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  • A Cura por meios paranormais no contexto médico

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Autor Tópico: A Cura por meios paranormais no contexto médico  (Lida 3178 vezes)

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Offline Victor Passos

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A Cura por meios paranormais no contexto médico
« em: 14 de Fevereiro de 2009, 12:18 »
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 A Cura por meios paranormais no contexto médico

Conceitos e Evidências da Cura por Meios Paranormais

Médico clínico-geral, formado pela Universidade Federal de Pernambuco (1986 a 1992). Matemático, formado pela Universidade Federal de Pernambuco (1980 a 1983). Parapsicólogo. Hipnòlogo. Presidente da Associação Médico-Espírita de Pernambuco. Professor do Curso de Pós-Graduação em Parapsicologia do Ipep, desde 1988. Presidente do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas - Ibep. Primeiro secretário da Associação Pernambucana de Parapsicologia . Aspep. Ex-presidente do Conselho Regional de Parapsicologia da 7" Região.



MEDNESP 95 - Boletim Médico-Espírita n ° 10

Para compreendermos o conceito de cura paranormal, é necessário definir fenômeno paranormal. Denominamos de psi ou paranormal todo o fenômeno que, tendo o homem como elemento deflagrador, apresenta as seguintes características:

-modalidade de conhecimento que uma pessoa demonstra de fatos físicos e/ou psíquicos relativos ao passado, presente ou futuro, sem a utilização (aparente) dos sentidos e da razão, assim como habilidades que não resultem de prévio aprendizado;
- ação física que uma pessoa exerce sobre os seres vivos e a matéria em geral, sem a utilização de qualquer extensão ou instrumento de natureza material (1).

Postulamos a existência de duas funções psíquicas eferentes: a função pi e a função tau (2).

A função pi é um mecanismo psíquico pelo qual impulsos eferentes do organismo são inibidos. Estes podem ser de natureza endógena (secreção glandular, impulsos eferentes para a musculatura lisa etc.) ou exógena (atividade motora estriada). Sem essa função inibidora, estaríamos em permanente estado de espasticidade, secreção endógena etc. A função pi seleciona as atividades efetoras que devem ser exercidas pelo organismo.

A função pi apresenta as seguintes características: a) controla ou suprime a atividade eferente excitatória; b) age nas vias eferentes do sistema nervoso; c) é desempenhada pelo córtex motor, gânglios da base, cerebelo, hipotálamo e sistema límbico.

Outrossim, o sistema nervoso também possui uma tonicidade intrínseca que deve ser bloqueada por algum mecanismo, ao qual denominamos de função tau. Essa função inibe a atividade efetora paranormal. Dessa maneira, parece existir um link entre a mente e a matéria promovendo a produção de uma interação não local. O bloqueio desse link, exercido pela função tau, interrompe essa interação, impedindo a consecução da psicocinesia.

Quando a extremidade receptora do fluxo psi energético for um organismo vivo, poderemos observar um fenômeno de cura por meios paranormais, desde que ocorra um "efeito psicocinético sobre o tecido ou a matéria orgânica que a ajude a recuperar-se de doença ou lesão biológica. Se a psicocinesia pode mover um objeto ou perturbar um processo quântico, parece lógico presumir que seja capaz de rearrumar células e tecidos ou apressar as capacidades regenerativas do próprio corpo (3)".

A função de repressão tau apresenta as seguintes características: a) é de natureza neurológica ou psíquica; b) impede a atualização das interações universais entre o psiquismo e o mundo físico ; c) é exercida pela própria atividade eferente, através de estruturas neurais superiores.

Podemos definir a cura por meios paranormais como uma ação física da mente sobre os seres vivos, sem a utilização de qualquer extensão ou instrumento de natureza material, que produz o restabelecimento da saúde a esse sistema,

O Dr. Bernard Grad, do McGill University's Aliem Memorial Institute, em 1916, realizou uma experiência que afasta a possibilidade da ação curativa ocorrer,- em alguns casos, por um fator sugestivo, sendo necessário acrescentar a hipótese de um fenômeno de natureza paranormal. Nessa experiência, em que o "sujeito" foi o coronel Oskar Estebany, utilizou como objeto experimental um conjunto de camundongos, dos quais foram retirados (com anestesia) pedaços de pele e em seguida, foram mensurados os tamanhos das feridas causadas. As 48 fêmeas foram divididas em três grupos, o primeiro sofreu a ação do coronel. O segundo grupo foi submetido à atuação de uma outra pessoa. Finalmente, o terceiro grupo foi aquecido a uma temperatura análoga a que foram submetidos os camundongos dos outros dois grupos. As feridas eram medidas de 20 em 20 dias. Observou-se que as feridas dos animais submetidos à ação do curandeiro eram muito menores do que as apresentadas pelos outros grupos (4).

Inúmeras experiências realizadas por ele e por outros pesquisadores, bem como paranormais, levaram à conclusão de que parece existir uma interação curandeiro-ser vivo, de natureza paranormal.



Cirurgias Psíquicas
Curandeiros que se utilizam de instrumentos materiais ou das próprias mãos praticam sugestão dramatizada. Por utilizarem objetos cortantes para realizar suas cirurgias, a expressão "cirurgião psíquico" é inadequada. Caso fossem paranormais, promoveriam a extração de tumores, corpos estranhos, cálculos etc., através de metafanismo, sem que fosse necessária a realização de incisões (5).

O material retirado é víscera de animal, cabelo, sangue não-humano, entre outros, demonstrando a natureza fraudulenta da maioria dessas intervenções. Comumente essas cirurgias limitam-se a lesões superficiais e apresentam uma técnica primitiva.

Três elementos são geralmente indicados como demonstrativos da natureza paranormal dessas intervenções: ausência de dor, ausências de infecção e hemostasia.

A dor nem sempre está ausente e, quando isso ocorre, podemos interpretar como um efeito de natureza hipnótica. A hipnose pode ser compreendida como um estado emocional intensificado, sendo do tipo trofotropa (emoção tranqüilizadora, calmante) ou ergotropa (emoção desestabilizadora, irritante). As sugestões hipnóticas podem estar implícitas. Assim, o desejo e a crença em curar-se mediante o toque ou a presença do curandeiro são fatores suficientes para mobilizar o organismo no sentido da cura.

Quanto à ausência de infecção pós-cirúrgica, podemos argumentar que o sistema imunológico tem sua atividade exacerbada por influência do psiquismo, podendo, dessa maneira, debelar ou diminuir a disseminação da infecção. As "cirurgias psíquicas" são potencialmente contaminadas (risco de infecção de 10%) e contaminadas (risco de 20%). A informação de que não ocorre a prescrição de antibióticos é falsa. Além disso, é conhecido o fato de que não devemos utilizar antibioticoterapia profilática em feridas potencialmente contaminadas, que é o caso de grande parte das intervenções desse tipo.

A tudo isso, acrescentamos que a maioria das complicações pós-cirúrgicas só ocorrem dias após as intervenções, sendo necessário um acompanhamento minucioso do paciente após a sua alta, durante vários dias, para podermos garantir a ausência de complicações. Este é um problema bastante comum, comumente esquecido pela Medicina acadêmica.

Finalmente, lembrem os que as feridas podem cicatrizar-se por segunda intenção, em que não é realizada a sutura, deixando-se a ferida aberta.

Nesse caso, há intensificação da epitelização e contração da ferida, bem como maior resistência à instalação de infecção (6).

As "cirurgias psíquicas" cicatrizam-se por segunda intenção e, dessa maneira, são menos propensas a sofrer infecções.

Por sua vez, a hemostasia pode ser obtida por processos hipnóticos, em que a ação do psiquismo promove uma vasoconstrição diferenciada, impedindo, dessa maneira, a hemorragia (7). Assim, a presença de hemostasia também não é um indício contundente da natureza paranormal do fenômeno.

Concluímos, assim, que as chamadas "cirurgias psíquicas" não são de natureza paranormal, além de apresentarem resultados muito inferiores ao da medicina tradicional.



Abordagem Médico-Legal
Qualquer pessoa pode dedicar-se a uma profissão, desde que tenha obtido capacidade e habilidade legal para exercê-la (8).

A profissão médica no Brasil é regulada pelo Decreto 20.931, de 11 de janeiro de 1932, ainda em vigor, que exige uma habilitação profissional e outra legal. Aquela é obtida nas universidades, através dos currículos das escolas médicas reconhecidas; esta, pela posse e registro de título idôneo no Conselho Regional de Medicina correspondente.

As pessoas não formadas em Medicina não podem exercer a profissão médica, salvo em situações inadiáveis e imprescindíveis, que o estado de necessidade reconhece como lícito. O que se tenta impedir é a ameaça da saúde pública por indivíduos não qualificados.

O Código Penal pune, com detenção de, no máximo, dois anos e o pagamento de cinco a quinze dias-multa, se praticado com fim lucrativo, o indivíduo que "exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, de dentista ou de farmacêutico sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites".

O charlatanismo pode ser entendido como cura inculcada ou anunciada, através de meios infalíveis e secretos, de tratamento simulado, diagnóstico e prognóstico falhos ou curas sensacionais e extraordinárias.

Entendemos que o charlatanismo é privativo dos médicos.

Inculcar significa aconselhar, recomendar, elogiar, apregoar, enquanto anunciar é a maneira de divulgar e disseminar por qualquer meio (rádio, televisão, jornais etc.). Não se faz necessária a habitualidade nem a factualidade, bastando a possibilidade de enganar.

O Decreto-Lei 4,113, de 14 de janeiro de 1942, em seu artigo 1ú, disciplina a propaganda dos médicos, dentistas e farmacêuticos, proibindo que seja anunciada cura de doenças para os quais, atualmente, não há tratamento adequado pela ciência oficial.

O médico não pode anunciar atendimento gratuito, pois caracteriza uma pseudocaridade, com a finalidade de obter clientela.

O curandeirismo, por sua vez, também é crime de perigo abstrato, bastando que haja fisco para caracterizá-lo, mesmo sem a concreta produção de dano ao indivíduo. Não são usados procedimentos médicos, mas informações empíricas e condutas que supõem o sobrenatural. José Duarte (9) comenta: "É, pois, uma prevenção moral e higiênica porque, muitas vezes, as bruxarias, os sortilégios, a magia negra e práticas semelhantes produzem nos espíritos fracos impressões nocivas que perturbam a própria mente e comprometem a saúde. São, às vezes, pequenas fraudes, mistificações ridículas, revestindo um caráter aparentemente inofensivo, sem visos de chantagem. Mas contêm a ameaça de um grande perigo, dada a influência que exercem na gente inculta, simplória e crédula".


O curandeiro, não tendo capacitação nem habilitação legal, exerce suas atividades de pretensas curas que podem se enquadrar em um dos grupos seguintes:

- prescrever, ministrar ou aplicar habitualmente qualquer substância;
usar gestos, palavras ou qualquer outro meio (benzeduras, rezas etc.) ;
realização de diagnóstico.
- Observamos que a habitualidade é fator necessário para a caracterização desse crime. Quando ocorrer mediante pagamento, a penalidade é maior, Entretanto, é importante destacarmos que muitos curandeiros utilizam-se de meios indiretos de ganho, seja através de recebimento de presentes, muitos de alto valor, seja através de uma rede comercial constituída de farmácias, hotéis etc., montados na região, comumente por familiares que, indiretamente, promovem uma confluência de riquezas para o curandeiro.

Há quem defenda a legalização do curandeirismo, como o professor de Direito e promotor público Djalma Gabriel Barreto, baseado na possibilidade de ocorrência da integração mente-organismo vivo e, conseqüentemente, do retomo à condição de hígido. Admite seu exercício, desde que acompanhado por profissional médico (l0). Esta é uma questão bastante polêmica, merecendo, por parte de todo médico, uma reflexão profunda para que não ocorra agressão ou prejuízo à população.


A "cirurgia psíquica", já comentada anteriormente, requer uma maior atenção, haja vista que:

a)apresentam técnicas primitivas;
b)não é feito um acompanhamento adequado das complicações pós-cirúrgicas;
c)não são realmente psíquicas, já que se utilizam de instrumentos materiais;
d)colocam em fisco a integridade física, e até mesmo psíquica, do paciente;
e)apresentam resultados muito aquém da medicina tradicional ;
f) não possuem nenhum embasamento de natureza científica.
Como vemos, esse é um campo altamente complexo, que requer bastante cuidado e precauções na sua abordagem.


Conclusão

A ciência, sendo incapaz de lidar diretamente com a realidade, busca a elaboração de representações de modelos que mais fielmente explicitem a dinâmica dos fenômenos da natureza. Dentro de sua metodologia, procura trabalhar com modelos mais simples, com a menor quantidade de suposições possíveis.

A mente humana parece possuir o potencial de agir sobre o seu próprio organismo, bem como sobre objetos externos. Através de sugestões, de uma crença em determinado fato, somos capazes de mobilizar reservas internas que incrementam nossas defesas contra agentes agressores; além disso, podemos provocar alterações fisiológicas que permitem o desaparecimento ou diminuição das sensações nociceptivas e a produção de hemostasia. Todos esses fenômenos favorecem o restabelecimento da saúde sem que se faça necessária a utilização de hipóteses mais complexas.

Em alguns casos, a ação do psiquismo sobre o próprio organismo do indivíduo não é suficiente para explicar o conjunto de fenômenos observados, sendo necessário acrescentar a hipótese do fenômeno paranormal. É o que ocorre, por exemplo, na ação de curandeiros sobre animais e plantas, que, teoricamente, não são sugestionáveis.

É importante, também, que destaquemos o aspecto do exercício legal da profissão médica, tanto no que se refere à capacitação quanto ao registro em órgão oficial de regulamentação do exercício da Medicina.

A prática do curandeirismo, principalmente no caso das chamadas "cirurgias psíquicas", deve ser desestimulada, pelo risco que envolve e pelo resultado inferior, ou, no máximo, igual ao das terapêuticas convencionais.

Referências Bibliográficas
(1) BORGES, Valter da Rosa, CARUSO, Ivo Cyro. Parapsicologia: um novo modelo (e outras teses). Recife: Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas, 1986.

(2) FILGUEIRA, Ronaldo Dantas Lins. Cura por meios paranormais: realidade ou fantasia? Recife: Associação Pernambucana dos Parapsicólogos, 1995.

(3) ROGO, D. SCOTT. A mente e a matéria. São Paulo: Ibrasa, 1992.

(4) MEEK, George W. As curas paranormais - como se processam. São Paulo: Pensamento, 1990.

(5) BORGES, Valter da Rosa. Manual de parapsicologia. Recife: Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas, 1992.

(6) GOLDENBERG, Saul, BEVILACQUA, Ruy G. Bases da cirurgia. São Paulo: EPU, 1981.

(7) ANDRADE, Osmard. Manual de hipnose médica e odontológica. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 1979.

(8) FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.

(9) DUARTE, José. Comentários à lei das contravenções penais. Rio de Janeiro: Forense, 1944.

(10) QUEVEDO, Oscar G. O poder da mente na cura e na doença. São Paulo: Loyola, 1992.

Publicado por Junio em 23/5/2006 (504 leituras)
Ronaldo Dantas Lins Figueira

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Re: A Cura por meios paranormais no contexto médico
« Responder #1 em: 14 de Fevereiro de 2009, 13:48 »
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EXISTEM AS CHAMADAS  CURAS ESPIRITUAIS?

   EMPREGANDO O VERBO ACREDITAR NO SENTIDO DE - TER COMO VERDADEIRO - RELEMBRAMOS QUE A CIÊNCIA É FEITA COM O USO AUTOCONSCIENTE DE NOSSAS FACULDADES MENTAIS, MAS O HOMEM NÃO POSSUI UMA MEDIDA ABSOLUTA DA VERDADE, DAÍ SUA RELATIVIDADE. O CIENTISTA NO SÉCULO VINTE PERDEU A SEGURANÇA QUE TINHA NO PASSADO, QUANDO SURGIU A PRIMEIRA UNIVERSIDADE PARA SER LOCAL DE CULTIVO DA CIÊNCIA NÃO RELIGIOSA. RELIGIÃO COMPREENDIDA NO CONTEXTO DOGMÁTICO E HIERÁRQUICO DE LIDES MEDIEVAIS. HOJE, NO ENTANTO, SUAS PRÓPRIAS CERTEZAS CIENTÍFICAS FORAM SUBSTITUIDAS POR PROBABILIDADES.
   A CIÊNCIA É UM CONJUNTO DE DECLARAÇÕES OU AFIRMAÇÕES QUE SÃO ASSUMIDAS COMO VERDADES SOBRE A REALIDADE. UMA PROVA EM TERMOS CIENTIFICOS, SIGNIFICA O PROCESSO GLOBAL ATRAVÉS DO QUAL CONCLUIMOS QUE UMA AFIRMAÇÃO É MAIS ACEITÁVEL DO QUE UMA NEGAÇÃO. NO ENTANTO, MUITAS PESSOAS NÃO ESTÃO DISPOSTAS A EXECUTAR ESSE TRABALHO E FAZEM SEUS JULGAMENTOS DE FORMA PRECIPITADA E LEVIANA, MESMO ANTES DE EXAMINAR OS FATOS COM PROFUNDIDADE. OS ESPÍRITOS TÊM OFERECIDO DIVERSAS EVIDÊNCIAS SUGESTIVAS DE SUAS HABILIDADES ATRAVÉS DE SEUS INSTRUMENTOS MEDIÚNICOS.
A PSICOGRAFIA DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER JÁ ESTEVE DIANTE DOS TRIBUNAIS EM MAIS DE UMA OPORTUNIDADE. POR VOLTA DE 1944, NO FORO DO RIO DE JANEIRO FOI SUSCITADA UMA QUESTÃO DE DIREITOS AUTORAIS. TRATRAVA-SE DE ESCLARECER SE DETERMINADOS LIVROS PUBLICADOS PELA FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA, FORAM VERDADEIRAMENTE DITADOS PELO ESCRITOR HUMBERTO DE CAMPOS AO MÉDIUM MINEIRO. SE FIRMADA POR SENTENÇA A NEGATIVA HAVERIA SANÇÃO PENAL CONTRA A EDITORA, MAS SE POSITIVA OCORRERIA INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS, O ÔNUS DA RÉ.
AO TÉRMINO DO PETITÓRIO O MERITÍSSIMO JUIZ DEU GANHO DE CAUSA À FEDERAÇÃO ESPÍRITA, POR IMPROCEDENTE A AÇÃO. "PETITÓRIO ILÍCITO E JURIDICAMENTE IMPOSSÍVEL". A AÇÃO JUDICIAL ESTÁ DESCRITA NO LIVRO "A PSICOGRAFIA ANTE OS TRIBUNAIS", DE MIGUEL TIMPONI, ONDE ENCONTRAMOS TRÍPLICE ASPECTO: JURÍDICO, CIENTÍFICO E LITERÁRIO.
   RECENTEMENTE UM PROFESSOR UNIVERSITÁRIO ESPECIALIZADO, DR. CARLOS AUGUSTO PERANDRÉA, FEZ UM ESTUDO GRAFOSCÓPICO DE MENSAGENS PSICOGRAFADAS PELO MESMO MÉDIUM. O ESTUDO SE BASEIA NA ASSINATURA DO ESPÍRITO, QUANDO ENCARNADO E, DEPOIS, VINDO DO OUTRO MUNDO E ATUANDO ATRAVÉS DO MEDIUM. É UM TRABALHO INÉDITO EM TODO O MUNDO E APRESENTA METODOLOGIA CIENTÍFICA CAPAZ DE COMPROVAR A AUTENTICIDADE DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITUAIS E SOBREVIVÊNCIA DA ALMA APÓS A MORTE DO CORPO FÍSICO. APÓS ESTES EXEMPLOS PERGUNTAMOS VOCÊ ACREDITA NAS PSICOGRAFIAS? O CONJUNTO DE RESULTADOS OBTIDOS PELOS EXPERIMENTADORES SÉRIOS, COM DIVERSOS MÉDIUNS EM TODAS AS PARTES DO GLOBO TERRESTRE, PERMITE CONCLUIR QUE A NEGAÇÃO DA REALIDADE DO FENÔMENO É UMA POSIÇÃO DIFÍCIL DE SER SUSTENTADA. PODEREMOS INFERIR, POR OUTRO LADO, QUE SE OS ESPÍRITOS SÃO CAPAZES DE FAZER PRODÍGIOS COM O LÁPIS, COMO O ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS, OU COM O PINCÉL, COMO ESPÍRITO RENOIR, ELES CERTAMENTE SERÃO TAMBÉM CAPAZES DE OBTER BONS RESULTADOS COM O BISTURÍ, PRINCIPALMENTE SE FOREM CIRURGIÕES DESENCARNADOS.



ESTAS CURAS PODEM SER AVALIADAS CIENTIFICAMENTE?
   
LEMBRANDO O PROFESSOR ROTBERG, DE SÃO PAULO, ACHAMOS QUE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE CURAS POR ENTIDADES ESPIRITUAIS PASSA POR UM PLANO DE TRABALHO COM INÚMERAS EXIGÊNCIAS, QUE SÓ PODERIAM SER CUMPRIDAS SE EXISTISSE, POR PARTE DA INSTITUIÇÃO DE PESQUISA UNIVERSITÁRIA, A OPÇÃO POLÍTICA PELA INVESTIGAÇÃO. NO ENTANTO, A SUA NEGAÇÃO PURA E SIMPLES EQUIVALE HOJE A UMA CONFISSÃO DE IGNORÂNCIA.



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Re: A Cura por meios paranormais no contexto médico
« Responder #2 em: 14 de Fevereiro de 2009, 15:17 »
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Ola Amigo Ramon
Muita paz
   
      Concisas as suas afirmações, mas na realidade ainda vivbemos com a problematiuca de aceitação ou não dos Valores reais do espioritismo nessa vertente, e a Ciência tem facções que aceuitam a cura e outra que apenas  se limitamn a negar.


Ciência e Espiritismo

1 - O início de tudo: O Universo teve um princípio?



LE 37. O Universo foi criado, ou existe de toda a eternidade, como Deus?



“É fora de dúvida que ele não pode ter-se feito a si mesmo. Se existisse, como Deus, de toda a eternidade, não seria obra de Deus.”



Diz-nos a razão não ser possível que o Universo se tenha feito a si mesmo e que, não podendo também ser obra do acaso, há de ser obra de Deus.



LE 38. Como criou Deus o Universo?



“Para me servir de uma expressão corrente, direi: pela sua Vontade. Nada caracteriza melhor essa vontade onipotente do que estas belas palavras da Gênese - “Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita.”



Stephen Hawking e Roger Penrose (Físicos Ingleses – Livro “O Universo numa casca de noz”): “O Universo e o tempo tiveram um começo, e estão em constante expansão”.



2 - E de que é feito o Universo? Como ele se formou?



LE 39. Poderemos conhecer o modo de formação dos mundos?



“Tudo o que a esse respeito se pode dizer e podeis compreender é que os mundos se formam pela condensação da matéria disseminada no Espaço.”



LE 41. Pode um mundo completamente formado desaparecer e disseminar-se de novo no Espaço a matéria que o compõe?



“Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.”



Reciclagem da matéria: Somos todos poeira de estrelas!



O aparecimento dos primeiros seres vivos...



Mas antes disso, dois conceitos importantíssimos:



- A literatura Espírita é composta de verdades absolutas no seu sentido restrito ou os conceitos devem ser considerados de acordo com a época em que foram escritos???



- O que os espíritos disseram que não podia ser revelado na época de Kardec pode vir a ser revelado hoje em dia?



4 - Agora sim! E os seres vivos?



LE 43. Quando começou a Terra a ser povoada?



“No começo tudo era caos; os elementos estavam em confusão. Pouco a pouco cada coisa tomou o seu lugar. Apareceram então os seres vivos apropriados ao estado do globo.”



A Lei de Entropia da física: Na natureza as coisas tendem a ir de um estado mais organizado para um menos organizado. No entanto, alguma coisa parece colocar ordem no caos e permitir que a evolução aconteça... O que será que põe ordem na bagunça?



DEUS como hipótese de trabalho para os cientistas.



LE 44. Donde vieram para a Terra os seres vivos?



“A Terra lhes continha os germens, que aguardavam momento favorável para se desenvolverem. Os princípios orgânicos se congregaram desde que cessou a atuação da força que os mantinha afastados, e formaram os germens de todos os seres vivos. Estes germens permaneceram em estado latente de inércia, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício ao surto de cada espécie. Os seres de cada uma destas se reuniram, então, e se multiplicaram.”



LE 45. Onde estavam os elementos orgânicos, antes da formação da Terra?



“Achavam-se, por assim dizer, em estado de fluido no Espaço, no meio dos Espíritos, ou em outros planetas, à espera da criação da Terra para começarem existência nova em novo globo.”

A Química nos mostra as moléculas dos corpos inorgânicos unindo-se para formarem cristais de uma regularidade constante, conforme cada espécie, desde que se encontrem nas condições precisas. A menor perturbação nestas condições basta para impedir a reunião dos elementos, ou, pelo menos, para obstar à disposição regular que constitui o cristal. Por que não se daria o mesmo com os elementos orgânicos? Durante anos se conservam germens de plantas e de animais, que não se desenvolvem senão a certa temperatura e em meio apropriado. Têm-se visto grãos de trigo germinarem depois de séculos. Há, pois, nesses germens um princípio latente de vitalidade, que apenas espera uma circunstância favorável para se desenvolver. O que diariamente ocorre debaixo das nossas vistas, por que não pode ter ocorrido desde a origem do globo terráqueo? A formação dos seres vivos, saindo eles do caos pela força mesma da Natureza, diminui de alguma coisa a grandeza de Deus? Longe disso: corresponde melhor à idéia que fazemos do Seu poder a se exercer sobre a infinidade dos mundos por meio de leis eternas. Esta teoria não resolve, é verdade, a questão da origem dos elementos vitais; mas, Deus tem Seus mistérios e pôs limites às nossas investigações.



Mas... Será que esses limites podem ir se expandindo?





5 - Os experimentos de Oparin e como a ciência considera o início da vida (Aleksandr Oparin, 1922)



Metano + Hidrogênio + Amônia + Eletricidade + Calor = Aminoácidos + Açúcar + ácidos nucléicos



Então... Como teria sido o primeiro ser vivo? O que diferencia um ser vivo de um não-vivo?



6 - E a geração espontânea, existe?



LE 46. Ainda há seres que nasçam espontaneamente?

“Sim, mas o gérmen primitivo já existia em estado latente. Sois todos os dias testemunhas desse fenômeno. Os tecidos do corpo humano e do dos animais não encerram os germens de uma multidão de vermes que só esperam, para desabrochar, a fermentação pútrida que lhes é necessária à existência? É um mundo minúsculo que dormita e se cria.”



O conceito de geração espontânea no tempo de Kardec.



E o homem? Como surgiu o homem na Terra?



LE 47. A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos contidos no globo terrestre?

“Sim, e veio a seu tempo. Foi o que deu lugar a que se dissesse que o homem se formou do limo da terra.”



LE 49. Se o gérmen da espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos do globo, por que não se formam espontaneamente homens, como na origem dos tempos?

“O princípio das coisas está nos segredos de Deus. Entretanto, pode dizer-se que os homens, uma vez espalhados pela Terra, absorvem em si mesmos os elementos necessários à sua própria formação, para os transmitir segundo as leis da reprodução. O mesmo se deu com as diferentes espécies de seres vivos.”



Darwin e a origem e evolução das espécies: O esclarecimento de uma Lei Universal 1859 – A Origem das Espécies



Allan Kardec – 1857 – O Livro dos Espíritos



E Adão? Houve um Adão na História?



50. A espécie humana começou por um único homem?

“Não; aquele a quem chamais Adão não foi o primeiro, nem o único a povoar a Terra.”



51. Poderemos saber em que época viveu Adão?

“Mais ou menos na que lhe assinais : cerca de 4.000 anos antes do Cristo.” O homem, cuja tradição se conservou sob o nome de Adão, foi dos que sobreviveram, em certa região, a alguns dos grandes cataclismos que revolveram em diversas épocas



O Dilúvio do Mar Morto



No final da década de 90, dois geólogos americanos da Universidade Columbia, Walter Pittman e Willian Ryan, criaram uma hipótese: por volta do ano 5600 a.C., ao final da última era glacial, o Mar Mediterrâneo havia atingido seu nível mais alto e ameaçava invadir o interior da Ásia na região hoje ocupada pela Turquia, mais precisamente a Anatólia. Num evento catastrófico, o Mediterrâneo irrompeu através do Estreito de Bósforo, dando origem ao Mar Negro como o conhecemos hoje. Um imenso vale de terras férteis e ocupado por um lago foi inundado em dois ou três dias.



O Milagre da Vida


Por mais que a mente humana interrogue a respeito da vida, na atual conjuntura do conhecimento intelectual, embora inegavelmente vasto, difícil se torna encontrar as respostas adequadas que lhe facultem apreender todo o seu sentido e significado.

Reduzindo-a a acasos absurdos, destituídos de qualquer lógica, alguns investigadores simplificaram-na, eliminando maiores preocupações em torno da sua magnitude. Outros a estabeleceram sobre conteúdos mitológicos de fácil aceitação, graças aos componentes do sobrenatural e do maravilhoso.

O milagre da vida é muito mais complexo e, por isso mesmo, o seu ponto de partida somente pode ser encontrado no Criador que a elaborou e a vem conduzindo através de bilhões de anos, produzindo na sua estrutura as indispensáveis adaptações, desdobramentos, variações...



Joanna de Ângelis – Vida: Desafios & Soluções



Leitura recomendada:



- O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Parte Primeira Capítulos 1 a 4

- A Gênese – Allan Kardec – Capítulos 6 e 10

- A Caminho da Luz – Emmanuel e Francisco Cândido Xavier – toda a obra

- Livros de Biologia de Segundo grau que falem sobre evolução e Origem da vida

- O Universo Numa Casca de Noz – Stephen Hawking

« Última modificação: 14 de Fevereiro de 2009, 15:22 by Victor Passos »
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Re: A Cura por meios paranormais no contexto médico
« Responder #3 em: 14 de Fevereiro de 2009, 17:05 »
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Caro Victor

Realmente a faccção materialista da ciência parece mais numerosa e a vertente espiritualista da ciência parece tímida. Tiro o meu chapéu para aquele que se declara espírita diante da academia, como podemos ver na Revista de Lisboa ( Revista Espírita Fraternidade, 422: 227-229, 1998).
Uma frase do professor é clara em seu discurso: "O homem comum lembraria de uma Inteligência Suprema, Causa Primária de todas as coisas e a chamaria – Deus."
Isso não é a questão nº 1 de "O Livro dos Espíritos"?

Veja o discurso abaixo.

Excelentíssimas e Digníssimas Autoridades
Senhores Pais, Senhoras, Senhores e
Caros Colegas,

   Em razão do anonimato de nossa carreira universitária ficamos surpreendidos com o convite, da Primeira Turma de Formandos em Microbiologia e Imunologia do Brasil, para dizer nesta cerimônia algumas palavras.
   Aquele que convida se arrisca duas vezes, porque o convidado pode declinar do convite ou pode aceitar, deixando inicialmente que a memória realize a viagem retrospectiva, sem a todos agradar.

   Foi aqui, na Praia Vermelha, no antigo prédio do Instituto, que tivemos nosso primeiro contato com o Professor Paulo de Góes.  O professor nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 14 de julho de 1913.  Diplomou-se em medicina em 1936, pela antiga Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Brasil.  Desde o início de seu curso de graduação orientou sua formação em Microbiologia, pois no primeiro ano já era Auxiliar Acadêmico.  Em 1937 foi assistente e em 1944 fez Doutoramento e Docência Livre.  Em 1954 tornou-se Professor Catedrático e no ano seguinte, antecipando-se à reforma universitária, reuniu as cátedras de Microbiologia da Faculdade de Farmácia e da Faculdade de Medicina.  Assim fundou o Instituto de Microbiologia, que hoje recebe seu nome, entidade pioneira na história da Microbiologia no Brasil.
   Quarenta anos depois, em homenagem ao centenário de morte de Louis Pasteur (27/12/1822 – 28/09/1895), que dá nome à Avenida onde estamos, e à memória do Professor Paulo de Góes, nossos alunos do Curso de Bacharelado realizaram, de 25 à 28 de setembro de 1995, a Primeira Semana de Microbiologia e Imunologia.  Recordo-me do convite que nos foi feito para discutir a educação e a ética na ciência.  Neste dia certamente nossos laços foram estreitados e hoje retornamos, mais uma vez honrados.  No entanto, são muito difíceis de dizer, nesta hora de festa, essas coisas de ciência e de sensibilidade.

   Professor Paulo de Góes doutorou-se em 1944, eu nasci nesta época, antes da televisão, antes da penicilina, da vacina Sabin, da fralda descartável, do xerox, do plástico e das lentes de contato.  Nascemos antes de 1945, antes do radar, dos átomos, do raio laser, das canetas esferográficas, da máquina de lavar pratos, do ar condicionado e antes do homem andar na lua.
   Nós nunca tínhamos ouvido falar em SPAS, fitas cassete, vídeos, máquinas de escrever eletrônicas, computadores e danoninho.  Talvez, por isso, naquela Primeira Semana de Microbiologia e Imunologia tenham lembrado um discurso de Pasteur aos jovens dizendo assim: - “e vocês que estão sentados nesses bancos, representando a esperança desse país, não venham aqui só pela excitação da polêmica, mas apenas para aprender...”.  E, mais adiante, continua Pasteur, “Não fiquem maravilhados diante do novo, nem assustados pelo que ontem vos era desconhecido.  Não recuem diante do mistério, mas procurem enfrentá-lo e desvendá-lo...  Não se considerem os únicos donos da verdade e do conhecimento, pois um diploma não faz o cientista.  Somente assim poderão cumprir sua missão, ser úteis ao próximo...  E façam tudo com amor, pois será um dia esplêndido aquele em que, dos progressos da ciência, participará também o coração”.
   Pasteur falava de Educação, de Humanidade.  Nossos esforços nunca deverão produzir monstros cultos ou psicopatas hábeis.
   Muitos desconfiam da educação.
   Um sobrevivente de um campo de concentração disse que seus olhos viram o que nenhuma pessoa deveria presenciar.  Crianças envenenadas por cientistas instruídos e aparelhos de tortura construídos por engenheiros ilustrados.  Por isso Pasteur lembrou que “será um dia esplêndido em que, dos progressos da ciência, participará também o coração”.
   A ciência sem o amor pode conduzir a comportamentos imediatistas, quando a vida em si perde seu valor.
   Mas, foi o mesmo Pasteur quem disse que pouca ciência afasta o homem de Deus e que os verdadeiros cientistas acabam dele se aproximando.
   O grande microbiologista talvez lembrasse que “os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento a obra das suas mãos”.
   Se utilizarmos um telescópio de rádio-astronomia veremos na nossa galáxia, que é subdesenvolvida, 100 bilhões de estrelas.  Ficaremos entediados de contar as estrelas de 10 bilhões de galáxias.
   Se utilizarmos um veículo com a pequena velocidade de 360 mil km/s e partirmos da Terra para alcançar a extremidade da galáxia gastaremos a bagatela de 50 mil anos luz.
   Em uma cabeça de alfinete vamos encontrar 8 sextilhões de átomos, separados uns dos outros por distâncias maiores do que suas dimensões.  Se pudéssemos contá-los com a velocidade de um milhão a cada segundo, contaríamos o último 2530 séculos depois.  Quem duvidar faça a conta!
   O cientista deve possuir alto nível de consciência.  A consciência adormecida é preenchida pelo Ter em detrimento do ser.  O cientista deve fazer esforço para apreender e compreender a verdadeira realidade.  Muito daquilo que vemos não é mais do que aparência.  A realidade é outra.  O sol parece girar em torno de nós e a Terra parece imóvel, mas a realidade é outra.  Deslumbramo-nos com Mozart em seu harmonioso concerto encantando-nos os ouvidos.  O som não existe!  Não passa de uma impressão dos nossos sentidos, vibrações do ar de certa amplitude e velocidade, silenciosas por si mesmas.  Sem o nervo auditivo não haveria sons, só movimento.  O mesmo podemos pensar sobre a luz que põe em vibração o nervo óptico.
   As galáxias, o som, a luz manifestam a glória de Deus e anunciam a obra de suas mãos.
   Podemos encontrar 5 milhões de hemácias em um mililitro de sangue e em alguns meses nosso corpo é reconstituído de novo.  E diante desta cultura, aparentemente inútil, ficamos a refletir sobre as grandes questões.
   Quem – ou o que – decidiu sobre nossa existência, sobre o seu valor ?  Por mais que procuremos se abrem apenas três caminhos – os da religião, da filosofia e da ciência.
   A existência da ordem no seio do caos é outra emergência dessa estranheza lógica.
   O maior problema da filosofia que a ciência positiva não resolve, nem está em condições de resolver, é o da conduta ou do valor da ação humana.  O fato de ser portador de um diploma e de maior soma de conhecimentos leva o homem a reconhecer o caminho do seu dever ?  A atitude do homem perante o homem e o mundo, e a projeção dessa atitude como atividade social e histórica é tema da filosofia.
   Como explicar a existência de uma tal ordem no âmago do caos ?  Num universo submetido a entropia, irreversivelmente arrastado para uma desordem crescente, por que e como aparece a ordem ?  O homem comum lembraria de uma Inteligência Suprema, Causa Primária de todas as coisas e a chamaria – Deus.
   Nossas certezas sobre o tempo, o espaço e a matéria não passam de perfeitas ilusões, sem dúvida mais fáceis de apreender do que a própria realidade.  A realidade em si não existe; depende do modo pelo qual decidimos observá-la.  As entidades elementares que a compõem podem ser uma coisa (uma onda) e ao mesmo tempo outra (uma partícula).  Essa realidade é, num sentido profundo, indeterminada.
   Qual o sentido último do Universo e da existência humana ?  Kant, lançando as bases da moderna Antropologia Filosófica resume estas indagações numa só: “Que é o homem ?”
   Hoje nos recusamos a aceitar que somos apenas impulsos eletroquímicos num bicomputador que se originou por acaso e acreditamos que chegou o momento de buscar, para além das aparências mecanicistas da ciência, o traço quase metafísico de alguma coisa diferente, estranha, poderosa e misteriosa.  O Caos contêm em si uma ordem tão surpreendente quanto profunda.  Cientistas e filósofos concordam que hoje a Física Quântica toca de modo surpreendente a Transcendência, acreditam que estamos diante do primeiro encontro explícito entre Deus e a ciência.  Por isso, mais do que nunca a educação é vista como o processo de interferência numa realidade em constante mudança, no sentido de levar os indivíduos a adotarem, em opção livre e consciente, comportamentos desejáveis ao seu bem estar, físico, biológico, psíquico, social e também espiritual.  Esta interferência está baseada em valores e conhecimentos que nós, pais e mestres consideramos válidos científica e filosoficamente.  Por isso, Pasteur falou daquela forma aos jovens e hoje retornamos ao mesmo discurso.  Mas, quem  ensina  quem?
Além de biocomputadores ou cientistas somos seres sociais dotados de historicidade.  E, assim “aprendi que se depende sempre, de tanta, muita diferente gente.  Toda pessoa sempre é as marcas das lições de tantas outras pessoas.  Que é tão bonito, quando a gente entende que a gente é tanta gente, onde quer que a gente vá”.
   Gonzaguinha falando da ciência da vida parafraseou Pasteur – “é tão bonito quando a gente vai a vida, nos caminhos onde bate bem mais forte o coração”.
   No discurso aos jovens Pasteur recomenda que “façam tudo com amor” e relembra que um diploma não faz o verdadeiro cientista, ele sabia que aprender não é apenas um ato de conhecimento da realidade concreta, da situação real vivida pelo estudante, mas também é ato de modificação de suas próprias percepções, em relação ao aprendizado do bem, da moral e dos valores supremos.
   Pasteur fala de religiosidade, de filosofia e de ciência, deve Ter usado como referência bibliográfica a Primeira Carta de Paulo aos Coríntios: “se falássemos as línguas dos homens e as dos anjos, mas não tivéssemos amor, seríamos um bronze que soa ou um sino que toca.  E se tivéssemos o dom da profecia, tivéssemos a fé, a ponto de transportar montanhas, e conhecêssemos ainda todos os mistérios e toda a ciência, mas não tivéssemos amor, não seríamos nada”.
   A síntese talvez possa ser feita com algumas palavras: Devotamento, Firmeza, Raciocínio, Sentimento, Humildade, Dignidade.
   Devotamento sem apego, Firmeza sem petulância, Raciocínio sem aspereza, Sentimento sem pieguice, Humildade sem subserviência e Dignidade sem orgulho.
   Parece estranho que numa reunião de festa falemos da responsabilidade social do cientista, mas ela possui duas dimensões: a individual, que é produzir o bem, e a sócio-política (ou coletiva) que é a reforma das instituições humanas.  O homem que desenvolveu a razão deverá agora abrir o coração.
   Pensamos em terminar com o manifesto do Sermão da Montanha, com o da ciência, mas finalmente escolhemos o de um simples chefe indígena ao presidente norte-americano.

   “Isto nós sabemos.
   Todas as coisas estão ligadas
   Como o sangue que une uma família ...
   Tudo o que afeta a terra
   Afeta os filhos e filhas da terra.
   O Homem não teceu a teia da vida;
   Ele é apenas um fio dela.
   Tudo que ele faz à teia
   Ele faz a si mesmo”

   Que aquele que teceu a teia da vida os ajudem, na ciência, a produzir o bem!

UFRJ, 1997
Revista Espírita Fraternidade (Lisboa), 422: 227-229, 1998; Boletim da Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM-Notícias), 22 (outubro): 3-4, 1998; Folha Espírita, São Paulo, março, 2000.

 

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Offline Victor Passos

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Re: A Cura por meios paranormais no contexto médico
« Responder #4 em: 14 de Fevereiro de 2009, 17:19 »
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OLa Amigo Ramon
Muita paz

     Em verdade quem tem de lhe tirar o chapeú sou , pois na realidade sua preciosidade generosa , bem realmente salientar que até mesmo os Cientistas por vezes mais cepticos aceitam a decorrência da vida ...
    È gratificante ver um irmão tão conhecedor, e posso dizer mesmo que o Espiritismo , para além da sua Filosofia acarreta na sua Ciência  um reforço das mentes menos convincentes , pois a perseverança e ncontrarão que a maior preocupação somos nós como espiritos...
       Dai lembrar -me deste pequenio artigo;

Amai-vos e Instruí-vos: Estudando Ciência

A quase dois mil anos, Jesus nos disse pessoalmente para amarmo-nos uns aos outros como recomendação para vivermos em paz e progredirmos. Mesmo tendo Ele dado todos os exemplos possíveis, infelizmente a humanidade ainda não compreendeu o alcance de seus ensinamentos.

O advento do Espiritismo marcou uma nova época para a humanidade. Sua função básica é ajudar as pessoas a compreenderem os ensinamentos de Jesus através da razão, objectivando o seu progresso espiritual. Com o lema “Fora da Caridade não Há Salvação” e com as recomendações dos espíritos superiores para “nos amarmos” e “nos instruirmos”, o Espiritismo claramente revela o caminho pelo qual a nossa sociedade encontrará a Paz e o Progresso em todos os sentidos.

Apesar das diversas barreiras que impedem que o Amor e a Fraternidade se instalem definitivamente em nosso planeta, o movimento espírita segue firme no trabalho de divulgação da Doutrina Espírita por entender que ela é capaz de levar os indivíduos à reforma íntima e, consequentemente, ao progresso.

Nessa difícil tarefa de divulgação, o movimento espírita, na atualidade, tem destinado boa parte de suas atenções para o aspecto científico do Espiritismo. O constante e extraordinário avanço em todas as áreas da Ciência aliados à recomendação de Kardec de que o Espiritismo deve seguir de mãos dadas com ela, têm gerado um enorme interesse em avaliar as concordâncias entre Ciência e Espiritismo, bem como têm estimulado diversos companheiros espíritas ao estudo e à pesquisa de temas ligados ao assunto.

Em nome do sentimento de Amor recomendado pelos espíritos superiores como nosso primeiro mandamento, podemos e devemos buscar o conhecimento que permite que auxiliemos com mais eficiência nossos irmãos em humanidade. Se o aspecto científico do Espiritismo é um dos caminhos que promove a sua divulgação, então vamos buscar estudá-lo “instruindo-nos” nesse aspecto, para podermos contribuir de forma humilde mas efetiva, para o progresso da nossa humanidade.

Desta forma, em se tratando de um tema difícil e de pouca familiaridade para muitos de nós e buscando seguir a recomendação de “instruirmo-nos”, neste e nos próximos números do Boletim do GEAE, estaremos estudando várias questões sobre, por exemplo, o que é Ciência, como se trabalha em Ciência, o que são e como relacionar algumas das disciplinas científicas ordinárias com o Espiritismo, etc. Certamente, esperamos pela participação de todos os assinantes deste boletim na leitura e envio de perguntas e comentários para que possamos aproveitar a oportunidade de aprendermos um pouco mais sobre esses assuntos.

Desde já pedimos ao Pai que nos abençoe em todos os nossos propósitos de crescimento e que nos ilumine para que possamos compreender e encontrar o caminho mais eficaz ao nosso progresso.


Alexandre Fontes da Fonseca

Editor GEAE

(Publicado no Boletim GEAE Número 476 de 15 de junho de 2004)


Abraço fraterno e muita paz BOM AMIGO

VICTOR PASSOS


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