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  • O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje

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Autor Tópico: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje  (Lida 42617 vezes)

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Offline Osvaldo Ricardo Silva

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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #15 em: 30 de Dezembro de 2010, 04:33 »
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Através do estudo da doutrina espírita, das ciências e filosofias em geral e principalmente da reflexão chegamos a algumas conclusões racionais e lógicas sobre a origem e o destino do ser humano.

Algumas questões, porém, ainda povoam minha mente, dúvidas estas que não abalam o homem de fé, mas que de uma certa maneira intrigam o homem de ciência. Essa dualidade me faz ser um homem que crê de forma racional, isto é, creio naquilo que minha razão aceita e a codificação trazida por Kardec me falou à razão e fortaleceu minha fé.

Basta lembrar que estamos aqui falando sobre livros escritos entre 1857 e 1868 que trouxeram à luz do mundo ideias até então jamais cogitadas pela ciência. Ideias revolucionárias, ainda hoje estranhas à maioria das pessoas.

Seria suficiente nos apresentar O Evangelho Segundo o Espiritismo, com sua palavra de amor, fé, caridade, com seus valores morais elevados e a perfeita tradução da doutrina do Cristo para que o Espiritismo se transformasse no que é hoje, porém, foi ainda além, nos trouxe conhecimento e esclarecimento sobre os mistérios da vida através de obras brilhantes.

Transcrevo abaixo alguns trechos de OLE que reforçam as opiniões e questões expostas nos itens anteriores deste tópico:

OLE – Kardec, Allan
Capítulo II

“30.A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?
De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva.”

“33.A mesma matéria elementar é suscetível de experimentar todas as modificações e de adquirir todas as propriedades?
Sim e é isso que se deve entender, quando dizemos que tudo está em tudo.”

“36.O vácuo absoluto existe em alguma parte no espaço universal?”
Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos.”

Capítulo III

“39.Podemos conhecer o modo de formação dos mundos?
Tudo o que a esse respeito de pode dizer e podeis compreender é que os mundo se formam pela condensação da matéria disseminada no espaço”

Considerei as passagens acima por serem um exemplo de ideias sofisticadas para a época, teorias que apenas hoje estão na pauta das pesquisas cosmológicas. A ideia de um fluido universal permeando todo o espaço foi proposta por Albert Einstein que inseriu em suas fórmulas uma constante cosmológica, porém após anos de pesquisas infrutíferas, Einstein declarou que este havia sido seu maior engano, mas ele estava certo.

A leitura e a reflexão acerca das questões aqui abordadas pelo amigo Taprobana vem sendo de grande valia para a compreensão de três grandes dúvidas que trago desde o início de meus estudos.

Creio ter chegado a algumas conclusões:
1. O que é Deus?

Conclusão: impossível sua compreensão.

Pergunto o que é Deus, pois creio na sua existência como causa primária de todas as coisas sem a qual não seria possível a ordem ou a existência de um universo.

Aceito, desta forma, a teoria agnóstica, isto é, jamais teremos provas na Terra da existência ou não de Deus, creio por fé.

OLE – Kardec, Allan

Capítulo I

...
“Deus existe; disso não podeis duvidar e é o essencial. Crede-me, não vades além. Não vos percais num labirinto donde não lograríeis sair. Isso não vos tornaria melhores, antes um pouco mais orgulhosos, pois que acreditaríeis saber, quando na realidade nada saberíeis. Deixai, conseguintemente, de lado todos esses sistemas; tendes bastantes coisas que vos tocam mais de perto, a começar por vós mesmos. Estudai as vossas próprias imperfeições, a fim de vos libertardes delas, o que será mais útil do que pretenderdes penetrar no que é impenetrável.”

Desta forma acredito Deus não poder, para nós encarnados, ser sabido ou compreendido, apenas sentido, experimentado.

2. Qual a razão da criação?

Conclusão: Sem resposta, só Deus o sabe.

3. Qual a necessidade da vida material, da encarnação?

A resposta sempre encontrada para esta pergunta é de que a encarnação é necessária para o adiantamento dos espíritos, que a vida corpórea serve para expiação e aprendizado. Porém a resposta essencial me faltava aos sentidos, pois a meu ver era perfeitamente possível a evolução no mundo espiritual onde não temos as limitações do corpo material.
Estava sempre faltando algum conhecimento importante para chegar a alguma conclusão, o que acredito ter encontrado nas palavras do espírito Badu trazidas por Trapobana, particularmente no item 15 que transcrevo abaixo:

“15. Só ultrapassados vários níveis de desenvolvimento, é que, as consciências dos princípios vitais inteligentes, passam a ter noção da vida quando desligados da matéria.”

Conclusão: Temos nessas mensagens dois fatores importantes, consciência e tempo, que acredito serem as razões essenciais da vida material.

O ser humano só o é porque tem consciência de existir em sua individualidade e esse é um ponto crucial. A noção de tempo é importante a fim de nos manter em movimento. Outra questão importante é a convivência, a interação, entre espíritos em estágios diferentes de evolução.

De acordo com o estudado, estes três fatores só ocorrem simultaneamente na vida material, a não ser para os espíritos de maior grau evolutivo.

Imaginando que um espírito ainda pouco evoluído não possua consciência de sua existência como ser individual, não tenha noção de tempo (como visto anteriormente na vida espiritual o tempo não existe) e não interaja com outros espíritos a não ser os que estejam em seu mesmo nível vibracional, este espírito viveria eternamente na erraticidade.

Olhando por este prisma a necessidade da vida corpórea, com suas seguidas reencarnações passa a ter um sentido lógico em sua essência.


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Osvaldo R. Silva

Offline Taprobana

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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #16 em: 31 de Dezembro de 2010, 12:27 »
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Processos Evolutivos

A experimentação do uno, corpo e alma, potencia como vimos a vivencia de um mundo mental onde a “consciência de si” é manifesta e consequentemente o principio inteligente é confrontado com a necessidade de pensar, comunicar e agir num quadro emocional, sentimental e racional.

Abro agora um parêntese para falar acerca de uma intrigante componente aparentemente disponível na gestão da mente denominada como marcador somático (Fonte: Obra editada por António Damásio). Essa função permite que quando deparado com a necessidade de agir, uma quase infinita quantidade de variáveis condicionantes à decisão, são “automaticamente”, ou seja, de forma não consciente tomadas, o que permite que somente um conjunto relativamente pequeno de factores sejam tidos em consideração. Proponho que as teorias evolucionistas de Darwin, cada vez mais intelectualmente insatisfatórias e que têm sido utilizadas como causa deste efeito, sejam substituídas pela competência adquirida pelo princípio inteligente individualizado, do ponto de vista a que se refere a capacidade de utilizar o seu ilimitado potencial inteligente, que proponho conter um atributo particular que designarei por “consciência moral”, ou seja, a avaliação que é feita acerca da assertividade de acções ou pensamentos levados a cabo.

Senti agora vontade de partilhar um texto mais de Badu que, e uma vez mais, foi psicografado antes de ser por mim validado utilizando o espiritismo, que contem interessantes questões de pormenor. (As condicionantes mediúnicas são as mesmas anteriormente referidas)

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1- O Homem já atingiu um grau de desenvolvimento em que lhe é agora exigido, poder entender que a estabilidade, a harmonia, a paz interior, só são possíveis de alcançar na medida em que a consciência íntima de cada um está tranquila.

2 - A tranquilidade que reflecte um estado de felicidade interior que perdura, é atingida quando a conduta de cada um de nós não mereça reparos íntimos, na auto-avaliação constante de actos ou atitudes que cometemos.

3 - Os sentimentos inferiores como o orgulho, o egoísmo, o materialismo, são exemplos de projecções do nosso ego, no sentido de dar-mos a nós próprios uma importância desmedida, em detrimento da importância que damos ao bem-estar dos nossos semelhantes.

4 - Quando o espírito atinge um nível de desenvolvimento e entendimento, em que a esfera de sentimentos inferiores, são substituídos pelo amor ao próximo, pela resignação apoiada na fé em Deus, pela humildade fortificante, passa a ter condições de entender e sentir, que o que edifica e contribui para o bem próprio e comum, é a preocupação pelo bem estar e instrução dos irmãos que o rodeiam traduzida na palavra amor.

5 - O egoísmo que cega dará lugar ao altruísmo edificante, o orgulho corrosivo dará lugar à humildade salvadora, a resignação iluminará o nosso espírito e o amor ao próximo consolidará uma caminhada segura em direcção ao nosso próprio bem estar, que é a paz, a felicidade e a harmonia de uma consciência intima tranquila, antevendo já o convívio com Deus nosso pai.

6 - Não importando se temos ou não capacidades mediunicas “desenvolvidas” a prática da caridade, do amor ao próximo, do aconchego aos necessitados é a demonstração prática de um espírito que se situa em parâmetros de desenvolvimento espiritual elevado. Nunca é cedo para se pôr em prática estas atitudes santificantes e em qualquer circunstância devem sempre estar presentes para a nossa própria felicidade e bem-estar.

7 - Sempre que o livre-arbítrio nos leve para percursos em que o orgulho e o egoísmo imperem, mais cedo ou mais tarde, terão lugar consequências lamentáveis para o próprio equilíbrio espiritual, das quais somos os únicos responsáveis, motivadas pela cargas negativas e densas que nos envolvem, frutos das formas vivas criadas pelos nossos próprios pensamentos, que nos atingem de forma violenta e dolorosa, e pelo estado de má consciência ou remorso que daí provirá, sendo estes os responsáveis por períodos mais ou menos longos de deplorável condição...

8 - Uma primeira fase para o desenvolvimento espiritual em termos da elevação da moral, é necessariamente um período de transição, em que, o nosso espírito vive em sobressalto, pois já tem a capacidade de entender, que um grupo de atitudes que considerávamos normais dentro de um padrão evolutivo, não são agora toleradas pela nossa própria consciência intima...

9 - Á medida que evoluímos num padrão de moralidade, vamos criando a faculdade de ver o nosso espírito mergulhado num tipo de emoções, que não são mais admissíveis no nosso equilíbrio.

10 - Se tendermos a exigir ás pessoas que nos rodeiam, que acompanhem esse nosso percurso, criamos condições para que a intolerância aumente na proporção do nível de exigência que impomos.

11 - A lei da evolução constante e irreversível é a verdade consolada, da certeza que um dia, mais cedo ou mais tarde, todos os espíritos serão perfeitos e só aí poderemos todos realmente viver em paz.

Comentário:
A ser assim que as coisas se passam, a “consciência moral” parece assumir a caracterização fundamental da identidade da inteligência.

Gostava de sublinhar, que do ponto de vista dos processos evolutivos do principio inteligente, a anulação do ego próprio em favor dos demais, não parece ser uma consequência de impulsos emocionais, sentimentais ou racionais, mas sim uma acção dos “marcadores somáticos” já dotados em si mesmo de características altruístas ou humildes. Quando a acção é levada a cabo como consequência da avaliação inteligente que conscientemente decide agir de “forma altruísta” é um indicador claro da acção de uma “consciência induzida” por factores educacionais que denota a ausência de “fé somática” ou seja, de uma real comunhão com Deus, onde a duvida e o temor à morte são exemplos de factores que quando avaliados de forma consciente determina uma conduta, não fruto da real “vontade de poder” identificativa da condição em que se encontra uma “inteligência individualizada”.

Assim sendo, como pode o espírito evoluir se não experimentar o “inferno” gerado por uma auto-avaliação recriminatória? Ou seja, como pode um espírito aprender sem experimentar? Ou seja, a “moral social” é do domínio do bem ou do mal?


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Joaquim Santos Albino

Offline leandro_manzo

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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #17 em: 10 de Janeiro de 2011, 14:59 »
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Olá amigos;
Vejo que o assunto vai de "vento em polpa" e para dar uma contribuição trago alguns trechos do Evangelho de Tomé, encontrado no ano de 1945 nos papirus do mar morto, na qual as igrejas e as religiões o tem como apócrifos, porém a meu ver trás grandes revelações do Cristo. Portanto ficam algumas passagens para reflexão e posterior comentário dos amigos:

Disse Jesus: "Quem conhece o universo, mas não se possui a si mesmo, esse não possui nada."


Jesus disse: "Se fizerdes nascer em vós aquele que possuis, ele vos salvará; mas, se não possuirdes em vós a este, então sereis mortos por aquele que não possuis."

Disse Jesus: "Eu sou a luz, que está acima de todos. Eu sou o “Todo”. O Todo saiu de mim, e o Todo voltou a mim. Rachai a madeira – lá estou eu. Erguei a pedra – lá me achareis."


Abração e fiquem com Deus!

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"Um pouco de ciência nos afasta de Deus, muito nos aproxima." (Louis Pasteur)

Offline Edna☼

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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #18 em: 01 de Fevereiro de 2011, 11:01 »
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Olá a todos!

Unformatted, muito bom o filme, resume de forma exemplar os princípios do Espiritismo.

O estágio evolutivo em que nos encontramos, ainda, não nos permite uma compreensão mais clara de Deus.

Este entendimento será conquistado, passo a passo, através do desenvolvimento intelectual e moral, as simbólicas asas de anjo que nos conduzirão ao Pai.

Jesus quando esteve por aqui nem tudo pode dizer, pois que a humanidade não estava preparada para comprender as verdades, nos prometendo, entretanto, que no momento oportuno, nos enviaria o Consolador para ensinar todas as coisas e nos lembrar tudo o que disse.

Com o desenvolvimento das ciências, das artes, da moral, o amado Mestre cumpre sua promessa e nos envia a Terceira Revelação, a qual como bençãos vindas dos céus chegam até nós através das vozes dos Espíritos, em vários pontos do planeta, nascendo para os homens no dia 18 de abril de 1857, com a publicação de “O Livro dos Espíritos”.

Começa aí uma nova era de luz para clarear as mentes e os corações dos homens.

A Doutrina Espírita é um roteiro seguro a nortear nossas mentes através da ciência, da fé raciocinada... mostrando que a rota a seguir  para compreender o sentido da vida,  é pelo caminho simples e suave do estudo contínuo das leis naturais que regem a vida, do amor sentido e vivenciado pela prática da caridade.


Que haja sempre muita paz e muita luz em nossos corações.


Abraços fraternos,

Edna* ;)

« Última modificação: 11 de Fevereiro de 2011, 17:34 by Edna* »
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Offline Edna☼

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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #19 em: 01 de Fevereiro de 2011, 11:13 »
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•   Deus


O surgimento da primeira obra espírita, é inaugurada com uma justa homenagem ao criador, pois que a primeira pergunta dirigida aos Espíritos é:


O que é Deus?


Para esclarecer as tantas dúvidas que assolam as mentes e os corações da Humanidade já tão sofrida, os Espíritos elucidam nas primeiras perguntas feitas nesta obra inicial da codificação que:

     - Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

E, que poderemos encontrar a prova da existência de Deus, num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e vossa razão vos responderá.

Esclarecem que, não é dado ao homem compreender a natureza íntima de Deus, pois falta-lhe, para tanto um sentido, mas que compreenderá o mistério da divindade quando o seu espírito não estiver mais obscurecido pela matéria e pela sua perfeição, tiver se aproximado dela, então o verá e compreenderá.


Em notas, o querido Codificador explica que:

     A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da Humanidade, o homem o confunde muitas vezes com a criatura, cujas imperfeições lhe atribui; mas, à medida que o seu sendo moral se desenvolve, seu pensamento penetra melhor no âmago das coisas; e ele faz,  então, a seu respeito, uma idéia mais justa e mais conforme com a boa razão, embora incompleta.

Mostra o Codificador que, os atributos que podemos entrever em nosso estágio evolutivo, é que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom, e define dizendo que:

     Deus é eterno. Se tivesse tido um começo, teria saído do nada, ou, então, também teria sido criado, por um ser anterior. É assim que, pouco a pouco, remontamos ao infinito e à eternidade.

     É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo não teriam nenhuma estabilidade.

     É imaterial. Quer dizer, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria, pois de outra forma ele não seria imutável, estando sujeito a transformações da matéria.

     É único. Se houvesse muitos Deuses, não haveria unidade de vistas, nem de poder na organização do Universo.

     É todo-poderoso. Porque é único. Se não tivesse o poder soberano, haveria alguma coisa mais poderosa ou tão poderosa quanto ele, que assim não teria feito todas as coisas. E aquelas que ele não tivesse feito seriam obras de um outro Deus.

     É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela, assim nas menores como nas maiores coisas, e esta sabedoria não nos permite duvidar da sua justiça, nem da sua bondade.


Em resposta a dúvida sobre se está completa a idéia sobre os atributos de Deus, os Espíritos esclarecem que:

     - Do vosso ponto de vista, sim, porque acreditais abranger tudo; mas ficai sabendo que há coisas acima da inteligência do homem mais inteligente, e para as quais a vossa linguagem limitada, às vossas idéias e às vossas sensações, não dispõe de expressões. A razão vos diz que Deus deve ter essas perfeições em grau supremo, pois se tivesse uma de menos, ou que não fosse em grau infinito, não seria superior a tudo, e por conseguinte não seria Deus.  Para estar acima de todas as coisas, Deus não deve estar sujeito a vicissitudes e não pode ter nenhuma das imperfeições que a imaginação possa conceber.

                                                                                         (in, O Livro dos Espíritos)



Que Deus nos dê a luz do entendimento e a paz do coração, hoje e sempre.


Abraços fraternos,

Edna* ;)


« Última modificação: 02 de Fevereiro de 2011, 15:13 by Edna* »
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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #20 em: 02 de Fevereiro de 2011, 15:07 »
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•   Panteísmo

Questionados sobre a opinião segundo a qual todos os corpos da Natureza, todos os seres, todos os globos do Universo seriam partes da Divindade e constituiriam, pelo seu conjunto, a própria Divindade; ou seja, que pensar da doutrina panteísta, os Espíritos respondem que: 

   -  Não podendo ser Deus, o homem quer pelo menos ser uma parte de Deus.


Em notas, Allan Kardec explica que:

     Esta doutrina faz de Deus um ser material que, embora dotado de inteligência suprema, seria em ponto grande aquilo que somos em ponto pequeno. Ora, a matéria se transformando sem cessar, Deus, nesse caso, não teria nenhuma estabilidade e estaria sujeito a todas as vicissitudes e mesmo a todas as necessidades da Humanidade; faltar-lhe-ia um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. As propriedades da matéria não podem ligar-se a idéia de Deus, sem que o rebaixemos em nosso pensamento, e todas as sutilezas do sofisma não conseguirão resolver o problema da sua natureza íntima. Não sabemos tudo o que ele é, mas sabemos aquilo que não pode ser, e este sistema está em contradição com as suas propriedades mais essenciais, pois confunde o criador com a criatura, precisamente como se quiséssemos que uma máquina engenhosa fosse parte integrante do mecânico que a concebeu.
 
     A inteligência de Deus se revela nas suas obras, como a de um pintor no seu quadro; mas as obras de Deus não são o próprio Deus, como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou.

                                                                       (in, O Livro dos Espíritos)


Abraços fraternos,

Edna* ;)

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Offline Edna☼

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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #21 em: 11 de Fevereiro de 2011, 18:29 »
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São muitas as dúvidas, as quais são partilhadas por muitos.

Os ensinos constantes nas obras da Codificação Espírita, no caso a primeira, nos mostram que:

O homem não pode conhecer o princípio das coisas, pois Deus não permite que tudo seja revelado ao homem aqui na Terra.

Quanto ao mistério das coisas que lhe são ocultas, elucidam que, o véu se ergue na medida em que o homem se depura; mas, para a compreensão de certas coisas, necessita de faculdades que ainda não possui, e que a ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todos os sentidos, mas ele não pode ultrapassar os limites fixados por Deus.

Fora das investigações da Ciência, pode o homem receber comunicações de uma ordem mais elevada sobre aquilo que escapa ao testemunho dos sentidos, se Deus o julgar útil, pode revelar-lhe aquilo que a Ciência não consegue aprender.

Conclui Kardec que, é através dessas comunicações que o homem recebe, dentro de certos limites, o conhecimento de seu passado e do seu futuro.

                                                                                in, O Livro dos Espíritos



Abraços fraternos,

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Offline Victor Passos

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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #22 em: 11 de Fevereiro de 2011, 18:41 »
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Ola muita paz e harmonia
Bons Amigos

Allan Kardec – A mensagem do antigo druida para as gerações futuras

"E haverá no mundo uma religião única, bela e digna de Deus, dirigida pela ‘A Verdade’. Os seus fundamentos já foram lavrados".

Comunicação recebida pela mediunidade da menina Ruth, uma das quatro sensitivas adolescentes que serviram de instrumentos para o recebimento de O Livro dos Espíritos, cujas informações, transmitidas pelos Espíritos Superiores, foram compiladas por Allan Kardec.
Muitos mestres, muitas verdades e muitos discípulos confusos

Ao longo da história, tomamos conhecimento de inúmeros missionários, disseminadores de revelações espirituais específicas, fundadores de novas escolas espiritualistas das mais diferentes interpretações. Nos dias de hoje enxameiam sacerdotes, pastores, médiuns, gurus, mestres, magos, sensitivos, hierofantes, mediadores entre homens e forças superiores. Todos são portadores de novas revelações. Alguns são bem intencionados e sinceros, outros excêntricos e egocêntricos. Mas, a maioria destes novos missionários, atribuem para si mesmos a posse do verdadeiro conhecimento, ou, no mínimo, auto proclamam-se os verdadeiros propagadores da verdade.

Assim, podemos constatar: há muitos "mestres", muitas "verdades", mas também, muitos discípulos confusos.
A desmistificação do conhecimento secreto

Allan Kardec, embora tido pelos espíritas como um missionário, jamais se proclamou como tal. Sua doutrina não é produto de uma tese pessoal, de cunho personalista, elaborada por revelação em algum "lugar santo", isolado, após alguma superexperiência mística e solitária, totalmente subjetiva.

Sua mensagem não tem caráter dúbio, secreto, iniciático, simbólico, ainda que em sua essência estejam elementos do conhecimento perdido das antigas escolas de mistério, outrora revelado por luminares guardiões desse conhecimento espiritual, cuja disseminação perpetuava-se de boca a ouvido, à meia luz dos grandes templos de mistérios de todas as grandes civilizações do passado.

Seu corpo doutrinário é exposto de forma exotérica (exposto ao público e não esotérica = fechada dentro de um grupo) e didática, desmistificando a aura de mistério, de sobrenatural e maravilhoso que tanto impressiona os incautos, mas que também fascina os orgulhosos e manipuladores do bom-senso.
Três tipos de pessoas que hostilizam Allan Kardec e sua mensagem

Este insigne missionário ainda é praticamente desconhecido em nossos dias, assim como sua mensagem, que se constitui uma exaltação à lógica e à moral para o homem contemporâneo, mais emancipado de atavismos.

Allan Kardec é hostilizado por três classes de pessoas:
Pessoas de mentalidade materialista, espiritualmente incultas, incapacitadas para compreender algo que transcenda o limitado alcance dos cinco sentidos.
Pessoas bem intencionadas, porém, presas a dogmas de fé, ainda inaptas a apreender a essência abrangente de sua mensagem. São sinceros em suas convicções, embora estas sejam frágeis, embasadas na fé cega e no comportamento imediatista, hiperatrofiado pelo excessivo enfoque ao culto exterior.
Pessoas que reconhecem mas temem o alcance e a profundidade de sua revelação, em função de interesses escusos e mundanos. Às vezes também, por estarem atados, consciente ou inconscientemente, a convicções próprias e, assim, preferem combatê-lo e repudiá-lo. Normalmente, são de mentalidade preconceituosa e fundamentalista, vivendo acomodados aos mais aprisionadores atavismos.
A mensagem que satisfaz mente e coração

Allan Kardec traz uma mensagem libertadora. Uma revelação interessantíssima, com impacto direto sobre o coração, pelas vias do raciocínio, a todo ser humano não preconceituoso, com ouvidos para ouvi-la e disposição para estudá-la, discerni-la, senti-la, praticá-la, para só assim, então, começar a compreendê-la.

Este incomparável missionário da religião interior, cujo exemplo, senso moral e aspiração elevada dão testemunho da grandeza intocável de seu espírito superior, pode ser conhecido em plenitude através do legado incomparável de sua obra que, na verdade, nada mais é senão a compilação de um sopro provindo de horizontes mais longínquos, tingidos pelas cores de um novo e desconhecido alvorecer — faixas vibracionais onde atua a existência supradimensinal do homem.
O menino de olhos claros, de personalidade enérgica e perseverante

Aquele que hoje conhecemos pelo nome de Allan Kardec chamava-se Hippolyte Léon Denizard Rivail. Nascido em Lyon, França, às 19h do dia 3 de outubro de 1804, era filho de antiga família lionesa, católica, nobre e de tradição. Foram seus pais Jean-Baptiste Antoine Rivail, respeitável advogado e juiz do tribunal de Lyon, e Jeanne Louise Duhamel.

Hippolyte desde cedo mostrou inclinação para os estudos filosóficos e científicos.

Privilegiado pela atmosfera de um lar harmonioso, teve seu desenvolvimento espiritual e cultivo de sua notável inteligência favorecidos pela sabedoria e bondade de seus pais.

Era um menino simpático e robusto, de testa ampla, olhos cinzentos, bem claros, quase azuis e de grande vivacidade. Tranqüilo e moderado, seu temperamento equilibrado denotava personalidade enérgica e perseverante.
Época de guerras e descrença

O pequeno Rivail nasceu em uma época de graves agitações políticas, conflitos sociais e religiosos, não apenas na França, mas em todo o mundo. Era a época de Napoleão I. Os franceses sofriam o peso de intermináveis chacinas e toda a Europa se transformara em sangrento campo de batalha.

O materialismo, a descrença, a intolerância religiosa predominavam. Os membros proeminentes do clero, com raras exceções, compartilhavam avidamente da roda dos interesses mundanos, tragicamente esquecidos do exemplo do Sublime Nazareno, de quem se auto-intitulavam legítimos representantes na Terra.

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« Última modificação: 11 de Fevereiro de 2011, 18:48 by Victor Passos »
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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #23 em: 11 de Fevereiro de 2011, 18:43 »
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Em razão dos abusos desses sacerdotes, que jamais esconderam sua predileção por César, além de suas superficiais interpretações teológicas que unicamente fomentavam o culto exterior, os homens do povo se revoltavam e os mais cultos passavam a duvidar das realidades espirituais.
O alvorecer da religião interior

Surgiam, então, novos filósofos, escritores, cientistas e artistas que negavam a existência de Deus e a imortalidade da alma.

O materialismo erguia o seu cetro sobre o império do ceticismo e da indigência existencial.

Todas as exterioridades da Igreja, as semeaduras de descrença da filosofia, da ciência e da arte, geravam enorme inquietação espiritual nas almas, fomentavam um amargo vazio interior.

Mas justamente quando o Positivismo de Auguste Comte preconizava o absurdo da negação e o Catolicismo extravagantemente proclamava, com Pio IX, a infalibilidade papal (o papa não erra), o céu deixava cair a revelação abençoada dos túmulos, que começaria a germinar, gradativamente, nos canteiros da razão e do sentimento do homem contemporâneo, promovendo a essencial revolução íntima e silenciosa, que culmina no alvorecer da religião interior.
Lyon, a "cidade dos mártires"

O menino Hippolyte tinha o hábito de meditar sobre as águas contrastantes de dois rios de sua cidade natal: o Sona, sereno e inspirador, quase imóvel, e o Ródano, impetuoso e lendário. Virgílio, o famoso poeta romano, cantou o Sona em seus versos. Já o Ródano, fora o rio dos navegadores gauleses, dos fenícios, dos gregos e dos romanos. Sobre suas águas Potino trouxera para Lyon o Evangelho de Jesus Cristo.

Rivail amava sua querida Lyon. Sentia prazer em visitar as velhas ruínas e os lugares tradicionais da cidade que fora, outrora, a capital da Gália Romana.

Absorto em meditações, o pequeno missionário visitava os teatros romanos em ruínas, as antigas construções cristãs, os bairros operários e os museus. Aprendera que Lyon fora a "cidade dos mártires" e que, nos primórdios do Cristianismo, abrigara o sangue de inúmeros mártires, sacrificados pela intolerância dos romanos, tais como Potino, quase centenário, arrastado e espancado por cruéis verdugos... a jovem escrava Blandina, submetida a torturas e à morte no anfiteatro... o menino Pôntico, de apenas quinze anos... Átalo, Alexandre e muitos outros...

Assim, seus olhos mergulhavam num tempo perdido e insondável, naquela presente e, ao mesmo tempo, distante terra dos gauleses, tida pelos antigos autores, Lucano, Horácio e Florus como "depositária dos mistérios do nascimento e da morte..."
O professor que era chamado de "pai"

Aos 12 anos, Rivail concluiria seus estudos em sua amada Lyon. Seus pais, desejosos em lhe oferecer boa educação, vivendo o clima das lutas religiosas reinantes na França de então, entenderam por bem confiar o único filho ao famoso educador Johann Heinrich Pestalozzi, o mais sábio, respeitado e célebre professor daquele tempo, precursor da moderna educação, da chamada "escola ativa" e fundador da primeira escola profissional do mundo, na Suíça.

Doutor em direito e professor de história na Universidade de Zurique, Pestalozzi consagrou sua inteligência, seu tempo, seu coração e sua vida à causa dos órfãos e da infância desamparada, vitimada pelas guerras. Foi inspirador dos famosos "jardins de infância" de Froebel e disseminador de abrigos educativos em várias cidades de sua pátria. Seus evoluídos conceitos sobre educação espalharam-se pela Europa e pela América, reformando o antigo sistema das escolas.

Benfeitor da humanidade, manuseava a bíblia todos os dias. Educador de órfãos e de príncipes, era justo e bom, sustentador de idéias liberais.

Desfrutaria o menino Rivail a companhia desse mestre em excelência, verdadeiro formador de caráter. Tão amado era que seus alunos o chamavam de "pai" Pestalozzi.
No castelo às margens de um antigo lago gaulês

O famoso Instituto Pestalozzi ocupava um antigo castelo em Yverdon — a mesma cidade gaulesa antiqüíssima de Elbrodunum. O edifício, ladeado por quatro grandes torres, erguia-se às margens do Lago de Neuchatel.

Foi na atmosfera inspiradora e pacífica deste velho castelo que Rivail conviveu com seu educador durante oito anos, preparando-se para o magistério. Dele absorveu a bondade e a sabedoria proveniente de seu espírito superior, cujo coração grandioso abrigava com carinho e afeto as crianças ricas, mas também as pobres, fazendo de seu famoso instituto um oásis de harmonia e estudo num mundo, lá fora, de guerras e ignorância.
O discípulo substitui o mestre

Após dois anos de sua chegada à Suíça, com 14 anos, o adolescente Rivail já lecionava para alguns de seus colegas, em classes a ele confiadas por Pestalozzi.

Dedicado ao estudo das diversas disciplinas do curso normal do Instituto, estudou ainda teologia, filosofia e diversas línguas. Adquiriu consistentes conhecimentos em medicina, apresentando brilhante tese por ocasião de sua formatura.

Ainda em Yverdon, aos 19 anos, interessou-se pelos estudos do magnetismo, na época, catalisador do interesse dos sábios e médicos da França e outros países europeus.

Já moço, Rivail recebeu toda a confiança de seu mestre, tornando-se o discípulo predileto. Todas as vezes que Pestalozzi se ausentava do Instituto, o jovem lionês assumia sua direção, coordenando e lecionando os mais variados cursos.
Mentalidade tolerante e liberal
Nessa atmosfera pacífica e de fertilidade cultural-espiritual, o jovem, católico até então, conheceu dissabores e desgostos por parte de alguns protestantes de Yverdon. Mas ele nunca se abateu. Ao contrário, fortaleceu e aprimorou seu sentimento de tolerância e respeito às crenças alheias. Talvez, até, sob as sombras do castelo do Instituto, tenha cogitado uma reforma espiritual que fizesse desaparecer ódios religiosos e reunificasse o Cristianismo, de acordo com o Espírito de Amor de Jesus.

Em 1824, Pestalozzi, já velho e esgotado, providenciava o fechamento do famoso instituto, em decorrência dos incontáveis sofrimentos morais por que passava. Rivail, completara vinte anos. Mestre e discípulo se abraçam e se despedem. O jovem professor parte para Paris, França, levando na intimidade de sua alma, as lições inesquecíveis do grande educador, cuja influência moral jamais deixaria de inspirá-lo, durante todos os grandes momentos de sua vida missionária.
O jovem professor Rivail, seu Instituto e suas obras

Com larga experiência de magistério, pois iniciara aos 14 anos, na Suíça, o jovem professor Rivail, como passa a ser conhecido, inicia sua carreira, bacharelado em ciências e letras.

Em 1824, publica, na capital francesa, suas primeiras obras: "Aritmética do 1.º Grau" e um "Curso Teórico e Prático de Aritmética", segundo o método de Pestalozzi (em dois volumes).

Um ano depois, com vinte e um anos, publica nova obra: "Escola de Primeiro Grau" e funda um colégio nos moldes do Instituto de Yverdon, denominado "Instituto Educacional Técnico". Disposto ao trabalho, mas não dispondo de recursos financeiros, torna-se então sócio de um tio, irmão de sua mãe, que lhe provê o capital necessário para as instalações da escola.

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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #24 em: 11 de Fevereiro de 2011, 18:44 »
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Publica vários outros livros com ampla aceitação em todo o país: obras sobre matemática, sobre a língua francesa, sobre física, fisiologia e astronomia. Muitas de suas obras foram adotadas pela Universidade da França, o que atesta o alto valor dos livros do jovem professor.
Notoriedade e vigor cultural

Rivail continua seus estudos lingüísticos na França. Além de sua língua pátria, conhecia profundamente o inglês, o alemão e o holandês. Falava, também, o italiano e o espanhol e possuía sólidos conhecimentos do latim, do grego e do gaulês.

Essa grande capacitação do jovem professor deu-lhe notoriedade ao mundo da cultura francesa, principalmente, com a publicação de uma obra importantíssima, editada em 1831, aos 27 anos: "Gramática Francesa Clássica". Ainda no mesmo ano, o já famoso professor apresenta à Academia Real de Arrás um importante trabalho: "Qual o Sistema de Estudos mais em Harmonia com as Necessidades da Época?". Nesta obra, ele abrange o tema da reforma dos estudos clássicos. Essa tese alcançou o primeiro prêmio da Academia, que lhe conferiu medalha de ouro e reconhecimento no meio cultural.

Tornou-se conhecido na Alemanha por traduzir para o alemão várias obras de educação e de moral, principalmente de Fénelon que, posteriormente, se apresentaria, em espírito, a Allan Kardec como um dos integrantes da equipe de espíritos encarregados em transmitir a Terceira Revelação.
Amélie Boudet, companheira inseparável de todos os momentos

Hippolyte Rivail prossegue pela vida revelando-se um trabalhador de fôlego, sempre acordando muito cedo, lecionando, escrevendo, traduzindo. Depois de algum tempo, com os frutos de seu trabalho honesto, conquista uma relativa estabilidade econômica

Aos 27 anos, casa-se com distinta professora, a senhorita Amelie Boudet, uma jovem culta, poetisa e pintora que conhecera no "Instituto Educacional Técnico". Lecionava letras e belas-artes.

Foram muito felizes, verdadeiramente unidos na alegria e na dor dos grandes testemunhos. O amor de ambos transcendeu os estreitos limites de um casamento comum, estendendo-se à humanidade, no esforço pela divulgação de uma imprescindível revelação do Alto concedida à Terra.
"Trabalho, Solidariedade e Tolerância"

Rivail notabilizou-se através de inúmeras sociedades culturais da França. Torna-se sócio honorário da "Sociedade de Estudos Gramáticos de Paris"; sócio catedrático do "Instituto Histórico da França", membro da "Sociedade de Ciências Naturais da França" e de muitas outras intituições parisienses e outras cidades.

Em razão da inconseqüência de seu tio e sócio, jogador inveterado, Rivail atravessa seríssimas dificuldades em 1835, sendo forçado a fechar seu Instituto para não acarretar prejuízos a terceiros.

Liquidado o Instituto, recebe determinada quantia a ele correspondente, confiando-a a um amigo comerciante. Dias depois, esse comerciante abre falência, nada deixando aos credores.

Esses dois reveses não abatem o ânimo do casal. Rivail e Gaby, como era conhecida Amélie na intimidade, dispõem-se a todos os sacrifícios. Sob o lema de Rosseau "Trabalho, Solidariedade e Tolerância", recebido de Pestalozzi, na Suíça, ambos trabalham, irmanam-se no espírito de solidariedade conjugal, perdoando sempre e tolerando com resignação as duras provas da vida.
Lecionando gratuitamente a jovens franceses desfavorecidos

Uma das inquestionáveis provas da elevada condição moral de Rivail está no fato de receber alunos pobres em sua própria casa, justamente na fase financeira mais difícil de sua vida. Leciona-lhes, gratuitamente, durante cinco anos, cursos de química, física, astronomia e anatomia comparada. Esses cursos beneficiam inúmeros jovens e adolescentes franceses, encerrando exemplo vivo de amor e caridade, recebido de seu mestre Pestalozzi, remanescente em seu coração generoso. O dedicado professor não é indiferente às grandes dificuldades desses muitos estudantes desfavorecidos.

Nessa sua difícil fase, durante o dia encarrega-se da contabilidade de três estabelecimentos comerciais. À noite, continua trabalhando, escrevendo novas obras didáticas, traduzindo livros ingleses e alemães para editoras francesas e dando aulas particulares nos cursos de Levy-Alvarés. Leciona, ainda, diversas disciplinas no "Liceu Polimático", onde assume o cargo de diretor.
O fenômeno das "mesas girantes"

Em 1854 Rivail, com 50 anos, é um mestre respeitado, escritor reconhecido com obras didáticas adotadas pela Universidade da França. Equilibrado, sua mente está amadurecida e o coração sereno e compassivo, pronto para dar início ao cumprimento da missão que haveria de desempenhar.

A França, assim toda a Europa estava com a atenção voltada para os fenômenos das chamadas "mesas girantes". Pessoas de todos os níveis culturais e sociais, indiferentemente de suas convicções religiosas, estavam às voltas com sessões em que se realizavam fenômenos de efeitos físicos.

Nessas sessões, as mesas eram movimentadas por entidades espirituais, respondendo, por códigos, às perguntas feitas pelos participantes.

Muitas pessoas sérias, orientadas por espíritos bondosos e sábios, obtinham comunicações elevadas e interessantes. Mas em geral, esses fenômenos se davam para o divertimento dos salões parisienses, alheios para compreender a extensão do novo fenômeno.
Do ceticismo à investigação criteriosa

Foi o magnetizador Fortier quem falou ao professor Rivail sobre esses espantosos fatos mediúnicos. Outro amigo, companheiro de juventude, um corso de nome Carloti, também chamou-lhe a atenção sobre tais acontecimentos inexplicáveis.

Em razão de sua mentalidade crítica e científica, o respeitado professor manteve-se reservado e distante. Até que um dia, no lar dos amigos sr. Pârtier e senhora Plainemaison, pela primeira vez, assiste a diversos fenômenos mediúnicos, onde as mesas saltavam e corriam, sozinhas.

O que o professor via em casa de seus amigos, repetia-se por todas as partes do mundo. Mas os assistentes, com raras exceções, pareciam não compreender o alcance de tudo aquilo, fazendo dessas reuniões um passatempo ocioso e fútil.

Mais tarde, diria Allan Kardec: "Entrevi naquelas aparentes futilidades, no passatempo que faziam daqueles fenômenos, qualquer coisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim mesmo investigar a fundo".

Assim, Rivail mudaria o rumo dos experimentos, dirigindo perguntas filosóficas, recolhendo informações, comparando-as, categorizando-as. Em sessões especiais, utilizaria a mediunidade de duas meninas, filhas de seu amigo Boudin, Caroline e Julie, quando recebe a maior parte dos ensinamentos contidos em O Livro dos Espíritos.
O antigo druida reaparece

Através de um espírito guia da família Boudin, Rivail tomou conhecimento de que se chamara Allan Kardec, numa existência anterior, ao tempo de Júlio César, na Gália, na verdade, antigo nome do território francês. De acordo ainda com esse espírito amigo, que se apresentava com o nome de Zéfiro, declarou ainda ser o professor Rivail um antigo sacerdote gaulês — um druida. O próprio Zéfiro teria sido seu discípulo e companheiro de tarefas religiosas entre os gauleses. Allan Kardec era, na hierarquia sacerdotal da época, seu superior.

Zéfiro ainda fez outra revelação: Rivail estaria novamente nas lutas terrenas para cumprir importante missão espiritual. Mais tarde, outros benfeitores espirituais confirmariam essa revelação. Todos lhe prometiam auxílio, encorajavam-no e aconselhavam-no a ter perseverança e discrição,

Os druidas foram detentores de grandes conhecimentos secretos, tradicionalmente transmitidos de boca a ouvido. Entre esses conhecimentos estavam a reencarnação, a concepção dos diferentes domínios espirituais, as diferentes categorias de espíritos, a evolução contínua do espírito, a lei de causa e efeito, entre outros.

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« Última modificação: 11 de Fevereiro de 2011, 18:49 by Victor Passos »
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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #25 em: 11 de Fevereiro de 2011, 18:45 »
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Por ocasião do lançamento de O Livro dos Espíritos, em 1857, o professor Rivail resolveu apresentá-lo a público com o seu antigo nome gaulês — Allan Kardec.

Assim, reaparece o antigo druida, adequando conhecimentos já vivenciados e melhor apreendidos, apto a novamente transmiti-los, tornando-se verdadeiro porta-voz de uma legião de outros tantos seres espirituais, mais emancipados da ignorância espiritual que, por enquanto, ainda ensombrece a Terra.
A Doutrina Espírita revelada pela mediunidade de quatro meninas

É interessante observar que a excelência doutrinária inegável do Espiritismo, codificado por Allan Kardec deve-se, em sua quase totalidade, à mediunidade de quatro meninas. Através da inocência e da potencialidade mediúnica dessas quatro inocentes crianças, foram trazidas à Terra explicações notáveis, questões complexíssimas das mais variadas áreas da filosofia, ciência e religião, mantendo-se irrefutáveis até os dias de hoje —sobretudo o aspecto moral. Os opositores gratuitos do Espiritismo jamais tocam neste assunto, pois trata-se de um fato difícil para se depreciar e muito menos para se refutar.

As meninas foram: Caroline e Julie Boudin (16 e 14 anos, respectivamente), Ruth Japhet e Aline Carlotti— verdadeiros anjos reveladores da nova mensagem do Céu para os dias futuros. As reuniões, a princípio, realizavam-se na intimidade da casa da família Boudin e as respostas dos espíritos eram transmitidas por meio da cesta de bico, a que se adaptava um lápis. As meninas punham as mãos sobre a cesta que se movia, escrevendo mensagens, com absoluta impossibilidade sincrônica de ação dos médiuns na escrita. Esses escritos, que deram origem a O Livro dos Espíritos, seriam, posteriormente, comparados aos de outros médiuns, todos rigorosamente escolhidos pelo codificador.

O antigo druida ressurgido teria ainda recebido comunicações da parte dos bons espíritos, através de outra menina médium: Ermance Dufaux. Essas mensagens tiveram por objetivo encorajá-lo na realização de uma nova empreitada: A "Revista Espírita". Ermance, aos 14 anos, psicografara um admirável livro histórico "A Vida de Joana d’Arc, Ditada por Ela Mesma", além de outras obras.
O Livro dos Espíritos: Código para uma nova fase da evolução humana

O Livro dos Espíritos causou grande repercussão na França. Homens de ciências e artes como o astrônomo Camille Flammarion, o grande poeta Victor Hugo, os escritores Balzac e Teophile Gautier, o pensador Léon Denis, além de inúmeros outros filósofos e literatos sentiram-se atraídos pela luz da nova revelação.

O próprio imperador da França, Napoleão III, sobrinho de Napoleão Bonaparte, solicita a presença de Kardec no Palácio das Tulherias e mantém longas conversações com o codificador sobre O Livro dos Espíritos.

Esta obra é o marco inicial, a pedra fundamental do Espiritismo. Mais do que isso, é também o código de uma nova fase da evolução humana.

Sobre O Livro dos Espíritos, explica J. Herculano Pires: "O livro começa pela metafísica, passando em seguida à cosmologia, à psicologia, aos problemas propriamente espíritas da origem e natureza do espírito e suas ligações com o corpo, bem como aos da vida após a morte,. para chegar, com as leis morais, à sociologia e à ética e concluir, no Livro IV, com as considerações de ordem teológica sobre as penas e gozos futuros e a intervenção de Deus na vida humana."
A Revista Espírita e a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas

No dia 1.º de janeiro de 1858 surge a Revista Espírita, dirigida pessoalmente por Allan Kardec, até sua desencarnação, em 1869.

Três meses depois, é fundada a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, tendo como seu presidente espiritual o espírito de São Luis, ou Luis IX, rei da França.

Ainda neste mesmo ano, Kardec publica um pequeno livro de esclarecimentos doutrinários denominado Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas.

No ano seguinte, em 1859, mais uma obra do codificador é trazida à lume: O que é o Espiritismo, uma introdução aos estudos da doutrina.
Viagens espíritas e a publicação de O Livro dos Médiuns

Em 1860, o antigo druida ressurgido visita diversas cidades da França. O objetivo é esclarecer, confortar e incentivar os primeiros núcleos espíritas recém-formados.

Na noite de 19 de setembro, Kardec é recebido no Centro Espírita de Broteaux, único existente em Lyon, uma das cidades visitadas. À porta esperam-no Dijou, operário, chefe de oficinas, e sua esposa. É o primeiro encontro de dirigentes espíritas da História. A mão do grande pensador aperta vigorosamente os dedos calosos e ásperos do companheiro, a quem chama "irmão".

Nos primeiros dias do ano seguinte, em 1861, o infatigável missionário publica outra obra: O Livro dos Médiuns. Considera-o como sendo "a continuação de O Livro dos Espíritos", pois também neste, os ensinamentos pertencem aos espíritos.

Mesmo escrito há mais de 100 anos esta obra continua atualíssima e nenhuma outra, sobre a fenomenologia mediúnica, conseguiu superá-la.

Explica o codificador, na introdução: "A prática espírita é difícil, apresenta dificuldades que somente um estudo sério e completo pode prevenir".

Ainda em setembro deste mesmo ano, Kardec viaja novamente a Sens, Macon e Lyon, constatando o desenvolvimento da doutrina, não apenas entre os instruídos e cultos, mas, também, entre os humildes e os simples de coração. Em outubro visita Bordéus.
A reação do clero ante o Espiritismo

O ano de 1861 ainda traz um fato desagradável na história da doutrina. Allan Kardec envia obras espíritas à Espanha, a pedido do amigo Lachatre, livreiro de Barcelona. A finalidade era difundir as novas idéias naquele país.

Mesmo estando pagas as taxas da alfândega espanhola, o bispo de Barcelona apreende ilicitamente trezentos volumes e os faz queimar em praça pública, como nos antigos tempos da Inquisição.

Essa atitude do clero gerou grande revolta e muitos assistentes gritaram: "Abaixo a Inquisição!".

Contudo, essa atitude intransigente contribuiu enormemente para a propaganda da doutrina.

A perseguição prosseguiu, dissimulada, mas acirradamente, por muito tempo. O clero nunca escondeu seu desagrado com relação à mensagem espírita.

Atualmente, a Igreja Católica, através dos esforços ecumênicos do Papa João Paulo II e também em função de comissões enviadas pelo Vaticano, para observação de fenômenos paranormais e de Transcomunicação Instrumental, reconhece, em seu Novo Catecismo, a possibilidade de comunicação com as almas dos "mortos" e até permite, em alguns casos e com reservas, essas comunicações.
"O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples"

A 15 de janeiro de 1862 aparece um pequeno livro intitulado O Espiritismo em Sua Expressão Mais Simples, também de autoria do antigo druida. Trata-se de uma síntese da Doutrina, escrita com simplicidade, "ao alcance de qualquer inteligência", esclarece o missionário.

Este livro alcança uma repercussão intensa, cumprindo anterior previsão de um de seus guias espirituais, que afirmara: "Este pequeno livro produzirá um efeito que não esperas... Será difundido com grande amplitude e penetrará toda parte".

De fato, a Doutrina se espalha pela Europa, pela América, pelo norte da África, pelos países da Ásia. As obras de Allan Kardec são traduzidas para vários idiomas. Em pouco tempo, apenas O Espiritismo em Sua Expressão Mais Simples ganha versão para nove idiomas: alemão, inglês, português, polonês, grego moderno, italiano, espanhol, russo e croata...
"Viagem Espírita de 1862"

Os espíritas de Lyon e de Bordéus, nesse mesmo ano de 1862, recebem mais uma vez a presença do codificador. Durante os meses de setembro e outubro, sob rigoroso inverno, o missionário realiza longa excursão de divulgação dos princípios da Doutrina. Visita vinte cidades da França, discursando cinqüenta vezes, unificando o pensamento e a conduta dos espíritas.

Essa viagem originou duas publicações: Viagem Espírita de 1862, e Refutações às Críticas contra o Espiritismo.

Em um de seus discursos, nessa sua peregrinação espírita, o antigo druida afirma: "Homens da mais alta posição honram-me com sua visita, porém nunca, por causa deles, um proletário ficou na antecâmara. Muitas vezes, em meu salão, o príncipe se assenta ao lado do operário. Se se sentir humilhado, dir-lhe-ei simplesmente que não é digno de ser espírita. Mas, sinto-me feliz em dizer, eu os vi, muitas vezes, apertarem-se as mãos, fraternalmente, e então, um pensamento me ocorria: ‘Espiritismo, eis um dos teus milagres; este é o prenúncio de muitos outros prodígios!’"
"O Evangelho Segundo o Espiritismo" – Tratado moral dos ensinamentos de Jesus

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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #26 em: 11 de Fevereiro de 2011, 18:46 »
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Kardec publica, em 1864, uma pequena brochura: Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas e também a obra que se consiste em verdadeiro tratado moral dos ensinamentos de Jesus: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Inspirada e inteligentemente, o antigo druida esclarece o objetivo dessa obra notável: "Podemos dividir as matérias contidas nos Evangelhos em cinco partes: 1) Os atos comuns da vida do Cristo; 2) Os milagres; 3) As profecias; 4) As palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da igreja; 5) O ensino moral. Se as quatro primeiras partes têm sido objeto de discussões, a última permanece inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças. Porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas. Se os discutissem, as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maioria delas se apegaram mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um. Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura. É essa parte que constitui o objeto exclusivo desta obra".
No Catálogo dos Livros Proibidos

Prossegue o ano de 1864. O Espiritismo ganha vulto com extraordinária rapidez. Dando mostras de sua intolerância, explícita no auto-de-fé de Barcelona, a Igreja Católica Romana inclui em seu Índex, ou seja, no seu Catálogo dos Livros Proibidos, as seguintes obras de Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e O Evangelho Segundo o Espiritismo.

O codificador não se abate. Continua levando a bom termo sua missão, tornando-se respeitado pelo seu bom-senso e conduta moral irrepreensível.

Faz uma visita à Suíça, a terra de Pestalozzi. Regressando a Paris é chamado pelos espíritas de Bruxelas e de Antuérpia para uma visita às suas associações belgas.
"O Céu e o Inferno – A Justiça de Deus Segundo o Espiritismo"

Em agosto, de 1865, é publicado pela Livraria Espírita de Paris seu novo livro: O Céu e o Inferno – A Justiça de Deus Segundo o Espiritismo.

Explica o codificador que o homem carrega dentro de si a necessidade de crer, mas para que essa crença satisfaça a seus anseios,ela deve corresponder às suas necessidades intelectuais.

Assim, a crença na sobrevivência do espírito e a possibilidade de comprovação de sua existência supramaterial serão o primeiro ponto de contato das diversas interpretações religiosas que igualmente proclamam essas mesmas realidades, porém, cada uma a seu modo.

Elucida Allan Kardec: "Por instinto tem o homem a crença no futuro, mas não possuindo até agora nenhuma base certa para defini-lo, a sua imaginação fantasiou os sistemas que deram causa à diversidade de crenças. A Doutrina Espírita sobre o futuro — não sendo uma obra de imaginação mais ou menos arquitetada engenhosamente, porém o resultado da observação de fatos materiais que se desdobram hoje à nossa vista — congraçará, como já está acontecendo, as opiniões divergentes ou hesitantes e trará gradualmente, pela força das coisas, a unidade de crenças sobre esse ponto, não já baseada em simples hipótese, mas na certeza. A unificação feita relativamente à sorte futura das almas será o primeiro ponto de contato dos diversos cultos, um passo imenso para a tolerância religiosa em primeiro lugar e, mais tarde, para a completa fusão".
Elevando-se, pelo pensamento, acima da humanidade

Não resistindo ao excesso de trabalho, em 1866, Allan Kardec cai enfermo. Mesmo assim, logo que se restabelece, retorna aos seus inúmeros deveres de missionário, cuidando da Revista Espírita, dirigindo a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, respondendo às cartas provindas das localidades mais distantes do mundo, socorrendo silenciosamente os sofredores e doentes, preparando novos livros e publicações doutrinárias.
continua

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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #27 em: 11 de Fevereiro de 2011, 18:47 »
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continuação


Allan Kardec passa a ser alvo de terríveis perseguições, não apenas por parte do clero, mas também, sofre a traição dos próprios companheiros. Mas sempre a generosidade de seu coração soube suplantar a todas essas injúrias. Seus escritos e sua conduta falam a favor de sua invariável delicadeza de linguagem, jamais ferindo ou ofendendo seus adversários. Em toda e qualquer celeuma, escrita ou verbal, sua superioridade moral prevalece sobre seus contendores.

E quando se via golpeado pela injúria ou pela maledicência, quando vítima de inveja e ingratidão, ele mesmo dizia, que nessas horas dolorosas da vida, procurava se elevar, através do pensamento, acima da humanidade e se colocava, mentalmente, no mundo invisível, imaginando-se na pátria espiritual, por antecipação, tornando-se inacessível para as maldades humanas, que já não mais o atingiam. Conta, ainda, que se habituou de tal maneira a esse exercício espiritual que a maldade dos homens nunca mais o pertubaram...
"Da parte dos Bons Espíritos"

Sua forma de praticar o bem, socorrendo os aflitos e necessitados, sempre foi oculta, conforme ensinava Jesus: "Não saiba a vossa mão esquerda o que faz a direita".

Conta Alexandre Delanne, pai do cientista e escritor espírita Gabriel Delanne, que conhecera um pobre velhinho confinado a extrema pobreza. Mesmo assim, em suas privações, vivia resignado, graças à leitura de uma pequena brochura de Alllan Kardec, que lhe fora oferecida. Certo dia, ao tomar conhecimento desse fato, relata Delanne, o grande missionário chorou. E com lágrimas nos olhos, enviou uma soma em dinheiro ao pobre ancião e, além disso, vários volumes de suas obras.

Por não ter filhos, era com amor paternal que amava e amparava os pobres e os sofredores. Visitava as moradas do infortúnio e adentrava, anonimamente e com passos resolutos, com sua companheira Gabi, ambientes onde a dor lancinava o corpo e a alma. Visitava detentos e doentes, enviava recursos monetários às famílias necessitadas, em envelopes fechados, sem indicar a procedência. Nos envelopes escrevia apenas: "Da parte dos Bons Espíritos".
O continuador da obra de Kardec

Em 1867, juntamente com sua inseparável companheira, faz nova viagem a Bordéus, Orleães (a cidade que Joana D´Arc libertou dos ingleses), e Tours, realizando conferências e ensinamentos. Em Tours acontece o encontro de Kardec com um jovem de vinte e um anos, que seria um de seus grandes discípulos e continuador de sua obra: Léon Denis.

Um dos mais profundos pensadores espíritas, Denis deixou obras notáveis, entre elas, "O Problema do Ser do Destino e da Dor", "Depois da Morte", "Cristianismo e Espiritismo", "No Invisível", entre outras.

Seu continuador, ao estabelecer suas pesquisas e expressar sua linha de pensamento sobre as realidades da alma, afirmaria em "O Problema do Ser...": "Adotamos aqui os termos, as vistas os métodos de que se serviu Allan Kardec, como sendo os mais seguros, reservando-nos o acrescentar ao nosso trabalho todos os desenvolvimentos que resultaram das investigações e experiências feitas nos cinqüenta anos decorridos desde o aparecimento de suas obras".
A Gênese

Em 1868, o grande missionário publica uma obra de grande valor científico: "A Gênese — Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo". Nesta obra o codificador deixa o campo exclusivamente doutrinário para evidenciar as relações do Espiritismo com a ciência. Os dados espíritas lhe servem para colocar o problema da origem planetária em termos científicos, desmistificar a distorção do Cristo sobrenatural, criado pelo Cristianismo distorcido de suas raízes simples e consoladoras, conspurcado pela enfatização superatrofiada nos milagres e no sobrenatural.

Allan Kardec soube esclarecer, na Gênese, que os fatos das manifestações espíritas nada têm de extra-humano, na verdade, é a humanidade espiritual que vem conversar com a humanidade corporal e dizer:

"Nós existimos, logo o nada não existe. Eis o que somos e o que sereis. O futuro vos pertence, assim como a nós. Vosso caminho estava nas trevas, e viemos clareá-lo, e vos abrir as vistas. Não tínheis direção, indo ao acaso, e nós vos apontamos o objetivo. A vida terrestre era tudo para vós, porque nada era por vós percebido, do lado de lá. Nós viemos informar-vos, mostrando-vos a vida espiritual: a vida terrestre nada é. Vossa visão parava no túmulo, nós vos mostramos, além dele, um horizonte esplêndido. Ignoráveis porque sofríeis sobre a terra, agora, no sofrimento enxergais a justiça de Deus. O bem parecia não produzir frutos, e, de agora em diante, terá um objetivo e será uma necessidade. A fraternidade não era senão uma bela teoria, e agora assenta-se sobre uma lei da Natureza. Sob o império da crença de que tudo acaba com a morte, a imensidade é vazia, o egoísmo reina entre vós como senhor, e vossa palavra de ordem é: ‘Cada um por si’. Com a certeza do futuro, os espaços se povoam ao infinito, o vácuo e a solidão não existem em parte alguma, a solidariedade liga todos os seres, de um lado e de outro do túmulo. É o reino da caridade com a divisa: ‘Um por todos e todos por um’. Enfim, alcançado o termo da vida, dizíeis um eterno adeus aos que vos são caros, enquanto que agora lhes direis: ‘Até a vista!’"
O retorno à Vida Maior

Em princípios de 1869, o grande missionário prepara-se para transferir-se de sua casa, da Rua de Sant’Ana, para a Vila Ségur. A Sociedade de Estudos Espíritas, sempre bem conduzida pelo codificador, reorganiza-se sobre novas bases. A "Revista Espírita" prossegue como o veículo oficial catalisador e disseminador do Espiritismo em vários países.

Allan Kardec planeja muitas coisas em favor da Doutrina. Intenciona escrever novas obras e construir uma casa-abrigo para os trabalhadores do Espiritismo que envelhecessem sem recursos. Com as economias provenientes de suas obras pedagógicas, comprara um terreno na Avenida Ségur.

No dia 31 de março de 1869, entre 11 e 12 horas da manhã, ao atender a um visitante que lhe solicita um exemplar da "Revista Espírita", repentinamente, a velha enfermidade do coração liberta seu grandioso espírito.
Conclusão: A possibilidade de ser e tornar-se cada vez mais e melhor

A mensagem espírita, bem compreendida em teoria e prática, descortina a seus adeptos um vasto horizonte religioso-filosófico-científico, proporcionando um gradativo refinamento de cogitações e conseqüente elevação de aspirações.

Uma educação espiritual consistente, não coercitiva, racional e consoladora — este é o legado de Allan Kardec, o antigo druida ressurgido. Sua mensagem é destinada às gerações futuras, mais despojadas e sublimadas pela dor do milenar desengano resultante da pertinente transgressão às leis divinas. Estas gerações compreenderão a Terceira Revelação, pois que a viverão em profundidade. A evidência da vida ultrafísica se imporá, irrefutavelmente, convergindo a humanidade para a religião interior, cósmica, referida por Jesus como a que seria vivenciada "em espírito e verdade" — unificando o rebanho disperso em torno do único Pastor.

Mesmo assim, ainda hoje, se adotarmos por base a noção do ser pensante, como o fez Descartes, temos nos princípios essenciais do Espiritismo os meios concisos de desenvolver essa noção, desdobrá-la, pois poderemos afirmar com Léon Denis:

"O primeiro princípio do conhecimento é a idéia do Ser (Inteligência e Vida). A idéia do ser impõe-se: Eu sou! Esta afirmação é indiscutível. Não podemos duvidar de nós mesmos. Mas, esta idéia, só, não pode bastar; deve complementar-se com a idéia de ação e vida progressiva: Eu sou e quero ser, cada vez mais e melhor!"

Ao que a voz do próprio Mestre, pelo decorrer das eras, continua a ressoar, exortando: "Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai que está nos céus..."
OBRAS CONSULTADAS:
A Gênese – Allan Kardec
Editora Lake
A Vida de Allan Kardec para as Crianças – Clóvis Tavares
Editora Lake
Allan Kardec – Vol. I, II, e III – Zêus Wantuil e Francisco Thiesen
Federação Espírita Brasileira - FEB
Allan Kardec (O Druida Reencarnado) – Eduardo Carvalho Monteiro
Editora EME
O Céu e o Inferno – Allan Kardec
Editora Lake
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
Editora Lake
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Editora Lake
O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária – Canuto Abreu
Edições LFU
O Livro dos Médiuns – Allan Kardec
Editora Lake
O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Léon Denis
Editora Federação Espírita Brasileira - FEB
Obras Póstumas – Allan Kardec
Federação Espírita Brasileira - FEB
Revista Espírita n.º 4, Abril de 1858, Allan Kardec
Instituto de Difusão Espírita - IDE
Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec
Casa Editora O Clarim

CONSCIÊNCIA ESPÍRITA – JORNAL CONSCIESP

« Última modificação: 11 de Fevereiro de 2011, 18:51 by Victor Passos »
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Offline Edna☼

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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #28 em: 16 de Fevereiro de 2011, 00:07 »
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Olá amigos! :)

As colocações feitas por todos são importantes ao estudo, mostrando que este é o caminho certo, o qual é ditado pela razão que conduz a fé raciocinada.

   
Neste sentido, Kardec orienta que:


    O Espiritismo não quer ser aceito cegamente, antes pede a discussão e a luz.

     Em vez da fé cega, que sufoca a liberdade de pensar, ele ensina: a fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face em todas as épocas da humanidade. A fé precisa de uma base, e esta é o conhecimento perfeito do que devemos crer. Para crer, não basta ver, é preciso sobretudo compreender. (O Evangelho segundo o Espiritismo).

     O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como direito natural; reclama-a para si e para todos, respeita toda a convicção sincera e pede reciprocidade.

     Da liberdade de consciência resulta, em matéria de fé, o direito de livre exame. O Espiritismo combate o princípio da fé cega, que impõe ao homem a abdicação de seu próprio juízo, reconhecendo que não pode ter fundamento a fé imposta.

     No número das suas máximas está a destacada acima em negrito.

     Consequente com os seus princípios, o Espiritismo não se impõe a ninguém: quer ser aceito livremente e por convicção; expõe a doutrina e acolhe os que o procuram voluntariamente.

     Não tenta demover quem quer que seja das próprias convicções religiosas. Não se dirige àqueles que possuem uma fé, com a qual estão satisfeitos, mas somente àqueles que, não estando satisfeitos com a que têm, procuram coisa melhor.


Fonte: Obras Póstumas



"Tudo é relativo e cabe a razão colocar cada coisa no seu lugar."
Allan Kardec


Paz e luz a todos!

Edna* ;)



« Última modificação: 16 de Fevereiro de 2011, 10:26 by Edna* »
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Re: O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje
« Responder #29 em: 19 de Fevereiro de 2011, 12:20 »
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     A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de idéias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.

     São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais opor a irresistível lógica dos fatos.

     A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo.

     Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. E toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade. Fáceis são de prever as conseqüências: acarretará para as relações sociais inevitáveis modificações, às quais ninguém terá força para se opor, porque elas estão nos desígnios de Deus e derivam da lei do progresso, que é lei de Deus.


Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo


**********


"Os fundamentos do saber humano
 passarão da concepção materialista do Universo à concepção espiritualista do ser,
com as conseqüências filosóficas, sociais, morais e religiosas, que dela decorrem
..."

Ernesto Bozzano



Abraços fraternos,

Edna ;)


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