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  • Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?

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Autor Tópico: Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?  (Lida 4699 vezes)

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Offline dOM JORGE

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Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?
« em: 08 de Julho de 2012, 15:25 »
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                                                                      VIVA JESUS!




         Bom-dia! queridos irmãos.

                 

Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?


A Filosofia permite o desvelamento do que está
encoberto pelo costume

(1ª Parte)

“A Filosofia é a possibilidade da transcendência humana.” - M. L. A. Aranha e M.H.P. Martins (1)

Para saber a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo, faz-se mister primeiramente termos em mente o significado da palavra “reflexão”, que vem do latim “reflectere” e, etimologicamente, significa: “fazer retroceder, voltar atrás”.  Portanto, refletir é retomar o próprio pensamento, pensar o já pensado, voltar para si mesmo e colocar em questão o que já se conhece...

Já no século XVII apresentava René Descartes, o filósofo e matemático francês, tal método, hoje conhecido por “cartesianismo”, através do qual ele afirmava: “Para alcançar a verdade é preciso, uma vez na vida, desfazermo-nos de todas as opiniões que recebemos e reconstruir de novo e desde os fundamentos, todos os sistemas dos nossos conhecimentos”.

Tal método o levou – por intuição e dedução – a descobrir a verdade da sua e da existência de Deus.

Segundo Gramsci, “não se pode pensar em nenhum homem que não seja também um filósofo, que não pense, precisamente porque pensar é próprio do homem como tal”.

Os Espíritos Amigos (2) esclarecem que “no pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como lhe colocar amarras. Pode-se-lhe deter o voo, porém, não aniquilá-lo... Constranger os homens a procederem em desacordo com o seu modo de pensar é fazê-los hipócritas. A liberdade no âmbito da consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso”.

A reflexão filosófica se desdobra em três níveis:
radical, rigorosa e de conjunto

Portanto, não falece dúvida de que a liberdade de pensamento é um direito de todos. Cerceá-lo seria produzir hipócritas, como sói acontecer com as conversões forçadas. Podemos, então, concluir que a filosofia é filha dileta do pensamento e ela nasce no momento em que o pensar é posto em causa, tornando-se objeto de reflexão.

O homem comum, no cotidiano da vida, é levado a “parar” de vez em quando, num “staccato” necessário, a fim de retomar o significado de seus atos e pensamentos, e nessa hora é solicitado a refletir. No entanto, a simples reflexão não gera a Filosofia, mas sim a reflexão filosófica. Por sua vez, a reflexão filosófica se desdobra em três níveis: radical, rigorosa e de conjunto.

Interpretemos esses três tópicos com o professor Dermeval Saviani:

Radical – a palavra latina “radix, radicis” significa “raiz”, e, no sentido figurado, “fundamento, base”.  Portanto, a filosofia é radical não no sentido corriqueiro de ser inflexível (nesse caso seria a antifilosofia), mas enquanto busca explicitar os conceitos fundamentais usados em todos os campos do pensamento e do agir.

Rigorosa – Enquanto a “filosofia de vida” não leva as conclusões até as últimas consequências, e nem sempre é capaz de examinar os fundamentos delas, o filósofo deve dispor de um método claramente explicitado a fim de proceder com rigor, garantindo a coerência e o exercício da crítica. Mesmo porque o filósofo não faz afirmações apenas, precisa justificá-las com argumentos. Para tanto usa de linguagem rigorosa, que evita a anfibologia, isto é, evita a ambiguidade ou duplicidade de sentido das expressões cotidianas e lhe permite discutir com outros filósofos a partir de conceitos claramente definidos.

Pela transcendência, o homem surge como ser capaz
de construir o seu destino

É por isso que o filósofo sempre “inventa conceitos”, ou cria expressões novas e neologismos, ou altera e especifica o sentido das palavras usuais.

De conjunto – Enquanto as ciências são particulares, porque abordam “recortes” da realidade e se distinguem de outras formas de conhecimento, e a ação humana se expressa nas mais variadas formas, a filosofia é globalizante, porque examina os problemas sob a perspectiva de conjunto, relacionando os diversos aspectos entre si. Nesse sentido, além de considerarmos que o objeto da filosofia é tudo (porque nada escapa ao seu interesse), completamos que a filosofia visa ao todo, à totalidade. Daí a função de interdisciplinaridade da filosofia, estabelecendo o elo de ligação entre as diversas formas de saber e agir humanos.

A maneira pela qual se faz rigorosamente a reflexão filosófica varia conforme a orientação do filósofo e as tendências históricas decorrentes da situação vivida pelos homens em sua ação sobre o mundo.

A esta altura podemos perguntar: “Onde está a necessidade da filosofia?”

Os entendidos no assunto (1) são unânimes em afirmar que a utilidade e mesmo a necessidade da filosofia ancoram-se no fato de que, por meio da reflexão, ela permite ao homem ter mais de uma dimensão, além da que é dada pelo agir imediatamente, no qual o “homem prático” se encontra ergastulado.

É a filosofia que dá o distanciamento para a avaliação dos fundamentos dos atos humanos e dos fins a que eles se destinam; reúne o pensamento fragmentado da ciência e o reconstrói na sua unidade; retorna a ação pulverizada no tempo e procura compreendê-la.  Portanto, a filosofia é a possibilidade da transcendência humana, ou seja, a capacidade que só o homem tem de superar a situação dada e não escolhida. Pela transcendência, o homem surge como ser de projeto, capaz de liberdade e de construir o seu destino.

A filosofia é a crítica da ideologia enquanto forma ilusória de conhecimento

Por paradoxal que possa parecer, o distanciamento é justamente o que provoca a aproximação maior do homem com a vida. Whitehead, lógico e matemático britânico contemporâneo, disse que “a função da razão é promover a arte da vida”. A filosofia recupera o processo perdido no imobilismo das coisas feitas (mortas, porque já ultrapassadas). A filosofia impede a estagnação. Por isso, o filosofar sempre se confronta com o poder, e sua investigação não fica alheia à ética e à política. É o que afirma o historiador da filosofia François Châtelet, quando escreve:

“Desde que há Estado - da cidade grega às burocracias contemporâneas —, a ideia de verdade sempre se voltou, finalmente, para o lado dos poderes (ou foi recuperada por eles, como testemunha, por exemplo, a evolução do pensamento francês do século XVIII ao século XIX. Por conseguinte, a contribuição específica da filosofia que se coloca ao serviço da liberdade, de todas as liberdades, é a de minar, pelas análises que ela opera e pelas ações que desencadeia, as instituições repressivas e simplificadoras: quer se trate da ciência, do ensino, da tradução, da pesquisa, da medicina, da família, da polícia, do fato carcerário, dos sis­temas burocráticos, o que importa é fazer aparecer a máscara, deslocá-la, arrancá-la...”.

A filosofia é, portanto, a crítica da ideologia, enquanto forma ilusória de conhecimento que visa à manutenção de privilégios.

Atentando para a etimologia do vocábulo grego correspondente à verdade (a-létheia, a-letheúein, “desnudar”), vemos que a verdade é pôr a nu aquilo que es­tava escondido, e aí reside a vocação do filóso­fo: o desvelamento do que está encoberto pelo costume, pelo convencional, pelo poder...

Kardec elegeu a Filosofia para ser um dos três vértices principais do Espiritismo

Finalmente, a filosofia exige coragem. Filosofar não é um exercício puramente intelectual.  Descobrir a verdade é ter a coragem de enfrentar as formas estagnadas do poder que tentam manter o “status quo”, é aceitar o desafio da mudança. (Isso não é fácil, tendo em vista a ancestral acomodação humana.)

Sócrates e Jesus enfrentaram - impertérritos e desassombradamente - o desafio máximo da morte em defesa da verdade que postulavam.

Já podemos, agora, entender por que Allan Kardec elegeu a Filosofia para ser um dos três vértices principais do Espiritismo. E compreendemos isso ainda mais quando observamos que a Filosofia não acoroçoa nem o dogmatismo sufocante e tampouco o cepticismo, sendo este último uma posição filosófica que conclui pela impossibilidade do conhecimento, quer na forma moderada de suspensão provisória do juízo, quer na radical recusa em formular qualquer conclusão.   

No outro extremo de onde se encontra o cepticismo está o dogmatismo, segundo o qual o filósofo se considera de posse de certezas e verdades absolutas e indubitáveis. Enquanto o dogmático se apega à certeza de uma doutrina, o cético conclui pela impossibilidade de toda certeza e, nesse sentido, considera inútil a busca que não leva a lugar nenhum. Comparando as duas posições antagônicas, podemos perceber que elas têm em comum a visão imobilista do mundo: o dogmático atinge uma certeza e nela permanece; o cético anseia pela certeza e decide que ela é inalcançável.

Mas a filosofia é movimento, pois o mundo é movimento. A certeza e sua negação são apenas dois momentos (a tese e a antítese), que serão superados pela síntese, a qual, por sua vez, será nova tese e assim por diante... 

(Este artigo será concluído na próxima edição desta revista.)

 

Notas:

(1) Do livro: Filosofando – Introdução à Filosofia – Ed. Moderna – 2ª edição, revista e atualizada.

(2) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 88. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, questões 833 e 837.


         Rogério Coelho





                                                                                         PAZ, MUITA PAZ!


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Re: Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?
« Responder #1 em: 08 de Julho de 2012, 16:58 »
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Após Descartes, a filosofia assume uma postura crítica em relação a suas próprias aspirações e conteúdos. Os empiristas britânicos, influenciados pelas novas aquisições da ciência moderna, dedicaram-se a situar a investigação filosófica nos limites do que pode ser avaliado pela experiência. Segundo a orientação empirista, argumentos tradicionais da filosofia, como as demonstrações da existência de Deus, da imortalidade da alma e de essências imutáveis seriam inválidos, uma vez que as ideias com que operam não são adequadamente derivadas da experiência. De maneira análoga, Kant, ao elaborar sua doutrina da filosofia transcendental, rejeita a possibilidade de tratamento científico de muitos dos problemas da filosofia tradicional, uma vez que a adequada solução deles demandaria recursos que ultrapassam as capacidades do intelecto humano.
O empirismo britâncio e o idealismo de Kant acentuam uma característica frequentemente destacada na filosofia: a de ser um "pensar sobre o pensamento" ou um "conhecer o conhecimento". Esse concepção reflexiva da filosofia, do pensamento que se volta para si mesmo, influenciará vários autores e escolas filosóficas, tanto do século XIX como do século XX. A fenomenologia, por exemplo, considerará a filosofia como um empreendimento eminentemente reflexivo. Segundo Edmund Husserl - o fundador da fenomenologia - a filosofia é uma ciência rigorosa dos fenômenos tal como nos aparecem, ou seja, tal como é a nossa consciência deles. Para descrevê-los, o filósofo deve pôr entre parênteses todas as suas pressuposições e preconceitos (até mesmo a certeza de que os objetos existem) e restringir-se apenas aos conteúdos da consciência.
Sendo assim por filosofia elegemos a concepção de "conhecer o conhecimento" e para tal passa pelo estudo dos fenômenos e entre estes, os Espirituais.
abraços,
Moura

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Re: Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?
« Responder #2 em: 09 de Julho de 2012, 15:09 »
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                                                                    VIVA JESUS!




          Bom-dia! queridos irmãos.



                  A Importância da Ciência e da Filosofia na Construção do Pensamento Racional




A cada dia estamos observando que o ser humano continua sem perceber a importância de buscar os valores divinos como meta para a própria vida. Muitos ainda não têm o entendimento necessário para compreender essa questão. A que se deve Isso?


À falta de explicação dos filósofos? À falta de explicação da ciência? Ou à falta de vontade por parte daqueles que desejam chegar ao conhecimento?


São reflexões profundas em que muitas vezes o ser humano busca explicações em teorias materialistas, e fica sem muitas respostas porque ele não conhece a profundidade do pensamento humano.


Para a compreensão do pensamento humano, é necessário aprofundar-se no estudo das teorias psicológicas, aliando as mesmas aos estudos transcendentais sobre o ser humano, que diz respeito às forças energéticas ”espirituais”, pois somos fontes inesgotáveis de energias. Toda criatura humana possui, sem que ela saiba, uma energia capaz de curar ou ajudar ao seu semelhante.


Portanto, é necessário a ciência oficial estudar o ser humano no seu todo, pois, para estruturar a sua base científica, ela deve ter mecanismos que sirvam de referência para o conjunto de sua própria estruturação, visto que, para se tornar ciência de fato e de direito, é necessário alicerçar-se no conhecimento científico. Sem o conhecimento e sem provas científicas torna-se impossível ganhar notoriedade nos meios acadêmicos. Toda ciência só tem valor científico quando ela consegue explicar de maneira racional os fatos e os fenômenos que ela estuda. Caso contrário, ela fica na base do senso comum.


Então, qual a vertente científica, filosófica e religiosa que nos dá a certeza e a compreensão racional dos fatos dizendo ao homem que ele não é só matéria inerte? Que fala que não somos apenas matéria e que tem algo a mais e que anima a estrutura física? Que preenche as lacunas deixadas propositadamente pela ciência oficial?


Essa ciência (e essa filosofia) que nos pode dar respostas racionais é a Doutrina Espírita. É através dela que ficamos sabendo sobre a vida espiritual, a comunicação dos Espíritos e o seu estado feliz ou infeliz em que muitos se encontram. É através da doutrina espírita que aprendemos as verdades sobre a pluralidade dos mundos, sobre a reencarnação, tendo a certeza de que não morreremos e que voltaremos um dia para o orbe terrestre, quantas vezes forem necessárias para completar a nossa evolução.


A Doutrina Espírita clareia os nossos caminhos a partir do pensamento racional, colocando para o homem a necessidade da transformação moral e espiritual. Aquele que deseja se candidatar para alcançar o reino dos céus, precisa, em medida de urgência, trabalhar a sua mudança interior, fazendo de tudo para adquirir os conhecimentos necessários, unindo o mesmo à prática diária, pois quem não se adequar a esses requisitos básicos não entrará no reino dos céus com a túnica espiritual brilhante.


Essa túnica simboliza a vestimenta espiritual de cada um de nós. Vamos trabalhar junto aos companheiros de ideal, alimentando o amor, a esperança, e confiando sempre nas presenças amigas dos Espíritos superiores como faróis de luz em nossas vidas.


       Marcos Andrade






                                                                                   PAZ, MUITA PAZ!


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Offline HamLacerda

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Re: Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?
« Responder #3 em: 09 de Julho de 2012, 15:45 »
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Citação de: Mourarego em 08 de Julho de 2012, 16:58
Após Descartes, a filosofia assume uma postura crítica em relação a suas próprias aspirações e conteúdos. Os empiristas britânicos, influenciados pelas novas aquisições da ciência moderna, dedicaram-se a situar a investigação filosófica nos limites do que pode ser avaliado pela experiência. Segundo a orientação empirista, argumentos tradicionais da filosofia, como as demonstrações da existência de Deus, da imortalidade da alma e de essências imutáveis seriam inválidos, uma vez que as ideias com que operam não são adequadamente derivadas da experiência. De maneira análoga, Kant, ao elaborar sua doutrina da filosofia transcendental, rejeita a possibilidade de tratamento científico de muitos dos problemas da filosofia tradicional, uma vez que a adequada solução deles demandaria recursos que ultrapassam as capacidades do intelecto humano.
O empirismo britâncio e o idealismo de Kant acentuam uma característica frequentemente destacada na filosofia: a de ser um "pensar sobre o pensamento" ou um "conhecer o conhecimento". Esse concepção reflexiva da filosofia, do pensamento que se volta para si mesmo, influenciará vários autores e escolas filosóficas, tanto do século XIX como do século XX. A fenomenologia, por exemplo, considerará a filosofia como um empreendimento eminentemente reflexivo. Segundo Edmund Husserl - o fundador da fenomenologia - a filosofia é uma ciência rigorosa dos fenômenos tal como nos aparecem, ou seja, tal como é a nossa consciência deles. Para descrevê-los, o filósofo deve pôr entre parênteses todas as suas pressuposições e preconceitos (até mesmo a certeza de que os objetos existem) e restringir-se apenas aos conteúdos da consciência.
Sendo assim por filosofia elegemos a concepção de "conhecer o conhecimento" e para tal passa pelo estudo dos fenômenos e entre estes, os Espirituais.
abraços,
Moura

Moura, meu caro, não leve a mal o meu conselho, pois eu faço pelo bem do fórum.

Não é a primeira vez que eu vejo você utilizar de artigos da wikipédia como se fossem seus. Sabe muito bem disso que os autores podem processar o fórum, ou até você mesmo, por utilizar um texto como propriedade sua.

As regras do fórum são muito claras quanto à isso:

"6 - Respeite os direitos de autor. Não é permitido partilha de qualquer tipo de conteúdos proprietários ou mensagens que fomentem tal postura - salvo autorização do autor. Não exponha os seus dados pessoais (principalmente o seu e-mail ou outro contacto) ou informação íntima, para salvaguardar a sua privacidade, pois o fórum é lido por milhares de pessoas em todo o mundo, estejam ou não registadas neste site. Se precisar de orientação ou falar com alguém sobre um assunto pessoal, poderá fazê-lo em privado na sala de chat de Atendimento."



O texto do qual você assina, está integralmente no link abaixo e pertence ao autor Sr. Alvaro de Azevedo.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia




Um abraço
Hamlacerda


« Última modificação: 09 de Julho de 2012, 15:48 by HamLacerda »
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Offline Mourarego

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Re: Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?
« Responder #4 em: 09 de Julho de 2012, 16:10 »
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hamilton, me desculpe, mas não faço isso.
Há tempos e por mais de dez vezes, já dseixei bem claro que uso, em segundo lugar a pesquisa na wilkipedia.
Todos já sabem disso e é pena que você estando no fórum h[á algum tempo, tempo este de ter visto as mais de dez postagem em que digo isso, me venha querer  denegrir como pessoa de ação indigna.
Pare com isso cara, é feio e só demonstra um caráter em desalinho mano.
Na verdade só me utilizo da wilkipedia depois de ter aberto alguns outros livros que mantenho sempre na estante ao lado de minha máquina.
De outro tanto, com não pertenço a área na qual respondo, como poderia afirmar com mais clareza sem que pesquisasse antes?
Pior ainda, nesta vez em que o amigo, paladino da sua verdade, vem por falar, apenas a autoria, assim como um PS: que indicava tres obras não saiu, não sei se por erro quando recortei e colei as indicações das leituras, ou , com já tem acontecido com outros, tenha apenas aparecido partes das mensagens.
De certo é que o amigo tenta fazer de algo que não conhece, um libelo que ateste uma ação indigna, mas, que pena... Os que me conhecem de mais longa data sabem que isso não é do meu feitio.
Estamos conversados.
Moura


« Última modificação: 09 de Julho de 2012, 16:18 by Mourarego »
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Offline dOM JORGE

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Re: Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?
« Responder #5 em: 09 de Julho de 2012, 20:43 »
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                                                                     VIVA JESUS!




         Boa-tarde! queridos irmãos.




               O Espiritismo Filosófico


Como espíritas, sabemos que a doutrina espírita está alicerçada em um tripé, composto de filosofia, ciência e as consequências morais (as quais alguns preferem chamar de religião). Embora saibamos deste tripé e o dizemos frequentemente, poucos têm, ao certo, a noção filosófica e científica da doutrina e, muitas vezes, ficam presos na tentativa de se entender as consequências morais sem, primeiro, entender os pressupostos filosóficos e científicos que são a base para o entendimento destas consequências morais.

Neste ponto, os aspectos filosóficos do Espiritismo são algo praticamente não entendido, não explorado pelos estudos espíritas, não desenvolvido como ferramenta crucial para a aquisição de novos horizontes e novos conhecimentos. Reduzimos os aspectos filosóficos da doutrina apenas às perguntas que se assemelham aos questionamentos filosóficos realizados por pensadores como, por exemplo, o que é Deus, de onde nós viemos, para onde vamos, entre outros. No entanto, estes questionamentos certamente permanecerão por muito ainda sem respostas e apenas temos uma vaga ideia do nosso processo evolutivo. O uso das ferramentas filosóficas deveria ser matéria introdutória nas casas espíritas. Tópicos como Teoria do Conhecimento, Lógica, Raciocínio Crítico são pequenos exemplos de assuntos da filosofia que servem de base para o entendimento dos ensinamentos de Kardec e também de nosso grande irmão Jesus.

Todos conhecemos a frase de Cristo: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará!”? Ou seja, somente através do conhecimento do que é verdade é que alcançaremos a nossa liberdade, nossa jornada evolutiva não mais necessitará de encarnações. Aqui, nos pegamos questionando dois fundamentos importantes para entender o que Jesus disse e o que Kardec inicialmente explora em O Livro dos Espíritos: O que é verdade e o porquê da necessidade da Reencarnação?

Como vimos, a lógica nos faz associar estes dois princípios, mas como responder a isso?!

Alguns diriam que é somente pela reencarnação que adquirimos conhecimento e aos poucos vamos acumulando-o e evoluindo. Este raciocínio está correto, porém ele é uma interpretação literal, simples, do que está escrito no LE, mas ainda não responde COMO.

Para tal, necessitamos recorrer aos recursos da filosofia, mais especificamente à Teoria do Conhecimento. Esta área da filosofia explora exatamente este ponto, questionando “O que é a verdade?”, “Como obtemos a verdade?”. Os estudos deste assunto mostram que uma das formas de aquisição da verdade é por meio de nossas percepções. Mas são nossas percepções uma representação fiel da realidade? O quanto de verdade eu tenho em minhas percepções?

O conhecimento atual deste assunto sugere que nossas percepções são representações relativamente reais do mundo. Às vezes, chegamos muito perto de conhecer o mundo real, por outras, ficamos distantes ou até mesmo sequer o percebemos.

Voltamos a Kardec e vemos que ele associa a liberdade com a depuração da alma. LE, pergunta 166: Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se? “Sofrendo a prova de uma nova existência”. 

Portanto, a perfeição está associada à depuração da alma. Então perguntamos, COMO esta depuração se associa com o conhecimento da verdade? LE pergunta 94: De onde tira o Espírito o seu envoltório semimaterial? Do fluido universal de cada globo. É por isso que ele não é o mesmo em todos os mundos; passando de um mundo para outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa. LE pergunta 94-a: Dessa maneira, quando os Espíritos de mundos superiores vêm até nós, tomam um perispírito mais grosseiro? É necessário que eles se revistam da vossa matéria, como já dissemos.

Conforme o Espírito evolui, seu perispírito vai ficando cada vez mais etéreo, menos material. Com isso, vamos nos tornando cada vez mais capazes de perceber o mundo como ele realmente o é. A cada encarnação, vamos depurando nosso perispírito, vamos sendo capazes de sintonizar vibrações diferentes e esta ampliação na capacidade de enxergar a verdade é que nos garante a tão desejada salvação.


         Marcelo Fernandes Costa






                                                                                        PAZ, MUITA PAZ!




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Re: Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?
« Responder #6 em: 10 de Julho de 2012, 12:29 »
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                                                                      VIVA JESUS!




          Bom-dia! queridos irmãos.




                   Qual o aspecto mais importante do Espiritismo?



Ciência, do latim scientia, conhecimento exato de certas coisas, conforme
alguns lexicólogos, é a primeira das três palavras que exprimem o tríplice aspecto sob
o qual se apresenta a Doutrina Espírita, composta pelos três pilares que a sustentam:
CIÊNCIA, FILOSOFIA e RELIGIÃO. Entendemos que todos estes três aspectos,
geradores de conseqüências morais para a humanidade, são importantes, de acordo
com a linha de pensamento exposta a seguir.
CIÊNCIA
Se entendemos por ciência a sistematização lógica dos conhecimentos
resultantes da observação e da experiência, orientados e dirigidos convenientemente,
então, não há dúvida: o Espiritismo é também ciência. Ademais, se a ciência tem
como finalidade a rigorosa investigação dos fatos observáveis, decorrentes de causas
ignoradas, cuja extensão e natureza procura conhecer a fim de deduzir suas leis, o
Espiritismo, ainda assim, é ciência, e como tal requer, por força de seus métodos
comprovadamente experimentais, o lugar que lhe deve caber na classificação das
ciências ditas positivas.
As características científicas da Doutrina Espírita são evidentes quando
examinamos o intercâmbio existente entre encarnados e desencarnados. Neste caso,
ela é pura ciência quando comprova, experimentalmente, a existência do Espírito e
sua sobrevivência ao desaparecimento do corpo físico, por meio dos fenômenos
espíritas.
Como se sabe, a pesquisa séria e toda a análise criteriosa conduzem sempre o
homem ao encontro da verdade. Eis porque Allan Kardec, observando os fenômenos
das chamadas “mesas girantes”, chegou a conclusões tão significativas capazes de
levá-lo a codificar o Espiritismo. Por outro lado, embora os princípios da Doutrina
Espírita sejam comprovados experimentalmente, o que lhe confere o caráter
cientifico, podemos afirmar que a mesma é essencialmente filosófica.
Diante de tais colocações, concluímos que o Espiritismo como Ciência, estuda
e pesquisa os fenômenos espíritas como fatos naturais e universais perfeitamente
observáveis, e prova que os Espíritos existem e são imortais, sendo eterna a vida.
FILOSOFIA
O Espiritismo, enquanto Filosofia, define as responsabilidades do Espírito
encarnado e desencarnado, estabelecendo uma regra moral de vida e comportamento
para os seres da Criação, dotados de razão e consciência.
Ao encontro dessa assertiva, a questão 614, de O Livro dos Espíritos, nos
mostra que “a Lei Natural é a Lei de Deus. É a única verdadeira, para a felicidade do
homem. Indica-lhe o que deve fazer, e ele só é infeliz quando dela se afasta”.
- 2 -
Portanto, o aspecto filosófico do Espiritismo está no estudo que faz do homem,
em sua dimensão física e espiritual, da sua origem, da sua destinação e de seus
problemas; e no estudo de Deus, Criador de todas as coisas e que tudo dirige
inteligentemente.
Podemos dizer, então, que o Espiritismo enquanto Filosofia compreende todas
as conseqüências morais que emanam da interpretação dos fatos naturais e universais,
permitindo ao Homem chegar, pela reflexão e pela razão, à verdade a respeito de si
mesmo, da Vida, do Mundo e de Deus.
RELIGIÃO
Vale lembrar que, em todas as obras da Codificação, Allan Kardec evidenciou
o caráter religioso do Espiritismo, como demonstraremos através das citações que
faremos a seguir:
a) “O Espiritismo é forte porque assenta sobre as próprias bases da Religião:
Deus, a Alma, as Penas e as Recompensas Futuras” – O Livro dos Espíritos
(Conclusão, Item 5);
b) “(...) o Espiritismo repousa sobre as bases fundamentais da Religião e respeita
todas as crenças; (...) um de seus efeitos é incutir sentimentos religiosos nos
que os não possuem, fortalecê-los nos que os tenham vacilantes (...)” – O Livro
dos Médiuns (1ª Parte, Capítulo III, Item 24);
c) “A Ciência e a Religião são as duas alavancas na inteligência humana: Uma
revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no
entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se” –
O Evangelho Segundo o Espiritismo (Capítulo I, Item 8);
d) “(...) o Espiritismo vem opor um dique à difusão da incredulidade (...)” – O
Céu e o Inferno (1ª Parte, Capítulo I, Item 4);
e) “O Espiritismo, longe de negar ou destruir o Evangelho, vem ao contrário,
confirmar, explicar e desenvolver, pelas novas leis da natureza, que revela,
tudo quando o Cristo disse e fez (...)” – A Gênese (Capítulo I, Item 41);
f) “O Espiritismo é uma religião e nós nos ufanamos disso” – Discurso de 1º de
Novembro de 1868, pronunciado na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
e publicado na Revista Espírita (Dezembro de 1868);
g) “O Espiritismo vem confirmar as verdades fundamentais da Religião” – O Que
é o Espiritismo (Terceiro Diálogo); e,
- 3 -
h) “O Espiritismo (...) não vem destruir os fatos religiosos, porém sancioná-los,
dando-lhes uma explicação racional (...)” – Obras Póstumas (1ª Parte,
Manifestações dos Espíritos, Item 7).
Por essas afirmações muito claras do Codificador, podemos dizer que a
Religião que se traduz em fé na existência de Deus, na certeza da imortalidade da
alma, na grandeza da vida aqui e no Mais Além, é o fator decisivo que garante a vida
espiritual estruturada em nosso mundo, principalmente por intermédio da vida social
e familiar.
Pelo visto, o Espiritismo como Religião compreende os deveres do Homem
para com Deus, não admite liturgia ou culto exterior, prega a fé raciocinada e repousa
sobre as bases fundamentais da crença religiosa: Deus, a alma e a vida futura.
CONCLUSÃO
Após tais considerações, podemos responder à pergunta-título deste artigo com
o pensamento do benfeitor espiritual Emmanuel, à questão 260 de O Consolador,
livro psicografado pelo médium Chico Xavier, ao ser perguntado se, “em face da
Ciência e da Filosofia, como interpretar a Religião nas atividades da vida”. A
resposta é cabal:
“Religião é o sentimento Divino, cujas exteriorizações são sempre o Amor, nas
expressões mais sublimes. Enquanto a Ciência e a Filosofia operam o trabalho da
experimentação e do raciocínio, a religião edifica e ilumina os sentimentos. As
primeiras se irmanam na sabedoria, a segunda personifica o amor, as duas asas
divinas com que a alma humana penetrará, um dia, nos pórticos sagrados da
espiritualidade”.


Gerson Simões Monteiro






                                                                                           PAZ, MUITA PAZ
!

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Re: Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?
« Responder #7 em: 10 de Julho de 2012, 14:49 »
+1Gostou?
Citar
'...A esta altura podemos perguntar: “Onde está a necessidade da filosofia?” (...)

Olá


Afasto-me das frases de efeitos ou rebuscadas que muitos filosofos deram e dão a determinadas questões transcendentais, por serem elas providas de um olhar materialista. A grande maioria de filosofos, principalmente ditos existencialistas, gastam (ram) centenas de palavras e/ou toneladas de livros para resumirem que "Tudo é Nada'.

Ainda bem que reencarnou Kardec, dando-nos a oportunidade de compreender os porquês, desfazer-nos as duvidas sobre a realidade da existencia fisica. Depois de Kardec, as questões de estarmos aqui, de onde viemos e para aonde vamos foram definitivamente esclarecidas/resolvidas. Enfim, não necessitamos mais de qquer outro tipo de Filosofia ou filosofo, por que a estes restou pouquissimo ou nada a acrescentar.

Enfim, o Espiritismo veio preencher a lacuna, deu um ultimato para a falta de conhecimento, com uma revelação simples, logica e sensata.


Abç



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Re: Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?
« Responder #8 em: 11 de Julho de 2012, 11:23 »
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                                                                     VIVA JESUS!



         Bom-dia! queridos irmãos.



                 
Quando se pensa em política, pressupõe-se, quase sempre e
apenas, a atividade partidária, a disputa de cargos
eletivos, dentro do esquema da conquista do poder.
Todavia, o fato político é muito mais abrangente. Ele
compreende todas as atividades de relações humanas, de
coordenação dos recursos e atendimento das necessidades
das coletividades.
Dentro dessa perspectiva, justifica-se claramente a
inquietação sobre as expectativas que podem advir da
interpretação do fato político, a partir das concepções
espíritas. Allan Kardec, na última parte de ”A Gênese”
analisa as contribuições espíritas para a renovação social
e afirma, em outras e várias oportunidades, que a

destinação final do espiritismo é influir na sociedade,
para modificá-la.
Isso significa que a Doutrina pretende, ao longo de sua
contribuição, intervir no político, uma vez que a
renovação social implica num complexo filosófico e
prático, este pela modificação do quadro de relações,
legislação e de toda a estrutura de poder.
”O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, dentro desse
conceito, pode ser considerado um livro político, porque
abrange, abarca, analisa não apenas o ser como ser, mas
enquanto homem, isto é, ligado a uma realidade existencial
e a uma contingência atual, viva, que é a sociedade. Se se
preocupa com assuntos trancendentais, como Deus e a
essência espiritual do homem, dedica longo trecho à
compreensão dos fatores morais, que estão na base das
ligações mais profundas no relacionamento humano.
Hoje ninguém mais aceita teorias que isolem o homem do
mundo. Este é o local onde está a coletividade espiritual,
enquanto encarnada e o governo dos bens e das condições em
que o indivíduo e a coletividade vivem, as posições de
dominação e submissão, o poder e o arbítrio, a liberdade e
a participação, são indissociáveis das necessidades da
criatura. A prova disto é a informação de que, no plano
extrafísico, o homem desencarnado elabora também propostas
políticas, na organização de comunidades transitórias, com
estruturas de poder.
A Codificação do espiritismo foi entregue a Allan Kardec,
um homem que viveu intensamente um período decisivo para o
futuro da humanidade. Não se pode esquecer que foi na
metade do século 19, quando apareceu ”O Livro dos
Espíritos”, que se deram os passos marcantes para a
definição da estrutura biológica e social do homem. Cabia
ao espiritismo a tarefa de redefini-lo espiritualmente.
Deveria fazê-lo — e o fez — de maneira que pudesse
enfrentar a argumentação experimental da ciência e do
materialismo e superasse o florilégio inconsistente do
espiritualismo religioso.
Para os que têm uma visão ampla da contribuição de Allan
Kardec, é meridiano que ele conseguiu a difícil proeza de
apresentar o homem dentro de uma dimensão em que, sem
desprezar a tradição espiritualista, ao contrário
reforçando-a contrapõe-se, com dados e com lógica, ao
simplismo biológico. Conseguiu o Codificador a síntese
entre as teses niilistas do materialismo e as posições
alienantes da religião. Mostrando-o como o agente ativo da
modificação do ambiente, autoaperfeiçoando-se, para criar
uma sociedade mais justa e adequada ao desenvolvimento de
suas potencialidades, o espiritismo conseguiu redefinir o
homem e sua relação com o mundo. com o alargamento de
fronteiras da vida extendem-se os limites das
potencialidades da criatura.
Essa concepção do homem e de sua relação com o mundo
precisa ser transferida para a ação política, social. Para
isso impõe-se a reflexão dos postulados espíritas a fim de
compatibilizá-lÔs com as realidades sociais. Por tudo isso
e porque é preciso falar ao mundo, à sociedade, numa
linguágem apropriada e mostrar as fases mais importantes
do pensamento espírita, o trabalho de Ailton Paiva se

apresenta como uma proposta desafiadora. Nela temos as
bases para o desenvolvimento de outras contribuições e
análises dos problemas humanos, a partir de uma visão
política e social espírita. O autor fez uma síntese do
pensamento kardecista, englobando as teses defendidas pelo
Codificador e pelos Espíritos Superiores acerca das formas
do comportamento social do homem, no passado, no presente
e no futuro.
O texto será base para pesquisas, debates e seminários,
abrindo um quadro amplo para a reflexão de como o
espiritismo pode e deve atuar no campo político e social.
Sem comprometer-se com legendas ou partidos, mas
intervindo a nível de idéias, o espiritismo está apto a
contribuir para a equação de soluções consistentes aos
angustiantes problemas gerados pelo progresso, pela
urbanização e pelo contingente humano que estagia no
planeta, em busca de soluções definitivas.
Neste livro, Ailton Paiva traz sua parte, o esforço de seu
pensamento. Abre, com isso, uma nova frente para a
participação espírita no social, no político.


Jaci Régis





                                                                                      PAZ, MUITA PAZ!


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Re: Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?
« Responder #9 em: 13 de Julho de 2012, 23:12 »
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                                                                     VIVA JESUS!




        Boa-noite! queridos irmãos.




              Qual é a utilidade do aspecto filosófico do Espiritismo?

O Espiritismo apresenta-se na condição de filosofia desveladora
do que até hoje era tido por mito indecifrável:
a origem e o destino dos Espíritos

(Parte 2 e final)

 
A filosofia é a procura da verdade, não a sua posse, como disse Jaspers, filósofo alemão contemporâneo, concluindo que: “fazer filosofia é estar a caminho; as perguntas em filosofia são mais essenciais que as respostas e cada resposta transforma-se numa nova pergunta”.

Perguntar, perguntar e perguntar!... Não foi o que Kardec fez?!... E não é isso que aconselham os Espíritos Superiores? [1]

Para penetrarmos com segurança as fronteiras e  meandros da Filosofia Cristã Espírita, acompanhemos o lúcido esclarecimento do confrade Victor Leonardo da Silva, que pinçamos do “Jornal Espírita”, órgão de divulgação da Federação Espírita do Estado de São Paulo, edição do mês de novembro/2000:

“(...) Desde tempos remotos, o Ser humano sempre tentou explicar os fenômenos da Natureza através de causas não naturais. Usava seus parcos conhecimentos aliados ao pensa­mento mágico.  Disso decorreu a criação de mitos para a explicação de fenômenos naturais como chuva, trovão, ter­remoto, vento etc.

Por volta do Século V antes de Cristo, a Grécia tinha várias colônias na Ásia Menor (atual território da Turquia). Nessas cidades, havia pessoas de várias culturas, como gregos, judeus, babilônicos, egípcios, medas, persas... Os pensadores gregos, que aí viviam, notaram que, para um mesmo fenômeno, havia diversas explicações, conforme a cultura. Eles concluíram então que tais explicações, para serem verdadeiras, tinham que se basear em ele­mentos “naturais”. Esse raciocínio levou-os a abandonar os mitos e a entender a realidade através de causas produzidas pela Natureza. Deveria haver um princípio primitivo  arché  originando todas as coisas. 

Como visão de mundo, é plausível a aceitação da
ideia de um Deus criador

O primeiro pensador foi Tales, da cidade de Mileto, que atribuía à água a causa de tudo. Apareceram outros que apontaram o fogo, a terra e o ar como causa. Empédocles e Aristóteles adotaram esses quatro ele­mentos juntos.  Houve outros que idealizaram um arché teórico como as homoeomerias, o apeíron  e o átomo.

Durante a Idade Média, o Cristianismo, que recebera in­fluência religiosa do Judaísmo, precisou adaptar-se à Filosofia Grega para se firmar no mundo greco-romano. Santo Agostinho acrescentou a Patrística a essas duas doutrinas como filosofia, pois acha que, uma vez que elas têm in­fluência religiosa, não explicam a realidade somente por causas naturais. Essa explicação da realidade é uma visão de mundo [cosmovisão ou Weltanschauung]. Como visão de mundo, é plausível a aceitação da ideia de um Deus criador. Por isso, elas são admitidas pela maioria, que não é materialista, como filosofias.

O Espiritismo seria a tercei­ra filosofia cristã. Ele teria sido revelado a fim de dar uma nova visão de mundo à Humanidade que se prepararia para ingressar na fase de regeneração.   Normalmente,  O Livro dos Espíritos  é apontado como o de conteúdo filosófico na codificação feita por Kardec. Na realidade, toda a Codificação apresenta seus aspectos filosóficos. A primeira parte desse livro, que é estendida no livro A Gênese, apresenta a Metafísica, a Teodiceia, a Antropologia Filosófica e a Cosmologia espíritas. A segunda parte, aprofundada em O Livro dos Médiuns, expõe nova­mente a Antropologia Filosófica e a Cosmologia espíritas. A terceira parte, pormenoriza­da em O Evangelho segundo o Espiritismo, fornece noções da posição filosófica do Espiritismo sobre Ética, Teoria do Conhecimento, Filosofia Espírita da Educação, Filosofia do Direito, Filosofia Econômica, Filosofia Social, Filosofia da História. A quarta parte, que fala das penas e gozos futuros, estando desenvolvida no livro O Céu e o Inferno, aborda características da Teodiceia espírita.

Afirmamos que, para ser cristão, não há
obrigatoriedade de adotar o trinitarismo

A Codificação Espírita possui um vasto conteúdo filosófico que pode muito bem ser aproveitado por essa Humanidade sem fé e esperança...

Os cristãos tradicionais afirmam que o Espiritismo não é uma doutrina cristã por não aceitar o trinitarismo (incompreensível e ilógica teoria originária na Índia e introduzida pelos Pais da Igreja no Cristianismo, na qual se crê que Deus é constituído de três pessoas chamadas de Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo). Lembremo-nos de que o trinitarismo é estranho, tanto à Filosofia Grega como ao Judaísmo, doutrinas que fundamentaram o Cristianismo. O trinitarismo foi introduzido na Grécia durante a fase helenística pelo filósofo neo­platônico Amônio Sacas, que vivera quinze anos na Índia, de onde trouxera esse conceito. No início da Era Cristã, havia duas correntes opostas: a liderada pelo bispo Arius [arianismo], que admitia Deus único e uno; e a dos neoplatônicos [trinitarismo], que admitia também Deus único, porém, trino. Quando Constantino resolveu adotar o Cristianismo como a religião oficial de seu império, visando ao fim político de evitar sua fragmentação, convocou o Concílio de Niceia, em 325, e resolveu essa querela inclinando-se para a posição neoplatônica, visto que muitos de seus nobres, dos quais dependia politicamente, esposavam tal doutrina. Por isso, afirmamos que, para ser cristão, não há obrigatoriedade de ser trinitarista. Em toda a obra de Kardec há constante referência ao Cristianismo e recomendações para segui-lo. A existência do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, que interpreta as parábolas e as boas novas, é uma prova suficiente de sua fidelidade aos ensinamentos do Cristo, que é o Modelo e Guia mais perfeito e singular que já existiu. O que não aceitamos é que os outros grupos cristãos julguem como autênticas apenas suas interpretações. Destarte, podemos então afirmar, sem sombra de dúvida, que o Espiritismo é a Terceira Filosofia Cristã, que veio completar e explicar as duas anteriores”.

Se hoje existe o Catolicismo, isso se deve
única e exclusivamente a Constantino

Não fica difícil concluirmos que, se hoje existe o Catolicismo e não o Arianismo, isso se deve única e exclusivamente a Constantino e suas manobras políticas que visavam ao fortalecimento e unificação de seu império...

Finalizemos com as sábias palavras de Vianna de Carvalho[2]:

“(...) A busca da verdade tem sido intérmina, laboriosa, complexa...  Qual Fênix, ressurge a verdade das cinzas onde parece haver-se consumido, apresentando-se mais vigorosa e brilhante a cada renascimento, no incessante intento de permanecer no mundo.

Foi o que sucedeu com Allan Kardec ao apresentar o Espiritismo, numa síntese de ciência que comprova a imortalidade, a reencarnação, a vida estuante antes do berço e depois do túmulo; na condição de filosofia equacionadora dos enigmas que perturbam as mentes e o comportamento dos seres, e como religião destituída de fórmulas, de mística, de rituais, ensejando a identificação do homem com a sua realidade em permanente ligação com o seu Criador.

No momento das investigações em torno do micro e do macrocosmo, do desdobramento das doutrinas científicas, nelas o Espiritismo se apoia para a confirmação dos seus postulados doutrinários.  Partindo do fato, que a si mesmo se explica, expõe conteúdos de filosofia otimista que dão sentido à existência terrenal, no conjunto harmônico da vida; remontando à Biologia, à Antropologia, à Embriogenia, à Física nuclear e às doutrinas psíquicas, complementa-as com os seus esclarecimentos, que constituem a causalidade dos acontecimentos, contribuindo com valores sociológicos enriquecidos, capazes de modificarem a constituição e a estrutura da coletividade humana.

O Espiritismo mantém a certeza da vida aqui e nas
esferas que gravitam no cosmo

Baseada na moral do Cristo, assim como dos Seus predecessores, especialmente Sócrates e Platão, torna-se a religião cósmica do Amor, que alberga todos os seres sencientes irmanando-os ante a Paternidade Divina e Única. Pairando, racional e demonstrável, nos céus tumultuados do século das luzes, alcança a atualidade, cada vez mais clara e vigorosa, face às conquistas crescentes da investigação científica em várias áreas, que a demonstram e lhe confirmam a legitimidade.

Quando o homem com as suas bólides espaciais busca estudar os astros do arquipélago estelar que nos cerca, o Espiritismo, confirmando as Moradas da Casa do Pai, conforme a lúcida e feliz expressão de Jesus sobre a pluralidade dos mundos habitados, mantém a certeza da transcendentalidade da vida, não apenas nas sombras do abençoado planeta terrestre, mas, também, noutras esferas que gravitam no cosmo, cantando hinos de louvor ao Criador do Universo.

Assim, a verdade lentamente desvelada em fragmentos, através dos séculos, pelas várias Doutrinas Espiritualistas, no Espiritismo esplende e triunfa, cantando a glória de Deus e convidando o espírito humano ao crescimento, à libertação, à plenitude”.


 
--------------------------------------------------------------------------------
 
[1] - KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 88. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, q. 919a, § 5 e 6.

[2] - FRANCO, Divaldo. Antologia Espiritual.  Salvador: LEAL, 1993, cap. 47.



         Rogerio Coelho







                                                                                    PAZ, MUITA PAZ!


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