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Autor Tópico: CASAMENTO & DIVÓRCIO = FAMÍLIA  (Lida 10661 vezes)

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Offline Marianna

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CASAMENTO & DIVÓRCIO = FAMÍLIA
« em: 22 de Outubro de 2009, 17:01 »
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CASAMENTO & DIVÓRCIO = FAMÍLIA (NA VISÃO ESPÍRITA)

- 1. INTRODUÇÃO:

Casamento, conflito, desagregação familiar e divórcio são fatos marcantes em nossa convivência com os outros seres humanos. Nosso objetivo é refletir sobre esses temas, tendo por paradigma os postulados da Doutrina Espírita.

- 2. CONCEITO:

Casamento - do lat. medieval casamentu significa ato solene de união entre duas pessoas de sexos diferentes, capazes e habilitadas, com legitimação religiosa e/ou civil.

- Família - do lat. familia significa pessoas aparentadas, que vivem, em geral, na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os filhos.

- Divórcio - do lat. divortiu significa dissolução do vínculo matrimonial, ficando os divorciados livres para contrair novas núpcias.

- 3. HISTÓRICO:

O clã totêmico é apontado pelos antropólogos e cientistas sociais como o primeiro dos núcleos familiares que se tem notícia. Baseado no fato religioso, o totem assume misticamente, e não por consangüinidade, a descendência familiar.

O clã primitivo, indiferenciado, passa a ser diferenciado na família patriarcal agnática greco-romana. A "gens" romana, como o clã, é principalmente uma associação religiosa: os membros têm o mesmo culto, e em dias e lugares determinados praticam os mesmos ritos e sacrifícios. Na família patriarcal agnática, o pai e chefe religioso tem o direito de reconhecer e repudiar o recém-nascido, de repudiar a mulher, de casar o filho e a filha e de designar tutor à mulher e filhos, quando morre. Tudo o que pertence à mulher e ao filho, mesmo o fruto do seu trabalho, pertence ao pai.

A família patriarcal evolui para a família paternal. Pouco a pouco os cognatos adquiriram certos direitos. A mulher, por exemplo, obteve direitos de herança e a posse do seu dote. A família paternal, ou família germânica, derivaria diretamente da família maternal. Por isso conserva mais traços do comunismo primitivo do que a família patriarcal.

A família conjugal, mais próxima do tipo germânico que do romano, caracteriza a família atual. Na família patriarcal a comunidade subsiste, concentrada na pessoa do pai; a família é um todo onde as partes não têm individualidade própria. Na família conjugal, cada membro tem individualidade e esfera de ação próprias. A mulher os filhos podem ter bens. Os direitos paternos são limitados, e a lei prevê casos de perda do poder paterno.

Estudos históricos têm mostrado que a estrutura familiar não mudou tanto com a urbanização e industrialização como se supõe. O núcleo familiar é o prevalecente da era pré-industrial e continua como a unidade básica da organização social. A diferença entre a família moderna e as anteriores reside na forma de atendimento de algumas funções. Hoje , ao contrário da família agrária, existem diversas instituições especializadas para atender à demanda por novos serviços: produção econômica, educação, religião e recreação. A diferença está muito mais na forma do que na essência. (Cuvilier, s/d/p)

- A relação entre casamento e celibato pode ser resumida:

a) até a Segunda Guerra Mundial.

- O número de casamentos e a fecundidade estavam em declínio e o celibato em ascensão;
- Com o surgimento do fenômeno "baby boom", os casamentos e a fecundação sobem e o celibato cai.

b) entre 1961 e 1965 rompe-se esse modelo.

- Surgem a pílula anteconcepcional e os movimentos feministas;
- As pessoas começaram a se casar menos com o vínculo legal;
- Há um aumento considerável das mães solteiras.

- 4. LEI DE REPRODUÇÃO E CASAMENTO:

De acordo com os postulados espíritas, Deus criou os Espíritos simples e ignorantes; logo, há necessidade da reprodução de formas físicas, a fim de atingirem a perfeição. Como é impossível atualizar todas as virtudes em uma única encarnação, os Espíritos voltam ao plano da matéria quantas vezes forem necessárias. Poder-se-ia dizer que as diversas encarnações têm o objetivo de sublimar o instinto sexual. Quer dizer, todo o Espírito passa do mundo das formas físicas, onde predomina a natureza animal, para os estados de Espíritos superiores, onde predomina a natureza espiritual. (Kardec, 1995, perguntas 686 a 694)

O casamento revela um progresso na marcha da Humanidade, porque é regulamentação do instituto familiar. A união livre e fortuita dos sexos pertence ao estado de natureza. O casamento é um dos primeiros atos do progresso nas sociedades humanas porque estabelece a solidariedade fraterna e se encontra entre todos os povos, embora nas mais diversas condições. A abolição do casamento seria, portanto, o retorno à infância da humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de alguns animais, que lhe dão o exemplo das uniões constantes.

O celibato somente é meritório quando feito para o Bem, pois todo sacrifício pessoal, visando o Bem e sem segunda intenção egoísta, eleva o homem acima de sua condição material. (Kardec, 1995, perguntas 695 a 699)

- 5. DIVÓRCIO:

A separação dos cônjuges não deve ser facilitada, pois o regime monogâmico é o que melhor se presta para a evolução do ser encarnado. No casamento, o que é de Natureza Divina é a união dos sexos e a Lei do Amor para operar a renovação dos seres que morrem; mas as condições que regulam essa união são de ordem humana, sujeita aos costumes de cada povo.

O divórcio é uma lei humana que tem por fim separar legalmente o que está separado de fato; não é condenável perante Deus, pois, ele trata de legitimar o que já está separado, isto é, regular separações onde não há amor, mas somente a união dos sexos ou de interesses materiais. (Kardec, 1984, cap. XXII)

- 6. CONFLITOS FAMILIARES:

Em 1990, de acordo com os dados do I. B. G. E., havia, no Brasil, 38 milhões de famílias, com a média de 1,9 filhos, sendo que 18% das mulheres chefiavam os seus lares, com renda média de 0,5 a 5 salários mínimos. Os dados mostraram um aumento razoável do número de divórcios e de famílias unicelulares e uma queda acentuada do número de registros de casamentos, passando dos um milhão, em 1985 para os 777 mil, em 1990.

O que explica a queda do número de casamentos e o aumento do número de divórcios e famílias unicelulares? Na visão dos psicólogos, há inúmeras razões, entre as quais, citam a ascendência da mulher no mercado de trabalho. Até então o núcleo familiar tinha o homem como o centro das decisões. Com o aumento da renda, gerado pelo trabalho feminino, a ordem do pátrio poder desestrutura-se. Surgem, a partir daí, os diversos conflitos, os quais não resolvidos satisfatoriamente, implicaram em separações.

A crise do casamento não é só financeira. Lembremo-nos das dificuldades de relacionamento entre os membros de um lar. Quando as pessoas não conseguem comunicar os seus sentimentos, as suas aspirações e a sua maneira de ser há um vácuo de entendimento, levando, em muitos casos, à ruptura dessas relações. O princípio da ação também pesa muito. Quando esse princípio é fortemente apoiado em um único fator, a crise é mais acentuada. Observe aqueles que se casam somente pela atração física. Ao surgirem as responsabilidades naturais que a união encerra, fogem atemorizados. (Jornal da Tarde)

- 7. VISÃO ESPÍRITA DA DESAGREGAÇÃO FAMILIAR:

É no lar que, salvo raras exceções, as formas físicas são procriadas. A importância da família prende-se ao fato que é ali, no cadinho das quatro paredes, que o novo ser receberá apoio para a sua jornada terrena. Não basta apenas procriar; é preciso que a forma física, animada por um Espírito, receba a influência educativa dos seus progenitores, no sentido de avivar a fraternidade e a solidariedade. Não é sem razão que a maioria dos grandes pensadores definem a família com sendo a célula máter da sociedade

No que tange aos conflitos familiares, o Espiritismo fornece-nos meios para uma reflexão mais profunda. Em primeiro lugar, não podemos descartar os resgates familiares, pois a maioria dos casamentos ainda é, na atualidade, uma tentativa de solucionar problemas não resolvidas em outras encarnações. Em segundo lugar, como resgatar, se ao primeiro contratempo, dispersamo-nos com a separação? É por essa razão que o divórcio não deve ser facilitado, pois estaremos sempre desperdiçando uma excelente oportunidade de redenção e crescimento espiritual.

A desagregação familiar que as estatísticas mostram não é de estarrecer. Ela é fruto de uma mensagem eminentemente materialista, transmitida pelos vários níveis de comunicação de massa. Quando a indução ao consumismo, desde os produtos mais elementares até àqueles que incentivam as fantasias sexuais, é extremamente valorizada, o sentimento religioso, a fé, a esperança perdem terreno, diminuindo sensivelmente a nossa capacidade de suportar o sofrimento.

- 8. CONCLUSÃO:

Higienizemos o nosso reduto doméstico com o teor vibratório dos nossos pensamentos elevados. Não nos esqueçamos, porém, de pedir forças suplementares para vencermos galhardamente as dificuldades que se nos apresentarem.

Sérgio Biagi Gregório.

9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

CUVILLIER, A. Manual de Filosofia. Porto, Educação Nacional, s/d/p.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.
Jornal da Tarde, 06/03/94, p. 11.
 



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Offline Marianna

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Re: CASAMENTO & DIVÓRCIO = FAMÍLIA
« Responder #1 em: 24 de Outubro de 2009, 05:28 »
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“Não perturbeis o que Deus harmonizou”.

Tudo o que procede de Deus é imutável no mundo. Tudo o que procede do homem está sujeito a mudanças.

Todas as Leis Divinas permanecerão sem modificações, porque são eternas, enquanto as leis dos homens não o são, pois se transformam, alteram-se, à medida que o ser humano evolui. Assim, em cada lugar e, em diferentes épocas, essas leis sofreram, sofrem e sofrerão modificações, atendendo às novas necessidades. Os ensinamentos de Jesus nos trazem esses dois esclarecimentos, mas também nos dão a certeza de que, um dia, quando essas duas leis caminharem juntas, os homens serão felizes.

Entretanto, não podemos prescindir dessas leis, porque são elas que regulam o bem-viver; são elas que estabelecem os direitos e os deveres de cada um de nós em relação aos demais; são elas que permitem a convivência social, se não fraterna, pelo menos respeitosa; são elas que regulam os interesses familiais; e são elas, por fim, que tiram o homem do estado de selvageria para a civilidade. A lei civil é útil, necessária, mas variável, enquanto a de Deus é eterna e imutável.

Isso acontece, também, em relação à união dos seres, pois os homens interpretam as palavras de Jesus, segundo seus interesses e não segundo a Lei de Deus. Jesus nos ensinou que o sentimento mais elevado que o ser humano possui é o amor e, em cada experiência evolutiva que temos mais e mais se desenvolvem os valores morais que as conquistas espirituais proporcionam nesse processo.

Assim, é com o sentimento que une dois seres: lentamente, ele vai-se afastando dos interesses da matéria, que envolvem paixões de todas as espécies, onde apenas os sentidos o movem, para um sentimento verdadeiro que não une apenas corpos, mas também almas. Nenhuma lei civil, nem os compromissos que ela determina podem suprir a lei de Amor, que deve presidir uma união, seja ela qual for. Nenhuma lei humana obrigará as pessoas a se amarem, seja entre cônjuges, entre filhos e pais, seja entre aqueles que convivem em um grupo mais amplo.

Dessa forma, a afirmação de Jesus de “não separar o que Deus uniu” só terá sentido real se juntarmos a ela a idéia de que aquilo que se uniu à força, isto é, que não procurou a satisfação do coração através do amor verdadeiro, mas somente a do orgulho, da vaidade, da ganância, da posse, do ciúme, da carência afetiva, para se livrar da família, enfim de todos os interesses pessoais, de valores ilusórios, por si mesmo se separará.

É muito importante que tenhamos a coragem de nos perguntar e responder, com total honestidade de propósitos, quais são os valores que motivam nossas escolhas afetivas, porque quando o móvel dessas escolhas é outro que não o amor, não há como sustentar essa situação. Estabelecemos, dessa forma, necessidades emocionais, sem consciência e sem responsabilidade pelas perdas futuras, que trarão, mais adiante, frustrações, desilusões quando não situações desesperadoras que podem levar, até mesmo, a atitudes criminosas.

Assim, os compromissos conjugais ou domésticos que não atenderem os desígnios superiores, ou seja, a união pelo amor, serão corrigidos e restaurados pelos princípios que equilibram a lei divina no seu devido tempo.

Há mais de mil anos essas palavras do Cristo, como tantas outras, foram erroneamente interpretadas ou interpretadas de maneira a atender apenas a interesses econômicos, políticos, financeiros ou de poder, e tudo isso ainda está gravado em nós, como se não pudéssemos, sob hipótese de estar cometendo um crime perante Deus e a sociedade, dissolver uma união infeliz que traz sofrimento para todos os envolvidos. Assim é com o divórcio que separa legalmente o que já estava separado de fato.

A idéia de que aquilo que Deus uniu não se separa é porque somente o amor verdadeiro, o afeto real de alma para alma, sobrevive à destruição do corpo, e esses seres se procuram e se encontram no mundo dos Espíritos, fortalecendo esses laços.

Isso também acontece no que diz respeito às amizades. Se, de um lado, temos as amizades interesseiras que buscam uma aproximação para usufruir as vantagens que isso possa proporcionar em que não há afinidades, espontaneidade, cujo sentimento é superficial e sem qualquer vínculo afetivo, do outro lado, temos as amizades verdadeiras, que se fortalecem com as vidas sucessivas, e que, a cada oportunidade que se apresenta, procuram reunir-se, novamente, no corpo físico, a fim de trabalharem juntas e se fortalecerem no amor, alegrando-se umas com as outras pelo crescimento que cada uma dessas almas conquistou.

Uma visão bastante interessante e que deve ser alvo de nossa reflexão é a que Emmanuel traz em Caminho, Verdade e Vida.  O Instrutor Espiritual, referindo-se às palavras de Jesus: ...“Portanto, o que Deus juntou não o separe o homem”, alerta-nos para o fato de que a palavra divina não se refere apenas aos casos do coração, mas vai além. Corresponde, também, ao “não perturbeis o que Deus harmonizou”

Assim, por mais duro que seja o dever a cumprir, ele constitui sempre a vontade do Criador e, para isso contamos com a nossa consciência, sentinela vigilante de Deus, que permanece apta a discernir o que constitui obrigação moral e o que representa, apenas, fuga disfarçada desse compromisso.

“O Pai criou seres e reuniu-os. Criou igualmente situações e coisas, ajustando-as para o bem comum. Assim, quem desarmoniza as obras divinas deve preparar-se para a recomposição”. (2)

Na Terra, hoje, existem milhões de criaturas em serviço restaurador por haverem perturbado, com o mal, o que Ele estabelecera para o bem. “Às vezes, é possível perturbar-lhe as obras com sorrisos, mas seremos, invariavelmente, forçados a repará-las com suor e lágrimas”. (2)

Bibliografia:

(1) Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Lake, Capítulos 22 e 17, item 7.
(2) Emmanuel (Espírito). Caminho Verdade e Vida, [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. FEB Editora, 17 ed., Rio de Janeiro: RJ, Lição 164.
(3) Joanna de Ângelis (Espírito). Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, [psicografado por] Divaldo Pereira Franco. 1 ed., LEAL Ed., p. 163.



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Offline Telmaluz

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Re: CASAMENTO & DIVÓRCIO = FAMÍLIA
« Responder #2 em: 24 de Outubro de 2009, 19:02 »
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Meu casamento está apodrecido e este tópico está excelente para a fase terrível que estou passando.

Agardeço a grande idéia da amiga.


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Offline Marianna

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Re: CASAMENTO & DIVÓRCIO = FAMÍLIA
« Responder #3 em: 28 de Outubro de 2009, 00:52 »
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Oração Inicial:

Amigo Jesus, Irmão Maior e companheiro de todas as horas, Rogamos que a tua luz possa envolver a todos nossos corações, nestes momentos de estudo e reflexão. Muitas duvidas Mestre, nos vem, neste instante, relacionados a família, casamento, e uma busca da felicidade. Rogamos, assim, que possamos aproveitar estes momentos que passaremos juntos, e buscar o esclarecimento que esta doutrina de luz nos oferece. Que os amigos espirituais possa iluminar, de maneira especial, nossa irmã Regina, que fará o tema da noite, e que possamos iniciar, o estudo, dando Graças a Deus por este instante. Que assim seja!

Apresentação do Palestrante:

Regina de Agostini - A todos os companheiros novos meu nome é Regina De Agostini, e trabalho no Grupo Rita de Cássia de Estudos Espíritas, que tem suas atividades doutrinárias e de estudos no Leblon. É com muito prazer que estamos aqui para conversar a respeito da Doutrina Espírita que tanto amamos.

Considerações Iniciais do Palestrante:

Regina de Agostini - O tema de hoje, "A Visão Espírita do Divórcio" foi tratada por Kardec, em "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

Diz ele: "O divórcio é Lei humana que tem por objetivo separar legalmente o que já, de fato, está separado." Desta forma entendemos que a Doutrina Espírita não é contrária ao divórcio mas também entendemos que em momento algum estimula a esta prática. Entende a Doutrina Espírita que o casamento, a união entre dois seres é a oportunidade abençoada de desenvolvermos laços de afeto. Nem sempre as uniões, na Terra, buscam este objetivo, nem sempre se fazem nas bases de sentimentos, dificultando o relacionamento em bases conjugais.

Perguntas/Respostas:

- Cara Regina, como encarar o princípio "Não separeis o que Deus Uniu" nos colocado pelo próprio Jesus e utilizado durante tanto tempo para significar a bênção religiosa a um matrimônio? O Espiritismo adota esse princípio em algum momento para afirmar alguma união seja duradoura ou não, abençoando-a ou não? Como encara essa afirmação de Jesus?

Regina de Agostini -  O próprio Kardec no cap. XII de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", tratou desta afirmativa. No próprio diálogo narrado por Matheus, Jesus se reporta à dureza do vosso coração, como causa da separação entre marido e mulher. Deus une pelo amor. Quando existe o amor e a afeição não existe a separação. O Espiritismo é uma Doutrina de liberdade e responsabilidade, cada um de nós é livre para tomar as decisões que nos competem. No entanto, recolhemos em forma de bênçãos ou aflições o resultado de nossas próprias atitudes.

Dentro da questão do divórcio e das relações afetivas, gostamos de citar Emmanuel, um profundo conhecedor da alma humana, quando nos diz que "a Sabedoria Divina jamais institui princípios de violência, e o Espírito com quanto em muitas situações agrave os próprios débitos, dispõe da faculdade de interromper, recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho dos compromissos que abraça."

- Será que o divórcio pode ser parte do aprendizado que temos que viver, ou será que é uma "desistência" nos compromissos que assumimos perante a espiritualidade?

Regina de Agostini - Acreditamos que a maioria dos divórcios esteja na conta das desistências ou fugas que realizamos ao longo da nossa vida. A responsabilidade de cada um de nós é que muda em relação às situações que se apresentam. Muitas vezes os casamentos são desfeitos em concordância dos parceiros, digamos "Desistência a dois?", que não causa grandes perdas. Em outras situações, um dos parceiros pode se sentir bastante lesado nos seus sentimentos. Cada caso é diferente e, portanto, as responsabilidades também.

- O divórcio, muitas vezes, não é tão suave como descrito: "separar o que já é separado", mas acompanhado de muita carga de ódio, mágoa, ressentimento e dor. Seria em relação a esses casos que o espírito Emmanuel certa feita nos falou sobre "não arrebentar os nós que podemos desatar"? Como encarar esse princípio no caso de um divórcio que se aproxima?

Regina de Agostini -  É perfeita a fala do nosso querido Emmanuel, conquanto nem sempre sabemos agir no sentido de desatar e não romper. Acredito que este é um dos grandes aprendizados que precisamos realizar, agora que, racionalmente, entendemos o valor das ações pacificadoras nas nossas vidas. Veja bem que eu disse, racionalmente, viver isto é colocar este entendimento no sentimento.

Em relação às separações, Emmanuel nos fala que o melhor é que não sejamos nós aqueles que a busquemos, mas quando nosso parceiro quiser partir que nós o libertemos. O significado desta libertação é o trabalho interno de nossas almas no sentido de não acolhermos mágoas, ressentimentos, ódios. É um exercício que precisamos começar a realizar.

- Serão os filhos motivo para se manter uma união em que não existe amor? O espírita deveria continuar com o cônjuge pelo bem dos filhos, mesmo que não o ame mais?

Regina de Agostini -  De que amor estamos falando? Que tipo de amor temos buscado? Estamos falando de amor, ou romance eterno, ou sentimento de plenitude constante? Entendemos que a separação deve acontecer no momento em que o convívio entre os dois cônjuges esgotou todas as possibilidades e pode levar a um mal maior, neste caso é preferível a separação. Os filhos são sempre um motivo para se tentar, com boa vontade, resolver as situações delicadas que se apresentam dentro de um casamento de forma a dar-lhes segurança para seu desenvolvimento.

Em "O Evangelho Segundo o Espiritismo" encontramos os seguintes dizeres: "Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, afim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitissem aos filhos, e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir".

- Os casamentos realmente duradouros, como você descreveu como "laços de afeto", se perpetuam no mundo dos espíritos? Permanecemos "casados" depois que desencarnamos?

Regina de Agostini -  Os laços de afeto jamais se rompem. Quando amamos, permanecemos unidos, aonde quer que estejamos. Não sei o que você quer dizer com este casado depois de desencarnado, continuamos juntos, buscando sempre realizar este sentimento.

- Quanto ao princípio não separar o que Deus juntou, como podemos ver o amor neste principio?

Regina de Agostini -  Eu entendo que o que Deus juntou, juntou com amor, porque o amor é a essência do Universo. No momento em que aprendermos a amar INCONDICIONALMENTE, o que significa dizer não às nossas próprias necessidades, não haverá mais separação para nós.

- Como é que um espírito que ama muito o outro reage vendo-o se relacionar com outra pessoa, numa vida em que só um deles retornou ao corpo carnal? Reside aí - nesse ciúme - uma causa de obsessão que estimula o divórcio?

Regina de Agostini -  Sabemos que em nossas vidas sofremos a influência espiritual de companheiros de outras encarnações. Esta influência pode ser uma grande ajuda ou, também, um processo obsessivo que pode levar à separação de uma casal. Tudo depende das relações entre os espíritos envolvidos no mesmo relacionamento.

- Muitos dizem que nos programamos os casamentos ainda na espiritualidade, como entender o número crescente de divórcios?

Regina de Agostini -  Realmente muitos, ou a maioria dos casamentos, é programada ou acertada no plano Espiritual, no entanto nos diz também Emmanuel que a maioria dos casamentos, aqui na Terra, visa reajustes, ou seja, são casamentos provacionais e certamente o relacionamento não será dos mais fáceis. Enquanto desencarnados podemos perceber com muita clareza a extensão de nossos débitos e aceitamos nos reunir para diminuir ou saldar estes mesmos débitos.

Uma vez encarnados, com a benção do esquecimento dos desajustes passados, nos deixamos envolver, mais uma vez, pelos prazeres que o mundo nos oferece e voltamos quase sempre a falir nos compromissos assumidos. O número crescente de divórcios deve-se a um entendimento equivocado de felicidade e objetivos principais de estarmos vivos.

-  Será que a maioria dos divórcios que acontecem atualmente poderíamos dizer que na espiritualidade foram não programados e sim ocorrem devido a diversos fatores como, por exemplo, o livre arbítrio do espírito encarnado?

Regina de Agostini -  Sem dúvida. Nunca li em lugar algum que houvesse uma programação visando a uma desvinculação afetiva. 

-  Porque Jesus disse àquela samaritana que dirigiu-se a ele que mesmo ela tendo sido casada cinco vezes , o homem que vivia com ela agora não era seu marido? (Citação: Jo, 4:16-18)

Regina de Agostini -  Muitos ditos do Evangelho o sentido não nos fica claro, e para ser sincera nunca me ative a estudar esta passagem, desta forma não tenho como responder a sua pergunta.

-  Uma vez que as pessoas devem estar unidas por sentimentos, e que toda a hipocrisia será posta à vista depois da morte, porque agüentar um casamento infeliz?

Regina de Agostini -  Na realidade não temos que agüentar um casamento infeliz. o que realmente precisamos é tentar transformar esta infelicidade. Tudo nos é lícito mas nem tudo nos convêm. Quando "agüentamos" um casamento infeliz, na maioria das vezes não estamos construindo uma relação saudável. o que buscamos não é "agüentar" é transformar, buscar soluções, buscar observar a vida sob um outro ponto de vista, estendendo as nossas percepções para além de nosso mundo acanhado.

-  Como a amiga veria o caso de longos relacionamentos rompidos antes do casamento? As "conseqüências" pela separação podem ser comparadas as do divórcio, espiritualmente falando?

Regina de Agostini -  A Doutrina Espírita entende casamento como união entre dois seres. Desde que duas pessoas estejam unidas, realizando uma comunhão sexual, mesmo que não tenham firmado nenhum compromisso formal perante a sociedade, estão casadas. Desta forma estes "longos relacionamentos rompidos" são entendidos como divórcio com conseqüências para ambos ou um dos parceiros.

Considerações Finais do Palestrante:

Regina de Agostini -  Agradeço a todos a oportunidade de estar aqui, expondo o meu entendimento sobre a Doutrina Espírita. Gostaria, de deixar a todos vocês uma mensagem de muita Fé, Esperança e de muito Amor.

O momento que passamos é da maior importância para todos nós, e diante dos esclarecimentos que a Doutrina Espírita nos trás colocando luz nos ensinos do nosso Mestre Jesus, é o momento certo para que nos esforcemos buscando entender a vida, o mundo, as relações, e nós mesmos sob um novo prisma, que Jesus nos abençoe, nos ajude e nos sustente.

Oração Final:

Mestre Jesus, agradecemos imensamente por esta oportunidade de aprendizado e consolo para muitos que sofrem com o divórcio. Peço por todos aqueles que se encontram desesperados, sem rumo porque acabaram depositando no parceiro todas suas esperanças, e as viram desmoronar. Peço ainda pelos filhos dessas uniões desfeitas para que o senhor os ilumine, para que tenham maturidade suficiente para superar as dores que terão que enfrentar por conta do livre arbítrio de seus pais. Agradeço muito pelos ensinamentos recebidos. Que o mestre nos ilumine, agora e sempre. Assim Seja!

Fonte desconhecida.




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Re: CASAMENTO & DIVÓRCIO = FAMÍLIA
« Responder #4 em: 28 de Outubro de 2009, 01:12 »
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Não é sem razão que a maioria dos grandes pensadores definem a família com sendo a célula máter da sociedade

A família é a "célula-mata" da sociedade isso sim. É ali que se reproduzem as relações de poder; a ambição, o orgulho e o egoísmo; local de reprodução das relações de poder patriarcais, ensinando o indivíduo a ser submisso a instituições como igreja, Estado, etc. Não que o indivíduo devesse ser insubmisso, mas é que a família, não ensina ele a questionar tais instituições, e pior do que isso, diz ao indivíduo que o certo é deixar tais instituições dizer o que é melhor para você;


"fazei-vos terapia uns aos outros" (A palavra mata, o espírito é que vivifica)

abçs

Renato

 

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Re: CASAMENTO & DIVÓRCIO = FAMÍLIA
« Responder #5 em: 28 de Outubro de 2009, 01:19 »
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Saudações,
bom seria, se todos os casais
tivessem tudo isto em seus corações.
Porém, enquanto não temos, podemos
ler e reler, e um dia vivenciar...
só a pratica leva a evolução.

Abraços.

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Re: CASAMENTO & DIVÓRCIO = FAMÍLIA
« Responder #6 em: 28 de Outubro de 2009, 20:41 »
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bom seria, se todos os casais
tivessem tudo isto em seus corações.

Parabens.
Reconhecermos isso já é um bom começo,







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