T�pico: Fam�lia, oficina de repara��o (Lida 1305 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 08 de Janeiro de 2018, 03:41 »

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

Fam�lia, oficina de repara��o

Da montanha de luz, a alma contempla o vale escuro que lhe compete trabalhar na aquisi��o de valores imperec�veis para voos mais altos. Sob o prisma adequado � nossa justa ascens�o, apreciaremos aspectos da luta, onde iremos trabalhar um rico e profundo material para a conquista dos princ�pios mais elevados, atrav�s de sofrimentos e conflitos naturais, que s�o as experi�ncias as quais partilharemos na vida do lar. Nele, encontraremos a escola que edificar� nossas almas e o amor que agir� com o sentimento nobre, convocando-nos � compreens�o e � generosidade diante de todos que caminham conosco. Neste santu�rio em que a bondade de Deus nos situa, recebemos o nosso primeiro mandato de servi�o crist�o, onde encontraremos o advers�rio de ontem convertido em parente pr�ximo.

Podemos entender, ent�o, que a fam�lia consangu�nea � lavoura de luz da alma, dentro da qual vencem aqueles que se revestem de paci�ncia e ren�ncia, aprendendo o respeito, a ternura de amar sem exigir reciprocidade, erguidos em estrutura s�lida do exemplo de desvelo, da compaix�o, do amor, da coopera��o, e da bondade. Assim, nos habilitaremos a servir com vit�ria as grandes experi�ncias.

Os la�os de fam�lia v�o mais al�m do que a heran�a gen�tica. Para a Doutrina Esp�rita, a fam�lia � oficina de repara��o onde esses la�os ser�o fortalecidos nas diversas oportunidades reencarnat�rias, atrav�s da fun��o educativa e regenerativa da viv�ncia sadia, pautada nos princ�pios morais e da justi�a. Para isso, � preciso respeitarmos o lar como local sagrado, onde viveremos com nossos familiares, n�o permitindo que se transforme em lugar de vibra��es negativas e posturas inadequadas.

No mundo atual, assistimos �s disputas, sofrimentos e avers�es familiares, quando nos deixamos levar pela ambi��o, ci�mes e ego�smo dentro do pr�prio recinto dom�stico. Por�m, seja qual for o tipo de fam�lia em que cada um de n�s esteja situado, cumpre-nos o dever do amor filial e fraternal, mantendo a gentileza e a educa��o no trato com todos que vivem conosco, amenizando as lutas que enfrentaremos l� fora, onde n�o existem o respeito e o aconchego do lar, cumprindo assim, as tarefas que ficaram na escurid�o dos equ�vocos passados. Desta forma, a fam�lia bem estruturada em bases crist�s ter� melhores chances de minimizar os conflitos e desajustes do grupo, do qual fazem parte.

Asseveram os Esp�ritos superiores, na quest�o 775 de O Livro dos Esp�ritos, que a fam�lia � o alicerce da sociedade e nela se assenta a base da harmonia dos povos.

Toda problem�tica de exist�ncias anteriores ressurge convidando-nos � abnega��o e ao perd�o aos que criam dificuldades no grupo familiar. Santo Agostinho, em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap�tulo 14, item 9, aclara: �acolhei-os, portanto, como irm�os; auxiliai-os e depois, no mundo dos Esp�ritos, a fam�lia se felicitar� por haver salvo alguns n�ufragos que, a seu turno, poder�o salvar outros�. No mesmo cap�tulo, Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, esclarece: �De todas as provas, as mais duras s�o as que afetam o cora��o. Aquele que suporta com coragem a mis�ria e as prova��es materiais sucumbe ao peso das amarguras dom�sticas, esmagadas pela ingratid�o dos seus�. Com esse coment�rio, ainda neste mesmo cap�tulo, Santo Agostinho analisa as dores sentidas pelos que sofrem no lar a desarmonia, as incompreens�es e a ingratid�o, mencionando que �somente encontrar�o a coragem moral os que conseguirem entender as causas dos conflitos que dilaceram as almas mais sens�veis�.

Precisamos entender que � necess�rio fazer, a cada dia, um cap�tulo de servi�o e bondade no livro de nossas rela��es ante a vida e os nossos semelhantes, permitindo que a alegria, a esperan�a, o otimismo e a f� nos iluminem a estrada, mesmo quando estivermos induzidos a libertar nossas afli��es em forma de l�grimas.

Temos assim, no grupo dom�stico, os la�os de eleva��o e sintonia que conseguiremos tecer por interm�dio do amor bem vivido, mas, tamb�m, as algemas do constrangimento e da avers�o, nas quais recolheremos de volta as banalidades inquietantes que n�s mesmos plasmamos de lembran�as passadas, e que necessitamos desfazer � custa de trabalho, sacrif�cio e humildade; recursos com que faremos nova produ��o de reflexos espirituais pass�veis de anular os efeitos de nossa conduta anterior conturbada e infeliz.

Segundo a benfeitora espiritual Joanna de �ngelis: �O mandamento maior preconizado por Jesus recomenda que o amor deve ser incessante e inevit�vel, coroando-se de perd�o pelas ofensas recebidas. No grupo familiar, esse amor deve ser mais expressivo conduzindo o perd�o a um t�o elevado grau que quaisquer ressentimentos de ocorr�ncias infelizes se fa�am ultrapassadas pela compreens�o das dificuldades emocionais em que os genitores viviam em raz�o da sua imaturidade moral, e mesmo de sutis causas que remanesciam de exist�ncias anteriores, gerando antipatia e mal-estar, que n�o raro se fazem rec�procos.... Amar, sempre � o impositivo existencial�, conforme encontramos no livro Jesus e o Evangelho � Luz da Psicologia Profunda, cap�tulo Amor Filial.

Deste modo, vamos absorvendo, atrav�s do exerc�cio deste amor, para sermos conduzidos ao equil�brio e � verdadeira felicidade.

Compreendendo, assim, � luz da Doutrina Esp�rita, que o nosso lar � o primeiro est�gio no aprendizado sublime; � a vida de rela��o proporcionando-nos meios de enfrentar as lutas e responsabilidades com o que enriqueceremos nossos Esp�ritos nos momentos de testemunho, e na busca crescente do conhecimento e da paz que tanto almejamos.

Bibliografia:

XAVIER, C. Francisco � Pronto-Socorro � ditado pelo Esp�rito Emmanuel � 1� edi��o � Bras�lia/DF/ Editora FEB - 2015 � Cap�tulo 21.

XAVIER, C. Francisco � Fam�lia � ditado por Esp�ritos diversos � 1� edi��o � Bras�lia/DF/Editora FEB � 2016 � p�ginas 11, 16, 24, 73, 79.

FRANCO, P. Divaldo � Amor imbat�vel Amor � ditado pelo Esp�rito Joanna de �ngelis - 1� edi��o � Salvador / BA/ Editora Leal � cap�tulo 61.

Temi Mary Faccio Simionato

PAZ, MUITA PAZ!

Fam�lia, oficina de repara��o

Autor T�pico: Fam�lia, oficina de repara��o (Lida 1305 vezes)

dOM JORGE

Fam�lia, oficina de repara��o

Assuntos relacionados

Pesquisar assunto