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Autor Tópico: Léon Denis  (Lida 9127 vezes)

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Offline Joao Manuel Santos

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Léon Denis
« em: 12 de Outubro de 2005, 08:52 »
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Boa dia caros e caras companheiras

Será possível abordar à vida do gtrande homem que foi LEON DENIS.

Alguém que teve tanta importãncia na divulgação e consolidação da doutrina Espírita não estará demasiado esquecido?

Um bem haja para todos e muita paz
JMS 

« Última modificação: 12 de Outubro de 2005, 16:12 by Peregrino »
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Offline Marlenelua

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Re: Léon Denis
« Responder #1 em: 12 de Outubro de 2005, 13:53 »
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Olá, João M. Santos!

Eis a biografia de Léon Denis, tal como sugeriste:


LÉON  DENIS  
 1846 - 1927


Léon Denis nasceu num lugarejo chamado Foug, situado nos arredores de Toul, em França, em 01/01/1846. Foi filho único de Joseph Denis, um pobre pedreiro, depois carteiro e ferroviário e de Anne-Lucie Liouville, uma camponesa.

Cedo conheceu, por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos da família.

Desde os seus primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxiliavam.

Ao invés de participar de brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo, assim com esforço próprio desenvolver sua inteligência. Era um autodidata sério e competente.
Jamais desperdiçou um minuto sequer de seu tempo, com distracções frívolas, às quais a maior parte dos homens recorre para matar as horas.

Com 12 anos concluiu o curso primário, e a situação modesta de sua família não lhe permitiu grandes estudos. Mas lia muito e, graças ao seu talento e às leituras, tornou-se um homem culto e erudito. Foi telegrafista ferroviário e contador comercial. Em Tours, trabalhou como operário braçal numa cerâmica e frequentou uma escola nocturna para aprimorar os seus conhecimentos gerais.

Desde cedo teve problemas com sua saúde física - com os seus olhos principalmente.

Tinha 16 anos quando se salientou como um dos melhores oradores e dos mais ardentes propagandistas.
Trabalhava numa firma que comercializava couros, onde se ocupava com a correspondência e a contabilidade, passando depois a vendedor - viajante.
Como viajante comercial, profissão que viria a manter até se aposentar, pôde visitar e proferir conferências espíritas em várias localidades da França, e, mais tarde na Bélgica, Suíça, Algéria e Tunísia (na África), Ilha de Córsega, Itália, etc.

Filho amoroso, de todos os lugares onde ia, escrevia sempre cartas ou postais à sua mãe, com quem morava. Nunca se casou, por ter saúde fraca e temer desamparar a família.

Denis adorava a música e sempre que podia assistia a uma ópera ou concerto. Gostava de dedilhar, ao piano, cantorias conhecidas, de tirar acordes para seu próprio devaneio.

Não fumava, era quase exclusivamente vegetariano e não fazia uso de bebidas fermentadas. Encontrava na água a bebida ideal.

Era seu hábito olhar, com interesse, para os livros expostos nas livrarias.
Um dia, ainda com 18 anos, o chamado acaso fez com que a sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado. Esse livro era o Livro dos Espíritos de Allan Kardec. Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o e, recolhendo-se imediatamente ao lar, entregou-se com avidez à leitura.
Mais tarde teria afirmado: Nele encontrei a solução clara, completa, lógica, acerca do problema universal. A minha convicção tornou-se firme. A teoria espírita dissipou a minha indiferença e as minhas dúvidas.
Começou a lê-lo escondido da mãe (que era católica). Quando esta, porém descobre o livro, também o lê e ambos tornam-se espíritas.

O seu espírito, sentiu-se então sacudido em face dos compromissos assumidos no Espaço, para iniciar, em breve, o trabalho de propagação das verdades kardequianas.

"Como tantos outros" - disse ele - "procurava provas, fatos precisos, de modo a apoiar a minha fé, mas esses fatos demoraram muito a vir. A princípio insignificantes, contraditórios, mesclados de fraudes e mistificações, que não me satisfizeram, a ponto de, por vezes, pensar em não mais prosseguir em minhas investigações, mas, sustentado, como estava, por uma teoria sólida e de princípios elevados, não desanimei. Parece que o Invisível deseja experimentar-nos, medir nosso grau de perseverança, exigir certa maturidade de espírito antes de nos entregar os seus segredos."

Encontrava-se nos seus trabalhos de experimentações, quando um importante acontecimento se verificou na sua vida. Conheceu Allan Kardec por ocasião da visita do Codificador à cidade de Tours, onde fora pronunciar uma conferência sobre Espiritismo. Nessa ocasião foi negado permissão para a reunião em um salão que tinha sido alugado para a conferência. Cerca de 300 pessoas tiveram, então, que ouvir o conferencista, em pé, no jardim da casa particular de um espírita!
Com 21 anos revê mais duas vezes Allan Kardec; uma vez em Paris e outra em Bonneval.

Tornou-se secretário do Grupo Espírita de Tours.

Em 1869, com 23 anos, tornou-se Orador da Loja Maçônica dos Demófilos (nome de origem grega, significando Amigos do Povo).

Em 1870 estala a Guerra Franco-Prussiana, durante a qual Léon Denis serviu como Sargento na 1° Leigião da Guarda, depois como Sub-Tenente, Tenente e Major-Ajudante.

Em 1880, pelas cidades e vilas que percorria, por força de seus afazeres, pronunciava conferências e fundava círculos e bibliotecas populares. É incalculável o número de conferências por ele proferidas em França, com o propósito de propagar a Liga de Ensino, fundada por Jean Macé.

Certa vez seus amigos quiseram fazê-lo Deputado. Recusou-se.

Sua missão era trabalhar pelo Espiritismo. Léon Denis era médium Escrevente, Vidente e de Intuição. Recordava-se de três de suas encarnações anteriores, na Gália. Sua protetora espiritual foi o espírito que se identificou como Sorela, mais tarde revelando ser Joana D'Arc. Um de seus Guias foi Jerônimo de Praga (Monge Pré-Reformador, 1416, queimado vivo pela igreja de Constança, Alemanha); é também o Espírito Azul (era visto como uma névoa azulada).

O ano de 1882 marca, na realidade, o início de seu apostolado, no qual teve que enfrentar sucessivos obstáculos: o materialismo e o positivismo, que olham para o Espiritismo com ironia e risadas; os crentes das demais correntes religiosas, que não hesitam em se aliar com os ateus, para ridicularizá-lo e enfraquecê-lo. Léon Denis, porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade. Os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado para encorajá-lo e exortá-lo à luta.

"Coragem, amigo" - diz-lhe o Espírito de Jeanne - "estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem cumprires a tua obra."

Em 2 de Novembro de 1882, dia de Finados, um evento de capital importância ocorreu na sua vida: a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, havia de ser seu guia, seu melhor amigo, seu pai espiritual - Jerónimo de Praga -, e que lhe disse: "Vai, meu filho, pela estrada aberta diante de ti, caminharei atrás de ti para te sustentar."
E como Léon Denis indagasse se seu estado de saúde o permitiria estar à altura da tarefa, recebeu esta outra afirmativa: "Coragem, a recompensa será mais bela."

A partir de 1884, achou conveniente fazer palestras visando à maior difusão das ideias espíritas. Escreveu, em 1885, o trabalho O Porquê da Vida em que explica com nitidez e simplicidade o que é o Espiritismo.

Em 1892, recebeu um convite da Duquesa de Pomar, para falar de Espiritismo em sua residência, numa dessas manhãs célebres, em que se reunia quase toda a cidade de Paris. Ele ficou indeciso, temeroso. Depois de muito meditar, pesando nas responsabilidades, aceitou o convite.

O êxito do seu livro Depois da Morte situara-o como escritor de primeira ordem. Os grandes jornais e revistas ecléticas citavam-no e as tiragens sucessivas desse livro esgotavam-se rapidamente.

Eis a notícia publicada por Le Journal , de Paris, acerca da reunião na casa da duquesa: "A reunião de ontem, foi uma das mais elegantes, ouvindo-se a conferência de Léon Denis sobre a Doutrina Espírita. De uma eloquência muito literária, o orador soube encantar o numeroso auditório, falando-lhe do destino da alma, que pode, diz ele, reencarnar até sua perfeita depuração. Ele possui a alma de um Bossuet, soube criar um entusiasmo espiritualista."

A principal obra literária de Denis foi a concernente ao Espiritismo, mas escreveu, outrossim, segundo o testemunho de Henri Sausse, várias outras, como: Tunísia, Progresso, Ilha de Sardenha, etc.

A partir de 1910, a visão de Léon Denis foi, dia-a-dia, enfraquecendo-se. A operação a que se submeteu, dois anos antes, não lhe proporcionara nenhuma melhoria. Suportava, com calma e resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Tudo aceitava com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande lhe devia ser o sofrimento.

Mantinha volumosa correspondência. Jamais se aborrecia, amava a juventude, a alegria da alma. Era inimigo da tristeza.

O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretarias ocasionais a substituíam nesse ofício, no entanto, a grande dificuldade para Denis consistia em rever e corrigir as novas edições de seus livros e de seus escritos. Graças, porém, ao seu espírito de ordem, à sua incomparável memória, superava todos esses contratempos sem molestar ou importunar os amigos.

Depois da morte da sua mãe, uma empregada cuidava da sua pequena habitação. Ele só exigia uma coisa: o absoluto respeito às suas numerosas notas manuscritas, as quais ele arrumava com meticulosa precaução. E foi justamente por causa dessa sua velha mania que a Duquesa de Pomar o denominara de o homem dos pequenos papéis.

Em 1911, após despender não pequeno esforço no preparo da nova edição de O Problema do Ser, do Destino e da Dor, caiu gravemente enfermo. O tratamento enérgico de seu médico, para a pneumonia, pô-lo de pé em curto lapso de tempo.

Grande e profunda dor estava para ele reservada. Veio a guerra de 1914 e seu espírito se condoía ao ver partir para a frente, a maioria de seus amigos.

Léon padecia, então, de uma doença intestinal e estava parcialmente cego.

Pela incorporação, os seus amigos do Espaço e, entre eles, um Espírito eminente, comunicavam-lhe, de tempos em tempos, as suas opiniões sobre essa terrível guerra, considerada, em seus dois aspectos, visível e oculto.

Essas práticas levaram-no a escrever certo número de artigos, por ele publicados na Revue Spirite , na Revue Suisse des Sciences Psychiquesó e no Echo Fid todo o seu grande amor pela terra em que nasceu, dentro da lei de causa e efeito.

Quando a guerra se aproximava do seu fim, a Revue Spirite passou a publicar, em todos os seus números, artigos de Léon Denis.

Após a guerra de 1914, aprendeu braille, o que o permitiu ficar actualizado e fixar sobre o papel, os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois, já nesta época de sua vida, estava, por assim dizer, quase cego.

Em 1915 iniciava ele nova série de artigos repassados de poesia profunda e serena, sobre a voz das coisas, preconizando o retorno à natureza.
Nesta época uma forte vento soprava contra e kardequianismo. O fenomenismo meta psíquico espalhava, aos quatro ventos, a doutrina do filosófico puro. O Sr. P. Heuzé fazia muito barulho através de L´Opinion, com suas entrevistas e comentários tendenciosos. Afirmava, prematuramente, que, à medida que a meta psíquica fosse avançando, o Espiritismo, iria perdendo terreno. A sua profecia, no entanto, ainda não se realizou.

Após a vigorosa resposta do Sr. Jean Meyer, pela Revue Spirite, Léon Denis, por sua vez, entrou na discussão, na qualidade de presidente de honra da União Espírita Francesa, em carta endereçada ao Matin, na qual estabelecia, com admirável nitidez, a diferença existente entre o Espiritismo e o Meta psiquismo.

A partir desse momento, Léon Denis teve que exercer grande actividade jornalística para responder às críticas e ataques de altos membros da Igreja Católica, saindo-se, como era de esperar-se, de maneira brilhante.

Em Março de 1927, com 81 anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou: O Génio Céltico e o Mundo Invisíve, e neste mesmo mês a Revue Spirite publicava o seu derradeiro artigo.

Na Terça-feira, 12 de Março de 1927, pelas 13 horas, Denis respirava com grande dificuldade, pois a pneumonia atacava-o outra vez. A vida parecia abandoná-lo, mas o seu estado de lucidez era perfeito. As suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, mas com muita dificuldade, foram dirigidas à empregada Georgette: "É preciso terminar, resumir e... concluir." (fazia alusão ao prefácio da nova edição biográfica de Kardec). Neste exacto momento, faltaram-lhe completamente as forças para que pudesse articular outras palavras. As 21 horas seu espírito alou-se. Seu semblante parecia ainda em êxtase.

As cerimónias fúnebres realizaram-se a 16 de Abril. A seu pedido, o enterro foi modesto, sem ofício de qualquer igreja confessional. Está sepultado no cemitério de La Salle, em Tours.


Léon Denis foi considerado o continuador e consolidador da obra de Allan Kardec. É tido como o Apóstolo do Espiritismo e reconhecido como Filósofo, Orador, Historiador, Escritor primoroso, autor de 15 obras de inestimável valor doutrinário.
Foi Presidente de Honra da União Espírita Francesa, Membro honorário da Federação Espírita Internacional e Presidente do Congresso Espírita Internacional realizado em Paris - 1925.

Viveu 81 anos, 3 meses e 11 dias, legando, pelo seu trabalho, as suas conferências, as suas obras, notável exemplo de dedicação e doação ao Espiritismo.


Fontes:

- Texto elaborado por José Basílio
  Baseado no livro Páginas de Léon Denis
  Autor: Sylvio Brito Soares - Ed. FEB - 2º Edição - 1984.

- Revista Internacional de Espiritismo - Setembro 2001.



« Última modificação: 13 de Outubro de 2005, 21:08 by Marlenelua »
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Re: Biografias Leon Denis 1
« Responder #2 em: 12 de Outubro de 2005, 14:19 »
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Muita Paz!

JMS.....tudo de bom.....aí vai uma homenagem ao vulto da Filosofia Espirita.
O texto que a nossa amiga Marlenelua enviou, do Geae/José Basílio, é baseado no "Páginas de Leon Denis" de Sylvio Brito Soares.

O dito Sylvio, tem tb uma oura obra, sob o título "Grandes vultos da Humanidade e o Espiritismo"...... é deste que eu retirei a biografia abaixo. O amigo pediu uma homenagem.....está a receber duas....

Aí vai então:


Os poucos moradores do lugarejo denominado Foug, situado nos arredores de Toul, na França, alegres e cheios de esperanças de dias mais promissores e tranqüilos, festejavam a entrada de um novo ano, isto em 1846.
Nesse mesmo dia, 1º. de Janeiro de 1846 -, na modesta e humilde morada do casal Joseph e Ana Lúcia Denis, nascia um menino a quem foi dado o nome de Léon.

Esse Espírito retornava às lides terrenas, em um lar onde as dificuldades financeiras eram bem agudas, dificuldades essas, aliás, com que sempre, ora em maior, ora em menor intensidade, viveu o casal Denis.

Isto os obrigava, no propósito de conseguirem uma situação mais desafogada, a constantes mudanças de uma cidade para outra.
Mas o destino deles e do garoto Léon estava marcado.

Suas vidas tinham de ser de lutas, de sacrifícios, de trabalhos pesados.
Léon Denis, sem dúvida por deliberação de seu próprio Espírito, como mais tarde ele o reconheceu, foi agraciado, pelo destino, com essas provas que experimentou durante o longo período de oitenta e um anos, para que, como disse ele, “à custa dos próprios esforços, lutas e sofrimentos se redimisse do estado de ignorância e de inferioridade, e se elevasse, de degrau em degrau, primeiramente, na Terra, e, depois, através das inumeráveis estâncias do céu estrelado”.


É Léon Denis quem nos conta, também, em magnífica síntese, o que foi sua vida. Esse relato encontra-se em seu livro “O Problema do Ser, do destino e da dor...”.

“Subi a custo os atalhos da vida; dura foi a minha infância. Cedo conheci o trabalho manual e os pesados encargos de família. Mais tarde, em minha carreira de propagandista, muitas vezes me feri nas pedras do caminho; fui mordido pelas serpentes do ódio e da inveja. E, agora, chegou para mim a hora crepuscular; vão subindo e me rodeando as sombras; sinto que minhas forças declinam e os órgãos se enfraquecem.

Nunca, porém, me faltou o auxílio de meus amigos invisíveis; nunca minha voz os evocou em vão. Desde os meus primeiros passos neste mundo, a sua influencia envolveu-me.

É às suas inspirações que devo minhas melhores páginas e minhas expressões mais vibrantes. Compartilharam minhas alegrias e tristezas e, quando rugia a tempestade, eu sabia que eles estavam firmes ao meu lado, no meu caminho. Sem eles, sem seu socorro, há muito tempo que eu teria sido obrigado a interromper a minha marcha, a suspender o meu labor; mas suas mãos estendidas têm-me amparado, dirigido na áspera via. Às vezes, no recolhimento do entardecer ou no silêncio da noite, suas vozes me falam, embalam, confortam; ressoam na minha solidão como vaga melodia.

Ou, então, são sopros que passam, semelhantes a carícias, sábios conselhos ciciados, indicações preciosas sobre as imperfeições de meu caráter e os meios de remediá-las.

Então esqueço as misérias humanas para comprazer-me na esperança de tornara ver um dia os meus amigos invisíveis, de reuni-me a eles na luz, se Deus me julgar digno disso, com todos aqueles que tenho amado e que, do seio dos Espaços, me ajudam a percorrer a via terrestre.
Ascenda para vós todos, Espíritos tutelares, entidades protetoras, meu pensamento agradecido, a melhor parte de mim mesmo, o tributo de minha admiração e de meu amor”.
Em Léon Denis vamos encontrar o exemplo positivo de quanto pode conseguir o ser humano através do trabalho e do espírito de força de vontade. A situação, como dissemos, por demais modesta de seu honrado pai, não lhe permitiu grandes estudos. Com a idade de 12 anos concluiu o curso primário obrigatório, quando, então, devia começar o aprendizado de um oficio manual.

Esse curso lhe foi bastante penoso em virtude de não gozar de boa saúde. Com 18 anos deixou a profissão para se tornar representante comercial, o que lhe obrigava a viajar constantemente, e isto até quase ao envelhecer.

Quando freqüentava a oficina, em vez de pular e correr à tarde, com os outros pequenos aprendizes, ou de participar das brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo, assim, com esforço próprio, desenvolver sua inteligência.

Tinha 16 anos de idade quando se fez membro da Loja dos Demófilos de Tours, e, em face de suas qualidades de assimilação e de sua eloqüência toda natural, salientou-se, desde logo, como um dos melhores oradores e dos mais ardentes propagandistas.
Ao explodir a malfadada guerra de 1870, Léon Denis estava com 24 anos de idade, mas seu estado de saúde o isentava do serviço militar.

Não obstante, engajou-se, espontaneamente, como soldado. É que ele professava idéias democráticas bem acentuadas, idéias essas, como disse Henri Regnault, em seu livro “La Mort n´est pás”, hoje consideradas, por todos, perfeitamente normais e naturais, eram tidas, àquela época, como muito avançadas.

Em 1880, Jean Mace fundava a Liga de Ensino. Denis, seduzido pelas idéias generosas dessa sociedade, a ela se incorporou para, desde logo, tornar-se a alma do Círculo turonense. Pelas cidades e vilas que percorria, por força dos seus afazeres, pronunciava conferências e fundava Círculos e bibliotecas populares.

É incalculável o número de conferências por ele proferidas em França, no propósito de propagar os fins da Liga de Ensino. Essa sua atividade começou em 1880; em 1884 achou ele conveniente fazer igualmente palestras visando à maior difusão das idéias espíritas. Nessa oportunidade, estava com 38 anos de idade, e esse seu trabalho afanoso foi, sem dúvida alguma, de inestimável valia na difusão dos ensinamentos de Allan Kardec.

No intuito de que suas palestras se tornassem bastante eficazes, escreveu pequena brochura onde explicava, com nitidez e de maneira simples, o que era o Espiritismo, trabalho esse depois incluído em “O Porquê da Vida”, dado à publicidade em Setembro de 1885.
Seu grande desejo de estudar não pode ser concretizado. Se conseguia alguém que o ensinasse a ler e escrever, em breve tinha de suspender esses estudos para, com o suor de seu rosto e em trabalho penoso, ajudar, de alguma forma, a seu pai, na luta do pão nosso de cada dia; outras vezes a interrupção dos estudos era motivada pelas continuadas mudanças.

Se pai, por fim, fixou-se definitivamente em Tours, distante 235 quilômetros de Paris, onde então Léon Denis viveu, lutou, agigantou-se pela inteligência e pelo saber, e onde, em 12 de Abril de 1927, desencarnou, calma e serenamente, com o espírito perfeitamente lúcido.
Seu pai, de caráter brusco, materialista de inclinação, estranho às especulações intelectuais, jamais compreendeu seu filho. Sua desencarnação fez que ele mais se afeiçoasse à genitora.

Eram dois seres formando um só coração. Ela era espírita e, com grande e legítimo contentamento, acompanhava a rápida escensão do filho; seus menores trabalhos interessavam-na e, em pensamento, o seguia através de suas continuadas excursões, a serviço da propaganda da doutrina kardequiana. As cartas enviadas à mães, quase diariamente, são interessantíssimas e cheias do mais puro amor filial.

Ao retornar dessas excursões, ela o cercava de todos os cuidados e atenções, procurando tonificá-lo, em virtude dos desgastes físicos com essas cansativas viagens, ao mesmo tempo que o fazia observar, com toda a pontualidade, o necessário tratamento para os seus males.
Mas eis que esse grande e suave encanto de sua vida esfumou-se no espaço para sempre! Sua velha mãe desencarnara e ele ficou só entre os homens.

Sua fé fê-lo suportar a grande dor que lhe apunhalava o coração de filho amantíssimo, com heroísmo, calma e serenidade, e, embora soubesse que ela iria fazer muita falta, consolava-se com a certeza de que seu Espírito, liberto da carne, receberia a devida recompensa, depois de uma vida de tantas lutas e provações.

Era seu hábito olhar, com interesse, para os livros expostos nas livrarias. O livro foi sempre a sua fascinação. Um dia, quando contava 18 anos de idade, o chamado acaso fez que sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado, e cujo assunto, naturalmente, deveria arrepiar as almas pouco evoluídas.

Esse livro era “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec. Encontro providencial. Dispondo do dinheiro necessário, adquiriu-o, e, recolhendo-se imediatamente ao lar, entregou-se com sofreguidão à leitura.
Passemos a palavra ao próprio Denis, e ele nos dirá: “nele encontrei a solução clara, completa, lógica, acerca do problema universal. Minha convicção tornou-se firme. A teoria espírita dissipou minha indiferença e minhas dúvidas”.

É bem de ver que a leitura desse livro fê-lo despertar de seu indiferentismo, para os sérios problemas da vida alem da morte; seu Espírito, nessa hora, sentiu-se sacudido em face dos compromissos assumidos no Espaço, para iniciar, em breve, o trabalho de propagação das verdades kardequianas.

“Como tantos outros – disse ele -, procurava provas, fatos precisos, de modo a apoiar minha fé, mas esses fatos demoraram muito a vir. A princípio, insignificantes, contraditórios, mesclados de fraudes e mistificações, que não me satisfizeram, absolutamente, a ponto de, por vezes, pensar em não mais prosseguir em minhas investigações, mas, sustentado, como estava, por uma teoria sólida e de princípios elevados, não desanimei”.

“Parece-me que o Invisível deseja experimentar-nos, afirmou Denis, medir nosso grau de perseverança, exigir uma certa maturidade de espírito antes de entregar-nos a seus segredos”.

Encontrava-se ele em seus trabalhos de experimentações, quando importante acontecimento se verificou em sua vida. Allan Kardec viera passar alguns dias na pacata cidade de Tours, com seus amigos; todos os espíritas tourenses foram convidados a recebê-lo e saudá-lo!
Vejamos como Denis nos relata essa visita:

- “Alugáramos, para recebê-lo e ouvi-lo, uma sala à Rua Paul Louis Courrier, e pedíramos a necessária autorização à Prefeitura, pois, no Império, severa lei proibia qualquer reunião de mais de vinte pessoas. Acontece que no momento fixado, para essa assembléia, fomos informados de que o nosso pedido fora indeferido.

Encarregaram-me, então, de permanecer no local, a fim de avisar os convidados de que deveriam dirigir-se a Spirito-Villa, casa do Senhor Rebodin, Rua Santier, onde a reunião se realizaria, no jardim. Éramos, aproximadamente, trezentos ouvintes em pé, apertados de encontro às arvores.

Sob a claridade das estrelas, a voz doce e grave de Allan Kardec se fazia ouvir; podia-se ver a sua fisionomia, iluminada que estava por pequena lâmpada colocada sobre uma mesa, ao centro do jardim. Falava-nos sobre a obsessão, quando várias perguntas lhe foram feitas, às quais respondia sempre bondosamente. Terminada a reunião, todos levaram inefável recordação desse memorável encontro”.

“No dia seguinte, voltei a Spirito-Villa, a fim de visitar o Mestre; encontrei-o trepado em uma escada, ao pé de grande cerejeira, colhendo frutos que jogava à Madame Allan Kardec, cena bucólica que o distraia de suas graves preocupações”.
Desde jovem, Léon Denis possuía as qualidades indispensáveis ao orador: erudição profunda, memória muito feliz, elegância de expressão, formosura do fraseado, sobriedade do gesto e, acima de tudo, “pectus” que tornava sua eloqüência particularmente comunicativa, conquistando, assim, a simpatia do auditório.

Mas, preciso é que se diga, Léon Denis armazenou os mais variados e profundos conhecimentos, por esforço individual, ao preço de constante labor; foi, em suma, um autêntico autodidata.

O trabalho, para ele, era a sua lei, não conhecia outra senão a de trabalhar e orar por todos.
Jamais desperdiçou um minuto sequer de seu tempo, com distrações frívolas, às quais a mor parte dos homens recorre para matar a monotonia do rolar das horas.

Consagrou-se como orador, e orador de grandes e reconhecidos méritos. Certa vez, em pequena cidade do centro da França, em uma conferência cuja assistência era um tanto heterogênea, desenvolvia ele um tema a respeito de Deus, quando um católico o interrompeu, julgando perturbá-lo: - “Dizeis, gritou ele, que o inferno nada mais é que produto da imaginação. Pois bem, estive em Nápoles, e vi o Vesúvio em erupção; é, portanto, uma das bocas do inferno, logo ele é uma realidade”.

Léon Denis, com ligeiro sorriso de piedade, replicou: - acreditais que o inferno se encontra no centro da Terra! Mas este mundo aqui foi, durante longo tempo, uma massa ígnea, um globo de fogo antes de se tornar sólido e de ser habitado; portanto, Deus criou o inferno antes de criar o homem, Assim sendo, poderíamos comparar Deus a um grande senhor de meia idade e que, desejando fundar uma cidade, começasse por fazer construir, no centro da mesma, a geena, a casa dos suplícios, o lugar da tortura, para depois dizer a todos:

- Vinde, meus amigos, instalar-vos nesta cidade que preparei com todo o desvelo e amor! A estas palavras, a assistência em peso foi sacudida por imensa hilaridade, deixando o interlocutor muito sem jeito.

Léon Denis adorava a musica, tanto que, no decurso de suas viagens, jamais deixava, após suas ocupações e quando se lhe oferecia ensejo, de assistir a uma ópera ou concerto. As vozes dos grandes órgãos e os cânticos sacros faziam que seu espírito alçasse vôo pelo espaço a fora e dele regressasse com farta messe de inspirações. Gostava de dedilhar, ao piano, árias conhecidas, de tirar acordes para seu próprio devaneio.

 São dele essas palavras: “para que a alma se dilate e se desprenda, na embriaguez das alegrias superiores, é bom que a harmonia venha juntar-se à palavra e ao estilo; é preciso que a música venha abrir, à inteligência, as vias que levam à compreensão das leis divinas, à posse da eterna beleza”.

“Muitas vezes, quando tinha de proferir uma conferência em grande cidade, dirigia-me, ao cair da tarde, a um teatro lírico. Lá, oculto no fundo de um camarote, completamente insulado, desinteressado de tudo quanto se passava na platéia e na cena, deixava-me embalar pela partitura musical.

Sob a ação combinada dos instrumentos e das vozes, uma onda de idéias subia ao meu cérebro, uma floração de pensamentos e de imagens surgia das profundezas de meu “ego”. E, nesses momentos, organizava o assunto com riqueza de materiais, profusão de argumentos, abundancia de forma de expressão, o que não encontraria no silêncio!”.
Sua sobriedade era exemplar. Nenhum excesso em seu regime, quase que exclusivamente vegetariano; não fumava e não fazia uso de bebidas fermentadas.

“A água, gostava ele de repetir, é a bebida ideal”. Mas, de seu cardápio de anacoreta, isentava os hospedes, aos quais gostava de tratar fidalgamente.
São suas estas extraordinárias palavras: “não basta crer e saber, é necessário viver nossa crença, isto é, fazer penetrar na prática cotidiana da vida os princípios superiores que adotamos”.

Mantinha volumosa correspondência, e, dentre as numerosas cartas que lhe chegavam diariamente, umas eram verdadeiramente tocantes, atingindo por vezes o sublime, pela expressão sincera do estado d´alma dos desesperados; outras, todavia, eram fastidiosas; algumas, até, testemunhavam incrível ingenuidade.

E diz-nos Gastou Luce que, certa feita, interrogara ele o Mestre: - “E ides responder a elas? Porque não, retrucava Denis, com a sua benevolência costumeira, não se recusa um pedaço de pão ao mendigo que nos bate à porta. Como recusar, então, uma boa palavra que pode, de certo modo, tornar-se benfazeja, quando toca uma alma preparada para a dor!”.
Para bem lhe avaliarmos a paciência e a força de vontade, basta dizer que aprendeu o Braille, após a guerra de 1914, o que lhe permitiu ficar ao corrente dos acontecimentos e fixar sobre o papel, por meio de “grille”, os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois, como todos sabemos, já nessa época de sua vida, estava, por assim dizer, quase cego.
Foi sempre, durante sua existência, o maior inimigo da tristeza. Jamais se aborrecia, amava a juventude, a alegria da alma, índice, evidente, de boa saúde moral.

....................continua....................

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Re: Biografias Leon Denis 2
« Responder #3 em: 12 de Outubro de 2005, 14:24 »
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.................continuação.............

A vida de Léon Denis pode ser conhecida através de suas obras; sua alma, seu pensamento mais íntimo, tudo está plasmado fielmente em seus escritos; é impossível separá-lo deles.

Sabemos, por isso, que o seu pensamento de todos os instantes, de todos os minutos, estava justamente centralizado em Deus. Submetia todos os seus atos ao veredicto de Deus, sem receio de haver desmerecido da sua confiança e da sua misericórdia.
“Tudo quanto na Natureza e na Humanidade canta e celebra o amor, a beleza, a perfeição, tudo que vive e respira é mensagem de Deus. As forças grandiosas que animam o Universo proclamam a realidade da Inteligência divina; ao lado delas, a majestade de Deus se manifesta na História pela ação das grandes Almas que, semelhantes a vagas imensas, trazem às plagas terrestres todas as potencias da obra de sabedoria e de amor”.

“Deus está, assim, em cada um de nós, no templo da consciência”.
O ano de 1882 marca, em realidade, o início de seu apostolado, em o qual teve de enfrentar a sucessivos obstáculos; o materialismo e o positivismo que olham para o Espiritismo com ironia e risadas; os crentes das demais correntes religiosas que não se pejam de uma aliança com os ateus, para ridicularizá-lo e enfraquecê-lo. Léon Denis, porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade. Os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado para encorajá-lo e exortá-lo à luta.
“Coragem amigo, diz-lhe o Espírito de Jeanne, estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem cumprires a tua obra”.

Foi em 2 de Novembro de 1882, dia dos Mortos, que outro acontecimento de capital importância se produziu em sua vida: a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, havia de ser seu guia, seu melhor amigo, seu pai espiritual – Jerônimo de Praga -, e que lhe disse: - “Vai, meu filho, pela estrada aberta diante de ti; caminharei atrás de ti para te sustentar”. E como Léon Denis indagasse se seu estado de saúde o permitiria estar à altura da tarefa, recebeu esta outra afirmativa: - “Coragem, a recompensa será mais bela”.

Em 1892 recebeu Léon Denis um convite da Duquesa de Pomar, para falar de Espiritismo em sua residência, numa dessas manhãs celebres, em que se reunia Todo-Paris mundano e sábio. Ele ficou indeciso, temeroso. Depois de muito meditar, pesando as responsabilidades, aquiesceu ao convite.

É que o magnífico êxito alcançado com sua obra “Depois da Morte” situara-o como escritor de primeira ordem. Os grandes jornais e as revistas ecléticas fizeram-lhe um reclamo inesperado; as tiragens sucessivas desse livro esgotavam-se rapidamente.

Eis a notícia publicada por “Le Journal”, de Paris, acerca dessa sua conferência: - “A reunião de ontem, em casa da Duquesa de Pomar, foi uma das mais elegantes, ouvindo-se a conferência de Léon Denis sobre a Doutrina Espírita.

De uma eloqüência muito literária, o orador soube encantar o numeroso auditório, falando-lhe do destino da alma, que pode, diz ele, reencarnar até sua perfeita depuração. Ele possui a alma de um Bossuet, soube criar um entusiasmo espiritualista”.
A principal obra literária de Léon Denis foi a concernente ao Espiritismo, mas escreveu, outrossim, segundo o testemunho de Henri Sausse, várias outras, como “Tunísia”, “Progresso”, “Ilha Sardenha”, etc.

A partir de fins de 1910, a visão de Léon Denis foi, de dia para dia, enfraquecendo-se. A operação a que se submeter, dois anos antes, não lhe proporcionara nenhuma melhora. Suportava, com calma e resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Tudo aceitava com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande lhe devia ser o sofrimento.

O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretárias ocasionais a substituíam nesse oficio; no entanto, a grande dificuldade para Denis consistia em rever e corrigir as novas edições de seus livros e de seus escritos.

Graças, porém, ao seu espírito de ordem, à sua incomparável memória, superava todos esses contratempos sem molestar ou importunar os amigos.

Depois da morte de sua genitora, uma empregada tratava de sua pequena habitação. Ele só exigia uma coisa: a do absoluto respeito às suas numerosas notas manuscritas, as quais ele arrumava com meticulosa precaução. E foi justamente por causa dessa sua velha mania que a Duquesa de Pomar o denominara de “o homem dos pequenos papéis”.
No começo do ano seguinte, após despender não pequeno esforço no preparo da nova edição de “O Problema do Ser”, caiu gravemente enfermo.
Resfriara-se, declarando-se, logo a seguir, a pneumonia. O tratamento enérgico de seu médico pô-lo de pé dentro de curto lapso de tempo.

Grande e profunda dor estava reservada, para breve, ao apóstolo do Espiritismo: a guerra de 1914. Foram cinqüenta meses de lutas, de esforços, de sacrifícios, em que seu espírito se condoia ao ver partir para o “front” a maioria de seus amigos. “Coragem, dizia-lhes ele, cumpre o teu dever. Quanto a mim, com 68 anos de idade, padecendo de velha doença intestinal e quase cego, estou impossibilitado de seguir para o campo da luta, mas meu pensamento e minha fé estarão em constante atividade e em comunhão com os nossos amigos do Além, que hão de velar pela nossa França”.

E conta-nos ele que, graças a um excelente médium, cuja clarividência e sinceridade estavam acima de qualquer suspeita, pôde seguir, durante mais de três anos, a influência dos Espíritos nos acontecimentos. Pela incorporação, seus amigos do Espaço e, no numero deles, um Espírito eminente, comunicavam-lhe de tempos a tempos, suas apreciações sobre essa terrível guerra, considerada, em seus dois aspectos, visível e oculto.

Essas práticas levaram-no a escrever certo número de artigos, por ele publicados na “Revue Spirite”, na “Revue Suisse des Sciences Psychiques” e no “Echo Fidèle d´un Demi-Siècle”. Através desses inflamados artigos, Léon Denis extravasou todo o seu grande amor pela terra em que nasceu, ao mesmo tempo em que oferecia lindas e expressivas lições de amor, de paciência e de confiança na misericórdia de Deus, dentro da lei de causa e efeito.

Quando essa guerra mundial de 1914 se aproximava de sua fase derradeira, “Revue Spirite” passou a publicar, em todos os seus números, artigos de Léon Denis.
No ano seguinte iniciava ele nova série de artigos repassados de poesia profunda, sobre a “voz das coisas”, preconizando o retorno “à natureza”.
Nessa época um vento forte soprava contra o kardequianismo. O fenomenismo metapsiquista espalhava, aos quatro ventos, a doutrina do plano filosófico puro. O Senhor P. Heuzé fazia muito barulho através de “l´Opinion”, com suas entrevistas e comentários tendenciosos. Afirmava, prematuramente, que, à medida que a metapsiquica fosse avançando, o Espiritismo iria, “pari passu”, perdendo terreno. Sua profecia, no entanto, ainda não se realizou.

Após a vigorosa resposta do Senhor Jean Meyer, pela “Revue Spirite”, Léon Denis, por sua vez, entrou na discussão, na qualidade de presidente de honra da União Espírita Francesa, em carta endereçada ao “Matin”, na qual estabelecia, com admirável nitidez, a diferença existente entre o Espiritismo e o Metapsiquismo.

No mês de Outubro, do mesmo ano, aparecia, na “Revue Contemporaine”, a sua opinião sobre a religião do futuro.
“A religião, escrevia ele, para ser realmente viva, para que possa exercer, na ordem social, o grande papel que lhe incumbe: educador e moralizador deve ser uma síntese alta e clara de todos os conhecimentos adquiridos pela Humanidade no que diz respeito ao Universo, à vida, sobre a elevada finalidade da existência e dos destinos da alma. Este conhecimento é obtido por dois meios: a ciência de observação e experimentação: que é a obra humana. Depois, a revelação, que é obra do mundo invisível”.

“É indispensável que estas duas fontes de ensinamentos estejam acordes em suas conclusões, e, é adotando-as, que a religião se tornará verdadeiramente eficaz e responderá às necessidades e aspirações de uma época”.

Daí o concluirmos, com Gaston Luce, que o Espiritismo assegurará a síntese da ciência e da revelação. É por ele que se delinearão as grandes diretrizes, as formas precisas dessa religião do futuro que se esboça e se prepara sobre tantos pontos na hora atual; religião de fraternidade e de amor anunciada há dois mil anos pelo Cristo, e que os homens ainda não souberam compreender e realizar.
A partir desse momento, Léon Denis teve de exercer grande atividade jornalística para responder às criticas e ataques de altos membros da Igreja Católica, saindo-se, como era de esperar-se, de maneira brilhante, confundindo os malbaratadores da verdade.

Eis que chegamos à última fase de sua preciosa, útil e caritativa missão de verdadeiro apóstolo do Espiritismo. Léon Denis tudo fez, sacrificando-se mesmo, a fim de espargir as luzes da Terceira Revelação e levantar bem alto o nome respeitável de seu e nosso querido Mestre Allan Kardec!

“Graças a ti, Kardec, disse ele, graças à tua obra, após vinte séculos de silêncio e esquecimento a fé das antigas eras surge na terra das Gálias e um raio de luz vem dissipar as sombras do materialismo e da superstição. Druida reencarnado, tu nos revelaste este grande pensamento sob nova forma, acomodada às exigências da nossa época”.
Sim, afirmou Denis: - “nunca teve a Humanidade maior necessidade de uma doutrina que a ampare e console nas horas trágicas. O Espiritismo oferece o seu raio de luz a todas as almas entenebrecidas pela tristeza e pelo desespero; ele derrama o balsamo consolador sobre todas as feridas”.

Léon Denis não só escreveu essa grande verdade, senão que dela também foi a própria confirmação viva, eloqüente, nesses anos angustiosos, terríveis e aterradores por que passou a França e a sua gente, na primeira grande guerra mundial!
As punhaladas que, de instante a instante, atravessavam seu coração de patriota, de cristão e de espírita, não foram suficientes para diminuir ou abafar a sua fé em Deus, nas lições de Jesus, na revelação codificada por Allan Kardec!

Tanto assim que, quando mais acesa e violenta estava a luta fratricida, e a França cambaleante, exangue, parecia desaparecer do mapa, caindo, para sempre, sob o poder do inimigo, escrevia Léon Denis: -“a guerra, ao mesmo tempo que é a causa de ruínas sem conta, poderá tornar-se, pelo próprio excesso de sofrimento, motivo de reerguimento moral.

Uma dessas conseqüências imprevistas é tornar mais sensível a comunhão que liga o mundo dos vivos ao dos defuntos. A mor parte dos combatentes da linha de frente têm consciência do poderoso socorro que lhes vem do alto; eles lhe atribuem o estado de exaltação que experimentam nas horas de perigo, a coragem e a confiança inquebrantável que nunca os abandona e criam neles uma mentalidade bem diferente dos da retaguarda”.

Numa mensagem àqueles que estavam em plena luta, entre outras coisas, dizia: - “Velai e lutai. Combateis pelo que neste mundo há de mais sagrado, por esse princípio de liberdade que Deus colocou no homem e que ele próprio respeita, a liberdade de pensar e de obrar sem ter de prestar contas ao estrangeiro”.

“Combateis pela conservação do patrimônio que nos legaram os séculos, pela casa em que nascestes, pelo cemitério em que jazem nossos antepassados, pelos campos que nos alimentaram, por todos os tesouros de arte e de beleza acumulados pelo trabalho lento das gerações em nossas bibliotecas, museus e catedrais.

Combateis para conservar a nossa língua, esse falar tão meigo que o mundo inteiro considera como a mais nítida e mais clara expressão do pensamento humano. Defendeis o lar da família, onde gostais de repousar vosso espírito e vossa alma; os berços de vossos filhos e os túmulos de vossos pais”.

“Soldados, vós vos engrandecestes no ponto de vista terreno. Pela vossa firmeza na provação, pelo vosso heroísmo nos combates, levantastes aos olhos do mundo o prestígio da França, tornastes mais brilhante a auréola de glória que lhe orna a fronte. É mister, agora, aspirar ao céu; cumpre erguer os pensamentos para Deus, fonte de toda a força e de toda a vida”.
Como se esses golpes não fossem suficientes para por em prova a fortaleza de seu espírito cristão e sua fé espírita, um novo se apresentou: Em 25 de Agosto de 1917, desencarna sua velha amiga, aquela que substituíra sua mãe junto dele, deixando-o, assim, terrivelmente só na cidade abarrotada de tropas e de soldados feridos.
Nesse crucial momento de sua jornada terrena, mais grave se apresentava o cenário da guerra, mas a confiança não o abandonava em tão terríveis conjunturas. Não vacila um só instante e, tomando da pena, escreve esta exortação aos espiritistas:
“Espíritas, elevemos as nossas almas à altura dos males que ameaçam a Pátria e a Humanidade. Nos tempos de provações é que se revelam as nobres virtudes e as másculas coragens”.

“Todos os adeptos sabem: o pensamento e a vontade são forças”.
“Operando de modo contínuo no mundo dos fluidos, podem adquirir irresistível poder. Ao mesmo tempo servirão de apoio às legiões de Espíritos que, há quatro anos, não cessaram, nos dias de perigo, de impelir e inflamar os nossos defensores, de comunicar-lhes este impetuoso ardor que o mundo admira. Os nossos protetores invisíveis no-lo repetem:

Uni os vossos pensamentos e os vossos corações! Se de um a outro extremo do país, todas as vontades, amparadas pela prece, convergissem para um fim comum, estaria assegurada a vitória”.
“Continuemos inabaláveis e confiantes no bom êxito final. Com todos os nossos pensamentos e com toda a nossa alma. Sustentemos os nossos defensores visíveis e invisíveis. Um sopro poderoso passa pela terra de França, reavivando energias, exaltando os ânimos, suscitando, por toda a parte, o espírito de heroísmo e sacrifício. Oremos e saibamos esperar a hora da justiça divina”.

.........................continua 2............

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Re: Biografias Leon Denis 3
« Responder #4 em: 12 de Outubro de 2005, 14:27 »
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“Por mais penosas que sejam as provações que ainda nos aguardam, conservemos as nossas firmes esperanças. A grandeza da causa que servimos, a perspectiva do fim que almejamos atingir, nos ajudarão a suportar tudo”.

Mas, finalmente a 12 de Novembro de 1918, pode o incansável lutador, beirando já os setenta e três anos de idade, publicar um artigo intitulado “Hosana”, e do qual extraímos este tópico:
“Para todos vós, vivos heróicos e mortos gloriosos que combatestes, lutastes, padecestes por nós; para vós que assegurastes o triunfo da justiça e da liberdade, neste mundo que inabitável se teria tornado se a força brutal e a mentira houvessem prevalecido; para todos vós sobem o hino de reconhecimento, o tributo de admiração, a gratidão da Humanidade inteira!”.

Em Março de 1927, quando contava Léon Denis 81 anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou: “O Gênio Céltico e o Mundo Invisível”, e nesse mesmo mês a “Revue Spirite” publicava, mal podia ele imaginar, o seu derradeiro artigo, no qual em páginas admiráveis, mostra que a França, impregnada de celtismo e fundamentalmente cristã, continuará no mundo, o seu papel de i9ncentivadora, pois que nada de grande, de sólido e de durável, se edifica sem o seu concurso.
Vejamos, agora, os seus últimos momentos de vida terrena.

Terminada a correção das provas tipográficas de “O Gênio Céltico”, Léon Denis ditava as linhas finais do prefácio que lhe pedira o Senhor Jean Meyer, para a nova edição da biografia de Allan Kardec, quando foi forçado a recolher-se ao leito. Terça-Feira, dia 12 de Abril, lá pelas 13 horas, respirava com grande dificuldade, pois que fora novamente acometido de pneumonia.

A vida parecia abandoná-lo, mas seu estado de lucidez era perfeito.Suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, muito embora o fizesse com extrema dificuldade, foram dirigidas à sua empregada Georgette: - “É preciso terminar, resumir e... conclusão. (Fazia alusão ao prefácio da biografia.). Enviai a Meyer... 15”.

Nesse preciso momento, faltaram-lhe completamente as forças para que pudesse articular outras palavras mais. Apertava muito debilmente as mãos de seus amigos. Seus olhos constantemente abertos pareciam fixar o mesmo ponto no Espaço. Que via ele? Que ouvia? Seu rosto refletia perfeita serenidade. Às 9 horas, subitamente seu Espírito alou-se finalmente. Todavia, seu semblante parecia ainda em êxtase. Coisa notável: a expressão de seu olhar não mudara. Assim terminou, com toda a simplicidade e grandiosidade espiritual, a missão terrena de Léon Denis.

As cerimônias fúnebres realizaram-se a 16 de Abril. A seu pedido, o enterro foi modesto, sem oficio de qualquer igreja confessional. Foi o pastor Wautier d´Aygalliers quem veio, em nome da amizade que os unia, colocar o corpo inanimado do querido amigo no esquife e acompanhá-lo até o Cemitério de La Salle, de Tours, onde, diante do tumulo, prestou sua suprema homenagem ao Mestre venerado. Falou, em termos comoventes, dessa vida tão bela e tão nobremente cumprida. Leu algumas passagens do “Depois da Morte”, e, com profunda emoção, a prece que, em mensagem, pelo Espírito de Jerônimo de Praga, fora dada a Léon Denis, oração essa que, a seguir, transcrevemos:

“Meu Deus, vós que sois grande, que sois tudo, deixai cair sobre mim, humilde, sobre mim que não existo senão pela vossa vontade, um raio de divina luz. Fazei que, penetrado do vosso amor, me seja fácil fazer o bem e que eu tenha aversão ao mal; que, animado pelo desejo de vos agradar, meu espírito vença os obstáculos que se opõem à vitória da verdade sobre o erro, da fraternidade sobre o egoísmo; fazei que, em cada companheiro de provações, eu veja um irmão, assim como vedes um filho em cada um dos seres que de vós emanam e para vós devem voltar.

Dai-me o amor do trabalho, que é o dever de todos sobre a Terra, e, com o auxílio do archote que colocastes ao meu alcance, esclarecei-me sobre as imperfeições que retardam meu adiantamento nesta vida e na vindoura”.
E Léon Denis, por direito de conquista, muito justo e natural, passou a ser, depois da desencarnação de Allan Kardec, legítimo chefe do Espiritismo, ao lado de Gabriel Delanne, Camilo Flammarion e tantos outros; e tais foram seus sentimentos, seu coração e sua vida inteiramente dedicada à causa de nossa doutrina que, por consenso unânime, lhe foi adjudicado o titulo muito honroso de Apóstolo do Espiritismo.

Cinqüenta e cinco dias após a sua morte, “Le Matin”, jornal parisiense, de grande circulação e responsabilidade, em seu número de 6 de Junho de 1927, publicou, em primeira página, excelente artigo ilustrado com o retrato do Mestre, exaltando-lhe as altas qualidades morais, seus grandes dotes oratórios e sua profunda e arraigada convicção na sobrevivência da alma.
Esse artigo assim se iniciava:
O FIM DE UM SÁBIO
Léon Denis
Apóstolo do Espiritismo
“Até a idade de 81 anos, que então contava ao se extinguir – dizia o artigo -, estava Léon Denis persuadido de que continuaria, no Além, colaborando para a evolução da Humanidade, talvez, com maior assiduidade e mais serenamente ainda do que quando do curso de sua longa existência de santo laico; Léon Denis foi um comovente exemplo de fidelidade a seus princípios e de inesgotável bondade”.

Henrique Regnault, em sua já citada obra “La Mort n`est pas”, dá-nos a conhecer, a respeito da desencarnação de Léon Denis, uma nota deveras entristecedora e que bem evidencia o espírito de intolerância, numa demonstração positiva de que os ensinos de Jesus ainda não foram devidamente assimilados, em espírito e verdade, por certos representantes da Igreja Católica.
Eis o que ele escreveu:

 “Todos os que noticiaram o decesso de Léon Denis viram nesse acontecimento uma real desgraça e uma grande perda para a Humanidade. Houve, no entanto, neste concerto de elogios uma nota dissonante, partida, evidentemente, dos católicos que injustamente nos têm em conta de adversários e inimigos”.

“O R. P. Lucien Roure julgou necessário inserir, em “Les Etudes”, um estudo de 10 páginas sobre a obra de Léon Denis. O número 13 dessa revista católica contem uma crônica intitulada “Um espírita doutrinário”; é uma crítica profundamente injusta à obra de nosso Mestre. Esse artigo foi rebatido pelo Senhor Gaston Luce, através da “Revue Spirite”, em seu número de Agosto de 1927”.

Em tradução, oferecemos aos nossos prezados leitores a parte conclusiva do mesmo:
“Léon Denis coisa alguma acrescentou à doutrina de seus predecessores. Ao que sabemos, jamais alimentou semelhante pretensão. Que quereis que se acrescente ao Espiritismo? Ele é a seiva de todas as religiões, é tão velho quanto elas”.

“O renovar, o adaptá-lo à mentalidade moderna, e pô-lo, sobretudo, ao alcance dos humildes, foi a tarefa a que o apóstolo espírita se dedicou durante toda a sua longa vida”.

“Allan Kardec aguçou a inteligência dos pesquisadores, Léon Denis tocou o coração das multidões. Nisso está o seu mérito. Ele é imenso. O Mestre nada reivindicou dos outros. Quando o Senhor Lucien Roure escreveu que a religião espírita exposta por Léon Denis era a doutrina da burguesia voltairiana de 1850, renovada pela Liga do Ensino, enganou-se, ou a paixão o cegou”.

“Burguesia voltairiana? Vede um pouco como o senhor Clément Vautel trata o Espiritismo e a seu melhor servidor. A Liga do Ensino? Não se recorda, por acaso, que Léon Denis foi um de seus mais ardorosos pioneiros?”.
“É assim que o senhor Lucien Roure investe de maneira heterodoxa, sem se dar conta de que todas as suas setas levam o veneno da falsidade”.

“Mal andaríamos nós se nos lastimássemos com isso. Quando ele conclui, em tom peremptório, que Léon Denis não tem autoridade para dar crédito ao Espiritismo, devemos sorrir... e passemos a reler o Mestre”.

Principais obras de autoria de Léon Denis:
·   Cristianismo e Espiritismo (FEB);
·   Depois da Morte (FEB);
·   Espíritos e Médiuns (CELD);
·   Joana D'Arc, Médium (FEB);
·   No Invisível (FEB);
·   O Além e a Sobrevivência do Ser (FEB);
·   O Espiritismo e o Clero Católico (CELD);
·   O Espiritismo na Arte (Lachâtre);
·   O Gênio Céltico e o Mundo Invisível (CELD);
·   O Grande Enigma (FEB);
·   O Mundo Invisível e a Guerra (CELD);
·   O Porquê da Vida (FEB);
·   O Problema do Ser, do Destino e da Dor (FEB);
·   O Progresso (CELD);
Provas Experimentais da Sobrevivência;
Socialismo e Espiritismo (O Clarim).


Abraços
Luís

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Re: Léon Denis
« Responder #5 em: 12 de Outubro de 2005, 14:28 »
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Boa tarde caros amigos

Grato pelo informação remetida.

Levantei a questão porque me pareceu que de facto deveriamos dar um pouco mais de destaque àquele que pràticamente se pode considerar o filósofo da doutrina Espírita e não tenho visto a sua obra devidamente valorizada.

Pode até ser que esteja errado.

Uma vez mais grato a si Luís e a  Marlelenua

Muita paz

Joao Mnauel Santos

« Última modificação: 12 de Outubro de 2005, 16:14 by Peregrino »
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Re: Léon Denis
« Responder #6 em: 07 de Setembro de 2014, 02:19 »
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Estou terminando o livro Cristianismo e Espiritismo (FEB), o primeiro livro do Léon Denis e também meu primeiro deste autor. É excelente para 'quebrar o gelo' em iniciantes da doutrina e esclarecer assuntos relacionados aos catolicismo e o seu corrosivo efeito para a humanidade.

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