PARA SER FELIZ

VIVA JESUS!

Boa-tarde! queridos irm�os.

A prop�sito da busca
da felicidade
�E assim, esperando com paci�ncia, alcan�ou a promessa.� � Paulo (Hebreus, 6:15.)

A carta de Paulo ao povo hebreu tem por finalidade mostrar que as promessas de Deus aos homens s�o imut�veis, e que atrav�s de Jesus elas se realizam, quando o Mestre nos ensina como proceder para que elas se cumpram. Procura destacar a superioridade de Jesus a todos os outros que O antecederam, deixando claro que Ele trazia os ensinamentos necess�rios ao nosso crescimento, atrav�s das leis amorosas de Deus. Com a autoridade de quem fala em nome Dele, o Divino Amigo nos conclama � conscientiza��o dessas leis, pela pr�tica da caridade.

O pr�prio Cristo representa essa caridade, porque tudo que ensinou tem por base o amor. Assim, quando nos disse que alcan�ar�amos o Reino dos C�us e que a paz divina faria morada em nossos cora��es, depositou em nosso ser, para sempre, a semente da esperan�a. E � a esperan�a de atingir essa paz, essa felicidade que jamais se alterar�, que nos faz continuar lutando, apesar de todas as dificuldades.

Com base na esperan�a de alcan�armos a promessa que Deus nos fez � que Emmanuel nos proporciona ensinamentos preciosos sobre esses temas. Diz para aguardarmos. Mas como aguardaremos essa promessa?

Desde os tempos remotos, at� hoje, os homens esperam ter seus lares aben�oados, a possibilidade do dever cumprido, a consci�ncia edificada; ensejam que seus ideais mais elevados sejam atendidos, que possam ter seu trabalho vitorioso e uma colheita farta. Em toda parte, em qualquer �poca, para todos os homens, os anseios s�o sempre os mesmos. Mas fica claro que n�o basta desejar e esperar que as coisas se realizem. Esperar n�o significa in�rcia. Ao contr�rio, significa persistir sem cansa�o, porque alcan�ar representa o triunfo definitivo.

Nesse processo de conquista, deve existir um objetivo, mas, al�m do objetivo, h� que se ter uma meta que represente a exterioriza��o desse prop�sito. E esse caminho, entre o objetivo e a meta, precisa ser tra�ado com esfor�o constante e inadi�vel da nossa parte na busca desses anseios que, muitas vezes, tomam conta de n�s, e que n�o sabemos definir nem o que sejam, nem de onde v�m. Para n�s se apresenta, �s vezes, como uma insatisfa��o, como algo que est� nos faltando sem que, contudo, consigamos detectar o que seja. Quando falamos em objetivos e metas, v�m-nos � mente bens materiais de todas as esp�cies. Entretanto, nosso objetivo volta-se, neste momento, para o Cristo. Estamos nos ligando, a partir de agora, com as promessas de felicidade que Ele nos fez, em nome do Pai.

Mas de que maneira podemos materializar esses objetivos com o Cristo? Emmanuel diz que a f�rmula para isso est� na paci�ncia, pois ela � a �nica porta aberta para a vit�ria que almejamos. Diz ele que em qualquer circunst�ncia � necess�ria a paci�ncia. Se h� sofrimento em nossos sonhos, se h� incompreens�o de muitos ao redor de nossos desejos e se a dor e a ingratid�o nos visitam a alma, aguardemos. Chorar significa perda de minutos preciosos e maldi��o das dificuldades. O choro n�o nos facilitar� o entendimento da solu��o que j� est� a caminho. Adverte para o fato de que, se algu�m nos ofendeu, � conveniente que aguardemos, pois � perda de tempo nos desgastarmos com quem j� traz a infelicidade dentro de si. Se algu�m nos prejudicou, melhor esperarmos, pois n�o precisamos nos vingar em algu�m que j� est� assinalado pela justi�a divina. E se sofremos, aguardemos com paci�ncia, pois a dor � sempre aviso santificante quando tiramos dela li��es benditas de eleva��o. Muitas vezes, os embara�os que hoje experimentamos podem ser os benef�cios de amanh�.

A natureza mostra-nos constantes sinais dessa espera que se transforma em d�divas divinas: �a fonte, ajudando onde passa, espera pelo rio e atinge o oceano vasto�; a noite, trazendo consigo a sombra, espera o dia que trar� nova luz, �a �rvore, prestando incessante aux�lio, espera pela flor e ganha a b�n��o do fruto; mas a enxada, que espera im�vel, adquire a ferrugem que a desgasta; o po�o que espera, guardando �guas paradas, converte a si pr�prio em vaso de podrid�o�. Em toda a Natureza, o tempo traz surpresas. Assim tamb�m acontece conosco, quando, sem precipita��o, entendemos que cada um est� em diferente fase de crescimento, em diferente processo de compreens�o dos ensinamentos de Jesus. Mas que, como n�s, tamb�m espera pelas promessas que o Cristo nos fez, em nome de Deus.

Provavelmente, estamos retendo em nossos cora��es, h� bastante tempo, esperan�as que n�o se concretizam. Acreditamos que o mundo deveria responder imediatamente aos nossos anseios; que merecemos ser felizes agora, pois estamos cansados de carregar o peso das afli��es e das incertezas.

Mas que paz e que felicidade usufruir�amos se ainda n�o resgatamos os d�bitos que desencadearam o problema que nos aflige e a dificuldade que experimentamos? Como podemos repousar se temos um credor a bater em nossa porta? Sabemos que fomos criados para a felicidade, mas n�o podemos ignorar que, na arena de lutas em que nos encontramos, estamos presos a obriga��es �s quais devemos cumprimento. Se pararmos para pensar na nossa vida di�ria, podemos encontrar nela in�meros exemplos de obriga��es a serem executadas: nosso lar convertido em oficina de ang�stias; o local de trabalho onde a cal�nia e a crueldade, muitas vezes, nos rondam a tarefa; o parente ao qual devemos carinho e respeito e que nos devolve ingratid�o e desprezo; os obst�culos que cercam nosso caminhar, continuamente; a persegui��o gratuita, a enfermidade do corpo, a imposi��o do ambiente no qual vivemos...

Se todas essas provas nos �encarceram nas grades constringentes do dever a cumprir�, � necess�rio que tenhamos paci�ncia e que realizemos as obriga��es com as quais nos enredamos, em pret�ritos n�o t�o distantes. �� imprescind�vel que n�o renunciemos ao trabalho renovador que essas dificuldades nos proporcionam. N�o devemos perder de vista que a vontade de Deus se expressa atrav�s das circunst�ncias que nos cercam. Movimentando provid�ncias in�meras, as leis da vida situam todos n�s, a cada instante, no lugar certo para a constru��o dessa felicidade eterna. � assim que estamos colocados com exatid�o: no dia certo, no caminho certo, no lugar certo, na profiss�o certa, na experi�ncia certa, na circunst�ncia certa e com os recursos certos.� Nada que nos cerca � sem significa��o, e ningu�m � in�til. Cada momento que vivenciamos representa recurso bendito para que possamos realizar o melhor, para que aprendamos a amar, a perdoar e a prosseguir com paci�ncia na limpeza do nosso caminho at� o Pai. Cada um de n�s recebeu Dele um talento para que possa servir e receber o que for de seu merecimento, como o trabalhador que recebe o sal�rio justo no fim da sua jornada. Pretender receber o sal�rio sem haver trabalhado n�o faz parte da promessa que Jesus nos fez. E Emmanuel recorda que �velho ou mo�o, com sa�de do corpo ou sem ela, � necess�rio movimentar o dom que recebeste do Senhor, para avan�ares na dire��o da Grande Luz�. Ningu�m � t�o pobre que nada possa dar de si. O que dizer do exemplo valoroso daqueles que, retidos na defici�ncia f�sica, n�o se deixam abater, lecionando coragem, paz, resigna��o no soerguimento de muitos que lhes assimilam a li��o?

� nosso dever realizar aquilo que nos compete, com naturalidade, sem a pretens�o de querer fazer melhor que o outro, gerando desarmonia e perturba��o; usar de paci�ncia, compreendendo que cada um realiza a seu tempo e � sua hora o que lhe � pr�prio. S� nos cabe aguardar e auxiliar com nosso respeito. Onde estivermos, procuremos atender com disciplina e zelo as tarefas que nos competem. Todo dia � dia de semear e de colher o que tenhamos semeado. Auxiliar � b�n��o na lei divina, por isso conclui Emmanuel que n�o devemos nos deter em nossas dificuldades, procurando fazer em favor dos outros o melhor que pudermos, a fim de que nossa esperan�a se erga sublime, em luminosa realiza��o.

Leda Maria Flaborea

PAZ, MUITA PAZ!

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