T�pico: Temor da morte: como evit�-lo? (Lida 2010 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 28 de Novembro de 2016, 00:04 »

VIVA JESUS!

Boa-noite! queridos irm�os.

Temor da morte:
como evit�-lo?

Em O C�u e o Inferno, uma das obras da Codifica��o Esp�rita, Allan Kardec trata do tema temor da morte. Como estamos em novembro, considero serem interessantes algumas reflex�es de t�o palpitante tema.
Por que o homem teme a morte? Essa foi uma das indaga��es que Allan Kardec prop�s na citada obra. Embora uma intui��o sussurre nos ouvidos do homem de que a vida n�o se encerra no t�mulo, h� o medo do que se considera o desconhecido, e a morte, para um bom n�mero de pessoas, � uma mera desconhecida e indesejada. Ali�s, �, tamb�m, uma passagem para um tempo de dor e sofrimento, ou at� mesmo o nada, que o digam os materialistas.
Ali�s, muitos afirmam:
Ningu�m nunca foi e voltou para contar! Ledo engano, pois diversos m�diuns, mesmo antes do advento do Espiritismo, serviram como ponte para que os chamados �mortos� voltassem a fim de dar testemunho de que a vida prossegue al�m mat�ria.
N�o obstante sermos imortais � preciso que a lei se cumpra, porquanto nosso corpo biol�gico tem um tempo de vida, � uma m�quina e, naturalmente, vence sua validade, o que nos leva a experimentar o fen�meno da morte do corpo f�sico, mas n�o do Esp�rito imortal, pois este � indestrut�vel.
O temor da morte tem sua utilidade, pois faz com que o homem preserve-se de situa��es complicadas e n�o se exponha sem necessidade a perigos que poderiam abreviar sua exist�ncia. O instinto de conserva��o � o respons�vel por despertar-nos para a import�ncia de manter-nos em seguran�a e aproveitar os instantes que a vida na Terra oferece para nossa eleva��o.
Sendo o homem um ser espiritual, certo que, se poss�vel fosse, n�o mergulharia na carne, pois a vida na mat�ria, embora necess�ria, limita as atividades do Esp�rito, prendendo-o aos bem limitados sentidos da vida corporal. Percebe-se, ent�o, que caso o instinto de conserva��o n�o existisse, o homem, certamente, se entregaria de modo muito f�cil � destrui��o de seu inv�lucro carnal.
Eis, a�, a prova da sabedoria de Deus, que nada faz de in�til.
Quanto mais o homem avan�a em intelecto e moral, mais aproxima-se do Criador, de modo que sua vis�o vai ampliando-se e o temor da morte vai perdendo pujan�a, pois o homem passa a compreender que o nada n�o existe, e constata que ao deixar o corpo a sua ess�ncia continua bem viva.
Ele vislumbra o futuro, mais: sabe que o futuro depender� de suas a��es no presente, por isso trata de trabalhar com mais afinco hoje para que conquiste o equil�brio que, indubitavelmente, proporcionar� a ele condi��es de encarar as provas e expia��es como desafios para seu crescimento, e n�o, como problemas insol�veis.
Conforme o ser humano vai atingindo a maturidade espiritual, consegue elevar-se al�m da vida na mat�ria e, por conseguinte, enxerga, na morte do corpo, n�o a destrui��o total, mas a liberta��o de seu Esp�rito.
Dar o justo valor ao corpo � uma das formas de libertar-se do temor da morte. Quando se valoriza em demasia a mat�ria, coloca-se sobre ela uma responsabilidade enorme e, ent�o, quando esta mat�ria, obedecendo � lei da vida, tem a fal�ncia de seus �rg�os, o homem, ainda voltado apenas � vida terrena, desespera-se, pois pensa que ali, na desagrega��o das c�lulas, houve, tamb�m, a desagrega��o dos la�os de amor, de afeto, de si mesmo e das amizades conquistadas.
O Espiritismo diz que n�o. Os la�os de amor n�o se extinguem com a morte do corpo f�sico. O sentimento tem sede no Esp�rito imortal e n�o no corpo perec�vel e, por isso, tal como o Esp�rito tem vida independente da mat�ria, os sentimentos tamb�m possuem essa independ�ncia.
O temor da morte, pois, sofre um rev�s chamado conhecimento. Quanto mais o Esp�rito cresce em conhecimento das leis da vida, mais ele afasta de si o c�lice amargo do medo da morte.
Com a conquista da maturidade espiritual, a morte j� n�o tem um car�ter f�nebre, de perda da identidade, mas, sim, de transforma��o, de retorno ao mundo espiritual que, diga-se, precede o mundo f�sico.
As l�grimas de revolta e inconforma��o cedem lugar ao at� logo, repleto de esperan�a no futuro de b�n��os que aguardam aqueles que j� romperam com as incredulidades.
O homem, neste est�gio de maturidade espiritual, j� n�o mais necessita tanto do instinto de conserva��o, pois a consci�ncia empresta-lhe condi��es para saber que n�o deve se expor sem necessidade e que o corpo �, em realidade, amigo de seu Esp�rito na travessia rumo ao infinito.
Apego, um dos motivos de temor da morte - Segundo o m�dico e tanat�logo Evaldo D�Assump��o, a palavra apego � de origem latina e significa juntar, colar, pegar. � o apego que produz o receio da perda. E quanto mais se receia a perda, mais se apega ao objeto, pessoa, situa��o ou, como no tema abordado, ao corpo f�sico.

Wellington Balbo

PAZ, MUITA PAZ!

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