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Autor Tópico: Artigos Jorge Hessen  (Lida 12699 vezes)

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Offline Marianna

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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #15 em: 17 de Fevereiro de 2019, 03:29 »
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Acautelemo-Nos Contra O Escalracho
Das Práticas Estranhas No Centro Espírita

Sabemos, de sobejo, que devemos respeitar crenças, preconceitos, pontos de vista e normas de quaisquer pessoas que não leem pela nossa cartilha doutrinária. Porém, temos deveres intransferíveis para com a Doutrina Espírita.

É mister que lhe preservemos os princípios doutrinários com simplicidade e dedicação, sem intolerância, sem radicalismos, mas sem concessões indesejáveis.

A orientação, a experiência e a prática dos médiuns mais amadurecidos, como Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, entre outros, têm nos demonstrado, sempre, a necessidade da vigilância com relação à preservação da pureza dos preceitos básicos da Doutrina Espírita.

Observamos, atônitos, as muitas discussões estéreis em torno de temas como: crianças índigo; se Chico é Kardec(?); ubaldismos, ramatisismos, cromoterapias, e tantos outros enfadonhos "ismos" e "pias", infiltrados no meio espírita.

Aceita-se o poder curador de cristais, sem a menor reflexão consciente.

Confiam, cegamente, nos efeitos das pomadas "mediunizadas", como se essa prática enganosa lhes fosse trazer algum benefício.

Promovem-se, nas tribunas, verdadeiros shows da própria imagem, shows esses protagonizados pelos ilustres oradores, que não abrem mão da vaidosa distinção do Dr. antes dos próprios nomes.

Criam-se associações com notáveis profissionais de pretensos "espíritas".

Muitos outros se projetam nos trabalhos assistenciais, para galgarem espaços na ribalta da política partidária. Não é de hoje o fenômeno das práticas exóticas nas hostes doutrinárias, fato esse que faz, realmente, a diferença.

Segundo algumas conveniências, propiciam as famosas "churrascadas espíritas", disfarçadas de almoço fraterno, em nome do Cristo(!?), pasmem!

Confeccionam rifas "beneficentes"; agendam desfiles de moda, "de caráter filantrópico", e, o que é pior, cobram taxas para o ingresso nos eventos espíritas, quais sejam: congressos, simpósios, seminários, e, por aí vai...

Há um impulso incontrolável para o universo místico de muitos idólatras, que, talvez, leram alguma "coisinha" aqui, e outra ali, sobre a Doutrina Espírita e se dizem seguidores convictos, quando, na realidade, nada mais são do que "espíritas de fachada".

Os Benfeitores nos advertem que cabe, a nós, a obrigação intransferível de defender os ensinamentos de Allan Kardec, seja pelo exemplo diário do amor fraterno, seja pela coragem do debate elevado.

Muitas pessoas têm escrito para o meu e-mail , insistindo no tema - apometria. Informo-lhes, frequentemente, que a teoria e a prática da técnica apométrica (e suas leis) estão em pleno desacordo com os princípios doutrinários codificados por Allan Kardec.

Jamais aconselharíamos incluir a apometria no corpo do Departamento Doutrinário e Mediúnico das Casas Espíritas.

Sobre essa estranhíssima prática, lamentavelmente, encruada por estas bandas do Centro-Oeste, indagamos aos experts, por que os Espíritos não nos revelaram tal proposta "terapêutica"(!), quando tiveram, à sua disposição, excelentes colaboradores médiuns, ao longo do século XX?

Não basta se afirmar "espírita", nem, tampouco, se dizer "médium de qualidade", se essa prática não for exercida conforme preceitua a Codificação Espírita.

Respaldados nos estudos sistemáticos que fazemos da Doutrina Espírita e não dispensamos, de forma alguma, esse hábito- esclarecemos, sempre, que a apometria não é Espiritismo, porquanto as suas práticas estão em total desacordo com as recomendações de "O Livro dos Médiuns".

Com essas bizarras práticas, abrem-se precedentes graves para a implantação de rituais e maneirismos, totalmente, inaceitáveis na prática espírita, que é, fundamentalmente, a doutrina da fé raciocinada.

Se a apometria é (como afirmam os cansativos discursos dos líderes dessa prática), mais eficiente que a reunião de desobsessão, por que a omissão dos Espíritos Superiores?

Por que eles se calaram sobre o assunto?
Curioso isso, não?

No mínimo, é esquisito. O silêncio dos Espíritos Superiores é, sem dúvida, um presságio de que tal prática é de mal agouro, e, por isso mesmo, ela é circunscrita a poucos grupos. Não conquistou a aceitação universal dos espíritos, razão pela qual não conta com a anuência das nossas Casas Espíritas sérias.

Percebemos que essas mistificações coletivas superlotam alguns Centros Espíritas, em que seus dirigentes vendem a ilusão da "terapia apométrica", como mestres da hipnose, fazendo com que esses centros se tornem um reduto de fanáticos e curadores de coisa nenhuma, o que é lastimável...

Por subidas razões, devemos estar atentos às impertinências desses ideólogos quixotescos, dos propagadores dessas terapias inócuas, que pensam revolucionar o mundo da "cura espiritual".




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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #16 em: 17 de Fevereiro de 2019, 03:30 »
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Até porque, a cura das obsessões não se consegue por um simples toque de mágica, de uma hora para outra, mas é, quase sempre, a longo prazo, não tão rápida como se imagina, dependendo de vários fatores, principalmente, da renovação íntima do paciente.

Como se não bastasse, ainda, entra em cena, no rol das bizarrices doutrnárias, uma tal "desobsessão por corrente magnética". Isso mesmo! Desobsessão(!?)

O uso de energia para afastar obsessores, sem a necessária transformação moral (Reforma Íntima), indispensável à libertação real dos envolvidos nos dramas obsessivos, contradiz os princípios básicos do Espiritismo, pois, o simples afastamento das entidades perseguidoras não resolve a obsessão.

O confrade Cauci de Sá Roriz lembra, na Revista O Espírita/DF, no artigo "Desobsessão por corrente magnética.

É possível?" que "a proposta da corrente magnética parte de uma base falsa, qual seja, a de que o Espiritismo exista para "atender, na prática desobsessiva, a um grande número de pessoas."

Por essas razões, preocupa-nos a introdução, na prática espírita, de mais esse enxerto estranho - a chamada desobsessão por corrente magnética - assunto que ainda mantém sob hipnose muitos espíritas incautos. Repetimos que, sobre o tema, os "Espíritos ainda não enviaram orientação a respeito, por isso, sejamos prudentes!" - recomenda Cauci.

O Cristianismo, com a pureza doutrinária do Evangelho e com a simplicidade de organização funcional dos primeiros núcleos cristãos, foi conquistando lenta e seguramente a sociedade de sua época.

Porém, com o tempo, sofreu um significativo desgaste ideológico. Corrompeu-se, por força das práticas estranhas ao projeto de Jesus.

Atualmente, apesar das advertências dos Espíritos e do próprio Allan Kardec, quanto aos períodos históricos e tendências do movimento, os espíritas insistem em cometer os mesmos erros do passado.

Confrades nossos, não conseguindo se adaptar ao Espiritismo, e, consequentemente, não compreendendo e não vivenciando suas verdades, vão, aos poucos, adaptando a doutrina às suas fantasias, aos seus limites morais, corrompendo os textos da Codificação, trazendo, para os centros espíritas, práticas dogmáticas de suas preferências místicas.

Falta-lhes, no mínimo, o estudo das obras básicas da Codificação Rivailina. Das duas, uma: ou Kardec está sendo colocado em segundo plano, preterido por outras obras não recomendáveis, ou está, totalmente, esquecido - o que é pior.

Mas como evitar esse processo? Como agir, ante os centros mal orientados, com dirigentes perturbados, com médiuns obsidiados, com oradores-estrelas?

Enfim, como agir, diante dos espíritas perturbados e pertubadores?
Seria interessante a prática do "lavo as maõs" ou a retórica filosófica do "laissez faire", "laissez aller", "laissez passer"?

Devemos deixar que os próprios grupos espíritas usem e abusem do livre arbítrio para, por fim, aprenderem a fazer escolhas corretas e adequadas às suas necessidades? Não nos esqueçamos de que os inimigos, em potencial, do Espiritismo estão mascarados entre os próprios espíritas.

Para encerrar nossas reflexões, atentemos para algumas admoestações de Vianna de Carvalho, através de Divaldo Franco, contidas no livro "Aos Espíritas": "O Espiritismo é a grande resposta para as questões perturbadoras do momento.

A sua correta prática é exigência destes dias turbulentos, pois os fantasmas do porvir ameaçam-no e distúrbios de comportamento apresentam-se com muita insistência, parecendo vencer as suas elevadas aquisições.

Por motivos óbvios, "o Espiritismo deve ser divulgado conforme foi apresentado por Allan Kardec, sem adaptações nem acomodações de conveniência em vãs tentativas de conseguir-se adeptos".

É a Doutrina que se fundamenta na razão, e, por isso mesmo, não se compadece com as extravagâncias daqueles que, por meio sub-reptício, em tentando fazer prosélitos, acabam por macular a pureza originária da nossa Doutrina Espírita.

Não faltam tentativas de enxertos de ideias e convenções, de práticas inconvenientes e de comportamentos que não encontram guarida na sua rígida contextura doutrinal que, se aceitos, conduzir-nos-iam a sérios problemas existenciais, não fosse a nossa convicção de que o Espiritismo veio para ficar, e que de nada valem essas investidas do mal.

Criar desvios doutrinários, atraindo incautos e ignorantes, causa, sem dúvida, perturbações que poderiam, indiscutivelmente, ser evitadas, se houvesse, por parte dos dirigentes, maior rigor na condução dos trabalhos de algumas Casas Espíritas.

Repetimos com Divaldo: "Qualquer enxerto, por mais delicado se apresente para ser aceito, fere-lhe a integridade porque ele [o Espiritsmo] é um bloco monolítico, que não dispõe de espaço para adaptações, nem acréscimos que difiram da sua estrutura básica."

Caríssimos irmãos de ideal, cremos ser indispensável a vigilância de cada espírita sincero, para que o escalracho seitista e sutil da invasão de teses estranhas não predomine no seu campo de ação, terminando por asfixiar a planta boa que é, e cuja mensagem dispensa as propostas reformadoras, caracterizadas pela precipitação e pelo desconhecimento dos seus ensinamentos"- como adverte Vianna de Carvalho.



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #17 em: 17 de Fevereiro de 2019, 03:35 »
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O Espiritismo Ante O Merecimento E As Desigualdades

A economia do mundo atual está periclitante e não consegue se recuperar da debacle econômica de 2008, aliás, a maior das últimas 8 décadas. Tudo teve início nas quebras de grandes bancos nos EUA, deixando um rombo estimado em quase US$ 3 trilhões.

A crise de então se expandiu pelo planeta, provocando amplos cenários de desemprego e recessão. A rigor, as principais economias do mundo ainda não se recuperaram. Apesar de toda essa tempestade econômica, paradoxalmente o número de bilionários duplicou.

Os fatos demonstram que as crises econômicas têm o poder de concentrar renda e deixar os ricos mais ricos. Como resolver isso? Seguramente não será com as ideologias extremistas do igualitarismo. Quanto maior a desigualdade econômica num país, mais forte tende a ser a divisão ideológica entre os chamados grupos do “igualitarismo” e do “liberalismo”.

E a história sugere que a superconcentração de recursos redunda em algum tipo de desordem. Por isso, a desigualdade das riquezas é um dos problemas que preocupa muita gente. Mas, debalde se procurará resolver tal desigualdade levando em conta apenas a unicidade das existências.

Afinal, por que não são igualmente ricos todos os homens? Indagou Kardec aos Benfeitores que responderam: “Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar”. [1]

E mais, é fato matematicamente demonstrado que “a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente.

Por outra, se efetuada essa partilha, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões. Supondo ainda que seja possível e durável essa divisão, cada um teria somente com o que viver e o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade”. [2]

Ora, “se Deus concentra a riqueza em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades. Admitido isso, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos”.

[3] Eis aí uma prova da Sabedoria e da Bondade Divina. Dando o livre-arbítrio ao homem, quer Deus que o mesmo chegue, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e opte pelo bem, de livre vontade e por seus esforços.

Obviamente a harmonia da sociedade não virá por decretos, nem de parlamentos que caracterizam sua ação por uma força excessivamente passageira.

Os conceitos do Espiritismo defendem a meritocracia do ideário liberal, a liberdade individual e quem pugna por esses valores não deve ser tido como um reacionário. O princípio da improfícua ideologia igualitária sempre fascinou a mente revoltosa, porque parece ser mais “justa”, e atender melhor à parte mais desprotegida da humanidade. Irrisão!

Essa ideologia carrega consigo uma mancha execrável.

Não é capaz de respeitar o que é inerente ao ser humano, que é o livre arbítrio individual. Como não conseguirá jamais se estabelecer com a concordância dos cidadãos, precisa se impor à força para que os “mais iguais” (grupos artificiais) minoritários liderem e dirijam a “liberdade” do resto da população reprimida.

Reafirmamos que os adeptos do materialismo sonham com a igualdade irrestrita das criaturas, sem compreender que, recebendo os mesmos direitos de trabalho e de aquisição perante Deus [aceitem ou não!], os homens, por suas próprias ações, são profundamente desiguais entre si, em inteligência, virtude, compreensão e moralidade.

E consta nos anais da História que o “trabalho” , o “batente”, o “rala rala”, o “labor diário” para o ganha pão não é a credencial moral dos reivindicadores do princípio igualitário.

Sob o ponto de vista reencarnacionista, o Espiritismo ilustra os contras sensos das teorias radicais do igualitarismo e coopera na restauração do adequado caminho da evolução social. Emoldurando a ideologia igualitária nos apelos cristãos, não se deslumbra com as reformas exteriores, para rematar que a excepcional renovação considerável é a do homem interior, célula viva do organismo social de todos os tempos, justando pela intensificação dos movimentos educativos da criatura, à luz eterna do Evangelho do Cristo.

De acordo com a História sempre existiram, existem e deploravelmente existirão grupos de materialistas, ateus e rebeldes extremistas em número significativo, que são estrepitosos, violentos e constituem ameaça à liberdade do cidadão.

E quem se opõe à sua cartilha agressiva não pode ser considerada uma “maioria” alienada e muito menos cidadãos que se sentem ameaçados nas suas conquistas, construídas com trabalho e dignidade.

Ora, qualquer ideologia de princípios igualitários não pode perder de vista a sábia máxima do Cristo “a cada um segundo seus merecimentos”.

Cabe ressaltar ainda que os princípios contidos em o Livro dos Espíritos relativos às leis morais, e mesmo no Evangelho de Jesus, dão sustentação à fraternidade sem quaisquer pechas de ideologias igualitárias.

Será perda de tempo valer-se da retórica vazia de que o livro “Nosso Lar” descreve uma comunidade com as falácias socialistas igualitárias, não é verdade! Pois lá se reafirma a lógica da meritocracia em que o indivíduo é abonado pelas virtudes e talentos morais conquistados. Aliás, um exemplo para qualquer sociedade de hoje ou amanhã.

Referência bibliográfica:

[1] Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVI, RJ: Ed. FEB
[2] Idem
[3] Idem



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #18 em: 17 de Fevereiro de 2019, 05:07 »
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Isolamento Saudável

Define o dicionarista a “solidão” como um estado de quem se sente ou está só.

Para os psicólogos a solidão é uma “moléstia astuciosa” que nenhum instrumento médico consegue identificar, o que resulta, quase sempre , em determinados reflexos comportamentais , a saber: isolamento, inabalável esmorecimento, irreprimível indisposição, tristeza sem causa, baixa autoestima.

O psicólogo John Cachopo, após 6 anos de estudos com 2 mil pessoas, afirma que os solitários correm mais risco de falecer do que os outros. É que a solidão eleva a pressão arterial e, logo, aumenta também os riscos de infartos e derrames.

Além disso, o isolamento enfraquece o sistema imunológico e piora a qualidade do sono. Não ignoramos que hoje em dia muitas pessoas moram sozinhas e levam uma vida relativamente serena.

Não se pode dizer que são pessoas “doentes” se as mesmas se sintam bem nessa circunstância. Até porque, a sensação de isolamento pode estar presente em qualquer lugar ou situação, como numa festa com os amigos, no trabalho e até mesmo dentro de casa com a própria família.

Experimenta-se atualmente a sediciosa sensação de insulamento na multidão. Indivíduos cercados por pessoas em ônibus, metrôs, aviões, estádios, avenidas, ruas, contudo, nessa avalanche de gente avultam os solitários na multidão. E quanto mais são cercados de pessoas, de barulho, de tarefas, mais se agrava a sensação de que estão sozinhos.

Parece contraditório. Será a “tal solidão” a ausência de companhia?
Consistiria em fuga da civilização?

Há os que defendem que solidão seja a arte do encontro com o vazio existencial. Esse vazio é de mão dupla. Uma é o da existência, da busca de um significado metafísico; a outra é o da ausência, da perda de algo importante.

A liberdade é uma descoberta solitária e por isso muitos tentam evitá-la.

Garantem tais estudiosos que a solidão é boa, que ficar sozinho não é vergonhoso. Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo.

Realmente há quem use a prodigiosa solidão como tempo de inspiração, análise e programação. Quando fazemos silêncio exterior, damos vazão ao mundo interno, intenso e palpitante.

Há tanta gente mergulhada em alaridos indigestos, dominada por conversas maledicentes ou pelo estrondo de risadas burlescas; há tanta gente rodeada de pessoas, mas com a alma amargurada, oprimida, oca. Lembremos que tudo tem o seu tempo determinado, conforme narra o Eclesiastes.

“Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar, tempo de colher, tempo de chorar e tempo de sorrir; tempo de falar e tempo de silenciar também.” [1] Então, por que temer a frutífera solidão? Se a vida nos oferece ocasiões de solidão, saibamos abrigá-la como um tesouro. Aproveitemos cada instante para meditações.

Obviamente o “isolamento absoluto” é contrário a lei da Natureza, somos seres sociais e por instinto buscamos a sociedade e devemos concorrer para o seu progresso, auxiliando-nos mutuamente.

Completamente isolados não dispomos de todas as faculdades. No isolamento incondicional ficamos brutalizados e morremos. Por essas razões é importante caracterizar as distintas solidões – aquela que significa fuga deliberada do convívio social daquela outra que nos abastece a alma.

A solidão com o serviço aos semelhantes gera a grandeza. A rocha que sustenta a planície costuma viver isolada e o Sol que alimenta o mundo inteiro brilha sozinho. Emmanuel ensina que “Jesus escalou o Calvário, de cruz aos ombros feridos e ninguém o seguiu na morte afrontosa, à exceção de dois malfeitores, constrangidos à punição, em obediência à justiça. [2]

Não esperemos pelos outros, na marcha de sacrifício e engrandecimento. “E não olvidemos que, pelo ministério da redenção que exerceu para todas as criaturas, o Divino Amigo dos Homens não somente viveu, lutou e sofreu sozinho, mas também foi perseguido e crucificado...” [3]

Referências bibliográficas;

[1] Eclesiastes 3:1-8
[2] Xavier, Francisco Cândido. Fonte Viva , ditado pelo Espírito Emmanuel, cap. 70, RJ: Ed. FEB, 1999
[3] Idem



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #19 em: 18 de Fevereiro de 2019, 04:07 »
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“Alzheimer” - Delongado E Gradual Processo De Desencarnação

Antigamente a doença de Alzheimer era vulgarmente conhecida como “caduquice” e tratada como um estado de demência progressiva.

Caracterizada pela perda contínua das aptidões do indivíduo, como extermínio da memória, dificuldade na linguagem e no pensamento, ela afeta progressivamente as funções corticais do indivíduo, ocorrendo atrofia do cérebro e, por isso mesmo, as funções cognitivas e motoras são deterioradas irreversivelmente.

Embora ainda não tenha cura, o uso de medicamentos como Rivastigmina, Galantamina ou Donepezila, junto com terapia ocupacional (estímulos), podem auxiliar no controle dos sintomas e retardar a sua progressão, melhorando a qualidade de vida do paciente.

A “Alzheimer” é mais comum em idosos.

No estágio inicial (leve) podem surgir sintomas como: dificuldade para lembrar os acontecimentos mais recentes (a lembrança de situações antigas permanece normal), dificuldade para achar o caminho de casa, não saber o dia da semana, repetir as mesmas perguntas.

Na fase moderada, a pessoa apresenta incapacidade de fazer a higiene pessoal, anda sujo, tem dificuldade para ler e escrever, alterações do sono, troca do dia pela noite.

Na etapa avançada o doente não consegue memorizar nenhuma informação atual e nem antiga, não reconhece os familiares, os amigos e locais conhecidos, nem as coisas do ambiente (agnosia), perdem a coordenação para os mais simples movimentos úteis, como vestir uma roupa (apraxia).

Allan Kardec não fez referência à enfermidade, todavia cremos que o Espírito do enfermo permanece em estado parcial de “desdobramento”, pela impossibilidade de utilizar-se do cérebro que está em definhamento.

São pessoas comprometidas com graves crimes morais de existências passadas.

Certamente a rigidez de caráter (intolerância), a culpa, os processos obsessivos de subjugação, a depressão, o ódio e a mágoa realimentados a longo prazo podem ser matrizes admissíveis para a ocorrência do mal de Alzheimer.

Naturalmente, o empenho da família em moléstias desse tipo é de elevada importância, tanto em relação à melhoria da qualidade de vida do paciente quanto do ponto de vista das demandas espirituais, pois seguramente o grupo familiar está coligado às “contas do destino criadas pelo mesmo”, por isso o imperativo da reparação.

O tratamento espiritual é de essencial importância, inclusive para a família, pois os parentes sofrem muito com o gradual alheamento do ser querido, que passa por um processo lento, espesso, dolorido de perda de intercâmbio cognitivo com os familiares e amigos.

É como um delongado e gradual “processo de desencarnação”.

As presumíveis causas espirituais, como processos obsessivos e atitudes de intransigência moral, entre outras conforme mencionamos acima, recomendam a necessidade de ininterrupta diligência de esclarecimento espiritual, com leitura diária de páginas evangélico-doutrinárias e frequência, se possível semanal, à casa espírita para tratamento com passes e águas fluidificadas.

Nessas penosas conjunturas os familiares e ou cuidadores têm a chance de desenvolver suas potencialidades espirituais como a resignação, a tolerância, a aceitação, a vigilância irrestrita ao enfermo, a renúncia, a submissão, o amor, que inequivocamente são tesouros morais adquiridos pelos que se dedicarem aos portadores da doença de Alzheimer.



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #20 em: 18 de Fevereiro de 2019, 22:47 »
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Sexíssimo E Espiritismo

Nicola Thorp, uma britânica de 27 anos, foi contratada em regime temporário na empresa PwC, e seus empregadores disseram que ela teria de usar sapatos com salto de "5 a 10 centímetros" de altura.

Durante o período de estágio, Nicola se recusou a usar salto e reclamou que os funcionários masculinos não tinham obrigações equivalentes. Além do fator extenuante, é uma questão de sexíssimo, afirmou. Resultado: foi demitida.

Thorp disse que a empresa deveria refletir melhor a sociedade moderna, pois hoje em dia as mulheres podem ser elegantes e formais e usar sapatos sem salto. Na opinião de Frances O'Grady, secretária-geral da União de Sindicatos da Grã-Bretanha, TUC, um código de vestimenta que exige saltos altos "cheira a sexismo”.

O Sexíssimo é um neologismo oriundo do termo inglês sexism, que se refere ao conjunto de ações e ideias que privilegiam determinado gênero ou orientação sexual em detrimento de outro gênero (ou orientação sexual).

De maneira geral, o termo é usado como exclusão ou rebaixamento do gênero feminino. Trata de uma posição que pode ser praticada tanto por homens quanto por mulheres, portanto, o sexíssimo está presente intergêneros tanto quanto intergêneros.

Para a Psicologia, o sexíssimo é um ideário, construído social, cultural e politicamente, em que um gênero ou orientação sexual tenta se sobrepor ao outro. Em relação ao preconceito contra mulheres, diferencia-se do machismo por ser mais consciente e pretensamente racionalizado, ao passo que o machismo é muitas vezes um comportamento de imitação social.

O sexismo muitas vezes está ligado à misoginia, que por sua vez, sendo uma palavra que vem da junção de duas palavras gregas, miseó e gyné (ódio e mulher, simultaneamente), se enquadra para designar o desprezo ou ódio pelo gênero feminino e pela feminilidade, ou seja, as características ligadas às mulheres.

Está diretamente relacionada à violência contra a mulher, seja de forma física, verbal ou discriminatória, e possui como antônimo a filoginia que é o apreço e admiração pelas mulheres, e pode, em alguns casos, ser considerada como um preconceito benevolente.

É verdade!

Há pessoas que promovem atitudes sexistas contra seu próprio gênero. A forma como a cultura age no imaginário coletivo permite que seja possível encontrar mulheres que defendam que "lugar de mulher é na cozinha", ou homens afirmando que "marido que não procura trabalho é vagabundo", assim como há mulheres e homens que se contrapõem a tais ideários, indistintamente.

Apesar das discussões políticas, midiáticas e acadêmicas sobre igualdade de gênero travadas nas últimas décadas, muitas ideias sexistas ainda permeiam a cultura brasileira e explicam parte das diferenças sociais, econômicas, ocupacionais e comportamentais entre os gêneros.

Notemos as convenções das seguintes frases:

“homem pensa, todavia mulher sonha”;
“homem é herói, contudo mulher é mártir”;
 “homem é força, porém mulher é lágrima”;
“homem é livre, porém mulher é dependente”;
“homem é provedor, porém mulher é provida”;
“homem não chora, porém mulher é sentimento”;
“homem é cérebro, razão, mas mulher é coração, emoção”.


Ou frases mais poéticas como:

“homem é oceano, porém mulher é lago”;
“homem é águia, e voa, mas mulher é rouxinol, e canta”;
“homem tem consciência, no entanto mulher tem esperança”.
“homem domina o espaço, contudo mulher conquista a alma”.

Observemos nas frases acima que a poesia de Vitor Hugo está representada.

Alcança-se que há aí profunda associação à masculinidade fincada ao poder, saber e força. E que tudo o que se refere à mulher assinala-se pela fraqueza, subordinação e inferioridade.

Aparentemente, contrastes sexistas nesses moldes igualam homem e mulher, mas vistos com olhos críticos eles perpetram o desrespeito às diferenças, cravam a desigualdade entre os sexos e imprimem a injustiça nas relações entre homem e mulher.

A sociedade institui, regulariza e nutre papéis sociais identificados com os sexos e reveste as crianças nesse ideário como numa camisas-de-força. Estas não são abrigadas pelo que elas são, mas pelo que o adulto quer que elas sejam.

Daí a prática sexista, desde a infância.

Menino marcha com o pai, joga com o professor e associa-se a grupos de meninos. Menina vive com a mãe, brinca com a professora e convive com meninas.

Menino pega peso, menina lava prato.
Bota é para menino, menina usa sandália.
Menino é conquistador, menina é chorona.
Menino tem carrinho, menina ganha boneca.
Brinco e cabelo comprido são para ela, eles usam cabelo curto e usam armas para brincar.

Aí está: chegamos à raiz da violência, monopólio do homem, que vitimiza a ambos.

Se programas de educação não sexista forem implementados na Terra, avançaremos muito para que as diferenças entre homem e mulher não se transformem em desigualdades e em injustiças.

Os Benfeitores Espirituais, na época da Codificação, também denunciaram o sexíssimo, racismo, pena de morte, escravidão e qualquer outra forma de injustiça social e preconceito como sendo contrários às Leis Divinas, e recomendavam liberdade de pensamento, liberdade de consciência, igualdade de tolerância.

Observemos que Kardec arguiu os Espíritos se são iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos. Os Mentores afirmaram que Deus outorgou a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir.

O Codificador persistiu com os seres do além sobre a origem da desqualificação moral da mulher em alguns países.

Os Espíritos elucidaram que era do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito. [1]

Apostilando ainda sobre o tema, o Codificador questionou sobre a razão da mulher ser mais frágil que a do homem, e foi aclarado pelos Benfeitores que justificaram que tal situação é para determinar funções especiais.

Para o homem, por ser o mais forte, os trabalhos rudes; para a mulher, os trabalhos leves; para ambos o dever de se ajudarem mutuamente a suportar as provas de uma vida cheia de amargor.

O professor lionês ainda cogitou se a fraqueza física da mulher a colocaria naturalmente sob a dependência do homem. Os Espíritos exemplificaram que Deus a uns deu a força, para protegerem o fraco e não para o escravizarem.

O Criador apropriou a organização de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar.

Tendo dado à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade em relação com a delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados. [2]

Ora, as funções a que a mulher é destinada pela Natureza tem importância tão grande quanto as deferidas ao homem, e maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.

Kardec garantiu que uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Os Espíritos reforçaram que para ser equitativa, a lei humana deve realmente consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher, porém não das funções.

Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete. Ocupe-se do exterior o homem e do interior a mulher, cada um de acordo com a sua aptidão.

Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos. [3]

Referências bibliográficas:

[3] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, perg. 817 e 818
[4] Idem perg. 819 e 820
[5] Idem perg. 821 e 822



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #21 em: 19 de Fevereiro de 2019, 03:44 »
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Não Existem Sexos Opostos, Mas Complementares

Jackson Katz, mestre em educação pela Universidade Harvard e doutor em estudos culturais pela Universidade da Califórnia, foi um dos criadores, em 1993, do Mentors in Violence Prevention, um programa de prevenção contra o assédio e o abuso sexual nos Estados Unidos. Dedica praticamente todo o seu tempo ao combate à violência contra a mulher e a promover a igualdade entre os gêneros.

O método do treinamento Katz é focado nalguns objetivos como conscientizar as pessoas sobre os males de o sexíssimo mudar o conceito de masculinidade.

O fato de homens serem educados para serem dominantes sobre as mulheres, para serem abusivos na hora de conseguir o que querem é inaceitável. Urge mudança dos métodos de educação e socialização dos meninos para que no amanhã a violência contra a mulher desapareça.

Antecipando-se no tempo, Kardec já protegia a mulher contra os desvarios de sua época. Teve a cautela de deixa-las envoltas em uma capa de semi-anonimato, pois o preconceito contra elas ainda era colossal.

Basta notar que 129 operárias americanas foram queimadas vivas dentro de uma fábrica, pelo “crime” de reivindicarem salários iguais aos dos homens.

O fato ocorreu a apenas 41 dias do lançamento de O Livro dos Espíritos. E, além de mulheres, as médiuns estudadas por Kardec ainda eram jovens e paranormais (bruxas?). Um “banquete” para a mentalidade vitoriana do século XIX.

Na França do fim do século XIX a imprensa parisiense se agitava em um debate em torno da legalidade de diplomar ou não uma jovem bacharela de 20 anos que acabara de se graduar academicamente, tão-somente por causa da sua condição feminina.

O Codificador explana o fato: “Depois de terem reconhecido que ela tinha alma, lhe reconheceram o direito à conquista dos graus de ciência, o que já é alguma coisa.

E afirma que os direitos das mulheres não são concessões dos homens, como atestavam alguns intelectuais, mas resultado da própria Natureza, que não fez nenhum superior ao outro.

É com o mesmo objetivo que os Espíritos se encarnam nos sexos diferentes: aquele que foi homem poderá renascer mulher e vice-versa, a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições e sofrer-lhe as provas necessárias ao progresso”.

[1] Na questão 817 de O Livro dos Espíritos os Benfeitores atestam que “Deus outorgou a ambos [homem e mulher] a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir, sendo esse o maior sinal da igualdade entre ambos”.

[2] Não existem, portanto, diferenças entre o homem e a mulher senão no organismo material (que se extingue com a morte), dando por lei natural a igualdade de direitos, mas com funções diferentes, apropriadas às características intrínsecas de cada sexo.

Noutro lado do debate, observamos com pesar o movimento feminista onde a mulher moderna, de modo geral, indiferente aos seus deveres de mulher, embrenha-se nas ilusões políticas, na concorrência profissional, nas peçonhas filosóficas que invadiram os seus ideais.

Não são muitas as mulheres que se mantêm com humildade nos postos de serviço com Jesus, convictas da transitoriedade das posições humanas.

“A ideologia feminista dos tempos modernos, com as diversas bandeiras políticas e sociais, pode ser um veneno para a mulher desavisada dos seus grandes deveres espirituais na face da Terra.

Se existe um feminismo legítimo, esse deve ser o da reeducação da mulher para o lar, nunca para uma ação contraproducente fora dele. É que os problemas femininos não poderão ser solucionados pelos códigos do homem, mas somente à luz generosa e divina do Evangelho”[3]

A “era tecnológica pretende, na essência, construir uma civilização sem as mães, e isso é um erro muito grande, de modo que, criando dificuldades para a mulher e, especialmente, para a maternidade, estamos condenando a nós mesmos a muitas perturbações, porque a mulher sem apoio entra naturalmente em desespero, dando origem a determinadas teorias que não são aquelas do feminismo autêntico, aquele feminismo correto que prepara a mulher para a independência construtiva” [4]

A mulher deve reduzir o quanto lhe for possível o tempo gasto no trabalho profissional e se esforçar mais na tarefa da educação de seus filhos, preferindo ganhar um pouco menos em valores materiais e potencializar seus tesouros espirituais.

Sabemos que atualmente isso não é tarefa fácil, pois a sociedade se curvou ante o consumismo, a concorrência profissional, sequestrando a mulher do lar para enclausurá-la nas funções hodiernas, às vezes subalternas à sua grandeza e quase sempre estranhas à sua natureza.

No entanto, no desafio que se impõe à mulher, pensamos que é sua principal missão sensibilizar o mundo com uma atuação profissional mais humana, menos burocrática e mais efetiva em favor do semelhante, sem porém nunca esquecer a ternura do lar, invertendo os valores legítimos da alma.

A mulher deve conciliar o papel de mãe e esposa, muitas vezes deixado para segundo plano.

"Homem e mulher são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos porque a ambos foi outorgada a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir."[5] Não existem sexos opostos, mas complementares. “O homem e a mulher, no instituto conjugal, são como o cérebro e o coração do organismo doméstico.

Ambos são portadores de uma responsabilidade igual no sagrado colégio da família; e, se a alma feminina sempre apresentou um coeficiente mais avançado de espiritualidade na vida, é que desde cedo o espírito masculino intoxicou as fontes da sua liberdade, através de todos os abusos, prejudicando a sua posição moral no decurso das existências numerosas, em múltiplas experiências seculares”.[6]

Referências bibliográficas:

[1] Kardec Allan. Revista Espirita / Janeiro 1866/ RJ: Ed FEB, 1972
[2] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. Perg. 817 e seguintes, 9a. ed. de bolso. RJ: Ed FEB, 2005.
[3] Xavier Francisco Cândido. O Consolador, perg. 67, RJ: Ed. FEB, 2000
[4] Xavier, Francisco Cândido. A Terra e o Semeador, ditado pelo Espirito Emmanuel, SP: Ed. Ideal, 1975
[5] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. Perg. 817 e seguintes, 9a. ed. de bolso. RJ: Ed FEB, 2005
[6] Xavier Francisco Cândido. O Consolador, perg. 67, RJ: Ed. FEB, 2000



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #22 em: 19 de Fevereiro de 2019, 17:28 »
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Meditação, Educação E Labor

Ao orarmos, penetramos de alguma forma no universo da meditação. Com o exercício disciplinado dos pensamentos, podemos chegar aos melhores resultados de uma prece.

Contudo, o domínio dos pensamentos, considerando a cultura ocidental, é de terrível dificuldade.

Quase sempre nós ocidentais construímos pensamentos repletos de ideias vagas, ingênuas, sensuais, arremessamos censuras, mantemos anseios utilitaristas, entulhamos as descargas neurológicas que geram amplo consumo de energia física e mental.

Certamente a concentração (meditação) no ambiente adequado pode aliviar a tensão emocional e patrocinar um nível de estabilização e alívio psíquico que tende a refletir no bem-estar físico e espiritual.

Atraiu-nos a atenção a programação do Centro de Educação Infantil Lar de Crianças Ananda Marga, creche municipal localizada no bairro Jardim Peri Alto, na zona norte de São Paulo, administrada pela ONG Amurt-Amurtel, adotando uma linha pedagógica neo-humanista, que estimula o aluno a sentir-se como integrante da natureza que o acolhe.

Oferece aulas de yoga e meditação às cerca de 110 crianças matriculadas nessa instituição. Todos os alunos entre zero e três anos de idade realizam prática de relaxamento e massagem. Até os bebês do berçário passam pela técnica.

A proposta é sedutora, pois cremos que uma legítima educação é aquela em que os poderes espirituais regem a vida social. Por outro lado, recordo que no meu tempo de criança, a pureza delas era uma realidade mensurável.

A perspectiva da criança não ultrapassava os simples livros didáticos, um único humilde caderno e brinquedos baratos. Para repreendê-las e educá-las, às vezes bastava um olhar firme dos pais.

Porém, aquele imaginário infantil, de quietude e sonho ingênuo, desmoronou sob o impacto da era do sensualismo, da violência, do materialismo. Todo processo de educação constitui-se na base da formação de uma sociedade saudável.

A tarefa que nos cumpre realizar é a da educação das crianças pelo exemplo de total dignificação moral.

Nesse sentido, os postulados Espíritas são antídotos contra todos os venenosos ardis humanos, visto que aqueles que os conhecem têm consciência de que não poderão se eximir das suas responsabilidades sociais, sabendo que o futuro é uma decorrência do presente.

Deste modo, é urgente identificarmos no coração infantil o esboço da futura geração saudável. Como estamos tratando de educação, evidentemente a educação espírita deve ser mantida restrita aos centros espíritas (para os espíritas), ao lar e, sobretudo, desprovida da roupagem imprópria do sectarismo e do misticismo.

O núcleo familiar é o primeiro grupo social do qual participamos e recebemos, não somente herança genética ou de bens materiais, mas principalmente moral. A educação espírita aí tem um papel importantíssimo na formação do caráter do indivíduo, ou melhor, na formação da pessoa como um todo

No que reporta à prática meditativa de vínculos orientalistas adotada pela creche municipal de São Paulo, esta não contém conexões diretas com as finalidades espíritas.

Não constam nos cânones das Obras Básicas as técnicas para meditação e yoga, embora não haja rigorosa incompatibilidade com os princípios doutrinários, até porque todo e qualquer exercício que favoreça o equilíbrio espiritual deve ou pode ser estimulado.

Entretanto, não se deve confundir as irradiações mentais através da prece com a meditação mística, mormente aplicada pela yoga. Em razão disso, a Doutrina dos Espíritos recomenda que não se instale nos centros espíritas salas específicas para tais meditações (yoga, relaxamento, defumação com ervas, shantala, massagem indiana etc.

Não obstante haja instituições “espíritas” (não deveria haver) que promovem cursos para técnicas de meditação com base na cultura oriental, é necessário ter cuidado para que esses métodos não descaracterizem a proposta espíritas, até porque as crenças vinculadas às práticas de meditações místicas têm suas próprias instituições, destinadas aos seus adeptos, e certamente nada impede que os “espíritas” ajustados com essas propostas busquem os núcleos não espíritas adequados e aí meditem quando, como e quanto desejarem.

Finalmente, meditar é importante, sem sombra de dúvida, desde que não neutralize nossos afazeres do ganha pão, neutralizem nossos braços e mãos, nem nos faça abdicar dos convites dos Benfeitores Espirituais, uma vez que eles apontam a rota segura de uma meditação produtiva, que não nos hipnotiza com técnicas que centram atenções quase sempre exclusivas em nós mesmos.

Não podemos esquecer que Jesus nos conclamou a amar o próximo como a nós mesmos e não o oposto, ou seja, todo o amor, júbilo, contentamento que ansiamos para nós, devemos em condição de equidade ao nosso próximo.



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #23 em: 20 de Fevereiro de 2019, 03:15 »
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Reencarnação, uma verdade ainda negada.

Jessica Lima, de 23 anos, passou mal no dia 23 de dezembro de 2018 e foi socorrida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Delmiro Gouveia (AL).

Segundo a direção do centro médico, a paciente sofreu diversas paradas cardíacas e, devido ao estado grave de saúde, foi transferida para o hospital de Palmeira dos Índios (AL), mas teve uma infecção generalizada e desencarnou.

Durante o velório na sala da casa da família alguns parentes tiraram o corpo do caixão e o colocaram em uma cama, em um dos quartos do imóvel. Eles acreditavam que a jovem iria ressuscitar.

Um médico e a polícia foram acionados para que o corpo fosse recolocado no caixão e enterrado. Após o sepultamento a família fez uma vigília no cemitério porque acreditava que Jéssica poderia ressuscitar a qualquer momento.

Parece até uma anedota, mas como se observa, ainda há “cristãos” que creem na lendária “ressurreição” do corpo físico. Porém, os espíritas sabemos que Jessica não ressuscitará, mas voltará futuramente à vida física pelas vias da reencarnação.

Sim!! E  foi Jesus que ensinou a Nicodemos que “era necessário nascer de novo”.

Infelizmente, ainda hoje, pastores e “bispos” evangélicos (ou protestantes), o clero católico, os reverendos anglicanos, líderes da igreja ortodoxa, teólogos “independentes” e outros religiosos recusam a reencarnação, quase sempre fundamentados especialmente no “versículo 27 do capítulo 9, da epístola atribuída a Paulo, dirigida aos hebreus, afirmando que: "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo".

Pronto! Caso encerrado!

Ora, se em nossa trajetória evolutiva morremos uma única vez, logo, a reencarnação é uma falácia.

Será mesmo ?

Os negadores da reencarnação dogmatizaram a lição do “nascer de novo”, justificando a “ressurreição” da filha de Jairo,do filho da viúva de Naim e do Lázaro. A bem da verdade, as personagens “ressuscitadas” por Jesus sequer estavam mortas, tão-somente estavam acometidas de catalepsia patológica.

O Mestre assegurou que a verdade libertaria o homem, logicamente se a verdade (reencarnação) está sendo negada aos “cristãos”, fica evidente que os “sabichões” das escrituras não se encontram livres, ou o que é pior, estão ofuscados na mais absoluta estupidez.

Por conseguinte, são cegos que guiam cegos em direção ao despenhadeiro da ignorância tal como sucedeu no seio da família de Jessica.

Reflitamos: “Após a transfiguração de Jesus, no Monte Tabor, os três discípulos o interrogam:
Por que dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?

- Jesus lhes respondeu:
É Verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas:

- Mas, eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve [João já havia sido decapitado]. É assim que farão sofrer o Filho do Homem.

Então os três discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara.
”Aqui não há margens para simplórias divagações teológicas.

Os três discípulos compreenderam por si próprios que João Batista (filho de Isabel e primo de Jesus) era o profeta Elias reencarnado (isso mesmo! REENCARNADO!).

Ora, “a ideia de que João Batista era Elias e que os profetas podiam reviver na Terra se nos depara em muitas passagens dos Evangelhos. Se fosse errônea essa crença, Jesus não houvera deixado de a combater, como combateu tantas outras.

Longe disso, ele a sanciona com toda a sua autoridade e a põe por princípio e como condição necessária, quando diz: "Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo."

E insiste, acrescentando:
Não te admires de que eu te haja dito ser preciso nasças de novo.”

O livro dos Reis anota: “Era um homem vestido de pelos, e com os lombos cingidos dum cinto de couro. Então disse ele: É Elias.” O profeta Malaquias narra: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.”. O evangelista Lucas que registra: “Apareceu-lhe, então, um anjo do Senhor, em pé à direita do altar do incenso.

E Zacarias [progenitor de João Batista], vendo-o, ficou turbado, e o temor o assaltou.

Mas o anjo lhe disse:
Não temais, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João;  irá adiante dele no espírito e poder de Elias [reencarnado].”

O jovem evangelista Marcos assinala:

“Então lhe perguntaram:
Por que dizem os escribas que é necessário que Elias venha primeiro?

Respondeu-lhes Jesus:
Na verdade Elias havia de vir primeiro, a restaurar todas as coisas; e como é que está escrito acerca do Filho do homem que ele deva padecer muito a ser aviltado? Digo-vos, porém, que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo quanto quiseram, como dele está escrito.”

Mateus mais uma vez anota:
“E desde os dias de João, o Batista, até agora, o reino dos céus é tomado a força, e os violentos o tomam de assalto. Pois todos os profetas e a lei profetizaram até João. E, se quereis dar crédito, é este (João Batista) o Elias que havia de vir [pela reencarnação].

Quem tem ouvidos, ouça.” "E Jesus falou aos seus discípulos, dizendo:
Que dizem os homens que é o Filho do homem?

E eles responderam:
Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros ainda que é Jeremias ou algum dos profetas.".

Confirmação mais clara que as declarações de Jesus acima é impossível.

O Mestre, na sua excelsitude, sabia da reencanação antecedente do filho de Zacarias e Isabel, e explicou que as pessoas fizeram o que quiseram com Elias [Joao Batista], mas que não o reconheceram, e também não poderiam, pois o profeta Elias estava reencarnado no corpo de João Batista.

Enfim, não é tão difícil assim compreender a realidade da reencarnação; basta recorrer aos episódios sucedidos à época de Jesus, seja diante de Nicodemos, seja a confirmação do renascimento de Elias Joao Batista e até mesmo o evento do Cego de Nascença nas cercanias da piscina de Siloé.

Simples assim!!!



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #24 em: 20 de Fevereiro de 2019, 22:29 »
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Força Da Palavra

Temos ciência do poder que uma expressão verbal exerce sobre nossas emoções.

Uma simples palavra, quando dita nas ocasiões “certas”, seja ela de estímulo ou de desestímulo, provoca indícios, em quem ouve, de que pode reagir, positivamente, e modificar a sua maneira de pensar sobre determinada circunstância da vida.

Por outro lado, a mera palavra pronunciada em momento “inadequado” pode ser motivo de grandes dores morais. Nós não estamos habituados a refletir, sensatamente, sobre a força atuante que as palavras têm.

A palavra, como uma articulação de sons provenientes de um determinado pensamento ligado a emoções e sentimentos específicos, serve como um detonador prático de tudo ligado a ela.

Muitas pessoas creem que o xingar é, “apenas”, uma resposta instintiva para algo doloroso e imprevisto como, por exemplo, bater a cabeça na quina do armário, uma topada inesperada em algum obstáculo ou, ainda, quando nos vemos diante de alguma frustração ou aborrecimento.

Esses são os momentos mais comuns de as pessoas apelarem para as expressões de baixo calão, e muitos pesquisadores acreditam que eles “ajudam” a aliviar o estresse e a dissipar energia, da mesma forma que o choro para as crianças.

Todos os povos e religiões antigas possuíam ou possuem palavras consideradas sagradas e outras malditas, palavras que apresentam um poder de carga vibratória, assumindo mesmo, em certos casos, uma irretroatividade da mensagem, uma vez proferidas.

Todos os idiomas possuem palavras obscenas, mas as que são consideradas como tal, o que elas significam, e o impacto que elas causam quando pronunciadas, mudam com o passar do tempo, assumindo novos sentidos.

Em muitas línguas, palavras que, antes, eram consideradas tabus se tornaram comuns e outras passaram a ser entendidas como obscenidades.

Um estudo da Escola de Psicologia, da Universidade de Keele, na Inglaterra, publicado pela revista especializada NeuroReport afirma que falar palavrão pode aliviar a dor física, posto que acelera o ritmo de batimentos cardíacos, o que pode diminuir a sensação de dor.(!?...)

Para comprovar essa estranha tese, o psicólogo Richard Stephens decidiu investigar o papel das expressões ofensivas na resposta do corpo à dor, e propôs, a 64 voluntários, que colocassem suas mãos em baldes de água, cheios de gelo, enquanto falavam um palavrão escolhido por eles próprios.

O batimento cardíaco dos voluntários foi medido durante a experiência e, realmente, mostrou-se mais acelerado quando eles falavam palavrões. Um estudo anterior, da Universidade de Norwich, tentou mostrar que o uso de palavrões ajuda a diminuir o estresse no ambiente de trabalho.

Para tais estudiosos, falar palavrões provoca, não apenas, uma resposta emocional, mas, também, uma resposta física. Para tais estudiosos, falar palavrões existe há séculos e é quase um fenômeno linguístico humano universal. (!?..) Afirmam que, no início da infância, o choro é uma forma aceitável de demonstrar as emoções e aliviar estresse e ansiedade.

Conforme as crianças crescem, principalmente os meninos, a sociedade ocidental os desencoraja a chorar, principalmente em público, mas elas, ainda, precisam de um escape para as emoções mais fortes, e é aí que apelam para os palavrões.

A sociedade considera que palavrão é coisa de homem e não de mulher. A impressão que se tem é a de que as mulheres, que falam palavrões e xingam, quebram mais tabus sociais do que os homens.

Elas, também, são mais julgadas e condenadas pelo uso de palavras obscenas. A sociedade, em geral, também, considera imorais as mulheres que falam palavrões e usam gírias. Estudos demonstram que o hemisfério esquerdo do cérebro é responsável pela linguagem.

O hemisfério direito cria o conteúdo emocional. O processamento da expressão verbal é uma "alta" função do cérebro e ocorre no córtex cerebral que possui áreas pré-motoras e motoras que controlam a fala e a escrita. A área de Wernicke processa e reconhece as palavras faladas.

O córtex pré-frontal controla a personalidade e o comportamento social adequado.

Por sua vez, as emoções e instintos são "baixas" funções do encéfalo e ocorrem no interior do cérebro. Muitos estudos sugerem que o cérebro processa os palavrões em regiões mais baixas, junto com as emoções e o instinto.

Cientistas concluíram que, em vez de processar um palavrão como uma série de fonemas, ou unidades sonoras que devem ser combinadas para formar uma palavra, o cérebro armazena os palavrões como unidades inteiras.

Portanto, o cérebro não precisa da ajuda do hemisfério esquerdo para processá-las. Falar palavrões envolve, especificamente, o sistema límbico, que, também, hospeda a memória, as emoções e os comportamentos primários e o gânglio basal, que tem grande participação no controle de impulsos e funções motoras.

Estudos com ressonância magnética mostraram que as partes mais altas e mais baixas do cérebro podem brigar entre si quando uma pessoa xinga ou fala palavrão.

“Por exemplo, cérebros de pessoas que se orgulham de ser educadas respondem a gírias e frases "ignorantes" da mesma forma que reagem a palavrões.

Além disso, em estudos em que as pessoas devem identificar a cor em que uma palavra é escrita (no lugar da palavra correta), os palavrões distraem os participantes e os atrapalham no reconhecimento da cor.

Dizem os especialistas, que conseguimos lembrar de palavrões quatro vezes mais do que de outras palavras. Falar palavrões, também, pode ser um sintoma de doença ou um resultado de danos a partes do cérebro.

”Para muitos estudiosos, a tendência por falar coisas obscenas (palavrões), por qualquer motivo, é um indício de distúrbio, tanto  psíquico quanto moral. Em verdade, teoricamente falando, a aparelhagem fonética do ser humano evoluiu em uma direção: a ideal para nosso aprimoramento espiritual.

Dos sons guturais emitidos por nossos antepassados hominídeos, passamos a uma grande gama de vocábulos, cujos significados intrínsecos ou explícitos são muito amplos.

Assim, uma oração, oriunda dos bons pensamentos e originada do mais elevado sentimento, é um instrumento para o bem, para a beleza e para a perfeição divina, atuante, em nós, no ambiente e em prol do interlocutor.

Contudo, uma maledicência, ou uma acusação, ou, ainda, um xingamento, ou mesmo um termo chulo, consubstanciam uma onda negativa de formas pensamento, que atuam em moto contínuo, alimentados pela mente e pelos sentimentos, vibratoriamente, similares.

Por isso, fujamos de palavrões! Que de nossa boca sejam, apenas, emitidas palavras voltadas ao bem e à paz.

Para esse objetivo, devemos intensificar o treinamento constante, pois que na vida social estamos viciados a lidar com nossa expressão verbal muito levianamente. Lembremos, porém, que sempre seremos responsáveis pelas consequências, diretas e indiretas, das palavras que proferimos a esmo.

Quem tem sede de se aprimorar, espiritualmente, deve analisar, com critério, o que verbaliza, diariamente. Espíritos elevados não se expressam de forma vulgar, pois fazem uso, unicamente, do verbo elevado.



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #25 em: 21 de Fevereiro de 2019, 01:22 »
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“Nascer, Morrer, Renascer...” Adolescência E Suicídio

A juventude é uma grande fase de descobertas, de experiência de novas emoções e sensações.

É compreensível, neste período de transição entre os estágios infantil e adulto, que o vendaval dos mais diversos anseios e pensamentos se torne presente na mente do jovem, erguendo opiniões, preconceitos, tabus e outros temas que eram tidos como certos e inalteráveis.

A estrada sedimentada com a presença dos pais até então vai se dissipando sob seus passos, estabelecendo que ele, depressa, construa os alicerces do seu próprio caminho.

Nesse contexto de deliberação e meditação, o jovem ingênuo ou o adolescente imaturo, que jamais teve um calçamento firme e estruturado por onde pudesse caminhar se desorienta e busca, em atitudes extremas, debelar sua perturbação e tédio com o mundo.

Diante do desafio de viver com as diferenças, pode brotar então a conduta suicida, que se consubstancia através de acenos psicológicos aos ensaios para a morte.

A depressão é, seguramente, o diagnóstico psiquiátrico mais notado em jovens que tentam o autoextermínio.

Desfalecimento, consumo de drogas, desarmonia no lar, desordens de conduta, fatos estressantes, violências físicas, sexuais ou psicológicas e causas fisiológicas podem ser avaliados como os fundamentais agentes geradores desse distúrbio.

Mesmo com o avanço significativo da ciência médica, algumas manifestações permanecem obscuras no campo da psicologia. A mente humana guarda mistérios ainda não desvendados.

Quase sempre o jovem que pensa em suicídio dá sinal dessa ideia através de um comportamento diferente no seu modo de viver, passando a buscar refúgio na solidão, isolando-se de tudo e de todos.

A maioria das tentativas e das realizações de suicídio entre jovens acontece sobretudo em lares desarmonizados, com famílias desestruturadas, ou procedentes de grupos familiares que apresentam herança de enfermidades somáticas e/ou mentais.

Os atos dos jovens buscando a auto eliminação podem ser formas desesperadas de pedir carinho, de chamar a atenção para si. Desse modo, a função da família deve funcionar como decidido antídoto contra o suicídio.

O autocídio é transgressão às leis de Deus, considerado dos mais graves que o ser humano pratica ante o seu Criador.

Muitas são as consequências para os que atentam contra a própria vida; são, porém, variáveis para cada espírito, pois há de se levar em conta os pretextos da opção pelo autoextermínio e as formas empregadas para praticá-lo.

Os espíritos de suicidas são enfáticos e unânimes em declarar a intensidade dos sofrimentos que experimentam, a agonia da situação em que se abalam, decorrentes do seu impensado gesto.

Como atitude de suprema rebeldia ante o Criador, ainda que com atenuantes ou agravantes, nenhum suicida se liberará do resultado sinistro da ação que praticou em face da desobediência às leis da Criação, e fatalmente uma nova reencarnação o esperará, seguramente em condições mais problemáticas do que aquela em que destruiu a si mesmo.

O suicídio é circundado de complexos e sutilezas imprevisíveis, cercado por circunstâncias e consequências gravíssimas, embora possam variar de grau e intensidade diante das ocorrências. As leis de Deus são incorruptíveis e ajuizadas, solicitando de cada um de nós o máximo bom senso para analisá-las e aprendê-las sem decompô-las através de nossos desejos e paixões.

Sob o ponto de vista espírita, recordamos que a obsessão espiritual igualmente se constitui numa das causas de jovens matarem-se. Quase sempre a perseguição espiritual exprime a desforra que um espírito exerce e que, com obstinação, se enraíza nas relações que o obsidiado manteve com o obsessor em vidas pregressas.

Portanto, a ideia recorrente de autocídio, que vez por outra surge na mente de muitos jovens, pode ser reflexo de experiências de encarnações antecedentes.

No debate, garantimos que o Espiritismo é um dos maiores preservativos contra o suicídio.

Quando o jovem consegue assimilar as lições dos Bons Espíritos, o suicídio deixa de fazer sentido para ele, mormente quando o adolescente reflete de forma madura a máxima “Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a lei”.

Sim! O moço perceberá que está diante de um Código Divino que encerra a transcendência da vida, sendo, portanto, o maior defensivo contra o suicídio.



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #26 em: 21 de Fevereiro de 2019, 19:03 »
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Experiência “Pré-Morte” Sanciona Imortalidade


Em 1998, durante uma regata, Lars Grael, iatista brasileiro, detentor de 2 medalhas olímpicas, teve 2 paradas cardíacas após sua perna direita ter sido decepada por uma lancha que o atropelou quando velejava em Vitória.

Ao ter a perna amputada e perder muito sangue, Grael teve paradas cardíacas e conheceu uma experiência de quase-morte.

Nas palavras do próprio Lars, “foi uma experiência muito difícil de descrever”.

O médico José Carlos Ramos de Oliveira, outro sobrevivente de parada cardíaca, endossa a sensação de Lars: “só quem passou por isso sabe o que é uma “experiência de quase morte”.

Outro caso foi o de Maria Aparecida Cavalcanti, radialista e professora universitária em São Paulo, que afirma ter passado por 3 “experiências de quase-morte”. O relato abaixo se refere à segunda dessas experiências, ocorrida depois de um desastre automobilístico em Santa Catarina, em 1994.

"No momento do acidente, eu me senti tragada por um ‘túnel de vento’. Fiquei flutuando no asfalto e vendo o carro capotar num barranco. Outro carro parou e 3 homens saíram dele. Um deles desceu o morro e disse: ‘Tem uma mulher morta ali’.

Era eu.

Não tive nenhum choque ao ver o corpo – apenas lamentei, em pensamento, o que tinha sofrido. Fora do corpo, conseguia enxergar em todas as direções ao mesmo tempo.

Então eu avistei 2 pessoas flutuando acima do morro. Uma delas era uma mulher morena. A outra, com silhueta de um homem alto, me pareceu conhecida – apesar de ser transparente.

A moça esticou o braço direito e disse, sem mexer a boca: ‘tenha calma; isso está na sua programação’. Essa frase funcionou para mim como uma senha.

Era como se eu resgatasse toda a minha memória. Deslizei em direção à dupla, mas lembrei que meu único filho de 12 anos estava sozinho num chalé sem vizinhos e sem telefone.

Alguém precisava resgatá-lo. Nesse mesmo instante, fui tragada de novo pelo túnel e voltei ao corpo. Daí senti uma dor horrível. Foi o único jeito de avisar a família sobre o acidente e resgatar meu filho."



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #27 em: 22 de Fevereiro de 2019, 05:07 »
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“Palavrão” - Expressão Do Empobrecimento Moral

Filólogos divergem quanto à classificação das palavras de baixo calão e de suas acepções entre ofensivas ou populares.

Uma palavra de baixo calão (palavrão) é uma expressão que diz respeito ao grupo de gíria e, dentro desta, apresenta reles, impróprio, afrontoso, grosseiro, obsceno, agressivo ou depravado sob o ponto de vista de alguns conceitos religiosos ou estilos de

Uma simples palavra, quando proferida nas ocasiões “certas”, seja ela de estímulo ou de desestímulo, provoca indícios, em quem ouve, de que pode reagir, positivamente, e modificar a sua maneira de pensar sobre determinada circunstância da vida.

Por outro lado, a mera palavra pronunciada em momento “inadequado” pode ser motivo de grandes dores.

A recente publicidade das “escutas” telefônicas pela justiça brasileira tornou público múltiplos conteúdos constrangedores de algumas autoridades.

O que nos prendeu a atenção foram os diálogos mantidos através de um festival de palavrões totalmente inaceitáveis nos vocábulos de quaisquer representantes do povo (prefeitos, governadores, ministros).

Tais personagens que xingam (com palavrões) ignoram que estão transgredindo o artigo 140 do Código Penal.

O costume do “palavrão” carrega a sua influência, complexidade e contrassenso. Como expressão do empobrecimento moral a palavra depravada (palavrão) é interdita em todas as instâncias ajuizadas, mas em vez de evitá-las, como recomenda a elegância social, são usadas repetidamente.

As palavras de baixo calão são associadas à exaltação ou frustração e por vários outros pretextos nas diferentes circunstâncias de relação social. O uso do palavrão, ao invés de resolver crises emocionais, pode remeter às barras da justiça e ainda trucida a saúde espiritual do seu autor.

Qualquer palavra de baixo calão é um despautério verbal e é crime. Xingar denota descompostura nas interações pessoais e sanciona a restrição ética de quem xinga.

Muitas pessoas creem que o xingar é, “apenas”, uma resposta instintiva para algo doloroso e imprevisto como, por exemplo, bater a cabeça na quina do armário, uma topada inesperada em algum obstáculo ou ainda, quando nos vemos diante de alguma frustração ou aborrecimento.

Esses são os momentos mais comuns de as pessoas apelarem para as expressões de baixo calão, e muitos pesquisadores acreditam que eles “ajudam” a aliviar o estresse e a dissipar energia, da mesma forma que o choro para as crianças. Obviamente não aprovamos tal argumento que por si só é astucioso.

Que de nossa boca sejam, apenas, emitidas palavras voltadas ao bem, à harmonia e à paz.

Para esse imperativo, devemos intensificar a disciplina e o treinamento verbal constante, pois que na vida social estamos viciados a lidar com a expressão verbal muito levianamente. Lembremos, porém, que sempre seremos responsáveis pelas consequências, diretas e indiretas, das palavras que proferimos a esmo.

Pessoas sóbrias no trato com o próximo não se expressam de forma vulgar, pois fazem uso, unicamente, do verbo elevado. Portanto, extinguir o lixo mental é importante decisão para prosperarmos na ciência da boa conversação.

As palavras são os reflexos dos pensamentos; quando pensamos com bondade e compreensão, é isso que nossas palavras refletirão.



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #28 em: 23 de Fevereiro de 2019, 18:10 »
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São Chegados Os Tempos?

São chegados os tempos? Para os que em nada creem, essas palavras não têm qualquer legitimidade e não lhes toca a consciência. Para a maioria dos crentes, elas apresentam qualquer coisa de místico e de sobrenatural, prenunciadoras da subversão das leis da Natureza.

Para Kardec, as duas posições são errôneas: "a primeira, porque envolve uma negação da Providência; a segunda, porque tais palavras não anunciam a perturbação das leis da Natureza, mas o cumprimento dessas leis."(1)

Inteligentemente consignado no Jornal O Imortal por Astolfo Olegário "O futuro a Deus pertence e nem mesmo Jesus se atreveu a precisá-lo. (...) "O advento do mundo de regeneração não se dá nem se completa em pouco tempo.

Que a transição de planeta de provas e expiações para regeneração já começou, não padece dúvida. Na Revista Espírita há inúmeras informações que o atestam. O equívoco é datar, é precisar, é fixar uma época em que tal processo estará concluído." (2)

A rigor, todas as leis da Natureza são obras eternas do Criador, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. "Quando a Humanidade está madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus."(3)

A Terceira Revelação não inventa a renovação social; "a madureza da Humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina, a secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento."(4)

A evolução dos mundos habitados ocorre no mesmo ritmo da dos seres que habitam em cada um deles. Os mundos habitados, segundo o Espiritismo, podem ser classificados como:

Mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações do Espírito; Mundos de expiação e provas, onde domina o mal entre os Espíritos; Mundos de regeneração, nos quais os Espíritos ainda têm o que expiar; Mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal e os Mundos celestes ou divinos, onde exclusivamente reina o bem.

Na condição de expiação e provas, a Terra viveu "Época de lutas amargas, desde os primeiros anos deste século,(*) a guerra se aninhou com caráter permanente em quase todas as regiões do planeta.

A Liga das Nações, o Tratado de Versalhes, bem como todos os pactos de segurança da paz, não têm sido senão fenômenos da própria guerra, que somente terminarão com o apogeu dessas lutas fratricidas, no processo de seleção final das expressões espirituais da vida terrestre."(5).

O Século XX, recentemente findo, foi, sem dúvida, o século mais sangrento de todos. Após a Segunda Guerra Mundial, já tivemos 160 conflitos bélicos e 40 milhões de mortos. Se contabilizarmos desde 1914, estes números sobem para 401 guerras e 187 milhões de mortos, aproximadamente.

Apesar de terroristas agirem em toda parte, tropas se confrontarem em muitas regiões, a economia se descontrolar, sistemas e valores entrarem em colapso, instituições tradicionais como a Igreja e a Família serem violentamente abaladas, teóricos pregarem o fim da História, não faltam as vozes otimistas que apregoam um porvir renovado sob a luz de uma nova era.

Não há como se desconhecer a violência que assola a Humanidade terrestre. Ela está presente no trânsito, destruindo vidas e mutilando corpos; na prostituição infanto-juvenil, sob o assédio dos malfeitores; na polícia, subvertendo suas obrigações patrióticas de proteger e auxiliar o povo, por interesses pessoais e mesquinhos...

... nas drogas, levando os jovens à dependência dessas substâncias alucinógenas; nas religiões, onde fanáticos insanos lutam e se aniquilam, disputando qual o "deus" mais forte e mais poderoso; no lar, pela intolerância dos pais para com os filhos e vice-versa, dispensando o diálogo fraterno, que, se houvesse, faria de suas vidas uma tranquila experiência de coabitar com amor.

Percebemos que há um grande número de pessoas aderindo às sugestões do mal, por simples ignorância.

Estas, serão renovadas no desdobramento de suas experiências, particularmente com a magna dor, em reencarnações regeneradoras. O problema maior está com aqueles em que o mal predomina nas entranhas de seus corações, o que constitui uma minoria. Estes, pela lei da seleção natural dos valores morais, serão expurgados do nosso convívio, assim que houver chegado a hora.

Temos a impressão de que os atos violentos, praticados por mentes insanas, banalizam-se no curso do tempo, mas, apesar de essa violência sufocar, confundir, assustar e cercear o homem na sua liberdade de ir e vir, nunca se assistiu, em todos os tempos, tantas pessoas boas e pacíficas, mobilizarem-se em prol de programas assistenciais aos irmãos menos afortunados, trabalhando voluntariamente por um mundo melhor e mais justo e com total desprendimento e espírito cristão.

É claro que não podemos desconsiderar os perigos reais que nos cercam: desastres nucleares; o buraco na camada de ozônio; o desmatamento desordenado de nossas florestas; a poluição das nossas límpidas águas, etc., mas se olharmos o momento em que vivemos sob a ótica da revelação espírita, teremos motivos suficientes para crer que o desespero e desesperança, consequentes do pessimismo que prevalece atualmente entre os homens, precisam ser substituídos pela ação eficaz.

A Terra está entrando em uma fase de transição para Mundo de regeneração, obedecendo às leis naturais de evolução. Mensagens da espiritualidade que nos vêm sendo transmitidas no movimento espírita, desde o final do Século XX, têm confirmado tal fato, e o homem não há como vetar os Decretos de Deus.

Percebe-se que, atualmente, tudo está se transformando muito rapidamente, trazendo mais conforto e melhor qualidade de vida ao habitante da Terra.

A dor física está, relativamente, sob controle; a longevidade ampliada; a automação da vida material está cada vez maior, em face da tecnologia fascinante, especialmente na área da comunicação e informática.



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Re: Artigos Jorge Hessen
« Responder #29 em: 23 de Fevereiro de 2019, 18:13 »
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Quando poderíamos imaginar, por exemplo, há 50 anos, o potencial da Internet?

Já no Século XIX, Kardec asseverava que: "A Humanidade tem realizado, até o presente, incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material."(6)

Neste Século XXI, o Planeta passa por um processo acelerado de transformação. É com muito otimismo que percebemos, no tecido social contemporâneo, a gestação de vários investimentos, envolvendo cientistas, filósofos, religiosos e educadores que se inclinam para a formulação de um mundo renovado. Busca-se um novo conceito do homem e um novo ideal de sociedade, alicerçados em paradigmas revolucionários da Nova Física.

Se atentarmos apenas para a Informática e para a Medicina, enquanto fatores de progresso humanos a benefício de toda a Humanidade, perceberemos que Deus autorizou aos Espíritos Protetores fazerem aportar, na Terra, os admiráveis avanços científicos que alcançamos."

O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua História; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus verdadeiros caminhos.

No seu manancial de esclarecimentos, poder-se-á beber a linfa cristalina das verdades consoladoras do Céu, preparando-se as almas para a nova era."(7)

A transição de uma categoria de mundo, para outra, não se processa sem abalos, pois toda mudança gera conflitos.
Há um momento em que o antigo e o novo se confrontam, estabelecendo a desordem e uma aparência de caos. "(...) a vulgarização universal do Espiritismo dará em resultado, necessariamente, uma elevação sensível do nível moral da atualidade."[8]

Fugindo-se da paranoia de datação do advento do Mundo de Regeneração, se quisermos atuar verdadeiramente, auxiliando o advento de um mundo melhor, tratemos de trabalhar incansavelmente pela divulgação das ideias espíritas, corrigindo as distorções (facilmente observadas) no rumo do movimento que abraçamos, a fim de que os condicionamentos adquiridos em outros arraiais religiosos não venham a contaminar nossa ação, pela também intromissão de atitudes dogmáticas e intolerantes."

Não é possível esperar a chegada do mundo de regeneração de braços cruzados.

Até porque, sem os devidos méritos evolutivos, boa parte de nós deverá retornar a esse mundo pelas portas da reencarnação. Se ainda quisermos encontrar aqui estoques razoáveis de água doce, ar puro, terra fértil, menos lixo e um clima estável - se os flagelos previstos pela queima crescente de petróleo, gás e carvão que agravam o efeito estufa - deveremos agir agora, sem perda de tempo."(9)

Para habitarmos um mundo regenerado, mister se faz que o mereçamos. Para tanto, urge que pratiquemos a caridade, não restrita apenas à esmola, mas que abranja todas as relações com os nossos semelhantes. Assim, perceberemos que a caridade é um ato de relação (doação total) para com os nossos semelhantes.

Desta forma, estaremos atendendo ao chamamento do Cristo, quando disse: "Amarás o senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este é o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos."(10) (*) Emmanuel faz referência ao Século XX.

FONTES(1) Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed FEB, 2004, Sinais dos Tempos - 4ª pte.(itens 21 a 26) (Estudo 131 e 132)(2) Cf. Jornal o Imortal publicado em outubro de 2006(3) - Allan. A Gênese, RJ: Ed FEB, 2004, Sinais dos Tempos - 4ª pte.(itens 21 a 26) (Estudo 131 e 132)(4) Idem(5) Xavier, Francisco Cândido. A Caminho da Luz, RJ: Ed FEB 1987(6) Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed FEB, 2004, cap XVII, item 5(7) Xavier, Francisco Cândido. A Caminho da Luz, RJ: Ed FEB 1987[8] Kardec, Allan. Obras Póstumas, 26ª Ed RJ, FEB 1978. As Aristocracias(9) Matéria publicada no Boletim SEI - Serviço Espírita de Informações 30/04/05(10) Cf. Mateus, 22, 34-40



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