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  • Considerações sobre o egoísmo

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Autor Tópico: Considerações sobre o egoísmo  (Lida 14715 vezes)

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Offline katiatog

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Considerações sobre o egoísmo
« em: 05 de Fevereiro de 2011, 14:19 »
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Boa tarde, queridos amigos!


Considerações sobre o Egoísmo
Antônio Moris Cury

"O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um, para vencer-se a si mesmo, do que vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens"
(trecho extraído do livro "O Evangelho segundo o Espiritismo", 109ª edição, FEB, 1994, página 191).

É importantíssimo, verdadeiro e deveras atual o ensinamento contido no texto acima reproduzido.

Com efeito, o orgulho e, um de seus filhos, o egoísmo continuam sendo as maiores chagas da Humanidade.

É impressionante como somos egoístas e, sobretudo, como agimos com egoísmo, mesmo nas pequenas coisas ou nos acontecimentos triviais do dia-a-dia, como, por exemplo, quando se estaciona o automóvel em largo espaço público, colocando-o no meio sob o pretexto de melhor preservá-lo, sem cogitação de que ali poderia também caber com folga outro veículo, de outra pessoa; também quando, diante de uma fila formada, procura-se o atendimento rápido, na frente dos outros, que antes chegaram, sob o equivocado entendimento de que o nosso tempo é mais importante do que o tempo daqueles que ali se encontram, expressando-se assim, misturados, o orgulho e o egoísmo, que lamentavelmente ainda portamos, em abundância.

E são essas chagas, características do homem-velho que insiste em habitar o corpo que possuímos na presente existência física, que vão nos conduzindo ao terrível engano de querer levar vantagem em tudo, e sempre.

E, assim, a fim de satisfazer à ambição desmedida e à ganância incontrolável, vai-se passando por cima de valores imperecíveis, como a honestidade, a seriedade, a honradez, a ética, a correção de conduta enfim, construindo, por exemplo, edifícios sem condições elementares de solidez, seja porque o material neles empregado é de qualidade inferior à cobrada dos adquirentes das unidades autônomas, seja porque a sua quantidade é inferior à mínima exigida por padrões técnicos de segurança, mas que, assim aplicados, por sua vez, proporcionam maiores lucros.

É o egoísmo também que faz com que o pão de 50 gramas nem sempre tenha o mínimo de 50 gramas, não obstante seja vendido como se esse fosse o peso; é o egoísmo, por igual, que faz com que laboratórios tantas vezes vendam antibióticos em embalagem que contém oito comprimidos, quando se sabe que a tomada mínima diária é de dois comprimidos, durante cinco dias pelo menos, obrigando o usuário a comprar mais de uma caixa, mesmo que tenha que jogar fora a sobra, procedimento que, como é evidente, gera lucros maiores.

Não se tem levado em consideração, nesses casos, as conseqüências que daí decorram, mesmo que provoquem a morte do corpo físico dos outros, que são, a rigor, seus irmãos, uma vez que Deus é o Pai Celestial de todos nós.

São inúmeros os exemplos que estão a demonstrar, de modo inequívoco, a conduta egoísta do ser humano na face da Terra, esse planeta de provas e expiações e, portanto, de categoria inferior no Universo.

É necessário, pois, que cada um de nós possa vencer-se a si mesmo, combatendo e preferencialmente eliminando o egoísmo que insiste em prevalecer em nossos pensamentos e em nossas atitudes, na certeza de que ele é o causador de todas as misérias do mundo terreno, porque é a negação da caridade e, por conseqüência, o maior obstáculo à felicidade dos homens.

Com efeito, cumpre não perder de vista que "Os homens, quando se houverem despojado do egoísmo que os domina, viverão como irmãos, sem se fazerem mal algum, auxiliando-se reciprocamente, impelidos pelo sentimento mútuo da solidariedade. Então, o forte será o amparo e não o opressor do fraco e não mais serão vistos homens a quem falte o indispensável, porque todos praticarão a lei de justiça.", assim como convém não esquecer que "O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for predominando sobre a vida material" (trechos encontráveis nas respostas dadas às questões números 916 e 917 de "O Livro dos Espíritos", a obra basilar do Espiritismo, 75ª edição, FEB, 1994, página 420).

Sendo assim, empenhemo-nos por substituir, com determinação e vontade, com urgência e enquanto estamos a caminho, o egoísmo pela caridade, que, na inspirada definição do apóstolo Paulo de Tarso, "é o amor em ação"

(Jornal Mundo Espírita de Março de 1998)


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Offline Victor Passos

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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #1 em: 05 de Fevereiro de 2011, 20:04 »
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Ola Amiga Katia
Muita paz


Egoísmo


          Herança evidente de nossa antiga animalidade, por toda a parte, ainda vemos o egoísmo a repontar em toda extensão do mundo...

          O egoísmo!...
          Em família, é o exclusivismo do sangue.
          No lar, é o narcisismo doméstico.
          Na oficina de trabalho, é o despeito.
          Na propriedade transitória, é a ambição de posse desnecessária.
          Na cultura da inteligência, é a vaidade intelectual.
          Na ignorância, é a agressividade.
          Na riqueza amoedada, é o espírito de usura.
          Na pobreza, é a inveja destrutiva.
          Na madureza, é o azedume.
          Na mocidade, é a ingratidão.
          No ateísmo, é a impiedade.
          Na fé religiosa, é a intolerância.
          Na alegria, é o excesso.
          Na tristeza, é o isolamento.
          Nos fortes, é a tirania.
          Nos fracos, é a astúcia.
          Na afetividade, é o ciúme.
          Na dor, é o desespero.

          No mimetismo que lhe é próprio, usa em todos os setores as mais diversas máscaras e qual o joio que abafa o trigo, comparece igualmente nos corações que a luz já felicite, em forma de cólera e irritação, desânimo e secura...

          Se desejamos dar combate à praga do egoísmo na gleba da alma, saibamos estender, cada dia, as nossas disposições de mais amplo serviço ao próximo, e, aprendendo a ceder de nós mesmos, entre a humildade e o sacrifício, no bem de todos, conquistaremos com o Cristo a plenitude do amor que lhe converteu a própria cruz em ressurreição para a Vida Eterna.

 Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

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Offline MAROCHA

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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #2 em: 05 de Fevereiro de 2011, 22:50 »
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                        Olá amigos!

      O egoísmo é decorrente da nossa egolatria.

      Achamos que somos o centro do universo.


      Acrescento aqui pensamentos de Schopenhauer.
 
           O Homem - Um Ser Egoísta

O motor principal e fundamental no homem, bem como nos animais, é o egoísmo, ou seja, o impulso à existência e ao bem-estar. [...]
Na verdade, tanto nos animais quanto nos seres humanos, o egoísmo chega a ser idêntico, pois em ambos une-se perfeitamente ao seu âmago e à sua essência.
 
Desse modo, todas as acções dos homens e dos animais surgem, em regra, do egoísmo, e a ele também se atribui sempre a tentativa de explicar uma determinada acção.
Nas suas acções baseia-se também, em geral, o cálculo de todos os meios pelos quais procura-se dirigir os seres humanos a um objectivo.
Por natureza, o egoísmo é ilimitado: o homem quer conservar a sua existência utilizando qualquer meio ao seu alcance, quer ficar totalmente livre das dores que também incluem a falta e a privação, quer a maior quantidade possível de bem-estar e todo o prazer de que for capaz, e chega até mesmo a tentar desenvolver em si mesmo, quando possível, novas capacidades de deleite.
Tudo o que se opõe ao ímpeto do seu egoísmo provoca o seu mau humor, a sua ira e o seu ódio: ele tentará aniquilá-lo como a um inimigo.
Quer possivelmente desfrutar de tudo e possuir tudo; mas, como isso é impossível, quer, pelo menos, dominar tudo:
 "Tudo para mim e nada para os outros" é o seu lema.
 O egoísmo é gigantesco: ele rege o mundo.

Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Insultar"


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Offline MAROCHA

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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #3 em: 05 de Fevereiro de 2011, 23:05 »
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Os pensamentos de Fernando Pessoa também são interessantes a cerca do Egoísmo.


Egoísmo Relativo

Por mim, o meu egoísmo é a superfície da minha dedicação. O meu espírito vive constantemente no estudo e no cuidado da Verdade, e no escrúpulo de deixar, quando eu despir a veste que me liga a este mundo, uma obra que sirva o progresso e o bem da Humanidade.
Reconheço que o sentido intelectual que esse Serviço da Humanidade toma em mim, em virtude do meu temperamento, me afasta, muitas vezes, das pequenas manifestações que em geral revelam o espírito humanitário.
Os actos de caridade, a dedicação por assim dizer quotidiana são cousas que raras vezes aparecem em mim, embora nada haja em mim que represente a negação delas.
Em todo o caso, reconheço, em justiça para comigo próprio, que não sou mais egoísta que a maioria dos indivíduos, e muito menos o sou que a maioria dos meus colegas nas artes e nas letras.
Pareço egoísta àqueles que, por um egoísmo absorvente, exigem a dedicação dos outros como um tributo.
Fernando Pessoa, in 'Notas Autobiográficas e de Autognose'


Nietszche achou um valor natural no  Egoísmo.


O Valor Natural do Egoísmo

O egoísmo vale o que valer fisiologicamente quem o pratica: pode ser muito valioso, e pode carecer de valor e ser desprezível.
E lícito submeter a exame todo o indivíduo para se determinar se representa a linha ascendente ou a linha descendente da vida.
Quando se conclui a apreciação sobre este ponto possui-se também um cânone para medir o valor que tem o seu egoísmo. Se se encontra na linha ascendente, então o valor do seu egoísmo é efectivamente extraordinário, — e por amor à vida no seu conjunto, que com ele progride, é lícito que seja mesmo levada ao extremo a preocupação por conservar, por criar o seu optimum de condições vitais.
O homem isolado, o «indivíduo», tal como o conceberam até hoje o povo e o filósofo, é, com efeito, um erro: nenhuma coisa existe por si, não é um átomo, um «elo da cadeia», não é algo simplesmente herdado do passado, — é sim a inteira e única linhagem do homem até chegar a ele mesmo...
Se representa a evolução descendente, a decadência, a degeneração crónica, a doença (— as doenças são já, de um modo geral, sintoma da decadência, não causas desta), então o seu valor é fraco, e manda a mais elementar justiça que ele subtraia o menos possível aos bem constituídos. Ele não é mais do que o parasita destes...


Friedrich Nietzsche, in "Crepúsculo dos Ídolos"


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Offline Victor Passos

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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #4 em: 06 de Fevereiro de 2011, 10:48 »
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Ola muita paz e harmonia
Bons Amigos


O egoísmo das nossas vidas

        Egoísmo é descrito como das mais terríveis enfermidades da alma e o maior obstáculo ao melhoramento social.

        É a persistência em nós desse individualismo feroz que caracteriza o animal, como vestígio do estado de inferioridade.

        Quase sempre, quando se menciona o egoísmo, nos vêm à mente os que acumulam grandes riquezas e a quem nada de material falta.

        São vistos em manchetes constantes, em viagens internacionais, festas elegantes, banquetes luxuosos, iates e aviões particulares.

        Ou então cogita-se das nações civilizadas, excessivamente ricas que tanto têm e não repartem com as nações pobres.

        Essa é a nossa visão. Mas, convenhamos, um tanto distorcida. Se pensarmos bem, acabaremos por descobrir que todos somos um pouco ou um tanto egoístas.

        Observemos no lar como funcionam as coisas. Levantamo-nos da mesa e não nos preocupamos em retirar o nosso prato e talheres, ou sequer recolocar a cadeira no lugar.

        Quando nos vamos servir, não pensamos em divisão, mas em encher e muito o nosso prato.

        Quando nos dispomos a assistir televisão, é tal o egoísmo que sequer cogitamos de combinar uma espécie de escala para que cada componente da família escolha, em um dia, a programação de sua eleição e juntos assistamos ora um, ora outro programa, a todos satisfazendo.

        Nosso egoísmo é tamanho que preferimos logo ter uma televisão para cada um, em seu próprio quarto, para nunca ter que ceder ou deixar de ter atendida a sua vontade.

        Quando andamos pelas ruas, em dias de chuva, somos tão egoístas que, mesmo estando com o guarda-chuva, desejamos andar debaixo das marquises, em vez de deixá-las para aqueles que foram apanhados desprevenidos pela intempérie.

        Quando tomamos o coletivo para os deslocamentos urbanos, nosso egoísmo é tão grande que nem olhamos para o lado, a fim de não descobrirmos que alguém idoso, ou com criança ao colo ou deficiente, precisaria muito mais do que nós do assento em que nos acomodamos.

        E pensamos tanto em nós mesmos, que nem esperamos que os passageiros desçam do ônibus e já vamos entrando, empurrando.

        Que importa se os demais precisam sair? Nós desejamos entrar e logo, às pressas, para conseguirmos um lugar para sentar.

        No ambiente de trabalho, fala alto também o egoísmo. Quando alguém nos deve substituir durante um período de férias, preferimos não ensinar tudo ao substituto, para que ele, por sua dedicação e competência, não venha a suplantar-nos e nós acabemos sobrando.

        Em  matéria religiosa, não somos diferentes. Cada qual deseja ter a exclusividade da verdade, do conhecimento e merecer, por isso, o reino dos céus.

        Quantos nos afirmamos os exclusivos filhos de Deus, esquecidos de que Deus é um só. O único Criador. De todos. De tudo. E com o mesmo amor que nos ama, ama a todos os demais.

*   *   *

        Aquele que não simplesmente aproveita o trabalho já encetado por outros mas, ao contrário, sabe cooperar, espalha ao redor de si tudo que tem de bom e se sente mais feliz.

        Está consciente de ser um membro útil à sociedade. Interessa-lhe tudo o que se realiza no mundo, tudo o que é grande e belo sensibiliza-o e comove.

        Sua alma vibra em harmonia com todos os Espíritos esclarecidos e generosos e em pé, como campeão ou como soldado, está pronto a participar de todos os grandes trabalhos, a penetrar em novos caminhos, a fecundar o patrimônio comum da Humanidade.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
XLVI do livro Depois da morte, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 02.01.2009.


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Offline katiatog

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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #5 em: 06 de Fevereiro de 2011, 13:13 »
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Queridos amigos Víctor Passos e Marocha


Parabéns pelas belas contribuições que muito enriqueceram esse tópico!

O egoísmo é a raíz de todos os males da Humanidade. Dele resulta todos os vícios com o consequente sofrimento do ser humano. A Terra só poderá evoluir para um mundo de reparação quando esse sentimento for extirpado e substituído pelo amor e pelo desapego aos bens materiais.

Abraços carinhosos da Katia


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Offline katiatog

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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #6 em: 06 de Fevereiro de 2011, 13:19 »
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Bom dia, queridos amigos!


O egoísmo


José Argemiro da Silveira


“A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes ordens: Não vos desvieis para a estrada das nações, e não entreis em cidade samaritana; mas ide antes continuamente às ovelhas perdidas da casa de Israel” - Mateus, cap. 10, vs. 5 e 6

Chama a atenção o fato de Jesus recomendar aos discípulos “não pegarem a estrada das nações”, em outras versões consta a instrução “para não irem aos gentios”. Acrescenta - “não entreis em cidade samaritana”. Por que a preferência para “as ovelhas perdidas da casa de Israel?” Há quem entenda que Israel era o povo escolhido e por isso tinha a preferência. Mas se Jesus, em outra parte do evangelho afirma que “das ovelhas que o Pai Lhe confiou nenhuma se perderá”, e sabemos que essas “ovelhas” são a humanidade inteira; e ainda Ele prevê que haverá “um só rebanho e um só pastor”, como entender o texto citado de início?

Certamente, no início da tarefa dos apóstolos eles ainda não estavam preparados para divulgar os ensinos em outras nações, onde, por certo, as dificuldades seriam maiores. Era necessário um preparo, um treinamento, e para isso era preciso começar “pelas ovelhas perdidas da casa de Israel”, ou seja, em suas próprias cidades, onde havia melhores possibilidades de êxito. Mais tarde, Jesus chama Paulo de Tarso, na estrada de Damasco. Paulo recebe a tarefa de ir aos gentios, tarefa difícil, mas ele estava preparado. Conhecia bem a Lei, sabia falar vários idiomas, estava preparado para a missão.

Isto nos leva a refletir que, para realizar tarefas importantes, precisamos nos preparar devidamente, Se não estamos em condições de realizar trabalhos de maior vulto, devemos realizar os encargos menores, mais compatíveis com nossas possibilidades, enquanto vamos nos exercitando para, um dia, desenvolver trabalhos de mais significado. Se estou com minha caneca vazia, não consigo dar de beber ao meu próximo. Se ainda não consegui certo equilíbrio, harmonia interior, convicção no que creio e falo, como passar uma mensagem de esperança, de confiança e de bom ânimo ao meu semelhante? As pessoas demonstram dificuldades para os trabalhos pequenos, os chamados “servicinhos”, e que são muito importantes. E todos temos uma tarefa importante, difícil, que é vencer a nós mesmos. Nossas paixões inferiores, o melindre, a dificuldade de relacionamento, o orgulho, o egoísmo. Na verdade, nossa tarefa mais importante, e mais difícil, é nossa própria transformação para melhor. Mudar a nós mesmos, afeiçoando-nos aos ensinos que já aceitamos teoricamente, esse o trabalho difícil. Primeiro requer humildade para reconhecer que precisamos mudar. Se o doente não se reconhece como tal, não procura o médico. Conseqüente, não se trata, e a enfermidade não é debelada. Ensinamento muito claro do Espiritismo é este: Todos necessitamos de evolução espiritual, subir os degraus da escada do progresso. Estamos num mundo pouco evoluído, e somos Espíritos que estamos muito longe dos patamares mais elevados da escala espiritual. Entretanto, mesmo com a clareza dos ensinamentos, muitos, ao que parece, se julgam sábios e bons, senão perfeitos, pelo menos quase. Ouvíamos há poucos dias uma irmã, espírita, que conhece a Doutrina, mas não participa de nenhum grupo de trabalho, não freqüenta centro espírita, porque os dirigentes, os expositores, os que militam na Doutrina, no entender dela, não estão em condições de divulgarem os ensinamentos, A pessoa exige perfeição dos outros, mas não reflete que ela também carrega imperfeições. Se quero chegar a um determinado ponto de uma cidade que não conheço, e se peço informação a alguém, por telefone, para que ela possa me orientar, necessito dizer a ela onde me encontro. Se eu não sei onde estou, fica difícil o outro me ensinar o caminho. Se não reconheço minhas necessidades evolutivas, fica difícil realizar mudanças no meu íntimo. A subida da escada evolutiva é difícil porque além de nossas limitações, da bagagem que trazemos do passado (o inconsciente?), recebemos as influências do meio em que atuamos, influências negativas porque a maioria também é pouco espiritualizada. Essa influência, como sabemos, vem não só dos companheiros de jornada terrena, mas também do plano espiritual. Para vencermos os leões do orgulho e do egoísmo temos que travar verdadeira batalha conosco mesmo. Certa feita alguém perguntou ao Francisco C. Xavier se ele temia alguma coisa e ele respondeu que sim. Temia os monstros que temos de vencer e que estão em nós mesmos: são as paixões inferiores. As tentações do mundo existem porque encontram ressonância em nós. Na pergunta 913 de O Livro dos Espíritos, Kardec indaga qual o vício mais radical, isto é, que tem mais raízes, e conseqüentemente mais difícil de ser erradicado. Resposta: o egoísmo. E como combater o egoísmo? Atacando os filhos dele, ou seja, a impaciência, o desejo de privilégios, o melindre, a intolerância, a dificuldade de aceitar as outras pessoas como são. Devemos entrar na fila como todos, sem disputar tratamentos especiais, não nos consideramos melhores, nem mais sábios do que os outros. “Saber que não sabemos”, conforme falou o sábio da antigüidade. Se sabemos um pouquinho, isto é quase nada face ao muito que ainda precisamos saber. Os instrutores espirituais ensinam que, para combater o egoísmo, devemos cultivar as virtudes opostas a ele, ou seja, o altruísmo, o desapego, a humildade, a tolerância. Aprendendo a amar estaremos combatendo o egoísmo. Necessário perseverança, continuidade do esforço, paulatinamente, como uma escada que se sobre degrau a degrau. Façamos como ensina Santo Agostinho: levantamentos diários, para verificar se estamos melhorando. Lembra André Luiz: “O dever do espírita é tornar-se progressivamente melhor. Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima. Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário” (Opinião Espírita, cap. 1)


(Jornal Verdade e Luz Nº 192 Janeiro de 2002)


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Offline Conforti

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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #7 em: 06 de Fevereiro de 2011, 16:28 »
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          Katiatog   (ref #0)
          Cito palavras do texto que a amiga colocou:
          "O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta”.
          Cel: minha amiga Kátia, e qual é a causa do egoísmo, considerado “chaga” e possuidor de tanto poder que consegue impedir o progresso moral da humanidade? O Criador, de conformidade com as doutrinas cristãs, com toda sua sabedoria e poder infinitamente maior que o do egoísmo, permite que essa “chaga” exista!
          É o ato da criação que faz o homem egoísta ou ele se torna egoísta, pelo desejo de ser egoísta? Ou, então, a vida é que o faz egoísta? Se é a criação, ou a escola da vida que o faz egoísta, evidentemente nenhuma responsabilidade lhe cabe por ser egoísta. Como do egoísmo e orgulho se originam todos os males e sofrimentos do mundo, a mesma pergunta se aplica a todos eles: o homem se faz, ele próprio, portador de defeitos morais? O homem, você, eu, somos nós que nos fazemos o que somos, ou é a vida que faz, a cada instante, o que somos a cada instante?
          Cito o texto:
          “Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos”.
          Cel: amiga, será que o autor do texto tem certeza que as demais crenças estão excluídas dessa tarefa? Conhecerá ele <todas> as crenças e religiões do planeta, e suas divisões, cujo número pode chegar a, talvez, centenas? Não estará sendo preconceituoso?
          Texto:
          “O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem”.
          Cel: e quais são essas armas? Essas palavras constituem, apenas, um belo conselho pois, basta dizer que devemos vencer o orgulho e egoísmo que trazemos conosco e estarão vencidos? Como é que o egoísta fará para deixar de ser egoísta? Basta querer? Se por sua natureza o egoísta sempre deseja o melhor para si, como mudar aquilo que lhe é natural, isto é, como mudar sua natureza egoísta em natureza nã-egoísta? Como ele mudará sua natureza de modo que, em vez de desejar sempre para si mesmo o melhor, passe a desejar  “menos” do que o melhor? Como é que aquele que sempre deseja o melhor para si, porque é egoísta, desejará o melhor para outrem?
          Texto:
          “Com efeito, o orgulho e, um de seus filhos, o egoísmo continuam sendo as maiores chagas da Humanidade”.
          Cel: e de onde vem o orgulho? Como o homem o adquire? No princípio, são todos perfeitamente iguais sob todos os aspectos e essa igualdade perfeita é destruída e se torna desigualdade gigantesca. Se o homem já não traz o orgulho em sua bagagem ao ser criado, é evidente que a vida é que o faz orgulhoso. Não fosse assim, o que o torna orgulhoso? Qual é o “ingrediente”, o fator que desfaz, sempre, essa igualdade inicial? Sempre o livre-arbítrio é a resposta a essa pergunta. No entanto, se são iguais sob todos os aspectos, a vontade, a escolha, o uso do livre-arbítrio são, sem dúvida, iguais, concorda? Se homens/espíritos fazem escolhas desiguais é porque eles mesmos não são iguais entre si, concorda? Todos tentam explicar a presença do sofrimento sobre a Terra, como sendo resultante do uso mal do livre-arbítrio, mas ninguém consegue explicar essa questão de modo satisfatório. Não será o livre-arbítrio apenas uma tentativa de explicar o inexplicável sofrimento da humanidade? (Inexplicável pela visão das religiões populares).
          Perdoe as perguntas; a intenção é fazer refletir para melhor compreender.
          Bom domingo.


« Última modificação: 06 de Fevereiro de 2011, 16:36 by Coronel »
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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #8 em: 06 de Fevereiro de 2011, 17:11 »
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Ola muita paz

Nas Obras Postumas tem bem explicitito egoismo;

Egoísmo e Orgulho: Causas, Efeitos e Meios de Destruí-los

É fato reconhecido que a maior parte das misérias da vida provém do egoísmo dos homens. Desde que cada um só pensa em si sem pensar nos outros e ainda só quer a satisfação dos próprios desejos, é natural que a procure a todo preço, sacrificando embora os interesses de outrem, quer nas pequenas, quer nas maiores coisas, tanto na ordem moral, como na material. Daí todo o antagonismo social, todas as lutas, conflitos e misérias, visto como cada um quer pôr o pé adiante dos outros.

O egoísmo tem origem no orgulho. A supremacia da própria individualidade arrasta o homem a considerar-se acima dos demais. Julgando-se com direitos preferenciais, molesta-se por tudo o que, em seu entender, o prejudica. Naturalmente a importância que, por orgulho, se atribui, o torna naturalmente egoísta.

O egoísmo e o orgulho têm origem num sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os instintos têm razão de ser e utilidade, pois que Deus não faz coisa inútil. Deus não criou o mal; é o homem que o produz por abuso dos dons divinos, em virtude do livre-arbítrio.

Este sentimento contido em justos limites é bom em si; a sua exageração é que o torna mau e pernicioso. O mesmo acontece às paixões, que o homem desvia do seu fim providencial. Deus não criou o homem egoísta e orgulhoso, mas simples e ignorante; foi o homem que, ao malversar o instinto, que Deus lhe deu para a própria conservação, se tornou egoísta e orgulhoso.

Os homens não podem ser felizes enquanto não viverem em paz, isto é, enquanto não forem animados pelos sentimentos de benevolência, indulgência e condescendência recíprocas e enquanto procurarem esmagar uns aos outros. A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e deveres sociais, mas reclamam abnegação. Ora a abnegação é incompatível com o egoísmo e com o orgulho; logo, com estes vícios não pode haver verdadeira fraternidade e, em conseqüência, igualdade e liberdade; porque o egoísta e o orgulhoso tudo querem para si. Serão sempre eles os vermes roedores de todas as instituições progressistas e, enquanto reinarem, os mais generosos sistemas sociais, os mais sabiamente combinados, cairão aos golpes deles.

Faz gosto ver proclamar o reino da fraternidade; mas de que serve, se vai de par com uma cauda de destruição? É construir na areia; é o mesmo que procurar um país insalubre para restabelecer a saúde. Para ali, se quiserem garantir os habitantes, não basta enviar médicos, que morrerão como outros; é preciso mandar os meios de estudar as causas de insalubridade.

Se quiserdes que os homens vivam como irmãos, na Terra, não basta dar-lhes lições de moral; é preciso destruir a causa do antagonismo existente e atacar a origem do mal: o orgulho e o egoísmo. É esta a chaga que deve merecer toda a atenção daqueles que desejam seriamente o bem da humanidade. Enquanto subsistir este obstáculo, estarão paralisados os seus esforços, não só pela resistência da inércia, como por uma força ativa, que trabalhará incessantemente para destruir o trabalho; porque toda idéia grande, generosa e emancipadora, arruina as pretensões pessoais.

Destruir o egoísmo e o orgulho é impossível, direis, porque esses vícios são inerentes à espécie humana.

Se assim fosse, impossível seria o progresso moral, ao passo que, quando considerarmos o homem em diversas épocas, reconhecemos à evidência um progresso incontestável; logo, se temos sempre progredido, em progresso continuaremos. Demais, não haverá, por ventura, algum homem limpo de orgulho e de egoísmo? Não há exemplos de uma pessoa dotada de natureza generosa, em quem o

sentimento do amor ao próximo, da humildade, do devotamento e da abnegação, parece inato? O número é inferior ao dos egoístas, bem o sabemos, e se assim não fora, estes não fariam a lei; mas não é tão reduzido, como pensam, e se parece menor é porque a virtude, sempre modesta, se oculta na sombra, ao passo que o orgulho se põe em evidência. Se pois o egoísmo e o orgulho fossem condições de vida, como a nutrição, então, sim, não haveria exceção.

O essencial portanto é fazer que a exceção passe a ser regra e para isso incumbe destruir as causas produtoras do mal. A principal é, evidentemente, a falsa idéia, que faz o homem da sua natureza, do seu passado e do seu futuro. Não sabe donde vem, julga-se mais do que é; não sabendo para onde vai, concentra todos os pensamentos na vida terrestre. Deseja viver o mais agradavelmente possível, procurando a realização de todas as satisfações, de todos os gozos. É por isso que investe contra o vizinho, se este lhe opõe obstáculo; então entende dever dominar, porque a igualdade daria aos outros o direito que ele quer só para si, a fraternidade lhe imporia sacrifícios em detrimento do próprio bem-estar, e a liberdade, deseja-a só para si, não concedendo a outrem senão o que não fira as prerrogativas. Se todos têm essas pretensões, hão de surgir perpétuos conflitos, que farão comprar bem caro o pouco gozo, que conseguem fruir.

Identifique-se o homem com a vida futura e a sua perspectiva mudará inteiramente, como acontece a quem sabe que pouco tempo deve estar em pouso ruim e que dele saindo alcançará um excelente lugar para o resto da vida.

A importância da presente vida, tão triste, tão curta e efêmera, desaparece diante do esplendor da vida futura infinita, que se abre à frente. A conseqüência natural e lógica desta certeza é o sacrifício voluntário do presente fugitivo a um futuro sem fim, ao passo que antes tudo era sacrificado ao presente. Desde que vida futura se torna o fim, que importa gozar mais ou menos nesta? Os interesses mundanos são acessórios, em vez de principais. Trabalha-se no presente, a fim de assegurar-se uma boa posição no futuro, sabendo quais as condições para alcançá-la. Em matéria de interesses mundanos, podem os homens opor obstáculos, que ocasionem a necessidade de combatê-los, o que gera o egoísmo. Se porém erguerem os olhos para onde a felicidade não pode ser perturbada por ninguém, nenhum interesse alheio precisa de ser debelado e, conseguintemente, não há razão de ser para o egoísmo, embora subsista o estimulante do orgulho.

A causa do orgulho está na crença, que o homem tem, da sua superioridade individual, e aqui se faz ainda sentir a influência da concentração do pensamento nas coisas da vida terrestre.

Obras postumas

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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #9 em: 06 de Fevereiro de 2011, 17:12 »
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Ola muita paz e harmonia

Obras Postumas;

O sentimento de personalidade arrasta o homem que nada vê diante de si, atrás de si ou acima de si; então o seu orgulho não conhece medidas.

A incredulidade, além de não ter meio para combater o orgulho, estimula-o e dá-lhe razão, pelo fato de negar a existência de um poder superior à humanidade. O incrédulo só crê em si; é, portanto, natural que tenha orgulho, não vendo nos contratempos que oferecem senão obra do acaso; ao passo que o crente vê a mão do Senhor naqueles contratempos e curva-se submisso, enquanto o outro se revolta.

Crer em Deus e na vida futura é pois a principal condição para quebrar o orgulho; mas não é a única. Conjuntamente com o futuro, é preciso ter em vista o passado, para poder fazer justa idéia do presente. Para que o orgulhoso cesse de crer em sua superioridade, é preciso provar-lhe que ele não é mais que os outros e que todos lhe são iguais, que a igualdade é um fato e não uma teoria filosófica. São verdades que derivam da preexistência da alma e da reencarnação.

Sem a preexistência da alma, o homem, que crê em Deus, é levado a acreditar que lhe deve singulares vantagens, e o que não crê é levado a atribui-los ao acaso e aos méritos próprios. A preexistência, dando-lhe a nocão da vida anterior da alma, ensina-o a distinguir a espiritual, infinita, da corporal, temporária. Ele chega por aí a compreender que as almas saem iguais das mãos do Criador, têm o mesmo ponto de partida e o mesmo fim, que todos atingirão em mais ou menos tempo, segundo os esforços empregados; que ele próprio não chegou ao ponto, em que se acha senão depois de ter longa e penosamente vegetado como os outros, nos planos inferiores; que não há entre os mais e os menos adiantados senão questão de tempo; que as vantagens do nascimento são puramente corporais e não afetam o Espírito; que o proletário pode, noutra existência, nascer em um trono e o mais poderoso vir como proletário.

Se ele não considerar senão a vida corporal, vê as desigualdades sociais e não as pode explicar; mas se lançar a vista para o prolongamento da vida espiritual, para o passado e o futuro, desde o ponto de partida até o terminal, todas aquelas desigualdades se lhe desfazem perante os olhos e reconhecerá que Deus não deu a nenhum de seus filhos vantagens que negasse a outros; que fez a partilha com a mais rigorosa igualdade, não preparando o caminho melhor para uns do que para outros; que o mais atrasado de hoje, dedicando-se à obra do seu aperfeiçoamento, pode ser amanhã mais adiantado; enfim, reconhece que, não se elevando ninguém a não ser pelos esforços pessoais, o princípio da igualdade tem o caráter de um princípio de justiça e de lei natural, diante das quais não prevalece o orgulho dos privilégios.

A reencarnação, provando que os Espíritos podem renascer em diferentes condições sociais, quer como expiação, quer como prova, faz-nos saber que muitas vezes tratamos desdenhosamente uma pessoa, que foi noutra existência nosso superior ou igual, amigo ou parente. Se o soubéssemos, trata-lo-íamos com atenção, mas neste caso não haveria nenhum mérito; e se soubéssemos, que o amigo de hoje fora antes um inimigo, um servo, um escravo, não o repeliríamos? Deus não quis que fosse assim e por isso lançou um véu sobre o passado para que em todos víssemos irmãos e iguais, como é mister para estabelecer-se a fraternidade; sabendo que poderemos ser tratados como houvermos tratado os outros, firmaremos o princípio de caridade como dever e necessidade, fundados nas leis da natureza.
Jesus estabeleceu os princípios da caridade, da igualdade e da fraternidade, dos quais fez condições indispensáveis para a salvação; mas ao Espiritismo ficou reservada a terceira manifestação da vontade de Deus, pelo conhecimento da vida espiritual, pelos horizontes novos que descortina e pelas leis, que revela, como sanção daquele princípio, provando que não é somente uma doutrina moral, mas uma lei natural, que está no interesse dos homens cultivar e praticar. Ora, eles hão de praticá-la desde que deixarem de ver no presente o princípio e o fim, desde que compreenderem a solidariedade, que existe entre o presente, o passado e o futuro.

No infinito campo, que o Espiritismo lhes põe aos olhos, a sua importância pessoal anula-se, porque compreendem que, sós nada valem e nada podem, que todos precisamos uns dos outros não sendo nenhum mais que outro; duplo golpe desfechado contra o orgulho e o egoísmo.

Para isso, porém, é preciso terem fé, sem a qual ficarão detidos dentro do círculo do presente, mas não a fé cega, que foge da luz, que acanha as idéias e portanto alimenta o egoísmo, mas sim a fé inteligente, racional, que pede a luz e não as trevas, que rasga, ousadamente, o véu dos mistérios e alarga os horizontes. Essa fé, elemento essencial de todo progresso, é a que o Espiritismo proclama: fé robusta, porque se firma na experiência e nos fatos, dá as provas palpáveis da imortalidade e nos ensina de onde ela vem, para onde vai e porque está na Terra e, finalmente, fixa as nossas idéias a respeito do futuro.

Uma vez encaminhados por esta larga via, não daremos mais ao orgulho e ao egoísmo o pasto, que os alimenta, resultando daí o seu aniquilamento progressivo e a modificação de todos os laços sociais pela caridade e pela fraternidade bem compreendidas. Pode dar-se essa modificação de chofre? Não, isso é impossível, pois nada vai de um salto em a natureza; a saúde não volta subitamente; e entre a moléstia e a cura, há sempre a convalescença.

O homem não pode instantaneamente mudar de sentimentos e elevar os olhos da terra ao céu; o infinito deslumbra-o e confunde-o; precisa de tempo para assimilar as novas idéias.

O Espiritismo é, sem contestação, o elemento mais potente de moralização, porque alui os fundamentos do egoísmo e do orgulho, dando sólido fundamento à moral; faz milagres de conversão. Não são ainda, é certo, senão curas individuais e, quase sempre, parciais; mas o que ele produz nos indivíduos é prenúncio do que produzirá um dia nas massas populares. Não pode, de uma vez, arrancar toda a erva daninha; mas dá a fé, que é boa semente e que não precisa senão de tempo para germinar e frutificar. Eis porque ainda não são todos perfeitos. Ele encontrou o homem no meio da vida, no ardor das paixões, na força dos preconceitos, e se em tais condições tem operado prodígios, como não operará quando o tomar no berço, virgem de todas as impressões maléficas, quando lhe der, com o leite, a caridade, e o acalentar com a fraternidade, quando, enfim, uma geração inteira vier alimentada por idéias que a razão fortificará em vez de debilitar?(76) Sob o império dessas idéias, que serão mandamentos de fé racional para todos, o progresso, limpando a estrada de egoísmo e orgulho, penetrará nas instituições que se reformarão a si mesmas, e a humanidade caminhará rapidamente para os destinos que lhe são prometidos na terra, enquanto não chega a hora de alcançar o céu.

(76) Desde O Livro dos Espíritos Kardec insiste nessa tese da educação como instrumento básico de transformação do mundo. Felizmente a Educação Espírita já surgiu no Brasil e vem se desenvolvendo de maneira auspiciosa através de uma rede escolar que vai do grau pré-primário ao grau superior de ensino. No final de 1970 (Ano Internacional da Educação decretado pela UNESCO, órgão cultural da ONU, e Ano Nacional da Educação decretado pelo Governo Brasileiro) foi lançada em São Paulo a revista Educação Espírita, primeira revista pedagógica do Espiritismo no mundo. Lançamento da Edicel, essa publicação especializada abriu uma nova frente na batalha da cultura, iniciando a elaboração da Pedagogia Espírita. Dessa elaboração depende o que Kardec prevê para o futuro: uma geração inteira educada e fortalecida pelos princípios racionais do Espiritismo. (N. do Rev.)

Muita Paz

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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #10 em: 06 de Fevereiro de 2011, 17:26 »
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Boa tarde, amigo Coronel


O texto que você refere é extraído do capítulo 11 do ESE.

Penso que o egoísmo e o orulho é o resultado de nossa imperfeição espiritual. Deus criou o Homem simples e ignorante para que pudesse, através de seu livre-arbítrio e no contato com outros encarnados, ter a oportunidade de evoluir moral e intelectualmente, ajudando o seu próximo e praticando o bem. Só que muitas vezes escolhemos o mal e como consequência colhemos a dor e o sofrimento.

O nosso planeta é um mundo de provas e expiações onde, devido à predominância da matéria, estamos sujeitos à todo o tipo de dor e sofrimento. Não fomos criados para sofrer eternamente, aprendendo e exercitanto a lei do Amor vivida e exemplicada por Cristo deixaremos de ser espíritos imperfeitos.

É claro que o caminho da evolução para a maioria de nós é lento. A evolução espiritual não ocorre aos saltos. Em cada encarnação vamos nos livrando de certos defeitos e adquirindo novas virtudes.

Creio também que toda religião que respeite Deus leva a alma encarnada a evoluir, pois religião é uma questão de afinidade e cada um se identifica e se realiza com uma ou até várias. No texto não se poderia dizer diferente, pois foi escrito por um espírito e com a missão de orientação para a Doutrina espírita.

Amigo, não precisa se desculpar, gostei muito dos seus questionamentos, realmente eles nos fazem refletir.

Ótimo domingo e que Deus o abençoe

Abraços afetuosos da Katia


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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #11 em: 06 de Fevereiro de 2011, 17:33 »
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Bons dias a todos!
Cá estamos a falar sobre essas "chagas" e não nos cansamos de colocar textos e pensamentos de outrem...
Digo: ainda bem que assim fazemos. Á gua mole em pedra dura...  Entendo que a cada "lida" desses e de outros textos, compreendemos mais um tantinho, nos atualizando sempre. É mais que óbvio que o passo é lento? Não creio nisso. O passo é de acordo com cada um de nós, nem lento nem rápido, nem tampouco mais ou menos. É individual, pessoal. Daí a Doutrina nos mostrar que não há nada de estranho ser orgulhoso, egoísta, que faz parte da lei de conservação,é instintivo. O que "pega" é o abuso que se faz disso e de qqr outra coisa.
Abraços
pati

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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #12 em: 06 de Fevereiro de 2011, 17:56 »
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Boa tarde,

Os textos nos levam à reflexão e a reforma íntima,  como o nome já diz é totalmente individual, interna, as referências externas podem servir de exemplo, mas não nos modificam se continuarmos apenas achando como algo inatingível ou longe de ser alcançado, porque nos percebemos imperfeitos.

Cada um a seu tempo na elevação de sua consciência.
Busquem a fé em Deus e em si mesmo. Isso não é egoísmo, é auto-conhecimento que se faz urgente. A ajuda ao próximo é salutar, ninguém está aqui condenando, mas tem que ser incondicional, estabelecer qualquer retorno é o que se chama egoísmo, é o que causa as desavenças, mágoas e orgulho ferido, sem falar das verdades criadas a partir de uma ótica exclusiva que nos faz cair em erro e não sermos justos.

A ampliação da consciência nos faz ver a realidade como um todo e não com uma interpretação exclusiva.

Um abço
Hebe







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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #13 em: 06 de Fevereiro de 2011, 18:34 »
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Ola muita paz e harmonia

Citar
Então, ao inves de postar e repostar textos bonitinhos que mostram apenas opiniões pessoais de um ou outro escritor e que a nada levam, porque não começar a trabalhar interiormente para extirpar este mal de dentro de nos mesmos?


Bom Amigo Anton

  Todas as asservativas que se apoiam na realidade da vida e que se possam transportar para o quotidiano são sempre asservativas validas.
   Se os companheiros colocam varios textos de outrem  ou deles mesmos devemos acima de tudo tirar-lhes o ensinamento ou fazer a reflexão necessário de aprendizado...respeitando a ideia e a presença de cada um,
 Todos somos egoistas e orgulhosos, nisso não tenho duvida, dai a estarmos num plano onde temos muito que trabalhar para o nosso crescimento, porém a não é hostilizando que se retira a mascara do orgulho e egoismo.
   Concorde-se ou não devemos respeito uns aos outros e só será valida a nossa ideia quando com bom senso soubermos respeitar o proximo.

   É natural que em todas as Filosofias sabendo o estado comportamental dos Seres se bata constatemente nas chaves que podem resolver muito do que aniquila o amor e ..o orgulho...egoismo e ignorância espiritual estão dentro deles, não somos perfeitos , mas devemos sempre lembrar de forma a que tomemos consciencia da responsabilidade de cada ato que cometemos.

Abraço fraterno bom Amigo
Fica com Deus

Victor Passos

« Última modificação: 07 de Fevereiro de 2011, 10:04 by Victor Passos »
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Re: Considerações sobre o egoísmo
« Responder #14 em: 06 de Fevereiro de 2011, 19:53 »
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          Amiga Katia   (ref #10)
          Cito suas palavras:
          “Penso que o egoísmo e o orgulho são o resultado de nossa imperfeição espiritual. Deus criou o Homem simples e ignorante para que pudesse, através de seu livre-arbítrio e no contato com outros encarnados, ter a oportunidade de evoluir moral e intelectualmente, ajudando o seu próximo e praticando o bem. Só que muitas vezes escolhemos o mal e como conseqüência colhemos a dor e o sofrimento”.
          Cel: é verdade, Kátia, muitas vezes escolhemos o mal e podemos colher sofrimentos, embora nem sempre, pois que não somos responsáveis por nossas escolhas erradas; colhemos o mal porque os danos que provocamos podem atingir a nós mesmos; não há outro motivo. As escolhas acertadas/boas ou erradas/más são apenas resultado de nossa maior ou menor compreensão das coisas do mundo e de Deus.
          Você falou de “nossa imperfeição espiritual”. O que será isso? De onde nos veio se, pela doutrina, não existe retrocesso moral? Dentro dessa visão, de que sofremos por sermos imperfeitos e de que não há regressão moral, então fomos por Deus criados imperfeitos. E nada de estranho existe nessa concepção de que, se somos criados simples, ignorantes e imperfeitos, temos de, obrigatoriamente, inquestionavelmente, sofrer para nos aperfeiçoar? E quantos e tantos sofrimentos terríveis, vemos no mundo!
          Cito a amiga Kátia:
          “O nosso planeta é um mundo de provas e expiações onde, devido à predominância da matéria, estamos sujeitos a todo o tipo de dor e sofrimento. Não fomos criados para sofrer eternamente, aprendendo e exercitando a lei do Amor vivida e exemplificada por Cristo deixaremos de ser espíritos imperfeitos”.
          Cel: também isso é uma verdade; apenas gostaria de que a nova amiga, se quiser, me dissesse qual o significado de “mundo de provas e expiações”; do mesmo modo, o que são “penalidades expiatórias” e castigos (muitas vezes implicando em sofrimentos terríveis, torturantes e insuportáveis que muitos, por não os suportarem, abandonam a vida do plano físico). Conforme as doutrinas, o Criador de infinitos amor e justiça dá, por toda a eternidade, sua permissão para que todos, sem exceção de ninguém, soframos, obrigatoriamente, tanto que, de antemão, criou leis e locais para a aplicação de castigos. Conforme palavras da amiga “não fomos criados para sofrer eternamente”; no entanto, fomos criados para sofrer, e obrigatoriamente, por tempos indeterminados, por encarnações inumeráveis que até, como diz a doutrina, as consideramos verdadeiras eternidades de sofrimentos e dores.
          Kátia:
          “É claro que o caminho da evolução para a maioria de nós é lento. A evolução espiritual não ocorre aos saltos. Em cada encarnação vamos nos livrando de certos defeitos e adquirindo novas virtudes”.
          Cel: minha amiga, e onde é que adquirimos esses defeitos? Já os temos desde a criação, ou nós mesmos, por nosso desejo, pelo livre-arbítrio, os impomos a nós? Ou é a vida, com todas suas numerosíssimas experiências, que os forja em nós? E porque o caminho para a evolução para alguns é mais lento? Porque essa desigualdade que implica e injustiça pois significa mais sofrimentos para uns do que para outros?
          Kátia:
          “Creio também que toda religião que respeite Deus leva a alma encarnada a evoluir, pois religião é uma questão de afinidade e cada um se identifica e se realiza com uma ou até várias”.
          Cel: você está totalmente certa: escolhemos, entre as religiões que conhecemos, aquela que mais se adapta às nossas concepções sobre a vida, a morte, a que tem mais respostas satisfatórias para nós. Mas, e as “outras” religiões ou mesmo linhas de pensamento? Veja que de todas as crenças e religiões, cada uma se diz a única certa; com isso, é evidente, está dizendo que as demais ou não são certas ou são menos certas, concorda? No entanto, só pode afirmar isso quem que conhece as demais religiões; se alguém, mesmo sem conhecer as demais, afirma que a sua religião é que é a certa, está sendo grandemente preconceituoso, e com prejuízo para si próprio pois, enquanto  há preconceitos, não poderemos dar um passo sequer na direção de Deus.

          Também desejo, a você e a seus queridos, ótimo domingo.



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Última mensagem 07 de Junho de 2012, 21:32
by Felipa

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