sua vida o Evangelho do Cristo, vivenciou a caridade e o amor ao próximo com certeza sutilizou sua roupagem fluídica e fica em condições de habitar as esferas mais elevadas, tem mais liberdade de ação, pode se deslocar com mais facilidade, encontrar aqueles que ama.

Já o homem que preferiu carregar em si mesmo as chagas da humanidade: o Egoísmo, o ciúme, a avareza, que prejudicou o seu irmão, em fim, que foi completamente alheio aos preceitos da vivência cósmica, adensou sua roupagem fluídica e com certeza não terá acesso as esferas mais elevadas quando cerrar os olhos do corpo físico, habitará no inferno que construiu para si mesmo até que a consciência se reajuste na senda do bem e a individualidade receba nova oportunidade de recuperar a si mesmo nascendo em um novo corpo de carne, carregando os estigmas que alimentou no passado.

A felicidade, a tristeza, o céu e o inferno são conquistas do espírito, cada ato, cada pensamento, cada palavra carrega consigo o tijolo que edifica o próprio destino.

Importante destacar que nenhuma criatura está fadada ao inferno eterno, ou seja, a estar sempre habitando o sofrimento. A LEI do progresso é clara, nada que foi criado por DEUS está fadado a derrota, ao sofrimento. A criatura sempre encontrará ensejo de crescer, de evoluir e de subir os degraus da Evolução.

Nos diz Allan Kardec em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” que o Céu é ganho pela caridade e pela brandura”.

E os Anjos? Seriam seres privilegiados? Teriam eles sido criados já com toda a sabedoria e devotados ao sumo bem?

Segundo a Doutrina espírita os Anjos não são seres privilegiados, pois se houvesse dois sistemas de criação, não haveria justiça e, por conseguinte DEUS não seria perfeito.

Os Anjos de acordo com o Espiritismo são espíritos que já passaram por inúmeras experiências neste e em outros mundos, são seres que passaram por todas as etapas do processo evolutivo e alcançaram considerável evolução, o que lhes confere perante algumas doutrinas o título de Anjos, que para o Espiritismo são Espíritos muito avançados moral e intelectualmente, que já possuem uma união mais perfeita com o pai, fruto de seus esforços nos milênios incontáveis.

E os Demônios? Seriam seres criados exclusivamente criados para o mal e para sempre o serão? Será que algo que foi criado por DEUS que é soberanamente bom e justo vai negar pela eternidade a sua origem Divina?

Segundo a Doutrina Espírita a resposta é não. Demônios, espíritos maus, nada mais são que espíritos pouco esclarecidos, que por seu orgulho, sua vaidade e teimosia persistem por tempo indeterminado nas faixas mais baixas da vida, o que não podemos dizer que será para sempre, pois só depende do seu livre-arbítrio reformar-se e dar um passo na direção do criador. Portanto serão maus enquanto quiserem, pois como todas as criaturas também são dotadas de livre-arbítrio bastando uma vontade firme para dar início ao seu processo de renovação.

“Deus não concede privilégios, em qualquer estância do Universo, a alma recebe, inelutavelmente, da vida o bem ou o mal que da de si própria”
“O criador concede as criaturas, no espaço e no tempo, as experiência que desejem, para que se ajustem, por fim, às Leis de bondade e equilíbrio, que o manifestam. Eis por que, permanecer na sombra ou na luz, na dor ou na alegria, no mal ou no bem, é ação espiritual que depende de nós”
“O inferno, consolidado por localidade inferior ou estância de suplício, depois da morte, começa de cada um e comunica-se, pessoalmente, de espírito desvairado a espírito desvairado”
“A providência Divina permite a colonização dos seres bestializados, além do túmulo, em regiões específicas do espaço, para limitação e tratamento das calamidades mentais em que se projetaram ou que fizeram em merecer”
“A falta que depende de nós, chega antes, e o sanatório que corrige chega depois”
“O céu começará sempre em nós mesmos e o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um”
“O inferno é remorso, na consciência culpada, cujo sofrimento cessa com a necessária e justa reparação”
“Todas as vítimas das trevas serão trazidas a luz, e todos os caídos serão levantados, ainda que, para isso, a esponja do sofrimento tenha de ser manejado pelos braços da vida, em milênios de luta. Isso porque as leis Divinas são de justiça e misericórdia, e a providência inefável jamais decreta o abandono do pecador”
Emmanuel


Enviado por: Moises de Cerq. Pereira
« em: 27 de Fevereiro de 2016, 22:06 »
  • Inserir Citação

A REENCARNAÇÃO

“Os discípulos lhe perguntavam, dizendo: Pois por que dizem os Escribas que importa vir Elias primeiro? Mas Ele respondendo, lhes disse: Elias certamente há de vir, e restabelecerá todas as coisas: Digo-vos porém, que Elias já veio, e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram".
Jesus

Allan Kardec nos diz: “Assim como para o trabalhador o sol nasce no dia seguinte, e começa uma nova jornada, em que pode recuperar o tempo perdido, para eles também brilhará o sol de uma nova vida, após a noite do túmulo, e na qual poderá aproveitar a experiência do passado e por em execução suas boas resoluções para o futuro.”

Dentro da Justiça Divina para que os Espíritos alavanquem o seu próprio progresso, ainda temos a reencarnação, que é o retorno da individualidade ao mundo material, através de um novo corpo de carne, onde o espírito recebe nova oportunidade de crescimento. Mas qual a necessidade da reencarnação? Vejamos.

Espíritos ainda carentes de evolução cometem por muitas vezes atos censuráveis dos quais se penaliza após adquirir consciência dos atos indevidos de que foi autor, a consciência em processo de culpa não consegue entrever o caminho da reparação e com isso trava seu avanço. Para que possa prosseguir sua jornada sem a culpa do passado que invariavelmente não resolve nada, pois o que permite ao ser a felicidade e a tranqüilidade de consciência é justamente a reparação então o espírito volta ao corpo, um véu é lançado sobre o passado, então se sente livre para tomar novas resoluções.

“O Espírito sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde ele vem, nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do Espírito”

Porém este eclipse da consciência não é total e o espírito carrega consigo de forma latente suas boas e más inclinações e cabe aos genitores aparar as arestas desta criatura incentivando o bem, como é grande a responsabilidade dos Pais, pois tem uma oportunidade de auxiliar o espírito a fazer o bem que lhe faltou no passado, por isso se justifica que no nosso planeta a infância tenha um período maior, justamente para que os pais exerçam sua influência por um maior período sobre seus filhos, o que não se confirma nos mundos superiores onde a infância sendo de curta duração, confere independência ao espírito em um tempo muito menor.

Francisco Cândido Xavier dizia que ninguém poderia escrever um novo começo, mas todos podem recomeçar e escrever um novo fim, ou seja, o espírito receberá quantas oportunidades necessitar em reencarnações inumeráveis para realizar o seu aperfeiçoamento.

Todas as existências do homem na terra não são elos perdidos no caminho do espírito, são apenas a continuidade umas das outras, onde os atos do espírito em uma vida repercutirão na próxima e assim sucessivamente, por não lembrar e estar temporariamente sob o véu do esquecimento, poder-se-ia inferir que não existe este elo, mas a criatura se purificando, torna sua indumentária cada vez mais tênue e este véu não sendo mais tão espesso acaba por abarcar a realidade mais completa e guarda consigo a lembrança mais vasta de suas experiências anteriores.

Alguns irmãos podem achar que a reencarnação é fruto de uma punição do Criador contra a Criatura, o que não se confirma, pois é justamente na reencarnação que reside a maior oportunidade, uma verdadeira concessão em favor do espírito para que possa operar sua própria recuperação.

“Livres, estamos interligados perante a LEI, para fazer o melhor, e, escravizados aos compromissos expiatórios, estaremos acorrentados uns aos outros no instituto da reencarnação, segundo a LEI, para anular o pior que já foi feito por nós mesmos nas existências passadas”.
“Ninguém entrará no reino dos céus se não nascer denovo”
“Nascer, viver, morrer, renascer de novo e progredir continuamente, tal é a Lei”
Allan Kardec

A LEI DE AÇÃO

Poderíamos por um momento acredita que apenas o fato de ser perdoado por nossos desafetos seria o suficiente para que a nossa consciência livrar-se do peso de uma má ação praticada, no entanto, sabemos que não é bem assim.

“Reconcilia-te com o teu inimigo” nos disse o Mestre, e aí sim, encontra-se um meio efetivo para que possamos rearmonizar a desarmonia de que fomos responsável, é preciso invariavelmente aliar arrependimento e reparação para ficar quites com a LEI, sem uma ou outra não alcançamos o intento.

Ao contrário do que se pode achar esta LEI não vem de fora, mas de dentro, pois é nossa própria consciência à medida que avança que não dá descaso e exige a reparação.

Nos diz Allan Kardec: “Unicamente a reparação pode anular o efeito, em destruindo a causa; o perdão seria uma graça e não uma anulação”.

Agora, se invertermos os papéis, temos uma lição diferente, o perdão liberta quem perdoa e não quem praticou a falta, quando nós perdoamos, nos sentimos verdadeiramente livres e mais felizes, ao passo que aquele que foi perdoado deverá invariavelmente reparar o mau que fez.



A grande LEI da Justiça Divina se traduz perfeitamente nesta máxima.

“A cada um conforme suas obras”
Deus não produziu o mal, mas este é fruto da ignorância dos homens, DEUS apenas o permite, porque sabe que dele sairá um bem maior.
“Na matemática do Universo, o destino dar-nos-á sempre daquilo que lhe dermos”
Emmanuel

LAÇOS DE FAMÍLIA

Temos que considerar os laços de família enquanto encarnados e os laços de família após o desencarne.

Durante a existência terrestre os laços de família consistem nos laços consangüíneos, porém no mundo espiritual não se passa exatamente assim. Para o ser desencarnado os laços de família são construídos ou extintos pela afinidade, pelas inclinações do ser.

Uma família encarnada na terra unida pelos laços consangüíneos não será necessariamente a família espiritual, no momento do desenlace da matéria densa o espírito vai ter com aqueles que conservam as mesmas aspirações, por exemplo, espíritos ligados à boemia encontrarão os ébrios, espíritos com interesse por substâncias tóxicas encontrarão viciados no mundo espiritual assim como espíritos caridosos certamente terão como companhia espíritos da mesma envergadura.

Também podemos considerar as ligações antagônicas, que constituem as famílias antipáticas, o filho que não suporta a mãe, o pai que não suporta a filha ou os cônjuges que não se toleram. Estes espíritos geram laços de família por vezes justamente para que substituam os laços de ódio até que se tornem afins, pois o destino da humanidade é a fraternidade completa. Enquanto uns servem de provas para outros, servem também de meio de progresso. Os maus se melhoram ao contato com os bons, afinal DEUS ajuda o homem pelo homem.

“Corpo doente, companheiro difícil, parente complexo, chefe amargo e dificuldade constante são oportunidades que se renovam”
“E em toda parte, o verdadeiro campo de luta somos nós mesmos”
“O Lar é instituto de regeneração e amor, onde retomas a convivência dos amigos e desafetos das existências passadas para a construção do futuro melhor."
“O lar pejado de sacrifício, a família consangüínea a configurar-se por forja ardente, a viuvez expressando exílio, a obrigação qual golilha atada ao pescoço, o compromisso em forma de algema e a moléstia semelhando espinho na própria carne constituem liquidações de longo prazo ou ajuste de contas a prestações, para que a liberdade nos felicite.”
“Trazes hoje, na própria casa, a presença de certos familiares que te acompanham à feição de verdugos. Entretanto são eles credores de ontem, que surgem, no tempo, pedindo contas”
Emmanuel

  • Mobile


    • Powered by SMF 2.0 RC3 | SMF © 2006–2009, Simple Machines LLC